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História A - Módulo 5
O Liberalismo – ideologia e revolução, modelos e
práticas nos séculos XVIII e XIX

Unidade 5
O legado do Liberalismo na primeira metade do
século XIX
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
História A, Módulo 5, História A

1
O Estado como garante da ordem liberal

Durante o século XIX implantou-se um novo sistema político,
económico, cultural e social, o Liberalismo;
A implantação do Liberalismo levou ao desaparecimento do Antigo
Regime e ao início da Idade Contemporânea;
O Liberalismo defende os direitos do indivíduo, são os direitos
naturais, são inerentes à condição humana;

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2
Os direitos naturais:
Direito à liberdade – o mais importante pois engloba todos os
outros (liberdade de expressão, liberdade de reunião, liberdade
religiosa, etc.;
Direito à igualdade – todos são iguais perante a lei. A distinção
social é baseada na riqueza dos indivíduos. A questão da
escravatura (contrária aos direitos naturais colocou-se em muitos
países);

Direito à segurança e à propriedade - a burguesia dá importância
à posse de bens e propriedades. Os mais ricos são os mais
instruídos, é uma ideia típica dos liberais que levou ao sufrágio
censitário que excluía os mais pobres da vida apolítica
História A, Módulo 5, História A

3
O cidadão (interveniente na política) substitui o súbdito do Antigo
Regime;
O cidadão intervém na governação, é um ator político;
O cidadão participa na vida política como eleitor, como detentor de
cargos políticos;
O cidadão participa nas assembleias e clubes, nos grupos de
discussão, escrevendo livros ou artigos nos jornais;
A defesa dos direitos individuais previa o direito à liberdade
religiosa dos indivíduos;
Os liberais defendem a liberdade individual (civil, religiosa, política,
económica);

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4
No entanto esta cidadania política tinha restrições, só os cidadãos
com uma razoável situação económica tinham a possibilidade de
ocupar cargos públicos;
Considerava-se que estes cidadãos tinham mais oportunidades de
se instruírem e por conseguinte poderiam governar melhor;
A burguesia aproveitou-se da situação para dominar o poder
político através do sufrágio censitário;
O liberalismo moderado fez do Estado um defensor da ordem social
burguesa;
Para o Liberalismo moderado a soberania nacional não era igual a
soberania popular, por isso Liberalismo e Democracia são duas
conceções diferentes;

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5
O Liberalismo político; A secularização das instituições

O Liberalismo pretende um Estado neutro que respeite e proteja as
liberdades dos cidadãos e aplique uma lei igual para todos;
O poder era limitado pela Constituição, pela separação dos poderes
do estado, pela soberania nacional exercida por uma representação
e pela secularização das instituições;

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6
O constitucionalismo

Os Liberais legitimam o seu poder através da Constituição (conjunto
das leis fundamentais), é um regime assente na ordem jurídica que
substitui o Antigo Regime que estava baseado no costume;
Os regimes liberais podem ser monarquias ou repúblicas;
As constituições liberais podem resultar de dois processos
diferentes: votadas pelos representantes da Nação (Constituição)
ou outorgadas por um rei (Carta Constitucional);
Os liberais moderados defendiam que devia ser o rei a outorgar um
documento à Nação.

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7
Os liberais moderados defendem a divisão dos poderes do Estado
(judicial, executivo e legislativo) como forma de evitar que um
destes poderes concentre a totalidade das competências políticas
caindo assim no despotismo;
Os liberais moderados defendem o reforço do poder executivo tal
como existe em Inglaterra;
O reforço do poder executivo foi executado em França (Carta de
1814) e em Portugal com a Carta Constitucional (1826);

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8
Os liberais moderados defendem a soberania nacional entregue a
uma representação (deputados) dos mais cultos e inteligentes que
eram aqueles que eram mais abastados;
Só os cidadãos com um determinado grau de fortuna podiam eleger
e ser eleitos para o parlamento, que exercia as funções legislativas;
Os liberais moderados, eram, na sua maioria, defensores do
bicameralismo;
Bicameralismo – existência de duas câmaras no parlamento:
Câmara Baixa – deputados eleitos;
Câmara Alta – nobres e personalidades escolhidas pelo soberano;

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9
Para os liberais o Estado é laico, o temporal separa-se do espiritual
e as instituições são secularizadas;
Para os liberais a questão religiosa é íntima e pessoal e não pode ser
imposta pelo Estado às pessoas, por isso propõem a separação
entre o Estado e a Igreja;
Criaram o registo civil (nascimentos, casamentos, óbitos. No Antigo
Regime esta responsabilidade era exercida pela Igreja;
Desenvolveram uma rede de ensino e de assistência (hospitais)
laica;
A escola pública foi um instrumento de divulgação das virtudes
cívicas (fraternidade, patriotismo, tolerância) que se pretendia
substituir à fé, subserviência e caridade cristã pregadas pelo padres;

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10
As expropriações e nacionalizações das propriedades das ordens
religiosas debilitaram o poder económico da Igreja;
A Igreja submeteu-se ao poder político;
Foram publicadas numerosas leis que retiraram ao clero privilégios;
No século XIX e inícios do século XX assiste-se à descristianização
dos costumes e até a alguns episódios de anticlericalismo (a Igreja,
é muitas vezes associada ao Antigo Regime);
Devido à secularização (sujeição às leis da Nação) a Igreja perdeu
os seus privilégios;

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11
O Liberalismo económico; O direito à propriedade privada e à livre
iniciativa

O Liberalismo económico opõe-se à intervenção do Estado na
economia;
O liberalismo económico é o produto das ideias de Adam Smith
(1723-1790), Quesnay (1694-1774) e Gournay (1712-1759);

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12
Quesnay foi o criador do fisiocratismo, teoria económica que
defende que a base da riqueza de um país reside na agricultura;
Os agricultores devem cultivar e comercializar os seus produtos
livremente;
O fisiocratismo foi a base ideológica da revolução agrícola inglesa do
século XVIII;

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13
Gournay defendeu a liberdade de concorrência que se traduz na
expressão “laissez faire, laissez passer” (deixai fazer, deixai passar);
É o ideal do liberalismo económico;

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14
Adam Smith defende que o trabalho é a verdadeira fonte de
riqueza;
A riqueza do Estado depende da existência do direito individual à
propriedade privada e à busca de fortuna;
A vantagem pessoal identifica-se com o interesse da coletividade;

História A, Módulo 5, História A

15
Adam Smith afirmou que “Quando o indivíduo trabalha para si
próprio, serve a sociedade com mais eficácia do que quando
trabalha para o interesse social”;
Só a livre iniciativa em busca da riqueza promoveria o trabalho, a
acumulação de capital e o investimento, isto é, o progresso
económico;
Segundo este economista o Estado deve abster de participar na
economia, pois o mercado rege-se por leis próprias, a lei da oferta
e da procura que se encarregariam de equilibrar o consumo e a
produção;
Não deve existir nenhum entrave à livre concorrência;

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16
Adam Smith foi o grande teórico do liberalismo económico;
O Estado não devia de ter qualquer intervenção na economia, não
devia impor limites de produção, criar monopólios, lançar
impostos, ou tabelar preços ou salários;
O Estado apenas deveria facilitar a produção, estabelecer a ordem,
proteger a propriedade e fazer funcionar a justiça;
Adam Smith foi o grande defensor da iniciativa privada;
Foi a afirmação dos interesses da burguesia e do capitalismo, e foi
posta em prática na maior parte dos países de regime liberal;

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17
Os limites da universalidade dos Direitos Humanos; A
problemática da abolição da escravatura

Os liberais definiram a liberdade, a igualdade e a propriedade
como direitos humanos universais;
Mas na realidade o Estado Liberal nem sempre garantiu essa
universalidade;
A propriedade nunca foi um direito natural;
A igualdade nunca foi uma realidade, o voto censitário transformava
a esmagadora maioria dos cidadãos em “cidadãos passivos”;
O princípio da liberdade, o mais sagrado para os liberais, chocava
frontalmente com a prática da escravatura;

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18
Em França os primeiros debates em relação à escravatura tiveram
lugar na Assembleia Constituinte, em maio de 1791, e foram
concedidos direitos civis aos homens livres de cor, em setembro foi
abolida a escravatura na metrópole mas continuou nas colónias;
A polémica entre abolicionistas e defensores da escravatura vai
subindo de tom;
Em São Domingos (Antilhas) eclodiu uma revolta de escravos;
O governo da Convenção decreta a abolição da escravatura nas
colónias (fevereiro de 1794);
Perante as pressões dos grandes proprietários, em maio de 1802,
Napoleão restabelece a escravatura nas colónias;
Só a revolução republicana de fevereiro de 1848 irá acabar
definitivamente com a escravatura;

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19
Nos Estados Unidos da América a escravatura, pela Constituição,
estava ao critério dos diversos estados;
Em meados do século XIX, o Congresso americano declarou a
intenção de proibir a escravatura nos novos territórios que iriam ser
convertidos em estados;

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20
Os estados do Sul, onde a economia assentava no cultivo de
algodão e tabaco eram contra a abolição;
Os do norte cuja economia dependia das atividades industriais e
comerciais apoiavam as ideias abolicionistas;
Em 1860, é eleito presidente dos EUA, Abraham Lincoln, um
defensor do abolicionismo;
Onze estados do sul formam uma confederação e saíram da União;
De 1861 a 1865, trava-se a Guerra da Secessão, que devastou o
país;
Em 1963, foi proclamada a abolição da escravatura nos EUA;
Em dezembro de 1865, a 13ª emenda à Constituição dos EUA pôs
fim à escravatura nos EUA;
A 15ª emenda à Constituição (fevereiro de 1869) reconhece direitos
políticos aos negros;
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21
Em Portugal a questão da abolição da escravatura começou pela
questão de proibir o tráfico negreiro;
O visconde de Sá da Bandeira (governo setembrista, dezembro de
1836) decreta a proibição de tráfico de escravos nas colónias
portuguesas a sul do equador;
Esta medida foi tomada depois da independência do Brasil e surgiu
da necessidade de promover a colonização de África;
A Inglaterra pressionava o país para abolir a escravatura (interesse
económico britânico);
Em fevereiro de 1869, o rei D. Luís assinava o decreto emanado do
governo do Marquês de Sá da Bandeira que abolia a escravatura em
todo o território nacional;

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22
O Romantismo, expressão da ideologia liberal
O início do século XIX foi caracterizado pelo surgir de uma nova
corrente artística e cultural, o Romantismo;
Valorizam a sensibilidade, os sentimentos e as emoções;
Para eles a arte não é um conjunto de regras académicas, mas uma
“revelação da alma”, produto da inspiração e do génio;
O Romantismo é uma corrente que valoriza os sentimentos, a
sensibilidade, a fuga às regras, exalta a liberdade;
Foi um movimento cultural e artístico mas também um estado de
espírito que dominou a primeira metade do século XIX;
Manifestou-se nas artes plásticas, arquitetura, literatura e na
música;
História A, Módulo 5, História A

23
Caspar David
Friedrich, Viajante
junto a um mar de
névoa

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24
Os românticos concentravam a sua atenção no indivíduo;
Um indivíduo sentimental e arrebatado, que se abandona à solidão e
à dor;
Surge o culto do eu;
Do idealismo revolucionário, surge o herói romântico;
O Romantismo defende os seguintes princípios:
A interioridade, o mundo complexo dos sentimentos e das emoções,
os sonhos, os devaneios e as fantasias;
As viagens dentro de si mesmo, numa incansável fuga ao real (que
desilude e magoa);
Desilusão causada pelo facto de a burguesia no poder ter virado as
costas ao povo e se ter transformado numa nova elite dominadora;
O avanço da industrialização e urbanização e dos problemas sociais
daí decorrentes;
História A, Módulo 5, História A

25
Os românticos defendem o isolamento da alma na comunhão com
a Natureza, na exaltação do mundo rural, puro, e no interesse
pelas sociedades primitivas ou exóticas, não maculadas pela
civilização oriental;
A valorização do passado de cada nação, cujas raízes mergulhavam
na Idade Média, agora idealizada através da literatura e das suas
ruínas;
Fuga para o exótico Oriente;

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26
Os heróis românticos estão em constante luta contra o mundo,
sentem-se incompreendidos e permanentemente insatisfeitos;
É o mal do século, é o mal de viver;
Eugéne Delacroix,
Mulheres de Argel

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27
A Revolução Industrial dos finais do século XVIII, transformou o
Mundo;
Os homens emigraram para as cidades onde se sentiam
desenraizados;
As cidades crescem e tornam-se lugares anónimos e cinzentos;
As revoluções liberais tinham trazido consigo muita violência e
destruição;
Perante este quadro desenvolveu-se um espírito de instabilidade e
de inquietação;
Existe uma fuga ao racionalismo e do Humanismo;
O homem do romântico é subjetivo, apaixonado e valoriza os
sentimentos;

História A, Módulo 5, História A

28
O movimento romântico defende o ideal da liberdade política,
social, artística, cultural, religiosa e económica;
Defendem a liberdade dos povos, defendem as minorias étnicas
contra o poder dos Estados;
Os românticos comprometem-se na luta política;

Eugéne Delacroix, A
liberdade guiando o povo

História A, Módulo 5, História A

29
O poeta inglês, Lorde Byron morreu a lutar pela libertação da
Grécia;
Muitas obras artísticas e literárias defendem os ideais de liberdade;
No século XIX vários povos libertaram-se ou conseguiram a sua
unificação: Grécia (1832); Itália (1870); Alemanha (1871);
Muitas nacionalidades nasceram nessa época;
Há um grande interesse pela Idade Média porque foi nessa época
que nasceram a maior parte das Nações europeias;

Viollet-le-Duc afirmou que “O Gótico é superior ao classicismo, da
mesma forma que o cristianismo é superior ao paganismo”;

História A, Módulo 5, História A

30
Os românticos procuram descobrir o património cultural;
A Idade Média tinha sido desvalorizada pelos Humanistas como a
Idade das Trevas;
Os românticos valorizam-na pois é a época em que nasceram as
Nações europeias, a sua identidade cultural e nacional e as suas
raízes históricas, por isso as tradições, as lendas são valorizadas e
nasce o romance histórico;
O nacionalismo romântico promoveu o interesse pela Idade Média;

Walter Scott

História A, Módulo 5, História A

31
Uma revolução artística
O movimento romântico valorizou:
O individuo;
A procura do exótico;
A Natureza;
A Idade Média (Romance Histórico);
A poesia emotiva;
As emoções;
As literaturas nacionais;
Opôs-se:
Ao racionalismo do neoclássico.

História A, Módulo 5, História A

32
O romantismo procurou libertar o artista de todas as regras,
cultivou a inspiração e a originalidade como os valores
fundamentais da arte;
Procura os sentimentos, os sonhos a fuga à realidade;
As primeira sobras românticas surgiram no século XVIII:
James MacPherson, Poemas d’Ossian;
Goethe, Os sofrimentos do Jovem Werther;
Schiller, Os Bandidos;

Goethe

História A, Módulo 5, História A

33
Poesia:
Lord Byron, Shelley, Keats, Chateaubriand;
Teatro:
Victor Hugo, com a peça “O Hernani”, 1830, quebrou com a
tradicional divisão entre tragédia e comédia, criando um novo
género, o drama (é um peça teatral de caráter sério, não cómico,
que apresenta um desenvolvimento de factos e circunstâncias
compatíveis com os da vida real);
Romance:
Surge o romance histórico (mistura de História e ficção,
reconstrução ficcionada de acontecimentos históricos);
Walter Scott, Madame de Staël, Victor Hugo, George Sand,
Alexandre Dumas (pai);

História A, Módulo 5, História A

34
A pintura romântica reage contra o racionalismo e a frieza do
neoclassicismo;

Théodore Géricault, A
jangada da Medusa

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35
É uma pintura emocional, colorida, vibrante plena de movimento;
Os pintores românticos lutaram pela livre expressão;
Defendiam a imaginação, o sonho, os sentimentos, a sensibilidade;
Vão-se emancipar da encomenda, pintando segundo a inspiração;
Surge uma pintura individualizada: quer a nível temático, quer a
nível estilístico;

Henri Füssli, O pesadelo

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36
As temáticas românticas:

Históricas: preferência por temas medievais, com uma leitura
exaltada dos acontecimentos e a valorização do herói;
Literárias: inspiração na literatura do passado, sobretudo
medieval (romances de cavalaria);
Mitológicas: relevo para a mitologia cristã e nórdica;
Retrato: não apenas os retratos oficiais mas também de pessoas
anónimas, tentativa de realizar o retrato psicológico;
Costumes populares: feiras, romarias, festas, etc.;
Vida animal: animais selvagens;

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37
Temas inspirados no mundo do sonho (onírico): inspiração no
mundo interior, na imaginação, na fantasia, no subconsciente, no
absurdo;
Paisagens: retratada de uma forma bucólica ou dramática;
Temas exóticos: inspiração em civilizações não europeias, África,
China, Índia, etc.;
Temas da atualidade político-social da época: naufrágios,
revoltas sociais, lutas nacionalistas e independentistas;

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38
Os modos de execução (características estilísticas)

Existe uma grande diversidade estilística;
A pintura romântica é caracterizada pela espontaneidade e
individualismo;
Apresenta um tratamento realista da forma e a cor é utilizada de
uma forma livre, emocional;
Alguns autores apresentam significativas inovações:
Simplificação do desenho das formas e no tratamento do claroescuro;

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39
William Turner,
Funeral no mar

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40
Traços estilísticos comuns:
Prevalece a cor sobre o desenho: paleta cromática variada,
fortes contrastes cromáticos, intensos efeitos de claro-escuro;
A luz foi, frequentemente, focalizada para o assunto que se
queria evidenciar, iluminando sentimentos;
Utilizam, por vezes, sombras coloridas, conseguidas com cores
opostas, que ajudam a definir esta pintura vigorosa e dinâmica;
O assunto base era, muitas vezes, envolvido por um cenário
natural dramático, animado pela violência dos elementos, de
modo a reforçar a emotividade da cena principal;

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41
Goya, Nu

História A, Módulo 5, História A

42
Pincelada larga, fluida, espontânea, definindo formas menos
nítidas (ao contrário dos nítidos contornos da pintura
neoclássica);
Composição com estruturas agitadas, movimentadas, linhas
obliquas e sinuosas que reforçam o dramatismo;
Figura humana por vezes representada em atitudes
contrastadas, reforçando o dramatismo;

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43
Caspar David Friedrich,
O caçador na floresta

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44
Eugéne Delacroix, Massacre de
Quios

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45
Goya, O 3 de Maio em Madrid, 1814

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46
Principais pintores:
França: Théodore Géricault (1791-1824); Eugéne Delacroix (17981863);
Alemanha: Caspar David Friedrich (1774-1840);
Espanha: Francisco Goya (1746-1828);
Inglaterra: William Blake (1757-1827); John Constable (1776-18379;
William Turner (1755-1851);
Suíça: Henri Füssli (1741-1825);
Estados Unidos: Benjamim West (1738-1820); John Singleton
Copley (1738-1815);

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47
Na arquitetura a procura de uma nova estética, não conduziu a um
novo estilo;
Levou à reprodução de estilos de outros tempos e outros lugares;
Sobretudo os não influenciados pelo Classicismo (Idade Média e
países do Oriente e África);

John Nash, Pavilhão Real
de Brighton, Inglaterra,
1821

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48
Ao longo do século XIX, foram-se desenvolvendo os revivalismos
históricos na arquitetura romântica: neorromânico, neogótico,
neoárabe, neobarroco, etc.;
Procuram alimentar a imaginação romântica;
Em meados do século surgem os ecletismos: combinação de vários
estilos no mesmo edifício;

F. Bau e T. Ballu, Igreja de Santa
Clotilde, Paris

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49
Os arquitetos românticos procuraram a irregularidade, o
organicismo das formas, os efeitos de luz, o movimento, a
decoração pitoresca e exótica;
Tudo o que provocasse: encantamento, evasão, estimulasse os
sentidos e a imaginação, fosse um convite ao sonho e à fantasia,
evocação de realidades imaginárias ou distantes;
A arquitetura devia provocar emoções, motivar estados de espírito e
transmitir ideias;
G. Von Dollmann, Castelo
de Neuschanstein, 1870,
Baviera, Alemanha

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50
O gosto pelas culturas exóticas deu origem aos exotismos;
É uma forma de alimentar o espírito romântico de fuga, de viagens, a
procura de terras e ambientes estranhos;
Desenvolve-se o colecionismo de estampas japonesas;

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51
Por exigência dos materiais em que se exprime (mármore, bronze,
madeira, etc.) a escultura tem uma conceção mais lenta e por isso
menos espontânea;
Esta situação opunha-se à espontaneidade defendida pelos
artistas românticos;
A escultura ocupou um lugar secundário no movimento
romântico;

François Rude, A
Marselhesa

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52
A escultura romântica teve um maior desenvolvimento em França;
As temáticas mais usadas: Inspiradas na Natureza; Carácter
alegórico e fantasista; Temas históricos e literários; Retrato;
Procuram o sentido dramático, as emoções, os contrastes de luz e
sombra e cheio/vazio;
As composições são movimentadas;
Exaltação da expressividade;

August Préault,
Massacre, Bronze

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53
A música do romantismo desenvolveu a expressividade e
subjetividade das emoções;
Desenvolveu a melodia;
Surge a tendência para o teatral e grandioso (sinfonia), destaca-se
Beethoven;
Inspiração na poesia (Schubert);
Revivalismo do folclore musical (Sibelius);
Procura do virtuosismo musical (Chopin);
Afirmação da ópera (Puccini, Verdi, Wagner)

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54
Wagner foi o maior expoente do romantismo.
Tristão e Isolda

http://www.youtube.com/watch?v=1CNBIJj1CFM

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55
O Romantismo em Portugal

Almeida Garrett e Alexandre Herculano foram os introdutores do
Romantismo em Portugal;
O Romantismo em Portugal apresenta as mesmas características do
europeu: valorização do indivíduo, das emoções, da Idade Média,
procura o popular, o folclore;

História A, Módulo 5, História A

56
Os poemas Camões (1825) e D. Branca (1826) de Garrett iniciam o
romantismo em Portugal;
Frei Luís de Sousa revolucionou o teatro português;
Escreveu romances históricos: Arco de Sant’Ana e as Viagens da
Minha Terra;
Pesquisou sobre as raízes populares da literatura portuguesa (O
Cancioneiro, O Romanceiro);
Foi um político liberal, esteve refugiado em França e Inglaterra;

História A, Módulo 5, História A

57
Alexandre Herculano, foi um político, defensor da Carta
Constitucional e um escritor que se notabilizou sobretudo no
romance histórico (O Monge de Cister, O Bobo, Eurico, o Presbítero);
Também foi historiador e escreveu uma História de Portugal;
Esteve exiliado em França;

História A, Módulo 5, História A

58
Camilo Castelo Branco foi outro dos grandes autores românticos;
A sua obra prima foi Amor de Perdição
Camilo também teve uma vida pessoal agitada e dramática;
No último quartel do século XIX começa a desenvolver-se uma
corrente contra o Romantismo, a Geração de 70 (Antero Quental,
Teófilo Braga, Eça de Queirós) que defendiam o Realismo;

História A, Módulo 5, História A

59
Na arquitetura o romantismo entrou em Portugal pela mão do
príncipe D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, marido de D. Maria II;
Encomendou ao engenheiro, barão de Eschwege, o Palácio da Pena,
em Sintra (1838-1868/1885);

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60
O Palácio de Sintra é um dos exemplos do ecletismo (mistura de
estilos) nacional;

Palácio da
Pena, salão
árabe

História A, Módulo 5, História A

61
Em Portugal os revivalismo tiveram um carácter marcadamente
nacionalista, revivendo o período áureo dos Descobrimentos –
surge o Neomanuelino;

Luigi Manini, Palácio-Hotel do Buçaco, 1888-1907
História A, Módulo 5, História A

62
L. Manini, Palácio da Regaleira, Sintra
José Luís Monteiro, Estação do Rossio, Lisboa

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63
Os exotismos tiveram uma preferência pelo estilo Neoárabe, como
consequência da nossa história;

A. J. Dias da Silva, Praça de Touro do Campo Pequeno, 1892, Lisboa
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64
A estética romântica entrou tardiamente na pintura portuguesa;
Nunca possuiu um programa concreto nem objetivos bem
definidos;
Os temas pintados foram sobretudo cenas de género, e paisagens,
pintura histórica (sobretudo medieval) e festas populares;

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65
Principais autores:
Augusto Roquemont (1804-1852);
Luís Pereira Meneses (1817-1878), excelente retratista;
Tomás da Anunciação (1818-1879), pintor de temas rurais e
campestres;
João Cristino da Silva (1829-1877), paisagista e pintor de género;
Leonel Marques Pereira (1828-1892), pintor de costumes
populares;

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66
Augusto Roquemont, Festa popular
Luís Pereira Meneses, retrato de D. Carlota

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67
Tomás da Anunciação, Vista d’Amora

João Cristino da Silva, Cinco Artistas

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68
Leonel Marques Pereira, Cena de Aldeia

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69
Em Portugal, na escultura, apesar da forte tradição neoclássica,
distinguem-se os seguintes escultores românticos:
Vítor Bastos (1828-1894);
Costa Mota Tio (1861-1930);
Anatole Camels (1822-1906), francês estabelecido em Portugal;

Vítor Bastos, Monumento a
Camões

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70
Costa Mota Tio, Monumento a Afonso de Albuquerque

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71
Anatole Camels, estátua equestre
de D. Pedro IV

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72
Esquema in “Preparação para o
Exame Nacional, História A 11, Porto
Editora
História A, Módulo 5, História A

73
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:

COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
Preparação para o Exame Nacional, História A, 11, Porto Editora,
2013
SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006

História A, Módulo 5, História A

74

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5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos

  • 1. História A - Módulo 5 O Liberalismo – ideologia e revolução, modelos e práticas nos séculos XVIII e XIX Unidade 5 O legado do Liberalismo na primeira metade do século XIX http://divulgacaohistoria.wordpress.com/ História A, Módulo 5, História A 1
  • 2. O Estado como garante da ordem liberal Durante o século XIX implantou-se um novo sistema político, económico, cultural e social, o Liberalismo; A implantação do Liberalismo levou ao desaparecimento do Antigo Regime e ao início da Idade Contemporânea; O Liberalismo defende os direitos do indivíduo, são os direitos naturais, são inerentes à condição humana; História A, Módulo 5, História A 2
  • 3. Os direitos naturais: Direito à liberdade – o mais importante pois engloba todos os outros (liberdade de expressão, liberdade de reunião, liberdade religiosa, etc.; Direito à igualdade – todos são iguais perante a lei. A distinção social é baseada na riqueza dos indivíduos. A questão da escravatura (contrária aos direitos naturais colocou-se em muitos países); Direito à segurança e à propriedade - a burguesia dá importância à posse de bens e propriedades. Os mais ricos são os mais instruídos, é uma ideia típica dos liberais que levou ao sufrágio censitário que excluía os mais pobres da vida apolítica História A, Módulo 5, História A 3
  • 4. O cidadão (interveniente na política) substitui o súbdito do Antigo Regime; O cidadão intervém na governação, é um ator político; O cidadão participa na vida política como eleitor, como detentor de cargos políticos; O cidadão participa nas assembleias e clubes, nos grupos de discussão, escrevendo livros ou artigos nos jornais; A defesa dos direitos individuais previa o direito à liberdade religiosa dos indivíduos; Os liberais defendem a liberdade individual (civil, religiosa, política, económica); História A, Módulo 5, História A 4
  • 5. No entanto esta cidadania política tinha restrições, só os cidadãos com uma razoável situação económica tinham a possibilidade de ocupar cargos públicos; Considerava-se que estes cidadãos tinham mais oportunidades de se instruírem e por conseguinte poderiam governar melhor; A burguesia aproveitou-se da situação para dominar o poder político através do sufrágio censitário; O liberalismo moderado fez do Estado um defensor da ordem social burguesa; Para o Liberalismo moderado a soberania nacional não era igual a soberania popular, por isso Liberalismo e Democracia são duas conceções diferentes; História A, Módulo 5, História A 5
  • 6. O Liberalismo político; A secularização das instituições O Liberalismo pretende um Estado neutro que respeite e proteja as liberdades dos cidadãos e aplique uma lei igual para todos; O poder era limitado pela Constituição, pela separação dos poderes do estado, pela soberania nacional exercida por uma representação e pela secularização das instituições; História A, Módulo 5, História A 6
  • 7. O constitucionalismo Os Liberais legitimam o seu poder através da Constituição (conjunto das leis fundamentais), é um regime assente na ordem jurídica que substitui o Antigo Regime que estava baseado no costume; Os regimes liberais podem ser monarquias ou repúblicas; As constituições liberais podem resultar de dois processos diferentes: votadas pelos representantes da Nação (Constituição) ou outorgadas por um rei (Carta Constitucional); Os liberais moderados defendiam que devia ser o rei a outorgar um documento à Nação. História A, Módulo 5, História A 7
  • 8. Os liberais moderados defendem a divisão dos poderes do Estado (judicial, executivo e legislativo) como forma de evitar que um destes poderes concentre a totalidade das competências políticas caindo assim no despotismo; Os liberais moderados defendem o reforço do poder executivo tal como existe em Inglaterra; O reforço do poder executivo foi executado em França (Carta de 1814) e em Portugal com a Carta Constitucional (1826); História A, Módulo 5, História A 8
  • 9. Os liberais moderados defendem a soberania nacional entregue a uma representação (deputados) dos mais cultos e inteligentes que eram aqueles que eram mais abastados; Só os cidadãos com um determinado grau de fortuna podiam eleger e ser eleitos para o parlamento, que exercia as funções legislativas; Os liberais moderados, eram, na sua maioria, defensores do bicameralismo; Bicameralismo – existência de duas câmaras no parlamento: Câmara Baixa – deputados eleitos; Câmara Alta – nobres e personalidades escolhidas pelo soberano; História A, Módulo 5, História A 9
  • 10. Para os liberais o Estado é laico, o temporal separa-se do espiritual e as instituições são secularizadas; Para os liberais a questão religiosa é íntima e pessoal e não pode ser imposta pelo Estado às pessoas, por isso propõem a separação entre o Estado e a Igreja; Criaram o registo civil (nascimentos, casamentos, óbitos. No Antigo Regime esta responsabilidade era exercida pela Igreja; Desenvolveram uma rede de ensino e de assistência (hospitais) laica; A escola pública foi um instrumento de divulgação das virtudes cívicas (fraternidade, patriotismo, tolerância) que se pretendia substituir à fé, subserviência e caridade cristã pregadas pelo padres; História A, Módulo 5, História A 10
  • 11. As expropriações e nacionalizações das propriedades das ordens religiosas debilitaram o poder económico da Igreja; A Igreja submeteu-se ao poder político; Foram publicadas numerosas leis que retiraram ao clero privilégios; No século XIX e inícios do século XX assiste-se à descristianização dos costumes e até a alguns episódios de anticlericalismo (a Igreja, é muitas vezes associada ao Antigo Regime); Devido à secularização (sujeição às leis da Nação) a Igreja perdeu os seus privilégios; História A, Módulo 5, História A 11
  • 12. O Liberalismo económico; O direito à propriedade privada e à livre iniciativa O Liberalismo económico opõe-se à intervenção do Estado na economia; O liberalismo económico é o produto das ideias de Adam Smith (1723-1790), Quesnay (1694-1774) e Gournay (1712-1759); História A, Módulo 5, História A 12
  • 13. Quesnay foi o criador do fisiocratismo, teoria económica que defende que a base da riqueza de um país reside na agricultura; Os agricultores devem cultivar e comercializar os seus produtos livremente; O fisiocratismo foi a base ideológica da revolução agrícola inglesa do século XVIII; História A, Módulo 5, História A 13
  • 14. Gournay defendeu a liberdade de concorrência que se traduz na expressão “laissez faire, laissez passer” (deixai fazer, deixai passar); É o ideal do liberalismo económico; História A, Módulo 5, História A 14
  • 15. Adam Smith defende que o trabalho é a verdadeira fonte de riqueza; A riqueza do Estado depende da existência do direito individual à propriedade privada e à busca de fortuna; A vantagem pessoal identifica-se com o interesse da coletividade; História A, Módulo 5, História A 15
  • 16. Adam Smith afirmou que “Quando o indivíduo trabalha para si próprio, serve a sociedade com mais eficácia do que quando trabalha para o interesse social”; Só a livre iniciativa em busca da riqueza promoveria o trabalho, a acumulação de capital e o investimento, isto é, o progresso económico; Segundo este economista o Estado deve abster de participar na economia, pois o mercado rege-se por leis próprias, a lei da oferta e da procura que se encarregariam de equilibrar o consumo e a produção; Não deve existir nenhum entrave à livre concorrência; História A, Módulo 5, História A 16
  • 17. Adam Smith foi o grande teórico do liberalismo económico; O Estado não devia de ter qualquer intervenção na economia, não devia impor limites de produção, criar monopólios, lançar impostos, ou tabelar preços ou salários; O Estado apenas deveria facilitar a produção, estabelecer a ordem, proteger a propriedade e fazer funcionar a justiça; Adam Smith foi o grande defensor da iniciativa privada; Foi a afirmação dos interesses da burguesia e do capitalismo, e foi posta em prática na maior parte dos países de regime liberal; História A, Módulo 5, História A 17
  • 18. Os limites da universalidade dos Direitos Humanos; A problemática da abolição da escravatura Os liberais definiram a liberdade, a igualdade e a propriedade como direitos humanos universais; Mas na realidade o Estado Liberal nem sempre garantiu essa universalidade; A propriedade nunca foi um direito natural; A igualdade nunca foi uma realidade, o voto censitário transformava a esmagadora maioria dos cidadãos em “cidadãos passivos”; O princípio da liberdade, o mais sagrado para os liberais, chocava frontalmente com a prática da escravatura; História A, Módulo 5, História A 18
  • 19. Em França os primeiros debates em relação à escravatura tiveram lugar na Assembleia Constituinte, em maio de 1791, e foram concedidos direitos civis aos homens livres de cor, em setembro foi abolida a escravatura na metrópole mas continuou nas colónias; A polémica entre abolicionistas e defensores da escravatura vai subindo de tom; Em São Domingos (Antilhas) eclodiu uma revolta de escravos; O governo da Convenção decreta a abolição da escravatura nas colónias (fevereiro de 1794); Perante as pressões dos grandes proprietários, em maio de 1802, Napoleão restabelece a escravatura nas colónias; Só a revolução republicana de fevereiro de 1848 irá acabar definitivamente com a escravatura; História A, Módulo 5, História A 19
  • 20. Nos Estados Unidos da América a escravatura, pela Constituição, estava ao critério dos diversos estados; Em meados do século XIX, o Congresso americano declarou a intenção de proibir a escravatura nos novos territórios que iriam ser convertidos em estados; História A, Módulo 5, História A 20
  • 21. Os estados do Sul, onde a economia assentava no cultivo de algodão e tabaco eram contra a abolição; Os do norte cuja economia dependia das atividades industriais e comerciais apoiavam as ideias abolicionistas; Em 1860, é eleito presidente dos EUA, Abraham Lincoln, um defensor do abolicionismo; Onze estados do sul formam uma confederação e saíram da União; De 1861 a 1865, trava-se a Guerra da Secessão, que devastou o país; Em 1963, foi proclamada a abolição da escravatura nos EUA; Em dezembro de 1865, a 13ª emenda à Constituição dos EUA pôs fim à escravatura nos EUA; A 15ª emenda à Constituição (fevereiro de 1869) reconhece direitos políticos aos negros; História A, Módulo 5, História A 21
  • 22. Em Portugal a questão da abolição da escravatura começou pela questão de proibir o tráfico negreiro; O visconde de Sá da Bandeira (governo setembrista, dezembro de 1836) decreta a proibição de tráfico de escravos nas colónias portuguesas a sul do equador; Esta medida foi tomada depois da independência do Brasil e surgiu da necessidade de promover a colonização de África; A Inglaterra pressionava o país para abolir a escravatura (interesse económico britânico); Em fevereiro de 1869, o rei D. Luís assinava o decreto emanado do governo do Marquês de Sá da Bandeira que abolia a escravatura em todo o território nacional; História A, Módulo 5, História A 22
  • 23. O Romantismo, expressão da ideologia liberal O início do século XIX foi caracterizado pelo surgir de uma nova corrente artística e cultural, o Romantismo; Valorizam a sensibilidade, os sentimentos e as emoções; Para eles a arte não é um conjunto de regras académicas, mas uma “revelação da alma”, produto da inspiração e do génio; O Romantismo é uma corrente que valoriza os sentimentos, a sensibilidade, a fuga às regras, exalta a liberdade; Foi um movimento cultural e artístico mas também um estado de espírito que dominou a primeira metade do século XIX; Manifestou-se nas artes plásticas, arquitetura, literatura e na música; História A, Módulo 5, História A 23
  • 24. Caspar David Friedrich, Viajante junto a um mar de névoa História A, Módulo 5, História A 24
  • 25. Os românticos concentravam a sua atenção no indivíduo; Um indivíduo sentimental e arrebatado, que se abandona à solidão e à dor; Surge o culto do eu; Do idealismo revolucionário, surge o herói romântico; O Romantismo defende os seguintes princípios: A interioridade, o mundo complexo dos sentimentos e das emoções, os sonhos, os devaneios e as fantasias; As viagens dentro de si mesmo, numa incansável fuga ao real (que desilude e magoa); Desilusão causada pelo facto de a burguesia no poder ter virado as costas ao povo e se ter transformado numa nova elite dominadora; O avanço da industrialização e urbanização e dos problemas sociais daí decorrentes; História A, Módulo 5, História A 25
  • 26. Os românticos defendem o isolamento da alma na comunhão com a Natureza, na exaltação do mundo rural, puro, e no interesse pelas sociedades primitivas ou exóticas, não maculadas pela civilização oriental; A valorização do passado de cada nação, cujas raízes mergulhavam na Idade Média, agora idealizada através da literatura e das suas ruínas; Fuga para o exótico Oriente; História A, Módulo 5, História A 26
  • 27. Os heróis românticos estão em constante luta contra o mundo, sentem-se incompreendidos e permanentemente insatisfeitos; É o mal do século, é o mal de viver; Eugéne Delacroix, Mulheres de Argel História A, Módulo 5, História A 27
  • 28. A Revolução Industrial dos finais do século XVIII, transformou o Mundo; Os homens emigraram para as cidades onde se sentiam desenraizados; As cidades crescem e tornam-se lugares anónimos e cinzentos; As revoluções liberais tinham trazido consigo muita violência e destruição; Perante este quadro desenvolveu-se um espírito de instabilidade e de inquietação; Existe uma fuga ao racionalismo e do Humanismo; O homem do romântico é subjetivo, apaixonado e valoriza os sentimentos; História A, Módulo 5, História A 28
  • 29. O movimento romântico defende o ideal da liberdade política, social, artística, cultural, religiosa e económica; Defendem a liberdade dos povos, defendem as minorias étnicas contra o poder dos Estados; Os românticos comprometem-se na luta política; Eugéne Delacroix, A liberdade guiando o povo História A, Módulo 5, História A 29
  • 30. O poeta inglês, Lorde Byron morreu a lutar pela libertação da Grécia; Muitas obras artísticas e literárias defendem os ideais de liberdade; No século XIX vários povos libertaram-se ou conseguiram a sua unificação: Grécia (1832); Itália (1870); Alemanha (1871); Muitas nacionalidades nasceram nessa época; Há um grande interesse pela Idade Média porque foi nessa época que nasceram a maior parte das Nações europeias; Viollet-le-Duc afirmou que “O Gótico é superior ao classicismo, da mesma forma que o cristianismo é superior ao paganismo”; História A, Módulo 5, História A 30
  • 31. Os românticos procuram descobrir o património cultural; A Idade Média tinha sido desvalorizada pelos Humanistas como a Idade das Trevas; Os românticos valorizam-na pois é a época em que nasceram as Nações europeias, a sua identidade cultural e nacional e as suas raízes históricas, por isso as tradições, as lendas são valorizadas e nasce o romance histórico; O nacionalismo romântico promoveu o interesse pela Idade Média; Walter Scott História A, Módulo 5, História A 31
  • 32. Uma revolução artística O movimento romântico valorizou: O individuo; A procura do exótico; A Natureza; A Idade Média (Romance Histórico); A poesia emotiva; As emoções; As literaturas nacionais; Opôs-se: Ao racionalismo do neoclássico. História A, Módulo 5, História A 32
  • 33. O romantismo procurou libertar o artista de todas as regras, cultivou a inspiração e a originalidade como os valores fundamentais da arte; Procura os sentimentos, os sonhos a fuga à realidade; As primeira sobras românticas surgiram no século XVIII: James MacPherson, Poemas d’Ossian; Goethe, Os sofrimentos do Jovem Werther; Schiller, Os Bandidos; Goethe História A, Módulo 5, História A 33
  • 34. Poesia: Lord Byron, Shelley, Keats, Chateaubriand; Teatro: Victor Hugo, com a peça “O Hernani”, 1830, quebrou com a tradicional divisão entre tragédia e comédia, criando um novo género, o drama (é um peça teatral de caráter sério, não cómico, que apresenta um desenvolvimento de factos e circunstâncias compatíveis com os da vida real); Romance: Surge o romance histórico (mistura de História e ficção, reconstrução ficcionada de acontecimentos históricos); Walter Scott, Madame de Staël, Victor Hugo, George Sand, Alexandre Dumas (pai); História A, Módulo 5, História A 34
  • 35. A pintura romântica reage contra o racionalismo e a frieza do neoclassicismo; Théodore Géricault, A jangada da Medusa História A, Módulo 5, História A 35
  • 36. É uma pintura emocional, colorida, vibrante plena de movimento; Os pintores românticos lutaram pela livre expressão; Defendiam a imaginação, o sonho, os sentimentos, a sensibilidade; Vão-se emancipar da encomenda, pintando segundo a inspiração; Surge uma pintura individualizada: quer a nível temático, quer a nível estilístico; Henri Füssli, O pesadelo História A, Módulo 5, História A 36
  • 37. As temáticas românticas: Históricas: preferência por temas medievais, com uma leitura exaltada dos acontecimentos e a valorização do herói; Literárias: inspiração na literatura do passado, sobretudo medieval (romances de cavalaria); Mitológicas: relevo para a mitologia cristã e nórdica; Retrato: não apenas os retratos oficiais mas também de pessoas anónimas, tentativa de realizar o retrato psicológico; Costumes populares: feiras, romarias, festas, etc.; Vida animal: animais selvagens; Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 37
  • 38. Temas inspirados no mundo do sonho (onírico): inspiração no mundo interior, na imaginação, na fantasia, no subconsciente, no absurdo; Paisagens: retratada de uma forma bucólica ou dramática; Temas exóticos: inspiração em civilizações não europeias, África, China, Índia, etc.; Temas da atualidade político-social da época: naufrágios, revoltas sociais, lutas nacionalistas e independentistas; Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 38
  • 39. Os modos de execução (características estilísticas) Existe uma grande diversidade estilística; A pintura romântica é caracterizada pela espontaneidade e individualismo; Apresenta um tratamento realista da forma e a cor é utilizada de uma forma livre, emocional; Alguns autores apresentam significativas inovações: Simplificação do desenho das formas e no tratamento do claroescuro; Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 39
  • 40. William Turner, Funeral no mar História A, Módulo 5, História A 40
  • 41. Traços estilísticos comuns: Prevalece a cor sobre o desenho: paleta cromática variada, fortes contrastes cromáticos, intensos efeitos de claro-escuro; A luz foi, frequentemente, focalizada para o assunto que se queria evidenciar, iluminando sentimentos; Utilizam, por vezes, sombras coloridas, conseguidas com cores opostas, que ajudam a definir esta pintura vigorosa e dinâmica; O assunto base era, muitas vezes, envolvido por um cenário natural dramático, animado pela violência dos elementos, de modo a reforçar a emotividade da cena principal; Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 41
  • 42. Goya, Nu História A, Módulo 5, História A 42
  • 43. Pincelada larga, fluida, espontânea, definindo formas menos nítidas (ao contrário dos nítidos contornos da pintura neoclássica); Composição com estruturas agitadas, movimentadas, linhas obliquas e sinuosas que reforçam o dramatismo; Figura humana por vezes representada em atitudes contrastadas, reforçando o dramatismo; Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 43
  • 44. Caspar David Friedrich, O caçador na floresta História A, Módulo 5, História A 44
  • 45. Eugéne Delacroix, Massacre de Quios História A, Módulo 5, História A 45
  • 46. Goya, O 3 de Maio em Madrid, 1814 História A, Módulo 5, História A 46
  • 47. Principais pintores: França: Théodore Géricault (1791-1824); Eugéne Delacroix (17981863); Alemanha: Caspar David Friedrich (1774-1840); Espanha: Francisco Goya (1746-1828); Inglaterra: William Blake (1757-1827); John Constable (1776-18379; William Turner (1755-1851); Suíça: Henri Füssli (1741-1825); Estados Unidos: Benjamim West (1738-1820); John Singleton Copley (1738-1815); Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 47
  • 48. Na arquitetura a procura de uma nova estética, não conduziu a um novo estilo; Levou à reprodução de estilos de outros tempos e outros lugares; Sobretudo os não influenciados pelo Classicismo (Idade Média e países do Oriente e África); John Nash, Pavilhão Real de Brighton, Inglaterra, 1821 História A, Módulo 5, História A 48
  • 49. Ao longo do século XIX, foram-se desenvolvendo os revivalismos históricos na arquitetura romântica: neorromânico, neogótico, neoárabe, neobarroco, etc.; Procuram alimentar a imaginação romântica; Em meados do século surgem os ecletismos: combinação de vários estilos no mesmo edifício; F. Bau e T. Ballu, Igreja de Santa Clotilde, Paris História A, Módulo 5, História A 49
  • 50. Os arquitetos românticos procuraram a irregularidade, o organicismo das formas, os efeitos de luz, o movimento, a decoração pitoresca e exótica; Tudo o que provocasse: encantamento, evasão, estimulasse os sentidos e a imaginação, fosse um convite ao sonho e à fantasia, evocação de realidades imaginárias ou distantes; A arquitetura devia provocar emoções, motivar estados de espírito e transmitir ideias; G. Von Dollmann, Castelo de Neuschanstein, 1870, Baviera, Alemanha História A, Módulo 5, História A 50
  • 51. O gosto pelas culturas exóticas deu origem aos exotismos; É uma forma de alimentar o espírito romântico de fuga, de viagens, a procura de terras e ambientes estranhos; Desenvolve-se o colecionismo de estampas japonesas; História A, Módulo 5, História A 51
  • 52. Por exigência dos materiais em que se exprime (mármore, bronze, madeira, etc.) a escultura tem uma conceção mais lenta e por isso menos espontânea; Esta situação opunha-se à espontaneidade defendida pelos artistas românticos; A escultura ocupou um lugar secundário no movimento romântico; François Rude, A Marselhesa História A, Módulo 5, História A 52
  • 53. A escultura romântica teve um maior desenvolvimento em França; As temáticas mais usadas: Inspiradas na Natureza; Carácter alegórico e fantasista; Temas históricos e literários; Retrato; Procuram o sentido dramático, as emoções, os contrastes de luz e sombra e cheio/vazio; As composições são movimentadas; Exaltação da expressividade; August Préault, Massacre, Bronze História A, Módulo 5, História A 53
  • 54. A música do romantismo desenvolveu a expressividade e subjetividade das emoções; Desenvolveu a melodia; Surge a tendência para o teatral e grandioso (sinfonia), destaca-se Beethoven; Inspiração na poesia (Schubert); Revivalismo do folclore musical (Sibelius); Procura do virtuosismo musical (Chopin); Afirmação da ópera (Puccini, Verdi, Wagner) História A, Módulo 5, História A 54
  • 55. Wagner foi o maior expoente do romantismo. Tristão e Isolda http://www.youtube.com/watch?v=1CNBIJj1CFM História A, Módulo 5, História A 55
  • 56. O Romantismo em Portugal Almeida Garrett e Alexandre Herculano foram os introdutores do Romantismo em Portugal; O Romantismo em Portugal apresenta as mesmas características do europeu: valorização do indivíduo, das emoções, da Idade Média, procura o popular, o folclore; História A, Módulo 5, História A 56
  • 57. Os poemas Camões (1825) e D. Branca (1826) de Garrett iniciam o romantismo em Portugal; Frei Luís de Sousa revolucionou o teatro português; Escreveu romances históricos: Arco de Sant’Ana e as Viagens da Minha Terra; Pesquisou sobre as raízes populares da literatura portuguesa (O Cancioneiro, O Romanceiro); Foi um político liberal, esteve refugiado em França e Inglaterra; História A, Módulo 5, História A 57
  • 58. Alexandre Herculano, foi um político, defensor da Carta Constitucional e um escritor que se notabilizou sobretudo no romance histórico (O Monge de Cister, O Bobo, Eurico, o Presbítero); Também foi historiador e escreveu uma História de Portugal; Esteve exiliado em França; História A, Módulo 5, História A 58
  • 59. Camilo Castelo Branco foi outro dos grandes autores românticos; A sua obra prima foi Amor de Perdição Camilo também teve uma vida pessoal agitada e dramática; No último quartel do século XIX começa a desenvolver-se uma corrente contra o Romantismo, a Geração de 70 (Antero Quental, Teófilo Braga, Eça de Queirós) que defendiam o Realismo; História A, Módulo 5, História A 59
  • 60. Na arquitetura o romantismo entrou em Portugal pela mão do príncipe D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, marido de D. Maria II; Encomendou ao engenheiro, barão de Eschwege, o Palácio da Pena, em Sintra (1838-1868/1885); História A, Módulo 5, História A 60
  • 61. O Palácio de Sintra é um dos exemplos do ecletismo (mistura de estilos) nacional; Palácio da Pena, salão árabe História A, Módulo 5, História A 61
  • 62. Em Portugal os revivalismo tiveram um carácter marcadamente nacionalista, revivendo o período áureo dos Descobrimentos – surge o Neomanuelino; Luigi Manini, Palácio-Hotel do Buçaco, 1888-1907 História A, Módulo 5, História A 62
  • 63. L. Manini, Palácio da Regaleira, Sintra José Luís Monteiro, Estação do Rossio, Lisboa História A, Módulo 5, História A 63
  • 64. Os exotismos tiveram uma preferência pelo estilo Neoárabe, como consequência da nossa história; A. J. Dias da Silva, Praça de Touro do Campo Pequeno, 1892, Lisboa História A, Módulo 5, História A 64
  • 65. A estética romântica entrou tardiamente na pintura portuguesa; Nunca possuiu um programa concreto nem objetivos bem definidos; Os temas pintados foram sobretudo cenas de género, e paisagens, pintura histórica (sobretudo medieval) e festas populares; Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 65
  • 66. Principais autores: Augusto Roquemont (1804-1852); Luís Pereira Meneses (1817-1878), excelente retratista; Tomás da Anunciação (1818-1879), pintor de temas rurais e campestres; João Cristino da Silva (1829-1877), paisagista e pintor de género; Leonel Marques Pereira (1828-1892), pintor de costumes populares; Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 66
  • 67. Augusto Roquemont, Festa popular Luís Pereira Meneses, retrato de D. Carlota Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 67
  • 68. Tomás da Anunciação, Vista d’Amora João Cristino da Silva, Cinco Artistas Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 68
  • 69. Leonel Marques Pereira, Cena de Aldeia Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 69
  • 70. Em Portugal, na escultura, apesar da forte tradição neoclássica, distinguem-se os seguintes escultores românticos: Vítor Bastos (1828-1894); Costa Mota Tio (1861-1930); Anatole Camels (1822-1906), francês estabelecido em Portugal; Vítor Bastos, Monumento a Camões Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 70
  • 71. Costa Mota Tio, Monumento a Afonso de Albuquerque Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 71
  • 72. Anatole Camels, estátua equestre de D. Pedro IV Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 72
  • 73. Esquema in “Preparação para o Exame Nacional, História A 11, Porto Editora História A, Módulo 5, História A 73
  • 74. Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte bibliografia: COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo da História 11, Porto Editora, 2011 Preparação para o Exame Nacional, História A, 11, Porto Editora, 2013 SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006 História A, Módulo 5, História A 74