PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
1. História A - Módulo 5
O Liberalismo – ideologia e revolução, modelos e
práticas nos séculos XVIII e XIX
Unidade 5
O legado do Liberalismo na primeira metade do
século XIX
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
História A, Módulo 5, História A
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2. O Estado como garante da ordem liberal
Durante o século XIX implantou-se um novo sistema político,
económico, cultural e social, o Liberalismo;
A implantação do Liberalismo levou ao desaparecimento do Antigo
Regime e ao início da Idade Contemporânea;
O Liberalismo defende os direitos do indivíduo, são os direitos
naturais, são inerentes à condição humana;
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3. Os direitos naturais:
Direito à liberdade – o mais importante pois engloba todos os
outros (liberdade de expressão, liberdade de reunião, liberdade
religiosa, etc.;
Direito à igualdade – todos são iguais perante a lei. A distinção
social é baseada na riqueza dos indivíduos. A questão da
escravatura (contrária aos direitos naturais colocou-se em muitos
países);
Direito à segurança e à propriedade - a burguesia dá importância
à posse de bens e propriedades. Os mais ricos são os mais
instruídos, é uma ideia típica dos liberais que levou ao sufrágio
censitário que excluía os mais pobres da vida apolítica
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4. O cidadão (interveniente na política) substitui o súbdito do Antigo
Regime;
O cidadão intervém na governação, é um ator político;
O cidadão participa na vida política como eleitor, como detentor de
cargos políticos;
O cidadão participa nas assembleias e clubes, nos grupos de
discussão, escrevendo livros ou artigos nos jornais;
A defesa dos direitos individuais previa o direito à liberdade
religiosa dos indivíduos;
Os liberais defendem a liberdade individual (civil, religiosa, política,
económica);
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5. No entanto esta cidadania política tinha restrições, só os cidadãos
com uma razoável situação económica tinham a possibilidade de
ocupar cargos públicos;
Considerava-se que estes cidadãos tinham mais oportunidades de
se instruírem e por conseguinte poderiam governar melhor;
A burguesia aproveitou-se da situação para dominar o poder
político através do sufrágio censitário;
O liberalismo moderado fez do Estado um defensor da ordem social
burguesa;
Para o Liberalismo moderado a soberania nacional não era igual a
soberania popular, por isso Liberalismo e Democracia são duas
conceções diferentes;
História A, Módulo 5, História A
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6. O Liberalismo político; A secularização das instituições
O Liberalismo pretende um Estado neutro que respeite e proteja as
liberdades dos cidadãos e aplique uma lei igual para todos;
O poder era limitado pela Constituição, pela separação dos poderes
do estado, pela soberania nacional exercida por uma representação
e pela secularização das instituições;
História A, Módulo 5, História A
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7. O constitucionalismo
Os Liberais legitimam o seu poder através da Constituição (conjunto
das leis fundamentais), é um regime assente na ordem jurídica que
substitui o Antigo Regime que estava baseado no costume;
Os regimes liberais podem ser monarquias ou repúblicas;
As constituições liberais podem resultar de dois processos
diferentes: votadas pelos representantes da Nação (Constituição)
ou outorgadas por um rei (Carta Constitucional);
Os liberais moderados defendiam que devia ser o rei a outorgar um
documento à Nação.
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8. Os liberais moderados defendem a divisão dos poderes do Estado
(judicial, executivo e legislativo) como forma de evitar que um
destes poderes concentre a totalidade das competências políticas
caindo assim no despotismo;
Os liberais moderados defendem o reforço do poder executivo tal
como existe em Inglaterra;
O reforço do poder executivo foi executado em França (Carta de
1814) e em Portugal com a Carta Constitucional (1826);
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9. Os liberais moderados defendem a soberania nacional entregue a
uma representação (deputados) dos mais cultos e inteligentes que
eram aqueles que eram mais abastados;
Só os cidadãos com um determinado grau de fortuna podiam eleger
e ser eleitos para o parlamento, que exercia as funções legislativas;
Os liberais moderados, eram, na sua maioria, defensores do
bicameralismo;
Bicameralismo – existência de duas câmaras no parlamento:
Câmara Baixa – deputados eleitos;
Câmara Alta – nobres e personalidades escolhidas pelo soberano;
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10. Para os liberais o Estado é laico, o temporal separa-se do espiritual
e as instituições são secularizadas;
Para os liberais a questão religiosa é íntima e pessoal e não pode ser
imposta pelo Estado às pessoas, por isso propõem a separação
entre o Estado e a Igreja;
Criaram o registo civil (nascimentos, casamentos, óbitos. No Antigo
Regime esta responsabilidade era exercida pela Igreja;
Desenvolveram uma rede de ensino e de assistência (hospitais)
laica;
A escola pública foi um instrumento de divulgação das virtudes
cívicas (fraternidade, patriotismo, tolerância) que se pretendia
substituir à fé, subserviência e caridade cristã pregadas pelo padres;
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11. As expropriações e nacionalizações das propriedades das ordens
religiosas debilitaram o poder económico da Igreja;
A Igreja submeteu-se ao poder político;
Foram publicadas numerosas leis que retiraram ao clero privilégios;
No século XIX e inícios do século XX assiste-se à descristianização
dos costumes e até a alguns episódios de anticlericalismo (a Igreja,
é muitas vezes associada ao Antigo Regime);
Devido à secularização (sujeição às leis da Nação) a Igreja perdeu
os seus privilégios;
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12. O Liberalismo económico; O direito à propriedade privada e à livre
iniciativa
O Liberalismo económico opõe-se à intervenção do Estado na
economia;
O liberalismo económico é o produto das ideias de Adam Smith
(1723-1790), Quesnay (1694-1774) e Gournay (1712-1759);
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13. Quesnay foi o criador do fisiocratismo, teoria económica que
defende que a base da riqueza de um país reside na agricultura;
Os agricultores devem cultivar e comercializar os seus produtos
livremente;
O fisiocratismo foi a base ideológica da revolução agrícola inglesa do
século XVIII;
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14. Gournay defendeu a liberdade de concorrência que se traduz na
expressão “laissez faire, laissez passer” (deixai fazer, deixai passar);
É o ideal do liberalismo económico;
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15. Adam Smith defende que o trabalho é a verdadeira fonte de
riqueza;
A riqueza do Estado depende da existência do direito individual à
propriedade privada e à busca de fortuna;
A vantagem pessoal identifica-se com o interesse da coletividade;
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16. Adam Smith afirmou que “Quando o indivíduo trabalha para si
próprio, serve a sociedade com mais eficácia do que quando
trabalha para o interesse social”;
Só a livre iniciativa em busca da riqueza promoveria o trabalho, a
acumulação de capital e o investimento, isto é, o progresso
económico;
Segundo este economista o Estado deve abster de participar na
economia, pois o mercado rege-se por leis próprias, a lei da oferta
e da procura que se encarregariam de equilibrar o consumo e a
produção;
Não deve existir nenhum entrave à livre concorrência;
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17. Adam Smith foi o grande teórico do liberalismo económico;
O Estado não devia de ter qualquer intervenção na economia, não
devia impor limites de produção, criar monopólios, lançar
impostos, ou tabelar preços ou salários;
O Estado apenas deveria facilitar a produção, estabelecer a ordem,
proteger a propriedade e fazer funcionar a justiça;
Adam Smith foi o grande defensor da iniciativa privada;
Foi a afirmação dos interesses da burguesia e do capitalismo, e foi
posta em prática na maior parte dos países de regime liberal;
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18. Os limites da universalidade dos Direitos Humanos; A
problemática da abolição da escravatura
Os liberais definiram a liberdade, a igualdade e a propriedade
como direitos humanos universais;
Mas na realidade o Estado Liberal nem sempre garantiu essa
universalidade;
A propriedade nunca foi um direito natural;
A igualdade nunca foi uma realidade, o voto censitário transformava
a esmagadora maioria dos cidadãos em “cidadãos passivos”;
O princípio da liberdade, o mais sagrado para os liberais, chocava
frontalmente com a prática da escravatura;
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19. Em França os primeiros debates em relação à escravatura tiveram
lugar na Assembleia Constituinte, em maio de 1791, e foram
concedidos direitos civis aos homens livres de cor, em setembro foi
abolida a escravatura na metrópole mas continuou nas colónias;
A polémica entre abolicionistas e defensores da escravatura vai
subindo de tom;
Em São Domingos (Antilhas) eclodiu uma revolta de escravos;
O governo da Convenção decreta a abolição da escravatura nas
colónias (fevereiro de 1794);
Perante as pressões dos grandes proprietários, em maio de 1802,
Napoleão restabelece a escravatura nas colónias;
Só a revolução republicana de fevereiro de 1848 irá acabar
definitivamente com a escravatura;
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20. Nos Estados Unidos da América a escravatura, pela Constituição,
estava ao critério dos diversos estados;
Em meados do século XIX, o Congresso americano declarou a
intenção de proibir a escravatura nos novos territórios que iriam ser
convertidos em estados;
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21. Os estados do Sul, onde a economia assentava no cultivo de
algodão e tabaco eram contra a abolição;
Os do norte cuja economia dependia das atividades industriais e
comerciais apoiavam as ideias abolicionistas;
Em 1860, é eleito presidente dos EUA, Abraham Lincoln, um
defensor do abolicionismo;
Onze estados do sul formam uma confederação e saíram da União;
De 1861 a 1865, trava-se a Guerra da Secessão, que devastou o
país;
Em 1963, foi proclamada a abolição da escravatura nos EUA;
Em dezembro de 1865, a 13ª emenda à Constituição dos EUA pôs
fim à escravatura nos EUA;
A 15ª emenda à Constituição (fevereiro de 1869) reconhece direitos
políticos aos negros;
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22. Em Portugal a questão da abolição da escravatura começou pela
questão de proibir o tráfico negreiro;
O visconde de Sá da Bandeira (governo setembrista, dezembro de
1836) decreta a proibição de tráfico de escravos nas colónias
portuguesas a sul do equador;
Esta medida foi tomada depois da independência do Brasil e surgiu
da necessidade de promover a colonização de África;
A Inglaterra pressionava o país para abolir a escravatura (interesse
económico britânico);
Em fevereiro de 1869, o rei D. Luís assinava o decreto emanado do
governo do Marquês de Sá da Bandeira que abolia a escravatura em
todo o território nacional;
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23. O Romantismo, expressão da ideologia liberal
O início do século XIX foi caracterizado pelo surgir de uma nova
corrente artística e cultural, o Romantismo;
Valorizam a sensibilidade, os sentimentos e as emoções;
Para eles a arte não é um conjunto de regras académicas, mas uma
“revelação da alma”, produto da inspiração e do génio;
O Romantismo é uma corrente que valoriza os sentimentos, a
sensibilidade, a fuga às regras, exalta a liberdade;
Foi um movimento cultural e artístico mas também um estado de
espírito que dominou a primeira metade do século XIX;
Manifestou-se nas artes plásticas, arquitetura, literatura e na
música;
História A, Módulo 5, História A
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25. Os românticos concentravam a sua atenção no indivíduo;
Um indivíduo sentimental e arrebatado, que se abandona à solidão e
à dor;
Surge o culto do eu;
Do idealismo revolucionário, surge o herói romântico;
O Romantismo defende os seguintes princípios:
A interioridade, o mundo complexo dos sentimentos e das emoções,
os sonhos, os devaneios e as fantasias;
As viagens dentro de si mesmo, numa incansável fuga ao real (que
desilude e magoa);
Desilusão causada pelo facto de a burguesia no poder ter virado as
costas ao povo e se ter transformado numa nova elite dominadora;
O avanço da industrialização e urbanização e dos problemas sociais
daí decorrentes;
História A, Módulo 5, História A
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26. Os românticos defendem o isolamento da alma na comunhão com
a Natureza, na exaltação do mundo rural, puro, e no interesse
pelas sociedades primitivas ou exóticas, não maculadas pela
civilização oriental;
A valorização do passado de cada nação, cujas raízes mergulhavam
na Idade Média, agora idealizada através da literatura e das suas
ruínas;
Fuga para o exótico Oriente;
História A, Módulo 5, História A
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27. Os heróis românticos estão em constante luta contra o mundo,
sentem-se incompreendidos e permanentemente insatisfeitos;
É o mal do século, é o mal de viver;
Eugéne Delacroix,
Mulheres de Argel
História A, Módulo 5, História A
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28. A Revolução Industrial dos finais do século XVIII, transformou o
Mundo;
Os homens emigraram para as cidades onde se sentiam
desenraizados;
As cidades crescem e tornam-se lugares anónimos e cinzentos;
As revoluções liberais tinham trazido consigo muita violência e
destruição;
Perante este quadro desenvolveu-se um espírito de instabilidade e
de inquietação;
Existe uma fuga ao racionalismo e do Humanismo;
O homem do romântico é subjetivo, apaixonado e valoriza os
sentimentos;
História A, Módulo 5, História A
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29. O movimento romântico defende o ideal da liberdade política,
social, artística, cultural, religiosa e económica;
Defendem a liberdade dos povos, defendem as minorias étnicas
contra o poder dos Estados;
Os românticos comprometem-se na luta política;
Eugéne Delacroix, A
liberdade guiando o povo
História A, Módulo 5, História A
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30. O poeta inglês, Lorde Byron morreu a lutar pela libertação da
Grécia;
Muitas obras artísticas e literárias defendem os ideais de liberdade;
No século XIX vários povos libertaram-se ou conseguiram a sua
unificação: Grécia (1832); Itália (1870); Alemanha (1871);
Muitas nacionalidades nasceram nessa época;
Há um grande interesse pela Idade Média porque foi nessa época
que nasceram a maior parte das Nações europeias;
Viollet-le-Duc afirmou que “O Gótico é superior ao classicismo, da
mesma forma que o cristianismo é superior ao paganismo”;
História A, Módulo 5, História A
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31. Os românticos procuram descobrir o património cultural;
A Idade Média tinha sido desvalorizada pelos Humanistas como a
Idade das Trevas;
Os românticos valorizam-na pois é a época em que nasceram as
Nações europeias, a sua identidade cultural e nacional e as suas
raízes históricas, por isso as tradições, as lendas são valorizadas e
nasce o romance histórico;
O nacionalismo romântico promoveu o interesse pela Idade Média;
Walter Scott
História A, Módulo 5, História A
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32. Uma revolução artística
O movimento romântico valorizou:
O individuo;
A procura do exótico;
A Natureza;
A Idade Média (Romance Histórico);
A poesia emotiva;
As emoções;
As literaturas nacionais;
Opôs-se:
Ao racionalismo do neoclássico.
História A, Módulo 5, História A
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33. O romantismo procurou libertar o artista de todas as regras,
cultivou a inspiração e a originalidade como os valores
fundamentais da arte;
Procura os sentimentos, os sonhos a fuga à realidade;
As primeira sobras românticas surgiram no século XVIII:
James MacPherson, Poemas d’Ossian;
Goethe, Os sofrimentos do Jovem Werther;
Schiller, Os Bandidos;
Goethe
História A, Módulo 5, História A
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34. Poesia:
Lord Byron, Shelley, Keats, Chateaubriand;
Teatro:
Victor Hugo, com a peça “O Hernani”, 1830, quebrou com a
tradicional divisão entre tragédia e comédia, criando um novo
género, o drama (é um peça teatral de caráter sério, não cómico,
que apresenta um desenvolvimento de factos e circunstâncias
compatíveis com os da vida real);
Romance:
Surge o romance histórico (mistura de História e ficção,
reconstrução ficcionada de acontecimentos históricos);
Walter Scott, Madame de Staël, Victor Hugo, George Sand,
Alexandre Dumas (pai);
História A, Módulo 5, História A
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35. A pintura romântica reage contra o racionalismo e a frieza do
neoclassicismo;
Théodore Géricault, A
jangada da Medusa
História A, Módulo 5, História A
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36. É uma pintura emocional, colorida, vibrante plena de movimento;
Os pintores românticos lutaram pela livre expressão;
Defendiam a imaginação, o sonho, os sentimentos, a sensibilidade;
Vão-se emancipar da encomenda, pintando segundo a inspiração;
Surge uma pintura individualizada: quer a nível temático, quer a
nível estilístico;
Henri Füssli, O pesadelo
História A, Módulo 5, História A
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37. As temáticas românticas:
Históricas: preferência por temas medievais, com uma leitura
exaltada dos acontecimentos e a valorização do herói;
Literárias: inspiração na literatura do passado, sobretudo
medieval (romances de cavalaria);
Mitológicas: relevo para a mitologia cristã e nórdica;
Retrato: não apenas os retratos oficiais mas também de pessoas
anónimas, tentativa de realizar o retrato psicológico;
Costumes populares: feiras, romarias, festas, etc.;
Vida animal: animais selvagens;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
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38. Temas inspirados no mundo do sonho (onírico): inspiração no
mundo interior, na imaginação, na fantasia, no subconsciente, no
absurdo;
Paisagens: retratada de uma forma bucólica ou dramática;
Temas exóticos: inspiração em civilizações não europeias, África,
China, Índia, etc.;
Temas da atualidade político-social da época: naufrágios,
revoltas sociais, lutas nacionalistas e independentistas;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
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39. Os modos de execução (características estilísticas)
Existe uma grande diversidade estilística;
A pintura romântica é caracterizada pela espontaneidade e
individualismo;
Apresenta um tratamento realista da forma e a cor é utilizada de
uma forma livre, emocional;
Alguns autores apresentam significativas inovações:
Simplificação do desenho das formas e no tratamento do claroescuro;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
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41. Traços estilísticos comuns:
Prevalece a cor sobre o desenho: paleta cromática variada,
fortes contrastes cromáticos, intensos efeitos de claro-escuro;
A luz foi, frequentemente, focalizada para o assunto que se
queria evidenciar, iluminando sentimentos;
Utilizam, por vezes, sombras coloridas, conseguidas com cores
opostas, que ajudam a definir esta pintura vigorosa e dinâmica;
O assunto base era, muitas vezes, envolvido por um cenário
natural dramático, animado pela violência dos elementos, de
modo a reforçar a emotividade da cena principal;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
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43. Pincelada larga, fluida, espontânea, definindo formas menos
nítidas (ao contrário dos nítidos contornos da pintura
neoclássica);
Composição com estruturas agitadas, movimentadas, linhas
obliquas e sinuosas que reforçam o dramatismo;
Figura humana por vezes representada em atitudes
contrastadas, reforçando o dramatismo;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
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46. Goya, O 3 de Maio em Madrid, 1814
História A, Módulo 5, História A
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47. Principais pintores:
França: Théodore Géricault (1791-1824); Eugéne Delacroix (17981863);
Alemanha: Caspar David Friedrich (1774-1840);
Espanha: Francisco Goya (1746-1828);
Inglaterra: William Blake (1757-1827); John Constable (1776-18379;
William Turner (1755-1851);
Suíça: Henri Füssli (1741-1825);
Estados Unidos: Benjamim West (1738-1820); John Singleton
Copley (1738-1815);
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
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48. Na arquitetura a procura de uma nova estética, não conduziu a um
novo estilo;
Levou à reprodução de estilos de outros tempos e outros lugares;
Sobretudo os não influenciados pelo Classicismo (Idade Média e
países do Oriente e África);
John Nash, Pavilhão Real
de Brighton, Inglaterra,
1821
História A, Módulo 5, História A
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49. Ao longo do século XIX, foram-se desenvolvendo os revivalismos
históricos na arquitetura romântica: neorromânico, neogótico,
neoárabe, neobarroco, etc.;
Procuram alimentar a imaginação romântica;
Em meados do século surgem os ecletismos: combinação de vários
estilos no mesmo edifício;
F. Bau e T. Ballu, Igreja de Santa
Clotilde, Paris
História A, Módulo 5, História A
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50. Os arquitetos românticos procuraram a irregularidade, o
organicismo das formas, os efeitos de luz, o movimento, a
decoração pitoresca e exótica;
Tudo o que provocasse: encantamento, evasão, estimulasse os
sentidos e a imaginação, fosse um convite ao sonho e à fantasia,
evocação de realidades imaginárias ou distantes;
A arquitetura devia provocar emoções, motivar estados de espírito e
transmitir ideias;
G. Von Dollmann, Castelo
de Neuschanstein, 1870,
Baviera, Alemanha
História A, Módulo 5, História A
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51. O gosto pelas culturas exóticas deu origem aos exotismos;
É uma forma de alimentar o espírito romântico de fuga, de viagens, a
procura de terras e ambientes estranhos;
Desenvolve-se o colecionismo de estampas japonesas;
História A, Módulo 5, História A
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52. Por exigência dos materiais em que se exprime (mármore, bronze,
madeira, etc.) a escultura tem uma conceção mais lenta e por isso
menos espontânea;
Esta situação opunha-se à espontaneidade defendida pelos
artistas românticos;
A escultura ocupou um lugar secundário no movimento
romântico;
François Rude, A
Marselhesa
História A, Módulo 5, História A
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53. A escultura romântica teve um maior desenvolvimento em França;
As temáticas mais usadas: Inspiradas na Natureza; Carácter
alegórico e fantasista; Temas históricos e literários; Retrato;
Procuram o sentido dramático, as emoções, os contrastes de luz e
sombra e cheio/vazio;
As composições são movimentadas;
Exaltação da expressividade;
August Préault,
Massacre, Bronze
História A, Módulo 5, História A
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54. A música do romantismo desenvolveu a expressividade e
subjetividade das emoções;
Desenvolveu a melodia;
Surge a tendência para o teatral e grandioso (sinfonia), destaca-se
Beethoven;
Inspiração na poesia (Schubert);
Revivalismo do folclore musical (Sibelius);
Procura do virtuosismo musical (Chopin);
Afirmação da ópera (Puccini, Verdi, Wagner)
História A, Módulo 5, História A
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55. Wagner foi o maior expoente do romantismo.
Tristão e Isolda
http://www.youtube.com/watch?v=1CNBIJj1CFM
História A, Módulo 5, História A
55
56. O Romantismo em Portugal
Almeida Garrett e Alexandre Herculano foram os introdutores do
Romantismo em Portugal;
O Romantismo em Portugal apresenta as mesmas características do
europeu: valorização do indivíduo, das emoções, da Idade Média,
procura o popular, o folclore;
História A, Módulo 5, História A
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57. Os poemas Camões (1825) e D. Branca (1826) de Garrett iniciam o
romantismo em Portugal;
Frei Luís de Sousa revolucionou o teatro português;
Escreveu romances históricos: Arco de Sant’Ana e as Viagens da
Minha Terra;
Pesquisou sobre as raízes populares da literatura portuguesa (O
Cancioneiro, O Romanceiro);
Foi um político liberal, esteve refugiado em França e Inglaterra;
História A, Módulo 5, História A
57
58. Alexandre Herculano, foi um político, defensor da Carta
Constitucional e um escritor que se notabilizou sobretudo no
romance histórico (O Monge de Cister, O Bobo, Eurico, o Presbítero);
Também foi historiador e escreveu uma História de Portugal;
Esteve exiliado em França;
História A, Módulo 5, História A
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59. Camilo Castelo Branco foi outro dos grandes autores românticos;
A sua obra prima foi Amor de Perdição
Camilo também teve uma vida pessoal agitada e dramática;
No último quartel do século XIX começa a desenvolver-se uma
corrente contra o Romantismo, a Geração de 70 (Antero Quental,
Teófilo Braga, Eça de Queirós) que defendiam o Realismo;
História A, Módulo 5, História A
59
60. Na arquitetura o romantismo entrou em Portugal pela mão do
príncipe D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, marido de D. Maria II;
Encomendou ao engenheiro, barão de Eschwege, o Palácio da Pena,
em Sintra (1838-1868/1885);
História A, Módulo 5, História A
60
61. O Palácio de Sintra é um dos exemplos do ecletismo (mistura de
estilos) nacional;
Palácio da
Pena, salão
árabe
História A, Módulo 5, História A
61
62. Em Portugal os revivalismo tiveram um carácter marcadamente
nacionalista, revivendo o período áureo dos Descobrimentos –
surge o Neomanuelino;
Luigi Manini, Palácio-Hotel do Buçaco, 1888-1907
História A, Módulo 5, História A
62
63. L. Manini, Palácio da Regaleira, Sintra
José Luís Monteiro, Estação do Rossio, Lisboa
História A, Módulo 5, História A
63
64. Os exotismos tiveram uma preferência pelo estilo Neoárabe, como
consequência da nossa história;
A. J. Dias da Silva, Praça de Touro do Campo Pequeno, 1892, Lisboa
História A, Módulo 5, História A
64
65. A estética romântica entrou tardiamente na pintura portuguesa;
Nunca possuiu um programa concreto nem objetivos bem
definidos;
Os temas pintados foram sobretudo cenas de género, e paisagens,
pintura histórica (sobretudo medieval) e festas populares;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
65
66. Principais autores:
Augusto Roquemont (1804-1852);
Luís Pereira Meneses (1817-1878), excelente retratista;
Tomás da Anunciação (1818-1879), pintor de temas rurais e
campestres;
João Cristino da Silva (1829-1877), paisagista e pintor de género;
Leonel Marques Pereira (1828-1892), pintor de costumes
populares;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
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67. Augusto Roquemont, Festa popular
Luís Pereira Meneses, retrato de D. Carlota
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
67
68. Tomás da Anunciação, Vista d’Amora
João Cristino da Silva, Cinco Artistas
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
68
70. Em Portugal, na escultura, apesar da forte tradição neoclássica,
distinguem-se os seguintes escultores românticos:
Vítor Bastos (1828-1894);
Costa Mota Tio (1861-1930);
Anatole Camels (1822-1906), francês estabelecido em Portugal;
Vítor Bastos, Monumento a
Camões
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
70
71. Costa Mota Tio, Monumento a Afonso de Albuquerque
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo
71
73. Esquema in “Preparação para o
Exame Nacional, História A 11, Porto
Editora
História A, Módulo 5, História A
73
74. Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
Preparação para o Exame Nacional, História A, 11, Porto Editora,
2013
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