O documento descreve a história econômica e política do Brasil de 1808 a 1985, abordando temas como a transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808, o fim do primeiro reinado em 1830, a abolição da escravidão, o período do Império e da República Velha, a industrialização no governo Vargas, o golpe militar de 1964 e a redemocratização.
3. 1808 –a transferência da corte
portuguesa para o Brasil
Abertura dos portos às nações
amigas
1810 – tratado de comércio com a
Inglaterra
Fim do primeiro reinado (1830) –
50% da população brasileira era
massa escrava e não formavam
uma classe (p.62-63)
Segundo reinado teve que enfrentar
o dilema da abolição do tráfico
negreiro.
1845 – lei Bill aberdeen
4/9/1850 – lei Eusébio de queirós
4. - Com a proibição aplicações ilícitas foram
aplicadas licitamente no mercado de
ações e intensificou a vida comercial.
- 1852 – instalado o telégrafo
- 1854 – está em funcionamento a primeira
estrada de ferro brasileira (maua-fragoso)
- Proprietarios rurais sentem o efeito da
proibição do tráfico de escravos;
- - depois da guerra do Paraguai, a abolição
passa a ganhar importancia nacional.
- Imperio estava num impasse
- - dimensão progressista que visava
inserir o br em uma forma capitalista e
o apoio e reformas liberais
- - dimensão retrógrada, que protelava a
abolição, associada as forças
retrógrada-concersadoras. Monarquia
Caiu com uma passeata militar
5. 1792 a 1808 – Portugal
possuía uma balança
comercial favorável com
o Brasil
6. Variação % das exportações marítimas do RJ DE
ACORDO COM AREAS DE DESTINO (1803-04)
NO INÍCIO DO SEXC. XIX
predominava a relação do exclusivo
colonial.
O déficit nos portos do rio nos
anos 1797-08. em 1808 foi de 900%.
No período de 1910-12 cai para 3%,
com o fim do pacto colonial.
Var dos valores dos saldos e das participações (%)
dos saldos sobre as exportações do rio de janeiro
para o reino (1796-1811)
7. BR e EUA apresentavam
no período uma situação
similar devido as gastos
governamentais
impulsionados pela
guerra.
Apos a guerra, EUA
apresentaram superávit,
exceto o BR, cuja dívida
aumentava.
9. Elite imperial passou a cair com a Lei do Ventre Livre
(1871) e acentuou-se com a Lei dos Sexagenários e com
a abolição em 1888.
Com as medidas abolicionistas aumentava o
republicanismo.
Estabeleceu ações contrárias aos grupos dominantes,
sem uma nova base de poder que equilibrasse o poder
dos senhores de terras. O imperador não podia ser
popular, pois 90% vivia no campo controlado pelos
coronéis.
Gastos com imigração foram modestos;
10. 1808- interferencia britanica na vinda da familia
ao BR.
Abertura dos portos - concessãode 24% de taxas
as nações amigas, navios portugueses pagariam
16%.
Com a Lei de 1810 – navios ingleses pagariam 15%
de taxas alfandegárias. O monopólio é
substituído pelo liberalismo econômico.
“A permanencia da corte se prolongará por 13
anos(1808-1821). Até 1815 , o estado de guerra na
europa atemorizará o timido regente que não
ousa por isso retornar à pátria abandonada,
embora ela estivesse livre dos inimigos há seis
anos.”
Apesar do progresso economico da colonias,
desiquibrios comerciais começam a despontar.
11. Alem do desiqiulibtio da balança há outros gastos:
A instituição de uma estrutura burocrática para gerenciar o império português e para assentar
os membros da corte. (desperdício de recursos com fidalgos).
As guerras de conquistas (Uruguai em 1808 e a Guiana Francesa em 1809).
Gastos com forças armadas, obras de urbanização no Rio, higiene, povoamento e abertura de
estradas.
Br passa a receber pressões da Inglaterra para abolir a escravidão na déc. de 20. assinam-se
tratados de 1826 e 1827.
1831 é proibido o tráfico no Brasil e os escravos que tocarem o solo são livres. Contudo só na
séc. de 50 o tráfico é combatido.
O café passa a ganhar importância nas exportações, caindo no mercado o valor da cana e do
fumo. Isto coloca o sul do país em posição de vanguarda econômica.
1841 – crise na economia, Brasil eleva taxas de importação para 31%, pois a lei de 1810
expirou.(tinha sido extendida até 1826)
1860 surgem primeiras empresas de vulto.
12. Com a expansão cafeeira em 1870 as politicas de migração são estimuladas.
1876 – 7 mil italianos
1877 – 13 mil italianos
1886 – 30 mil imigrantes
1887 – 55 mil imigrantes
1888 – 133 mil imigrantes
O sistema de colonizaçao terá sucesso no PR, SC e RS. A maior parte das
fazendas de café desde 1880,contavam com maioria de trabalhadores livres.
Brasil desenvolveu as bases do capitalismo, com estradas de ferro, telégrafo,
navegação a vapor.
Contudo, o Br apresentou crises economicas graves:
Motivo – guerra do paraguai (1865-70) – só consumiu recursos
O desequilibrio das finanças, as dividas, e a variação do café levam a estimular a
produção industrial, sobretudo em são paulo, principal centro exportador.
12
13. TESE DE SODRÉ – “formação histórica do BR”(1962)
Brasil é pensando como um sistema de latifúndioe que o
controle político estaria nas mãos das oligarquias.
O declinio do setor, fortaleceu as classes médias e a
burguesia industrial.
Possui um visão dualista e de oposição entre setor
agrário e setores urbanos e que resultou na Revolução de
30 (teses do PCB).
14. Formação econômica do Br (1959)
- hipótese central – governo tinha como prática atuar
no sentido de sustentar planos de valorização do café.
(socialização perdas através da depreciação cambial).
Este modelo se baseava na aliança entre oligarquias
mineiras e paulistas para dar sustentação a este
modelo.
15. A política econômica na Republica Velha foi marcada
pela utilização de princípios ortodoxos na economia
cambial e fiscal, o que não seria um reflexo direto dos
interesses do setor cafeeiro.
Segundo Pelaez, a intervenção neste sentido era
pontual, o que não ocorreu na crise de 1906 e em 1929.
havia oposição de banqueiros internacionais e de
outras oligarquias regionais.
políticas de valorização do café ocorriam mais no
sentido de evitar o colapso da economia do que
favorecer cafeicultores.
16. Com a crise de 1929, cafeicultores tentar reaparelhar
o Estado com seus interesses.
Isto levou a uma cisão no bloco de poder e o advento
da revolução de 1930.
A nova orientação do governo de Getúlio Vargas
enfatizava o estimulo a industria e a modernização e
a diminuição da dependência externa, diversificação
na agricultura
Fatores que colaboraram para o fortalecimento
deste:
1 GM
Crise do café
Revolução de 1930
Apesar dos conflitos, o governo Vargas continuou
com a política de valorização do café, ao comprar
excedente e destruir 78,2 milhões de sacas.
Argemiro Brum – desenvolvimento econômico
brasileiro
17. Alargamento da estrutura tributaria,
com a transferência da recursos do
municípios e Estados para a União;
Criação de fundos com impostos
sobre combustiveis e energia elétrica,
e taxas sobre tarifas de estradas de
ferro
Padrão de acumulação se fez por meio
de criação de empresas publicas CSN
(1941), Cia do vale do Rio Doce (1942),
Cia nacional dos álcalis (1943), cia
Hidrelétrica de são Francisco (1945)
18.
19. Periodo de 30 a 50 implanta-se o sistema industrial brasileiro.
A TAXA DE CRESCIMENTO EMTRE 1946-60 foi uma das maiores do
mundo = 6,3%. Perde apenas para Japão, alemanha, taiwan, Coreia do
sul. (earp&prado, 2003)
O conceito chave é o desenvolvimentismo
“ideologia da transformação da sociedade brasileira que se compõe:
Industrialização integral é a via de superação da pobreza e do
subdesenvolvimento
Não é possível industrializar o Brasil pela espontaneidade das forças de
mercado, é necessário que o estado a planeje
O planejamento deve definir a expansão desejada dos setores
econômicos e seus instrumentos de promoção
O Estado deve ordenar a execução da extensão, capitando e orientando
recursos financeiros e promovendo investimentos diretos naquilo que a
iniciativa privada for insuficiente. (Bielschovisky, Ricardo. Pensamento
econômico brasileiro)
20. embora Getúlio Vargas adotasse um programa
nacional-desenvolvimentista, não era nem nem
xenófobo nem entreguista.
“o objetivo de Vargas não era rejeitar a associação
externa, mas lutar por termos de associação que
atendessem a finalidades nacional
desenvolvimentistas, em barganhas que
maximizassem interesses nacionais, em circunstâncias
políticas e econômicas restritivas.”
21. ENTRE 1963-1967 o crescimento
econômico caiu pela metade
Questão – por que o modelo de
substituição de importações
perdeu o dinamismo?
22. PROPOSTAS DOS
CEPALISTAS
Subdesenvolvimento era
herança do período colonial,
da concentração de renda e
estrutura fundiária
A presença do Estado como
articulador da demanda é
central
Surge então a proposta de
reformas de base de João
Goulart.
Pensadores: Roberto
Simonsen, Celso Furtado
Maria da Conceição Tavares
PROPOSTAS DOS LIBERAIS
Não há diferenças entre
modelos de
desenvolvimentos.
Teses liberais afirmam que
Estado deve ficar limitado a
controlar a moeda, dando-lhe
estabilidade.
Reformas de bases eram
idéias equivocadas, pois a
presença do estado retardaria
seu desenvolvimento.
Pensadores: Eugenio Gudin e
Octavio Gouveia de Bulhões
Conflitos ideológicos se resolvem com o Golpe
Militar (1964) que dá vitória aos liberais
23. Principais medidas do
governo de Castelo:
AI-1 – chefe do Estado
Maior do Exército foi
indicado como
Presidente da República
Bulhoes foi indicado para
montar a equipe
economica e Roberto
Campos foi integrado a
equipe da fazenda
24. Medidas – PAEG (1964)
CONTER A INFLAÇÃO,
mediante a liberação do
preço do trigo e da gasolina
e conter o deficit publico e
redefinir o sistema de
crédito e reforma fiscal.
Foi criado o banco central
em substituiçãoi a SUMOC
e a criação do CMN.
Despoliutitzação das
relações salariais e a criação
do FGTS.
26. O crescimento da economia ocorre substancilamente do governo
do Mal .. Carrastazu Médici.
Manufaturas exportadadas cresceu de 21% p/ 31%. Exportação do
café caiu de 42% para 28%. A soja cresceu de 2% para 15%.
Houve redução das taxas de importação de manufauras de 58%
para 30%. Cresceu a importação de maquinas e equipamentos
(que dobraram entre 1970-73)
Houve a triplicação de investimentos externos e a obtenção de
creditos. A divida pulou de US$ 4,5 bi em 1966 para 12,6 bi em
1973.
Este desenvolvimento se estabeleceu com concetração de renda
e exclusão social.
Longoni criticou esta ideia e defendeou a politica de governo, a
desigulaade seria o resultado dos desiquilibrios internos de
marcado.
27. O PERIODO INICIAL do RM marcado pelo
liberliasmo economico fracassou em seu intento.
Seomente mais tarde, com o centralismo, ampliou as
empresas estatais em mais de 60%. (J.L.FIORI)
O ESTADO cresceu tanto por forças
centrípetas(concetração de recursos financeirso)
quanto por forças centrifugas (criação de agencias
estatais relativamente independentes politica e
financeiramente) (Luciano Martins)
28. Com a crise do crescimento econômico, devido a crise
do petróleo a e política de elevação da taxa de juros
dos bancos americanos foi elaborado o II PND em
1976, e aumenta as tensões entre a burocracia e o
empresariado.
Empresários preferiam apoiar um projeto de
associação com empresas estrangeiras. Surgiu então a
rebelião empresarial que se desalinhou com o projeto
dos governos militares.
29.
30. 1985 -COLEGIO ELEITORAL – eleição indireta do Tancredo Neves.
Assume a presidencia José Sarney.
Projeto de estabilidade econômica – Plano Cruzado. O Plano fracassa,
após um perido de exito muito curto, é reeditado o plano Cruzado II,
que não obtém bons resultados.
1986 – Começam os trabalhos da assembleia Constituinte e em 1988 a
Constituição Cidadã é promulgada.
1989 – Após a polarização Collor X Lula no segundo turno, Collor é
eleito presidente.
É lançado plano collor coordenado pela Ministra Zelia Cardoso de
Mello. Ocorre o “impeachment” do Collor em 1992, assume a
presidencia o vice Itamar franco
1994 – O plano Real entra em cena. É eleito FHC com base no sucesso
da estabilidade cambial.
1998 – FHC é reeleito e dá continuidade a estabilidade economica e a
política de privatizações.
31. SUPERAÇÃO DA LÓGICA PATRIMONIALISTA E DA CORRUPÇÃO
PERCEPÇÃO DO ESGOTAMENTO DO MODELO BUROCRÁTICO DE
GESTÃO (WEBER)
É ORIENTADA PARA O CLIENTE-CIDADÃO E PARA A OBTENÇÃO
DE RESULTADOS;
AS ATIVIDADES PÚBLICAS PODEM SER DIVIDIDAS EM DOIS
SEGMENTOS:
ATIVIDADES EXCLUSIVAS DE ESTADO: LEGISLAÇÃO, REGULAMENTAÇÃO,
FISCALIZAÇÃO E FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS;
ATIVIDADES NÃO-EXCLUSIVAS DO ESTADO:
ATIVIDADES DE CARÁTER COMPETITIVO
ATIVIDADES AUXILIARES DE APOIO
SUBSTITUIÇÃO DA CULTURA BUROCRÁTICA PELA CULTURA
GERENCIAL
32. PRIVATIZAÇÕES
REDUÇÃO DO PAPEL DO
ESTADO
DESREGULAMENTAÇÃO
REDUÇÃO DE
INVESTIMENTOS EM
POLÍTICAS SOCIAIS
33. GOVERNO LULA ALTEROU AS RELAÇÕES DA
CLASSE DO ESTADO BRASILEIRO: MELHOROU A
SITUAÇÃO DA BURGUESIA NACIONAL
INDUSTRIAL E AGRÁRIA NO BLOCO DO PODER
INSTITUIÇÃO DE UM NOVO POPULISMO
CONSERVADOR ATRAVÉS DE POLÍTICAS
COMPENSATÓRIAS E A HEGEMONIZAÇÃO DE UM
CAPITALISMO NEOLIBERAL COMO O APOIO DA
BURGUESIA BRASILEIRA;
34. O NEOLIBERALISMO DO GOVERNO LULA
SE CONSOLIDOU ATRAVÉS DA UMA
IDEOLOGIA LIBERAL-DESENVOLVIMENTISTA:
DESMONTE DOS DIREITOS TRABALHISTAS, MEDIANTE A
SUBCONOTRATAÇÃO E A DESREGULAMENTAÇÃO;
AMPLIAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDENCIA
NOVA LEI DE FALENCIAS
REFORMA UNIVERSITÁRIA E A CONSAGRAÇÃO DO
SISTEMA SUPERIOR PRIVADO
FOI MANTIDO O SISTEMA DE PRIVATIZAÇÕES E A
FORMAÇÃO DE CONTRATOS PPP (PARCERIA PÚBLICO-PRIVADO)
ABERTURA COMERCIAL E DESREGULMANETAÇÃO
FINANCEIRA
ORIENTAÇÃO E APOIO DO FMI E BANCO MUNDIAL
35. 1. PAULA, Paula Paes e. Entre o gerencialismoe a gestão social: em busca de
um novo modelo para a administração pública brasileira. Disponível em:
http://www.participacaopopular.org.br/textos/ana.paula.paes_entre.o.gerenci
alismo.pdf
2. BOITO JR, Armando. A burguesia no Governo Lula. Disponível em:
http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/grupos/basua/C07Boito.pdf
3. BOITO JR, Armando. A hegemonia neoliberal no Governo Lula. Revista
crítica marxista. Disponível em:
http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/critica17-A-boito.pdf
4. BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Gestão do setor público: estratégia e estrutura
para um novo Estado. Disponível em:
http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/15891
/15455
5. REZENDE, Flávio da Cunha. Razões da crise de implementação do estado
gerencial: desempenho versus ajuste fiscal. Rev. Sociol. Polít., Curitiba, 19,
p. 111-121, nov. 2002 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsocp/n19/14626.pdf