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Centro de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação
para as
Necessidades Educativas Especiais
CRTIC Chaves

CENTRO DE RECURSOS TIC PARA A EDUCAÇ O
Ã
ESPECIAL DE CHAVES

Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC
Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC

Julho 2010
Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC
Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC

Índice
Introdução ………………………………………………………………………………………………………………………………. 3
Cap. I Centros de Recursos TIC para a Educação Especial ………………………………………………………… 4
Cap. II Tecnologias de Apoio/Produtos de Apoio ……………………………………………………………………… 7
2.1. Outros sistemas de classificação das TA/PA ………………………………………………………… 8
CAP. III O CRTIC como sistema de prestação de serviços ………………………………………………………… 10
3.1. Para uma definição de deficiência …………………………………………………………………… 10
3.1.1 Autonomia …………………………………………………………………………………………………. 12
3.1.2 Capacitação ………………………………………………………………………………………………… 12
3.1.3. Evolução do papel do utilizador final …………………………………………………………. 13
3.2 De que modo as TA/PA contribuem para a autonomia? ……………………………………. 13
3.2.1 Comunicação ……………………………………………………………………………………………… 14
3.2.2 Comunicação Interpessoal …………………………………………………………………………. 15
3.2.2.1 Sistemas de comunicação com e sem ajuda …………………………………………… 15
3.3 Dispositivos de baixa tecnologia ………………………………………………………………………… 16
3.4 Quadros de comunicação dinâmicos, alta tecnologia …………………………………………. 17
3.4.1 Técnicas de leitura e de escrita …………………………………………………………………. 21
CAP. IV O processo …………………………………………………………………………………………………………………. 23
4.1. A sinalização do aluno ……………………………………………………………………………………………. 23
4.2 O pedido de avaliação ………………………………………………………………………………………… 23
4.3 A avaliação em contexto (CRTIC) ………………………………………………………………………… 24
4.4 Aconselhamento do produto de apoio ……………………………………………………………… 24
4.5 Produtos de apoio existentes no CRTIC Chaves …………………………………………………… 25
Conclusão ………………………………………………………………………………………………………………………………. 37
Anexo I ………………………………………………………………………………………………...………………………………. 39
Anexo II ………………………………………………………………………………………………………………………………. 41

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CRTIC
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Introdução
Inicialmente, os professores afectos ao CRTIC Chaves, no seu compromisso de efectuarem
estudos de caso, iniciaram um estudo, com um caso avaliado por estes serviços, em que iriam
descrever e avaliar todo o sistema de prestação de serviços deste Centro. O caso em estudo
adaptava-se a um estudo desta natureza dada a complexidade da funcionalidade do aluno e a
falta de experiência na utilização das TIC. Não foi efectuado o estudo pelo impasse na aquisição
dos produtos de apoio aconselhados na avaliação, estando o estudo em questão em pausa para
que se dê continuidade quando se verificarem as aquisições das tecnologias que achamos
necessárias para o desenvolvimento de competências, permitindo assim a acessibilidade às TIC.
Face a este inesperado problema e porque já há algum tempo tínhamos iniciado um estudo
teórico do funcionamento dos CRTIC, tentando por em evidência áreas chave para o
desenvolvimento do funcionamento destes serviços, elaborámos este pequeno trabalho que
pretendemos aprofundar e sistematizar, tentando dar um contributo para uma definição mais
ambiciosa dos serviços dos CRTIC.
É um trabalho sem grandes pretensões e como já foi dito, será o embrião de um estudo mais
aprofundado.
Neste pequeno trabalho tentámos uma abordagem global de áreas que consideramos de
extrema importância para o funcionamento destes serviços.

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CRTIC
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Capitulo I
CENTROS DE RECURSOS TIC PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL
O I Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade foi
publicado em Diário da República em 21 de Setembro de 2006, através da Resolução do Conselho
de Ministros N° 120/2006.
O Eixo 2 do Plano de Acção é dedicado à «Educação, qualificação e promoção da inclusão laboral»,
constando deste, uma medida com vista à criação de 25 Centros de Recursos em agrupamentos
de escolas de referência.
A estratégia para a vertente da Educação, no Eixo 2, é a seguinte:
«Educação para todos - Assegurar condições de acesso e de frequência por parte dos alunos com
necessidades especiais nos estabelecimentos de educação desde o pré-escolar ao ensino superior.»
A educação, a formação e reabilitação profissional, bem como o acesso ao trabalho, são
vectores fundamentais no processo de habilitação, reabilitação e participação das crianças e
dos jovens com necessidades educativas especiais de carácter prolongado (NEE), seguindo os
termos utilizados ao nível da educação inclusiva, e dos adultos com deficiências ou
incapacidade.
Um dos maiores desafios da escola é o de dar resposta às necessidades de todos os alunos,
independentemente do sexo e das suas condições físicas, intelectuais, sociais, étnicas e
culturais, promovendo e valorizando as diferenças, sejam quais forem as suas origens e
manifestações.
Emerge o princípio da inclusão educativa ou da escola para todos, consagrado pela UNESCO,
previsto na Declaração de Salamanca e enquadramento da acção «Necessidades Educativas
Especiais», subscrita em 1994 e, posteriormente, na Declaração de Dakar, de 2000.
Assim a criação de uma rede nacional de Centros de Recursos TIC para a Educação Especial
decorre de uma política de inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais, de
carácter prolongado, no ensino regular e da medida inserida neste Plano de Acção para a
Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade, da criação de 25 Centros de Recursos
sedeados em Agrupamentos de escolas.
A finalidade dos Centros de Recursos TIC para a Educação Especial consiste na avaliação de
alunos para fins de adequação de tecnologias de apoio/produtos de apoio às suas necessidades
específicas, na informação/formação dos docentes, profissionais, auxiliares de educação e
famílias sobre as problemáticas associadas aos diferentes domínios de deficiência ou
incapacidade.
Cada Centro tem uma zona de intervenção e apoio a agrupamentos de escolas, a nível distrital.
A rede cobre todo o país com 7 Centros na Zona Norte, 6 na Zona Centro, 7 na zona de Lisboa e
Vale do Tejo, 3 na zona do Alentejo e 1 na zona do Algarve.
Estes Centros de Recursos seguem normas de funcionamento próprias.

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CRTIC
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Inicialmente o Ministério da Educação, através da Direcção Geral de Inovação e
Desenvolvimento Curricular, estabeleceu um protocolo com a Fundação PT, Projecto Astro,
para o apetrechamento e formação inicial de docentes destes Centros de Recursos, bem como
para a instalação de teleaulas a utilizar por alunos domiciliados e/ou hospitalizados,
impossibilitados de se deslocar à escola.
O processo de constituição da rede de Centros de Recursos TIC para a Educação Especial foi
implementado por fases, arrancando parcialmente com 12 Centros no ano lectivo de 20072008, distribuídos pelas 5 regiões educativas, e os restantes em 2008-2009.
São atribuições dos Centros de Recursos, para além de outras, resumidamente, as seguintes:
a) Avaliação dos alunos com necessidades educativas especiais de carácter
prolongado, para efeitos de utilização de tecnologias de apoio e adequação do
equipamento/ajuda técnica à sua situação particular, com vista a garantir a
inclusão destes alunos no processo de ensino aprendizagem;
b) Acompanhamento dos alunos através da monitorização da intervenção e de
reuniões de avaliação que ao longo do processo se percepcionem importantes;
c) Prestação de serviços de informação, formação, aconselhamento e documentação
aos professores, outros técnicos e famílias no que respeita a utilização das
tecnologias de apoio e também das metodologias a implementarem na sala de aula;
d) Promoção de encontros, seminários, workshops no âmbito da Educação Especial
tendo como destinatários docentes, técnicos e encarregados de educação;
e) Divulgação da actividade e dos meios do Centro de Recursos junto das escolas da
sua área de abrangência e da comunidade em geral;
f) Acompanhamento dos alunos que se encontram hospitalizados ou domiciliados por
razões de doença grave ou incapacidade e que utilizam sistema de videoconferência
ligado à escola (teleaula);
g) Gestão e manutenção das tecnologias de apoio, em colaboração com os órgãos
de gestão do Agrupamento de escolas;
h) Criação de parcerias que possam enriquecer as dinâmicas do Centro de
Recursos;
i) Articulação e troca de experiências com outros Centros de Recursos TIC para a
Educação Especial;
j) Articulação local com os serviços de saúde e da segurança social, Instituições de
Ensino Especial, Autarquias, Instituições do Ensino Superior e entidades vocacionadas
para as NEE em geral;
k) Sensibilização de empresas/serviços públicos para a admissão de alunos em
programas de transição para a vida activa
Nunca é demais referir que o objectivo final do CRTIC consiste na avaliação dos alunos com NEE
de Carácter Permanente para fins de aconselhamento na aquisição e adequação no uso de

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tecnologias de apoio adequadas às suas necessidades específicas e na informação/formação
dos docentes, profissionais, auxiliares de educação e famílias sobre as problemáticas associadas
aos diferentes domínios de deficiência ou incapacidade, para que estes profissionais e
familiares possam desenvolver um trabalho, o mais adequado possível, às limitações do aluno.

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Capitulo II
Tecnologias de Apoio/Produtos de Apoio
O desenvolvimento tecnológico, aliado ao novo paradigma da sociedade da informação fez com
que se abrissem novas perspectivas de apoio e melhoria de qualidade de vida de pessoas com
deficiência ou incapacidade. A Escola não pode ficar alheia a esta realidade, cabendo aos
professores, e em especial aos professores de educação especial, o importante papel de
facilitadores nos modelos de intervenção para crianças com necessidades educativas especiais
que tenham em conta os factores ambientais baseados em tecnologias de apoio/produtos de
apoio, adaptados a cada tipo de deficiência ou incapacidade. Estas novas competências exigem
o conhecimento das componentes humanas, técnicas e socioeconómicas que cooperam num
processo de intervenção integrado e, acima de tudo, o treino e aquisição de competências
instrumentais específicas para cada tipo de equipamento ou software utilizado. É na partilha de
experiências já adquiridas e no contacto directo com as tecnologias, apoiado por programas de
constante actualização de competências que os profissionais de educação especial podem criar
o seu próprio percurso de desenvolvimento profissional em prol de uma Escola mais inclusiva e
de uma sociedade mais solidária.
Quando falamos de centros recursos TIC para as necessidades educativas especiais, falamos de
Tecnologias de Apoio (TA) / Produtos de Apoio (PA). Estas abreviaturas serão usadas, devendo
ser entendidas como produtos ou serviços das tecnologias de apoio.
É importante ter, à partida, uma noção clara do termo Tecnologias de Apoio (TA) /Produtos de
Apoio (PA).
O termo tecnologia não indica apenas objectos físicos, como dispositivos ou equipamentos,
mas antes, refere-se mais genericamente a produtos, contextos organizacionais ou “modos de
agir” que encerram uma série de princípios e componentes técnicas. Por outro lado, o termo
tecnologia de apoio é aplicado a uma tecnologia, quando a mesma é utilizada para compensar
uma limitação funcional, facilitar um modo de vida, tornando-a o mais independente possível e
ajudar pessoas com deficiência a concretizarem todas as suas potencialidades. Algumas destas
tecnologias, se bem que não especificamente concebidas para pessoas com deficiência, podem
ser ajustadas de forma a preencherem a função de apoio, quando necessário.
O conceito de TA/PA deve ser sempre considerado em conjunto com um outro não menos
importante: o chamado desenho universal ou desenho para todos. Isto indica a adaptação do
meio à população, ou mais precisamente, produtos e serviços destinados ao público em geral,
de modo a poderem ser utilizados por toda a população portadora de limitações, onde se
incluem as pessoas com deficiências e os idosos. O conceito de Desenho Universal/Desenho
Para Todos tende a tornar-se cada vez mais um elemento da ergonomia geral e a aplicar-se não
só ao mundo “real”, mas também ao mundo “virtual”, que é o caso das aplicações de software
concebidas para poderem ser utilizadas por qualquer pessoa. E ainda, TA/PA refere-se às
tecnologias que permitem ultrapassar obstáculos aos serviços normais ou compensar
limitações funcionais específicas, concluindo, ao ajustamento individual entre a pessoa e o
meio e, como tal, a facilitação ou possibilidade de exercer todas as actividades da vida diária,
sem limitações.
Podem utilizar-se vários sistemas para classificar as TA/PA, dependendo do seu objectivo.

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A classificação mais generalizada é a Classificação de Ajudas Técnicas da ISO9999 / EN 29999, e
agrupa os dispositivos de apoio em 10 classes (cada uma dividida em subclasses que, por sua
vez, estão divididas em secções) com base no seu objectivo principal (mobilidade, actividades
domésticas, etc.).
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.

Auxiliares de tratamento e treino
Próteses e Ortóteses
Ajudas para cuidados pessoais e de higiene
Ajudas para a mobilidade
Ajudas para cuidados domésticos
Mobiliário e adaptações para habitação e outros locais
Ajudas para comunicação, informação e sinalização
Ajudas para manuseamento de produtos e mercadorias
Ajudas e equipamentos para melhorar o ambiente, ferramentas e máquinas
Ajudas para recreação

Esta classificação é largamente usada em todo o mundo, em bases de dados e catálogos, pelo
que o seu conhecimento é um imperativo para qualquer pessoa que exerça funções nesta área.
As TA/PA são consideradas como os capacitadores extrínsecos ao indivíduo, em oposição a
capacitadores intrínsecos, como o controlo motor, a percepção, a cognição, etc., que se
constituem como componentes humanas. Os capacitadores extrínsecos, por sua vez, podem ser
divididos em capacitadores gerais, como os sistemas de posicionamento, interfaces de
controlo, computadores, outputs electrónicos e capacitadores relacionados com áreas
específicas de performance, como a comunicação, mobilidade, manipulação e funções
sensoriais.
2.1. Outros sistemas de classificação das TA/PA
MPT
A MPT (Matching Persons and Technology) trata as TA/PA na óptica das várias tarefas da vida
quotidiana: Actividades domésticas, Manutenção da saúde, Lazer, Cuidados pessoais, Emprego,
Comunicação, Mobilidade, Visão, Audição, Cognição, Leitura/Escrita e Aprendizagem.
O Modelo HEART
A Classificação HEART está orientada para os conhecimentos e nela as TA são descritas como os
capacitadores extrínsecos do indivíduo ou capacitadores intrínsecos, como controlo motor,
percepção, cognição, etc., que se constituem como componentes humanas
Este modelo foi originalmente desenvolvido para a formação de profissionais em TA, no âmbito
do Programa TIDE da União Europeia. O conhecimento aprofundado sobre o uso das
tecnologias de apoio pressupõe, por um lado, a compreensão dos seus aspectos mais técnicos
(componentes técnicas), e por outro um conhecimento profundo do ser humano que utilizará a
tecnologia (componentes humanas) assim como das necessidades apresentadas pelo ambiente
físico e económico em que este se insere (componentes socioeconómicas). Nas componentes
técnicas, quatro áreas principais de formação são identificadas, com igual importância.

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CRTIC
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Estas áreas não são obviamente estanques e, por exemplo, pessoas com deficiências
neuromotoras graves (ex. portadores de paralisia cerebral, pessoas com doenças neurológicas
progressivas, etc.) poderão ter as suas capacidades afectadas, em maior ou menor grau, em
pelo menos três das áreas anteriormente consideradas (ex., nas áreas da mobilidade, da
comunicação e da manipulação). A maior parte dos tópicos relacionados com as tecnologias de
apoio inserem-se num destes temas (ex: a mobilidade através da cadeira de rodas eléctrica
insere-se sem dúvida na área da mobilidade). No entanto, existem alguns tópicos cuja inclusão
numa ou noutra área pode ser um tanto ou quanto arbitrária. Assim é o caso por exemplo do
tópico "posicionamento" que está classificado dentro da área da mobilidade, dada a sua clara
importância como pré-requisito no estudo das ajudas para a mobilidade. O conhecimento
sobre este assunto, está muitas vezes ligado a aspectos puros da mobilidade. No entanto o
"posicionamento" é também um pré-requisito para muitas actividades de comunicação, tais
como o acesso a computadores ou a tarefas de manipulação como por exemplo, as actividades
da vida diária. Nestes casos temos uma abordagem pragmática: esses tópicos são classificados
dentro dos temas onde habitualmente são analisados com maior profundidade.

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CAPITULO III
O CRTIC COMO SISTEMA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Os CRTIC também se organizam como um sistema de prestação de serviços (SPS), ou seja,
identificam um conjunto de facilidades, procedimentos e processos e actuam como
intermediários entre estruturas do mercado de TA/PA e os utilizadores finais, de modo a
facilitar o acesso das pessoas com deficiência a estas tecnologias, através de ajuda financeira
indirecta (DGIDC), competência profissional, informação, formação.
Nos SPS, ao nível dos CRTIC, podem verificar-se seis fases básicas:
1. A iniciativa, que leva ao contacto inicial entre o utilizador final e o SPS
2. A avaliação, que significa a identificação das necessidades
3. A identificação da tipologia da solução, ou seja, o tipo de TA/PA que satisfaz as
necessidades
4. A selecção do conjunto específico de dispositivos e serviços de apoio.
5. A oferta real de TA/PA ao utilizador (incluindo esta fase também a instalação,
personalização e formação)
6. Acompanhamento posterior.
Para se compreender o funcionamento do SPS interessa considerar os parâmetros de análise
para a eficácia do serviço:
1.
2.
3.
4.
5.
6.

Acessibilidade (em que medida é acessível para os que dele necessitam)
Competência (em que medida apresenta soluções competentes)
Coordenação (uma estrutura única em vez de um conjunto de decisores isolados)
Eficiência (em termos de economia, qualidade e oportunidade)
Flexibilidade (capacidade de responder a diferenças individuais) e
Influência do utilizador (em que medida respeita a opinião dos utilizadores)

3.1. Para uma definição de deficiência
Como resposta a uma necessidade, de modo a colmatar as limitações e a responder às
necessidades das crianças e jovens portadoras de NEE existem as TA/PA e os SPS. A limitação
tem normalmente a ver com a deficiência e daí a necessidade de a colmatar. Neste campo e
introduzida pela CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde,
OMS), existe uma terminologia muito inovadora, como incapacidade e desvantagem, e esta,
porque usada indiscriminadamente, presta-se a mal-entendidos. Convém ter o conhecimento
do significado exacto de cada termo e uma noção bem definida da relação das TA/PA com esta
terminologia.
Um produto de apoio pode ser concebido para uma determinada incapacidade, com vista à
resolução de problemas associados a uma deficiência específica, com o fim de evitar ou superar
desvantagens, pretendendo-se que uma pessoa portadora de deficiência consiga uma melhor
qualidade de vida.
Segundo a “Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens” (ICIDH),
a terminologia utilizada é a seguinte:

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 Incapacidade (disability) é qualquer redução ou falta de capacidades para realizar uma
actividade, dentro dos limites considerados normais para o ser humano, resultante
de uma deficiência, sendo portanto um conceito relacionado com o corpo e/ou a
mente;
 Deficiência (impairment) refere-se a qualquer perda ou anormalidade das estruturas
ou função psicológica, fisiológica ou anatómica, sendo, portanto, um conceito
relacionado com a pessoa e reflecte distúrbios ao nível do(s) órgão(s);
 Desvantagem (handicap) refere-se a um impedimento de indivíduo, resultante de uma
deficiência ou incapacidade, que lhe limita ou impede o desempenho de uma
actividade considerada normal, tendo em atenção a idade, o sexo e os factores
socioculturais. Caracteriza-se por uma desconformidade entre o desempenho ou
status individual e a expectativa do próprio indivíduo ou do grupo social de pertença.
Portanto considera-se um conceito, sobretudo, de ordem social.
Esta classificação vem reforçar o papel das TA/PA, ao reconhecer que os produtos de apoio
podem permitir uma participação mais adequada das pessoas com deficiência nas actividades,
quer educativas, sociais e profissionais.
Também teremos de ter em conta a definição de auxiliares de mobilidade pessoal (aparelhos
concebidos para aumentar a capacidade de mobilidade da pessoa, permitindo uma maior
participação em actividades sociais, profissionais e/ou educativas) e de auxiliares de
comunicação (dispositivos para promover os processos de comunicação).
Este processo pode ser esquematizado da seguinte forma:
Doença
ou

Incapacidade Deficiência Desvantagem

Perturbação

|___________________

(ICIDH - OMS, 1980)
Como exemplo podemos falar de um indivíduo que nasceu sem os braços, frequente em mães
que faziam tomas de taladomida para os enjoos pré-natais. Então este indivíduo tem uma
incapacidade, pode não ser capaz de escrever ou executar tarefas de cuidados pessoais, é
portador de uma deficiência. Na comunidade em que vive, tal deficiência impede-o de
participar nas actividades escolares e de obter um emprego, estamos perante uma
desvantagem. Contudo, apesar da incapacidade, o indivíduo pode realizar actividades diárias,
servindo-se dos pés ou da boca, ou utilizando produtos de apoio, que permitem ultrapassar a
sua situação de desvantagem.
De acordo com estas definições, uma desvantagem não é uma característica de uma pessoa,
trata-se de uma descrição da relação/interacção entre essa pessoa e o meio, ou seja, falamos
da sua actividade e participação.
Transfere-se a desvantagem do indivíduo para o meio, apresentando assim uma perspectiva
importante da função das TA/PA na redução dos efeitos das deficiências. Ao descrever-se desta
forma os indivíduos com deficiências, salientam-se os resultados funcionais, em vez de se
insistir nas limitações, reforçando portanto o contributo das TA/PA para um funcionamento
satisfatório das pessoas com deficiências.

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Esta interacção entre o meio e o indivíduo é dinâmica, envolve todos os factores ao mesmo
tempo e funciona nos dois sentidos. Por exemplo, um indivíduo pode ter incapacidade sem ter
qualquer limitação da actividade, uma desfiguração (incapacidade) provocada por um acidente
pode não causar qualquer limitação da actividade; pode ter limitações da actividade
(deficiência) sem ter qualquer incapacidade, pode realizar de forma pouco eficiente as
actividades quotidianas, devido a uma doença; pode ter problemas de participação sem
incapacidade ou limitações de actividade, um portador de hepatite pode sentir-se excluído pela
pouca informação acerca da doença pelas outras pessoas; pode sentir-se discriminado pela
negativa se a inactividade muscular lhe causar atrofia e a institucionalização o levar à perda de
aptidões sociais, pela falta de relações interpessoais.
Por último há a ter em conta, ainda os factores ambientais e pessoais.
Os factores contextuais incluem factores ambientais e pessoais. Os primeiros são extrínsecos ao
indivíduo, por exemplo as atitudes da sociedade, as características arquitectónicas do ambiente
ecológico ou o sistema legal.
Os factores pessoais incluem aspectos como sexo, idade, aptidões, estilo de vida, educação,
profissão, experiência passada e presente, todos eles com influência no modo como é sentida a
interacção do individuo com o meio, impedindo-o de participar.
Esta classificação reforça o papel das TA/PA, uma vez que reconhece os dispositivos de apoio
como uma forma de participação mais adequada das pessoas com deficiência nas actividades
sociais, educativas e profissionais.

3.1.1 Autonomia
As TA/PA têm de ser entendidas como um instrumento para a autonomia e, como tal, para o
relacionamento. Elas são, sem dúvida, um meio técnico para atingir objectivos pessoais e não
são o único. Também é verdade, porém, que um dispositivo de apoio bem escolhido completa,
em certa medida, o seu utilizador final, tornando-se frequentemente um prolongamento do
próprio corpo ou um cúmplice inseparável que aumenta a capacidade pessoal de
relacionamento consigo próprio, com os outros e com o meio. O conceito de autonomia não
significa necessariamente “fazer as coisas sem ajuda”, nem se limita às pessoas com plena
capacidade cognitiva. Mesmo as pessoas que estão dependentes de terceiros, em vários
aspectos da sua vida, devido a limitações cognitivas, doenças, etc., podem ter autonomia, face
às suas expectativas e ao meio em que vivem.
A autonomia pode ser definida como a capacidade de planear a sua própria vida, interagir com
os outros e participar activamente na construção da sociedade.

3.1.2 Capacitação (Empowerment)
O termo capacitação é um processo através do qual uma pessoa adquire mais capacidades e
poder para agir, não estamos a falar de estatuto formal, mas sim de liberdade para fazer as
suas próprias opções e delinear os seus próprios objectivos. Capacitação é um processo de
crescimento pessoal, que conduz a pessoa com deficiência a uma maior autonomia. A aptidão
para escolher TA/PA representa um importante factor de capacitação para as pessoas com
deficiência, não podendo ser conseguida apenas através da aquisição de informação e de
noções. Se a capacitação é o objectivo último, a formação em TA/PA deve promover o
crescimento pessoal dos utilizadores finais, de modo a permitir-lhes identificar as suas próprias
necessidades, definir os seus objectivos, estabelecer planos para os atingir e realizar quaisquer

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acções conducentes à sua concretização. As pessoas que possuem esse nível de autonomia
podem ser consideradas consumidores informados, exigentes e responsáveis de TA/PA. As
necessidades, objectivos, planos e acções não podem ser padronizados.
Cada indivíduo é um ser único, no que respeita ao estabelecimento dos seus valores,
prioridades, expectativas perante a vida e escolhas, vivendo num ambiente humano, cultural e
físico, diferente. Os programas formativos eficientes deverão ter em conta esta especificidade.
3.1.3. Evolução do papel do utilizador final
Um termo frequentemente veiculado na prestação de Serviços de TA/PA é prescrição.
É um facto que quando uma entidade financia directamente um dispositivo de apoio, a
Segurança Social, por exemplo, alguém em nome desta tem de assumir a responsabilidade de
decidir se o investimento corresponde à necessidade do utente, é legítimo e preenche os
requisitos de elegibilidade. Em quase todos os países esta responsabilidade é do foro médico.
Noutros, está repartida por uma série de profissionais, em função do tipo de TA/PA, apesar das
profissões clínicas ainda deterem privilégios neste âmbito. A tradição de definir esta decisão
com um termo retirado do sector clínico, prescrição, provém deste quadro de referência.
Evoca-se a ideia de uma ordem dada por um médico para o bem estar de um doente. Embora
possa ser bastante apropriada em relação a alguns tipos de TA/PA, se tiverem uma forte
implicação médica, quando falamos de equipamentos de sobrevivência ou de substituição de
funções perdidas, caso das próteses, aliás, a história das TA/PA principiou exactamente como
equipamento protésico, estando assim profundamente enraizada no contexto médico.
No nosso País este processo está muito ligado a uma metodologia baseada nas especialidades
médicas ou associadas com à medicina.
Hoje, uma vez que as TA/PA evoluíram de equipamento relacionado com o corpo para
dispositivos ou adaptações ambientais relacionados com actividades, as considerações de
ordem médica podem ser traduzidas em aspectos de cariz mais técnico, individual e social. A
ideia de doente ou paciente, inteiramente dependente das decisões de profissionais hoje em
dia é cada vez mais rejeitada pelas pessoas portadoras de deficiências no que às TA/PA dizem
respeito.
É neste campo que os CRTIC deveriam ter um papel a par dos serviços médicos ou a eles
associados, no que à educação diz respeito.
A terminologia adoptada terá de ser, efectivamente, modificada. No nosso caso particular
utilizamos o termo aconselhamento (aconselhamos), que achamos ser o mais apropriado, de
momento.
3.2 De que modo as TA/PA contribuem para a autonomia?
As TA/PA são consideradas como um instrumento para a autonomia, o que significa também
um instrumento para a relação. Elas são, sem dúvida, um meio técnico para atingir objectivos
pessoais e não são o único. As TA/PA têm excelentes hipóteses de êxito se forem apropriadas:
eficazes, contextuais e consonantes. Um dispositivo de apoio bem escolhido completa, em
certa medida, o seu utilizador final, tornando-se frequentemente um prolongamento do
próprio corpo ou um cúmplice que aumenta a capacidade pessoal de relacionamento consigo,
com os outros e com o meio.

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O utilizador final será, assim, o avaliador do que é mais apropriado, contextual e efectivamente
eficaz para si, na sua situação particular.
Um problema específico causado por uma mesma deficiência pode assumir diferentes formas
nos vários contextos em que vivem os utilizadores finais, exigindo assim diferentes TA/PA.
Em cada contexto particular, as soluções encontradas são susceptíveis de ter pontos fortes e
fracos, sendo portanto aconselhável que a pessoa esteja preparada para opções alternativas.
Para que possam contribuir para a autonomia, as TA/PA têm de ser aceites pelo utilizador, este
é o ponto principal.
A autonomia pode ser definida como a capacidade de planear a sua própria vida, entrar em
relação com os outros e, em conjunto com eles, participar activamente na construção da
sociedade.
3.2.1 Comunicação
A comunicação é um processo complexo de transferência de informação usado por pessoas
para influenciar o comportamento de outras. Implica a transmissão de mensagens
(pensamentos e sentimentos, ideias e desejos) de uma pessoa para outra, cujos participantes
se influenciam mutuamente, durante este processo. As capacidades comunicativas são críticas
no desenvolvimento e manutenção das relações sociais, na aprendizagem do viver em
comunidade, e para a satisfação em geral de quase todas as necessidades humanas. Por isso, a
comunicação é um processo contínuo que ocorre ao longo de todas as actividades diárias.
Muitas das pessoas com dificuldades de comunicação, podem não conseguir comunicar com
eficácia utilizando os meios de comunicação humanos, mais naturais. Nestes casos as
tecnologias de apoio podem permitir a essas pessoas comunicar com competência.
Desenvolvimentos tecnológicos recentes em áreas tais como telecomunicações, informática e
electrónica, possibilitaram um número enorme de aplicações técnicas, que podem ser úteis
para resolver ou ultrapassar as limitações funcionais na comunicação. Os items seguintes
identificam alguns tópicos possíveis relacionados com este assunto.
a) Comunicação interpessoal
1 Sistemas de comunicação com e sem ajuda
2 Dispositivos de baixa tecnologia, tais como quadros de comunicação
3 Quadros de comunicação dinâmicos, alta tecnologia
4 Saída de voz: fala gravada e fala sintetizada
5 Técnicas de selecção: directa, varrimento, codificada
6 Técnicas de aumento de velocidade de comunicação e de predição
7 Técnicas de leitura e de escrita
8 Próteses auditivas
9 Amplificadores de voz
10 Auxiliares ópticos
b) Acesso a computador/interfaces do utilizador
1 Interfaces de controlo (manípulos, joystick, track ball)
2 Teclados alternativos (expandidos, reduzidos)
3 Teclados e emuladores de teclados
4 Ratos e emuladores de rato
5 Ecrãs tácteis

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6 Ponteiros de cabeça e de boca
c) Leitura/Escrita
1 Livros adaptados (com símbolos gráficos, em CD ou em cassete)
2 Computadores com leitores de écran e fala sintetizada
3 Dispositivos com saída em Braille
3.2.2 Comunicação Interpessoal
O sistema de comunicação do ser humano pode ser considerado como altamente complexo, já
que, para transmitir a mensagem, utiliza-se de expressões verbais e não-verbais. Entretanto,
muitos indivíduos não podem desenvolver a fala devido ao comprometimento no mecanismo
físico de expressão. Entre eles, a criança portadora de paralisia cerebral representa um
exemplo significativo, nos casos em que uma série de comprometimentos motores limitam sua
capacidade de produção e de articulação das palavras.
A comunicação é considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de
comunicação e, considerada aumentativa quando o indivíduo possui alguma comunicação, mas
essa não é suficiente para suas trocas sociais:
3.2.2.1 Sistemas de comunicação com e sem ajuda
Classificação
Ideográficos - Desenhos que simbolizam a ideia de uma coisa, criam uma associação
gráfica entre o símbolo e o conceito que ele representa
Arbitrários - Desenhos que não tem relação pictográfica entre a forma e aquilo que
desejam simbolizar
Compostos - Grupos de símbolos agrupados para representar objectos ou ideias.
Pictográfico - Desenhos que se parecem com aquilo que desejam simbolizar.
Alguns Exemplos
Picsyms
Desenvolvido a partir do trabalho com crianças pequenas (Carlson,1985) com dificuldades na
fala. Contém aproximadamente 1800 símbolos.
Pictogram Ideogram Communication (PIC)

Sistema desenvolvido por Maharaj (1980) para indivíduos com dificuldades de discriminação
figura-fundo. O sistema é composto por 400 símbolos (brancos em fundo preto). Possui cerca
de 400 símbolos a preto e branco, concebidos para reduzir dificuldades de discriminação entre
figura e fundo. O sistema é basicamente pictográfico, menos versátil que outros sistemas e

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também mais limitado, pois os símbolos não são combináveis. Segundo a sua concepção
original, as pranchas de comunicação devem ser organizadas semanticamente.
Picture Communication Symbols (PCS)
O PCS foi desenvolvido em 1981 por Roxana Mayer Johnson. Composto inicialmente por 700
símbolos e sendo ampliado posteriormente para aproximadamente 3200 símbolos. O PCS é um
sistema gráfico visual que contém desenhos simples, podendo-se acrescentar, na medida do
necessário, fotografias, figuras, números, círculos para as cores, o alfabeto, outros desenhos ou
conjuntos de símbolos.
O Sistema foi dividido em seis categorias primárias, representadas
por cores de acordo com a função de cada símbolo. Como no
Sistema Bliss a palavra escrita
localiza-se acima de cada
pictograma.
• Branco (miscelânea): artigos,
conjunções,
preposições,
conceito de tempo, alfabeto,
cores, etc.
• Amarelo: pessoas e pronomes
pessoais
• Laranja: substantivos. Em alguns livros verifica-se que alguns substantivos são
agrupados separadamente (ex. alimentos).
• Azul: advérbios e adjectivos.
• Rosa: símbolos referentes a expressões sociais.
Tamanho: Similar aos tamanhos referidos no Sistema Bliss. Em alguns manuais observa-se
também símbolos impressos no tamanho de 1,9 cm.
Sistema Rebus
Inicialmente criado em 1968 e adaptado e expandido para indivíduos com dificuldades de
comunicação dos Estados Unidos. Inclui 800 símbolos em preto e branco que combinados
podem representar mais de 2000 palavras.
3.3 Dispositivos de baixa tecnologia
Os sistemas simples são chamados de baixa tecnologia, onde se encontram os objectos reais,
objectos em miniatura, objectos parciais, símbolos representativos, sistemas gráficos e quadros
de comunicação. Os recursos de baixa tecnologia podem estar organizados em diferentes
dispositivos como: cartões, pranchas, pranchas de olhar, pastas, coletes, aventais ou colares,
livros, ficheiros tipo pasta de arquivo, entre outros. (Johnson, 1998).
a)Objectos reais
Podem ser idênticos ao que estão representando ou similares, onde há variações quanto
ao tamanho, cor ou outra característica. Um sistema de comunicação pode ser composto
pelo próprio objecto, ou seja, é a forma real e mais concreta possível. Sua representação
pode ser feita por um outro objecto concreto que se assemelha muito com o real.

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b)Miniaturas
As miniaturas são formas de representar o objecto real para aqueles alunos que têm
dificuldade em utilizar as fotos e figuras. A selecção das miniaturas deve ser cuidadosa no
sentido de conter detalhadamente as características do objecto real. As miniaturas
apresentadas foram seleccionadas a partir dos objectivos educacionais para aulas de
ciência.
As miniaturas facilitam a participação nas actividades escolares e a expressão e
comunicação sobre vivências do tema escolar. Precisam ser seleccionadas com cuidado
para que possam ser utilizadas como recursos de comunicação. Devem ser consideradas as
possibilidades visuais e intelectuais dos indivíduos na sua utilização.
c)Símbolos gráficos
Como já referimos, há uma série de símbolos gráficos que foram desenvolvidos para
facilitar a comunicação de pessoas com necessidades educativas especiais. Alguns deles
são o Picture Communication Symbols (pcs), o Blissyymbolics, o COMPIC, o Self Talk, entre
outros (Beukelman & Mirenda, 1995).
d)Fotografias
Fotos coloridas ou preto e branco, podem ser utilizadas para representar objectos,
pessoas, acções, lugares ou actividades. Nas escolas, muitas vezes são usados recortes de
revistas ou embalagens de produtos.
e)Pranchas de comunicação
Podem ser construídas utilizando-se objectos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases
ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades
cognitivas, visuais e motoras de seu usuário. Essas pranchas podem estar soltas ou
agrupadas em álbuns ou cadernos. A criança vai olhar, apontar ou ter a informação
apontada pelo companheiro de comunicação, dependendo de sua condição motora.
f)Eye-gase
Pranchas de apontar com os olhos, que são confeccionadas em formato de ferradura e que
podem ser dispostas sobre a mesa ou apoiada em um suporte de acrílico ou plástico
colocado na vertical.
3.4 Quadros de comunicação dinâmicos, alta tecnologia
Os quadros de comunicação dinâmicos são elaborados com recurso a software específico como
o Escrita com símbolos 4000 símbolos PCS da Mayer & Johnson e 5500 símbolos REBUS;
Tutorial interactivo e ajudas dinâmicas para construção de quadros de comunicação
interactivos;
Exemplos de actividades: quadros de comunicação para impressão, quadros de comunicação
dinâmicos e interactivos, modelos para grelhas de comunicação; Dicionário de significados com
imagens alternativas; Verificador de ortografia pictográfico para aprendizagem e compreensão
da linguagem; Sintetizador de voz em Português Europeu;
a)Boardmaker
Um programa para desenhar quadros de comunicação. O Boardmaker inclui uma biblioteca
com cerca de 4000 símbolos SPC, estruturados numa base de dados, o que facilita a
procura dos símbolos.

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b)Saída de voz: fala gravada e fala sintetizada
Comunicadores com voz gravada
São comunicadores onde as mensagens podem ser gravadas por outras pessoas. São
gravados os significados dos símbolos, o nome das letras, as sílabas, palavras ou frases.
Esses comunicadores podem ser acedidos através do toque. Cada comunicador apresenta
uma gama de possibilidades dependendo do grau de sofisticação do equipamento.
c)Digitalizadores de Fala
Os digitalizadores de fala são equipamentos que permitem uma gravação com voz (ou
outro tipo de sons) numa ou mais áreas, e a possibilidade de uma pessoa sem comunicação
oral, escolher o que está gravado recorrendo à selecção directa (pressionando numa
determinada zona do aparelho) ou à selecção por varrimento, com recurso a um interface
exterior que se liga ao equipamento, accionado por um movimento voluntário do utilizador
(pressão, sopro, etc.). Actualmente estão já disponíveis no mercado muitos tipos de
digitalizadores que podem ser acedidos quer por selecção directa, quer por selecção por
varrimento através de inúmeros interfaces como é o caso dos manípulos de pressão.
d)Comunicadores com voz sintetizada
Os comunicadores de voz sintetizada permitem "traduzir" texto escrito em voz sintetizada.
O texto é transformado em voz. Os próprios computadores são excelentes recursos para
comunicação através de voz sintetizada.
e)Computadores
Com o avanço da tecnologia têm surgido novos sistemas de CAA para os alunos com
necessidades especiais. A forma de acesso ao computador está directamente ligada à
condição motora da criança. As crianças podem precisar de órtoteses nas mãos, grelhas
acrílicas, ratos adaptados, teclados emulados, ecrã táctil, accionadores externos e
softwares especiais dependendo de sua condição motora.
f)Programa GRID
O Programa GRID é basicamente um “Sistema de Teclados no Ecrã” com características que
o tornam adequado a pessoas com necessidades especiais. Na verdade, este emulador de
teclado pode substituir por completo as funções dum teclado convencional e/ou de um
rato, através da utilização de um qualquer dispositivo apontador (trackball, joystick,
Tracker, etc.) ou através de um processo de escolha por varrimento controlado por um
manípulo. Basicamente o programa GRID pode ser utilizado como :
1. Acesso total ao computador
2. Programa de comunicação aumentativa
3. Controlador de ambiente
Os teclados do programa GRID podem conter todas as ferramentas necessárias para
controlar o ambiente Windows.
O GRID é fácil de configurar, sendo possível criar um qualquer teclado e “encadeá-lo” com
outros teclados que com ele estejam relacionados. Através de um teclado inicial o
utilizador pode optar por aceder a um qualquer programa do seu computador (Word,
Internet, Email, etc.,). Quando essa escolha é efectuada, “abre-se” o programa escolhido e
ocorre imediatamente o aparecimento de um teclado emulado, apropriado para aceder às

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funções específicas do programa escolhido (por exemplo, se for escolhido o programa
WORD, aparecerá um teclado no ecrã que permitirá navegar nesse processador de texto
sem necessidade de aceder ao teclado convencional ou ao rato).
Este programa vem dotado com um sintetizador de fala em português europeu, pelo que o
utilizador do programa poderá não só escrever autonomamente, como seguidamente,
“ler” aquilo que escreveu, através de uma voz sintetizada. Uma outra das potenciais
utilizações do GRID reside no acesso fácil à Internet.
g)Técnicas de selecção: directa, varrimento, codificada
As técnicas de selecção referem-se à forma pela qual o usuário escolhe os símbolos na sua
prancha de comunicação:
1. Selecção directa
É o método mais rápido e pode ser feito através do apontar do dedo ou outra parte
do corpo, com uma ponteira de cabeça ou com uma luz fixada á cabeça. Como
exemplo de uma interface de acesso ao computador por selecção directa, podemos
mencionar o Tracker, que é um dispositivo apontador, que emula as funções do rato.
O Tracker é um dispositivo que consiste num emissor/receptor de infravermelhos
colocado no computador, cujo sinal é controlado por um pequeno reflector (sem
peso) colocado, por exemplo, na testa do utilizador.
2. Selecção pelo olhar
É geralmente a mais eficiente para indivíduos com graves problemas físicos. Exige
grande sensibilidade por parte do interlocutor que tem de perceber qual é a direcção
do olhar, como resposta às questões que são postas.
3. Selecção por varrimento
O sistema de varrimento consiste na possibilidade de, por exemplo, um professor ou
outra pessoa ir indicando as figuras das linhas até o aluno escolher por meio do olhar
(piscar) ou mesmo de um sorriso. O varrimento poderá ser feito pela linha e/ou
coluna de figuras e/ou objectos da pasta e/ou das pranchas. Exige que o indivíduo
tenha uma resposta voluntária consistente com piscar de olhos, balançar a cabeça,
sorrir ou um som para que possa sinalizar sua resposta.
4. Técnicas de aumento de velocidade de comunicação e de predição
a) Predição de símbolos e/ou palavras
A predição de símbolos torna possível diminuir o número de botões
pressionados para a formação da sequência de símbolos ou palavras,
agilizando a utilização pelo usuário.
Normalmente estes predictores têm um dicionário próprio (caso do Word,
por exemplo) e após a introdução de cada símbolo, caso ele não exista na
sua lista de predição, este é incorporado à lista, passando a estar disponível
numa próxima utilização.
Logo que o símbolo é adicionado passa a fazer parte do sistema.
b) Sintetizador de Voz.
Sempre que o utilizador desejar escutar ou transmitir a sua mensagem
através da voz, poderá fazê-lo accionando, simplesmente, a tecla do

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sintetizador de voz. O seu uso é possível através de aplicativos externos ou
incorporados na própria aplicação. Aplicações deste tipo, fazem a leitura das
frases ou legendas das figuras, ou seja, são lidas por uma voz sintetizada, em
português. Ambos os aplicativos, ou uma aplicação com os dois modos de
função, são necessários para o funcionamento deste modelo de
comunicação. Existem aplicações destas em “freeware”, ou seja, software
livre, que pode ser descarregado da internet.
O recurso permite que o utilizador seleccione entre voz feminina e
masculina, tornando o aplicativo mais próximo da realidade, atendendo ao
sexo de cada um dos utilizadores.
c) Perfil do utilizador
A criação de perfis para cada utilizador em particular é necessário quando a
aplicação é utilizada por mais de uma pessoa no mesmo computador, como
é o caso das escolas. Com esse recurso, é possível que seja criado um
ambiente particular, em que cada utilizador possa utilizar as suas próprias
imagens, como as fotos de familiares, amigos, objectos pessoais, sem que
estes interfiram no ambiente criado por outro qualquer utilizador.
d) Adição de novas imagens
Em quase todas as aplicações podem ser adicionados símbolos, não havendo
um limite definido, a não ser pela limitação do interface.
Assim os interfaces de comunicação apresentam-se como um excelente modo de comunicação
para utilizadores que não falem ou tenham muita dificuldade em fazê-lo e que apresentem
graves limitações motoras.
Este tipo de recursos, facilitadores da comunicação, permite um uso simples e amigável,
exigindo pouco desenvolvimento cognitivo e deve ser adaptado ao utilizador e não o contrário.
A linguagem pictográfica está, cada vez mais, a ser utilizada em todo o mundo através de
diversas formas, desde pranchas de papel feitas por professores ou pais (baixa tecnologia), até
aos sistemas de comunicação alternativa e aumentativa mais elaborados tecnologicamente,
através do uso do computador (alta tecnologia). A bibliografia aponta para sucesso do uso
desta forma de comunicação em pessoas portadoras de paralisia cerebral, autismo, deficiência
mental, entre outras.
Desta forma, usando-se uma linguagem pictográfica através do computador e adicionando
alguns dos facilitadores já descritos, a comunicação torna-se mais eficaz, ampliando a qualidade
de vida destas pessoas, potenciando-se, também, o desenvolvimento de habilidades de
relacionamento interpessoal
3.4.1 Técnicas de leitura e de escrita
Como já vimos anteriormente, as TA/PA podem ser descritas em termos de complexidade.

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Baixa Tecnologia remete geralmente para itens de baixo custo que são relativamente fáceis de
usar. São pouco sofisticados e levam a que muitas vezes as pessoas não os associem a
tecnologias de apoio.
Média Tecnologia inclui, por exemplo, dispositivos alimentados por bateria ou meramente itens
electrónicos ou mecânicos sem grande complexidade.
Alta Tecnologia aponta para dispositivos de electrónica mais sofisticada ou computadores.
Leitura (Baixa tecnologia)

Leitura (Media tecnologia)

Leitura (Alta tecnologia)

Marcadores

Livros em Cassete ou CD

Marcadores e fitas de
realce
Suporte de Livro

Dicionários Falantes
Scanner de Mão

Processador de texto
falante
Scanner com OCR
Texto apoiado por imagem
Software Interactivo
Formatos Multimedia

Escrita (Baixa tecnologia)
Punho de caneta (por exe.)
Marcadores e Quadro
Branco
Papel especial
Guias de Escrita
Grelha para PC ou Suporte
de braço

Escrita (Media tecnologia)
Soletrador electrónico
Processador de texto

Escrita (Alta tecnologia)
Organização visual
Entradas diversificadas

Bloco de notas Braille

Predição de escrita
Reconhecimento de Fala
Impressão em Braille
Leitor de ecrã

a) Auxiliares ópticos
Equipamentos ópticos que aproximam a imagem da retina e a ampliam de forma a torná-la
perceptível. Simples lupas de mão fixas ou móveis, lupas iluminadas, telescópios
(monoculares e binoculares) para melhorar a leitura e escrita, telescópios para a visão ao
longe, acoplados às armações ou não, prismas (para mover as imagens para uma parte
diferente da retina) e lentes de contacto.
Os Auxiliares de compensação funcional que se incluem nesta categoria referem-se a filtros
especiais (para aqueles que são particularmente sensíveis à luz ou à claridade), aos
contrastes utilizados, tipo e tamanho de letras, tiposcópio de leitura e escrita, gravador,
modelos, tipo de papel, marcadores.
b) Auxiliares electrónicos
Nesta área vamos encontrar o circuito fechado de televisão (CCTV) ou mais conhecido por
Lupa TV que pode ser fixo ou móvel. Outros sistemas de tratamento de imagem como
hardware (computador PC) e software (aplicações informáticas especiais).
Condições ergonómicas do ambiente de trabalho - O tipo de candeeiro (com regulação de
intensidade luminosa), a iluminação, a localização na sala de aula, mesa com tampo
reclinável (estirador), a banqueta de leitura, a atitude postural, são condições básicas para
o desempenho das tarefas, favorecendo a eficiência visual do aluno.

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A Lupa TV, por exemplo, é um Auxiliar óptico utilizado pelos deficientes visuais que, apesar
de ainda terem um resíduo visual, apresentam problemas principalmente na escrita e na
leitura. É constituído por uma lente ampliadora e um monitor. Assim, ao colocar o texto
sob a lente, este aparece bastante ampliado no monitor. Este auxiliar óptico permite
melhorar a postura do seu utilizador, mas exige um processo de aprendizagem e
adaptação, e não permite rapidez na leitura.
c) MyReader
Ao contrário dos seus antecessores, as "Lupas TV" ou os "ampliadores de caracteres", o
MyReader digitaliza e captura a página completa. Pode apresentar texto como um simples
parágrafo disposto de acordo com as suas preferências: disposição por coluna; como linha
contínua (disposição por linha); e mesmo uma palavra de cada vez (palavra-a-palavra).
d) Lupa portátil
As Lupas portáteis permitem aumentar electronicamente qualquer imagem.
e) Dispositivos com saída em Braille para cegos
Uma linha braille é um dispositivo composto por uma fileira de células braille electrónicas
que podem reproduzir o texto presente no ecrã do computador. É uma alternativa ao
sintetizador de voz ou um complemento deste. O número de células braille varia
normalmente entre 20, 40 e 60 células.

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Capitulo IV
O PROCESSO
Estes Centros de Avaliação têm como funções (i) a avaliação na perspectiva da utilização das TIC
em contexto de escola/sala de aula, (ii) o desenvolvimento de um kit de avaliação com recurso
às TIC, que possibilite uma avaliação ecológica dos alunos, (iii) o desenvolvimento de programas
de comunicação aumentativa, (iv) a disponibilização de informação online, (v) a formação de
professores, alunos e suas famílias, (vi) o desenvolvimento de estratégias e metodologias de
comunicação a distância, numa perspectiva de formação contínua das escolas envolvidas, (vii) a
construção e gestão de uma base de dados de software educativo para utilização por alunos
com deficiências severas e baseado na experiência de aplicação dos diferentes softwares
educativos, (viii) a exploração de ajudas técnicas disponíveis no mercado e (ix) a gestão de
equipamentos para alunos, x) acompanhamento da utilização das TIC em contexto de
escola/sala de aula; xi) concepção de materiais multimédia.
O objectivo final dos CRTIC é a avaliação dos alunos com necessidades educativas especiais
de carácter prolongado, de modo a conduzi-los à utilização de tecnologias de
apoio/produtos de apoio e também adequar os respectivos equipamentos à sua situação
particular. Persegue-se o objectivo da inclusão destes alunos no processo de ensino aprendizagem
e também na facilitação das actividades escolares.
4.1. A sinalização do aluno
Há crianças e jovens que experienciam graves dificuldades no processo de aprendizagem e
participação no contexto escolar, decorrentes da interacção entre factores ambientais (físicos,
sociais e atitudinais) e limitações de grau acentuado ao nível do funcionamento do aluno num
ou mais do que um domínio. Em cada família, sala de aula, escola consegue-se detectar uma
necessidade educativa especial. Estas podem advir de um problema (físico, sensorial,
intelectual, emocional, social ou qualquer combinação destas problemáticas) que afecta a
aprendizagem ao ponto de serem necessários acessos especiais ao currículo, ao currículo
especial ou modificado, ou a condições de aprendizagem especialmente adaptadas para que o
aluno possa receber uma educação apropriada.
4.2 O pedido de avaliação
Existe sempre a necessidade de se poder contar com serviços que avaliem expeditamente a
forma como se poderá tornar acessível, o currículo, a estas crianças e jovens.
No caso dos CRTIC, contamos com os pedidos de avaliação, uma vez que as problemáticas
referentes a cada um dos alunos não nos estão acessíveis, dado que prestamos um serviço no
âmbito regional.
É desta forma que existem os formulários para os respectivos pedidos (anexo I).
Nestes formulários deverá existir o máximo de informação que diga respeito ao funcionamento
do aluno. É com esta informação que se decide a forma como vão ser postos à disposição do
aluno os produtos de apoio que se julgarem mais convenientes, para além de um estudo mais
aprofundado por parte dos técnicos, destes recursos.

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Este pedido de avaliação para a acessibilidade ao meio informático, normalmente, surge a
partir da escola, no entanto há casos em que este pedido parte do seio familiar.
4.3 A avaliação em contexto (CRTIC)
No nosso sistema de ensino a avaliação das NEE obedece, por determinação legal, aos
conteúdos da CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde). A CIF
surge com o propósito de proporcionar uma linguagem unificada e padronizada, assim como
uma estrutura de trabalho para a descrição da saúde e de estados relacionados com a saúde.
Não é uma classificação que funciona isoladamente mas em complementaridade com a ICIDH-2.
Os referentes que determinam a procura das soluções mais apropriadas para o aluno deverão
basear-se, sobretudo, no domínio da funcionalidade e actividade e participação. A questão das
limitações cognitivas também é dominante neste tipo de avaliação.
A funcionalidade do aluno permite-nos inferir da forma como interagir com o meio informático,
a actividade e participação vai dar-nos uma visão dos problemas inerentes à forma como o
aluno age no dia a dia da escola e no seio familiar. Sobretudo, o que se pretende verificar com
esta última referência, é a assiduidade do aluno e inferir da necessidade de deslocar os meios
de aprendizagem para a residência. Falamos nos casos particulares de alunos impossibilitados
de se deslocarem à escola e em risco de grande isolamento social, por motivos de doenças
crónicas graves e sujeitos a internamentos hospitalares prolongados, para os quais devem ser
incrementadas respostas com recurso à teleaula. Pelos relatos existentes estes projectos
revelam-se positivos e adequados a situações específicas. No entanto, no caso de outras
problemáticas também é previsível a utilização dos produtos de apoio na residência e em
ambiente familiar, uma vez que o lazer e a recreação podem estar associados à utilização do
meio informático. Lembramos a utilização da internet e dos jogos criados para computadores.
Também está implícita a utilização do meio informático para a realização das tarefas escolares
propostas para casa, bem como a utilização destes produtos como único meio de aceder a
tarefas de índole mais cultural, como a leitura e a escrita.
Durante a avaliação são postos à disposição do aluno os diferentes recursos do CRTIC, que se
pense serem os mais adequados.
4.4 Aconselhamento do produto de apoio
Depois de experimentados os vários produtos existentes no CRTIC os técnicos em conjunto com
o utilizador final discutem o que é mais conveniente para a interacção com o meio informático
no caso particular do indivíduo que irá ser o utilizador final.
É importante a participação do utilizador nesta tomada de decisão, pois será ele que irá utilizar
o produto e é ele que tem consciência das suas capacidades para se tornar um bom
manipulador do produto, software e/ou hardware.
É preciso ter-se sempre em consideração que estas avaliações e soluções encontradas nunca
serão definitivas. Por um lado poderá sempre existir, apesar da experimentação, um factor de

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rejeição ou inadaptação à primeira solução encontrada, por outro lado existe outro factor que
estará sempre presente, a constante evolução dos produtos e a constante evolução da ciência
informática.
O culminar deste processo traduz-se num relatório final em que se descrevem as limitações do
aluno avaliado, as soluções experimentadas e as soluções aconselhadas (anexoII).
Daí que uma das funções dos CRTIC será, também, a constante atenção às novidades e
evolução dos produtos já conhecidos. Esta será, como tantas outras, uma das tarefas mais
árduas dos técnicos destes serviços. Dizíamos como tantas outras, porque não é fácil
conhecerem-se a fundo inúmeras soluções com as que a seguir apresentamos e que fazem
parte do nosso espólio.

4.5 Produtos de apoio existentes no CRTIC Chaves
a) SOFTWARE
BOARDMAKER E SPEAKING DINAMICALLY PRO — programa de comunicação aumentativa, que
contém bibliotecas com inúmeros símbolos pictográficos que são utilizados para
criar quadros de comunicação impressos, grelhas para comunicadores e fichas de
trabalho. A estes pode ser associado um sintetizador de voz (SDP).
GRID2 — consiste num sistema de teclados no ecrã (teclados de acesso ao
computadores, teclados para comunicação aumentativa e teclados de controlo de
ambiente). Estes teclados virtuais podem ser acedidos por qualquer dispositivo,
apontadores, manípulos, etc. Contém também um sintetizador de fala em português. A
funcionalidade de controlo do ambiente permite, por exemplo, associado a
dispositivos de infra-vermelhos, ligar a luz de um candeeiro a rádio, ou a TV.
INTELLITALK — processador de texto interactivo, que com recurso a sintetizador de voz,
permite que os textos sejam lidos, letra a letra, palavra a palavra ou frase a frase. O
programa permite ainda criar fichas de trabalho, de resposta a perguntas e de
preenchimento de campos de resposta.
INTELLIMATHICS — Este programa assenta num conjunto de actividades personalizadas,
que permitem trabalhar conceitos matemáticos (aprender a contar, fracções,
geometria, classificação, etc.).
INTELLIPICS STUDIO — Programa de imagem que permite desenhar, pintar, fazer
animações, incorporar vídeo, áudio. Permite recorrer a sintetizador de voz ou a gravar
directamente. Permite construir e contar histórias e outras actividades pedagógicas.
JAWS - Tecnologia de voz sintetizada em ambiente de Windows para aceder a
diferentes tipos de software e recursos na Internet. Possibilita também o envio de
informação para linhas Braille. O leitor de ecrã mais popular do mundo, o Jaws® para
WINDOWS, da Freedom Scientific, trabalha com o computador, de modo a proporcionar
acesso às aplicações mais populares e à Internet. Com o software de síntese de voz e a
placa de som do PC, a informação do ecrã é lida, permitindo o acesso a uma larga
variedade de aplicações de trabalho, educacionais e de lazer. O Jaws também pode
enviar informações para linhas Braille, permitindo mais acesso a esta tecnologia do que
qualquer outro leitor de ecrã.

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WINBRAILLE - O WinBraille pode ser usado sem conhecimento prévio de Braille. O
WinBraille converte documentos DOC e PDF para Braille. O WinBraille suporta mais de
trinta idiomas. O utilizador mais experiente pode criar suportes de conversão para
idiomas e pode definir regras individuais de conversão e de formato. Contém opções de
formato necessárias para a produção de documentos Braille, tais como a configuração
do cabeçalho e rodapé, hifenização, etc. Inclui uma Janela normal de controlo de
imagem e uma única opção para converter imagem em formato Braille. O texto Braille
pode ser posto em qualquer posição utilizando a resolução gráfica aumentada (0.5 mm).
Suporta a gravação de ficheiros existentes no Windows, os formatos mais comuns são o
Microsoft Word e Excel, Adobe Acrobat (PDF), Microsoft Outlook, páginas da Internet e
documentos de texto comuns. As imagens incluídas em documentos de texto Word
podem ser traduzidas para imagens tácteis e incluídas no texto de Braille. Inclui a
possibilidade de instalação em rede.
ZOOM TEXT - O ZoomText é a mais poderosa ferramenta de acesso ao computador para
pessoas com problemas de visão. Considerado o melhor software de ampliação, para
Windows. Finalmente, desenvolvido especificamente para Portugal, O ZoomText é
disponibilizado em duas versões: uma só de ampliação e outra de ampliação e voz.
ESCRITA COM SÍMBOLOS - Ferramenta inclusiva de Comunicação Aumentativa e Alternativa
em Português, com os símbolos SPC (símbolos pictográficos para a comunicação) e
REBUS (escrita pictográfica).
CARACTERÍSTICAS: Associação automática da palavra/expressão ao símbolo, à medida que
se escreve; Construção e impressão de quadros de comunicação; Actividades
interactivas com opção de varrimento; Gestor de recursos para actualizar e criar listas
de palavras/símbolos, incorporando fotografias, símbolos, imagens e sons.
INCLUSÃO: Sucesso na utilização com surdos e pessoas com baixa visão. Largo espectro de
utilização, da classe regular aos apoios educativos;
ACESSIBILIDADE: Múltiplas opções de varrimento e completa integração com emuladores
de rato, emuladores de teclado, teclados de conceitos e comutadores (switches).
Síntese de voz em Português Europeu (Madalena).
AVENTURAS 2 - Software interactivo, desenhado para favorecer o desenvolvimento de
competências de leitura e escrita. É totalmente configurável para responder às
potencialidades de cada utilizador.
É excelente para ser utilizado em contexto pré-escolar para as primeiras aprendizagens
e de forma aprofundada no ensino regular (1º ciclo do Ensino Básico). Trata-se de um
ambiente aberto que permite ao utilizador ir construindo um portfólio (caderno
personalizado) para trabalhar com textos, frases, palavras, sílabas, desenhos e sons que,
de certa forma, é o espelho do conhecimento que o utilizador possui acerca da língua
escrita.
Incorpora um sintetizador de voz em Português Europeu (Amália) para sinalização
sonora imediata de tudo o que se escreve.
Adequa-se ainda a utilizadores em situações clínicas de reaprendizagem ou a pessoas
com deficiência mental e dislexia, maioritariamente crianças e jovens com Necessidades
Educativas Especiais. A versão 2, desenvolvida no âmbito de um projecto apoiado e cofinanciado pela FENACERCI, vem na sequência da versão 1, editada em 1996, com
enorme envolvimento das professoras Adelina Gouveia e Graça Carreto (iniciativa NOW,
Núcleo de Ensino, Departamento de Educação Básica).

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ABRACADABRA - O Abracadabra é um programa de causa-efeito, especialmente indicado
para ser utilizado com um manípulo. Este programa inicia-se com um menu de três
opções: fácil, médio e difícil, associadas à complexidade das imagens. Em cada menu
existem 10 objectos para construir. Quando a imagem está completa, anima-se e ouvese música ou um som.
Interfaces de acesso: Ecrã táctil, Rato e Manípulo.
IMAGINA, CRIA E CONSTRÓI - O Imagina é um software educativo integrado, versátil e
acessível. Pode ser utilizado por crianças e jovens com diferentes capacidades para
produzir trabalhos, estimulando a autoria, a autonomia, a diversidade nas
aprendizagens e as inteligências múltiplas.
É fácil de usar para construir, de forma integrada, páginas e livros, música, relatórios de
acontecimentos, histórias ilustradas, poemas animados.
É uma nova geração da linguagem Logo. Possui uma hierarquia de objectos e
comportamentos, processos independentes e paralelos, ferramentas de desenho e
animação e um interface de manipulação directa alargado.
Esta ferramenta destina-se a todas as crianças e jovens a partir dos 7 anos de idade. É
um software transversal a todo o curriculum, proporcionando oportunidades e
funcionalidades para integrar recursos multimédia em projectos que poderão ser
publicados na Internet. Integrando facilidades de desenho e de animação avançada, o
Imagina pode criar ambientes de aprendizagem baseados na utilização do rato, do
teclado ou mesmo do teclado de conceitos. Integra ainda um exploratório musical para
compor, testar e gravar melodias e ritmos.
INVENTO - O invento é uma ferramenta de edição para construir e imprimir cartazes,
folhetos, livros, materiais pedagógicos e quadros de comunicação de uma forma simples
e rápida.
POTENCIALIDADES: Ler tudo o que está escrito, com o sintetizador de voz em Português
Europeu (Madalena); Escrever texto ilustrado por símbolos; Utilizar balões de fala;
Aceder a uma galeria com mais de 1.500 imagens para ilustrar os trabalhos realizados;
Usar cerca de 7.500 símbolos coloridos e a preto e branco; Utilizar qualquer imagem
que esteja gravada no computador; Imprimir os trabalhos realizados em qualquer
formato: A5, A4, A3 ou livro pronto a dobrar; Sintetizador de voz em Inglês
INVENTO - ACTUALIZAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM DO INGLÊS: A actualização para inglês inclui:
Conjunto de símbolos em Inglês; Diversas histórias e exemplos de utilização em Inglês.
CENTRO DE ACTIVIDADES - DIRECTOR JÚNIOR – Estúdio multimédia com um conjunto de
ferramentas para escrita, pintura, som e animação. Os trabalhos realizados podem ser
impressos ou guardados.
Dragões & Companhia - O Dragões inclui diversos jogos prontos a usar e modificar,
podendo, ainda, o utilizador criar os seus próprios jogos. Estratégia, resolução de
problemas, criatividade, raciocínio lógico e sentido estético são algumas das
competências mobilizadas. Esta nova versão apresenta-se mais complexa e com novas
ferramentas, o que a torna mais indicada para jovens entre os 9 e os 15 anos (ou mais)
[4º ano do 1º ciclo, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico]. Incorpora um sintetizador de voz
em Português Europeu (Amália) de excelente definição, o que permite dar voz a
qualquer personagem, através de um texto escrito.
Ilha das Algas Mágicas - A Ilha das Algas Mágicas é um jogo de aventuras destinado a
crianças e jovens entre os 8 e os 14 anos. Este software educativo aborda de forma

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CRTIC
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Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC

lúdica e didáctica o tema dos Direitos Humanos.
Toda a acção se desenvolve num ambiente de ilha deserta no qual o jogador é
convidado a vencer vários obstáculos e vários desafios. Para poder superá-los e
terminar a sua aventura, será essencial a sua tolerância, a sua compreensão para com
os outros e o espírito de entreajuda. O jogador é convidado a assumir o papel de Laura,
uma rapariga simpática, divertida e corajosa, sempre pronta a enfrentar novos
desafios. No papel de Laura, o jogador tem ao seu dispor diversas ferramentas e formas
de dialogar com as várias personagens que encontra ao longo
da
ilha. Dessas escolhas dependerá chegar ou não ao fim do
próprio jogo. As atitudes do teu país, das pessoas que
conheces ou mesmo as tuas, são muitos importantes para se
construir um mundo onde todos possam ter os seus direitos
humanos, num mundo mais justo e com mais paz e respeito. Este jogo pretende que as
crianças conheçam e pensem sobre os Direitos Humanos e sobretudo que se lembrem
deles no seu dia-a-dia, ao longo de toda a vida. Se cada um de nós respeitar estes
Direitos, o mundo será de certeza mais feliz.
Desafios - Inclui seis programas interactivos, com diversos níveis de dificuldade, que
permitem a aprendizagem num ambiente de brincadeira. Cada programa inclui diversas
actividades propedêuticas e de iniciação à leitura e escrita. Os seus programas incluídos
são: ABC, Desenho por pontos, Cubos, Colorir, Labirinto e Caminho-de-ferro.
Explorador de Sólidos - Uma ferramenta visual 3D para explorar sólidos geométricos e
suas planificações. Está indicado para ser utilizado com alunos do 3º e 4º ano de 1º
ciclo do Ensino Básico e 5º e 6º ano do 2º ciclo do Ensino Básico. Permite explorar os
diferentes sólidos que fazem parte dos Programas de Matemática do 1º e 2º Ciclos do
Ensino Básico.
Á Descoberta de Coimbra - Enquadramento: Pretendeu-se construir um ambiente para
exploração e aprendizagem de Coimbra e da sua história, com recurso às novas
tecnologias da informação e da comunicação. Este projecto contou já com o apoio do I
Concurso Nacional de Software Educativo, do programa Nónio do Ministério da
Educação. Este projecto concretizou-se com a produção de uma Aplicação Multimédia
(CD Rom) com o mesmo nome deste projecto: À Descoberta de Coimbra. Este projecto
ambiciona que os alunos (ou outros utilizadores) conheçam a história da cidade de
Coimbra e suas freguesias: os seus monumentos, as personagens que a ela se
encontram ligadas, os acontecimentos mais marcantes, as suas lendas e tradições. A
partir da história local, faz-se a ligação à história de Portugal, através dos diversos
elementos a seguir apresentados. Procura-se evidenciar a relação temporal entre estes
diversos aspectos e fornecer um conjunto de informações que ultrapassem as de um
livro ou de um manual escolar. A profundidade com que o tema será explorado
depende do nível em que o utilizador se encontra e da sua curiosidade. Objectivos: (1)
Descobrir a memória da Cidade de Coimbra e das suas freguesias. (2) Facultar às escolas
e aos educadores um ambiente de aprendizagem alternativo, integrado com o currículo
escolar. (3) Proporcionar uma visão plural de Coimbra como encruzilhada de culturas,
valores e práticas sociais. (4) Permitir a abertura de novos horizontes e desafios aos
pequenos cidadãos de Coimbra, para participarem na sua afirmação cultural, abertura à
inovação e contemporaneidade.
Experiências e Resultados: Este programa teve como principal meta ajudar o utilizador
(crianças dos 8 aos 12 anos) a conhecer melhor a história da cidade de Coimbra e das

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CRTIC
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suas freguesias. O utilizador pode escolher a forma que mais gostar para fazer esta
descoberta, uma vez que existem vários modos de ver a informação disponível. Existe
sempre a possibilidade de escrever comentários e notas, à medida que a informação
existente vai sendo analisada. A informação disponível encontra-se organizada em 5
tipos: Personagens; Monumentos; Acontecimentos; Tradições; Lendas.
Tobias o Palhaço - É uma forma divertida e estimulante de entrar no mundo da
informática. As actividades propostas são realmente interactivas e têm vários níveis de
dificuldade, animações e mensagens faladas. Destinado a
crianças dos 4 aos 8 anos, permite uma aprendizagem
através de actividades lúdicas, com base em cinco jogos:
Caras divertidas, Carteiro, Gelados, Blocos de Construção e
Jardim de Morangos. Todos os jogos apresentam uma
explicação oral e uma exemplificação de cada nível. As actividades propostas
pressupõem um crescimento gradual, do concreto para o mais abstracto. Cada nível
possui animações atractivas, acompanhadas por voz. As suas actividades estimulam a
aprendizagem das cores, das formas e padrões.
Invento (Inglês) Aprendizagem do Inglês no 1º Ciclo - Este
CD é uma actualização do software original InVento
preparada para a aprendizagem do inglês. Para poder utilizar
esta versão, é necessário possuir a versão em português do
Invento. A actualização do inVento acrescenta ao programa
um sintetizador de voz em inglês e um conjunto de
exemplos de actividades prontas a utilizar, escritas na língua
inglesa:
Actividades para trabalhar directamente no ecrã - o
utilizador pode mover objectos no ecrã, editar textos, alterar símbolos, etc;
Fichas de trabalho - podem ser completamente editadas pelo professor e podem ser
trabalhadas no ecrã ou impressas;
Histórias - em formato de livro, que o professor pode imprimir, ou pode explorar no
ecrã.
Modelos em branco - vários exemplos em português, com formatações já
preparadas, que podem ser preenchidos e adaptados para a língua inglesa.
Já Está (Versão Inglesa) - É uma versão para aprendizagem do inglês.
Esta é uma versão independente do software Já Está, preparada
exclusivamente para a aprendizagem da Língua Inglesa. Todos os
menus e caixas de diálogo do programa estão escritos e são
pronunciados em inglês. Os textos escritos com o programa podem
também ser ouvidos em inglês. Para isso, basta abrir o programa de configuração, no
menu Comum procurar Voz SAPI e seleccionar Sam (voz masculina) ou Jane (voz
feminina), conforme preferir. Permite trabalhar temáticas diversas e contém mais de
100 actividades previamente preparadas. Inclui também um manual didáctico e um
programa de configuração para o professor.
Todo este software tem grande interesse para a actividade dos docentes da Educação
Especial, nomeadamente as ferramentas de autor que possibilitam a criação de recursos de

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CRTIC
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acordo com as necessidades individuais dos alunos com NEE. Não se descura a possibilidade
deste software ser utilizado por todos os alunos, em geral.
Hipp!
É um programa que consiste em seis tipos de diferentes actividades
para treino de causa/efeito.
Foi desenhado para despertar o interesse do utilizador por aquilo que
ocorre no ecrã, treinar a noção de causa efeito, a atenção e também a
utilização de manípulos. As imagens são simples e o programa destina-se a utilizadores de
vários níveis etários com deficits cognitivos, sensoriais ou motores. De acordo com as
capacidades do utilizador e com a evolução do mesmo, podem definir-se diversos parâmetros
como a cor do fundo da actividade, as listas de imagens a utilizar em cada actividade, etc. Com
o Editor do programa poderão adicionar-se fotografias, texto, som, e música, de acordo com o
que se considerar mais adequado para cada utilizador.
Interfaces de acesso: ecrã táctil, 1 ou 2 manípulos, rato e teclado de conceitos
Lunar 10 Plus
É um programa para acesso ao computador com ampliação de ecrã e, também, com
voz, totalmente em português, que inclui o Realspeak (Sintetizador com voz
natural). É totalmente compatível com o Windows XP/SP2 e Windows Vista.
KidPT Minha Voz SPC
O PTMinha Voz SPC é uma licença que serve para activar os mais de 4.800 símbolos
existentes no software PTMinha Voz Grid 2.

b) HARDWARE E PERIFÉRICOS
KidTrac
Trackball com 3 botões, muito popular, com forma e dimensão que permitem
um apoio adequado de mão. A caixa larga serve de apoio para a mão. O botão
verde ao centro (atrás da bola amarela) tem a função de “arrastar preso” - ao
premi-lo uma vez, a função do botão esquerdo do rato fica presa até que se
prima novamente.
Muito fácil de utilizar: basta ligar ao computador (porta USB ou PS/2) e começa a funcionar!
Apenas para PC / Windows.
SmartNav
O SmartNAV é também um dispositivo apontador que permite controlar
um computador apenas com movimentos de cabeça.
Características principais:
•Velocidade do ponteiro do Rato controlável.
•Modo de Precisão para movimentos finos.
• Possibilidade de ligar um manípulo para outras alternativas ao clique.

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CRTIC
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•Controlo partilhado do Rato.
• Funciona em praticamente todos os ambientes com bastante claridade.
Slim Armstrong
Sistema flexível de apoio para manípulos. Pode ser colocado no tabuleiro de uma cadeira de
rodas ou em qualquer outra superfície plana.
O Sensitrac suporta qualquer manípulo ou sistema de comunicação através
da utilização de Velcro® ou aparafusado. A sua inclinação pode ser ajustada
em 360º, conforme as necessidades de cada utilizador.Este apoio fixa-se a
qualquer superfície plana com um sistema semelhante ao de uma ventosa ou
ainda por um sistema de pinças. É um braço articulado muito flexível, ideal para posicionar os
manípulos, de acordo com as necessidades de cada utilizador. O braço articulado Slim
Armstrong permite variadíssimas posições e graus de liberdade. O seu comprimento pode ser
ajustado entre 10cm e 52cm, tendo 6 pontos de ajuste. Este braço pode ser colocado na maior
parte das mesas ou cadeiras de roda e suporta até 11 Kg de força, em qualquer posição.
Teclado de Conceitos IntelliKeys
Teclado para acesso ao computador.
O teclado de conceitos IntelliKeys é um teclado programável que constitui
uma alternativa de acesso ao computador e uma poderosa ferramenta
pedagógica.
É a peça central de um sistema completo de acessibilidade à comunicação
e educação.
Ao contrário de um teclado normal de acesso ao computador, o teclado
IntelliKeys pode ser personalizado e configurado de acordo com as actividades com que se
pretende trabalhar. Assim, é possível criar teclados para escrita, por exemplo, com teclas
maiores ou com teclas contendo palavras ou frases; ou para acesso a outros programas,
contendo as respectivas funções. Os teclados personalizados são criados num programa muito
simples de edição (software Overlay Maker, em português) e, depois de impressos, basta
colocá-los sobre o teclado de conceitos e começar a trabalhar. Ao utilizar o IntelliKeys com
outros programas, nomeadamente o software da IntelliTools (em Português), cada tecla do
teclado de conceitos pode gerar imagens, sons ou movimentos no ecrã do computador.
Robot Roamer
Ao transformar noções abstractas em concretas, as crianças envolvem-se
activamente no seu próprio processo de aprendizagem.
Através deste robot, as crianças podem ser introduzidas, como participantes
activos, no mundo da geometria, da matemática, do desenho e da tecnologia...
num sem número de actividades curriculares.
Rato de joystick
Especialmente concebido para permitir um melhor acesso ao computador, quando o utilizador
tenha dificuldades em usar o rato convencional.
Existe o modelo com 5 botões e diferentes tipos de ligação.

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CRTIC
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Helpijoy
O HelpiJoy é um joystick proporcional que permite substituir as funções do rato.
Inclui 4 botões com as funções Clique Esquerdo., Clique Direito, Duplo
clique e Arrastar. Estes botões podem ser controlados por manípulos
externos, ligados ao joystick.
O HelpiJoy tem ligação USB.

Tracker
O Tracker permite que uma pessoa sem controlo dos membros superiores,
possa deslocar o ponteiro do rato com movimentos de cabeça. Apoiado
sobre o monitor do computador, este dispositivo "segue" o movimento de
um pequeno reflector colocado na testa do utilizador. Desta forma, quando
o utilizador move ligeiramente a cabeça, o Tracker converte este movimento num movimento
do ponteiro do rato do computador. Pode ser utilizado em computadores portáteis ou de
secretária.
Manípulo Jelly Bean e outros
O manípulo Jelly Bean é considerado um standard e é muito utilizado pela
sua resistência e durabilidade. Pode ser suportado por um braço articulado.
Retorno auditivo ("clique") em cada activação.

Rato tipo alavanca

Rato tipo tapete

Comutador de pressão variável

Linha Braille
Uma Linha Braille é um dispositivo composto por uma fila de células
braille electrónicas que podem reproduzir o texto presente no ecrã do
computador. É uma alternativa ao Sintetizador de Fala, ou um
complemento deste. O número de células braille da existente é de 40
células.

Impressora Braille
Esta impressora tem uma capacidade de impressão interponto que
reduz a dimensão real das impressões em 60%. Tem capacidade
para 300 páginas Braille por hora, alta qualidade de impressão e constitui-se como uma solução

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CRTIC
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para trabalhos em casa, em escolas e locais de trabalho. Imprime directamente da escrita a
negro para escrita Braille. Dispõe de interface frontal relevado e também de voz, o que a torna
fácil de instalar e de manusear. O sistema de alimentação é contínuo.
Zy-Fuse
A Zychem é uma impressora de relevos e de papel de relevo. O papel de
relevo é facilmente reconhecido pela sua textura e suavidade ao tacto.
Permite criar diagramas em relevo. Pode construir mapas, plantas,
símbolos matemáticos, tabelas, gráficos, música, e muito especialmente,
desenvolvimento de todas as noções 2-D relativas à forma e organização
espacial dos locais públicos, dos objectos, e de bens não palpáveis.
Lupa TV para Baixa-Visão
Uma lupa é um instrumento de ampliação de imagens clássico já
conhecido por todos nós. Com uma lupa a ampliação da imagem é
feita sem necessidade de um ecrã.
Uma Lupa TV ou ainda Telelupa, é um aparelho electrónico que
amplia a imagem num ecrã, para permitir a leitura a pessoas com
visão reduzida. A MERLIN é uma lupa com um design muito
ergonómico e excelentes características técnicas, com boa resolução,
ecrã a cores e com uma ampliação até 16X.
Esta lupa pode ser associada ao PC e assim a imagem do monitor do computador aparece
também no monitor do ampliador.
Slim Book
Sistema móvel para a comunicação aumentativa permite que pessoas
com disfunções comunicativas, sejam elas temporárias ou
permanentes, possam expressar-se e comunicar de forma autónoma.
Este sistema é baseado num dispositivo móveis (UMPC) que permite
que o sistema de comunicação acompanhe o seu utilizador.
O software de comunicação baseia-se em teclados no ecrã que podem
ser acedidos através de ecrã táctil ou outras interfaces de acesso. O utilizador pode comunicar
por voz sintetizada ou gravada, através de escrita ou de quadros de comunicação, por selecção
de letras, frases ou símbolos. Este sistema também é ideal para utilizadores ad-hoc, por
exemplo, em unidades de saúde onde se encontrem pessoas com disfunções comunicativas
temporárias.
O Sistema Integrado para a Comunicação Aumentativa (SICAM) é uma ajuda para a
comunicação baseada em Windows XP, leve e portátil, com ecrã táctil, podendo ser
transportado facilmente, apoiado sobre uma mesa ou montado numa cadeira de rodas. Esta
solução integra a comunicação através de fala (sintetizada ou gravada) ou de escrita (texto ou
símbolos) e o acesso a várias aplicações do sistema operativo. O utilizador pode aceder a este
sistema através de toque no ecrã táctil ou de outros tipos de interfaces adequadas a disfunções
motoras.

33

CRTIC
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Dispondo de várias opções, o SICAM pode incluir na sua configuração básica em software de
ajuda para a comunicação: Speaking Dynamically ou a pré-instalação do PT Minha Voz-GRID. O
dispositivo inclui a possibilidade de ligação à internet ou outro tipo de redes.

Magic Touch
O Magic Touch é uma janela que é colocada sob o ecrã de um
monitor. Esta janela pode ser retirada com facilidade do monitor e
ser usada como” tablet” para desenho. A película táctil pode ser
activada com a pressão de um dedo ou de uma caneta de toque ou
ainda com uma caneta de feltro (sem tinta), emulando todas as
funções do rato (clique, duplo clique, arrastar e mover o ponteiro).
Funciona também como filtro para as radiações do monitor e elimina a electricidade
estática.
Go talk 9+
Um auxiliar de comunicação potente, portátil e muito fácil de utilizar, com 9
teclas de mensagem e 5 níveis de gravação. Possui mais 3 teclas de mensagens
fixas. Ao todo, permite ter 48 mensagens distribuídas por 9 minutos de
gravação. Dispõe de local para guardar as várias grelhas impressas para os
diferentes níveis. É um dispositivo leve e fácil de transportar.
4 fALAS
O 4 Falas é um auxiliar de comunicação que possui 4 botões coloridos e 4 níveis de gravação,
perfazendo um total de 16 mensagens diferentes que poderá suportar. Possui ligações para
brinquedos adaptados e comutadores. É um aparelho robusto, pesado e com possibilidade de
ser afixado a uma mesa ou cadeira de rodas.

34

CRTIC
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Ardósia Digital Bluetooth
Acessório de comunicação com o quadro interactivo, à distância. Com a ardósia digital
bluetooth pode controlar e escrever na imagem projectada, à distância, a
partir de qualquer lugar da sala. Também é útil para entregar ao aluno, criando
um ambiente ainda mais interactivo.
Quanto mais os alunos forem envolvidos no processo, mais significativas e
duradouras serão as aprendizagens. Os alunos podem resolver problemas e
escrever respostas directamente na ardósia digital a partir do seu lugar,
aumentando o seu entusiasmo e participação e melhorando a sua compreensão dos conceitos.
BookWorm
Uma ferramenta de inclusão que transforma qualquer livro num “livro
falante”.
Potencia a comunicação nos utilizadores autistas! Cada módulo de
memória de 8 minutos do BookWorm permite gravar até 32 páginas. É o
tempo suficiente para adaptar 2 livros ricos em texto ou 4 livros pequenos.
Adaptar o livro é fácil: simplesmente coloque uma etiqueta autocolante
(fornecidas com a unidade) em cada página do livro favorito do seu aluno e grave a história,
página a página.
Jelly Beamer - com programação
Todas as vantagens e características do Jelly Beamer sem fios, com a
flexibilidade de poder ser programado.
Pode ter 4 modos de controlo incluindo controlo directo, interruptor, controlo
por tempo em segundos e por tempo em minutos.
Jelly Beamer - Manípulo sem fios
Actua exactamente como um manípulo tradicional mas sem o incómodo dos
fios.
O Manípulo sem fios Jelly Beamer™ inclui um transmissor e um receptor.
Simplesmente ligue ambos os componentes para ON, ligue o receptor a
qualquer brinquedo adaptado, comunicador ou computador e está pronto a
ser utilizado por acesso sem fios.
Cada Jelly Beamer™ tem o seu próprio receptor, o que significa que múltiplos Jelly Beamers
podem ser utilizados na mesma sala, em simultâneo, até uma distância de 4 metros, sem
interferência.
BIGmack
Este comunicador inclui um cabo para ligar a um brinquedo adaptado ou
outro dispositivo.
Assim, o BIGmack pode fazer activar um brinquedo enquanto a mensagem
gravada é reproduzida.
Características principais:

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CRTIC
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Permite configurar o tempo entre repetições, para evitar que um utilizador active
continuamente o manípulo;
75 segundos de gravação
127 mm de diâmetro
Controlo de volume e interruptor para ligar/desligar
Possibilidade de ligar um manípulo externo
Possibilidade de ligar a um sistema de amplificação de som (colunas áudio)
Brinquedos Adaptados
Permitem a interacção com o brinquedo através de um periférico, normalmente os mais
utilizados são os manípulos de pressão, alavanca ou tapete.

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CRTIC
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Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC

CONCLUSÃO
Começa a ser geralmente aceite que as novas tecnologias da informação e comunicação podem
melhorar os serviços prestados na área da educação e, simultaneamente, melhorar a qualidade
de vida das pessoas com limitações.
As novas tecnologias representam uma revolução metodológica no desenvolvimento e
utilização dos produtos de apoio. Na utilização dos produtos de apoio é fundamental o trabalho
em equipa, a multidisciplinariedade e o envolvimento de todos, nomeadamente os professores,
os profissionais de reabilitação, os profissionais de saúde, os profissionais especialistas nas
novas tecnologias, os familiares das pessoas com limitações e o envolvimento das próprias
pessoas ou utilizadores finais.
É necessário o conhecimento, a experiência de todos para que a escolha da tecnologia de
apoio/produto de apoio seja a mais adequada ao caso específico de cada utilizador, para que o
problema seja analisado em todas as suas vertentes. Mas o processo não termina na selecção
do produto de apoio, é necessário e fundamental o acompanhamento e a avaliação dos efeitos
de uma determinada tecnologia de apoio/produto de apoio na pessoa com limitações e, se for
necessário, voltar ao início do processo para que haja uma integração plena destas na vida
destas pessoas.
As reavaliações poderão ser uma necessidade a considerar. Na área da educação,
nomeadamente na área das tecnologias de apoio/produtos de apoio, existe a ideia de que as
novas tecnologias são a solução para tudo, sobretudo no que respeita ao aluno com limitações.
Esta ideia terá que ser debatida, porque as tecnologias, só por si, não são a solução de todos os
problemas se não existirem serviços de avaliação e acompanhamento destas soluções.
É de grande importância o processo de selecção de um produto de apoio ou tecnologia de
apoio, mas a eficácia da sua utilização é ainda mais importante.

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CRTIC
Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC
Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brown, C. (1992), Assistive Technology Computers and Persons with Disabilities.
Communications of the ACM, New York, v.35, n.5, p.36-45,.
Cooper, M. (1988), Interfaces that Adapt to the User. In: SELF, J. (Ed.). Artificial Intelligence and
Human Learning: Intelligent Computer Aided Instruction. New York: Chapman and Hall
Computing,. p.300- 309.
Correia, L.M. (1997), Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas classes regulares,
Porto, Porto Editora.
Lagarto, José Reis (2007), Na Rota da Sociedade do Conhecimento. As TIC na Escola. Lisboa,
Universidade Católica Editora.
Unesco (1994), Declaração de Salamanca e enquadramento da acção. Conferência mundial
sobre necessidades educativas especiais: acesso e qualidade.

38

CRTIC
Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC
Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC

ANEXOS
ANEXO I - Pedido de Avaliação
Sede: Agrupamento Dr. Francisco Gonçalves Carneiro - Chaves
Rua (D. Jerónimo) Contador de Argote - 5400 - 205 Chaves
Telf. (geral) 276340360 - Fax (geral) 276340368 – e-mail: crtic@afgc.com - http://www.afgc.pt

FORMULÁRIO DE PEDIDO DE AVALIAÇÃO
Este formulário destina-se a solicitar a intervenção do CRTIC Chaves para efeitos de avaliação das necessidades do(a) aluno(a) em termos de produtos de apoio.
Consulte no final do documento o modo como nos pode remeter este pedido.

Data:

Data de entrada no CRTIC:

Nome do(a) Aluno(a):

(a preencher pelo CRTIC)

Data de nascimento:

Ano de escolaridade:

Encarregado Educação
Morada:
Localidade:

Código Postal:

Telefone:

Agrupamento/Escola não agrupada/Entidade:
Estabelecimento de ensino:

Código:

Morada:
Código Postal:
E-mail:

Localidade:
Telefone:

Fax:

Equipa de Apoio às Escolas:

Professor(a) da turma:
Telefone:

Telemóvel:

E-mail:

Telemóvel:

E-mail:

Telemóvel:

E-mail:

Professor(a) de Apoio Educativo / E. Especial:
Telefone:

Responsável pelo pedido:
Grau de parentesco / cargo:
Telefone:

39

CRTIC
Estu do Conceptual dos S erviços dos CRTIC
Estu do Conceptual dos Serviços dos CRTIC

Descreva sucintamente a problemática do(a) aluno(a)...

Diagnóstico

O(a) aluno(a) está ausente da escola? Há quanto tempo? Qual a previsão para o retorno à escola? Onde reside ou está internado(a)?

Ausência
escola

da

Que tipo de apoio tem o(a) aluno(a) na escola? Quem o ministra? Durante quanto tempo por semana?

Apoio na escola
Que tipo de leitura e escrita faz o(a) aluno(a)? Com que meios?

Acessibilidade
na
leitura e na escrita
Que tipo de produtos de apoio são usados em casa para uso escolar? Tem Internet?

Produtos de apoio
em casa
Que tipo de produtos de apoio são usados na escola para facilitar o desempenho do(a) aluno(a)?

Produtos de apoio
na escola
Porque considera necessário recorrer ao CRTIC Chaves? De que forma considera que podemos ser úteis ao (à) aluno(a)?

Razões do pedido
Indique quaisquer outros aspectos que considere relevantes.

Observações

Autorização do Encarregado de Educação
Eu, ________________________________________________________, Encarregado(a) de Educação do aluno(a)
___________________________________________________________, autorizo a recolha de dados para efeitos de
encaminhamento e avaliação das necessidades de utilização de produtos de apoio do meu educando, no CRTIC de Chaves.
Ass: ______________________________________________________________________________________
Data: __________________________
O QUE DEVE ANEXAR
Cópias de: programa educativo; relatório técnico pedagógico; relatórios médicos e outros que ajudem a percepcionar as
necessidades do(a) aluno(a).
COMO REMETER O PEDIDO
Pode enviar este pedido por:
 Correio electrónico (digitalize todos os documentos que pretende anexar): crtic@afgc.com
 Correio postal: CRTIC Chaves - veja a morada no cabeçalho deste pedido.
 Fax: Consulte o número de fax no cabeçalho deste pedido.
 Site: http://sites.google.com/site/crticeechaves/

40

CRTIC
Estudo Conceptual do s Serviços dos CRTI C
Estudo Conceptual d os Serviços dos CRTI C

ANEXO II - Relatório Final de Observação

RELATÓRIO FINAL DE OBSERVAÇÃO
Data da observação: ____/___/2010

Nome do Aluno:

Idade:

Ano/Turma:

Agrupamento/Escola:
Director/Titular de Turma:
Professor de EE:
Encarregado de Educação:
1. DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO DO ALUNO

2. DESCRIÇÃO DA FUNCIONALIDADE DO ALUNO

41
Estudo Conceptual do s Serviços dos CRTI C
Estudo Conceptual d os Serviços dos CRTI C

3. DESCRIÇÃO DAS SOLUÇÕES ADEQUADAS AO ALUNO

4. RELATÓRIO ELABORADO POR:

5. ANEXOS
Plano de Implementação de Tecnologias de Apoio/Ajudas Técnicas



Outros: ________________________________________________________________



42

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CRTIC: Centro de Recursos TIC para Educação Especial

  • 1. Centro de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação para as Necessidades Educativas Especiais CRTIC Chaves CENTRO DE RECURSOS TIC PARA A EDUCAÇ O Ã ESPECIAL DE CHAVES Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Julho 2010
  • 2. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Índice Introdução ………………………………………………………………………………………………………………………………. 3 Cap. I Centros de Recursos TIC para a Educação Especial ………………………………………………………… 4 Cap. II Tecnologias de Apoio/Produtos de Apoio ……………………………………………………………………… 7 2.1. Outros sistemas de classificação das TA/PA ………………………………………………………… 8 CAP. III O CRTIC como sistema de prestação de serviços ………………………………………………………… 10 3.1. Para uma definição de deficiência …………………………………………………………………… 10 3.1.1 Autonomia …………………………………………………………………………………………………. 12 3.1.2 Capacitação ………………………………………………………………………………………………… 12 3.1.3. Evolução do papel do utilizador final …………………………………………………………. 13 3.2 De que modo as TA/PA contribuem para a autonomia? ……………………………………. 13 3.2.1 Comunicação ……………………………………………………………………………………………… 14 3.2.2 Comunicação Interpessoal …………………………………………………………………………. 15 3.2.2.1 Sistemas de comunicação com e sem ajuda …………………………………………… 15 3.3 Dispositivos de baixa tecnologia ………………………………………………………………………… 16 3.4 Quadros de comunicação dinâmicos, alta tecnologia …………………………………………. 17 3.4.1 Técnicas de leitura e de escrita …………………………………………………………………. 21 CAP. IV O processo …………………………………………………………………………………………………………………. 23 4.1. A sinalização do aluno ……………………………………………………………………………………………. 23 4.2 O pedido de avaliação ………………………………………………………………………………………… 23 4.3 A avaliação em contexto (CRTIC) ………………………………………………………………………… 24 4.4 Aconselhamento do produto de apoio ……………………………………………………………… 24 4.5 Produtos de apoio existentes no CRTIC Chaves …………………………………………………… 25 Conclusão ………………………………………………………………………………………………………………………………. 37 Anexo I ………………………………………………………………………………………………...………………………………. 39 Anexo II ………………………………………………………………………………………………………………………………. 41 2 CRTIC
  • 3. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Introdução Inicialmente, os professores afectos ao CRTIC Chaves, no seu compromisso de efectuarem estudos de caso, iniciaram um estudo, com um caso avaliado por estes serviços, em que iriam descrever e avaliar todo o sistema de prestação de serviços deste Centro. O caso em estudo adaptava-se a um estudo desta natureza dada a complexidade da funcionalidade do aluno e a falta de experiência na utilização das TIC. Não foi efectuado o estudo pelo impasse na aquisição dos produtos de apoio aconselhados na avaliação, estando o estudo em questão em pausa para que se dê continuidade quando se verificarem as aquisições das tecnologias que achamos necessárias para o desenvolvimento de competências, permitindo assim a acessibilidade às TIC. Face a este inesperado problema e porque já há algum tempo tínhamos iniciado um estudo teórico do funcionamento dos CRTIC, tentando por em evidência áreas chave para o desenvolvimento do funcionamento destes serviços, elaborámos este pequeno trabalho que pretendemos aprofundar e sistematizar, tentando dar um contributo para uma definição mais ambiciosa dos serviços dos CRTIC. É um trabalho sem grandes pretensões e como já foi dito, será o embrião de um estudo mais aprofundado. Neste pequeno trabalho tentámos uma abordagem global de áreas que consideramos de extrema importância para o funcionamento destes serviços. 3 CRTIC
  • 4. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Capitulo I CENTROS DE RECURSOS TIC PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL O I Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade foi publicado em Diário da República em 21 de Setembro de 2006, através da Resolução do Conselho de Ministros N° 120/2006. O Eixo 2 do Plano de Acção é dedicado à «Educação, qualificação e promoção da inclusão laboral», constando deste, uma medida com vista à criação de 25 Centros de Recursos em agrupamentos de escolas de referência. A estratégia para a vertente da Educação, no Eixo 2, é a seguinte: «Educação para todos - Assegurar condições de acesso e de frequência por parte dos alunos com necessidades especiais nos estabelecimentos de educação desde o pré-escolar ao ensino superior.» A educação, a formação e reabilitação profissional, bem como o acesso ao trabalho, são vectores fundamentais no processo de habilitação, reabilitação e participação das crianças e dos jovens com necessidades educativas especiais de carácter prolongado (NEE), seguindo os termos utilizados ao nível da educação inclusiva, e dos adultos com deficiências ou incapacidade. Um dos maiores desafios da escola é o de dar resposta às necessidades de todos os alunos, independentemente do sexo e das suas condições físicas, intelectuais, sociais, étnicas e culturais, promovendo e valorizando as diferenças, sejam quais forem as suas origens e manifestações. Emerge o princípio da inclusão educativa ou da escola para todos, consagrado pela UNESCO, previsto na Declaração de Salamanca e enquadramento da acção «Necessidades Educativas Especiais», subscrita em 1994 e, posteriormente, na Declaração de Dakar, de 2000. Assim a criação de uma rede nacional de Centros de Recursos TIC para a Educação Especial decorre de uma política de inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais, de carácter prolongado, no ensino regular e da medida inserida neste Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade, da criação de 25 Centros de Recursos sedeados em Agrupamentos de escolas. A finalidade dos Centros de Recursos TIC para a Educação Especial consiste na avaliação de alunos para fins de adequação de tecnologias de apoio/produtos de apoio às suas necessidades específicas, na informação/formação dos docentes, profissionais, auxiliares de educação e famílias sobre as problemáticas associadas aos diferentes domínios de deficiência ou incapacidade. Cada Centro tem uma zona de intervenção e apoio a agrupamentos de escolas, a nível distrital. A rede cobre todo o país com 7 Centros na Zona Norte, 6 na Zona Centro, 7 na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 3 na zona do Alentejo e 1 na zona do Algarve. Estes Centros de Recursos seguem normas de funcionamento próprias. 4 CRTIC
  • 5. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Inicialmente o Ministério da Educação, através da Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, estabeleceu um protocolo com a Fundação PT, Projecto Astro, para o apetrechamento e formação inicial de docentes destes Centros de Recursos, bem como para a instalação de teleaulas a utilizar por alunos domiciliados e/ou hospitalizados, impossibilitados de se deslocar à escola. O processo de constituição da rede de Centros de Recursos TIC para a Educação Especial foi implementado por fases, arrancando parcialmente com 12 Centros no ano lectivo de 20072008, distribuídos pelas 5 regiões educativas, e os restantes em 2008-2009. São atribuições dos Centros de Recursos, para além de outras, resumidamente, as seguintes: a) Avaliação dos alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado, para efeitos de utilização de tecnologias de apoio e adequação do equipamento/ajuda técnica à sua situação particular, com vista a garantir a inclusão destes alunos no processo de ensino aprendizagem; b) Acompanhamento dos alunos através da monitorização da intervenção e de reuniões de avaliação que ao longo do processo se percepcionem importantes; c) Prestação de serviços de informação, formação, aconselhamento e documentação aos professores, outros técnicos e famílias no que respeita a utilização das tecnologias de apoio e também das metodologias a implementarem na sala de aula; d) Promoção de encontros, seminários, workshops no âmbito da Educação Especial tendo como destinatários docentes, técnicos e encarregados de educação; e) Divulgação da actividade e dos meios do Centro de Recursos junto das escolas da sua área de abrangência e da comunidade em geral; f) Acompanhamento dos alunos que se encontram hospitalizados ou domiciliados por razões de doença grave ou incapacidade e que utilizam sistema de videoconferência ligado à escola (teleaula); g) Gestão e manutenção das tecnologias de apoio, em colaboração com os órgãos de gestão do Agrupamento de escolas; h) Criação de parcerias que possam enriquecer as dinâmicas do Centro de Recursos; i) Articulação e troca de experiências com outros Centros de Recursos TIC para a Educação Especial; j) Articulação local com os serviços de saúde e da segurança social, Instituições de Ensino Especial, Autarquias, Instituições do Ensino Superior e entidades vocacionadas para as NEE em geral; k) Sensibilização de empresas/serviços públicos para a admissão de alunos em programas de transição para a vida activa Nunca é demais referir que o objectivo final do CRTIC consiste na avaliação dos alunos com NEE de Carácter Permanente para fins de aconselhamento na aquisição e adequação no uso de 5 CRTIC
  • 6. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC tecnologias de apoio adequadas às suas necessidades específicas e na informação/formação dos docentes, profissionais, auxiliares de educação e famílias sobre as problemáticas associadas aos diferentes domínios de deficiência ou incapacidade, para que estes profissionais e familiares possam desenvolver um trabalho, o mais adequado possível, às limitações do aluno. 6 CRTIC
  • 7. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Capitulo II Tecnologias de Apoio/Produtos de Apoio O desenvolvimento tecnológico, aliado ao novo paradigma da sociedade da informação fez com que se abrissem novas perspectivas de apoio e melhoria de qualidade de vida de pessoas com deficiência ou incapacidade. A Escola não pode ficar alheia a esta realidade, cabendo aos professores, e em especial aos professores de educação especial, o importante papel de facilitadores nos modelos de intervenção para crianças com necessidades educativas especiais que tenham em conta os factores ambientais baseados em tecnologias de apoio/produtos de apoio, adaptados a cada tipo de deficiência ou incapacidade. Estas novas competências exigem o conhecimento das componentes humanas, técnicas e socioeconómicas que cooperam num processo de intervenção integrado e, acima de tudo, o treino e aquisição de competências instrumentais específicas para cada tipo de equipamento ou software utilizado. É na partilha de experiências já adquiridas e no contacto directo com as tecnologias, apoiado por programas de constante actualização de competências que os profissionais de educação especial podem criar o seu próprio percurso de desenvolvimento profissional em prol de uma Escola mais inclusiva e de uma sociedade mais solidária. Quando falamos de centros recursos TIC para as necessidades educativas especiais, falamos de Tecnologias de Apoio (TA) / Produtos de Apoio (PA). Estas abreviaturas serão usadas, devendo ser entendidas como produtos ou serviços das tecnologias de apoio. É importante ter, à partida, uma noção clara do termo Tecnologias de Apoio (TA) /Produtos de Apoio (PA). O termo tecnologia não indica apenas objectos físicos, como dispositivos ou equipamentos, mas antes, refere-se mais genericamente a produtos, contextos organizacionais ou “modos de agir” que encerram uma série de princípios e componentes técnicas. Por outro lado, o termo tecnologia de apoio é aplicado a uma tecnologia, quando a mesma é utilizada para compensar uma limitação funcional, facilitar um modo de vida, tornando-a o mais independente possível e ajudar pessoas com deficiência a concretizarem todas as suas potencialidades. Algumas destas tecnologias, se bem que não especificamente concebidas para pessoas com deficiência, podem ser ajustadas de forma a preencherem a função de apoio, quando necessário. O conceito de TA/PA deve ser sempre considerado em conjunto com um outro não menos importante: o chamado desenho universal ou desenho para todos. Isto indica a adaptação do meio à população, ou mais precisamente, produtos e serviços destinados ao público em geral, de modo a poderem ser utilizados por toda a população portadora de limitações, onde se incluem as pessoas com deficiências e os idosos. O conceito de Desenho Universal/Desenho Para Todos tende a tornar-se cada vez mais um elemento da ergonomia geral e a aplicar-se não só ao mundo “real”, mas também ao mundo “virtual”, que é o caso das aplicações de software concebidas para poderem ser utilizadas por qualquer pessoa. E ainda, TA/PA refere-se às tecnologias que permitem ultrapassar obstáculos aos serviços normais ou compensar limitações funcionais específicas, concluindo, ao ajustamento individual entre a pessoa e o meio e, como tal, a facilitação ou possibilidade de exercer todas as actividades da vida diária, sem limitações. Podem utilizar-se vários sistemas para classificar as TA/PA, dependendo do seu objectivo. 7 CRTIC
  • 8. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC A classificação mais generalizada é a Classificação de Ajudas Técnicas da ISO9999 / EN 29999, e agrupa os dispositivos de apoio em 10 classes (cada uma dividida em subclasses que, por sua vez, estão divididas em secções) com base no seu objectivo principal (mobilidade, actividades domésticas, etc.). 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Auxiliares de tratamento e treino Próteses e Ortóteses Ajudas para cuidados pessoais e de higiene Ajudas para a mobilidade Ajudas para cuidados domésticos Mobiliário e adaptações para habitação e outros locais Ajudas para comunicação, informação e sinalização Ajudas para manuseamento de produtos e mercadorias Ajudas e equipamentos para melhorar o ambiente, ferramentas e máquinas Ajudas para recreação Esta classificação é largamente usada em todo o mundo, em bases de dados e catálogos, pelo que o seu conhecimento é um imperativo para qualquer pessoa que exerça funções nesta área. As TA/PA são consideradas como os capacitadores extrínsecos ao indivíduo, em oposição a capacitadores intrínsecos, como o controlo motor, a percepção, a cognição, etc., que se constituem como componentes humanas. Os capacitadores extrínsecos, por sua vez, podem ser divididos em capacitadores gerais, como os sistemas de posicionamento, interfaces de controlo, computadores, outputs electrónicos e capacitadores relacionados com áreas específicas de performance, como a comunicação, mobilidade, manipulação e funções sensoriais. 2.1. Outros sistemas de classificação das TA/PA MPT A MPT (Matching Persons and Technology) trata as TA/PA na óptica das várias tarefas da vida quotidiana: Actividades domésticas, Manutenção da saúde, Lazer, Cuidados pessoais, Emprego, Comunicação, Mobilidade, Visão, Audição, Cognição, Leitura/Escrita e Aprendizagem. O Modelo HEART A Classificação HEART está orientada para os conhecimentos e nela as TA são descritas como os capacitadores extrínsecos do indivíduo ou capacitadores intrínsecos, como controlo motor, percepção, cognição, etc., que se constituem como componentes humanas Este modelo foi originalmente desenvolvido para a formação de profissionais em TA, no âmbito do Programa TIDE da União Europeia. O conhecimento aprofundado sobre o uso das tecnologias de apoio pressupõe, por um lado, a compreensão dos seus aspectos mais técnicos (componentes técnicas), e por outro um conhecimento profundo do ser humano que utilizará a tecnologia (componentes humanas) assim como das necessidades apresentadas pelo ambiente físico e económico em que este se insere (componentes socioeconómicas). Nas componentes técnicas, quatro áreas principais de formação são identificadas, com igual importância. 8 CRTIC
  • 9. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estas áreas não são obviamente estanques e, por exemplo, pessoas com deficiências neuromotoras graves (ex. portadores de paralisia cerebral, pessoas com doenças neurológicas progressivas, etc.) poderão ter as suas capacidades afectadas, em maior ou menor grau, em pelo menos três das áreas anteriormente consideradas (ex., nas áreas da mobilidade, da comunicação e da manipulação). A maior parte dos tópicos relacionados com as tecnologias de apoio inserem-se num destes temas (ex: a mobilidade através da cadeira de rodas eléctrica insere-se sem dúvida na área da mobilidade). No entanto, existem alguns tópicos cuja inclusão numa ou noutra área pode ser um tanto ou quanto arbitrária. Assim é o caso por exemplo do tópico "posicionamento" que está classificado dentro da área da mobilidade, dada a sua clara importância como pré-requisito no estudo das ajudas para a mobilidade. O conhecimento sobre este assunto, está muitas vezes ligado a aspectos puros da mobilidade. No entanto o "posicionamento" é também um pré-requisito para muitas actividades de comunicação, tais como o acesso a computadores ou a tarefas de manipulação como por exemplo, as actividades da vida diária. Nestes casos temos uma abordagem pragmática: esses tópicos são classificados dentro dos temas onde habitualmente são analisados com maior profundidade. 9 CRTIC
  • 10. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC CAPITULO III O CRTIC COMO SISTEMA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Os CRTIC também se organizam como um sistema de prestação de serviços (SPS), ou seja, identificam um conjunto de facilidades, procedimentos e processos e actuam como intermediários entre estruturas do mercado de TA/PA e os utilizadores finais, de modo a facilitar o acesso das pessoas com deficiência a estas tecnologias, através de ajuda financeira indirecta (DGIDC), competência profissional, informação, formação. Nos SPS, ao nível dos CRTIC, podem verificar-se seis fases básicas: 1. A iniciativa, que leva ao contacto inicial entre o utilizador final e o SPS 2. A avaliação, que significa a identificação das necessidades 3. A identificação da tipologia da solução, ou seja, o tipo de TA/PA que satisfaz as necessidades 4. A selecção do conjunto específico de dispositivos e serviços de apoio. 5. A oferta real de TA/PA ao utilizador (incluindo esta fase também a instalação, personalização e formação) 6. Acompanhamento posterior. Para se compreender o funcionamento do SPS interessa considerar os parâmetros de análise para a eficácia do serviço: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Acessibilidade (em que medida é acessível para os que dele necessitam) Competência (em que medida apresenta soluções competentes) Coordenação (uma estrutura única em vez de um conjunto de decisores isolados) Eficiência (em termos de economia, qualidade e oportunidade) Flexibilidade (capacidade de responder a diferenças individuais) e Influência do utilizador (em que medida respeita a opinião dos utilizadores) 3.1. Para uma definição de deficiência Como resposta a uma necessidade, de modo a colmatar as limitações e a responder às necessidades das crianças e jovens portadoras de NEE existem as TA/PA e os SPS. A limitação tem normalmente a ver com a deficiência e daí a necessidade de a colmatar. Neste campo e introduzida pela CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, OMS), existe uma terminologia muito inovadora, como incapacidade e desvantagem, e esta, porque usada indiscriminadamente, presta-se a mal-entendidos. Convém ter o conhecimento do significado exacto de cada termo e uma noção bem definida da relação das TA/PA com esta terminologia. Um produto de apoio pode ser concebido para uma determinada incapacidade, com vista à resolução de problemas associados a uma deficiência específica, com o fim de evitar ou superar desvantagens, pretendendo-se que uma pessoa portadora de deficiência consiga uma melhor qualidade de vida. Segundo a “Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens” (ICIDH), a terminologia utilizada é a seguinte: 10 CRTIC
  • 11. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC  Incapacidade (disability) é qualquer redução ou falta de capacidades para realizar uma actividade, dentro dos limites considerados normais para o ser humano, resultante de uma deficiência, sendo portanto um conceito relacionado com o corpo e/ou a mente;  Deficiência (impairment) refere-se a qualquer perda ou anormalidade das estruturas ou função psicológica, fisiológica ou anatómica, sendo, portanto, um conceito relacionado com a pessoa e reflecte distúrbios ao nível do(s) órgão(s);  Desvantagem (handicap) refere-se a um impedimento de indivíduo, resultante de uma deficiência ou incapacidade, que lhe limita ou impede o desempenho de uma actividade considerada normal, tendo em atenção a idade, o sexo e os factores socioculturais. Caracteriza-se por uma desconformidade entre o desempenho ou status individual e a expectativa do próprio indivíduo ou do grupo social de pertença. Portanto considera-se um conceito, sobretudo, de ordem social. Esta classificação vem reforçar o papel das TA/PA, ao reconhecer que os produtos de apoio podem permitir uma participação mais adequada das pessoas com deficiência nas actividades, quer educativas, sociais e profissionais. Também teremos de ter em conta a definição de auxiliares de mobilidade pessoal (aparelhos concebidos para aumentar a capacidade de mobilidade da pessoa, permitindo uma maior participação em actividades sociais, profissionais e/ou educativas) e de auxiliares de comunicação (dispositivos para promover os processos de comunicação). Este processo pode ser esquematizado da seguinte forma: Doença ou Incapacidade Deficiência Desvantagem Perturbação |___________________ (ICIDH - OMS, 1980) Como exemplo podemos falar de um indivíduo que nasceu sem os braços, frequente em mães que faziam tomas de taladomida para os enjoos pré-natais. Então este indivíduo tem uma incapacidade, pode não ser capaz de escrever ou executar tarefas de cuidados pessoais, é portador de uma deficiência. Na comunidade em que vive, tal deficiência impede-o de participar nas actividades escolares e de obter um emprego, estamos perante uma desvantagem. Contudo, apesar da incapacidade, o indivíduo pode realizar actividades diárias, servindo-se dos pés ou da boca, ou utilizando produtos de apoio, que permitem ultrapassar a sua situação de desvantagem. De acordo com estas definições, uma desvantagem não é uma característica de uma pessoa, trata-se de uma descrição da relação/interacção entre essa pessoa e o meio, ou seja, falamos da sua actividade e participação. Transfere-se a desvantagem do indivíduo para o meio, apresentando assim uma perspectiva importante da função das TA/PA na redução dos efeitos das deficiências. Ao descrever-se desta forma os indivíduos com deficiências, salientam-se os resultados funcionais, em vez de se insistir nas limitações, reforçando portanto o contributo das TA/PA para um funcionamento satisfatório das pessoas com deficiências. 11 CRTIC
  • 12. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Esta interacção entre o meio e o indivíduo é dinâmica, envolve todos os factores ao mesmo tempo e funciona nos dois sentidos. Por exemplo, um indivíduo pode ter incapacidade sem ter qualquer limitação da actividade, uma desfiguração (incapacidade) provocada por um acidente pode não causar qualquer limitação da actividade; pode ter limitações da actividade (deficiência) sem ter qualquer incapacidade, pode realizar de forma pouco eficiente as actividades quotidianas, devido a uma doença; pode ter problemas de participação sem incapacidade ou limitações de actividade, um portador de hepatite pode sentir-se excluído pela pouca informação acerca da doença pelas outras pessoas; pode sentir-se discriminado pela negativa se a inactividade muscular lhe causar atrofia e a institucionalização o levar à perda de aptidões sociais, pela falta de relações interpessoais. Por último há a ter em conta, ainda os factores ambientais e pessoais. Os factores contextuais incluem factores ambientais e pessoais. Os primeiros são extrínsecos ao indivíduo, por exemplo as atitudes da sociedade, as características arquitectónicas do ambiente ecológico ou o sistema legal. Os factores pessoais incluem aspectos como sexo, idade, aptidões, estilo de vida, educação, profissão, experiência passada e presente, todos eles com influência no modo como é sentida a interacção do individuo com o meio, impedindo-o de participar. Esta classificação reforça o papel das TA/PA, uma vez que reconhece os dispositivos de apoio como uma forma de participação mais adequada das pessoas com deficiência nas actividades sociais, educativas e profissionais. 3.1.1 Autonomia As TA/PA têm de ser entendidas como um instrumento para a autonomia e, como tal, para o relacionamento. Elas são, sem dúvida, um meio técnico para atingir objectivos pessoais e não são o único. Também é verdade, porém, que um dispositivo de apoio bem escolhido completa, em certa medida, o seu utilizador final, tornando-se frequentemente um prolongamento do próprio corpo ou um cúmplice inseparável que aumenta a capacidade pessoal de relacionamento consigo próprio, com os outros e com o meio. O conceito de autonomia não significa necessariamente “fazer as coisas sem ajuda”, nem se limita às pessoas com plena capacidade cognitiva. Mesmo as pessoas que estão dependentes de terceiros, em vários aspectos da sua vida, devido a limitações cognitivas, doenças, etc., podem ter autonomia, face às suas expectativas e ao meio em que vivem. A autonomia pode ser definida como a capacidade de planear a sua própria vida, interagir com os outros e participar activamente na construção da sociedade. 3.1.2 Capacitação (Empowerment) O termo capacitação é um processo através do qual uma pessoa adquire mais capacidades e poder para agir, não estamos a falar de estatuto formal, mas sim de liberdade para fazer as suas próprias opções e delinear os seus próprios objectivos. Capacitação é um processo de crescimento pessoal, que conduz a pessoa com deficiência a uma maior autonomia. A aptidão para escolher TA/PA representa um importante factor de capacitação para as pessoas com deficiência, não podendo ser conseguida apenas através da aquisição de informação e de noções. Se a capacitação é o objectivo último, a formação em TA/PA deve promover o crescimento pessoal dos utilizadores finais, de modo a permitir-lhes identificar as suas próprias necessidades, definir os seus objectivos, estabelecer planos para os atingir e realizar quaisquer 12 CRTIC
  • 13. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC acções conducentes à sua concretização. As pessoas que possuem esse nível de autonomia podem ser consideradas consumidores informados, exigentes e responsáveis de TA/PA. As necessidades, objectivos, planos e acções não podem ser padronizados. Cada indivíduo é um ser único, no que respeita ao estabelecimento dos seus valores, prioridades, expectativas perante a vida e escolhas, vivendo num ambiente humano, cultural e físico, diferente. Os programas formativos eficientes deverão ter em conta esta especificidade. 3.1.3. Evolução do papel do utilizador final Um termo frequentemente veiculado na prestação de Serviços de TA/PA é prescrição. É um facto que quando uma entidade financia directamente um dispositivo de apoio, a Segurança Social, por exemplo, alguém em nome desta tem de assumir a responsabilidade de decidir se o investimento corresponde à necessidade do utente, é legítimo e preenche os requisitos de elegibilidade. Em quase todos os países esta responsabilidade é do foro médico. Noutros, está repartida por uma série de profissionais, em função do tipo de TA/PA, apesar das profissões clínicas ainda deterem privilégios neste âmbito. A tradição de definir esta decisão com um termo retirado do sector clínico, prescrição, provém deste quadro de referência. Evoca-se a ideia de uma ordem dada por um médico para o bem estar de um doente. Embora possa ser bastante apropriada em relação a alguns tipos de TA/PA, se tiverem uma forte implicação médica, quando falamos de equipamentos de sobrevivência ou de substituição de funções perdidas, caso das próteses, aliás, a história das TA/PA principiou exactamente como equipamento protésico, estando assim profundamente enraizada no contexto médico. No nosso País este processo está muito ligado a uma metodologia baseada nas especialidades médicas ou associadas com à medicina. Hoje, uma vez que as TA/PA evoluíram de equipamento relacionado com o corpo para dispositivos ou adaptações ambientais relacionados com actividades, as considerações de ordem médica podem ser traduzidas em aspectos de cariz mais técnico, individual e social. A ideia de doente ou paciente, inteiramente dependente das decisões de profissionais hoje em dia é cada vez mais rejeitada pelas pessoas portadoras de deficiências no que às TA/PA dizem respeito. É neste campo que os CRTIC deveriam ter um papel a par dos serviços médicos ou a eles associados, no que à educação diz respeito. A terminologia adoptada terá de ser, efectivamente, modificada. No nosso caso particular utilizamos o termo aconselhamento (aconselhamos), que achamos ser o mais apropriado, de momento. 3.2 De que modo as TA/PA contribuem para a autonomia? As TA/PA são consideradas como um instrumento para a autonomia, o que significa também um instrumento para a relação. Elas são, sem dúvida, um meio técnico para atingir objectivos pessoais e não são o único. As TA/PA têm excelentes hipóteses de êxito se forem apropriadas: eficazes, contextuais e consonantes. Um dispositivo de apoio bem escolhido completa, em certa medida, o seu utilizador final, tornando-se frequentemente um prolongamento do próprio corpo ou um cúmplice que aumenta a capacidade pessoal de relacionamento consigo, com os outros e com o meio. 13 CRTIC
  • 14. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC O utilizador final será, assim, o avaliador do que é mais apropriado, contextual e efectivamente eficaz para si, na sua situação particular. Um problema específico causado por uma mesma deficiência pode assumir diferentes formas nos vários contextos em que vivem os utilizadores finais, exigindo assim diferentes TA/PA. Em cada contexto particular, as soluções encontradas são susceptíveis de ter pontos fortes e fracos, sendo portanto aconselhável que a pessoa esteja preparada para opções alternativas. Para que possam contribuir para a autonomia, as TA/PA têm de ser aceites pelo utilizador, este é o ponto principal. A autonomia pode ser definida como a capacidade de planear a sua própria vida, entrar em relação com os outros e, em conjunto com eles, participar activamente na construção da sociedade. 3.2.1 Comunicação A comunicação é um processo complexo de transferência de informação usado por pessoas para influenciar o comportamento de outras. Implica a transmissão de mensagens (pensamentos e sentimentos, ideias e desejos) de uma pessoa para outra, cujos participantes se influenciam mutuamente, durante este processo. As capacidades comunicativas são críticas no desenvolvimento e manutenção das relações sociais, na aprendizagem do viver em comunidade, e para a satisfação em geral de quase todas as necessidades humanas. Por isso, a comunicação é um processo contínuo que ocorre ao longo de todas as actividades diárias. Muitas das pessoas com dificuldades de comunicação, podem não conseguir comunicar com eficácia utilizando os meios de comunicação humanos, mais naturais. Nestes casos as tecnologias de apoio podem permitir a essas pessoas comunicar com competência. Desenvolvimentos tecnológicos recentes em áreas tais como telecomunicações, informática e electrónica, possibilitaram um número enorme de aplicações técnicas, que podem ser úteis para resolver ou ultrapassar as limitações funcionais na comunicação. Os items seguintes identificam alguns tópicos possíveis relacionados com este assunto. a) Comunicação interpessoal 1 Sistemas de comunicação com e sem ajuda 2 Dispositivos de baixa tecnologia, tais como quadros de comunicação 3 Quadros de comunicação dinâmicos, alta tecnologia 4 Saída de voz: fala gravada e fala sintetizada 5 Técnicas de selecção: directa, varrimento, codificada 6 Técnicas de aumento de velocidade de comunicação e de predição 7 Técnicas de leitura e de escrita 8 Próteses auditivas 9 Amplificadores de voz 10 Auxiliares ópticos b) Acesso a computador/interfaces do utilizador 1 Interfaces de controlo (manípulos, joystick, track ball) 2 Teclados alternativos (expandidos, reduzidos) 3 Teclados e emuladores de teclados 4 Ratos e emuladores de rato 5 Ecrãs tácteis 14 CRTIC
  • 15. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC 6 Ponteiros de cabeça e de boca c) Leitura/Escrita 1 Livros adaptados (com símbolos gráficos, em CD ou em cassete) 2 Computadores com leitores de écran e fala sintetizada 3 Dispositivos com saída em Braille 3.2.2 Comunicação Interpessoal O sistema de comunicação do ser humano pode ser considerado como altamente complexo, já que, para transmitir a mensagem, utiliza-se de expressões verbais e não-verbais. Entretanto, muitos indivíduos não podem desenvolver a fala devido ao comprometimento no mecanismo físico de expressão. Entre eles, a criança portadora de paralisia cerebral representa um exemplo significativo, nos casos em que uma série de comprometimentos motores limitam sua capacidade de produção e de articulação das palavras. A comunicação é considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação e, considerada aumentativa quando o indivíduo possui alguma comunicação, mas essa não é suficiente para suas trocas sociais: 3.2.2.1 Sistemas de comunicação com e sem ajuda Classificação Ideográficos - Desenhos que simbolizam a ideia de uma coisa, criam uma associação gráfica entre o símbolo e o conceito que ele representa Arbitrários - Desenhos que não tem relação pictográfica entre a forma e aquilo que desejam simbolizar Compostos - Grupos de símbolos agrupados para representar objectos ou ideias. Pictográfico - Desenhos que se parecem com aquilo que desejam simbolizar. Alguns Exemplos Picsyms Desenvolvido a partir do trabalho com crianças pequenas (Carlson,1985) com dificuldades na fala. Contém aproximadamente 1800 símbolos. Pictogram Ideogram Communication (PIC) Sistema desenvolvido por Maharaj (1980) para indivíduos com dificuldades de discriminação figura-fundo. O sistema é composto por 400 símbolos (brancos em fundo preto). Possui cerca de 400 símbolos a preto e branco, concebidos para reduzir dificuldades de discriminação entre figura e fundo. O sistema é basicamente pictográfico, menos versátil que outros sistemas e 15 CRTIC
  • 16. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC também mais limitado, pois os símbolos não são combináveis. Segundo a sua concepção original, as pranchas de comunicação devem ser organizadas semanticamente. Picture Communication Symbols (PCS) O PCS foi desenvolvido em 1981 por Roxana Mayer Johnson. Composto inicialmente por 700 símbolos e sendo ampliado posteriormente para aproximadamente 3200 símbolos. O PCS é um sistema gráfico visual que contém desenhos simples, podendo-se acrescentar, na medida do necessário, fotografias, figuras, números, círculos para as cores, o alfabeto, outros desenhos ou conjuntos de símbolos. O Sistema foi dividido em seis categorias primárias, representadas por cores de acordo com a função de cada símbolo. Como no Sistema Bliss a palavra escrita localiza-se acima de cada pictograma. • Branco (miscelânea): artigos, conjunções, preposições, conceito de tempo, alfabeto, cores, etc. • Amarelo: pessoas e pronomes pessoais • Laranja: substantivos. Em alguns livros verifica-se que alguns substantivos são agrupados separadamente (ex. alimentos). • Azul: advérbios e adjectivos. • Rosa: símbolos referentes a expressões sociais. Tamanho: Similar aos tamanhos referidos no Sistema Bliss. Em alguns manuais observa-se também símbolos impressos no tamanho de 1,9 cm. Sistema Rebus Inicialmente criado em 1968 e adaptado e expandido para indivíduos com dificuldades de comunicação dos Estados Unidos. Inclui 800 símbolos em preto e branco que combinados podem representar mais de 2000 palavras. 3.3 Dispositivos de baixa tecnologia Os sistemas simples são chamados de baixa tecnologia, onde se encontram os objectos reais, objectos em miniatura, objectos parciais, símbolos representativos, sistemas gráficos e quadros de comunicação. Os recursos de baixa tecnologia podem estar organizados em diferentes dispositivos como: cartões, pranchas, pranchas de olhar, pastas, coletes, aventais ou colares, livros, ficheiros tipo pasta de arquivo, entre outros. (Johnson, 1998). a)Objectos reais Podem ser idênticos ao que estão representando ou similares, onde há variações quanto ao tamanho, cor ou outra característica. Um sistema de comunicação pode ser composto pelo próprio objecto, ou seja, é a forma real e mais concreta possível. Sua representação pode ser feita por um outro objecto concreto que se assemelha muito com o real. 16 CRTIC
  • 17. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC b)Miniaturas As miniaturas são formas de representar o objecto real para aqueles alunos que têm dificuldade em utilizar as fotos e figuras. A selecção das miniaturas deve ser cuidadosa no sentido de conter detalhadamente as características do objecto real. As miniaturas apresentadas foram seleccionadas a partir dos objectivos educacionais para aulas de ciência. As miniaturas facilitam a participação nas actividades escolares e a expressão e comunicação sobre vivências do tema escolar. Precisam ser seleccionadas com cuidado para que possam ser utilizadas como recursos de comunicação. Devem ser consideradas as possibilidades visuais e intelectuais dos indivíduos na sua utilização. c)Símbolos gráficos Como já referimos, há uma série de símbolos gráficos que foram desenvolvidos para facilitar a comunicação de pessoas com necessidades educativas especiais. Alguns deles são o Picture Communication Symbols (pcs), o Blissyymbolics, o COMPIC, o Self Talk, entre outros (Beukelman & Mirenda, 1995). d)Fotografias Fotos coloridas ou preto e branco, podem ser utilizadas para representar objectos, pessoas, acções, lugares ou actividades. Nas escolas, muitas vezes são usados recortes de revistas ou embalagens de produtos. e)Pranchas de comunicação Podem ser construídas utilizando-se objectos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário. Essas pranchas podem estar soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. A criança vai olhar, apontar ou ter a informação apontada pelo companheiro de comunicação, dependendo de sua condição motora. f)Eye-gase Pranchas de apontar com os olhos, que são confeccionadas em formato de ferradura e que podem ser dispostas sobre a mesa ou apoiada em um suporte de acrílico ou plástico colocado na vertical. 3.4 Quadros de comunicação dinâmicos, alta tecnologia Os quadros de comunicação dinâmicos são elaborados com recurso a software específico como o Escrita com símbolos 4000 símbolos PCS da Mayer & Johnson e 5500 símbolos REBUS; Tutorial interactivo e ajudas dinâmicas para construção de quadros de comunicação interactivos; Exemplos de actividades: quadros de comunicação para impressão, quadros de comunicação dinâmicos e interactivos, modelos para grelhas de comunicação; Dicionário de significados com imagens alternativas; Verificador de ortografia pictográfico para aprendizagem e compreensão da linguagem; Sintetizador de voz em Português Europeu; a)Boardmaker Um programa para desenhar quadros de comunicação. O Boardmaker inclui uma biblioteca com cerca de 4000 símbolos SPC, estruturados numa base de dados, o que facilita a procura dos símbolos. 17 CRTIC
  • 18. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC b)Saída de voz: fala gravada e fala sintetizada Comunicadores com voz gravada São comunicadores onde as mensagens podem ser gravadas por outras pessoas. São gravados os significados dos símbolos, o nome das letras, as sílabas, palavras ou frases. Esses comunicadores podem ser acedidos através do toque. Cada comunicador apresenta uma gama de possibilidades dependendo do grau de sofisticação do equipamento. c)Digitalizadores de Fala Os digitalizadores de fala são equipamentos que permitem uma gravação com voz (ou outro tipo de sons) numa ou mais áreas, e a possibilidade de uma pessoa sem comunicação oral, escolher o que está gravado recorrendo à selecção directa (pressionando numa determinada zona do aparelho) ou à selecção por varrimento, com recurso a um interface exterior que se liga ao equipamento, accionado por um movimento voluntário do utilizador (pressão, sopro, etc.). Actualmente estão já disponíveis no mercado muitos tipos de digitalizadores que podem ser acedidos quer por selecção directa, quer por selecção por varrimento através de inúmeros interfaces como é o caso dos manípulos de pressão. d)Comunicadores com voz sintetizada Os comunicadores de voz sintetizada permitem "traduzir" texto escrito em voz sintetizada. O texto é transformado em voz. Os próprios computadores são excelentes recursos para comunicação através de voz sintetizada. e)Computadores Com o avanço da tecnologia têm surgido novos sistemas de CAA para os alunos com necessidades especiais. A forma de acesso ao computador está directamente ligada à condição motora da criança. As crianças podem precisar de órtoteses nas mãos, grelhas acrílicas, ratos adaptados, teclados emulados, ecrã táctil, accionadores externos e softwares especiais dependendo de sua condição motora. f)Programa GRID O Programa GRID é basicamente um “Sistema de Teclados no Ecrã” com características que o tornam adequado a pessoas com necessidades especiais. Na verdade, este emulador de teclado pode substituir por completo as funções dum teclado convencional e/ou de um rato, através da utilização de um qualquer dispositivo apontador (trackball, joystick, Tracker, etc.) ou através de um processo de escolha por varrimento controlado por um manípulo. Basicamente o programa GRID pode ser utilizado como : 1. Acesso total ao computador 2. Programa de comunicação aumentativa 3. Controlador de ambiente Os teclados do programa GRID podem conter todas as ferramentas necessárias para controlar o ambiente Windows. O GRID é fácil de configurar, sendo possível criar um qualquer teclado e “encadeá-lo” com outros teclados que com ele estejam relacionados. Através de um teclado inicial o utilizador pode optar por aceder a um qualquer programa do seu computador (Word, Internet, Email, etc.,). Quando essa escolha é efectuada, “abre-se” o programa escolhido e ocorre imediatamente o aparecimento de um teclado emulado, apropriado para aceder às 18 CRTIC
  • 19. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC funções específicas do programa escolhido (por exemplo, se for escolhido o programa WORD, aparecerá um teclado no ecrã que permitirá navegar nesse processador de texto sem necessidade de aceder ao teclado convencional ou ao rato). Este programa vem dotado com um sintetizador de fala em português europeu, pelo que o utilizador do programa poderá não só escrever autonomamente, como seguidamente, “ler” aquilo que escreveu, através de uma voz sintetizada. Uma outra das potenciais utilizações do GRID reside no acesso fácil à Internet. g)Técnicas de selecção: directa, varrimento, codificada As técnicas de selecção referem-se à forma pela qual o usuário escolhe os símbolos na sua prancha de comunicação: 1. Selecção directa É o método mais rápido e pode ser feito através do apontar do dedo ou outra parte do corpo, com uma ponteira de cabeça ou com uma luz fixada á cabeça. Como exemplo de uma interface de acesso ao computador por selecção directa, podemos mencionar o Tracker, que é um dispositivo apontador, que emula as funções do rato. O Tracker é um dispositivo que consiste num emissor/receptor de infravermelhos colocado no computador, cujo sinal é controlado por um pequeno reflector (sem peso) colocado, por exemplo, na testa do utilizador. 2. Selecção pelo olhar É geralmente a mais eficiente para indivíduos com graves problemas físicos. Exige grande sensibilidade por parte do interlocutor que tem de perceber qual é a direcção do olhar, como resposta às questões que são postas. 3. Selecção por varrimento O sistema de varrimento consiste na possibilidade de, por exemplo, um professor ou outra pessoa ir indicando as figuras das linhas até o aluno escolher por meio do olhar (piscar) ou mesmo de um sorriso. O varrimento poderá ser feito pela linha e/ou coluna de figuras e/ou objectos da pasta e/ou das pranchas. Exige que o indivíduo tenha uma resposta voluntária consistente com piscar de olhos, balançar a cabeça, sorrir ou um som para que possa sinalizar sua resposta. 4. Técnicas de aumento de velocidade de comunicação e de predição a) Predição de símbolos e/ou palavras A predição de símbolos torna possível diminuir o número de botões pressionados para a formação da sequência de símbolos ou palavras, agilizando a utilização pelo usuário. Normalmente estes predictores têm um dicionário próprio (caso do Word, por exemplo) e após a introdução de cada símbolo, caso ele não exista na sua lista de predição, este é incorporado à lista, passando a estar disponível numa próxima utilização. Logo que o símbolo é adicionado passa a fazer parte do sistema. b) Sintetizador de Voz. Sempre que o utilizador desejar escutar ou transmitir a sua mensagem através da voz, poderá fazê-lo accionando, simplesmente, a tecla do 19 CRTIC
  • 20. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC sintetizador de voz. O seu uso é possível através de aplicativos externos ou incorporados na própria aplicação. Aplicações deste tipo, fazem a leitura das frases ou legendas das figuras, ou seja, são lidas por uma voz sintetizada, em português. Ambos os aplicativos, ou uma aplicação com os dois modos de função, são necessários para o funcionamento deste modelo de comunicação. Existem aplicações destas em “freeware”, ou seja, software livre, que pode ser descarregado da internet. O recurso permite que o utilizador seleccione entre voz feminina e masculina, tornando o aplicativo mais próximo da realidade, atendendo ao sexo de cada um dos utilizadores. c) Perfil do utilizador A criação de perfis para cada utilizador em particular é necessário quando a aplicação é utilizada por mais de uma pessoa no mesmo computador, como é o caso das escolas. Com esse recurso, é possível que seja criado um ambiente particular, em que cada utilizador possa utilizar as suas próprias imagens, como as fotos de familiares, amigos, objectos pessoais, sem que estes interfiram no ambiente criado por outro qualquer utilizador. d) Adição de novas imagens Em quase todas as aplicações podem ser adicionados símbolos, não havendo um limite definido, a não ser pela limitação do interface. Assim os interfaces de comunicação apresentam-se como um excelente modo de comunicação para utilizadores que não falem ou tenham muita dificuldade em fazê-lo e que apresentem graves limitações motoras. Este tipo de recursos, facilitadores da comunicação, permite um uso simples e amigável, exigindo pouco desenvolvimento cognitivo e deve ser adaptado ao utilizador e não o contrário. A linguagem pictográfica está, cada vez mais, a ser utilizada em todo o mundo através de diversas formas, desde pranchas de papel feitas por professores ou pais (baixa tecnologia), até aos sistemas de comunicação alternativa e aumentativa mais elaborados tecnologicamente, através do uso do computador (alta tecnologia). A bibliografia aponta para sucesso do uso desta forma de comunicação em pessoas portadoras de paralisia cerebral, autismo, deficiência mental, entre outras. Desta forma, usando-se uma linguagem pictográfica através do computador e adicionando alguns dos facilitadores já descritos, a comunicação torna-se mais eficaz, ampliando a qualidade de vida destas pessoas, potenciando-se, também, o desenvolvimento de habilidades de relacionamento interpessoal 3.4.1 Técnicas de leitura e de escrita Como já vimos anteriormente, as TA/PA podem ser descritas em termos de complexidade. 20 CRTIC
  • 21. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Baixa Tecnologia remete geralmente para itens de baixo custo que são relativamente fáceis de usar. São pouco sofisticados e levam a que muitas vezes as pessoas não os associem a tecnologias de apoio. Média Tecnologia inclui, por exemplo, dispositivos alimentados por bateria ou meramente itens electrónicos ou mecânicos sem grande complexidade. Alta Tecnologia aponta para dispositivos de electrónica mais sofisticada ou computadores. Leitura (Baixa tecnologia) Leitura (Media tecnologia) Leitura (Alta tecnologia) Marcadores Livros em Cassete ou CD Marcadores e fitas de realce Suporte de Livro Dicionários Falantes Scanner de Mão Processador de texto falante Scanner com OCR Texto apoiado por imagem Software Interactivo Formatos Multimedia Escrita (Baixa tecnologia) Punho de caneta (por exe.) Marcadores e Quadro Branco Papel especial Guias de Escrita Grelha para PC ou Suporte de braço Escrita (Media tecnologia) Soletrador electrónico Processador de texto Escrita (Alta tecnologia) Organização visual Entradas diversificadas Bloco de notas Braille Predição de escrita Reconhecimento de Fala Impressão em Braille Leitor de ecrã a) Auxiliares ópticos Equipamentos ópticos que aproximam a imagem da retina e a ampliam de forma a torná-la perceptível. Simples lupas de mão fixas ou móveis, lupas iluminadas, telescópios (monoculares e binoculares) para melhorar a leitura e escrita, telescópios para a visão ao longe, acoplados às armações ou não, prismas (para mover as imagens para uma parte diferente da retina) e lentes de contacto. Os Auxiliares de compensação funcional que se incluem nesta categoria referem-se a filtros especiais (para aqueles que são particularmente sensíveis à luz ou à claridade), aos contrastes utilizados, tipo e tamanho de letras, tiposcópio de leitura e escrita, gravador, modelos, tipo de papel, marcadores. b) Auxiliares electrónicos Nesta área vamos encontrar o circuito fechado de televisão (CCTV) ou mais conhecido por Lupa TV que pode ser fixo ou móvel. Outros sistemas de tratamento de imagem como hardware (computador PC) e software (aplicações informáticas especiais). Condições ergonómicas do ambiente de trabalho - O tipo de candeeiro (com regulação de intensidade luminosa), a iluminação, a localização na sala de aula, mesa com tampo reclinável (estirador), a banqueta de leitura, a atitude postural, são condições básicas para o desempenho das tarefas, favorecendo a eficiência visual do aluno. 21 CRTIC
  • 22. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC A Lupa TV, por exemplo, é um Auxiliar óptico utilizado pelos deficientes visuais que, apesar de ainda terem um resíduo visual, apresentam problemas principalmente na escrita e na leitura. É constituído por uma lente ampliadora e um monitor. Assim, ao colocar o texto sob a lente, este aparece bastante ampliado no monitor. Este auxiliar óptico permite melhorar a postura do seu utilizador, mas exige um processo de aprendizagem e adaptação, e não permite rapidez na leitura. c) MyReader Ao contrário dos seus antecessores, as "Lupas TV" ou os "ampliadores de caracteres", o MyReader digitaliza e captura a página completa. Pode apresentar texto como um simples parágrafo disposto de acordo com as suas preferências: disposição por coluna; como linha contínua (disposição por linha); e mesmo uma palavra de cada vez (palavra-a-palavra). d) Lupa portátil As Lupas portáteis permitem aumentar electronicamente qualquer imagem. e) Dispositivos com saída em Braille para cegos Uma linha braille é um dispositivo composto por uma fileira de células braille electrónicas que podem reproduzir o texto presente no ecrã do computador. É uma alternativa ao sintetizador de voz ou um complemento deste. O número de células braille varia normalmente entre 20, 40 e 60 células. 22 CRTIC
  • 23. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Capitulo IV O PROCESSO Estes Centros de Avaliação têm como funções (i) a avaliação na perspectiva da utilização das TIC em contexto de escola/sala de aula, (ii) o desenvolvimento de um kit de avaliação com recurso às TIC, que possibilite uma avaliação ecológica dos alunos, (iii) o desenvolvimento de programas de comunicação aumentativa, (iv) a disponibilização de informação online, (v) a formação de professores, alunos e suas famílias, (vi) o desenvolvimento de estratégias e metodologias de comunicação a distância, numa perspectiva de formação contínua das escolas envolvidas, (vii) a construção e gestão de uma base de dados de software educativo para utilização por alunos com deficiências severas e baseado na experiência de aplicação dos diferentes softwares educativos, (viii) a exploração de ajudas técnicas disponíveis no mercado e (ix) a gestão de equipamentos para alunos, x) acompanhamento da utilização das TIC em contexto de escola/sala de aula; xi) concepção de materiais multimédia. O objectivo final dos CRTIC é a avaliação dos alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado, de modo a conduzi-los à utilização de tecnologias de apoio/produtos de apoio e também adequar os respectivos equipamentos à sua situação particular. Persegue-se o objectivo da inclusão destes alunos no processo de ensino aprendizagem e também na facilitação das actividades escolares. 4.1. A sinalização do aluno Há crianças e jovens que experienciam graves dificuldades no processo de aprendizagem e participação no contexto escolar, decorrentes da interacção entre factores ambientais (físicos, sociais e atitudinais) e limitações de grau acentuado ao nível do funcionamento do aluno num ou mais do que um domínio. Em cada família, sala de aula, escola consegue-se detectar uma necessidade educativa especial. Estas podem advir de um problema (físico, sensorial, intelectual, emocional, social ou qualquer combinação destas problemáticas) que afecta a aprendizagem ao ponto de serem necessários acessos especiais ao currículo, ao currículo especial ou modificado, ou a condições de aprendizagem especialmente adaptadas para que o aluno possa receber uma educação apropriada. 4.2 O pedido de avaliação Existe sempre a necessidade de se poder contar com serviços que avaliem expeditamente a forma como se poderá tornar acessível, o currículo, a estas crianças e jovens. No caso dos CRTIC, contamos com os pedidos de avaliação, uma vez que as problemáticas referentes a cada um dos alunos não nos estão acessíveis, dado que prestamos um serviço no âmbito regional. É desta forma que existem os formulários para os respectivos pedidos (anexo I). Nestes formulários deverá existir o máximo de informação que diga respeito ao funcionamento do aluno. É com esta informação que se decide a forma como vão ser postos à disposição do aluno os produtos de apoio que se julgarem mais convenientes, para além de um estudo mais aprofundado por parte dos técnicos, destes recursos. 23 CRTIC
  • 24. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Este pedido de avaliação para a acessibilidade ao meio informático, normalmente, surge a partir da escola, no entanto há casos em que este pedido parte do seio familiar. 4.3 A avaliação em contexto (CRTIC) No nosso sistema de ensino a avaliação das NEE obedece, por determinação legal, aos conteúdos da CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde). A CIF surge com o propósito de proporcionar uma linguagem unificada e padronizada, assim como uma estrutura de trabalho para a descrição da saúde e de estados relacionados com a saúde. Não é uma classificação que funciona isoladamente mas em complementaridade com a ICIDH-2. Os referentes que determinam a procura das soluções mais apropriadas para o aluno deverão basear-se, sobretudo, no domínio da funcionalidade e actividade e participação. A questão das limitações cognitivas também é dominante neste tipo de avaliação. A funcionalidade do aluno permite-nos inferir da forma como interagir com o meio informático, a actividade e participação vai dar-nos uma visão dos problemas inerentes à forma como o aluno age no dia a dia da escola e no seio familiar. Sobretudo, o que se pretende verificar com esta última referência, é a assiduidade do aluno e inferir da necessidade de deslocar os meios de aprendizagem para a residência. Falamos nos casos particulares de alunos impossibilitados de se deslocarem à escola e em risco de grande isolamento social, por motivos de doenças crónicas graves e sujeitos a internamentos hospitalares prolongados, para os quais devem ser incrementadas respostas com recurso à teleaula. Pelos relatos existentes estes projectos revelam-se positivos e adequados a situações específicas. No entanto, no caso de outras problemáticas também é previsível a utilização dos produtos de apoio na residência e em ambiente familiar, uma vez que o lazer e a recreação podem estar associados à utilização do meio informático. Lembramos a utilização da internet e dos jogos criados para computadores. Também está implícita a utilização do meio informático para a realização das tarefas escolares propostas para casa, bem como a utilização destes produtos como único meio de aceder a tarefas de índole mais cultural, como a leitura e a escrita. Durante a avaliação são postos à disposição do aluno os diferentes recursos do CRTIC, que se pense serem os mais adequados. 4.4 Aconselhamento do produto de apoio Depois de experimentados os vários produtos existentes no CRTIC os técnicos em conjunto com o utilizador final discutem o que é mais conveniente para a interacção com o meio informático no caso particular do indivíduo que irá ser o utilizador final. É importante a participação do utilizador nesta tomada de decisão, pois será ele que irá utilizar o produto e é ele que tem consciência das suas capacidades para se tornar um bom manipulador do produto, software e/ou hardware. É preciso ter-se sempre em consideração que estas avaliações e soluções encontradas nunca serão definitivas. Por um lado poderá sempre existir, apesar da experimentação, um factor de 24 CRTIC
  • 25. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC rejeição ou inadaptação à primeira solução encontrada, por outro lado existe outro factor que estará sempre presente, a constante evolução dos produtos e a constante evolução da ciência informática. O culminar deste processo traduz-se num relatório final em que se descrevem as limitações do aluno avaliado, as soluções experimentadas e as soluções aconselhadas (anexoII). Daí que uma das funções dos CRTIC será, também, a constante atenção às novidades e evolução dos produtos já conhecidos. Esta será, como tantas outras, uma das tarefas mais árduas dos técnicos destes serviços. Dizíamos como tantas outras, porque não é fácil conhecerem-se a fundo inúmeras soluções com as que a seguir apresentamos e que fazem parte do nosso espólio. 4.5 Produtos de apoio existentes no CRTIC Chaves a) SOFTWARE BOARDMAKER E SPEAKING DINAMICALLY PRO — programa de comunicação aumentativa, que contém bibliotecas com inúmeros símbolos pictográficos que são utilizados para criar quadros de comunicação impressos, grelhas para comunicadores e fichas de trabalho. A estes pode ser associado um sintetizador de voz (SDP). GRID2 — consiste num sistema de teclados no ecrã (teclados de acesso ao computadores, teclados para comunicação aumentativa e teclados de controlo de ambiente). Estes teclados virtuais podem ser acedidos por qualquer dispositivo, apontadores, manípulos, etc. Contém também um sintetizador de fala em português. A funcionalidade de controlo do ambiente permite, por exemplo, associado a dispositivos de infra-vermelhos, ligar a luz de um candeeiro a rádio, ou a TV. INTELLITALK — processador de texto interactivo, que com recurso a sintetizador de voz, permite que os textos sejam lidos, letra a letra, palavra a palavra ou frase a frase. O programa permite ainda criar fichas de trabalho, de resposta a perguntas e de preenchimento de campos de resposta. INTELLIMATHICS — Este programa assenta num conjunto de actividades personalizadas, que permitem trabalhar conceitos matemáticos (aprender a contar, fracções, geometria, classificação, etc.). INTELLIPICS STUDIO — Programa de imagem que permite desenhar, pintar, fazer animações, incorporar vídeo, áudio. Permite recorrer a sintetizador de voz ou a gravar directamente. Permite construir e contar histórias e outras actividades pedagógicas. JAWS - Tecnologia de voz sintetizada em ambiente de Windows para aceder a diferentes tipos de software e recursos na Internet. Possibilita também o envio de informação para linhas Braille. O leitor de ecrã mais popular do mundo, o Jaws® para WINDOWS, da Freedom Scientific, trabalha com o computador, de modo a proporcionar acesso às aplicações mais populares e à Internet. Com o software de síntese de voz e a placa de som do PC, a informação do ecrã é lida, permitindo o acesso a uma larga variedade de aplicações de trabalho, educacionais e de lazer. O Jaws também pode enviar informações para linhas Braille, permitindo mais acesso a esta tecnologia do que qualquer outro leitor de ecrã. 25 CRTIC
  • 26. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC WINBRAILLE - O WinBraille pode ser usado sem conhecimento prévio de Braille. O WinBraille converte documentos DOC e PDF para Braille. O WinBraille suporta mais de trinta idiomas. O utilizador mais experiente pode criar suportes de conversão para idiomas e pode definir regras individuais de conversão e de formato. Contém opções de formato necessárias para a produção de documentos Braille, tais como a configuração do cabeçalho e rodapé, hifenização, etc. Inclui uma Janela normal de controlo de imagem e uma única opção para converter imagem em formato Braille. O texto Braille pode ser posto em qualquer posição utilizando a resolução gráfica aumentada (0.5 mm). Suporta a gravação de ficheiros existentes no Windows, os formatos mais comuns são o Microsoft Word e Excel, Adobe Acrobat (PDF), Microsoft Outlook, páginas da Internet e documentos de texto comuns. As imagens incluídas em documentos de texto Word podem ser traduzidas para imagens tácteis e incluídas no texto de Braille. Inclui a possibilidade de instalação em rede. ZOOM TEXT - O ZoomText é a mais poderosa ferramenta de acesso ao computador para pessoas com problemas de visão. Considerado o melhor software de ampliação, para Windows. Finalmente, desenvolvido especificamente para Portugal, O ZoomText é disponibilizado em duas versões: uma só de ampliação e outra de ampliação e voz. ESCRITA COM SÍMBOLOS - Ferramenta inclusiva de Comunicação Aumentativa e Alternativa em Português, com os símbolos SPC (símbolos pictográficos para a comunicação) e REBUS (escrita pictográfica). CARACTERÍSTICAS: Associação automática da palavra/expressão ao símbolo, à medida que se escreve; Construção e impressão de quadros de comunicação; Actividades interactivas com opção de varrimento; Gestor de recursos para actualizar e criar listas de palavras/símbolos, incorporando fotografias, símbolos, imagens e sons. INCLUSÃO: Sucesso na utilização com surdos e pessoas com baixa visão. Largo espectro de utilização, da classe regular aos apoios educativos; ACESSIBILIDADE: Múltiplas opções de varrimento e completa integração com emuladores de rato, emuladores de teclado, teclados de conceitos e comutadores (switches). Síntese de voz em Português Europeu (Madalena). AVENTURAS 2 - Software interactivo, desenhado para favorecer o desenvolvimento de competências de leitura e escrita. É totalmente configurável para responder às potencialidades de cada utilizador. É excelente para ser utilizado em contexto pré-escolar para as primeiras aprendizagens e de forma aprofundada no ensino regular (1º ciclo do Ensino Básico). Trata-se de um ambiente aberto que permite ao utilizador ir construindo um portfólio (caderno personalizado) para trabalhar com textos, frases, palavras, sílabas, desenhos e sons que, de certa forma, é o espelho do conhecimento que o utilizador possui acerca da língua escrita. Incorpora um sintetizador de voz em Português Europeu (Amália) para sinalização sonora imediata de tudo o que se escreve. Adequa-se ainda a utilizadores em situações clínicas de reaprendizagem ou a pessoas com deficiência mental e dislexia, maioritariamente crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais. A versão 2, desenvolvida no âmbito de um projecto apoiado e cofinanciado pela FENACERCI, vem na sequência da versão 1, editada em 1996, com enorme envolvimento das professoras Adelina Gouveia e Graça Carreto (iniciativa NOW, Núcleo de Ensino, Departamento de Educação Básica). 26 CRTIC
  • 27. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC ABRACADABRA - O Abracadabra é um programa de causa-efeito, especialmente indicado para ser utilizado com um manípulo. Este programa inicia-se com um menu de três opções: fácil, médio e difícil, associadas à complexidade das imagens. Em cada menu existem 10 objectos para construir. Quando a imagem está completa, anima-se e ouvese música ou um som. Interfaces de acesso: Ecrã táctil, Rato e Manípulo. IMAGINA, CRIA E CONSTRÓI - O Imagina é um software educativo integrado, versátil e acessível. Pode ser utilizado por crianças e jovens com diferentes capacidades para produzir trabalhos, estimulando a autoria, a autonomia, a diversidade nas aprendizagens e as inteligências múltiplas. É fácil de usar para construir, de forma integrada, páginas e livros, música, relatórios de acontecimentos, histórias ilustradas, poemas animados. É uma nova geração da linguagem Logo. Possui uma hierarquia de objectos e comportamentos, processos independentes e paralelos, ferramentas de desenho e animação e um interface de manipulação directa alargado. Esta ferramenta destina-se a todas as crianças e jovens a partir dos 7 anos de idade. É um software transversal a todo o curriculum, proporcionando oportunidades e funcionalidades para integrar recursos multimédia em projectos que poderão ser publicados na Internet. Integrando facilidades de desenho e de animação avançada, o Imagina pode criar ambientes de aprendizagem baseados na utilização do rato, do teclado ou mesmo do teclado de conceitos. Integra ainda um exploratório musical para compor, testar e gravar melodias e ritmos. INVENTO - O invento é uma ferramenta de edição para construir e imprimir cartazes, folhetos, livros, materiais pedagógicos e quadros de comunicação de uma forma simples e rápida. POTENCIALIDADES: Ler tudo o que está escrito, com o sintetizador de voz em Português Europeu (Madalena); Escrever texto ilustrado por símbolos; Utilizar balões de fala; Aceder a uma galeria com mais de 1.500 imagens para ilustrar os trabalhos realizados; Usar cerca de 7.500 símbolos coloridos e a preto e branco; Utilizar qualquer imagem que esteja gravada no computador; Imprimir os trabalhos realizados em qualquer formato: A5, A4, A3 ou livro pronto a dobrar; Sintetizador de voz em Inglês INVENTO - ACTUALIZAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM DO INGLÊS: A actualização para inglês inclui: Conjunto de símbolos em Inglês; Diversas histórias e exemplos de utilização em Inglês. CENTRO DE ACTIVIDADES - DIRECTOR JÚNIOR – Estúdio multimédia com um conjunto de ferramentas para escrita, pintura, som e animação. Os trabalhos realizados podem ser impressos ou guardados. Dragões & Companhia - O Dragões inclui diversos jogos prontos a usar e modificar, podendo, ainda, o utilizador criar os seus próprios jogos. Estratégia, resolução de problemas, criatividade, raciocínio lógico e sentido estético são algumas das competências mobilizadas. Esta nova versão apresenta-se mais complexa e com novas ferramentas, o que a torna mais indicada para jovens entre os 9 e os 15 anos (ou mais) [4º ano do 1º ciclo, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico]. Incorpora um sintetizador de voz em Português Europeu (Amália) de excelente definição, o que permite dar voz a qualquer personagem, através de um texto escrito. Ilha das Algas Mágicas - A Ilha das Algas Mágicas é um jogo de aventuras destinado a crianças e jovens entre os 8 e os 14 anos. Este software educativo aborda de forma 27 CRTIC
  • 28. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC lúdica e didáctica o tema dos Direitos Humanos. Toda a acção se desenvolve num ambiente de ilha deserta no qual o jogador é convidado a vencer vários obstáculos e vários desafios. Para poder superá-los e terminar a sua aventura, será essencial a sua tolerância, a sua compreensão para com os outros e o espírito de entreajuda. O jogador é convidado a assumir o papel de Laura, uma rapariga simpática, divertida e corajosa, sempre pronta a enfrentar novos desafios. No papel de Laura, o jogador tem ao seu dispor diversas ferramentas e formas de dialogar com as várias personagens que encontra ao longo da ilha. Dessas escolhas dependerá chegar ou não ao fim do próprio jogo. As atitudes do teu país, das pessoas que conheces ou mesmo as tuas, são muitos importantes para se construir um mundo onde todos possam ter os seus direitos humanos, num mundo mais justo e com mais paz e respeito. Este jogo pretende que as crianças conheçam e pensem sobre os Direitos Humanos e sobretudo que se lembrem deles no seu dia-a-dia, ao longo de toda a vida. Se cada um de nós respeitar estes Direitos, o mundo será de certeza mais feliz. Desafios - Inclui seis programas interactivos, com diversos níveis de dificuldade, que permitem a aprendizagem num ambiente de brincadeira. Cada programa inclui diversas actividades propedêuticas e de iniciação à leitura e escrita. Os seus programas incluídos são: ABC, Desenho por pontos, Cubos, Colorir, Labirinto e Caminho-de-ferro. Explorador de Sólidos - Uma ferramenta visual 3D para explorar sólidos geométricos e suas planificações. Está indicado para ser utilizado com alunos do 3º e 4º ano de 1º ciclo do Ensino Básico e 5º e 6º ano do 2º ciclo do Ensino Básico. Permite explorar os diferentes sólidos que fazem parte dos Programas de Matemática do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico. Á Descoberta de Coimbra - Enquadramento: Pretendeu-se construir um ambiente para exploração e aprendizagem de Coimbra e da sua história, com recurso às novas tecnologias da informação e da comunicação. Este projecto contou já com o apoio do I Concurso Nacional de Software Educativo, do programa Nónio do Ministério da Educação. Este projecto concretizou-se com a produção de uma Aplicação Multimédia (CD Rom) com o mesmo nome deste projecto: À Descoberta de Coimbra. Este projecto ambiciona que os alunos (ou outros utilizadores) conheçam a história da cidade de Coimbra e suas freguesias: os seus monumentos, as personagens que a ela se encontram ligadas, os acontecimentos mais marcantes, as suas lendas e tradições. A partir da história local, faz-se a ligação à história de Portugal, através dos diversos elementos a seguir apresentados. Procura-se evidenciar a relação temporal entre estes diversos aspectos e fornecer um conjunto de informações que ultrapassem as de um livro ou de um manual escolar. A profundidade com que o tema será explorado depende do nível em que o utilizador se encontra e da sua curiosidade. Objectivos: (1) Descobrir a memória da Cidade de Coimbra e das suas freguesias. (2) Facultar às escolas e aos educadores um ambiente de aprendizagem alternativo, integrado com o currículo escolar. (3) Proporcionar uma visão plural de Coimbra como encruzilhada de culturas, valores e práticas sociais. (4) Permitir a abertura de novos horizontes e desafios aos pequenos cidadãos de Coimbra, para participarem na sua afirmação cultural, abertura à inovação e contemporaneidade. Experiências e Resultados: Este programa teve como principal meta ajudar o utilizador (crianças dos 8 aos 12 anos) a conhecer melhor a história da cidade de Coimbra e das 28 CRTIC
  • 29. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC suas freguesias. O utilizador pode escolher a forma que mais gostar para fazer esta descoberta, uma vez que existem vários modos de ver a informação disponível. Existe sempre a possibilidade de escrever comentários e notas, à medida que a informação existente vai sendo analisada. A informação disponível encontra-se organizada em 5 tipos: Personagens; Monumentos; Acontecimentos; Tradições; Lendas. Tobias o Palhaço - É uma forma divertida e estimulante de entrar no mundo da informática. As actividades propostas são realmente interactivas e têm vários níveis de dificuldade, animações e mensagens faladas. Destinado a crianças dos 4 aos 8 anos, permite uma aprendizagem através de actividades lúdicas, com base em cinco jogos: Caras divertidas, Carteiro, Gelados, Blocos de Construção e Jardim de Morangos. Todos os jogos apresentam uma explicação oral e uma exemplificação de cada nível. As actividades propostas pressupõem um crescimento gradual, do concreto para o mais abstracto. Cada nível possui animações atractivas, acompanhadas por voz. As suas actividades estimulam a aprendizagem das cores, das formas e padrões. Invento (Inglês) Aprendizagem do Inglês no 1º Ciclo - Este CD é uma actualização do software original InVento preparada para a aprendizagem do inglês. Para poder utilizar esta versão, é necessário possuir a versão em português do Invento. A actualização do inVento acrescenta ao programa um sintetizador de voz em inglês e um conjunto de exemplos de actividades prontas a utilizar, escritas na língua inglesa: Actividades para trabalhar directamente no ecrã - o utilizador pode mover objectos no ecrã, editar textos, alterar símbolos, etc; Fichas de trabalho - podem ser completamente editadas pelo professor e podem ser trabalhadas no ecrã ou impressas; Histórias - em formato de livro, que o professor pode imprimir, ou pode explorar no ecrã. Modelos em branco - vários exemplos em português, com formatações já preparadas, que podem ser preenchidos e adaptados para a língua inglesa. Já Está (Versão Inglesa) - É uma versão para aprendizagem do inglês. Esta é uma versão independente do software Já Está, preparada exclusivamente para a aprendizagem da Língua Inglesa. Todos os menus e caixas de diálogo do programa estão escritos e são pronunciados em inglês. Os textos escritos com o programa podem também ser ouvidos em inglês. Para isso, basta abrir o programa de configuração, no menu Comum procurar Voz SAPI e seleccionar Sam (voz masculina) ou Jane (voz feminina), conforme preferir. Permite trabalhar temáticas diversas e contém mais de 100 actividades previamente preparadas. Inclui também um manual didáctico e um programa de configuração para o professor. Todo este software tem grande interesse para a actividade dos docentes da Educação Especial, nomeadamente as ferramentas de autor que possibilitam a criação de recursos de 29 CRTIC
  • 30. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC acordo com as necessidades individuais dos alunos com NEE. Não se descura a possibilidade deste software ser utilizado por todos os alunos, em geral. Hipp! É um programa que consiste em seis tipos de diferentes actividades para treino de causa/efeito. Foi desenhado para despertar o interesse do utilizador por aquilo que ocorre no ecrã, treinar a noção de causa efeito, a atenção e também a utilização de manípulos. As imagens são simples e o programa destina-se a utilizadores de vários níveis etários com deficits cognitivos, sensoriais ou motores. De acordo com as capacidades do utilizador e com a evolução do mesmo, podem definir-se diversos parâmetros como a cor do fundo da actividade, as listas de imagens a utilizar em cada actividade, etc. Com o Editor do programa poderão adicionar-se fotografias, texto, som, e música, de acordo com o que se considerar mais adequado para cada utilizador. Interfaces de acesso: ecrã táctil, 1 ou 2 manípulos, rato e teclado de conceitos Lunar 10 Plus É um programa para acesso ao computador com ampliação de ecrã e, também, com voz, totalmente em português, que inclui o Realspeak (Sintetizador com voz natural). É totalmente compatível com o Windows XP/SP2 e Windows Vista. KidPT Minha Voz SPC O PTMinha Voz SPC é uma licença que serve para activar os mais de 4.800 símbolos existentes no software PTMinha Voz Grid 2. b) HARDWARE E PERIFÉRICOS KidTrac Trackball com 3 botões, muito popular, com forma e dimensão que permitem um apoio adequado de mão. A caixa larga serve de apoio para a mão. O botão verde ao centro (atrás da bola amarela) tem a função de “arrastar preso” - ao premi-lo uma vez, a função do botão esquerdo do rato fica presa até que se prima novamente. Muito fácil de utilizar: basta ligar ao computador (porta USB ou PS/2) e começa a funcionar! Apenas para PC / Windows. SmartNav O SmartNAV é também um dispositivo apontador que permite controlar um computador apenas com movimentos de cabeça. Características principais: •Velocidade do ponteiro do Rato controlável. •Modo de Precisão para movimentos finos. • Possibilidade de ligar um manípulo para outras alternativas ao clique. 30 CRTIC
  • 31. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC •Controlo partilhado do Rato. • Funciona em praticamente todos os ambientes com bastante claridade. Slim Armstrong Sistema flexível de apoio para manípulos. Pode ser colocado no tabuleiro de uma cadeira de rodas ou em qualquer outra superfície plana. O Sensitrac suporta qualquer manípulo ou sistema de comunicação através da utilização de Velcro® ou aparafusado. A sua inclinação pode ser ajustada em 360º, conforme as necessidades de cada utilizador.Este apoio fixa-se a qualquer superfície plana com um sistema semelhante ao de uma ventosa ou ainda por um sistema de pinças. É um braço articulado muito flexível, ideal para posicionar os manípulos, de acordo com as necessidades de cada utilizador. O braço articulado Slim Armstrong permite variadíssimas posições e graus de liberdade. O seu comprimento pode ser ajustado entre 10cm e 52cm, tendo 6 pontos de ajuste. Este braço pode ser colocado na maior parte das mesas ou cadeiras de roda e suporta até 11 Kg de força, em qualquer posição. Teclado de Conceitos IntelliKeys Teclado para acesso ao computador. O teclado de conceitos IntelliKeys é um teclado programável que constitui uma alternativa de acesso ao computador e uma poderosa ferramenta pedagógica. É a peça central de um sistema completo de acessibilidade à comunicação e educação. Ao contrário de um teclado normal de acesso ao computador, o teclado IntelliKeys pode ser personalizado e configurado de acordo com as actividades com que se pretende trabalhar. Assim, é possível criar teclados para escrita, por exemplo, com teclas maiores ou com teclas contendo palavras ou frases; ou para acesso a outros programas, contendo as respectivas funções. Os teclados personalizados são criados num programa muito simples de edição (software Overlay Maker, em português) e, depois de impressos, basta colocá-los sobre o teclado de conceitos e começar a trabalhar. Ao utilizar o IntelliKeys com outros programas, nomeadamente o software da IntelliTools (em Português), cada tecla do teclado de conceitos pode gerar imagens, sons ou movimentos no ecrã do computador. Robot Roamer Ao transformar noções abstractas em concretas, as crianças envolvem-se activamente no seu próprio processo de aprendizagem. Através deste robot, as crianças podem ser introduzidas, como participantes activos, no mundo da geometria, da matemática, do desenho e da tecnologia... num sem número de actividades curriculares. Rato de joystick Especialmente concebido para permitir um melhor acesso ao computador, quando o utilizador tenha dificuldades em usar o rato convencional. Existe o modelo com 5 botões e diferentes tipos de ligação. 31 CRTIC
  • 32. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Helpijoy O HelpiJoy é um joystick proporcional que permite substituir as funções do rato. Inclui 4 botões com as funções Clique Esquerdo., Clique Direito, Duplo clique e Arrastar. Estes botões podem ser controlados por manípulos externos, ligados ao joystick. O HelpiJoy tem ligação USB. Tracker O Tracker permite que uma pessoa sem controlo dos membros superiores, possa deslocar o ponteiro do rato com movimentos de cabeça. Apoiado sobre o monitor do computador, este dispositivo "segue" o movimento de um pequeno reflector colocado na testa do utilizador. Desta forma, quando o utilizador move ligeiramente a cabeça, o Tracker converte este movimento num movimento do ponteiro do rato do computador. Pode ser utilizado em computadores portáteis ou de secretária. Manípulo Jelly Bean e outros O manípulo Jelly Bean é considerado um standard e é muito utilizado pela sua resistência e durabilidade. Pode ser suportado por um braço articulado. Retorno auditivo ("clique") em cada activação. Rato tipo alavanca Rato tipo tapete Comutador de pressão variável Linha Braille Uma Linha Braille é um dispositivo composto por uma fila de células braille electrónicas que podem reproduzir o texto presente no ecrã do computador. É uma alternativa ao Sintetizador de Fala, ou um complemento deste. O número de células braille da existente é de 40 células. Impressora Braille Esta impressora tem uma capacidade de impressão interponto que reduz a dimensão real das impressões em 60%. Tem capacidade para 300 páginas Braille por hora, alta qualidade de impressão e constitui-se como uma solução 32 CRTIC
  • 33. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC para trabalhos em casa, em escolas e locais de trabalho. Imprime directamente da escrita a negro para escrita Braille. Dispõe de interface frontal relevado e também de voz, o que a torna fácil de instalar e de manusear. O sistema de alimentação é contínuo. Zy-Fuse A Zychem é uma impressora de relevos e de papel de relevo. O papel de relevo é facilmente reconhecido pela sua textura e suavidade ao tacto. Permite criar diagramas em relevo. Pode construir mapas, plantas, símbolos matemáticos, tabelas, gráficos, música, e muito especialmente, desenvolvimento de todas as noções 2-D relativas à forma e organização espacial dos locais públicos, dos objectos, e de bens não palpáveis. Lupa TV para Baixa-Visão Uma lupa é um instrumento de ampliação de imagens clássico já conhecido por todos nós. Com uma lupa a ampliação da imagem é feita sem necessidade de um ecrã. Uma Lupa TV ou ainda Telelupa, é um aparelho electrónico que amplia a imagem num ecrã, para permitir a leitura a pessoas com visão reduzida. A MERLIN é uma lupa com um design muito ergonómico e excelentes características técnicas, com boa resolução, ecrã a cores e com uma ampliação até 16X. Esta lupa pode ser associada ao PC e assim a imagem do monitor do computador aparece também no monitor do ampliador. Slim Book Sistema móvel para a comunicação aumentativa permite que pessoas com disfunções comunicativas, sejam elas temporárias ou permanentes, possam expressar-se e comunicar de forma autónoma. Este sistema é baseado num dispositivo móveis (UMPC) que permite que o sistema de comunicação acompanhe o seu utilizador. O software de comunicação baseia-se em teclados no ecrã que podem ser acedidos através de ecrã táctil ou outras interfaces de acesso. O utilizador pode comunicar por voz sintetizada ou gravada, através de escrita ou de quadros de comunicação, por selecção de letras, frases ou símbolos. Este sistema também é ideal para utilizadores ad-hoc, por exemplo, em unidades de saúde onde se encontrem pessoas com disfunções comunicativas temporárias. O Sistema Integrado para a Comunicação Aumentativa (SICAM) é uma ajuda para a comunicação baseada em Windows XP, leve e portátil, com ecrã táctil, podendo ser transportado facilmente, apoiado sobre uma mesa ou montado numa cadeira de rodas. Esta solução integra a comunicação através de fala (sintetizada ou gravada) ou de escrita (texto ou símbolos) e o acesso a várias aplicações do sistema operativo. O utilizador pode aceder a este sistema através de toque no ecrã táctil ou de outros tipos de interfaces adequadas a disfunções motoras. 33 CRTIC
  • 34. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Dispondo de várias opções, o SICAM pode incluir na sua configuração básica em software de ajuda para a comunicação: Speaking Dynamically ou a pré-instalação do PT Minha Voz-GRID. O dispositivo inclui a possibilidade de ligação à internet ou outro tipo de redes. Magic Touch O Magic Touch é uma janela que é colocada sob o ecrã de um monitor. Esta janela pode ser retirada com facilidade do monitor e ser usada como” tablet” para desenho. A película táctil pode ser activada com a pressão de um dedo ou de uma caneta de toque ou ainda com uma caneta de feltro (sem tinta), emulando todas as funções do rato (clique, duplo clique, arrastar e mover o ponteiro). Funciona também como filtro para as radiações do monitor e elimina a electricidade estática. Go talk 9+ Um auxiliar de comunicação potente, portátil e muito fácil de utilizar, com 9 teclas de mensagem e 5 níveis de gravação. Possui mais 3 teclas de mensagens fixas. Ao todo, permite ter 48 mensagens distribuídas por 9 minutos de gravação. Dispõe de local para guardar as várias grelhas impressas para os diferentes níveis. É um dispositivo leve e fácil de transportar. 4 fALAS O 4 Falas é um auxiliar de comunicação que possui 4 botões coloridos e 4 níveis de gravação, perfazendo um total de 16 mensagens diferentes que poderá suportar. Possui ligações para brinquedos adaptados e comutadores. É um aparelho robusto, pesado e com possibilidade de ser afixado a uma mesa ou cadeira de rodas. 34 CRTIC
  • 35. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Ardósia Digital Bluetooth Acessório de comunicação com o quadro interactivo, à distância. Com a ardósia digital bluetooth pode controlar e escrever na imagem projectada, à distância, a partir de qualquer lugar da sala. Também é útil para entregar ao aluno, criando um ambiente ainda mais interactivo. Quanto mais os alunos forem envolvidos no processo, mais significativas e duradouras serão as aprendizagens. Os alunos podem resolver problemas e escrever respostas directamente na ardósia digital a partir do seu lugar, aumentando o seu entusiasmo e participação e melhorando a sua compreensão dos conceitos. BookWorm Uma ferramenta de inclusão que transforma qualquer livro num “livro falante”. Potencia a comunicação nos utilizadores autistas! Cada módulo de memória de 8 minutos do BookWorm permite gravar até 32 páginas. É o tempo suficiente para adaptar 2 livros ricos em texto ou 4 livros pequenos. Adaptar o livro é fácil: simplesmente coloque uma etiqueta autocolante (fornecidas com a unidade) em cada página do livro favorito do seu aluno e grave a história, página a página. Jelly Beamer - com programação Todas as vantagens e características do Jelly Beamer sem fios, com a flexibilidade de poder ser programado. Pode ter 4 modos de controlo incluindo controlo directo, interruptor, controlo por tempo em segundos e por tempo em minutos. Jelly Beamer - Manípulo sem fios Actua exactamente como um manípulo tradicional mas sem o incómodo dos fios. O Manípulo sem fios Jelly Beamer™ inclui um transmissor e um receptor. Simplesmente ligue ambos os componentes para ON, ligue o receptor a qualquer brinquedo adaptado, comunicador ou computador e está pronto a ser utilizado por acesso sem fios. Cada Jelly Beamer™ tem o seu próprio receptor, o que significa que múltiplos Jelly Beamers podem ser utilizados na mesma sala, em simultâneo, até uma distância de 4 metros, sem interferência. BIGmack Este comunicador inclui um cabo para ligar a um brinquedo adaptado ou outro dispositivo. Assim, o BIGmack pode fazer activar um brinquedo enquanto a mensagem gravada é reproduzida. Características principais: 35 CRTIC
  • 36. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Permite configurar o tempo entre repetições, para evitar que um utilizador active continuamente o manípulo; 75 segundos de gravação 127 mm de diâmetro Controlo de volume e interruptor para ligar/desligar Possibilidade de ligar um manípulo externo Possibilidade de ligar a um sistema de amplificação de som (colunas áudio) Brinquedos Adaptados Permitem a interacção com o brinquedo através de um periférico, normalmente os mais utilizados são os manípulos de pressão, alavanca ou tapete. 36 CRTIC
  • 37. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC CONCLUSÃO Começa a ser geralmente aceite que as novas tecnologias da informação e comunicação podem melhorar os serviços prestados na área da educação e, simultaneamente, melhorar a qualidade de vida das pessoas com limitações. As novas tecnologias representam uma revolução metodológica no desenvolvimento e utilização dos produtos de apoio. Na utilização dos produtos de apoio é fundamental o trabalho em equipa, a multidisciplinariedade e o envolvimento de todos, nomeadamente os professores, os profissionais de reabilitação, os profissionais de saúde, os profissionais especialistas nas novas tecnologias, os familiares das pessoas com limitações e o envolvimento das próprias pessoas ou utilizadores finais. É necessário o conhecimento, a experiência de todos para que a escolha da tecnologia de apoio/produto de apoio seja a mais adequada ao caso específico de cada utilizador, para que o problema seja analisado em todas as suas vertentes. Mas o processo não termina na selecção do produto de apoio, é necessário e fundamental o acompanhamento e a avaliação dos efeitos de uma determinada tecnologia de apoio/produto de apoio na pessoa com limitações e, se for necessário, voltar ao início do processo para que haja uma integração plena destas na vida destas pessoas. As reavaliações poderão ser uma necessidade a considerar. Na área da educação, nomeadamente na área das tecnologias de apoio/produtos de apoio, existe a ideia de que as novas tecnologias são a solução para tudo, sobretudo no que respeita ao aluno com limitações. Esta ideia terá que ser debatida, porque as tecnologias, só por si, não são a solução de todos os problemas se não existirem serviços de avaliação e acompanhamento destas soluções. É de grande importância o processo de selecção de um produto de apoio ou tecnologia de apoio, mas a eficácia da sua utilização é ainda mais importante. 37 CRTIC
  • 38. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brown, C. (1992), Assistive Technology Computers and Persons with Disabilities. Communications of the ACM, New York, v.35, n.5, p.36-45,. Cooper, M. (1988), Interfaces that Adapt to the User. In: SELF, J. (Ed.). Artificial Intelligence and Human Learning: Intelligent Computer Aided Instruction. New York: Chapman and Hall Computing,. p.300- 309. Correia, L.M. (1997), Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas classes regulares, Porto, Porto Editora. Lagarto, José Reis (2007), Na Rota da Sociedade do Conhecimento. As TIC na Escola. Lisboa, Universidade Católica Editora. Unesco (1994), Declaração de Salamanca e enquadramento da acção. Conferência mundial sobre necessidades educativas especiais: acesso e qualidade. 38 CRTIC
  • 39. Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC ANEXOS ANEXO I - Pedido de Avaliação Sede: Agrupamento Dr. Francisco Gonçalves Carneiro - Chaves Rua (D. Jerónimo) Contador de Argote - 5400 - 205 Chaves Telf. (geral) 276340360 - Fax (geral) 276340368 – e-mail: crtic@afgc.com - http://www.afgc.pt FORMULÁRIO DE PEDIDO DE AVALIAÇÃO Este formulário destina-se a solicitar a intervenção do CRTIC Chaves para efeitos de avaliação das necessidades do(a) aluno(a) em termos de produtos de apoio. Consulte no final do documento o modo como nos pode remeter este pedido. Data: Data de entrada no CRTIC: Nome do(a) Aluno(a): (a preencher pelo CRTIC) Data de nascimento: Ano de escolaridade: Encarregado Educação Morada: Localidade: Código Postal: Telefone: Agrupamento/Escola não agrupada/Entidade: Estabelecimento de ensino: Código: Morada: Código Postal: E-mail: Localidade: Telefone: Fax: Equipa de Apoio às Escolas: Professor(a) da turma: Telefone: Telemóvel: E-mail: Telemóvel: E-mail: Telemóvel: E-mail: Professor(a) de Apoio Educativo / E. Especial: Telefone: Responsável pelo pedido: Grau de parentesco / cargo: Telefone: 39 CRTIC
  • 40. Estu do Conceptual dos S erviços dos CRTIC Estu do Conceptual dos Serviços dos CRTIC Descreva sucintamente a problemática do(a) aluno(a)... Diagnóstico O(a) aluno(a) está ausente da escola? Há quanto tempo? Qual a previsão para o retorno à escola? Onde reside ou está internado(a)? Ausência escola da Que tipo de apoio tem o(a) aluno(a) na escola? Quem o ministra? Durante quanto tempo por semana? Apoio na escola Que tipo de leitura e escrita faz o(a) aluno(a)? Com que meios? Acessibilidade na leitura e na escrita Que tipo de produtos de apoio são usados em casa para uso escolar? Tem Internet? Produtos de apoio em casa Que tipo de produtos de apoio são usados na escola para facilitar o desempenho do(a) aluno(a)? Produtos de apoio na escola Porque considera necessário recorrer ao CRTIC Chaves? De que forma considera que podemos ser úteis ao (à) aluno(a)? Razões do pedido Indique quaisquer outros aspectos que considere relevantes. Observações Autorização do Encarregado de Educação Eu, ________________________________________________________, Encarregado(a) de Educação do aluno(a) ___________________________________________________________, autorizo a recolha de dados para efeitos de encaminhamento e avaliação das necessidades de utilização de produtos de apoio do meu educando, no CRTIC de Chaves. Ass: ______________________________________________________________________________________ Data: __________________________ O QUE DEVE ANEXAR Cópias de: programa educativo; relatório técnico pedagógico; relatórios médicos e outros que ajudem a percepcionar as necessidades do(a) aluno(a). COMO REMETER O PEDIDO Pode enviar este pedido por:  Correio electrónico (digitalize todos os documentos que pretende anexar): crtic@afgc.com  Correio postal: CRTIC Chaves - veja a morada no cabeçalho deste pedido.  Fax: Consulte o número de fax no cabeçalho deste pedido.  Site: http://sites.google.com/site/crticeechaves/ 40 CRTIC
  • 41. Estudo Conceptual do s Serviços dos CRTI C Estudo Conceptual d os Serviços dos CRTI C ANEXO II - Relatório Final de Observação RELATÓRIO FINAL DE OBSERVAÇÃO Data da observação: ____/___/2010 Nome do Aluno: Idade: Ano/Turma: Agrupamento/Escola: Director/Titular de Turma: Professor de EE: Encarregado de Educação: 1. DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO DO ALUNO 2. DESCRIÇÃO DA FUNCIONALIDADE DO ALUNO 41
  • 42. Estudo Conceptual do s Serviços dos CRTI C Estudo Conceptual d os Serviços dos CRTI C 3. DESCRIÇÃO DAS SOLUÇÕES ADEQUADAS AO ALUNO 4. RELATÓRIO ELABORADO POR: 5. ANEXOS Plano de Implementação de Tecnologias de Apoio/Ajudas Técnicas  Outros: ________________________________________________________________  42