01 o fenómeno da globalização alunos

A Cultura do Espaço Virtual
Apresentação concebida para o Curso
Profissional de Turismo – Módulo 10
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
HCA, Módulo 10, Curso de Turismo 1

Dolly,
3º conto da obra Three Tales, Steve Reich (música) e
Beryl Korot (vídeo)

Obra de 2002, baseada em 3 acontecimentos do século XX;
Hindenburg: relata a viagem do dirigível alemão, desde que foi
construído (Alemanha, 1935) até à sua explosão (New Jersey,
1937);
Música, fotografias, imagens-vídeo.
Bikini: Testes atómicos realizados entre 1946 e 1954;
Quatro cenas separadas por períodos de silêncio e ecrã em
“blackout”;

Dolly: parte da história da clonagem de uma ovelha na Escócia
em 1997 e aborda toda a temática relacionada com o corpo
humano e a engenharia genética, a robótica e a evolução
tecnológica;
A música integra-se com entrevistas a cientistas;
Vê-se e ouve-se pessoas a falar como “em câmara lenta”
enquanto a música decorre;
HCA, Módulo 10, Curso de Turismo 5/9

Criou uma técnica inovadora:
Som de estrutura congelada (freeze frame sound), que ocorre
quando uma vogal ou consoante é estendida por um longo
período, criando uma espécie de rastro sonoro;
Aparece um robô falante que expõe duas teorias diferentes
sobre a origem da espécie humana;
Em toda a peça aparecem atitudes diferentes em relação à
ciência e à tecnologia;
Fica a dúvida de um dia podermo-nos transformar em máquinas
ou ser dominados por elas.

http://www.youtube.com/watch?v=AJ8nO5XOhRc
Dolly, Steve Reich

World Trade Center. Memorial Foundations

Para ocupar o espaço do antigo World Trade Center surgiu um
novo complexo arquitetónico.
São 6 torres de arquitetos diferentes;
Pretende ser um espaço calmo e de
meditação espiritual;
Existe um jardim, o “Parque dos
Heróis”, com quedas de água.

A Cultura do Espaço Virtual

1. 1960 – Atualidade. A atividade humana regulada pela
tecnologia, pela publicidade e pelo consumo. A moda e o
efémero (O tempo)
O tempo deste módulo é o presente;
Se analisarmos o mundo da década de 60 e o de hoje, as
diferenças são muitas;
Nos anos 60 o planeta estava dividido em dois blocos
políticos e económicos:
O capitalista liderado pelos EUA e o comunista liderado
pela União Soviética;

Queda do Muro de Berlim

Nos anos 80 o comunismo caiu na União Soviética
(perestroika (reconstrução económica), glasnost
(transparência de Mikhail Gorbatchev, último líder da União
Soviética;
Os EUA tornam-se uma potência hegemónica;
Surgem novas potências: Comunidade Europeia (CE) e o
bloco dos países Ásia-Pacífico, liderados pelo Japão;

Nos anos 60 continua a descolonização, a portuguesa só
termina nos anos 70;
Muitos dos novos países nascidos das colónias continuam
com graves problemas de desenvolvimento (Terceiro Mundo);
Dependem das tecnologias, produtos industriais e do apoio
financeiro do mundo desenvolvido;

Em muitos países subsistem conflitos de origem étnica,
cultural e religiosa;
Estas assimetrias potenciam o terrorismo, um dos grandes
flagelos do presente;

Na década de 60 o enriquecimento económico era a
prioridade das nações, nos dias de hoje a industrialização
entrou numa nova etapa, explorando as tecnologias e as
novas energias (renováveis), no entanto o petróleo continua a
ser a principal fonte de energia;

As grandes multinacionais dominam a vida económica;
Nos anos 80 impõe-se o neoliberalismo;
Neoliberalismo – Doutrina económica que adaptou o
liberalismo do século XIX às condições económicas dos
finais do século XX. Defende a redução do papel do
Estado, a iniciativa privada, e a livre concorrência;

As grandes empresas apoiam-se na inovação tecnológica que
resulta dos avanços da ciência;
Os processos produtivos mudaram, cada vez mais libertos da
mão-de-obra humana;
Na sociedade atual a classe operária é cada vez mais
diminuta, pelo contrário o sector terciário cresce;

A ciência e a técnica tornaram-se indispensáveis à vida
quotidiana das populações, proporcionando o bem-estar,
tornando-se um fator da hegemonia política (superioridade
tecnológica);
Surgem grandes investimentos públicos e privados nessas
áreas;

Os progressos na
engenharia eletrónica,
informática, comunicação e
biotecnologias causaram
verdadeiras revoluções na
vida da Humanidade;
As descobertas científicas,
aplicadas pela técnica e
postas no mercado pela
indústria, popularizaram-se
pela publicidade;

O “prazo de validade” das inovações é hoje muito curto
(rapidamente surge no mercado um produto mais moderno);
As campanhas de publicidade, difundidas pelos meios de
comunicação, geram a necessidade de possuir o último
modelo;
A sociedade atual é uma sociedade de consumo;

As modas orientam hábitos de vida, vestuário, design, etc.;
O Culto das modas, alimentado pela publicidade, garante a
sobrevivência e crescimento das indústrias e sustenta a
continuidade do sistema económico em que vivemos;

2. O mundo global. O espaço virtual. Comunicação em
linha. A aculturação (O espaço)

A globalização, começada na Idade Média (descobrimentos
marítimos), tem progressivamente transformado o mundo
numa “aldeia global”;
A questão da globalização é visível em todas as áreas:
cultura, economia, ambiente, etc.;

O termo “aldeia global” foi criado em
1964 pelo filósofo canadiano
Marshall MacLuhan (1911-1980);
As tecnologias das comunicações
transformariam todas as relações
sociais e converteriam o mundo
numa aldeia global. Desenvolve-se
uma cultura planetária e os livros
vão desaparecer em favor dos meios
audiovisuais;

Iniciada na economia, o fenómeno da globalização
desenvolveu-se com o progresso dos transportes (pessoas e
mercadorias);
Acelerou-se com os desenvolvimentos da informática e da
cibernética que revolucionaram as comunicações;

As comunicações por cabo, satélite, o telefone móvel, os
computadores e a Internet, permitem comunicações e
interações, em segundos, entre pessoas em qualquer parte
do Mundo;

Surgiu um novo espaço, o espaço virtual, diferente do espaço
físico, que permite realizar negócios, aceder à conta
bancária, fazer compras, diversão, etc., de qualquer lugar
com um computador portátil;

A globalização e rápida massificação das tecnologias
permitiu a aculturação do planeta pelas potências pioneiras
nestas tecnologias, que dominam a produção das novas
tecnologias, sobretudo os EUA, mas também a União
Europeia e o Japão;

Primeiro Mc Donald’s
A cultura ocidental, anglo-saxónica, vai-se impondo como
uma cultura universal;

3. A Internet (O local)

Nos finais da década de 60, os militares americanos criaram
uma rede para ligar os computadores das diversas bases
militares, a Arpanet;
Depois a esta rede foram associadas as Universidades, de
empresas e pouco a pouco a rede foi-se estendendo a todo o
país;

ENIAC, o primeiro computador, década de 40

Na década de 80 as ligações alcançaram a Europa e a rede
nos finais dos anos 80 estendeu-se a todo o Mundo, tinha
nascido a Internet;
Em 1983 a Arpanet mudou o seu protocolo para TCP-IP;
Em 1991 foi criado o projeto World Wide Web;
Em 1993 foi lançado o Web Browser Mosaic;

O crescimento desta rede foi muito
rápido;
Dispondo de um sistema informático, de um servidor e de
uma ligação telefónica, cabo ou wireless podemos entrar no
ciberespaço e sermos internautas;

A internet traz benefícios (acesso
à cultura, local de comunicação,
possibilidades de colocar
pessoalmente informação
acessível a todo o mundo)
E traz malefícios, a fuga à
realidade, uma informação
fragmentada e pronta a usar, etc.;
A Internet, na nossa sociedade de
informação e ciência, tornou-se o
quarto poder;

Com a Internet a globalização acelera-se;
O termo cibercultura designa a cultura emergente da
utilização das novas tecnologias de comunicação que ao
contrário dos mass media convencionais permitem uma
comunicação interativa;
Mass media, meios de comunicação de massas;

A partir da década de 60 surgem profundas alterações na
produção artística como resultado de fenómenos sociais:
Maio de 68, o movimento hippie, a contestação à guerra do
Vietnam, marcam a afirmação de novos valores
individuais;
Surge o movimento de libertação da mulher;
O corpo e as novas linguagens (Síntese 1)

O fenómeno da moda impõe paradigmas de beleza e
comportamento, através da imposição do corpo e da imagem;
Criam-se necessidades e dependências na vida e na arte,
suprimindo a barreira até aí existente entre ambas;

A publicidade tornou-se um sistema de comunicação global
agressivo e avassalador que domina as subculturas, ditas
marginais, colocando-as no centro da indústria consumista,
veja-se como o exemplo o uso de piercings, tatuagens ou
determinadas roupas que identificam determinadas “tribos
urbanas”

Na arte surgem duas correntes, aparentemente
antagónicas, mas que se complementam:

Os grandes movimentos que conduzem ao despertar da
consciência ecológica e à noção da pertença coletiva do
planeta (Land Art);
E a emergência de valores estéticos individuais e supra-
ideológicos.

A consciência desses valores, acompanhados da
revolução tecnológica (cinema, vídeo, fotografia, arte
digital) vai levar ao regresso a formas de arte, que
recorrendo ao corpo humano como suporte, remetem para
alguns dos mais antigos rituais do Homem, como no caso
da perfomance, hapenning ou body art;

A incorporação de sistemas de comunicação cada vez
mais rápidos e eficazes (Internet) ou o aparecimento e
doenças como a SIDA alteraram por completo a realidade
que nos cerca e, como tal, os próprios sistemas de criação,
divulgação e comércio de arte;

São exemplos desta nova realidade, para além dos
movimentos já citados, alguns artistas como:
Helena Almeida;
Ou o teatro dos Fura del Baus;

Helena Almeida

Outro exemplo das novas linguagens corporais é a
bailarina e coreógrafa Pina Bausch e o bailado Café
Müller;

Café Müller (1978)
Pina Bausch (1940-2009)

Biografia:
1959/62 – Estuda bailado em Nova Iorque;
1962 – Regressa à Alemanha;
1969-73 – Directora artística, coreógrafa e bailarina do Folkwang
Ballet;
1973-82 – Directora do Tanztheater Wuppertal Pina Bausch.
Coreografa várias peças;

1998 – Produz a peça Mazurca de Fogo para a Expo 98;
2002 – Participa no filme Fala com Ela de Pedro
Almodóvar;

Café Müller, de 1978, tem a duração de 38 minutos;
Tudo se passa no espaço vazio de um café;
Uma mulher em camisa de noite e saltos altos (Pina
Bausch) dança por entre mesas enquanto um homem de
fato amarrotado tenta afastar as cadeiras;

Os altifalantes ecoam árias da ópera The Fairy Queen de
Henry Purcell;
A mulher vai vagueando como uma sonâmbula por entre
as cadeiras;
Entram em cena dois homens e uma mulher;

O forte impacto visual, plástico e dramático resulta da repetição
exaustiva de movimentos vulgares, que no palco se convertem em
elementos estéticos e abstratos;

Pina Bausch, como coreógrafa, evidencia a artificialidade
existente na banalidade do quotidiano,
Geralmente os bailarinos vestem roupas vulgares, os
espaços da ação são tratados de forma realista, os
movimentos baseiam-se nos gestos vulgares do quotidiano;

Pina Bausch pretende libertar a dança dos seus códigos
tradicionais;
Tem-se afirmado como uma das figuras mais relevantes do
chamado tanztheater (dança-teatro);

Café Müller
http://www.youtube.com/watch?v=rXMluQ75k5g

O consumo. Consumir para ser (Síntese 2)
O consumo é a compra de
bens e serviços necessários à
vida;
A sociedade atual favorece o
consumo exagerado, o
consumismo;
Superado o limiar da
sobrevivência trata-se agora
de criar nas massas
necessidades;
Hanson, Senhora com
carrinho de supermercado,
1969

Associa-se prestígio e estatuto social com a utilização de
determinadas marcas ou produtos;
O quotidiano resume-se em comprar os símbolos, os mitos
e os rituais que regem os comportamentos consumistas;

Os gostos mudam rapidamente o que contribuiu para o
desenvolvimento da sociedade de consumo;
A indústria cria continuamente novas marcas, modas e
publicidades para provocar os consumidores, fazendo que
eles sintam necessidade de comprar;

O poder de compra passou a definir os ricos e pobres,
distanciando-os cada vez mais;
A única saída é uma melhor distribuição das riquezas, para
que o mundo possa continuar “a consumir e a ser” e não
“consumir para ser”;

No limite, nas sociedades ocidentais, o conceito de “cidadão” é
substituído pelo de “consumidor” e os “direitos do consumidor”
ocupam o lugar dos “direitos do homem”

Biografia (Bio = vida e grafia = escrita);
A Autobiografia é a história da vida de uma pessoa contada
por ela própria;
O termo terá sido usado pela primeira vez em 1789 por
Friedrich Schlegel;
São considerados literatura autobiográfica os diários, as
narrativas de viagem;
Autobiografia (Biografia)

Ao escrever uma autobiografia o autor tem de refletir sobre
o “eu”;
O autor refere as circunstâncias do tempo vivido (família,
amigos, acontecimentos políticos, sociais, económicos,
culturais, etc.) posicionando-se perante eles;

A autobiografia surge como uma reflexão crítica sobre a
nossa própria vida, um exercício de auto-observação e
introspeção;
O que somos é uma consequência do modo como
estivemos no mundo, das opções que tomámos, das
experiências que vivemos;

Desde sempre a Lua integrou o
imaginário popular;
Júlio Verne foi um dos primeiros
a imaginar uma viagem à Lua,
“Da Terra à Lua, 1865);
Um dos primeiros filmes
realizados por Georges Méliès
foi “A viagem à Lua”, em 1902;
A chegada do Homem á Lua (1969) (Acontecimento)

A Guerra Fria levou à corrida para chegar primeiro à lua entre
os EUA e a URSS;
1957 – Outubro, soviéticos lançam o Sputnik 1, o primeiro
objeto produzido pelo homem a entrar em órbita;
1957 – Novembro, o Sputnik 2 leva a bordo a cadela Laika;

1958 – Nos EUA é criada a NASA;
1959 – A sonda Lunik 2 toca a Lua;
1961 – O russo Yuri Gagarin torna-se o primeiro homem a
viajar pelo espaço; poucos meses depois Shepard é o
primeiro americano;
1963 – A russa Valentina Tereshkova é a primeira mulher
astronauta;

1965 – Março, o russo Leonov, passeia no espaço, em Junho
é a vez do americano White;
1966 – Os soviéticos realizam a primeira alunagem não
tripulada (Luna 9);
1968 – A Apolo 8 faz o primeiro voo tripulado em torno da lua;

1969 – as naves soviéticas Soyuz 4 e 5 fazem a primeira
acoplagem no espaço;
1969 – 16 de Julho, a Apolo 11, tripulada por Neil Armstrong,
Edwin Aldrin e Michael Collins descola da Cabo Canaveral na
Flórida;
No dia 20 de Julho, o módulo lunar Eagle tripulado por
Armstrong e Aldrin aluna no Mar da Tranquilidade;

No momento de pisar o solo lunar pela primeira vez
Armstrong pronunciou uma frase que ficou célebre: “É um
pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a
Humanidade”;
Este momento foi transmitido pela televisão para todo o
Mundo;
http://www.youtube.com/watch?v=5-zPQofIf4E

Hoje a exploração do espaço é um desafio que se abre à
Humanidade;
Esta a apresentação foi construída tendo por base o manual, História da Cultura e das
Artes, Ana Lídia Pinto e outros, Porto Editora, 2011

01 o fenómeno da globalização alunos

Recomendados

Recomendados

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

La actualidad más candente (20)

Destacado

Destacado (20)

Similar a 01 o fenómeno da globalização alunos

Similar a 01 o fenómeno da globalização alunos (20)

Más de Vítor Santos

Más de Vítor Santos (20)

Último

Último (20)

01 o fenómeno da globalização alunos