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A Psicologia da Cooperação e Consciência Grupal
Torkom Saraydarian – Editora Aquariana – Tradução E. Higa A.

Sumário:
Introdução...

Capítulo I
Consciência Grupal...
Capítulo II
Consciência e Consciência Grupal...
Capítulo III
O Grupo e o Objetivo Comum...
Capítulo IV
A Lei da Cooperação...
Capítulo V
Cooperadores e Princípios de Cooperação...
Capítulo VI
Discriminação...
Capítulo VII
Competição e Repressão...
Amizade... Capítulo VIII
Integridade e Cooperação...
Capítulo IX

Capítulo X
Ponderação...
Capítulo XI
Conclusão...
Glossário...

Introdução
A maior alegria, saúde, prosperidade e futuro de um Ser Humano estão baseados no
trabalho que ele realiza para outras pessoas: curando, iluminando, encorajando e
dando oportunidade para crescerem.
Pessoas podem ser divididas em muitas categorias, as quais também correspondem
aos estágios das suas consciências.
Aquelas na primeira categoria vivem para fazer a felicidade delas à custa da felicidade
de outros.
Aquelas na segunda categoria vivem para fazer seus partidos ou nação felizes à custa
de outros.
Aquelas na terceira vivem para servir os outros e ajudar a tornar as pessoas saudáveis,
felizes, prósperos e creativas.
Aquelas do primeiro grupo lentamente terminam suas vidas com infelicidade, aflições
e remorsos. O segundo grupo aumenta a dor e o sofrimento da humanidade.
O terceiro grupo aprecia a vida e aumenta a saúde, a felicidade, a prosperidade e a luz
no mundo. Eles vivem felizes e são capazes de sobreviver e aguentar muitas crises e
calamidades na vida.
Há ainda outra categoria totalmente diferente das três acima. As pessoas aqui servem
às forças do mal que controlam a humanidade através do ódio, medo, raiva, ciúmes,
difamação, maldade e separatismo. Não haverá esperança para uma pessoa se ela cair
nas mãos de semelhante grupo, porque ele destruirá seu alicerce e a tornará uma
pessoa sem alma.
È do nosso interesse, capacitar pessoas a distinguir entre os vários agrupamentos e
viver uma vida livre, que seja o menos prejudicial possível para si mesma e para os
outros. As pessoas devem aprender a não viver pelas suas posses e posições, mas com
a finalidade de trazer uma felicidade real para a humanidade. Como um grande Mestre
uma vez declarou: “Felicidade repousa em auxiliar a humanidade”.
Aprendendo o verdadeiro significado da consciência de grupo, paramos de olhar para
nós mesmo como um ser separado de todos ou outros e começamos a ver nosso elo
com toda a humanidade, com a Natureza e o Cosmos.
Nessa realização, aprendemos a ciência e a arte da cooperação. Pessoas em todos os
lugares estão finalmente percebendo que ter cooperação e consciência grupal são as
verdadeiras e únicas chaves para sucesso e, finalmente, sobrevivência.

Capítulo I
Consciência Grupal

Um grupo é uma união de pessoas que têm um objetivo comum e que tentam atingir
esse objetivo através da cooperação, perseverança e abnegação. A intenção de cada
membro é tornar o grupo todo saudável, feliz, próspero, iluminado e seguro.
O número de membros em cada grupo pode variar de três a milhões, mas à medida
que o número de membros aumenta, maior virtude e eficiência são necessárias para
manter o grupo intacto. Uma família pode ser um grupo; uma igreja pode ser um
grupo; uma nação pode ser um grupo. Até a humanidade como um todo pode ser um
grupo global.
Consciência Grupal é a soma total da consciência dos indivíduos que, através de
sinceros esforços, têm unido, fundido e harmonizado suas consciências com as de
outros.
Um grupo não é um verdadeiro grupo a menos que as consciências dos membros
daquele grupo estejam fundidas, unidas e harmonizadas umas com as outras. Isso se
refere a “ter uma única mente”, ou consciência grupal.
A consciência grupal pode ser desenvolvida pela adesão dos seguintes oito princípios:
1. Os membros do grupo devem aprender o valor do respeito e praticá-lo uns
com os outros. A menos que a pessoas num grupo respeite cada um, não
poderá haver um grupo verdadeiro. O respeito deve estar presente no
comportamento, palavras, sentimentos e pensamentos de cada pessoa em
relação a outros membros do grupo. Isso é válido também no grupo da família.
Se os membros da família não respeitarem uns aos outros, não haverá família.
Mas como se respeita outra pessoa? A resposta é: observando um grande valor
ou potencial dela e mantendo com ela uma relação especial baseada no
reconhecimento daquele grande valor. Se não há respeito entre os membros
do grupo, é como se ele tivesse um muro construído sem cimento. Uma família
ou um grupo existe e cresce somente quando os membros respeitam uns aos
outros.
2. Os membros do grupo devem promover um objetivo comum . Se o objetivo
está claro na mente dos membros, eles terão uma comunicação melhor e uma
cooperação mais inteligente uns com outros. O objetivo deverá ser o eixo do
grupo, em torno do qual os membros deverão organizar suas vidas e atividades.
Alguns membros tentam ajustar o objetivo do grupo para seus próprios
interesses e usá-lo para suas vantagens separatistas. Quando certos membros
tentam impor seus objetivos individuais sobre o grupo, surgem tensões e
problemas dentro dele.
O objetivo grupal quer que cada Membro enuncie a seu objetivo individual, ou,
pelo menos, não force seu objetivo separado sobre o grupo. O condutor de
uma orquestra quer que todos os músicos toquem suas partes na sinfonia, que
é o objetivo da orquestra. Mas o que acontecerá se algum músico tocar sua
própria música na orquestra?
Para ser parte da consciência do grupo; o membro deverá renunciar a
atividades, sentimentos e pensamentos que não fazem parte do objetivo
comum do grupo.

3. Os Membros do grupo devem tentar trabalhar em harmonia uns com os
outros, elevando o objetivo grupal e os objetivos individuais dos membros
que não contradizem o objetivo grupal. Por exemplo: o objetivo de um grupo
é levantar cinco milhões de dólares. Suponha que no grupo haja membros que
aspiram á riqueza. Promover, encorajar e aconselhar tais membros em como
fazer dinheiro não contradiz o objetivo grupal, porque, se aqueles membros
alcançam seus objetivos e tem mais dinheiro, eles beneficiam o grupo doando
mais dinheiro, auxiliando-o assim a alcançar seus objetivos.
Quanto mais ricos os membros de um grupo, mais rico o grupo será. Então,
auxiliar uns aos outros a alcançar objetivos individuais não contradiz os
interesses do objetivo grupal, desde que os objetivos individuais não sejam
contraditórios aos do grupo.
Quando os objetivos grupais r individuais estão em concordância um com
outro, à medida que o individuo alcança seu objetivo, o grupo também alcança.
Quando a renda individual cresce, a renda grupal cresce também. Quando o
grupo torna-se rico, os membros também se tornam ricos.
Quando a abundancia de sabedoria, amor, solenidade, pureza e beleza
aumentam no grupo, todos compartilham da sua abundância e se sentem
preenchidos. É impossível promover o objetivo grupal, a menos que a
prioridade seja dada a isso e o mesmo seja mantido em maior apreço do que os
objetivos individuais.
Em alguns casos, torna-se necessário aos membros subordinar seus objetivos
individuais e se devotarem inteiramente para os objetivos grupais. Dessa
maneira, o grupo atinge seu objetivo e proporciona condições para o individuo
alcançar aqueles objetivos que não contradizem o objetivo grupal.
4. Os membros do grupo devem proteger o grupo e seus companheiros de
ataques e perigos. Isso resulta em consciência grupal, progresso, integridade e
influência para o grupo.
Certa vez, três dos nossos soldados estavam numa missão muito perigosa para
o exército. Cada um de nós era um especialista em um dos aspectos da missão.
Estávamos muito ansiosos para proteger um ao outro porque nossa
sobrevivência individual dependia da sobrevivência dos outros. Se um de nós se
perdesse, os outros dois teriam um período muito difícil de sobrevivência e
realização na missão. Assim, frequentemente indagávamos uns aos outros:
“Você comeu bem? Como está a sua energia? Você dormiu bem? Você está se
sentindo bem”, e assim por diante. A menor queixa de algum membro causavanos uma grande ansiedade. Nossa principal preocupação era proteger uns aos
outros.
É assim que uma família, um grupo, uma nação, e a humanidade devem
aprender a se conduzir. Consciência grupal pode crescer somente quando uma
pessoa começa a arriscar sua vida no sentido de proteger outros membros do
grupo.
Bilhões de anos atrás, o desenvolvimento progressivo da consciência iniciou-se
numa célula, quando ela se tornou cônscia de que sua própria sobrevivência e
bem estar aumentariam se ela se unisse com outras células em direção a um
objetivo comum – criando eventualmente um corpo humano.
No corpo humano, vários grupos estão em operação. Por exemplo: sistema
nervoso é um grupo; as glândulas formam outro; o sistema sanguíneo é outro,
o sistema linfático é ainda outro grupo. O homem é uma entidade na qual
todos esses grupos trabalham em harmonia, porque eles aprenderam que,
trabalhando em harmonia uns com os outros, por um único objetivo,
expandem sua consciência e auxiliam sua sobrevivência em condições
adversas.
Doença é um sinal de desarmonia entre um grupo e o resto. Quando algum
grupo é afetado por uma doença, os outros grupos tentam auxiliá-lo a
recuperar-se, porque eles sabem que a sobrevivência do todo está dependendo
do bem estar do grupo que está doente.
A humanidade é como o corpo humano, mas por séculos tem falhado em
observar essa condição mais básica de vida e não tem trabalhado pela unidade,
cooperação e harmonia. Uma nação pensa somente em ser um “estomago”
para “comer” o resto do corpo, sem perceber que sua própria sobrevivência
depende do corpo todo. Se tivessem perguntado a essa nação porque ela
queria comer o resto, ela responderia: “Para minha própria sobrevivência”.
O que aconteceria se repentinamente todas as células do corpo decidissem
deixar o “grupo” e se dispersar para qualquer lugar? Bem, q pessoa não mais
teria um corpo. Ele não existiria como um corpo. Aqui aprendemos que
existência significa unir, desenvolver a consciência grupal e cooperar,
harmonizar e até renunciar a alguns objetivos próprios, sacrificando os
interesses separatistas pelo bem de todo o grupo.
Deve-se pensar acerca do por que a humanidade tem sofrido através dos
tempos. A resposta é clara: o grupo humano e seus membros individuais têm
quebrado a Lei da Consciência Grupal e, no seu lugar, atuado pelos interesses
separatistas. As pessoas agem contra a Lei da Consciência Grupal através de
fofocas, difamando uns aos outros, usando maldade e traição, tentando
explorar ou aniquilar uns aos outros. Isso significa que as pessoas estão
trabalhando contra suas próprias sobrevivências, contra o processo da
formação da consciência grupal.
5. Os membros do grupo devem encorajar e evocar forças para desenvolver

grandes potenciais em cada um.
Suponha que cinco pessoas queiram construir um templo com suas próprias
mãos. Elas se encontram para discutir a construção e determinar que precisem
de pedreiros, encanadores, eletricistas e um engenheiro apto a fazer o
trabalho. Cada um deles deve então aprender uma habilidade especifica, obter
alguma experiência e, então, começar a construir o templo. Quando eles
aprendem as habilidades necessárias e trabalham harmoniosamente uns com
os outros, veem o quanto necessitam um do outro para realizar o trabalho.
No futuro, veremos como aqueles grupos, que não favorecem o
desenvolvimento da consciência grupal, tornaram-se obstáculo no caminho da
humanidade, e isso tornou mais difícil para a humanidade alcançar melhores
objetivos. Cada ser humano, grupo e nação devem auxiliar um ao outro a se
tornar mais eficiente, mais próspero e culto, para que a humanidade – que é o
corpo de todos os agrupamentos – alcance seu objetivo supremo: o cultivo da
consciência global.
Então, cada membro de grupo deve encorajar os outros e ser algo mais que
comumente são aumentar sua beleza, tornar-se melhor e contribuir com essa
beleza para o grupo.
Um grupo da Ásia enviou vinte e cinco de suas crianças para o ensino superior
em Londres. Anos mais tarde, essas crianças retornaram doutores, advogados,
engenheiros, artistas e outros profissionais, trazendo grande prosperidade e
dignidade para o grupo.
O principio básico da consciência grupal é ajudar a elevar e iluminar outras
pessoas, para que elas, em troca, elevem e iluminem você.
6. Membros de grupo devem aprender a ser tolerantes e complacentes com os

outros membros do grupo, dando-lhes a oportunidade de se encaixar dentro
do trabalho grupal.
Não é nosso dever condenar um membro arrogante, teimoso, preguiçoso,
fofoqueiro, que está cheio de vícios. Em vez disso, devemos encontrar meios de
trazer a pessoa para a compreensão, de maneira que ela desenvolva virtudes
elevadas. Dessa maneira, o grupo cresce no lugar de decrescer. Menosprezo,
maldade e ódio são comumente usados contra um membro que ainda não
acompanha a demanda da consciência do grupo. Devemos auxiliá-lo a
recuperar-se, compreender e aprender como cooperar. Isso pode ser usado
pela prática do espírito da tolerância e perdão, até chegar um momento
quando o membro está todo “digerido” pelo grupo e assimilado dentro da
consciência grupal.
Se um dos nossos braços está dolorido, você não o corta fora, mas toma mais
cuidado com ele – a menos que veja que ele não se “ajusta” ao corpo. Algumas
vezes, a “cirurgia” é o trabalho mais doloroso par ao grupo realizar. Uma nova
oportunidade deve sempre ser dada para aqueles que agem contra o principio
da consciência grupal – a menos que eles conscientemente corroam o grupo e
destruam seu trabalho.
Às vezes, um grupo saudável descarta automaticamente tais membros
destrutivos e, após tal expulsão, adquire maior saúde e poder. Observa-se que
pessoas doentes não podem “respirar” num grupo saudável, e por várias razões
elas deixem o grupo.
Não se deve pensar que cada pessoa que deixa um grupo é má. Algumas
pessoas deixam um grupo para encontrar outro mais adequado à sua natureza.
Tais pessoas podem buscar isso por si mesma, sejam elas eliminadas pela
própria energia do grupo, ou tenham elas escolhido deixar o grupo para uma
melhor chance de progresso. Isso pode ser feito pela observação de sua própria
integridade, beleza e solenidade em seus novos relacionamentos. Se elas se
tornaram pouco empenhadas, menos felizes, pouco úteis e menos belas – ou
especialmente se elas caíram em traição ou em atividades obscuras -, isso
significa que o grupo anterior às descartou como galhos secos de uma árvore.
Tolerância e perdão constroem amigos e cooperadores quando essas virtudes
são usadas inteligentemente e na dosagem certa. Antes de condenar alguém, é
muito bom checar as coisas que necessitam ser condenadas em você. È
importante auxiliar as pessoas a entrarem no ritmo do grupo, para que ele se
torne mais rítmico e eficiente.
Frequentemente as pessoas necessitam afastar-se de certo grupo por muitas
razões, mas elas não podem se esquecer de que o desenvolvimento e
progresso só são possíveis com trabalho, cooperação e disciplina grupal.
7. Os membros do grupo devem cultivar uma profunda sensibilidade à liderança
do grupo, pela luz do objetivo grupal. Esse é um ponto extremamente
importante.
Antes de tudo, deixe-nos tornar claro que uma verdadeira liderança não exerce
força para tornar os membros sensíveis a ela. Em vez disso, a liderança usa o
principio da liberdade e tenta educar as pessoas para a importância da
sensibilidade ao líder grupal.
Se uma pessoa deseja mover seu braço e dedos e eles não obedecem, isso
significa que está seriamente doente. O “comandante” na pessoa ou em um
grupo deve ter o poder de liderar, guiar, aconselhar e até disciplinar, usando os
princípios de educação, liderança e liberdade, ou de outro modo a pessoa ou
grupo desintegrar-se-á desaparecerá.
Chamamos de “caos” quando elementos de um grande todo não estão em
harmonia uns com os outros e estão inconscientes do comando central.
Infelizmente, pessoas podem não compreender que democracia não significa
anarquia. A real democracia pode ser adquirida somente depois do
desenvolvimento do senso de responsabilidade e consciência grupal. Uma
democracia real é uma sinfonia na qual cada nota tem seu lugar, liberdade,
trabalho e ritmo certo.
Em um monastério, aprendi a desenvolver aguda sensibilidade em relação a
meu mestre. Conhecia exatamente quando ele necessitava de um copo de
água, quando precisava de um lápis e papel, quando queria ir ao jardim, ou
comer algo. Através de sua voz, expressão facial e comportamento sutil,
conhecia verdadeiramente o que ele queria. Eu era tão sensível que algumas
vezes pude quase ouvir seus pensamentos e fiz coisas para ele antes que
pudesse pedir.
Os olhos de meu mestre tinham uma linguagem especial que eu aprendi. Certo
olhar significava “comporte-se”; outro olhar significava “seja cuidadoso”, “seja
atento”, “você pode fazê-lo se você ousar” e “pare”, “dê uma chance”, “estou
desapontado, mas ainda tenho esperança”, e assim por diante. Devido ao
desenvolvimento da minha sensibilidade, fui promovido ainda jovem.
A sensibilidade nos leva a níveis elevados da consciência, onde podemos
prestar grandes serviços ao grupo. Naturalmente não nos referimos ao
servilismo. Um verdadeiro líder acima de tudo previne o desastre do servilismo.
No lugar, ele desenvolve prontidão, sensibilidade e verdadeira discriminação
entre os membros Quando falamos a respeito de liderança, as pessoas
frequentemente pensam naqueles que estão na incumbência de um grupo. Na
realidade, liderança é um objetivo, um plano e um propósito, apresentado
pelos líderes para o bem estar do todo.
8. Membros grupais devem fomentar a alegria dos outros no grupo . Se nossos
atos e palavras causam alguma angústia, dor, sofrimento ou aborrecimento aos
outros, devemos nos abster de tais atos. Eles complicarão nossa vida e nos
conduzirão em direção do isolamento, egoísmo, futilidade e depressão. Cada
membro do grupo deve se examinar e se indagar: “Como devo pensar, falar e
me comportar, de maneira que aumente a alegria dos outros membros?”.
É somente numa atmosfera cheia de alegria que grandes trabalhos são
efetuados e a consciência grupal é desenvolvida. A alegria atrai elevadas
impressões e inspirações das altas esferas de luz. A alegria cresce quando cada
membro do grupo encontra suas responsabilidades e fica livre de sentimentos
de culpa pelas ações erradas.

Capítulo II

Consciência e Consciência grupal

Consciência é o despertar dos outros.
Consciência Grupal é a percepção do seu Self real existindo dentro dos outros e
do Self real dos outros existindo dentro de você.
O que queremos dizer por “outros”? “Outros” são seus corpos físico, emocional
e mental; sua família e sua nação; assim como toda a natureza, o planeta, o
sistema solar, a galáxia e o Cosmos.
Consciência é o despertar da existência de “outros”.
Mas consciência grupal é o despertar da existência do Self Uno em todos esses
“outros”.
Alguns têm a ilusão de que apenas o juntar de pessoas forma um grupo. De
qualquer forma, a maioria das pessoas não está pronta para se tornar membro
de um grupo real. Elas necessitam de um longo período de sofrimento e dor
para quebrar suas cristalizações e tendências de isolamento.
Ser cristalizado significa estar emperrado em modos obsoletos de pensar, ser,
sentir e agir. Uma pessoa cristalizada deve submeter suas doenças à cura da
natureza.
A natureza tem muitos caminhos diferentes para iniciar tais pessoas numa
ampla esfera de consciência. Um deles é uma pessoa cristalizada entrar em
contato com uma pessoa avançada. No início, esta última é frequentemente
caluniada e difamada pela primeira. Entretanto, o resultado é que a pessoa
avançada começará a orar e ter pensamentos elevados sobre o difamador,
dando a ele estímulo suficiente para fazer uma ruptura. Naturalmente, tal
transformação não ocorre da noite para o dia e pode passar através de muitas
fases dramáticas.
Outro modo de quebrar a cristalização é uma pessoa ser forçada a confrontar
muitos problemas que somente podem ser resolvidos, tendo uma atitude
progressiva.
Ainda outra ocorre quando uma pessoa cristalizada depara com
acontecimentos difíceis, tais como perder uma pessoa amada ou contrair um
mal incurável, e a pessoa é forçada a buscar um caminho para confrontar essas
perdas, começando, então a mudar.
Num quarto caminho, a pessoa é forçada, pelas várias situações da vida a
aconselhar outras, a se tornarem abertas e progressivas e, assim, a aprender
tudo o que está transmitindo a elas. Esses são caminhos nos quais uma pessoa
amadurece e aprende o que significa pensar de um modo progressivo e ter
uma consciência em crescimento.
As pessoas não podem ser forçadas a adquirir consciência grupal ou a se tornar
membros de um grupo. Quando pessoas são forçadas a formar grupos ou a se
tornar membros de grupos, elas se tornam uma contínua dor de cabeça para a
comunidade. Cada candidato, a um grupo deve estar maduro antes de se
tornar um membro, porque, se ele não está pronto e como o grupo atrai todos
os vícios adormecidos para a superfície, ele se afogará no oceano desses vícios.
A maior sabedoria para ensinar à humanidade é a ciência da consciência grupal,
começando com crianças nas escolas primárias, cursos secundários,
universidades, grupos, igrejas e nações. È a ciência da consciência grupal que
preparará pessoas para a paz universal, harmonia e cooperação.
Certa vez, dez meninos foram contratados por mim para construir um muro de
pedra. Nós começamos usando cimento para segurar as pedras juntas
adequadamente. Mas, à medida que o dia passou, e nós aprendemos como
assentar as pedras umas sobre as outras, me veio uma curiosa ideia de que nós
não necessitávamos de cimento e poderíamos levantar o muro rapidamente se
apenas juntássemos as pedras perfeitamente umas sobre as outras.
Infelizmente, os meninos concordaram comigo.
O muro cresceu cada vez mais alto, mas, repentinamente, com um tremendo
barulho desmoronou. O professor veio e perguntou: “ o que aconteceu?”
Demos uma única resposta lógica: “Todos caíram”.
SE a raça humana não aprender a ciência da consciência grupal e a empregar
para construir, a humanidade cairá e desaparecerá deste mundo.
Aqueles que são seres humanos com consciência grupal têm grande dificuldade
de trabalhar em “grupos” separatistas, cujo único propósito é explorar outras
pessoas. No futuro, os discípulos estarão preparados para servir tais grupos
destrutivos de modo especial e introduzir nesses grupos a consciência grupal,
sem criar reações violentas. Isso será possível se os discípulos aprenderem a se
comunicar com as almas das pessoas no lugar de suas personalidades.
Em cada ser humano, há uma presença da Consciência Divina, enterrada
debaixo pilhas de espelhismos, ilusões e vaidade. Mas é possível alcançar
aquela divindade e atraí-la em expressão se a chave certa é encontrada. As
pessoas que conseguem fazer isso são altamente carregadas de compaixão,
vontade sacrificial, tolerância e inclusividade infinita. Os mecanismos dessas
pessoas evocam reação de todos aqueles que têm dentro de si elementos
relacionados com ódio, raiva, medo, inveja, ganância, vingança e traição.
Tais pessoas vêm ao mundo com a intenção de salvar e servir; nada mais
importa a elas. A consciência grupal é tão clara e intensa em seus corações que
elas trabalham em completo esquecimento de si próprias, com inocuidade e
reta palavra.
Naturalmente, elas são circundadas e observadas por traidores, mas o escudo
de seu amor e o espírito de sacrifício às protegem contra o mal, até vir o tempo
de partir para Reinos Superiores e trabalhos mais importantes.
Tais heróis transformam não somente indivíduos e grupos, mas também
grandes massas de pessoas, pavimentando o caminho para o progresso futuro.
Eles se tornam cooperadores do Mais Alto.

Capítulo III
O Grupo e o Objetivo Comum

Os membros de qualquer grupo devem ter um objetivo comum. Cinco fatores
estão envolvidos nisso:
1. Eles conhecem a si mesmos;
2. Eles conhecem uns aos outros;
3. Eles conhecem o objetivo comum;
4. Eles sabem como alcançar esse objetivo;
5. Eles apoiam, encorajam, entusiasmam uns aos outros para alcançar o
objetivo.

Não há grupo se esses cinco fatores não estão em operação. A consciência se
desenvolve em torno desses cinco fatores, isso quer dizer, se eles conhecem bem a si
mesmos, eles têm maior consciência grupal; se eles conhecem bem um ao outro, sua
consciência grupal aperfeiçoa; se eles conhecem bem seu objetivo, a consciência
grupal se desenvolve; se eles sabem como melhor atingir seu objetivo, a consciência
grupal desabrocha; e se eles se ajudam, encorajam e entusiasmem uns aos outros, sua
consciência grupal expande mais além e floresce.
Se os membros de um grupo desejam mudar a dimensão ou plano de sua consciência
grupal, eles devem elevar os objetivos do grupo. Por exemplo: um objetivo, que esta
na natureza física, deve ser elevada para um objetivo emocional, depois para um
mental, intucional e Átmico, ou objetivos nacional, global e solar, e assim por diante. À
medida que um grupo eleva o nível do seu objetivo, seus membros devem ter maior
informação e profunda compreensão a respeito do plano no qual estão operando. Se
operarem nos planos físicos, devem conhecer a si mesmos como são no plano físico.
Quando operam no plano emocional, mental, ou intuitivo, devem saber exatamente o
que são naqueles planos.
O mesmo se aplica a outros fatores relacionados à obtenção de um objetivo. Os
membros devem conhecer uns aos outros no plano dentro do qual trabalham; devem
saber onde está seu objetivo naquele plano; devem apoiar encorajar e entusiasmar
uns aos outros para alcançar o objetivo naquele plano. Quando penetram num plano
após outro, ou passam de um campo para outro maior, encontram um duplo desafio:

a. Conhecer, ser e trabalhar mais;
b. Expandir mais suas consciências para manter o ritmo uns com os outros.
Uma segunda fase de expansão começa quando um grupo se funde com outro grupo
em integração e cooperação, apoiados nos cinco fatores dados acima.
Há ainda pela frente outro degrau no desenvolvimento da consciência grupal. É
quando um grupo se alinha com outro grupo que tem um objetivo comum e está
trabalhando nos planos astral, mental, intuitivo e superior, a fim de realizar o objetivo
em todos os planos simultaneamente. Essa é uma grande aquisição; nesse estágio, o
grupo torna-se uma entidade viva.
Vimos que a consciência de um indivíduo e de um grupo se expande vagarosamente
quando a pessoa ou grupo trabalha em planos cada vez mais elevados, exercendo
sucessivamente nesses planos grande creatividade, disciplina, sensibilidade e
pontualidade.
Quando um grupo cresce e se torna mais forte, ele atrai grandes oposições das forças
do caos. Essas forças, através de seus agentes, tentarão destruir o grupo tornando-o
egoísta, interesseiro e separatista. Mas tal oposição opera sob uma lei: a Lei do Karma.
A oposição, primeiro testa a integridade do grupo e torna-o mais forte.
Segundo, ela atrai materiais e pessoas pouco refinados para o grupo, que são então
assimilados dentro da entidade grupal. Desse modo, a oposição auxilia o grupo a
crescer, prestar grande serviço, e se tornar mais vigilante e alerta em todas as suas
facetas e em todas as suas atividades.
Devemos lembrar que um grupo encontrará oposições cada vez maiores à medida que
ele vai para níveis mais e mais elevados e essa oposição é tal que extrairá, do fundo do
coração grupal, energias creativas. O propósito da evolução é desenvolver grupos com
uma consciência cada vez maior.
Alguém pode perguntar quais as diferenças entre grupos que são destrutivos e grupos
que são construtivos e creativos. Basicamente há somente duas diferenças: seus
objetivos e sua habilidade em se unir com grupos mais elevados em planos superiores.
Grupos destrutivos não podem se elevar além do plano mental inferior, enquanto que
grupos construtivos podem prosseguir adiante eternamente, planos após plano.
Enquanto grupos destrutivos se utilizam uns dos outros, como fonte de alimento e
coragem para aumentar a escuridão, o crime e as rupturas, grupos creativos se
alimentam de elevadas visões e fontes de energia superiores.
Os objetivos dos grupos destrutivos são estruturados no interesse próprio. Os
objetivos dos grupos construtivos são estruturados no interesse bem estar e
aquisições grupais.
Grupos destrutivos operam utilizando-se da dor, tirania, sofrimento, assassinato,
separatismo, vaidade e ego, ignorando a suprema divindade existente dentro de cada
um. Grupos construtivos operam com alegria, devoção, amor, liberdade, unidade e
iluminação, conscientes da divindade do Self Uno existente em cada um.
Grupos reais, grupos construtivos, são mais difíceis de serem formados que grupos
destrutivos. Na formação de um grupo real, cada indivíduo deve ter uma consciência
de alma. Um grupo real é como um anel tendo muitos diamantes. Cada diamante deve
ser lapidado e polido o mais possível para se ajustar ao outro. Os membros de um
grupo real devem ser altamente desenvolvidos para se tornarem uma parte daquele
grupo.
O desenvolvimento da consciência grupal é um processo científico. Uma ciência
especial será desenvolvida no futuro para guiar e educar as pessoas dentro dela.
Algumas pessoas pensam que avançar na consciência grupal significa perder sua
individualidade. Isso é uma grande ilusão. A verdadeira individualidade nasce somente
quando uma pessoa renuncia a seus pseudos-eus, suas máscaras e imagens
cosméticas, artificiais. O progresso em torno da consciência grupal é um processo no
qual você se liberta das ações mecânicas e se torna uma pessoa mais consciente, uma
pessoa que controla sua própria vida.
Diagrama A – Consciência Inclusiva
Quando alguém encontra sua individualidade, percebe que o Âmago de todos os
indivíduos é um em essência, o Self Uno. È essa percepção que inspira o empenho em
direção à consciência grupal. É somente na consciência grupal que um indivíduo
encontra seu verdadeiro Self.
Quando o campo de percepção se expande, ele cobre grandes áreas de consciência. À
medida que o campo de consciência de uma pessoa se expande, ele inclui na sua
conscientização muitos campos individuais de consciência e seu pensamento inclui
campos sempre maiores. (Veja diagrama A e B)
Diagrama B – Consciência Inclusiva e Grupal
Uma qualidade importante na consciência grupal é o elemento de sacrifício ou
resignação. A consciência grupal se desenvolve passo a passo. Para dar um passo, uma
pessoa deve tirar um pé do lugar onde ele estava fixo e move-lo adiante para um novo
lugar, uma nova integração. Por exemplo: no primeiro passo, você trabalha em você
mesmo e se transforma numa pedra sagrada para ser usada no futuro Templo. No
segundo passo, você renuncia a um interesse próprio, a uma vida focada em si mesmo,
e começa a integrar seu interesse com aqueles do grupo. No terceiro passo, você
renuncia ao interesse grupal e se une com interesses grupais mais amplos. No quarto
passo, você renuncia ao amplo interesse grupal e começa a se integrar com o
interesse nacional. No quinto passo, você renuncia ao interesse nacional separatista e
se integra com o interesse global.
A cada passo, você renuncia porque vê que o seu interesse real só pode ser protegido
e desenvolvido na união de si mesmo com interesse grupais maiores.
Maior inspiração é dada àqueles que têm se integrado com grupos maiores e com
elevados objetivos a adquirir. Compare, por exemplo, a castanha do carvalho com um
imenso pé de carvalho. A castanha do carvalho é uma acumulação de milhões de
cooperadores: átomos, produtos químicos e elementos da terra e ar, os quais se
transformarão num pé de carvalho com milhares de galhos, folhas e castanhas. Uma
castanha luta para ser um pé de carvalho, para se multiplicar. Se ela permanecesse
uma castanha individual e não se associasse e desenvolvesse maior unidade, maior
consciência grupal, ela ficaria exatamente como ela é. Entretanto, por causa de sua
luta particular, em direção à sua “consciência grupal”, ela se multiplicou e se tornou
capaz de produzir castanhas individuais como sementes para grandes grupos no
futuro.

Passos adicionais: para desenvolver Consciência Grupal

Podemos desenvolver consciência grupal através dos seguintes passos:
1. Tentar fazer os outros felizes, sem permitir que eles tirem vantagens de você;
2. Trabalhar para a elevação espiritual, saúde, prosperidade e felicidade dos
membros da sua família, usando devoção e sacrifício;
3. Aumentar seu amor pelos membros do grupo, não difamando ou fofocando a
respeito deles. Realçar suas qualidades e respeitá-los. Fazer qualquer coisa
possível para torna-los felizes, saudáveis, prósperos e iluminados;
4. Não cometer traição contra qualquer membro;
5. Usar seu tempo, dinheiro e esforço para tornar o grupo capacitado a prestar
melhor serviço;
6. Desenvolver um interesse nos acontecimentos de sua nação. Aprender acerca e
seus problemas e ver como você pode se envolver construtivamente;
7. Desenvolver um interesse pelos acontecimentos de todas as nações e tentar
promover paz no mundo, cooperação entre as nações e retas relações
humanas entre todos os povos;
8. Tentar contatar sua Alma através da meditação, porque sua Alma tem
consciência grupal;
9. Diariamente pensar acerca do Self Uno, de Quem todas as coisas procedem e
para Quem todas as coisas retornam;
10. Cultivar prontidão para ir de encontro à necessidade do grupo. Prontidão é um
estado de ser no qual você tem o necessário conhecimento, habilidade, energia
e virtude para satisfazer a necessidade do grupo.
Pessoas inteligentes não são preguiçosas. Pessoas preguiçosas meramente
esperam por uma oportunidade para seguir. Pessoas inteligentes se tornam
prontas por si mesmas e criam oportunidades de serviços. Cada pessoa deve se
esforçar para desenvolver maior eficiência, para satisfazer a sempre grande e
crescente necessidade de um grupo em progresso. Qualquer coisa que permaneça
parada entra num processo de decomposição e estagnação.
No futuro, a grandeza dos indivíduos, grupos e nações será medida pelos esforços
em direção a uma maior unidade e síntese através da consciência grupal. Os
grandes heróis serão aqueles que trarão unidade e síntese e, desse modo,
aniquilarão o pesadelo de sangue, guerra e sofrimento da humanidade, que tem
continuado era após era neste planeta.
Quando a consciência de uma pessoa se expande, ela experimenta:
. Maior saúde;
. Maior felicidade;
. Maior prosperidade;
. Maior compreensão;
. Mais força e poder;
. Maior extensão de vida.
A consciência grupal torna uma pessoa capaz de florescer e contribuir para as
necessidades da humanidade.
Na consciência grupal há uma alma que sincroniza as ações de todos os indivíduos
e os conduz em direção ao propósito grupal.
À medida que você considera as qualidades da consciência grupal, tenha sérias
reflexões sobre o seguinte:
1. Assim como uma célula torna-se parte de vários órgãos do corpo e então se
torna o corpo; similarmente, uma pessoa torna-se membro de um grupo,
desenvolve consciência grupal, e então, se torna o grupo.
Um membro do grupo deve desenvolver consciência grupal a tal grau que ele
sinta as dores, tristezas, quedas, alegrias e sucessos dos outros como se fossem
seus próprios. Diplomas, posição social, influência e riqueza têm valor somente
se uma pessoa pode ser uma parte consciente de um grupo tendo desenvolvido
consciência grupal.
Várias espécies, raças e tribos têm desaparecido da terra porque em algum
lugar, de alguma maneira, desobedeceram à Lei da Consciência Grupal. A
natureza recicla, eliminado todas aquelas formas que progridem
inadequadamente em direção da consciência grupal.
Um grupo é criado por uma grande razão: construir unidade e síntese através
da assimilação de novos elementos, motivando-os a expandir suas próprias
possibilidades. Os indivíduos devem formar grupos e esses devem formar
grupos maiores, até que todos os grupos se tornem uma humanidade, tendo
desenvolvido uma consciência global.
Essa é a maneira como a dor, sofrimento e destruição podem ser eliminados de
nosso planeta no futuro. Todos os recursos do globo podem, então, ser usados
para guiar a humanidade para um estado ainda mais elevado de consciência.
2. O crescimento e eficiência individuais são impossíveis sem o desenvolvimento
da consciência grupal e sem atuar como uma parte da consciência grupal,
como que se tornando um galho de uma árvore viva.
Se a célula no corpo permanecesse isolada, ela não compartilharia das
emoções, pensamentos, visões, revelações, alegrias e êxtase do “comandante”.
Similarmente, se uma pessoa permanecer separada, indiferente, ela não
compartilhará da alegria, entusiasmo, trabalho, luta, beleza, emoções,
pensamentos e visões do grupo ou nação. Permanecendo solitária, a célula ou
pessoa será privada de um trabalho maior e perderá a chance de desenvolver
consciência grupal que é seu destino, expandir.
Quando uma célula compartilha das atividades, emoções, pensamentos e
visões de um todo magnífico, ela se desdobra , progride e entra no caminho da
perfeição. Mas se ela permanece isolada, degenera e desaparece. O mesmo é
verdadeiro para uma pessoa individualizada.
Alguém pode estar curioso em saber por que existe na Natureza uma tendência
para crear grupos e consciência grupal. Isso ocorre porque o Self Uno está
tentando se manifestar através de todas as partes da creação, sintetizando e
unificando as partes dentro da esfera do Seu Propósito. O Self Uno
gradualmente revela-se em todas as manifestações como Uma entidade,
exatamente como o Espírito de um homem tenta reunir células e átomos para
construir os vários corpos através dos quais Ele revela Sua Glória.
Cristo se referiu às ideias de revelação e unidade quando disse: “Eu sou a
videira verdadeira, e meu Pai é o jardineiro. Ele remove cada um dos meus
galhos que não oferece fruto, e limpa cada galho frutífero, de maneira que ele
possa sempre produzir frutos melhores e mais abundantes, e, dessa maneira,
os galhos secos são juntados e atirados no fogo, onde são queimados”. Um
galho não oferece fruto quando num momento de infortúnio, decide não ser
mais parte da árvore viva. Depois que um galho se separa da árvore, Satã o
toma e o torna tão seco quanto possível para ser usado no fogo.
3. Relações grupais crescentes e progressivas desenvolvem partes do ser da
pessoa, auxiliando-a a se tornar mais eficiente.
4. Pertencer a um grupo coloca a pessoa em vários graus de responsabilidade. E
somente se submetendo à responsabilidade que a pessoa ajuda sua alma a
alcançar a perfeição.
A consciência grupal trabalhará num nível nacional quando várias seções ou
partes da nação se dedicarem para o bem maior da nação. A consciência grupal
trabalhará na humanidade quando todas as nações sustentarem o interesse da
humanidade bem acima de qualquer interesse nacional.
Mais tarde, essa consciência da humanidade unificada se fundirá com a
consciência da Hierarquia e Shamballa, voltando-se, então, para dentro da
consciência global, solar e galáctica, exatamente como uma pequena empresa
que se transforma numa imensa corporação global.
Eventualmente compreendemos que é mais vantajoso ser identificado como
um membro de uma família do que como uma pessoa sozinha; como parte de
um grupo do que simplesmente como uma família; como uma nação do que
um mero grupo; como humanidade do que como uma nação.

Capítulo IV
A Lei da Cooperação

Cooperação é uma lei Cósmica, operando no Universo para levar adiante a construção
de todas as formas de vida e guiá-las para seus derradeiros propósitos. Essa é a lei da
creatividade, evolução e aquisição.
Foi-nos dito que essa lei opera em cada plano para cada forma de vida,
individualmente, e para todos os planos coletivamente, relacionando cada forma de
vida com outras, e com suas contrapartes coletivas e superiores. Essa lei opera como o
instinto de sobrevivência, como afinidades e relações, e gradualmente como um
processo de cooperação consciente.
A Lei da Cooperação acende o fogo em cada átomo, célula, forma de vida; em cada ser
humano, grupo, nação; em cada estrela. Ela capacita cada forma a prosseguir em
direção ao estabelecimento da cooperação, nos campos da existência em expansão,
para assegurar a sobrevivência individual e grupal de cada entidade e para liberar o
potencial inerente em cada um.
A Lei da Cooperação é a lei da existência, saúde, felicidade, prosperidade, iluminação e
segurança. Qualquer forma de destruição ou desintegração é causada pela retração da
Lei da Cooperação. Ódio, animosidade, separatismo, interesse próprio e ganância são
sinais de desintegração e de ausência da Lei da Cooperação.
A Lei da Cooperação pode ser ativada ou rejeitada. A recusa da Lei da Cooperação
resulta em sofrimento, dor e morte. Para indivíduos, grupos e nações, o estudo e
aplicação dessa lei são vitais.
A história deve ser examinada do ponto de vista da existência e ação, ou da ausência
da Lei da Cooperação. Todas as aberturas acontecem, todas as grandes civilizações
nascem através da resposta à Lei da Cooperação. Inversamente, miséria, dor,
sofrimento, derramamento de sangue, destruição e morte chegam até nós como
resultado da ausência da cooperação.
Aprender a respeito da Lei da Cooperação e aplicá-la em nossa vida particular em casa,
em nossa família, escritório, grupo ou igreja, em nossa vida nacional, ou internacional,
trará prosperidade, saúde, felicidade e expansão da consciência para cada um de nós
individualmente, tanto quanto para todos aqueles a nós relacionados. Estudar a
história das vidas, individuais, grupais e nacionais nos mostra como o progresso dessas
unidades tem sido o resultado da cooperação.
Com o que, especificamente, deveríamos cooperar? Aqui estão algumas sugestões:
. Cooperação com a Lei em si;
. Cooperação com as forças e energias do Universo;
. Cooperação com a Natureza e suas leis;
. Cooperação com os reinos subumanos ou supra-humanos;
Cooperação com o mundo das ideias, visões e revelações;
. Cooperação com indivíduos, grupos e nações;
. Cooperação com o guia e o Mestre interno de cada um;
. Cooperação com a sabedoria das idades;
. Cooperação com a beleza, bondade, retidão, alegria e liberdade;

. Cooperação com a visão grupal;
. Cooperação com todas as formas de vida e com as correntes de luz que as tornam
creativas.
. Cooperação com as leis e costumes nacionais e internacionais.
A Lei da Cooperação não deve ser exercida para assegurar a própria sobre vivência,
felicidade, prosperidade e sucesso a expensas de outras formas de vida, mas deve ser
exercida com a visão holística: assegurar o bem estar, saúde, felicidade, sucesso e
prosperidade daquelas unidades que estão empenhadas num trabalho cooperativo.
Quanto mais uma pessoa coopera, mais ela liberta sua natureza de todos aqueles
elementos que lhe causam infelicidade, dor e sofrimento, e mais ela pode se fundir
com o interesse grupal alegremente experimentando a perda de seu interesse pessoal.
Qualquer “cooperação” desenvolvida somente no interesse próprio é uma técnica de
exploração que levará uma pessoa ao conflito com a Lei da Cooperação. O Conflito
com essa lei resultará em queda, dor e sofrimento.
Todas as visões sugerem que há um vínculo entre a vida no plano físico e no além.
Cooperação é uma questão de se ter uma visão e se dedicar àquela visão,
paralelamente com todos aqueles que têm uma visão igual ou similar.
Os líderes desempenham uma importante função em promover cooperação e
consciência grupal. Os líderes devem oferecer uma visão ao público e educá-lo em
relação ao benefício da cooperação com aqueles que têm uma visão similar. Se uma
pessoa compreende a grande bênção que a cooperação pode trazer, ela desejará
cooperar alegremente. Isto deve se tornar claro na mente de todos: cooperação é a
estrada real para a felicidade saúde, prosperidade e iluminação. A ciência da
cooperação deve ser ensinada para as pessoas desde sua infância e trazida até a vida
adulta. Deve ser claro para todos que cooperação é uma ciência que pode substituir a
psicologia das disputas, antagonismos, luta, guerra e derramamento de sangue.
Podemos iniciar esse processo escrevendo e falando acerca dessa ciência e, então
demonstrando seu valor prático através de filmes, jogos, discussões e publicações
variadas. A vida mudará drasticamente quando as pessoas aprenderem como
cooperar.
As pessoas pensam que os líderes não podem resistir se não impõe suas vontades. A
história mostra que o oposto é verdade. Todos os líderes que tentam impor suas
vontades sobre os outros desapareceram em condições dolorosas. A verdadeira
liderança envolve a técnica de:
. Desafio;
. Inspiração;

. Educação;
. Iluminação;
. Encorajamento.
A verdadeira liderança não usa o medo para controlar outros porque sabe que pessoas
controladas, reprimidas e forçadas desenvolvem sérios problemas de saúde; elas
perdem sua creatividade, eficiência, alegria e fontes de inspiração. Quando a liderança
torna a pessoas medrosas, infelizes, doentes, insanas e depressivas, n ao pode almejar
nenhuma expectativa de sucesso em longo prazo.
Quanto mais saudáveis as pessoas são, mais duramente trabalham. Pessoas cheias de
alegria se engajam no trabalho com um espírito de esperança no futuro. Quanto mais
trabalham e cooperam, mais eficientes se tornam. Os cooperadores devem trabalhar
livremente, sem pressão. Liberdade nos torna mais creativos.
O líder que aspira ao sucesso, jamais exercerá força sobre as pessoas ou as fará atuar
com medo. Uma companhia de seguros vendeu milhões de dólares, no valor de seguro
pessoal, utilizando-se de técnicas que eram extremamente carregadas de medo. Cinco
anos mais tarde, a companhia entrou com pedido de falência, pois a maioria de seus
clientes adquiriram sérias doenças pelas quais a companhia teve que pagar. No
Oriente Médio, essa técnica é chamada: “sentar num galho enquanto o serra do
tronco”.
Há dois tipos de cooperação. O primeiro é a cooperação pelo interesse próprio; o
segundo é a cooperação pelo interesse do todo. Cooperação pelo interesse própria
termina em falência. Cooperação pelo interesse das partes no todo traz saúde,
felicidade, prosperidade e sabedoria a todos. Quando falamos sobre cooperação, nos
referimos à segunda definição.
Cooperação é uma inclusividade sempre progressiva no interesse de todas as partes
envolvidas. Cada vez que falhamos em estabelecer a cooperação, experimentamos a
nossa própria decadência intelectual, espiritual e moral.
Um líder sábio, ou uma liderança sábia, deve tentar encontrar um modo para cooperar
em lugar de brigar. Esforços e despesas necessários para crear cooperação são bem
menos dispendiosos do que aqueles necessários para iniciar e manter brigas. Tomando
uma guerra em particular e analisando-a de um modo imparcial. Encontrando onde os
líderes falharam em cooperar, e o quanto foi gasto em termos de dinheiro, vidas,
construções, e assim por diante, descobrimos o quanto poderia ter sido economizado
se, em lugar disso, tivessem sido encontrados os caminhos e meios de cooperação.
Muitas críticas têm sido escritas sobre causas e condutas das guerras. Contudo, não
houve ninguém que analisasse um dado incidente e mostrasse o quanto teria sido
melhor se as partes belicosas tivessem chegado a um acordo através da cooperação
antes do irromper das hostilidades.
Um casal gastou cinquenta mil dólares num divórcio. Cinco anos mais tarde casaram-se
novamente. Ocorreu a eles então descobrir o quanto poderiam ter poupado se
tivessem se mobilizado para crear cooperação um com o outro. O valor total foi de
oitenta e cinco mil dólares, não levando em consideração a crescente irritação
ansiedade e noites sem dormir. Similarmente, cada omissão na cooperação é um
testemunho da ausência de Sabedoria, testemunho de que as pessoas não se
questionam o suficiente para encontrar alternativas para divergências, guerras e
derramamento de sangue.
A cooperação não é possível quando as pessoas pesam somente em seu interesse
próprio, ou agem com o medo de que outras partes as explorarão. Uma das bases da
cooperação é a confiança mútua. As pessoas devem trabalhar muito para crear a
confiança mútua. Quando a confiança mútua é estabelecida, a cooperação se torna um
modo natural de ação.
O estabelecimento da confiança requer esforços e sacrifício. Por causa disso, as
pessoas algumas vezes pensam que, para crear confiança, devem gastar mais dinheiro
e tempo do que se brigassem e tentassem resolver suas diferenças pela violência ou
guerra. Universidades e grupos com interesse especial devem desenvolver projetos de
pesquisa para ver se o esforço de crear confiança é mais dispendioso do que resolver
problemas com luta.
Naturalmente, em alguns casos, a confiança pode parecer mais custosa do que a luta e
a guerra, mas pelo menos alguém não perde sua vida ou a vida dos amados, na
tentativa de crear confiança. O que alguém pode lucrar se a guerra está ganha, mas ele
está morto?
A cooperação deve ser levada adiante para a felicidade, saúde, prosperidade e
iluminação de todos. A cooperação não pode continuar através da imposição, força ou
técnicas totalitárias.
As pessoas devem ter uma visão, entendê-la e olhar meios de realizá-la. Toda vez que
as pessoas forçam outras a cooperar, elas cream rupturas na natureza daquelas que
são forçadas a cooperar. As pessoas com rupturas em suas naturezas, mais cedo ou
mais tarde, destruirão o trabalho no qual elas são forçadas a cooperar.

Harmonia através do conflito.
Há outra lei chamada a Lei da Harmonia através do conflito. Essa lei auxilia a Lei da
Cooperação. Não importa quão profundo seja um conflito, eventualmente ele se
resolve na harmonia e cooperação. Isso significa, é claro, que a Lei da Cooperação é
uma lei dominante, especialmente no arco da evolução no qual o Espírito volta sua
face em direção ao Lar.
Quanto mais profundamente uma pessoa se torna envolvida num conflito, maior se
torna sua aspiração no futuro em direção à cooperação. O período de tempo entre um
estado de conflito e outro de cooperação, é citado como a ponte de sofrimento, dor e
crime.
As pessoas têm a opinião de que, se elas progridem em direção a posições sociais mais
elevadas, ou se elas alcançam iniciações avançadas, as suas cargas serão aliviadas e
haverá menor pressão sobre seus ombros. A verdade é exatamente o oposto. Quanto
mais avançada é uma pessoa, ou quanto mais altas são as iniciações pelas quais ela
passa, maior é a pressão e carga sobre seus ombros.
A um nível individual, uma pessoa tem poucos inimigos. A um nível grupal, os inimigos
se tornam grupos. A um nível nacional, os inimigos são exércitos inteiros.
Quando uma pessoa se encontra num nível elevado de serviço, ela deve lutar com as
forças do mal planetário, solar, galáctico e cósmico. Essa é a razão por que, desde o
início, uma pessoa deve aprender a ciência da cooperação no sentido de derrotar seus
inimigos pela união de esforços com seus cooperadores e também transformar seus
inimigos em cooperadores.
Algumas vezes, as pessoas observam que, quanto mais querem cooperar, maior se
torna a oposição daqueles que são contra a cooperação. Isso é muito natural. Um
homem sábio pode se beneficiar de tal situação, ao aprender sobre as técnicas
utilizadas pelos inimigos da cooperação. Além disso, tais pessoas não cooperativas
frequentemente cream pressão suficiente para crear mais beleza, vigilância, mais
alegria e mais coragem no Âmago das pessoas cooperativas.
É na verdade que, uma pessoa esteja engajada no espírito de cooperação, até as
pedras sob seus pés a ajudam a realizar suas aspirações. Devemos lembrar que
cooperadores não existem somente no plano físico, mas também nos Mundos
Superiores. Esses colaboradores cooperam conosco invisivelmente e trazem-nos várias
espécies de auxílio para completarmos nossa missão na Terra. Algumas vezes, quando
nossos cooperadores visíveis nos desertam, aqueles invisíveis os substituem.
Repentinamente, percebemos que a ausência dos cooperadores terrenos de algum
modo nos auxilia a progredir. Essa é a razão pela qual devemos frequentemente
expressa nossa gratidão pela ajuda que nos vem inesperadamente dos

Reinos Superiores.
Todo líder passa por certas crises, quando sente que sua carga é pesada demais para
carregá-la mais adiante e, então, pensa em abandonar e demitir-se do campo de
batalha. Mas ele recebe inspiração dos cooperadores invisíveis que o encorajam a ser
paciente e não abandonar o campo de seu trabalho.
O maior fracasso de um líder ocorre em tais momentos de crise, se ele se rende às
vezes ao desânimo. E, por isso, uma das leis da liderança é assim formulada: “Nunca
abandonar o campo de batalha, mesmo que isso custe a sua vida”.
Na medida em que os cooperadores crescem em número, cream um campo elétrico de
transformação. As pessoas que têm motivos errôneos e vários vícios, frequentemente
sentem uma mudança em seus corações e percebem sinais de transformação dentro
de si, quando entram em contato com esses campos.
Quando o campo se torna mais poderosos, ele atrai maiores serpentes que se
levantam contra a transformação e começam levar a cabo o seu trabalho destrutivo.
Líderes inteligentes reconhecem tais pessoas e frequentemente aguardam um tempo
para ajudá-las, esperando que possam transformá-las. Algumas vezes, obtêm êxito;
outras vezes fracassam com consequências drásticas. Grandes líderes algumas vezes
dão a impressão de não reunir cooperadores, mas, mais precisamente, o trabalho é
transformar serpentes em seres humanos. Naturalmente, algumas vezes isso lhe custa
suas vidas, mas eles acreditam que uma alma salva das mãos do mal vale um grande
sacrifício.
Há uma bela história na literatura budista acerca do Senhor Buda e seus inimigos.
Quando Senhor Buda esta pronto para entrar no Nirvana, ele disse: “Agora eu estou
entrando no Nirvana. A única pessoa que está me causando preocupação é o rei
Ajatashatru”. Bodhisattva Kashyapa perguntou: “Senhor, sua compaixão é para com
toda a humanidade. Por que está preocupado unicamente com o rei Ajatashatru?”
Senhor Buda respondeu: “Suponha que você tenha sete crianças e uma delas esteja
doente. Embora você tenha seis outras crianças saudáveis, você se preocupa com
aquela que está doente”.
Outra história é sobre o rei Bimbisara, um grande defensor do Senhor Buda, que foi o
regente do reinado de Magatha. Seu filho, príncipe Ajatashatru, o matou aconselhado
por um agente do mal, Devadata, e fez de Devadata seu primeiro ministro. Devadata
era um primo do Senhor Buda, mas seu inimigo mortal.
Ajatashatru, agora um rei, logo reuniu as forças inimigas para difamar o budismo,
atormentar Senhor Buda e assassinar muitos dos seus discípulos. Ele causou grande
mal ao país. Violentas brigas alastraram-se meses após meses; fome e epidemia
estenderam-se anos após anos, matando a maioria das pessoas, e seu reinado esteve
sob o ataque de forças vizinhas. Também seu próp0rio corpo ficou coberto de feridas.
Então, seu reinado esteve na iminência de um desastre total, quando repentinamente
ele teve um sonho em que iria morrer. Aconselhado por seu medico e ministro Jivata,
e ouvindo sua própria consciência, Ajatashatru deixou Devadata e foi ao Senhor Buda
para se arrepender de suas ações. Senhor Buda o curou. Milagrosamente, cessou a
invasão inimiga, a paz voltou ao país e ele viveu mais quarenta anos, a despeito da
profecia que havia prenunciado sua morte iminente. Em gratidão, ele reuniu mil Arhats
para registrar todo o ensinamento do Senhor Buda, especialmente aqueles conhecidos
como o Sutra Lótus.
Os verdadeiros líderes sabem que, quando eles se encontram numa situação de
perigo, as forças da Natureza farão emergir o diamante que está latente dentro deles.
Essa razão do por que os sábios líderes não se queixam nas situações adversas, quando
“serpentes” os rodeiam e tentam minar seus trabalhos, dispensando seus
cooperadores. Eles sabem que tais situações são necessárias para despertar os
potenciais, que de outra maneira permaneceriam adormecidos.
Tal líder deve ser grato quando as pessoas mais detestáveis estão à sua volta. Essas
pessoas são às vezes intuitivamente atraídas, sabendo que necessitam de cura e do
apoio do líder que nãoas rejeitará. Naturalmente, num trabalho de cooperação, devese discriminar entre aqueles que são doentes e aqueles que são agentes devotados do
mal. Nossos maiores amigos são aqueles que vêm até nós com uma intenção de
destruir o nosso trabalho, mas transformam-se quando tocamos suas almas.
Os líderes também têm grandes amigos que se dirigem a eles disfarçados de inimigos.
Esses são os que atacam o líder e o mantém alerta exatamente antes de um momento
crítico. Os líderes frequentemente os odeiam, mas, mais tarde, percebem o grande
serviço que eles prestaram.
Cristo aconselhou seus discípulos dizendo: “Sejam tão inocentes quanto as pombas e
tão sábios quanto as serpentes”. Existem momentos no trabalho cooperativo em que a
pessoa necessita estar extremamente alerta, “tão Sab ia quanto a serpente”, para
observar os modos das pessoas venenosas. Qualquer atraso em controlar a situação
pode resultar em grande quantidade de dor e sofrimento.
Naturalmente, as serpentes sabem como se esconder atrás de formas e
relacionamentos multicoloridos. Certa vez, meu professor disse que um líder avançado
pode até usar serpentes venenosas para afugentar os inimigos do seu trabalho. Esse é
um jogo perigoso e não é todo líder que está capacitado a jogá-lo. Os líderes devem
aprender a cooperar até com aqueles que ainda não estão prontos para cooperar nos
níveis mais elevados.
Um líder inteligente pode cooperar com um lado específico e uma pessoa enquanto
deixa os outros lados intocados. Ou pode reunir umas poucas pessoas para realizar um
trabalho, de tal modo que elas aniquilem os lados indesejáveis de cada uma e
evoquem fatores benéficos a todas. Na ciência da cooperação, quase todas as coisas
podem ser utilizadas para o bem comum, se um líder conhece a ciência.
Os líderes que organizam trabalhos de cooperação terão inimigos notáveis em torno
de si. Uma pessoa pode, em primeiro lugar, aparecer como um devoto e, em seguida,
tornar-se um traidor. Como é que o amor e devoção se transformam em ódio, ambição
e traição?
O amor e a devoção que são dirigidos à personalidade do líder por interesse próprio,
permanecem enquanto o líder alimenta esse autointeresse. Mas se o líder para de
alimentar o autointeresse da pessoa, ela se volta contra ele, porque o estava
essencialmente cultuando por interesse próprio. Desde que seu autointeresse não está
mais sendo alimentado, nada permanece para amar ou venerar. Então, ódio, inveja e
traição começam a se espalhar contra o líder, porque a pessoa que estava acostumada
a amá-lo e reverenciá-lo, agora pensa que ele é o responsável pelo autointeresse
perdido.
Os líderes devem ser extremamente cuidadosos para que seus cooperadores ou
seguidores não desenvolvam amor ou devoção em torno de suas personalidades com
o propósito de assegurar seus próprios interesses. Em vez disso, um líder deve dirigir o
amor e a devoção de seus cooperadores, em direção à visão pela qual ele trabalha.
Nenhum líder pode satisfazer continuamente a demanda crescente daqueles que
estão trabalhando por interesse próprio. Antes que tais pessoas criem uma
dependência à sua pessoa, o líder deve agir para direcionar suas atenções para a visão,
para o trabalho, ou ainda fazê-los operar à distância.
A traição começa a brotar, quando certos seguidores percebem que eles não podem
mais manipular o líder para assegurar seus autointeresses. Um líder deve ficar alerta
para os sinais de traição antes que seja tarde demais. Alguns entre outros sinais sutis
são:
. Queixas;

. Críticas;
. Presentes para obter favores;
. Raiva;
. Irritação;
. Descontentamento.
Um líder sábio deve tentar iluminar as pessoas mesmo sabendo da possibilidade do
fracasso, ou então isolá-las cuidadosamente, permanecendo alerta ao fato de que não
pode transformá-las da noite para o dia. O autointeresse tem raízes profundas.
Todas as realizações humanas são o resultado da cooperação em todos os campos do
esforço humano:
. Política;
. Educação;
. Comunicação;
. Artes;
. Ciências;
. Religião;
. Finanças.
Quanto maior a nossa cooperação, maior será o nosso sucesso. Quanto menor a nossa
cooperação, maior será a nossa tensão, dor, sofrimento e fracasso. Por isso é
importante estudar essa lei e aplicá-la em nossa vida.

Capitulo V
Cooperadores e Princípios de Cooperação

Falando a respeito de cooperadores, um grande mestre disse : “os cooperadores que
caminham na abnegação, serão vitoriosos”.
Cooperadores não são todos iguais. Existem aqueles que se juntam para combater, ou
para proteger uns aos outros. Existem também aqueles que cooperam pelo seu
interesse individual ou grupal. Existem ainda aqueles que cooperam para oprimir
outros ou explorá-los. E, então, um quarto grupo de colaboradores que cooperam na
renúncia e serviço. Essa última é a forma mais elevada de cooperadores. Isso não
significa que eles cooperam por que têm interesses individuais no trabalho que está
sendo feito. Pelo contrário, eles trabalham e cooperam para aumentar o bem, a
alegria, a liberdade, o amor e a luz no mundo. Tais cooperadores eventualmente
tornam-se os “vitoriosos”.
Permanecendo em sintonia com o Imã Cósmico, você afirma vitórias. Sim. Sim. Sim !
A real vitória é a habilidade de permanecer em harmonia com o Imã Cósmico.
Dispensar e conquistar todas aquelas correntes que impedem você de permanecer em
harmonia com o Imã Cósmico, para efetivar sua divindade, não é fácil. Cooperadores
são aqueles que tentam ajudar as pessoas a colaborar através da abnegação. Somente
pela abnegação, se estará apto a dispensar todas aquelas forças que o impedem de
cooperar.
Algumas pessoas pensam que, para haver cooperação, é absolutamente necessário
que haja um grupo de pessoas. Não são as pessoas que cream cooperação, mas a visão
que elas têm. Se muitas pessoas estão trabalhando para efetivar uma visão em vários
lugares na Terra, mesmo sem se conhecerem, elas são cooperadores. Na medida em
que vários grupos de pessoas estão se esforçando para alcançar o ápice da beleza,
bondade, retidão, alegria e liberdade, elas são cooperadoras reais.
Há cooperadores conscientes uns dos outros e do trabalho de cada um. Existem
cooperadores conscientes de outros nos Mundos Superiores, onde seus espíritos se
elevam na luz, mas que não se conhecem no plano físico. Eles trabalham em campos
diferentes com ferramentas diferentes, mas todos constroem o invisível “Templo do
Senhor”.
A vitória é alcançada através da cooperação com as correntes do Imã Cósmico. Existe
cooperação mesmo nos esforços daquelas forças que se empenham em direções
opostas. Por exemplo: O Fogo Espacial tenta penetrar a esfera humana, e o espírito
humano se esforça em direção às esferas mais elevadas. Ambas as correntes, em
cooperação, cream uma ponte entre dois mundos através da qual a comunicação
consciente torna-se possível.
Podemos ver outras formas de cooperação em que alguns cooperadores podem
destruir uma construção, enquanto outros constroem uma nova no mesmo terreno.
É preciso olhar para o motivo da cooperação a partir de um nível de consciência
elevada. Frequentemente impedimos um grupo de colaboradores de fazer seu
trabalho. Pensando que eles são antagônicos a outro grupo de cooperadores,
tentamos auxiliar um grupo, mas efetivamente impedimos o trabalho da mútua
cooperação.
A vitória não pode ser alcançada sem ver as coisas como elas são do ponto de vista das
correntes Cósmicas. O Imã Cósmico crea continuamente e seus agentes têm muitos
nomes. Necessita-se ter sabedoria para podermos ver como os agentes cooperam uns
com os outros.
Na outra ponta do espectro, alguns veem cooperação entre duas forças quando na
realidade elas estão lutando entre si, e se destruindo através do espelhismo, sugestões
pós-hipnóticas e o desejo de explorar uns aos outros e crear confusão e caos.
Cooperadores são sensíveis ao Plano dos Grandes Seres, e se engajam em várias partes
do trabalho para efetivar o Plano. Toda cooperação verdadeira é inspirada pela
Hierarquia.
Cada grupo de cooperadores deve tentar ver o propósito de outros grupos de cooperadores.
Quando o propósito geral é visto e reconhecido, muita energia e tempo serão poupados por
grupos de cooperadores aparentemente antagônicos.
A melhor maneira para harmonizar o trabalho de diferentes grupos é capacitá-los para ver o
propósito geral em direção do qual eles estão avançando em seus trabalhos.
O Ensinamento eventualmente possibilitará, a cada um conhecer o propósito em torno do qual
está movendo o espírito de toda a humanidade. Uma vez que o propósito é conhecido, a
confusão difundida em todos os níveis cessará e resultará na harmonia.

A grande vitória humana é adquirida através da cooperação .
Eis então os onze princípios que constituem a base da cooperação :
1. Quando nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações se complementam se
fortalecem, ou se alimentam para alcançar um objetivo comum, dizemos que existe
cooperação em nossa natureza.

Uma cooperação grupal real se inicia quando os pensamentos, sentimentos,
palavras e ações dos membros estão em harmonia com a visão em direção da
qual eles estão se esforçando. Não existe cooperação real entre pessoas cujas
ações estão em harmonia, mas cujos pensamentos, palavras e sentimentos de
umas para com as outras não são de cooperação. Tal estado de cooperação
terá vida curta.
Verdadeiros líderes devem educar pessoas a cooperar nos quatro níveis:
. Pensamentos;
. Sentimentos;
. Palavras;
. Ações.
Cooperação não implica em imposição de uniformidade de pensamentos,
sentimentos, palavras ou ações; ao contrário, cooperação encoraja a
diversidade que está em harmonia com a visão, ou a complementa.
Na cooperação grupal, necessita-se de disciplina e educação para ser capaz de
prever a fricção numa ação cooperativa.
2. Cooperação é um esforço de um grupo de pessoas para realizar uma visão
dada pelas Fontes Superiores.
Cooperação não é possível sem uma grande visão que polarize, harmonize e
orquestre todos os pensamentos, sentimentos, experiências e ações dos
indivíduos, para a realização daquela visão.
3. A menos que haja um mesmo objetivo ou uma mesma visão, não é possível a
cooperação.
O objetivo comum de um grupo ou nação pode ser, por exemplo, a
sobrevivência, a manifestação da beleza ou o serviço à humanidade. Tais
objetivos evocam profundos sentimentos de cooperação. As pessoas devem
cooperar para produzir cultura e beleza, para sobreviver como uma raça
humana.
Quando esses objetivos são compreendidos como prioritários para a
humanidade, o próximo passo será educar e ensinar os passos que levam à
cooperação. Esses passos envolvem:
Um propósito comum;
Um plano global;
Objetivos em direção ao plano;
Habilidade para atualizar os objetivos;
Trabalho para trazer o propósito à manifestação.
Um líder inspira pessoas e as educa nos cinco passos necessários para a cooperação:
. Propósito;
. Plano;
. Objetivos;
. Habilidade;
. Trabalho.
Um líder nunca usa de pressão negativa ou força, mas, mais que isso, inspira pessoas
para as grandes aquisições porque ele sabe que o uso da força faz com que as pessoas
trabalhem em direção aos seus interesses separatistas.
4. Grandes líderes dão uma visão e mobilizam todos os nossos pensamentos,
emoções e ações em direção daquela visão, através da nossa cooperação com
aqueles que têm interesses similares.
Cada indivíduo, em qualquer grupo cooperativo, deve compreender claramente
que os membros do grupo se desenvolvem e progridem melhor se eles
trabalham juntos para realizar suas visões. Quando isso é compreendido, todos
farão o esforço correto e darão os passos certos para fazer sua própria parte e
ajudar a visão se realizar.
Cada membro do grupo deve tentar encontrar o que pode fazer de melhor para
promover a cooperação grupal. Dessa maneira, com esforço, ajuda pessoas a
trazerem à tona muitas possibilidades latentes dentro delas e dois outros.
Individualmente, os membros do grupo devem conhecer os limites de suas
responsabilidades e deveres. Então, se eles encontram quaisquer dificuldades,
eles devem procurar o conselho do líder para esclarecimento não para ordens.
Aqueles que dependem de ordem para encontrar suas responsabilidades e
deveres, não podem crescer e aprender a ciência da cooperação.
Essa é a razão de o líder, evocar, encorajar e esclarecer os membros do grupo e
depois deixá-los livres, a fim de demonstrarem suas habilidades, devoções e
creatividade para a realização da visão.
5. Quando uma pessoa coopera com outras para efetivar uma visão, ela começa
a refinar e controlar suas ações, suas emoções e seus pensamentos,
eliminando todos aqueles fatores que não se ajustam com a visão. Então, a
maestria sobre nossos veículos é conquistada e o verdadeiro Self começa a se
revelar.
No processo da Cooperação, deve-se continuamente tentar manter a maestria
sobre sua personalidade e aprender como controlar seus pensamentos,
palavras e ações, tentando eliminar todas aquelas causas que fazem sua
personalidade funcionar mecanicamente.
Todo membro de um grupo tem uma responsabilidade básica para encontrar, o
que pode ser resumido como a responsabilidade para procurar cooperar com a
visão do grupo, trazendo seus pensamentos, palavras e ações em harmonia
com a visão. Por exemplo: os membros de um grupo que estão engajados em
promover p Bem Comum, não devem estimular fofoca, difamação, maldade,
traição, inveja ou ódio contra seus companheiros. Caso eles o façam,
automaticamente se eliminam do grupo. Mesmo que continuem se afirmando
membros permanentes, a Alma Grupal os descarta.
Num grupo, alguns membros podem odiar uns aos outros; outros podem
alimentar inveja em seus corações; alguns podem até ter sentimento de
vingança contra os outros. Tais sintomas não promovem uma cooperação real,
mas transforma-a em sementes de desintegração grupal.
Ser membro de um grupo que promove o Bem Comum, significa estar pronto
para se submeter a uma disciplina que dará a cada um a capacidade para
controlar e dirigir os elementos em sua personalidade, que são contra a visão
do grupo.
Antes que uma pessoa aceite uma responsabilidade maior que o previsto, deve
se submeter a sérias disciplinas as quais lhe fortalecerão para que possa
encontrar os requisitos de sua nova responsabilidade, de outro modo, não
somente fracassará, mas também prejudicará a integridade do grupo e causará
a sua desintegração.
Aqueles que, por egoísmo ou interesses separatistas, cream problemas nos
grupos, privam-se da oportunidade da automaestria e de continuar no caminho
da sua transformação. Às vezes, creadores de problemas são tidos como sendo
espertos, mas alguém deve ser quase insano para colocar seu próprio interesse
mais alto do que o do grupo, da nação ou da humanidade. Uma vez eu disse a
um membro de um grupo creativo: “Certamente você compareceu aos
encontros; veio exatamente para crear uma fricção pessoal com cada um. Você
tem conhecimento do que está fazendo? Está negando a você mesmo a
oportunidade de cooperar. Está agindo sempre contra o seu próprio interesse
pessoal”.
Algumas vezes, as pessoas pensam que certos grupos estabelecidos ou
comunidades são exemplos de cooperação. Num exame minucioso, pode-se
ver uma grande quantidade de fofoca, ódio, inveja, inimizade, egoísmo, e assim
por diante. Uma comunidade verdadeira não é um fenômeno externo de
relacionamentos próximos, mas é caracterizada por um estado de amor que
conduz todos os membros a viver em harmonia uns com os outros, com o
objetivo de atualizar suas visões comuns. Essa é a razão do porque toda
comunidade deve exercer refinamento, crear harmonia e respeito e promover
um trabalho construtivo em todos os níveis de sua existência. Aqueles
membros dos grupos que são iluminados pela visão comum e demonstra
entusiasmo, equilíbrio, elevação, inteligência e trabalho abnegado através do
exemplo de suas vidas, ensinam as mais altas lições aos seus companheiros.
A técnica da imposição deve mudar para inspiração. As pessoas inspiram umas
às outras pelas virtudes que manifestam em seus relacionamentos diários.
“Inspirar” significa conversar com as almas das pessoas, no lugar de pressionar
suas personalidades.
Os líderes devem aprender a arte de apresentar as necessidades de um grupo
ou de uma nação para as pessoas, e devem inspirá-las a ir ao encontro dessas
necessidades. Os líderes devem também usar a devoção de seus cooperadores
para realizar grandes trabalhos ao grupo.
Meu mestre, certa vez, indagou-me: “O que pensaria se eu lhe pedisse fosse a
cavalo, por três dias, e levasse este remédio para nosso grande mestre?
Naturalmente você deve saber que as estradas são muito perigosas e os
bandidos são como lobos famintos nesta época”, e então ele saiu. Após um
momento de reflexão, eu o segui e disse: “Mestre, para mim seria melhor
morrer do que não respeitar os seus desejos.” Lágrimas fluíram aos seus olhos
e ele disse: “Aqui está o remédio; prepare o seu cavalo e parta ao amanhecer”.
Uma vez, um grupo estava construindo um templo para meditação. A
companhia elétrica pediu ao grupo para cavar uma vala de sessenta
centímetros de profundidade e quatro metros e meio de comprimento para
colocar os condutores. O líder do grupo pediu aos membros voluntários para
ajudar a cavar, mas todos estavam muito ocupados. Por três dias, o líder
trabalhou arduamente do amanhecer ao entardecer, preparando a vala.
No dia em que a companhia elétrica chegou para fazer a ligação, os membros
do conselho apareceram. Um trabalhador da companhia elétrica, conversando
com os membros do conselho, disse; ”Aquele pobre companheiro trabalhou
arduamente durante três dias e sozinho terminou esta vala. Por que ninguém o
auxiliou? Eu estive aqui todos os dias e o vi trabalhando arduamente. Ele deve
estar realmente necessitado de dinheiro.” Um dos membros do conselho
replicou: “Ele não estava fazendo isso por dinheiro; ele é o nosso presidente,
nosso líder.” Com olhar distante e uma voz amorosa, o eletricista disse: “Então,
que vergonha para vocês”.
Um líder deve servir de exemplo pelo seu trabalho. Há uma história de um rei
que surpreendeu alguns soldados discutindo entre si sobre quem iria carregar
um vagão com lenha. Após ter ouvido suas imprecações e ter observado suas
iras, o rei disse: “Eu posso ter a honra de trabalhar para vocês
voluntariamente?”, e começou a encher o vagão. Imediatamente após ter
concluído o serviço, ele se retirou, mas um dos soldados o reconheceu e disse:
“Você sabe quem era ele?” “Quem?” “O rei!” Os homens se apressaram em se
desculpar pelas suas condutas e o rei disse: “Bem, meu dever é servi-los” A
história conta que, após o episódio, esses soldados trabalharam tão
arduamente a fim de promoverem a si mesmos que, finalmente, se tornaram
os mais fiéis generais do rei.
Liderança existe para proporcionar exemplos de cooperação e oferecer
inspiração para lutar pelo futuro.
6. Cooperar com a visão nos aproxima do nosso Anjo Solar, da Hierarquia, do
Plano Hierárquico e do nosso Âmago.
Se ao menos uma vez as pessoas pudessem compreender que o propósito de
formar grupo s é pôr os membros em contato com seus Self Superiores e com o
Self Superior do grupo, grandes mudanças poderiam ocorrer em suas
consciências. Todo grupo avançado é lentamente atraído pela Hierarquia como
veículo de expressão do Plano Hierárquico para a humanidade. Membros
grupais avançam mais rapidamente nos grupos do que se são deixados
sozinhos.
7. Toda informação e aprendizado a respeito de cooperação nos são dados a fim
de nos preparar para cooperar com o Plano da Hierarquia e com a Própria
Hierarquia.
Todo membro de um grupo deve aspirar tal contato com a Hierarquia. Mas
surge aqui uma pergunta: O que acontece se é um grupo de pesquisa cientifica
ou um grupo financeiro, cujos membros não têm a menor ideia a respeito da
Hierarquia e do Plano?
A resposta é que o Plano contém o projeto de realização de cada grupo.
Qualquer grupo que está avançando se aproxima daquele projeto. Uma
constante melhora em qualquer linha do esforço humano conduz ao Plano. O
projeto do Plano inspira os membros individualmente e penetra em suas
consciências. Assim como um negativo fotográfico revela lentamente a foto á
medida que o processo de revelação se desenvolve, um grupo avançado num
caminho similar manifesta lentamente o projeto elaborado na consciência de
seus membros.
Aspiração, cooperação e esforço se iniciam no momento em que o grupo como
um todo é inspirado pelo Plano. No inicio, não é preciso conhecer tudo a
respeito do Plano. Trabalhar como uma unidade para prestar serviço para o
Bem Comum é o mesmo que estar trabalhando para o Plano.
8. Cooperação, numa espiral mais alta, dissipa ou elimina vaidade, ego, inércia,
depressão e separatividade. Estes são os cinco lobos que nos aguardam no
limiar da Iniciação.
Havia uma senhora de oitenta anos que me chamava frequentemente para se
queixar a respeito de sua vida. Ela era muito rica, mas não sabia como usar o
dinheiro para trazer alegria ao seu coração. Um dia eu a chamei e lhe disse:
“Posso lhe oferecer um emprego em nosso escritório “. “Com todo o meu
dinheiro”, ela disse, “por que eu necessito de emprego”? “Nós não vamos lhe
pagar”, eu repliquei. “Isto é ridículo”, ela respondeu. “Talvez sim”, eu disse.
“Mas você trabalhará para nós de quatro a cinco horas por dia e nos pagará
vinte e cinco dólares pelo trabalho”. “Meu Deus!”, ela respondeu surpresa.
“Não perca essa oportunidade”, eu a aconselhei.
Finalmente, ela veio trabalhar e começou dobrando cartas e fazendo uma leve
datilografia. Quando ela terminou o trabalho, eu a lembrei de pagar a sua
dívida e ela assim o fez. No dia seguinte, ela veio logo pela manhã e contou-me
o quanto ficou feliz e o quanto o seu sono tinha sido tranquilo, e como estava
alegre por ter finalmente, após tantos anos de preguiça e inércia, encontrado
um emprego realmente compensador!
Nossa presunção, vaidade e ego desaparecem com cooperação e trabalho.
Sentimo-nos um com as pessoas e a vida corre rápida e em alegria. Um dia, eu
a designei presidenta de um comitê e lhe dei como auxiliares umas pessoas um
pouco rebeldes. Ela se empenhou muito em mantê-los trabalhando juntos para
executar a tarefa, e ficou muito surpresa com o seu sucesso em fazê-los
cooperar e agir como seres humanos.
Cooperação é um processo de cura, transformação e adaptação grupal. Como é
belo trazer as pessoas unidas para desvelar o tesouro que jaz escondido dentro
delas!
Algumas vezes, o maior obstáculo num trabalho grupal é o sentimento de
autoimportância. No trabalho grupal, essa vaidade se evapora e a pessoa sente
que as outras são importantes, algumas vezes mais importantes que ela
própria. Libertar-se da vaidade, ego, irritação e separatismo significa o término
da mágoa, dor e sofrimento.
9. Cooperação nos guia em direção a unidade e síntese, em direção à revelação
do Propósito.
Quando uma pessoa coopera, ela desenvolve um senso de unidade que a torna
capaz de se relacionar com os outros, de tal maneira que cada pessoa é usada
para o cumprimento da visão. Síntese é a reta relação em nome de um
propósito elevado.
Cooperação nos prepara passo a passo para vermos o propósito pelo qual
estamos trabalhando. Quanto melhor uma pessoa vê o propósito, mais
cooperativa se torna, porque percebe que a atualização do propósito é um
cumprimento de sua própria aspiração mais elevada.
Uma das tarefas de um líder é tomar cuidado para não estimular inveja nos
outros em relação a si. Isso é possível se o líder não demonstra ou não tem
vaidade, ego ou espelhismo de ser extremamente importante. O ciúme é
gerado quando um líder tem os defeitos acima. Se ele é humilde e reconhece a
beleza nos outros e não se vangloria como se nada pudesse ser feito sem a sua
atuação, ele não crea inveja nos outros. Alguns líderes vestem e vivem em
luxúria e se vangloriam continuamente. Tal vida crea inveja. Onde a inveja crea
raízes, finda a cooperação.
Um dos meus mestres, sempre que elogiado, honrava outros como sendo fonte
do seu sucesso. Uma vez ele disse, “que tipo de homem se sentiria orgulhoso
do que faz? Tudo lhe é dado pelo Senhor; sem o Senhor, ele não poderia fazer
o que faz”.
Outro mestre trabalhou com operários, pintores e jardineiros, como se fosse
um deles. Uma vez, depois de um dia inteiro de trabalho no jardim, junto aos
jardineiros, disse: “Agora é hora de vocês relaxarem e descansarem, mas meu
trabalho continua enquanto vocês descansam talvez até meia-noite”. Ele quis
lhes mostrar que liderança não é um estado de repouso, mas de contínuo
trabalho. Um dos jardineiros observou: “Eu não gostaria de ter a sua posição”.
Devemos também saber que existem aqueles que são contaminados até os
ossos com a doença do ciúme. É difícil e custoso tentar curar tais pessoas.
Um verdadeiro líder não tenta fazer das pessoas suas marionetes; ao invés
disso, tenta despertar nelas suas próprias originalidades e ativar algum talento
especial que elas possuam para que, assim, possam crear um trabalho sinfônico
e não monótono. Quando um líder tenta fazer dos outros uma cópia exata de si
mesmo, impede o desenvolvimento e progresso individual das pessoas e as
priva particularmente de suas contribuições originais e de seus talentos.
Líderes devem inspirar os indivíduos a desabrochar em suas próprias flores,
com sua própria beleza e, então, contribuir para o trabalho do grupo todo.
Todas as vezes que um líder tem seguidores, (ovelhas) termina por odiá-los
porque eles não têm uma contribuição verdadeira ou não têm nada valioso
para o seu trabalho.
Um verdadeiro líder não somente encoraja outros a desenvolverem seus
talentos individuais, com o também os auxilia a superá-lo. Todo líder deve
tentar preparar umas poucas pessoas para substituí-lo e se empenhar em
maior responsabilidade e trabalhos difíceis. Quando um líder pode ser
substituído, fica livre para realizar um serviço mais ousado para a humanidade.
10. Cooperação desenvolve conhecimento, sabedoria, telepatia, intuição e força
de vontade; ela proporciona experiências.
Cooperação faz crescer nosso conhecimento. Aprendemos uns com os outros,
aprendemos com a creatividade de cada um. Eventualmente um grande
reservatório de conhecimento pode ser creado, provendo qualquer um que
entre em contato com aqueles que estão cooperando.
Cooperação expande nosso campo de consciência; um campo de consciência
expandido supre novo e maiores caminhos creativos no que se refere às
pessoas. O encontro com pessoas que têm atitudes e opiniões diferentes da
nossa, enriquece a nossa consciência e nos dá a oportunidade de olhar as
coisas com diferentes pontos de vista. Isso também promove cooperação e
fusão.
Não tenha receio de conversar com pessoas que não aceitem suas opiniões ou
ideias. Tente encontrar o porquê de elas diferirem. Algumas vezes, os seus
antagonismos são a fonte das mais valiosas ideias. Elas afinam seu poder de
observação e mostram caminhos nos quais você pode ser mais bem aceito.
Algumas pessoas sentem-se salvas e seguras ao se esconderem atrás de suas
ignorâncias. Elas têm medo de se exporem e verem o que os outros estão
pensando a respeito delas e de suas ideias. Tal atitude não promove
cooperação, mas nos favorece para que tenhamos nossa ignorância e estupidez
expostas.
A cooperação destrói nossos espelhismos e ilusões devido à crescente luz do
grupo. Num grupo, por exemplo, um membro desejou ser o dirigente. Ele foi
eventualmente colocado nessa posição para descobrir seus motivos
verdadeiros. Após três meses de humilhações, ele se demitiu. Quando
indagado sobre o porquê, ele respondeu: “Eu não sabia o quanto era estúpido
e despreparado para o cargo”. Nas comissões e nos grupos, nossa verdadeira
cor vem à tona e, então, podemos ter chance de melhorar a nós mesmos.
Cooperação aumenta a soma de nossas experiências e o poder do nosso
raciocínio. Nos grupos, temos sempre uma oportunidade de ter novas
experiências. Por causa da atmosfera tensa e de vários níveis de inteligência no
grupo, uma pessoa é desafiada a melhorar o seu raciocínio e lógica no sentido
de contribuir para o esforço comum ao progresso.
Nos grupos, uma pessoa aprende como se prevenir de cair na tentação de
manipular pessoas. Uma vez que essa tentação é vencida, a pessoa tenta ser de
utilidade para o grupo. No processo de cooperação, ela aprende como usar seu
poder mental construtiva e creativamente para o Bem Comum.
É também possível, numa situação grupal, que ações violentas sejam tomadas
contra as ideias e visões de uma pessoa. Esse é um sinal de derrota e de ruína
completa do intelecto daqueles que promovem tais ações. A Lei da Cooperação
nos desafia a penetrar profundamente nas ideias dos outros para compreender
suas essências ou provar logicamente as suas inadequações.
Na cooperação, desenvolvemos a telepatia. Aqueles que cooperam, tornam-se
gradualmente mais sensíveis entre si e começam a registrar os sentimentos,
pensamentos e motivos de cada um. A cooperação com outros cultiva o poder
de telepatia nos membros do grupo. Eventualmente a fusão grupal se torna um
fato, e o grupo atua como uma entidade.
As pessoas portadoras de separatividade, ódio e maldade não podem
desenvolver telepatia, ainda que elas possam registrar sentimentos através de
seus plexos solares. Esse tipo de registro, mais tarde, torna-se a origem de
todos os seus problemas físicos e psicológicos.
Cooperação desenvolve intuição e força de vontade. A força de vontade é
desenvolvida quando alguém supera obstáculos físicos, emocionais e mentais
durante a cooperação. Ela se desenvolve através da luta para encontrar
melhores caminhos que contribuam para o Bem Comum.
Assim como os nossos corpos são construídos através do processo de
cooperação entre células, órgãos e assim por diante. Nossos poderes e virtudes
superiores são similarmente desenvolvidos através do processo de cooperação
entre os elementos, que são atraídos uns para os outros na esfera da nossa
alma com o objetivo de formar um vínculo de expressão para a luz da alma.
Nenhuma virtude ou força psíquica podem ser desenvolvidas por nós sem nos
utilizarmos da Lei da Cooperação. Devemos nos lembrar de que os parceiros
que nos auxiliam são quase sempre invisíveis. Eles podem ser entidades, forças,
energias, raios, ideias, impressões e formas-pensamento invisíveis. O princípio
básico é que, sem a cooperação, nada pode ser creado ou realizado.
Um grupo é a representação simbólica de todos aqueles elementos visíveis e
invisíveis com os quais tentamos cooperar.
11. Cooperação conduz você para a suprema Lei do Sacrifício através da qual você
deixa para trás seu self separatista e se torna um com o Self Uno.
Quando se desenvolve a cooperação vertical e horizontal, percebe-se
finalmente que, quanto maior o sacrifício, maior é a realização. Aqueles que
persistem em cooperar, lentamente contatam os Self Superiores dos seus
colaboradores e eventualmente percebem que existe somente o Self Uno,
procurando manifestação através de todos os colaboradores. Esse Self Uno
pode ser o Self Grupal ou o Self Cósmico, dependendo do grau ou nível de
cooperação do grupo.

Capítulo VI
Discriminação

Discriminação é uma habilidade para encontrar meios, pessoas e objetos com
os quais uma pessoa pode crear maior cooperação. Discriminação é um poder
mental ou intuitivo para escolher a melhor “ferramenta” para o trabalho
correto. A palavra “discriminação” é comumente usada com um significado
diferente. Ela significa que, se você odeia, está discriminando; se sua escolha
está baseada no seu interesse próprio, você está discriminando.
Mas o significado real de discriminação é fazer a escolha correta.
Se uma pessoa discrimina corretamente seus valores, objeto, caminhos e meio,
ela é perspicaz, intuitiva, verdadeiramente científica e eficiente. A cada minuto
e a cada movimento, uma pessoa pode usar seu senso de discriminação.
As pessoas questionam se deve cooperar com líderes que são contra o Bem
Comum, ou com leis que são impingidas ao público para assegurar o poder para
os interesses de certas partes.
Antes de tudo, se os dirigentes são egoístas e as leis os protegem ou
promovem, eles terão poder suficiente para aniquilar qualquer resistência.
Desobediência os forçará a tomar as mais severas medidas. O melhor caminho
para se defrontar com tais situações é crear uma opinião pública esclarecida,
apresentando alternativas práticas aos dirigentes e creando leis que
trabalharão para o beneficio de todos. Deve-se continuar a obedecer aos
dirigentes, pagar suas taxas e seguir as leis, mas, ao mesmo tempo, trabalhar
muito para trazer a iluminação. Devemos educar as pessoas, mostrar-lhes o
perigo de tais regras e leis, e estabelecer gradualmente o senso da retidão.
Revolução e desobediência civil podem destruir os dirigentes existentes, mas
elas também acabarão creando leis para o interesse próprio dos novos
dirigentes que, gradualmente, usarão o mesmo método de opressão
empregado pelos anteriores. A evolução da humanidade não provém da
violência, revolução ou guerra. Leia a respeito dos abusos aos direitos
humanos, e dirija uma pesquisa para determinar em que extensão esses
direitos têm sido violados, desde o início de qualquer mudança política
violenta. Revolução, violência e guerra são dramas nos quais os membros
dominantes são mudados, mas o resultado final permanece sempre o mesmo.
A humanidade não teria líderes despóticos e injustos se desde a infância as
pessoas fossem educadas para cooperarem com a ideia do Bem Comum. Uma
vez, um médico trabalhou muito para crear uma doença. Quando indagado
sobre o porquê sentia prazer nesse esforço, ele respondeu: “Porque eu quero
encontrar a cura.” As pessoas, nesta presente civilização, são engajadas em
tais projetos. Mesmo que elas encontrem a cura, não serão capazes de parar o
efeito paralelo de suas doenças creadas artificialmente.
O treinamento para viver pelo Bem Comum deve começar na infância. A
ninguém deve ser permitido alcançar uma posição de dirigente antes que tenha
provado sua total integridade. No futuro, as pessoas de posições elevadas
serão sujeitas a um teste periódico de clareza mental, saúde física e equilíbrio
emocional. Elas serão também testadas em relação a seus motivos e
sinceridade, a fim de descobrir falhas de caráter.
Obter uma posição em departamento público não será fácil e, a menos que
uma pessoa forneça provas de verdadeira sanidade, integridade moral,
percepção, discernimento, visão e uma firme devoção ao Bem Comum, ela não
será promovida para as mais altas responsabilidades. O poder será dado em
proporção à integridade espiritual da pessoa.
A humanidade deve evoluir através da educação e iluminação, do cultivo de um
senso de responsabilidade e profunda compreensão das ideias do Bem Comum.
Através da creação de leis e regras com as quais se selecionam condutas em
direção à liderança, enquanto é eliminado aquele indigno que deseja somente
obter poder sobre outros.
Uma democracia verdadeira não é o ditatorialismo de uma parte nem o das
massas, mas sim o do Bem Comum. Os líderes e os legisladores devem se
conscientizar antes que alcancem suas posições de que eles são responsáveis
pelo Bem Comum. A maior marca espiritual de uma pessoa é cooperar com e
para o Bem Comum. Baseado nessa premissa, no mínimo nosso sistema judicial
mudará, e nossas prisões tornar-se-ão escolas e centro para as artes creativas.
Cooperação deve começar no ponto mais alto de uma visão e eventualmente
manifestar-se num trabalho prático. Consequentemente, os líderes espirituais
deverão apresentar a visão e encorajar as pessoas a absorvê-la e trabalhá-la em
suas vidas diárias e em seus relacionamentos.
Existem ainda os indivíduos que acreditam na teoria “querer é poder”. Mas
está se aproximando rápido o dia em que ambos, “poder” e “querer”, serão
considerados somente à luz do Bem Comum. Todo um sistema filosófico irá se
desenvolver em torno desse conceito dentro da mais alta distinção dos líderes
políticos.
O homem é o símbolo da Lei da Cooperação. O homem é o fruto da
culminância dessa lei. A existência do homem neste mundo explica o mistério e
a majestade dessa lei.
Imagine o quanto de cooperação se necessitou para construir tal obra-prima
como o homem; o quanto os construtores e elementais cooperaram uns com
os outros para formar o homem, o quanto de cooperação é necessário entre
todas as partes do homem para estabelecer uma creação feliz, saudável,
próspera, iluminada e vitoriosa.
Uma das tarefas da alma humana é manter a cooperação através do sistema do
homem e relacionar todas as partes com os corpos superiores para uma
cooperação mais avançada. Por exemplo: o corpo físico deve cooperar com os
sentimentos, emoções e pensamentos. Mais tarde, todos esses colaboradores
devem cooperar com os veículos e centros ainda mais elevados. O sucesso
espiritual do ser humano depende da cooperação entre todas as partes desse
mecanismo todo. Em outras palavras, o corpo, alma e espírito devem cooperar
uns com os outros. Mais tarde, a cooperação deve avançar para as Esferas
Superiores.
O homem é o símbolo do Universo. Se um homem compreende o processo da
cooperação acontecendo dentro de seu sistema, ele chegará a compreender a
cooperação que ocorre nos níveis solar, galáctico e cósmico. Um de meus
mestres costumava dizer: A natureza creou você cooperativamente como um
ser humano, mas, se você quer avançar ainda mais e se tornar divino, você
deve conscientemente cooperar com as forças creativas da Natureza. Então,
você compreenderá que a Natureza, como um todo, é uma Entidade viva.

Capítulo VII
Competição e Repressão
A competição é destrutiva. Na Nova Era, usaremos o princípio do compartilhar.
A competição tem nos levado à beira do desastre. Ela é o melhor caminho para
o dispêndio de energia, tempo e matéria. Se compartilharmos todas as nossas
energias em vez de desperdiça-las, não haverá necessidade de competição.
Competição é somente para aqueles que são inertes ou voltados para a
matéria, prova de que nenhum pensamento real penetra nos seus cérebros.
Competição é exploração; participação é doação.
Se olharmos para o significado da competição, vemos que cada um está
fazendo uma espécie diferente de vestimenta, móveis, carros e assim por
diante, a fim de competir. Eu derrubo você e depois você me derruba. Em vez
disso, se unirmos nossas cabeças e crearmos o melhor de cada coisa, não
necessitaremos desperdiçar nossos recursos naturais. Esse não é um
pensamento comunista, e sim um pensamento “comunitário”.
O pensador da Nova Era, compreende e discute essas verdades em artigos,
livros e palestras. Ele expressa e demonstra o quanto a competição não é o
caminho. O caminho é através da participação. Por exemplo: uma nação não
deve dizer: “Temos petróleo, porém não daremos nada a vocês”. A Natureza
compartilha todas as coisas conosco; nada pertence a ninguém e, ao mesmo
tempo, todas as coisas pertencem a todos. Até que aprendamos o principio da
participação, continuaremos a sofrer.
Os recursos naturais não devem ser monopolizados, mas distribuídos àqueles
que deles têm necessidade. A participação desenvolve o senso de retidão, uma
real contribuição e um conhecimento das necessidades. Na competição, uma
pessoa sempre acumula coias, mesmo quando não tem uma necessidade real
delas. A acumulação das pessoas ou nações abre o caminho para exploração,
tensão e eventualmente guerras.
A competição é um esforço para impor a vontade de uns sobre os outros pelo
uso do dinheiro e outros interesses como incentivo. Imposição e com petição
originam-se da mesma raiz. Deve-se parar e dizer: “Ei embora milhões de
pessoas sempre aplaudam a competição, eu sinto que existe alguma coisa
errada com ela”.
Devemos parar e pensar um pouco. Tememos a reflexão porque sentimos que,
quando começamos a refletir independentemente, uma grande maioria de
pessoas estará contra nós, ameaçando a nossa segurança, posição e reputação.
É tão mais fácil dizer: “E daí? Sou impotente para mudar a situação; deixe-me
continuar competindo como antes”. É assim que tendemos a viver nossas vidas.
Se quisermos tornar a nossa nação realmente poderosa, devemos introduzir
em sua consciência aqueles novos princípios e métodos que irão assegurar seu
"A PSICOLOGIA DA COOPERAÇÃO E CONSCIÊNCIA GRUPAL"  de Torkom Saraydarian (1990)
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"A PSICOLOGIA DA COOPERAÇÃO E CONSCIÊNCIA GRUPAL" de Torkom Saraydarian (1990)

  • 1. A Psicologia da Cooperação e Consciência Grupal Torkom Saraydarian – Editora Aquariana – Tradução E. Higa A. Sumário: Introdução... Capítulo I Consciência Grupal... Capítulo II Consciência e Consciência Grupal... Capítulo III O Grupo e o Objetivo Comum... Capítulo IV A Lei da Cooperação... Capítulo V Cooperadores e Princípios de Cooperação... Capítulo VI Discriminação... Capítulo VII Competição e Repressão... Amizade... Capítulo VIII Integridade e Cooperação... Capítulo IX Capítulo X Ponderação... Capítulo XI
  • 2. Conclusão... Glossário... Introdução A maior alegria, saúde, prosperidade e futuro de um Ser Humano estão baseados no trabalho que ele realiza para outras pessoas: curando, iluminando, encorajando e dando oportunidade para crescerem. Pessoas podem ser divididas em muitas categorias, as quais também correspondem aos estágios das suas consciências. Aquelas na primeira categoria vivem para fazer a felicidade delas à custa da felicidade de outros. Aquelas na segunda categoria vivem para fazer seus partidos ou nação felizes à custa de outros. Aquelas na terceira vivem para servir os outros e ajudar a tornar as pessoas saudáveis, felizes, prósperos e creativas. Aquelas do primeiro grupo lentamente terminam suas vidas com infelicidade, aflições e remorsos. O segundo grupo aumenta a dor e o sofrimento da humanidade. O terceiro grupo aprecia a vida e aumenta a saúde, a felicidade, a prosperidade e a luz no mundo. Eles vivem felizes e são capazes de sobreviver e aguentar muitas crises e calamidades na vida. Há ainda outra categoria totalmente diferente das três acima. As pessoas aqui servem às forças do mal que controlam a humanidade através do ódio, medo, raiva, ciúmes, difamação, maldade e separatismo. Não haverá esperança para uma pessoa se ela cair nas mãos de semelhante grupo, porque ele destruirá seu alicerce e a tornará uma pessoa sem alma. È do nosso interesse, capacitar pessoas a distinguir entre os vários agrupamentos e viver uma vida livre, que seja o menos prejudicial possível para si mesma e para os outros. As pessoas devem aprender a não viver pelas suas posses e posições, mas com a finalidade de trazer uma felicidade real para a humanidade. Como um grande Mestre uma vez declarou: “Felicidade repousa em auxiliar a humanidade”. Aprendendo o verdadeiro significado da consciência de grupo, paramos de olhar para nós mesmo como um ser separado de todos ou outros e começamos a ver nosso elo com toda a humanidade, com a Natureza e o Cosmos.
  • 3. Nessa realização, aprendemos a ciência e a arte da cooperação. Pessoas em todos os lugares estão finalmente percebendo que ter cooperação e consciência grupal são as verdadeiras e únicas chaves para sucesso e, finalmente, sobrevivência. Capítulo I Consciência Grupal Um grupo é uma união de pessoas que têm um objetivo comum e que tentam atingir esse objetivo através da cooperação, perseverança e abnegação. A intenção de cada membro é tornar o grupo todo saudável, feliz, próspero, iluminado e seguro. O número de membros em cada grupo pode variar de três a milhões, mas à medida que o número de membros aumenta, maior virtude e eficiência são necessárias para manter o grupo intacto. Uma família pode ser um grupo; uma igreja pode ser um grupo; uma nação pode ser um grupo. Até a humanidade como um todo pode ser um grupo global. Consciência Grupal é a soma total da consciência dos indivíduos que, através de sinceros esforços, têm unido, fundido e harmonizado suas consciências com as de outros. Um grupo não é um verdadeiro grupo a menos que as consciências dos membros daquele grupo estejam fundidas, unidas e harmonizadas umas com as outras. Isso se refere a “ter uma única mente”, ou consciência grupal. A consciência grupal pode ser desenvolvida pela adesão dos seguintes oito princípios: 1. Os membros do grupo devem aprender o valor do respeito e praticá-lo uns com os outros. A menos que a pessoas num grupo respeite cada um, não poderá haver um grupo verdadeiro. O respeito deve estar presente no comportamento, palavras, sentimentos e pensamentos de cada pessoa em relação a outros membros do grupo. Isso é válido também no grupo da família. Se os membros da família não respeitarem uns aos outros, não haverá família. Mas como se respeita outra pessoa? A resposta é: observando um grande valor ou potencial dela e mantendo com ela uma relação especial baseada no reconhecimento daquele grande valor. Se não há respeito entre os membros do grupo, é como se ele tivesse um muro construído sem cimento. Uma família
  • 4. ou um grupo existe e cresce somente quando os membros respeitam uns aos outros. 2. Os membros do grupo devem promover um objetivo comum . Se o objetivo está claro na mente dos membros, eles terão uma comunicação melhor e uma cooperação mais inteligente uns com outros. O objetivo deverá ser o eixo do grupo, em torno do qual os membros deverão organizar suas vidas e atividades. Alguns membros tentam ajustar o objetivo do grupo para seus próprios interesses e usá-lo para suas vantagens separatistas. Quando certos membros tentam impor seus objetivos individuais sobre o grupo, surgem tensões e problemas dentro dele. O objetivo grupal quer que cada Membro enuncie a seu objetivo individual, ou, pelo menos, não force seu objetivo separado sobre o grupo. O condutor de uma orquestra quer que todos os músicos toquem suas partes na sinfonia, que é o objetivo da orquestra. Mas o que acontecerá se algum músico tocar sua própria música na orquestra? Para ser parte da consciência do grupo; o membro deverá renunciar a atividades, sentimentos e pensamentos que não fazem parte do objetivo comum do grupo. 3. Os Membros do grupo devem tentar trabalhar em harmonia uns com os outros, elevando o objetivo grupal e os objetivos individuais dos membros que não contradizem o objetivo grupal. Por exemplo: o objetivo de um grupo é levantar cinco milhões de dólares. Suponha que no grupo haja membros que aspiram á riqueza. Promover, encorajar e aconselhar tais membros em como fazer dinheiro não contradiz o objetivo grupal, porque, se aqueles membros alcançam seus objetivos e tem mais dinheiro, eles beneficiam o grupo doando mais dinheiro, auxiliando-o assim a alcançar seus objetivos. Quanto mais ricos os membros de um grupo, mais rico o grupo será. Então, auxiliar uns aos outros a alcançar objetivos individuais não contradiz os interesses do objetivo grupal, desde que os objetivos individuais não sejam contraditórios aos do grupo. Quando os objetivos grupais r individuais estão em concordância um com outro, à medida que o individuo alcança seu objetivo, o grupo também alcança. Quando a renda individual cresce, a renda grupal cresce também. Quando o grupo torna-se rico, os membros também se tornam ricos. Quando a abundancia de sabedoria, amor, solenidade, pureza e beleza aumentam no grupo, todos compartilham da sua abundância e se sentem
  • 5. preenchidos. É impossível promover o objetivo grupal, a menos que a prioridade seja dada a isso e o mesmo seja mantido em maior apreço do que os objetivos individuais. Em alguns casos, torna-se necessário aos membros subordinar seus objetivos individuais e se devotarem inteiramente para os objetivos grupais. Dessa maneira, o grupo atinge seu objetivo e proporciona condições para o individuo alcançar aqueles objetivos que não contradizem o objetivo grupal. 4. Os membros do grupo devem proteger o grupo e seus companheiros de ataques e perigos. Isso resulta em consciência grupal, progresso, integridade e influência para o grupo. Certa vez, três dos nossos soldados estavam numa missão muito perigosa para o exército. Cada um de nós era um especialista em um dos aspectos da missão. Estávamos muito ansiosos para proteger um ao outro porque nossa sobrevivência individual dependia da sobrevivência dos outros. Se um de nós se perdesse, os outros dois teriam um período muito difícil de sobrevivência e realização na missão. Assim, frequentemente indagávamos uns aos outros: “Você comeu bem? Como está a sua energia? Você dormiu bem? Você está se sentindo bem”, e assim por diante. A menor queixa de algum membro causavanos uma grande ansiedade. Nossa principal preocupação era proteger uns aos outros. É assim que uma família, um grupo, uma nação, e a humanidade devem aprender a se conduzir. Consciência grupal pode crescer somente quando uma pessoa começa a arriscar sua vida no sentido de proteger outros membros do grupo. Bilhões de anos atrás, o desenvolvimento progressivo da consciência iniciou-se numa célula, quando ela se tornou cônscia de que sua própria sobrevivência e bem estar aumentariam se ela se unisse com outras células em direção a um objetivo comum – criando eventualmente um corpo humano. No corpo humano, vários grupos estão em operação. Por exemplo: sistema nervoso é um grupo; as glândulas formam outro; o sistema sanguíneo é outro, o sistema linfático é ainda outro grupo. O homem é uma entidade na qual todos esses grupos trabalham em harmonia, porque eles aprenderam que, trabalhando em harmonia uns com os outros, por um único objetivo, expandem sua consciência e auxiliam sua sobrevivência em condições adversas. Doença é um sinal de desarmonia entre um grupo e o resto. Quando algum grupo é afetado por uma doença, os outros grupos tentam auxiliá-lo a
  • 6. recuperar-se, porque eles sabem que a sobrevivência do todo está dependendo do bem estar do grupo que está doente. A humanidade é como o corpo humano, mas por séculos tem falhado em observar essa condição mais básica de vida e não tem trabalhado pela unidade, cooperação e harmonia. Uma nação pensa somente em ser um “estomago” para “comer” o resto do corpo, sem perceber que sua própria sobrevivência depende do corpo todo. Se tivessem perguntado a essa nação porque ela queria comer o resto, ela responderia: “Para minha própria sobrevivência”. O que aconteceria se repentinamente todas as células do corpo decidissem deixar o “grupo” e se dispersar para qualquer lugar? Bem, q pessoa não mais teria um corpo. Ele não existiria como um corpo. Aqui aprendemos que existência significa unir, desenvolver a consciência grupal e cooperar, harmonizar e até renunciar a alguns objetivos próprios, sacrificando os interesses separatistas pelo bem de todo o grupo. Deve-se pensar acerca do por que a humanidade tem sofrido através dos tempos. A resposta é clara: o grupo humano e seus membros individuais têm quebrado a Lei da Consciência Grupal e, no seu lugar, atuado pelos interesses separatistas. As pessoas agem contra a Lei da Consciência Grupal através de fofocas, difamando uns aos outros, usando maldade e traição, tentando explorar ou aniquilar uns aos outros. Isso significa que as pessoas estão trabalhando contra suas próprias sobrevivências, contra o processo da formação da consciência grupal. 5. Os membros do grupo devem encorajar e evocar forças para desenvolver grandes potenciais em cada um. Suponha que cinco pessoas queiram construir um templo com suas próprias mãos. Elas se encontram para discutir a construção e determinar que precisem de pedreiros, encanadores, eletricistas e um engenheiro apto a fazer o trabalho. Cada um deles deve então aprender uma habilidade especifica, obter alguma experiência e, então, começar a construir o templo. Quando eles aprendem as habilidades necessárias e trabalham harmoniosamente uns com os outros, veem o quanto necessitam um do outro para realizar o trabalho. No futuro, veremos como aqueles grupos, que não favorecem o desenvolvimento da consciência grupal, tornaram-se obstáculo no caminho da humanidade, e isso tornou mais difícil para a humanidade alcançar melhores objetivos. Cada ser humano, grupo e nação devem auxiliar um ao outro a se tornar mais eficiente, mais próspero e culto, para que a humanidade – que é o corpo de todos os agrupamentos – alcance seu objetivo supremo: o cultivo da consciência global.
  • 7. Então, cada membro de grupo deve encorajar os outros e ser algo mais que comumente são aumentar sua beleza, tornar-se melhor e contribuir com essa beleza para o grupo. Um grupo da Ásia enviou vinte e cinco de suas crianças para o ensino superior em Londres. Anos mais tarde, essas crianças retornaram doutores, advogados, engenheiros, artistas e outros profissionais, trazendo grande prosperidade e dignidade para o grupo. O principio básico da consciência grupal é ajudar a elevar e iluminar outras pessoas, para que elas, em troca, elevem e iluminem você. 6. Membros de grupo devem aprender a ser tolerantes e complacentes com os outros membros do grupo, dando-lhes a oportunidade de se encaixar dentro do trabalho grupal. Não é nosso dever condenar um membro arrogante, teimoso, preguiçoso, fofoqueiro, que está cheio de vícios. Em vez disso, devemos encontrar meios de trazer a pessoa para a compreensão, de maneira que ela desenvolva virtudes elevadas. Dessa maneira, o grupo cresce no lugar de decrescer. Menosprezo, maldade e ódio são comumente usados contra um membro que ainda não acompanha a demanda da consciência do grupo. Devemos auxiliá-lo a recuperar-se, compreender e aprender como cooperar. Isso pode ser usado pela prática do espírito da tolerância e perdão, até chegar um momento quando o membro está todo “digerido” pelo grupo e assimilado dentro da consciência grupal. Se um dos nossos braços está dolorido, você não o corta fora, mas toma mais cuidado com ele – a menos que veja que ele não se “ajusta” ao corpo. Algumas vezes, a “cirurgia” é o trabalho mais doloroso par ao grupo realizar. Uma nova oportunidade deve sempre ser dada para aqueles que agem contra o principio da consciência grupal – a menos que eles conscientemente corroam o grupo e destruam seu trabalho. Às vezes, um grupo saudável descarta automaticamente tais membros destrutivos e, após tal expulsão, adquire maior saúde e poder. Observa-se que pessoas doentes não podem “respirar” num grupo saudável, e por várias razões elas deixem o grupo. Não se deve pensar que cada pessoa que deixa um grupo é má. Algumas pessoas deixam um grupo para encontrar outro mais adequado à sua natureza. Tais pessoas podem buscar isso por si mesma, sejam elas eliminadas pela própria energia do grupo, ou tenham elas escolhido deixar o grupo para uma melhor chance de progresso. Isso pode ser feito pela observação de sua própria
  • 8. integridade, beleza e solenidade em seus novos relacionamentos. Se elas se tornaram pouco empenhadas, menos felizes, pouco úteis e menos belas – ou especialmente se elas caíram em traição ou em atividades obscuras -, isso significa que o grupo anterior às descartou como galhos secos de uma árvore. Tolerância e perdão constroem amigos e cooperadores quando essas virtudes são usadas inteligentemente e na dosagem certa. Antes de condenar alguém, é muito bom checar as coisas que necessitam ser condenadas em você. È importante auxiliar as pessoas a entrarem no ritmo do grupo, para que ele se torne mais rítmico e eficiente. Frequentemente as pessoas necessitam afastar-se de certo grupo por muitas razões, mas elas não podem se esquecer de que o desenvolvimento e progresso só são possíveis com trabalho, cooperação e disciplina grupal. 7. Os membros do grupo devem cultivar uma profunda sensibilidade à liderança do grupo, pela luz do objetivo grupal. Esse é um ponto extremamente importante. Antes de tudo, deixe-nos tornar claro que uma verdadeira liderança não exerce força para tornar os membros sensíveis a ela. Em vez disso, a liderança usa o principio da liberdade e tenta educar as pessoas para a importância da sensibilidade ao líder grupal. Se uma pessoa deseja mover seu braço e dedos e eles não obedecem, isso significa que está seriamente doente. O “comandante” na pessoa ou em um grupo deve ter o poder de liderar, guiar, aconselhar e até disciplinar, usando os princípios de educação, liderança e liberdade, ou de outro modo a pessoa ou grupo desintegrar-se-á desaparecerá. Chamamos de “caos” quando elementos de um grande todo não estão em harmonia uns com os outros e estão inconscientes do comando central. Infelizmente, pessoas podem não compreender que democracia não significa anarquia. A real democracia pode ser adquirida somente depois do desenvolvimento do senso de responsabilidade e consciência grupal. Uma democracia real é uma sinfonia na qual cada nota tem seu lugar, liberdade, trabalho e ritmo certo. Em um monastério, aprendi a desenvolver aguda sensibilidade em relação a meu mestre. Conhecia exatamente quando ele necessitava de um copo de água, quando precisava de um lápis e papel, quando queria ir ao jardim, ou comer algo. Através de sua voz, expressão facial e comportamento sutil, conhecia verdadeiramente o que ele queria. Eu era tão sensível que algumas
  • 9. vezes pude quase ouvir seus pensamentos e fiz coisas para ele antes que pudesse pedir. Os olhos de meu mestre tinham uma linguagem especial que eu aprendi. Certo olhar significava “comporte-se”; outro olhar significava “seja cuidadoso”, “seja atento”, “você pode fazê-lo se você ousar” e “pare”, “dê uma chance”, “estou desapontado, mas ainda tenho esperança”, e assim por diante. Devido ao desenvolvimento da minha sensibilidade, fui promovido ainda jovem. A sensibilidade nos leva a níveis elevados da consciência, onde podemos prestar grandes serviços ao grupo. Naturalmente não nos referimos ao servilismo. Um verdadeiro líder acima de tudo previne o desastre do servilismo. No lugar, ele desenvolve prontidão, sensibilidade e verdadeira discriminação entre os membros Quando falamos a respeito de liderança, as pessoas frequentemente pensam naqueles que estão na incumbência de um grupo. Na realidade, liderança é um objetivo, um plano e um propósito, apresentado pelos líderes para o bem estar do todo. 8. Membros grupais devem fomentar a alegria dos outros no grupo . Se nossos atos e palavras causam alguma angústia, dor, sofrimento ou aborrecimento aos outros, devemos nos abster de tais atos. Eles complicarão nossa vida e nos conduzirão em direção do isolamento, egoísmo, futilidade e depressão. Cada membro do grupo deve se examinar e se indagar: “Como devo pensar, falar e me comportar, de maneira que aumente a alegria dos outros membros?”. É somente numa atmosfera cheia de alegria que grandes trabalhos são efetuados e a consciência grupal é desenvolvida. A alegria atrai elevadas impressões e inspirações das altas esferas de luz. A alegria cresce quando cada membro do grupo encontra suas responsabilidades e fica livre de sentimentos de culpa pelas ações erradas. Capítulo II Consciência e Consciência grupal Consciência é o despertar dos outros.
  • 10. Consciência Grupal é a percepção do seu Self real existindo dentro dos outros e do Self real dos outros existindo dentro de você. O que queremos dizer por “outros”? “Outros” são seus corpos físico, emocional e mental; sua família e sua nação; assim como toda a natureza, o planeta, o sistema solar, a galáxia e o Cosmos. Consciência é o despertar da existência de “outros”. Mas consciência grupal é o despertar da existência do Self Uno em todos esses “outros”. Alguns têm a ilusão de que apenas o juntar de pessoas forma um grupo. De qualquer forma, a maioria das pessoas não está pronta para se tornar membro de um grupo real. Elas necessitam de um longo período de sofrimento e dor para quebrar suas cristalizações e tendências de isolamento. Ser cristalizado significa estar emperrado em modos obsoletos de pensar, ser, sentir e agir. Uma pessoa cristalizada deve submeter suas doenças à cura da natureza. A natureza tem muitos caminhos diferentes para iniciar tais pessoas numa ampla esfera de consciência. Um deles é uma pessoa cristalizada entrar em contato com uma pessoa avançada. No início, esta última é frequentemente caluniada e difamada pela primeira. Entretanto, o resultado é que a pessoa avançada começará a orar e ter pensamentos elevados sobre o difamador, dando a ele estímulo suficiente para fazer uma ruptura. Naturalmente, tal transformação não ocorre da noite para o dia e pode passar através de muitas fases dramáticas. Outro modo de quebrar a cristalização é uma pessoa ser forçada a confrontar muitos problemas que somente podem ser resolvidos, tendo uma atitude progressiva. Ainda outra ocorre quando uma pessoa cristalizada depara com acontecimentos difíceis, tais como perder uma pessoa amada ou contrair um mal incurável, e a pessoa é forçada a buscar um caminho para confrontar essas perdas, começando, então a mudar. Num quarto caminho, a pessoa é forçada, pelas várias situações da vida a aconselhar outras, a se tornarem abertas e progressivas e, assim, a aprender tudo o que está transmitindo a elas. Esses são caminhos nos quais uma pessoa amadurece e aprende o que significa pensar de um modo progressivo e ter uma consciência em crescimento.
  • 11. As pessoas não podem ser forçadas a adquirir consciência grupal ou a se tornar membros de um grupo. Quando pessoas são forçadas a formar grupos ou a se tornar membros de grupos, elas se tornam uma contínua dor de cabeça para a comunidade. Cada candidato, a um grupo deve estar maduro antes de se tornar um membro, porque, se ele não está pronto e como o grupo atrai todos os vícios adormecidos para a superfície, ele se afogará no oceano desses vícios. A maior sabedoria para ensinar à humanidade é a ciência da consciência grupal, começando com crianças nas escolas primárias, cursos secundários, universidades, grupos, igrejas e nações. È a ciência da consciência grupal que preparará pessoas para a paz universal, harmonia e cooperação. Certa vez, dez meninos foram contratados por mim para construir um muro de pedra. Nós começamos usando cimento para segurar as pedras juntas adequadamente. Mas, à medida que o dia passou, e nós aprendemos como assentar as pedras umas sobre as outras, me veio uma curiosa ideia de que nós não necessitávamos de cimento e poderíamos levantar o muro rapidamente se apenas juntássemos as pedras perfeitamente umas sobre as outras. Infelizmente, os meninos concordaram comigo. O muro cresceu cada vez mais alto, mas, repentinamente, com um tremendo barulho desmoronou. O professor veio e perguntou: “ o que aconteceu?” Demos uma única resposta lógica: “Todos caíram”. SE a raça humana não aprender a ciência da consciência grupal e a empregar para construir, a humanidade cairá e desaparecerá deste mundo. Aqueles que são seres humanos com consciência grupal têm grande dificuldade de trabalhar em “grupos” separatistas, cujo único propósito é explorar outras pessoas. No futuro, os discípulos estarão preparados para servir tais grupos destrutivos de modo especial e introduzir nesses grupos a consciência grupal, sem criar reações violentas. Isso será possível se os discípulos aprenderem a se comunicar com as almas das pessoas no lugar de suas personalidades. Em cada ser humano, há uma presença da Consciência Divina, enterrada debaixo pilhas de espelhismos, ilusões e vaidade. Mas é possível alcançar aquela divindade e atraí-la em expressão se a chave certa é encontrada. As pessoas que conseguem fazer isso são altamente carregadas de compaixão, vontade sacrificial, tolerância e inclusividade infinita. Os mecanismos dessas pessoas evocam reação de todos aqueles que têm dentro de si elementos relacionados com ódio, raiva, medo, inveja, ganância, vingança e traição. Tais pessoas vêm ao mundo com a intenção de salvar e servir; nada mais importa a elas. A consciência grupal é tão clara e intensa em seus corações que
  • 12. elas trabalham em completo esquecimento de si próprias, com inocuidade e reta palavra. Naturalmente, elas são circundadas e observadas por traidores, mas o escudo de seu amor e o espírito de sacrifício às protegem contra o mal, até vir o tempo de partir para Reinos Superiores e trabalhos mais importantes. Tais heróis transformam não somente indivíduos e grupos, mas também grandes massas de pessoas, pavimentando o caminho para o progresso futuro. Eles se tornam cooperadores do Mais Alto. Capítulo III O Grupo e o Objetivo Comum Os membros de qualquer grupo devem ter um objetivo comum. Cinco fatores estão envolvidos nisso: 1. Eles conhecem a si mesmos; 2. Eles conhecem uns aos outros; 3. Eles conhecem o objetivo comum; 4. Eles sabem como alcançar esse objetivo; 5. Eles apoiam, encorajam, entusiasmam uns aos outros para alcançar o objetivo. Não há grupo se esses cinco fatores não estão em operação. A consciência se desenvolve em torno desses cinco fatores, isso quer dizer, se eles conhecem bem a si mesmos, eles têm maior consciência grupal; se eles conhecem bem um ao outro, sua consciência grupal aperfeiçoa; se eles conhecem bem seu objetivo, a consciência grupal se desenvolve; se eles sabem como melhor atingir seu objetivo, a consciência grupal desabrocha; e se eles se ajudam, encorajam e entusiasmem uns aos outros, sua consciência grupal expande mais além e floresce. Se os membros de um grupo desejam mudar a dimensão ou plano de sua consciência grupal, eles devem elevar os objetivos do grupo. Por exemplo: um objetivo, que esta na natureza física, deve ser elevada para um objetivo emocional, depois para um
  • 13. mental, intucional e Átmico, ou objetivos nacional, global e solar, e assim por diante. À medida que um grupo eleva o nível do seu objetivo, seus membros devem ter maior informação e profunda compreensão a respeito do plano no qual estão operando. Se operarem nos planos físicos, devem conhecer a si mesmos como são no plano físico. Quando operam no plano emocional, mental, ou intuitivo, devem saber exatamente o que são naqueles planos. O mesmo se aplica a outros fatores relacionados à obtenção de um objetivo. Os membros devem conhecer uns aos outros no plano dentro do qual trabalham; devem saber onde está seu objetivo naquele plano; devem apoiar encorajar e entusiasmar uns aos outros para alcançar o objetivo naquele plano. Quando penetram num plano após outro, ou passam de um campo para outro maior, encontram um duplo desafio: a. Conhecer, ser e trabalhar mais; b. Expandir mais suas consciências para manter o ritmo uns com os outros. Uma segunda fase de expansão começa quando um grupo se funde com outro grupo em integração e cooperação, apoiados nos cinco fatores dados acima. Há ainda pela frente outro degrau no desenvolvimento da consciência grupal. É quando um grupo se alinha com outro grupo que tem um objetivo comum e está trabalhando nos planos astral, mental, intuitivo e superior, a fim de realizar o objetivo em todos os planos simultaneamente. Essa é uma grande aquisição; nesse estágio, o grupo torna-se uma entidade viva. Vimos que a consciência de um indivíduo e de um grupo se expande vagarosamente quando a pessoa ou grupo trabalha em planos cada vez mais elevados, exercendo sucessivamente nesses planos grande creatividade, disciplina, sensibilidade e pontualidade. Quando um grupo cresce e se torna mais forte, ele atrai grandes oposições das forças do caos. Essas forças, através de seus agentes, tentarão destruir o grupo tornando-o egoísta, interesseiro e separatista. Mas tal oposição opera sob uma lei: a Lei do Karma. A oposição, primeiro testa a integridade do grupo e torna-o mais forte. Segundo, ela atrai materiais e pessoas pouco refinados para o grupo, que são então assimilados dentro da entidade grupal. Desse modo, a oposição auxilia o grupo a crescer, prestar grande serviço, e se tornar mais vigilante e alerta em todas as suas facetas e em todas as suas atividades. Devemos lembrar que um grupo encontrará oposições cada vez maiores à medida que ele vai para níveis mais e mais elevados e essa oposição é tal que extrairá, do fundo do
  • 14. coração grupal, energias creativas. O propósito da evolução é desenvolver grupos com uma consciência cada vez maior. Alguém pode perguntar quais as diferenças entre grupos que são destrutivos e grupos que são construtivos e creativos. Basicamente há somente duas diferenças: seus objetivos e sua habilidade em se unir com grupos mais elevados em planos superiores. Grupos destrutivos não podem se elevar além do plano mental inferior, enquanto que grupos construtivos podem prosseguir adiante eternamente, planos após plano. Enquanto grupos destrutivos se utilizam uns dos outros, como fonte de alimento e coragem para aumentar a escuridão, o crime e as rupturas, grupos creativos se alimentam de elevadas visões e fontes de energia superiores. Os objetivos dos grupos destrutivos são estruturados no interesse próprio. Os objetivos dos grupos construtivos são estruturados no interesse bem estar e aquisições grupais. Grupos destrutivos operam utilizando-se da dor, tirania, sofrimento, assassinato, separatismo, vaidade e ego, ignorando a suprema divindade existente dentro de cada um. Grupos construtivos operam com alegria, devoção, amor, liberdade, unidade e iluminação, conscientes da divindade do Self Uno existente em cada um. Grupos reais, grupos construtivos, são mais difíceis de serem formados que grupos destrutivos. Na formação de um grupo real, cada indivíduo deve ter uma consciência de alma. Um grupo real é como um anel tendo muitos diamantes. Cada diamante deve ser lapidado e polido o mais possível para se ajustar ao outro. Os membros de um grupo real devem ser altamente desenvolvidos para se tornarem uma parte daquele grupo. O desenvolvimento da consciência grupal é um processo científico. Uma ciência especial será desenvolvida no futuro para guiar e educar as pessoas dentro dela. Algumas pessoas pensam que avançar na consciência grupal significa perder sua individualidade. Isso é uma grande ilusão. A verdadeira individualidade nasce somente quando uma pessoa renuncia a seus pseudos-eus, suas máscaras e imagens cosméticas, artificiais. O progresso em torno da consciência grupal é um processo no qual você se liberta das ações mecânicas e se torna uma pessoa mais consciente, uma pessoa que controla sua própria vida.
  • 15. Diagrama A – Consciência Inclusiva Quando alguém encontra sua individualidade, percebe que o Âmago de todos os indivíduos é um em essência, o Self Uno. È essa percepção que inspira o empenho em direção à consciência grupal. É somente na consciência grupal que um indivíduo encontra seu verdadeiro Self. Quando o campo de percepção se expande, ele cobre grandes áreas de consciência. À medida que o campo de consciência de uma pessoa se expande, ele inclui na sua conscientização muitos campos individuais de consciência e seu pensamento inclui campos sempre maiores. (Veja diagrama A e B)
  • 16. Diagrama B – Consciência Inclusiva e Grupal Uma qualidade importante na consciência grupal é o elemento de sacrifício ou resignação. A consciência grupal se desenvolve passo a passo. Para dar um passo, uma pessoa deve tirar um pé do lugar onde ele estava fixo e move-lo adiante para um novo lugar, uma nova integração. Por exemplo: no primeiro passo, você trabalha em você mesmo e se transforma numa pedra sagrada para ser usada no futuro Templo. No segundo passo, você renuncia a um interesse próprio, a uma vida focada em si mesmo, e começa a integrar seu interesse com aqueles do grupo. No terceiro passo, você renuncia ao interesse grupal e se une com interesses grupais mais amplos. No quarto passo, você renuncia ao amplo interesse grupal e começa a se integrar com o interesse nacional. No quinto passo, você renuncia ao interesse nacional separatista e se integra com o interesse global. A cada passo, você renuncia porque vê que o seu interesse real só pode ser protegido e desenvolvido na união de si mesmo com interesse grupais maiores.
  • 17. Maior inspiração é dada àqueles que têm se integrado com grupos maiores e com elevados objetivos a adquirir. Compare, por exemplo, a castanha do carvalho com um imenso pé de carvalho. A castanha do carvalho é uma acumulação de milhões de cooperadores: átomos, produtos químicos e elementos da terra e ar, os quais se transformarão num pé de carvalho com milhares de galhos, folhas e castanhas. Uma castanha luta para ser um pé de carvalho, para se multiplicar. Se ela permanecesse uma castanha individual e não se associasse e desenvolvesse maior unidade, maior consciência grupal, ela ficaria exatamente como ela é. Entretanto, por causa de sua luta particular, em direção à sua “consciência grupal”, ela se multiplicou e se tornou capaz de produzir castanhas individuais como sementes para grandes grupos no futuro. Passos adicionais: para desenvolver Consciência Grupal Podemos desenvolver consciência grupal através dos seguintes passos: 1. Tentar fazer os outros felizes, sem permitir que eles tirem vantagens de você; 2. Trabalhar para a elevação espiritual, saúde, prosperidade e felicidade dos membros da sua família, usando devoção e sacrifício; 3. Aumentar seu amor pelos membros do grupo, não difamando ou fofocando a respeito deles. Realçar suas qualidades e respeitá-los. Fazer qualquer coisa possível para torna-los felizes, saudáveis, prósperos e iluminados; 4. Não cometer traição contra qualquer membro; 5. Usar seu tempo, dinheiro e esforço para tornar o grupo capacitado a prestar melhor serviço; 6. Desenvolver um interesse nos acontecimentos de sua nação. Aprender acerca e seus problemas e ver como você pode se envolver construtivamente; 7. Desenvolver um interesse pelos acontecimentos de todas as nações e tentar promover paz no mundo, cooperação entre as nações e retas relações humanas entre todos os povos; 8. Tentar contatar sua Alma através da meditação, porque sua Alma tem consciência grupal; 9. Diariamente pensar acerca do Self Uno, de Quem todas as coisas procedem e para Quem todas as coisas retornam;
  • 18. 10. Cultivar prontidão para ir de encontro à necessidade do grupo. Prontidão é um estado de ser no qual você tem o necessário conhecimento, habilidade, energia e virtude para satisfazer a necessidade do grupo. Pessoas inteligentes não são preguiçosas. Pessoas preguiçosas meramente esperam por uma oportunidade para seguir. Pessoas inteligentes se tornam prontas por si mesmas e criam oportunidades de serviços. Cada pessoa deve se esforçar para desenvolver maior eficiência, para satisfazer a sempre grande e crescente necessidade de um grupo em progresso. Qualquer coisa que permaneça parada entra num processo de decomposição e estagnação. No futuro, a grandeza dos indivíduos, grupos e nações será medida pelos esforços em direção a uma maior unidade e síntese através da consciência grupal. Os grandes heróis serão aqueles que trarão unidade e síntese e, desse modo, aniquilarão o pesadelo de sangue, guerra e sofrimento da humanidade, que tem continuado era após era neste planeta. Quando a consciência de uma pessoa se expande, ela experimenta: . Maior saúde; . Maior felicidade; . Maior prosperidade; . Maior compreensão; . Mais força e poder; . Maior extensão de vida. A consciência grupal torna uma pessoa capaz de florescer e contribuir para as necessidades da humanidade. Na consciência grupal há uma alma que sincroniza as ações de todos os indivíduos e os conduz em direção ao propósito grupal. À medida que você considera as qualidades da consciência grupal, tenha sérias reflexões sobre o seguinte: 1. Assim como uma célula torna-se parte de vários órgãos do corpo e então se torna o corpo; similarmente, uma pessoa torna-se membro de um grupo, desenvolve consciência grupal, e então, se torna o grupo. Um membro do grupo deve desenvolver consciência grupal a tal grau que ele sinta as dores, tristezas, quedas, alegrias e sucessos dos outros como se fossem seus próprios. Diplomas, posição social, influência e riqueza têm valor somente
  • 19. se uma pessoa pode ser uma parte consciente de um grupo tendo desenvolvido consciência grupal. Várias espécies, raças e tribos têm desaparecido da terra porque em algum lugar, de alguma maneira, desobedeceram à Lei da Consciência Grupal. A natureza recicla, eliminado todas aquelas formas que progridem inadequadamente em direção da consciência grupal. Um grupo é criado por uma grande razão: construir unidade e síntese através da assimilação de novos elementos, motivando-os a expandir suas próprias possibilidades. Os indivíduos devem formar grupos e esses devem formar grupos maiores, até que todos os grupos se tornem uma humanidade, tendo desenvolvido uma consciência global. Essa é a maneira como a dor, sofrimento e destruição podem ser eliminados de nosso planeta no futuro. Todos os recursos do globo podem, então, ser usados para guiar a humanidade para um estado ainda mais elevado de consciência. 2. O crescimento e eficiência individuais são impossíveis sem o desenvolvimento da consciência grupal e sem atuar como uma parte da consciência grupal, como que se tornando um galho de uma árvore viva. Se a célula no corpo permanecesse isolada, ela não compartilharia das emoções, pensamentos, visões, revelações, alegrias e êxtase do “comandante”. Similarmente, se uma pessoa permanecer separada, indiferente, ela não compartilhará da alegria, entusiasmo, trabalho, luta, beleza, emoções, pensamentos e visões do grupo ou nação. Permanecendo solitária, a célula ou pessoa será privada de um trabalho maior e perderá a chance de desenvolver consciência grupal que é seu destino, expandir. Quando uma célula compartilha das atividades, emoções, pensamentos e visões de um todo magnífico, ela se desdobra , progride e entra no caminho da perfeição. Mas se ela permanece isolada, degenera e desaparece. O mesmo é verdadeiro para uma pessoa individualizada. Alguém pode estar curioso em saber por que existe na Natureza uma tendência para crear grupos e consciência grupal. Isso ocorre porque o Self Uno está tentando se manifestar através de todas as partes da creação, sintetizando e unificando as partes dentro da esfera do Seu Propósito. O Self Uno gradualmente revela-se em todas as manifestações como Uma entidade, exatamente como o Espírito de um homem tenta reunir células e átomos para construir os vários corpos através dos quais Ele revela Sua Glória.
  • 20. Cristo se referiu às ideias de revelação e unidade quando disse: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o jardineiro. Ele remove cada um dos meus galhos que não oferece fruto, e limpa cada galho frutífero, de maneira que ele possa sempre produzir frutos melhores e mais abundantes, e, dessa maneira, os galhos secos são juntados e atirados no fogo, onde são queimados”. Um galho não oferece fruto quando num momento de infortúnio, decide não ser mais parte da árvore viva. Depois que um galho se separa da árvore, Satã o toma e o torna tão seco quanto possível para ser usado no fogo. 3. Relações grupais crescentes e progressivas desenvolvem partes do ser da pessoa, auxiliando-a a se tornar mais eficiente. 4. Pertencer a um grupo coloca a pessoa em vários graus de responsabilidade. E somente se submetendo à responsabilidade que a pessoa ajuda sua alma a alcançar a perfeição. A consciência grupal trabalhará num nível nacional quando várias seções ou partes da nação se dedicarem para o bem maior da nação. A consciência grupal trabalhará na humanidade quando todas as nações sustentarem o interesse da humanidade bem acima de qualquer interesse nacional. Mais tarde, essa consciência da humanidade unificada se fundirá com a consciência da Hierarquia e Shamballa, voltando-se, então, para dentro da consciência global, solar e galáctica, exatamente como uma pequena empresa que se transforma numa imensa corporação global. Eventualmente compreendemos que é mais vantajoso ser identificado como um membro de uma família do que como uma pessoa sozinha; como parte de um grupo do que simplesmente como uma família; como uma nação do que um mero grupo; como humanidade do que como uma nação. Capítulo IV A Lei da Cooperação Cooperação é uma lei Cósmica, operando no Universo para levar adiante a construção de todas as formas de vida e guiá-las para seus derradeiros propósitos. Essa é a lei da creatividade, evolução e aquisição.
  • 21. Foi-nos dito que essa lei opera em cada plano para cada forma de vida, individualmente, e para todos os planos coletivamente, relacionando cada forma de vida com outras, e com suas contrapartes coletivas e superiores. Essa lei opera como o instinto de sobrevivência, como afinidades e relações, e gradualmente como um processo de cooperação consciente. A Lei da Cooperação acende o fogo em cada átomo, célula, forma de vida; em cada ser humano, grupo, nação; em cada estrela. Ela capacita cada forma a prosseguir em direção ao estabelecimento da cooperação, nos campos da existência em expansão, para assegurar a sobrevivência individual e grupal de cada entidade e para liberar o potencial inerente em cada um. A Lei da Cooperação é a lei da existência, saúde, felicidade, prosperidade, iluminação e segurança. Qualquer forma de destruição ou desintegração é causada pela retração da Lei da Cooperação. Ódio, animosidade, separatismo, interesse próprio e ganância são sinais de desintegração e de ausência da Lei da Cooperação. A Lei da Cooperação pode ser ativada ou rejeitada. A recusa da Lei da Cooperação resulta em sofrimento, dor e morte. Para indivíduos, grupos e nações, o estudo e aplicação dessa lei são vitais. A história deve ser examinada do ponto de vista da existência e ação, ou da ausência da Lei da Cooperação. Todas as aberturas acontecem, todas as grandes civilizações nascem através da resposta à Lei da Cooperação. Inversamente, miséria, dor, sofrimento, derramamento de sangue, destruição e morte chegam até nós como resultado da ausência da cooperação. Aprender a respeito da Lei da Cooperação e aplicá-la em nossa vida particular em casa, em nossa família, escritório, grupo ou igreja, em nossa vida nacional, ou internacional, trará prosperidade, saúde, felicidade e expansão da consciência para cada um de nós individualmente, tanto quanto para todos aqueles a nós relacionados. Estudar a história das vidas, individuais, grupais e nacionais nos mostra como o progresso dessas unidades tem sido o resultado da cooperação. Com o que, especificamente, deveríamos cooperar? Aqui estão algumas sugestões: . Cooperação com a Lei em si; . Cooperação com as forças e energias do Universo; . Cooperação com a Natureza e suas leis; . Cooperação com os reinos subumanos ou supra-humanos; Cooperação com o mundo das ideias, visões e revelações;
  • 22. . Cooperação com indivíduos, grupos e nações; . Cooperação com o guia e o Mestre interno de cada um; . Cooperação com a sabedoria das idades; . Cooperação com a beleza, bondade, retidão, alegria e liberdade; . Cooperação com a visão grupal; . Cooperação com todas as formas de vida e com as correntes de luz que as tornam creativas. . Cooperação com as leis e costumes nacionais e internacionais. A Lei da Cooperação não deve ser exercida para assegurar a própria sobre vivência, felicidade, prosperidade e sucesso a expensas de outras formas de vida, mas deve ser exercida com a visão holística: assegurar o bem estar, saúde, felicidade, sucesso e prosperidade daquelas unidades que estão empenhadas num trabalho cooperativo. Quanto mais uma pessoa coopera, mais ela liberta sua natureza de todos aqueles elementos que lhe causam infelicidade, dor e sofrimento, e mais ela pode se fundir com o interesse grupal alegremente experimentando a perda de seu interesse pessoal. Qualquer “cooperação” desenvolvida somente no interesse próprio é uma técnica de exploração que levará uma pessoa ao conflito com a Lei da Cooperação. O Conflito com essa lei resultará em queda, dor e sofrimento. Todas as visões sugerem que há um vínculo entre a vida no plano físico e no além. Cooperação é uma questão de se ter uma visão e se dedicar àquela visão, paralelamente com todos aqueles que têm uma visão igual ou similar. Os líderes desempenham uma importante função em promover cooperação e consciência grupal. Os líderes devem oferecer uma visão ao público e educá-lo em relação ao benefício da cooperação com aqueles que têm uma visão similar. Se uma pessoa compreende a grande bênção que a cooperação pode trazer, ela desejará cooperar alegremente. Isto deve se tornar claro na mente de todos: cooperação é a estrada real para a felicidade saúde, prosperidade e iluminação. A ciência da cooperação deve ser ensinada para as pessoas desde sua infância e trazida até a vida adulta. Deve ser claro para todos que cooperação é uma ciência que pode substituir a psicologia das disputas, antagonismos, luta, guerra e derramamento de sangue. Podemos iniciar esse processo escrevendo e falando acerca dessa ciência e, então demonstrando seu valor prático através de filmes, jogos, discussões e publicações variadas. A vida mudará drasticamente quando as pessoas aprenderem como cooperar.
  • 23. As pessoas pensam que os líderes não podem resistir se não impõe suas vontades. A história mostra que o oposto é verdade. Todos os líderes que tentam impor suas vontades sobre os outros desapareceram em condições dolorosas. A verdadeira liderança envolve a técnica de: . Desafio; . Inspiração; . Educação; . Iluminação; . Encorajamento. A verdadeira liderança não usa o medo para controlar outros porque sabe que pessoas controladas, reprimidas e forçadas desenvolvem sérios problemas de saúde; elas perdem sua creatividade, eficiência, alegria e fontes de inspiração. Quando a liderança torna a pessoas medrosas, infelizes, doentes, insanas e depressivas, n ao pode almejar nenhuma expectativa de sucesso em longo prazo. Quanto mais saudáveis as pessoas são, mais duramente trabalham. Pessoas cheias de alegria se engajam no trabalho com um espírito de esperança no futuro. Quanto mais trabalham e cooperam, mais eficientes se tornam. Os cooperadores devem trabalhar livremente, sem pressão. Liberdade nos torna mais creativos. O líder que aspira ao sucesso, jamais exercerá força sobre as pessoas ou as fará atuar com medo. Uma companhia de seguros vendeu milhões de dólares, no valor de seguro pessoal, utilizando-se de técnicas que eram extremamente carregadas de medo. Cinco anos mais tarde, a companhia entrou com pedido de falência, pois a maioria de seus clientes adquiriram sérias doenças pelas quais a companhia teve que pagar. No Oriente Médio, essa técnica é chamada: “sentar num galho enquanto o serra do tronco”. Há dois tipos de cooperação. O primeiro é a cooperação pelo interesse próprio; o segundo é a cooperação pelo interesse do todo. Cooperação pelo interesse própria termina em falência. Cooperação pelo interesse das partes no todo traz saúde, felicidade, prosperidade e sabedoria a todos. Quando falamos sobre cooperação, nos referimos à segunda definição. Cooperação é uma inclusividade sempre progressiva no interesse de todas as partes envolvidas. Cada vez que falhamos em estabelecer a cooperação, experimentamos a nossa própria decadência intelectual, espiritual e moral. Um líder sábio, ou uma liderança sábia, deve tentar encontrar um modo para cooperar em lugar de brigar. Esforços e despesas necessários para crear cooperação são bem
  • 24. menos dispendiosos do que aqueles necessários para iniciar e manter brigas. Tomando uma guerra em particular e analisando-a de um modo imparcial. Encontrando onde os líderes falharam em cooperar, e o quanto foi gasto em termos de dinheiro, vidas, construções, e assim por diante, descobrimos o quanto poderia ter sido economizado se, em lugar disso, tivessem sido encontrados os caminhos e meios de cooperação. Muitas críticas têm sido escritas sobre causas e condutas das guerras. Contudo, não houve ninguém que analisasse um dado incidente e mostrasse o quanto teria sido melhor se as partes belicosas tivessem chegado a um acordo através da cooperação antes do irromper das hostilidades. Um casal gastou cinquenta mil dólares num divórcio. Cinco anos mais tarde casaram-se novamente. Ocorreu a eles então descobrir o quanto poderiam ter poupado se tivessem se mobilizado para crear cooperação um com o outro. O valor total foi de oitenta e cinco mil dólares, não levando em consideração a crescente irritação ansiedade e noites sem dormir. Similarmente, cada omissão na cooperação é um testemunho da ausência de Sabedoria, testemunho de que as pessoas não se questionam o suficiente para encontrar alternativas para divergências, guerras e derramamento de sangue. A cooperação não é possível quando as pessoas pesam somente em seu interesse próprio, ou agem com o medo de que outras partes as explorarão. Uma das bases da cooperação é a confiança mútua. As pessoas devem trabalhar muito para crear a confiança mútua. Quando a confiança mútua é estabelecida, a cooperação se torna um modo natural de ação. O estabelecimento da confiança requer esforços e sacrifício. Por causa disso, as pessoas algumas vezes pensam que, para crear confiança, devem gastar mais dinheiro e tempo do que se brigassem e tentassem resolver suas diferenças pela violência ou guerra. Universidades e grupos com interesse especial devem desenvolver projetos de pesquisa para ver se o esforço de crear confiança é mais dispendioso do que resolver problemas com luta. Naturalmente, em alguns casos, a confiança pode parecer mais custosa do que a luta e a guerra, mas pelo menos alguém não perde sua vida ou a vida dos amados, na tentativa de crear confiança. O que alguém pode lucrar se a guerra está ganha, mas ele está morto? A cooperação deve ser levada adiante para a felicidade, saúde, prosperidade e iluminação de todos. A cooperação não pode continuar através da imposição, força ou técnicas totalitárias. As pessoas devem ter uma visão, entendê-la e olhar meios de realizá-la. Toda vez que as pessoas forçam outras a cooperar, elas cream rupturas na natureza daquelas que
  • 25. são forçadas a cooperar. As pessoas com rupturas em suas naturezas, mais cedo ou mais tarde, destruirão o trabalho no qual elas são forçadas a cooperar. Harmonia através do conflito. Há outra lei chamada a Lei da Harmonia através do conflito. Essa lei auxilia a Lei da Cooperação. Não importa quão profundo seja um conflito, eventualmente ele se resolve na harmonia e cooperação. Isso significa, é claro, que a Lei da Cooperação é uma lei dominante, especialmente no arco da evolução no qual o Espírito volta sua face em direção ao Lar. Quanto mais profundamente uma pessoa se torna envolvida num conflito, maior se torna sua aspiração no futuro em direção à cooperação. O período de tempo entre um estado de conflito e outro de cooperação, é citado como a ponte de sofrimento, dor e crime. As pessoas têm a opinião de que, se elas progridem em direção a posições sociais mais elevadas, ou se elas alcançam iniciações avançadas, as suas cargas serão aliviadas e haverá menor pressão sobre seus ombros. A verdade é exatamente o oposto. Quanto mais avançada é uma pessoa, ou quanto mais altas são as iniciações pelas quais ela passa, maior é a pressão e carga sobre seus ombros. A um nível individual, uma pessoa tem poucos inimigos. A um nível grupal, os inimigos se tornam grupos. A um nível nacional, os inimigos são exércitos inteiros. Quando uma pessoa se encontra num nível elevado de serviço, ela deve lutar com as forças do mal planetário, solar, galáctico e cósmico. Essa é a razão por que, desde o início, uma pessoa deve aprender a ciência da cooperação no sentido de derrotar seus inimigos pela união de esforços com seus cooperadores e também transformar seus inimigos em cooperadores. Algumas vezes, as pessoas observam que, quanto mais querem cooperar, maior se torna a oposição daqueles que são contra a cooperação. Isso é muito natural. Um homem sábio pode se beneficiar de tal situação, ao aprender sobre as técnicas utilizadas pelos inimigos da cooperação. Além disso, tais pessoas não cooperativas frequentemente cream pressão suficiente para crear mais beleza, vigilância, mais alegria e mais coragem no Âmago das pessoas cooperativas. É na verdade que, uma pessoa esteja engajada no espírito de cooperação, até as pedras sob seus pés a ajudam a realizar suas aspirações. Devemos lembrar que cooperadores não existem somente no plano físico, mas também nos Mundos Superiores. Esses colaboradores cooperam conosco invisivelmente e trazem-nos várias espécies de auxílio para completarmos nossa missão na Terra. Algumas vezes, quando
  • 26. nossos cooperadores visíveis nos desertam, aqueles invisíveis os substituem. Repentinamente, percebemos que a ausência dos cooperadores terrenos de algum modo nos auxilia a progredir. Essa é a razão pela qual devemos frequentemente expressa nossa gratidão pela ajuda que nos vem inesperadamente dos Reinos Superiores. Todo líder passa por certas crises, quando sente que sua carga é pesada demais para carregá-la mais adiante e, então, pensa em abandonar e demitir-se do campo de batalha. Mas ele recebe inspiração dos cooperadores invisíveis que o encorajam a ser paciente e não abandonar o campo de seu trabalho. O maior fracasso de um líder ocorre em tais momentos de crise, se ele se rende às vezes ao desânimo. E, por isso, uma das leis da liderança é assim formulada: “Nunca abandonar o campo de batalha, mesmo que isso custe a sua vida”. Na medida em que os cooperadores crescem em número, cream um campo elétrico de transformação. As pessoas que têm motivos errôneos e vários vícios, frequentemente sentem uma mudança em seus corações e percebem sinais de transformação dentro de si, quando entram em contato com esses campos. Quando o campo se torna mais poderosos, ele atrai maiores serpentes que se levantam contra a transformação e começam levar a cabo o seu trabalho destrutivo. Líderes inteligentes reconhecem tais pessoas e frequentemente aguardam um tempo para ajudá-las, esperando que possam transformá-las. Algumas vezes, obtêm êxito; outras vezes fracassam com consequências drásticas. Grandes líderes algumas vezes dão a impressão de não reunir cooperadores, mas, mais precisamente, o trabalho é transformar serpentes em seres humanos. Naturalmente, algumas vezes isso lhe custa suas vidas, mas eles acreditam que uma alma salva das mãos do mal vale um grande sacrifício. Há uma bela história na literatura budista acerca do Senhor Buda e seus inimigos. Quando Senhor Buda esta pronto para entrar no Nirvana, ele disse: “Agora eu estou entrando no Nirvana. A única pessoa que está me causando preocupação é o rei Ajatashatru”. Bodhisattva Kashyapa perguntou: “Senhor, sua compaixão é para com toda a humanidade. Por que está preocupado unicamente com o rei Ajatashatru?” Senhor Buda respondeu: “Suponha que você tenha sete crianças e uma delas esteja doente. Embora você tenha seis outras crianças saudáveis, você se preocupa com aquela que está doente”. Outra história é sobre o rei Bimbisara, um grande defensor do Senhor Buda, que foi o regente do reinado de Magatha. Seu filho, príncipe Ajatashatru, o matou aconselhado por um agente do mal, Devadata, e fez de Devadata seu primeiro ministro. Devadata era um primo do Senhor Buda, mas seu inimigo mortal.
  • 27. Ajatashatru, agora um rei, logo reuniu as forças inimigas para difamar o budismo, atormentar Senhor Buda e assassinar muitos dos seus discípulos. Ele causou grande mal ao país. Violentas brigas alastraram-se meses após meses; fome e epidemia estenderam-se anos após anos, matando a maioria das pessoas, e seu reinado esteve sob o ataque de forças vizinhas. Também seu próp0rio corpo ficou coberto de feridas. Então, seu reinado esteve na iminência de um desastre total, quando repentinamente ele teve um sonho em que iria morrer. Aconselhado por seu medico e ministro Jivata, e ouvindo sua própria consciência, Ajatashatru deixou Devadata e foi ao Senhor Buda para se arrepender de suas ações. Senhor Buda o curou. Milagrosamente, cessou a invasão inimiga, a paz voltou ao país e ele viveu mais quarenta anos, a despeito da profecia que havia prenunciado sua morte iminente. Em gratidão, ele reuniu mil Arhats para registrar todo o ensinamento do Senhor Buda, especialmente aqueles conhecidos como o Sutra Lótus. Os verdadeiros líderes sabem que, quando eles se encontram numa situação de perigo, as forças da Natureza farão emergir o diamante que está latente dentro deles. Essa razão do por que os sábios líderes não se queixam nas situações adversas, quando “serpentes” os rodeiam e tentam minar seus trabalhos, dispensando seus cooperadores. Eles sabem que tais situações são necessárias para despertar os potenciais, que de outra maneira permaneceriam adormecidos. Tal líder deve ser grato quando as pessoas mais detestáveis estão à sua volta. Essas pessoas são às vezes intuitivamente atraídas, sabendo que necessitam de cura e do apoio do líder que nãoas rejeitará. Naturalmente, num trabalho de cooperação, devese discriminar entre aqueles que são doentes e aqueles que são agentes devotados do mal. Nossos maiores amigos são aqueles que vêm até nós com uma intenção de destruir o nosso trabalho, mas transformam-se quando tocamos suas almas. Os líderes também têm grandes amigos que se dirigem a eles disfarçados de inimigos. Esses são os que atacam o líder e o mantém alerta exatamente antes de um momento crítico. Os líderes frequentemente os odeiam, mas, mais tarde, percebem o grande serviço que eles prestaram. Cristo aconselhou seus discípulos dizendo: “Sejam tão inocentes quanto as pombas e tão sábios quanto as serpentes”. Existem momentos no trabalho cooperativo em que a pessoa necessita estar extremamente alerta, “tão Sab ia quanto a serpente”, para observar os modos das pessoas venenosas. Qualquer atraso em controlar a situação pode resultar em grande quantidade de dor e sofrimento. Naturalmente, as serpentes sabem como se esconder atrás de formas e relacionamentos multicoloridos. Certa vez, meu professor disse que um líder avançado pode até usar serpentes venenosas para afugentar os inimigos do seu trabalho. Esse é um jogo perigoso e não é todo líder que está capacitado a jogá-lo. Os líderes devem
  • 28. aprender a cooperar até com aqueles que ainda não estão prontos para cooperar nos níveis mais elevados. Um líder inteligente pode cooperar com um lado específico e uma pessoa enquanto deixa os outros lados intocados. Ou pode reunir umas poucas pessoas para realizar um trabalho, de tal modo que elas aniquilem os lados indesejáveis de cada uma e evoquem fatores benéficos a todas. Na ciência da cooperação, quase todas as coisas podem ser utilizadas para o bem comum, se um líder conhece a ciência. Os líderes que organizam trabalhos de cooperação terão inimigos notáveis em torno de si. Uma pessoa pode, em primeiro lugar, aparecer como um devoto e, em seguida, tornar-se um traidor. Como é que o amor e devoção se transformam em ódio, ambição e traição? O amor e a devoção que são dirigidos à personalidade do líder por interesse próprio, permanecem enquanto o líder alimenta esse autointeresse. Mas se o líder para de alimentar o autointeresse da pessoa, ela se volta contra ele, porque o estava essencialmente cultuando por interesse próprio. Desde que seu autointeresse não está mais sendo alimentado, nada permanece para amar ou venerar. Então, ódio, inveja e traição começam a se espalhar contra o líder, porque a pessoa que estava acostumada a amá-lo e reverenciá-lo, agora pensa que ele é o responsável pelo autointeresse perdido. Os líderes devem ser extremamente cuidadosos para que seus cooperadores ou seguidores não desenvolvam amor ou devoção em torno de suas personalidades com o propósito de assegurar seus próprios interesses. Em vez disso, um líder deve dirigir o amor e a devoção de seus cooperadores, em direção à visão pela qual ele trabalha. Nenhum líder pode satisfazer continuamente a demanda crescente daqueles que estão trabalhando por interesse próprio. Antes que tais pessoas criem uma dependência à sua pessoa, o líder deve agir para direcionar suas atenções para a visão, para o trabalho, ou ainda fazê-los operar à distância. A traição começa a brotar, quando certos seguidores percebem que eles não podem mais manipular o líder para assegurar seus autointeresses. Um líder deve ficar alerta para os sinais de traição antes que seja tarde demais. Alguns entre outros sinais sutis são: . Queixas; . Críticas; . Presentes para obter favores; . Raiva;
  • 29. . Irritação; . Descontentamento. Um líder sábio deve tentar iluminar as pessoas mesmo sabendo da possibilidade do fracasso, ou então isolá-las cuidadosamente, permanecendo alerta ao fato de que não pode transformá-las da noite para o dia. O autointeresse tem raízes profundas. Todas as realizações humanas são o resultado da cooperação em todos os campos do esforço humano: . Política; . Educação; . Comunicação; . Artes; . Ciências; . Religião; . Finanças. Quanto maior a nossa cooperação, maior será o nosso sucesso. Quanto menor a nossa cooperação, maior será a nossa tensão, dor, sofrimento e fracasso. Por isso é importante estudar essa lei e aplicá-la em nossa vida. Capitulo V Cooperadores e Princípios de Cooperação Falando a respeito de cooperadores, um grande mestre disse : “os cooperadores que caminham na abnegação, serão vitoriosos”. Cooperadores não são todos iguais. Existem aqueles que se juntam para combater, ou para proteger uns aos outros. Existem também aqueles que cooperam pelo seu interesse individual ou grupal. Existem ainda aqueles que cooperam para oprimir outros ou explorá-los. E, então, um quarto grupo de colaboradores que cooperam na renúncia e serviço. Essa última é a forma mais elevada de cooperadores. Isso não significa que eles cooperam por que têm interesses individuais no trabalho que está sendo feito. Pelo contrário, eles trabalham e cooperam para aumentar o bem, a
  • 30. alegria, a liberdade, o amor e a luz no mundo. Tais cooperadores eventualmente tornam-se os “vitoriosos”. Permanecendo em sintonia com o Imã Cósmico, você afirma vitórias. Sim. Sim. Sim ! A real vitória é a habilidade de permanecer em harmonia com o Imã Cósmico. Dispensar e conquistar todas aquelas correntes que impedem você de permanecer em harmonia com o Imã Cósmico, para efetivar sua divindade, não é fácil. Cooperadores são aqueles que tentam ajudar as pessoas a colaborar através da abnegação. Somente pela abnegação, se estará apto a dispensar todas aquelas forças que o impedem de cooperar. Algumas pessoas pensam que, para haver cooperação, é absolutamente necessário que haja um grupo de pessoas. Não são as pessoas que cream cooperação, mas a visão que elas têm. Se muitas pessoas estão trabalhando para efetivar uma visão em vários lugares na Terra, mesmo sem se conhecerem, elas são cooperadores. Na medida em que vários grupos de pessoas estão se esforçando para alcançar o ápice da beleza, bondade, retidão, alegria e liberdade, elas são cooperadoras reais. Há cooperadores conscientes uns dos outros e do trabalho de cada um. Existem cooperadores conscientes de outros nos Mundos Superiores, onde seus espíritos se elevam na luz, mas que não se conhecem no plano físico. Eles trabalham em campos diferentes com ferramentas diferentes, mas todos constroem o invisível “Templo do Senhor”. A vitória é alcançada através da cooperação com as correntes do Imã Cósmico. Existe cooperação mesmo nos esforços daquelas forças que se empenham em direções opostas. Por exemplo: O Fogo Espacial tenta penetrar a esfera humana, e o espírito humano se esforça em direção às esferas mais elevadas. Ambas as correntes, em cooperação, cream uma ponte entre dois mundos através da qual a comunicação consciente torna-se possível. Podemos ver outras formas de cooperação em que alguns cooperadores podem destruir uma construção, enquanto outros constroem uma nova no mesmo terreno. É preciso olhar para o motivo da cooperação a partir de um nível de consciência elevada. Frequentemente impedimos um grupo de colaboradores de fazer seu trabalho. Pensando que eles são antagônicos a outro grupo de cooperadores, tentamos auxiliar um grupo, mas efetivamente impedimos o trabalho da mútua cooperação. A vitória não pode ser alcançada sem ver as coisas como elas são do ponto de vista das correntes Cósmicas. O Imã Cósmico crea continuamente e seus agentes têm muitos
  • 31. nomes. Necessita-se ter sabedoria para podermos ver como os agentes cooperam uns com os outros. Na outra ponta do espectro, alguns veem cooperação entre duas forças quando na realidade elas estão lutando entre si, e se destruindo através do espelhismo, sugestões pós-hipnóticas e o desejo de explorar uns aos outros e crear confusão e caos. Cooperadores são sensíveis ao Plano dos Grandes Seres, e se engajam em várias partes do trabalho para efetivar o Plano. Toda cooperação verdadeira é inspirada pela Hierarquia. Cada grupo de cooperadores deve tentar ver o propósito de outros grupos de cooperadores. Quando o propósito geral é visto e reconhecido, muita energia e tempo serão poupados por grupos de cooperadores aparentemente antagônicos. A melhor maneira para harmonizar o trabalho de diferentes grupos é capacitá-los para ver o propósito geral em direção do qual eles estão avançando em seus trabalhos. O Ensinamento eventualmente possibilitará, a cada um conhecer o propósito em torno do qual está movendo o espírito de toda a humanidade. Uma vez que o propósito é conhecido, a confusão difundida em todos os níveis cessará e resultará na harmonia. A grande vitória humana é adquirida através da cooperação . Eis então os onze princípios que constituem a base da cooperação : 1. Quando nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações se complementam se fortalecem, ou se alimentam para alcançar um objetivo comum, dizemos que existe cooperação em nossa natureza. Uma cooperação grupal real se inicia quando os pensamentos, sentimentos, palavras e ações dos membros estão em harmonia com a visão em direção da qual eles estão se esforçando. Não existe cooperação real entre pessoas cujas ações estão em harmonia, mas cujos pensamentos, palavras e sentimentos de umas para com as outras não são de cooperação. Tal estado de cooperação terá vida curta. Verdadeiros líderes devem educar pessoas a cooperar nos quatro níveis: . Pensamentos; . Sentimentos; . Palavras; . Ações.
  • 32. Cooperação não implica em imposição de uniformidade de pensamentos, sentimentos, palavras ou ações; ao contrário, cooperação encoraja a diversidade que está em harmonia com a visão, ou a complementa. Na cooperação grupal, necessita-se de disciplina e educação para ser capaz de prever a fricção numa ação cooperativa. 2. Cooperação é um esforço de um grupo de pessoas para realizar uma visão dada pelas Fontes Superiores. Cooperação não é possível sem uma grande visão que polarize, harmonize e orquestre todos os pensamentos, sentimentos, experiências e ações dos indivíduos, para a realização daquela visão. 3. A menos que haja um mesmo objetivo ou uma mesma visão, não é possível a cooperação. O objetivo comum de um grupo ou nação pode ser, por exemplo, a sobrevivência, a manifestação da beleza ou o serviço à humanidade. Tais objetivos evocam profundos sentimentos de cooperação. As pessoas devem cooperar para produzir cultura e beleza, para sobreviver como uma raça humana. Quando esses objetivos são compreendidos como prioritários para a humanidade, o próximo passo será educar e ensinar os passos que levam à cooperação. Esses passos envolvem: Um propósito comum; Um plano global; Objetivos em direção ao plano; Habilidade para atualizar os objetivos; Trabalho para trazer o propósito à manifestação. Um líder inspira pessoas e as educa nos cinco passos necessários para a cooperação: . Propósito; . Plano; . Objetivos; . Habilidade; . Trabalho.
  • 33. Um líder nunca usa de pressão negativa ou força, mas, mais que isso, inspira pessoas para as grandes aquisições porque ele sabe que o uso da força faz com que as pessoas trabalhem em direção aos seus interesses separatistas. 4. Grandes líderes dão uma visão e mobilizam todos os nossos pensamentos, emoções e ações em direção daquela visão, através da nossa cooperação com aqueles que têm interesses similares. Cada indivíduo, em qualquer grupo cooperativo, deve compreender claramente que os membros do grupo se desenvolvem e progridem melhor se eles trabalham juntos para realizar suas visões. Quando isso é compreendido, todos farão o esforço correto e darão os passos certos para fazer sua própria parte e ajudar a visão se realizar. Cada membro do grupo deve tentar encontrar o que pode fazer de melhor para promover a cooperação grupal. Dessa maneira, com esforço, ajuda pessoas a trazerem à tona muitas possibilidades latentes dentro delas e dois outros. Individualmente, os membros do grupo devem conhecer os limites de suas responsabilidades e deveres. Então, se eles encontram quaisquer dificuldades, eles devem procurar o conselho do líder para esclarecimento não para ordens. Aqueles que dependem de ordem para encontrar suas responsabilidades e deveres, não podem crescer e aprender a ciência da cooperação. Essa é a razão de o líder, evocar, encorajar e esclarecer os membros do grupo e depois deixá-los livres, a fim de demonstrarem suas habilidades, devoções e creatividade para a realização da visão. 5. Quando uma pessoa coopera com outras para efetivar uma visão, ela começa a refinar e controlar suas ações, suas emoções e seus pensamentos, eliminando todos aqueles fatores que não se ajustam com a visão. Então, a maestria sobre nossos veículos é conquistada e o verdadeiro Self começa a se revelar. No processo da Cooperação, deve-se continuamente tentar manter a maestria sobre sua personalidade e aprender como controlar seus pensamentos, palavras e ações, tentando eliminar todas aquelas causas que fazem sua personalidade funcionar mecanicamente. Todo membro de um grupo tem uma responsabilidade básica para encontrar, o que pode ser resumido como a responsabilidade para procurar cooperar com a visão do grupo, trazendo seus pensamentos, palavras e ações em harmonia com a visão. Por exemplo: os membros de um grupo que estão engajados em promover p Bem Comum, não devem estimular fofoca, difamação, maldade,
  • 34. traição, inveja ou ódio contra seus companheiros. Caso eles o façam, automaticamente se eliminam do grupo. Mesmo que continuem se afirmando membros permanentes, a Alma Grupal os descarta. Num grupo, alguns membros podem odiar uns aos outros; outros podem alimentar inveja em seus corações; alguns podem até ter sentimento de vingança contra os outros. Tais sintomas não promovem uma cooperação real, mas transforma-a em sementes de desintegração grupal. Ser membro de um grupo que promove o Bem Comum, significa estar pronto para se submeter a uma disciplina que dará a cada um a capacidade para controlar e dirigir os elementos em sua personalidade, que são contra a visão do grupo. Antes que uma pessoa aceite uma responsabilidade maior que o previsto, deve se submeter a sérias disciplinas as quais lhe fortalecerão para que possa encontrar os requisitos de sua nova responsabilidade, de outro modo, não somente fracassará, mas também prejudicará a integridade do grupo e causará a sua desintegração. Aqueles que, por egoísmo ou interesses separatistas, cream problemas nos grupos, privam-se da oportunidade da automaestria e de continuar no caminho da sua transformação. Às vezes, creadores de problemas são tidos como sendo espertos, mas alguém deve ser quase insano para colocar seu próprio interesse mais alto do que o do grupo, da nação ou da humanidade. Uma vez eu disse a um membro de um grupo creativo: “Certamente você compareceu aos encontros; veio exatamente para crear uma fricção pessoal com cada um. Você tem conhecimento do que está fazendo? Está negando a você mesmo a oportunidade de cooperar. Está agindo sempre contra o seu próprio interesse pessoal”. Algumas vezes, as pessoas pensam que certos grupos estabelecidos ou comunidades são exemplos de cooperação. Num exame minucioso, pode-se ver uma grande quantidade de fofoca, ódio, inveja, inimizade, egoísmo, e assim por diante. Uma comunidade verdadeira não é um fenômeno externo de relacionamentos próximos, mas é caracterizada por um estado de amor que conduz todos os membros a viver em harmonia uns com os outros, com o objetivo de atualizar suas visões comuns. Essa é a razão do porque toda comunidade deve exercer refinamento, crear harmonia e respeito e promover um trabalho construtivo em todos os níveis de sua existência. Aqueles membros dos grupos que são iluminados pela visão comum e demonstra entusiasmo, equilíbrio, elevação, inteligência e trabalho abnegado através do exemplo de suas vidas, ensinam as mais altas lições aos seus companheiros.
  • 35. A técnica da imposição deve mudar para inspiração. As pessoas inspiram umas às outras pelas virtudes que manifestam em seus relacionamentos diários. “Inspirar” significa conversar com as almas das pessoas, no lugar de pressionar suas personalidades. Os líderes devem aprender a arte de apresentar as necessidades de um grupo ou de uma nação para as pessoas, e devem inspirá-las a ir ao encontro dessas necessidades. Os líderes devem também usar a devoção de seus cooperadores para realizar grandes trabalhos ao grupo. Meu mestre, certa vez, indagou-me: “O que pensaria se eu lhe pedisse fosse a cavalo, por três dias, e levasse este remédio para nosso grande mestre? Naturalmente você deve saber que as estradas são muito perigosas e os bandidos são como lobos famintos nesta época”, e então ele saiu. Após um momento de reflexão, eu o segui e disse: “Mestre, para mim seria melhor morrer do que não respeitar os seus desejos.” Lágrimas fluíram aos seus olhos e ele disse: “Aqui está o remédio; prepare o seu cavalo e parta ao amanhecer”. Uma vez, um grupo estava construindo um templo para meditação. A companhia elétrica pediu ao grupo para cavar uma vala de sessenta centímetros de profundidade e quatro metros e meio de comprimento para colocar os condutores. O líder do grupo pediu aos membros voluntários para ajudar a cavar, mas todos estavam muito ocupados. Por três dias, o líder trabalhou arduamente do amanhecer ao entardecer, preparando a vala. No dia em que a companhia elétrica chegou para fazer a ligação, os membros do conselho apareceram. Um trabalhador da companhia elétrica, conversando com os membros do conselho, disse; ”Aquele pobre companheiro trabalhou arduamente durante três dias e sozinho terminou esta vala. Por que ninguém o auxiliou? Eu estive aqui todos os dias e o vi trabalhando arduamente. Ele deve estar realmente necessitado de dinheiro.” Um dos membros do conselho replicou: “Ele não estava fazendo isso por dinheiro; ele é o nosso presidente, nosso líder.” Com olhar distante e uma voz amorosa, o eletricista disse: “Então, que vergonha para vocês”. Um líder deve servir de exemplo pelo seu trabalho. Há uma história de um rei que surpreendeu alguns soldados discutindo entre si sobre quem iria carregar um vagão com lenha. Após ter ouvido suas imprecações e ter observado suas iras, o rei disse: “Eu posso ter a honra de trabalhar para vocês voluntariamente?”, e começou a encher o vagão. Imediatamente após ter concluído o serviço, ele se retirou, mas um dos soldados o reconheceu e disse: “Você sabe quem era ele?” “Quem?” “O rei!” Os homens se apressaram em se desculpar pelas suas condutas e o rei disse: “Bem, meu dever é servi-los” A
  • 36. história conta que, após o episódio, esses soldados trabalharam tão arduamente a fim de promoverem a si mesmos que, finalmente, se tornaram os mais fiéis generais do rei. Liderança existe para proporcionar exemplos de cooperação e oferecer inspiração para lutar pelo futuro. 6. Cooperar com a visão nos aproxima do nosso Anjo Solar, da Hierarquia, do Plano Hierárquico e do nosso Âmago. Se ao menos uma vez as pessoas pudessem compreender que o propósito de formar grupo s é pôr os membros em contato com seus Self Superiores e com o Self Superior do grupo, grandes mudanças poderiam ocorrer em suas consciências. Todo grupo avançado é lentamente atraído pela Hierarquia como veículo de expressão do Plano Hierárquico para a humanidade. Membros grupais avançam mais rapidamente nos grupos do que se são deixados sozinhos. 7. Toda informação e aprendizado a respeito de cooperação nos são dados a fim de nos preparar para cooperar com o Plano da Hierarquia e com a Própria Hierarquia. Todo membro de um grupo deve aspirar tal contato com a Hierarquia. Mas surge aqui uma pergunta: O que acontece se é um grupo de pesquisa cientifica ou um grupo financeiro, cujos membros não têm a menor ideia a respeito da Hierarquia e do Plano? A resposta é que o Plano contém o projeto de realização de cada grupo. Qualquer grupo que está avançando se aproxima daquele projeto. Uma constante melhora em qualquer linha do esforço humano conduz ao Plano. O projeto do Plano inspira os membros individualmente e penetra em suas consciências. Assim como um negativo fotográfico revela lentamente a foto á medida que o processo de revelação se desenvolve, um grupo avançado num caminho similar manifesta lentamente o projeto elaborado na consciência de seus membros. Aspiração, cooperação e esforço se iniciam no momento em que o grupo como um todo é inspirado pelo Plano. No inicio, não é preciso conhecer tudo a respeito do Plano. Trabalhar como uma unidade para prestar serviço para o Bem Comum é o mesmo que estar trabalhando para o Plano. 8. Cooperação, numa espiral mais alta, dissipa ou elimina vaidade, ego, inércia, depressão e separatividade. Estes são os cinco lobos que nos aguardam no limiar da Iniciação.
  • 37. Havia uma senhora de oitenta anos que me chamava frequentemente para se queixar a respeito de sua vida. Ela era muito rica, mas não sabia como usar o dinheiro para trazer alegria ao seu coração. Um dia eu a chamei e lhe disse: “Posso lhe oferecer um emprego em nosso escritório “. “Com todo o meu dinheiro”, ela disse, “por que eu necessito de emprego”? “Nós não vamos lhe pagar”, eu repliquei. “Isto é ridículo”, ela respondeu. “Talvez sim”, eu disse. “Mas você trabalhará para nós de quatro a cinco horas por dia e nos pagará vinte e cinco dólares pelo trabalho”. “Meu Deus!”, ela respondeu surpresa. “Não perca essa oportunidade”, eu a aconselhei. Finalmente, ela veio trabalhar e começou dobrando cartas e fazendo uma leve datilografia. Quando ela terminou o trabalho, eu a lembrei de pagar a sua dívida e ela assim o fez. No dia seguinte, ela veio logo pela manhã e contou-me o quanto ficou feliz e o quanto o seu sono tinha sido tranquilo, e como estava alegre por ter finalmente, após tantos anos de preguiça e inércia, encontrado um emprego realmente compensador! Nossa presunção, vaidade e ego desaparecem com cooperação e trabalho. Sentimo-nos um com as pessoas e a vida corre rápida e em alegria. Um dia, eu a designei presidenta de um comitê e lhe dei como auxiliares umas pessoas um pouco rebeldes. Ela se empenhou muito em mantê-los trabalhando juntos para executar a tarefa, e ficou muito surpresa com o seu sucesso em fazê-los cooperar e agir como seres humanos. Cooperação é um processo de cura, transformação e adaptação grupal. Como é belo trazer as pessoas unidas para desvelar o tesouro que jaz escondido dentro delas! Algumas vezes, o maior obstáculo num trabalho grupal é o sentimento de autoimportância. No trabalho grupal, essa vaidade se evapora e a pessoa sente que as outras são importantes, algumas vezes mais importantes que ela própria. Libertar-se da vaidade, ego, irritação e separatismo significa o término da mágoa, dor e sofrimento. 9. Cooperação nos guia em direção a unidade e síntese, em direção à revelação do Propósito. Quando uma pessoa coopera, ela desenvolve um senso de unidade que a torna capaz de se relacionar com os outros, de tal maneira que cada pessoa é usada para o cumprimento da visão. Síntese é a reta relação em nome de um propósito elevado. Cooperação nos prepara passo a passo para vermos o propósito pelo qual estamos trabalhando. Quanto melhor uma pessoa vê o propósito, mais
  • 38. cooperativa se torna, porque percebe que a atualização do propósito é um cumprimento de sua própria aspiração mais elevada. Uma das tarefas de um líder é tomar cuidado para não estimular inveja nos outros em relação a si. Isso é possível se o líder não demonstra ou não tem vaidade, ego ou espelhismo de ser extremamente importante. O ciúme é gerado quando um líder tem os defeitos acima. Se ele é humilde e reconhece a beleza nos outros e não se vangloria como se nada pudesse ser feito sem a sua atuação, ele não crea inveja nos outros. Alguns líderes vestem e vivem em luxúria e se vangloriam continuamente. Tal vida crea inveja. Onde a inveja crea raízes, finda a cooperação. Um dos meus mestres, sempre que elogiado, honrava outros como sendo fonte do seu sucesso. Uma vez ele disse, “que tipo de homem se sentiria orgulhoso do que faz? Tudo lhe é dado pelo Senhor; sem o Senhor, ele não poderia fazer o que faz”. Outro mestre trabalhou com operários, pintores e jardineiros, como se fosse um deles. Uma vez, depois de um dia inteiro de trabalho no jardim, junto aos jardineiros, disse: “Agora é hora de vocês relaxarem e descansarem, mas meu trabalho continua enquanto vocês descansam talvez até meia-noite”. Ele quis lhes mostrar que liderança não é um estado de repouso, mas de contínuo trabalho. Um dos jardineiros observou: “Eu não gostaria de ter a sua posição”. Devemos também saber que existem aqueles que são contaminados até os ossos com a doença do ciúme. É difícil e custoso tentar curar tais pessoas. Um verdadeiro líder não tenta fazer das pessoas suas marionetes; ao invés disso, tenta despertar nelas suas próprias originalidades e ativar algum talento especial que elas possuam para que, assim, possam crear um trabalho sinfônico e não monótono. Quando um líder tenta fazer dos outros uma cópia exata de si mesmo, impede o desenvolvimento e progresso individual das pessoas e as priva particularmente de suas contribuições originais e de seus talentos. Líderes devem inspirar os indivíduos a desabrochar em suas próprias flores, com sua própria beleza e, então, contribuir para o trabalho do grupo todo. Todas as vezes que um líder tem seguidores, (ovelhas) termina por odiá-los porque eles não têm uma contribuição verdadeira ou não têm nada valioso para o seu trabalho. Um verdadeiro líder não somente encoraja outros a desenvolverem seus talentos individuais, com o também os auxilia a superá-lo. Todo líder deve tentar preparar umas poucas pessoas para substituí-lo e se empenhar em
  • 39. maior responsabilidade e trabalhos difíceis. Quando um líder pode ser substituído, fica livre para realizar um serviço mais ousado para a humanidade. 10. Cooperação desenvolve conhecimento, sabedoria, telepatia, intuição e força de vontade; ela proporciona experiências. Cooperação faz crescer nosso conhecimento. Aprendemos uns com os outros, aprendemos com a creatividade de cada um. Eventualmente um grande reservatório de conhecimento pode ser creado, provendo qualquer um que entre em contato com aqueles que estão cooperando. Cooperação expande nosso campo de consciência; um campo de consciência expandido supre novo e maiores caminhos creativos no que se refere às pessoas. O encontro com pessoas que têm atitudes e opiniões diferentes da nossa, enriquece a nossa consciência e nos dá a oportunidade de olhar as coisas com diferentes pontos de vista. Isso também promove cooperação e fusão. Não tenha receio de conversar com pessoas que não aceitem suas opiniões ou ideias. Tente encontrar o porquê de elas diferirem. Algumas vezes, os seus antagonismos são a fonte das mais valiosas ideias. Elas afinam seu poder de observação e mostram caminhos nos quais você pode ser mais bem aceito. Algumas pessoas sentem-se salvas e seguras ao se esconderem atrás de suas ignorâncias. Elas têm medo de se exporem e verem o que os outros estão pensando a respeito delas e de suas ideias. Tal atitude não promove cooperação, mas nos favorece para que tenhamos nossa ignorância e estupidez expostas. A cooperação destrói nossos espelhismos e ilusões devido à crescente luz do grupo. Num grupo, por exemplo, um membro desejou ser o dirigente. Ele foi eventualmente colocado nessa posição para descobrir seus motivos verdadeiros. Após três meses de humilhações, ele se demitiu. Quando indagado sobre o porquê, ele respondeu: “Eu não sabia o quanto era estúpido e despreparado para o cargo”. Nas comissões e nos grupos, nossa verdadeira cor vem à tona e, então, podemos ter chance de melhorar a nós mesmos. Cooperação aumenta a soma de nossas experiências e o poder do nosso raciocínio. Nos grupos, temos sempre uma oportunidade de ter novas experiências. Por causa da atmosfera tensa e de vários níveis de inteligência no grupo, uma pessoa é desafiada a melhorar o seu raciocínio e lógica no sentido de contribuir para o esforço comum ao progresso.
  • 40. Nos grupos, uma pessoa aprende como se prevenir de cair na tentação de manipular pessoas. Uma vez que essa tentação é vencida, a pessoa tenta ser de utilidade para o grupo. No processo de cooperação, ela aprende como usar seu poder mental construtiva e creativamente para o Bem Comum. É também possível, numa situação grupal, que ações violentas sejam tomadas contra as ideias e visões de uma pessoa. Esse é um sinal de derrota e de ruína completa do intelecto daqueles que promovem tais ações. A Lei da Cooperação nos desafia a penetrar profundamente nas ideias dos outros para compreender suas essências ou provar logicamente as suas inadequações. Na cooperação, desenvolvemos a telepatia. Aqueles que cooperam, tornam-se gradualmente mais sensíveis entre si e começam a registrar os sentimentos, pensamentos e motivos de cada um. A cooperação com outros cultiva o poder de telepatia nos membros do grupo. Eventualmente a fusão grupal se torna um fato, e o grupo atua como uma entidade. As pessoas portadoras de separatividade, ódio e maldade não podem desenvolver telepatia, ainda que elas possam registrar sentimentos através de seus plexos solares. Esse tipo de registro, mais tarde, torna-se a origem de todos os seus problemas físicos e psicológicos. Cooperação desenvolve intuição e força de vontade. A força de vontade é desenvolvida quando alguém supera obstáculos físicos, emocionais e mentais durante a cooperação. Ela se desenvolve através da luta para encontrar melhores caminhos que contribuam para o Bem Comum. Assim como os nossos corpos são construídos através do processo de cooperação entre células, órgãos e assim por diante. Nossos poderes e virtudes superiores são similarmente desenvolvidos através do processo de cooperação entre os elementos, que são atraídos uns para os outros na esfera da nossa alma com o objetivo de formar um vínculo de expressão para a luz da alma. Nenhuma virtude ou força psíquica podem ser desenvolvidas por nós sem nos utilizarmos da Lei da Cooperação. Devemos nos lembrar de que os parceiros que nos auxiliam são quase sempre invisíveis. Eles podem ser entidades, forças, energias, raios, ideias, impressões e formas-pensamento invisíveis. O princípio básico é que, sem a cooperação, nada pode ser creado ou realizado. Um grupo é a representação simbólica de todos aqueles elementos visíveis e invisíveis com os quais tentamos cooperar. 11. Cooperação conduz você para a suprema Lei do Sacrifício através da qual você deixa para trás seu self separatista e se torna um com o Self Uno.
  • 41. Quando se desenvolve a cooperação vertical e horizontal, percebe-se finalmente que, quanto maior o sacrifício, maior é a realização. Aqueles que persistem em cooperar, lentamente contatam os Self Superiores dos seus colaboradores e eventualmente percebem que existe somente o Self Uno, procurando manifestação através de todos os colaboradores. Esse Self Uno pode ser o Self Grupal ou o Self Cósmico, dependendo do grau ou nível de cooperação do grupo. Capítulo VI Discriminação Discriminação é uma habilidade para encontrar meios, pessoas e objetos com os quais uma pessoa pode crear maior cooperação. Discriminação é um poder mental ou intuitivo para escolher a melhor “ferramenta” para o trabalho correto. A palavra “discriminação” é comumente usada com um significado diferente. Ela significa que, se você odeia, está discriminando; se sua escolha está baseada no seu interesse próprio, você está discriminando. Mas o significado real de discriminação é fazer a escolha correta. Se uma pessoa discrimina corretamente seus valores, objeto, caminhos e meio, ela é perspicaz, intuitiva, verdadeiramente científica e eficiente. A cada minuto e a cada movimento, uma pessoa pode usar seu senso de discriminação. As pessoas questionam se deve cooperar com líderes que são contra o Bem Comum, ou com leis que são impingidas ao público para assegurar o poder para os interesses de certas partes. Antes de tudo, se os dirigentes são egoístas e as leis os protegem ou promovem, eles terão poder suficiente para aniquilar qualquer resistência. Desobediência os forçará a tomar as mais severas medidas. O melhor caminho para se defrontar com tais situações é crear uma opinião pública esclarecida, apresentando alternativas práticas aos dirigentes e creando leis que trabalharão para o beneficio de todos. Deve-se continuar a obedecer aos dirigentes, pagar suas taxas e seguir as leis, mas, ao mesmo tempo, trabalhar muito para trazer a iluminação. Devemos educar as pessoas, mostrar-lhes o perigo de tais regras e leis, e estabelecer gradualmente o senso da retidão. Revolução e desobediência civil podem destruir os dirigentes existentes, mas elas também acabarão creando leis para o interesse próprio dos novos
  • 42. dirigentes que, gradualmente, usarão o mesmo método de opressão empregado pelos anteriores. A evolução da humanidade não provém da violência, revolução ou guerra. Leia a respeito dos abusos aos direitos humanos, e dirija uma pesquisa para determinar em que extensão esses direitos têm sido violados, desde o início de qualquer mudança política violenta. Revolução, violência e guerra são dramas nos quais os membros dominantes são mudados, mas o resultado final permanece sempre o mesmo. A humanidade não teria líderes despóticos e injustos se desde a infância as pessoas fossem educadas para cooperarem com a ideia do Bem Comum. Uma vez, um médico trabalhou muito para crear uma doença. Quando indagado sobre o porquê sentia prazer nesse esforço, ele respondeu: “Porque eu quero encontrar a cura.” As pessoas, nesta presente civilização, são engajadas em tais projetos. Mesmo que elas encontrem a cura, não serão capazes de parar o efeito paralelo de suas doenças creadas artificialmente. O treinamento para viver pelo Bem Comum deve começar na infância. A ninguém deve ser permitido alcançar uma posição de dirigente antes que tenha provado sua total integridade. No futuro, as pessoas de posições elevadas serão sujeitas a um teste periódico de clareza mental, saúde física e equilíbrio emocional. Elas serão também testadas em relação a seus motivos e sinceridade, a fim de descobrir falhas de caráter. Obter uma posição em departamento público não será fácil e, a menos que uma pessoa forneça provas de verdadeira sanidade, integridade moral, percepção, discernimento, visão e uma firme devoção ao Bem Comum, ela não será promovida para as mais altas responsabilidades. O poder será dado em proporção à integridade espiritual da pessoa. A humanidade deve evoluir através da educação e iluminação, do cultivo de um senso de responsabilidade e profunda compreensão das ideias do Bem Comum. Através da creação de leis e regras com as quais se selecionam condutas em direção à liderança, enquanto é eliminado aquele indigno que deseja somente obter poder sobre outros. Uma democracia verdadeira não é o ditatorialismo de uma parte nem o das massas, mas sim o do Bem Comum. Os líderes e os legisladores devem se conscientizar antes que alcancem suas posições de que eles são responsáveis pelo Bem Comum. A maior marca espiritual de uma pessoa é cooperar com e para o Bem Comum. Baseado nessa premissa, no mínimo nosso sistema judicial mudará, e nossas prisões tornar-se-ão escolas e centro para as artes creativas. Cooperação deve começar no ponto mais alto de uma visão e eventualmente manifestar-se num trabalho prático. Consequentemente, os líderes espirituais
  • 43. deverão apresentar a visão e encorajar as pessoas a absorvê-la e trabalhá-la em suas vidas diárias e em seus relacionamentos. Existem ainda os indivíduos que acreditam na teoria “querer é poder”. Mas está se aproximando rápido o dia em que ambos, “poder” e “querer”, serão considerados somente à luz do Bem Comum. Todo um sistema filosófico irá se desenvolver em torno desse conceito dentro da mais alta distinção dos líderes políticos. O homem é o símbolo da Lei da Cooperação. O homem é o fruto da culminância dessa lei. A existência do homem neste mundo explica o mistério e a majestade dessa lei. Imagine o quanto de cooperação se necessitou para construir tal obra-prima como o homem; o quanto os construtores e elementais cooperaram uns com os outros para formar o homem, o quanto de cooperação é necessário entre todas as partes do homem para estabelecer uma creação feliz, saudável, próspera, iluminada e vitoriosa. Uma das tarefas da alma humana é manter a cooperação através do sistema do homem e relacionar todas as partes com os corpos superiores para uma cooperação mais avançada. Por exemplo: o corpo físico deve cooperar com os sentimentos, emoções e pensamentos. Mais tarde, todos esses colaboradores devem cooperar com os veículos e centros ainda mais elevados. O sucesso espiritual do ser humano depende da cooperação entre todas as partes desse mecanismo todo. Em outras palavras, o corpo, alma e espírito devem cooperar uns com os outros. Mais tarde, a cooperação deve avançar para as Esferas Superiores. O homem é o símbolo do Universo. Se um homem compreende o processo da cooperação acontecendo dentro de seu sistema, ele chegará a compreender a cooperação que ocorre nos níveis solar, galáctico e cósmico. Um de meus mestres costumava dizer: A natureza creou você cooperativamente como um ser humano, mas, se você quer avançar ainda mais e se tornar divino, você deve conscientemente cooperar com as forças creativas da Natureza. Então, você compreenderá que a Natureza, como um todo, é uma Entidade viva. Capítulo VII Competição e Repressão
  • 44. A competição é destrutiva. Na Nova Era, usaremos o princípio do compartilhar. A competição tem nos levado à beira do desastre. Ela é o melhor caminho para o dispêndio de energia, tempo e matéria. Se compartilharmos todas as nossas energias em vez de desperdiça-las, não haverá necessidade de competição. Competição é somente para aqueles que são inertes ou voltados para a matéria, prova de que nenhum pensamento real penetra nos seus cérebros. Competição é exploração; participação é doação. Se olharmos para o significado da competição, vemos que cada um está fazendo uma espécie diferente de vestimenta, móveis, carros e assim por diante, a fim de competir. Eu derrubo você e depois você me derruba. Em vez disso, se unirmos nossas cabeças e crearmos o melhor de cada coisa, não necessitaremos desperdiçar nossos recursos naturais. Esse não é um pensamento comunista, e sim um pensamento “comunitário”. O pensador da Nova Era, compreende e discute essas verdades em artigos, livros e palestras. Ele expressa e demonstra o quanto a competição não é o caminho. O caminho é através da participação. Por exemplo: uma nação não deve dizer: “Temos petróleo, porém não daremos nada a vocês”. A Natureza compartilha todas as coisas conosco; nada pertence a ninguém e, ao mesmo tempo, todas as coisas pertencem a todos. Até que aprendamos o principio da participação, continuaremos a sofrer. Os recursos naturais não devem ser monopolizados, mas distribuídos àqueles que deles têm necessidade. A participação desenvolve o senso de retidão, uma real contribuição e um conhecimento das necessidades. Na competição, uma pessoa sempre acumula coias, mesmo quando não tem uma necessidade real delas. A acumulação das pessoas ou nações abre o caminho para exploração, tensão e eventualmente guerras. A competição é um esforço para impor a vontade de uns sobre os outros pelo uso do dinheiro e outros interesses como incentivo. Imposição e com petição originam-se da mesma raiz. Deve-se parar e dizer: “Ei embora milhões de pessoas sempre aplaudam a competição, eu sinto que existe alguma coisa errada com ela”. Devemos parar e pensar um pouco. Tememos a reflexão porque sentimos que, quando começamos a refletir independentemente, uma grande maioria de pessoas estará contra nós, ameaçando a nossa segurança, posição e reputação. É tão mais fácil dizer: “E daí? Sou impotente para mudar a situação; deixe-me continuar competindo como antes”. É assim que tendemos a viver nossas vidas. Se quisermos tornar a nossa nação realmente poderosa, devemos introduzir em sua consciência aqueles novos princípios e métodos que irão assegurar seu