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Gestão de Projetos Sociais
            Instituto Voluntários em Ação
                             Junho 2010




                                Apoio
Apresentação


Introdução


   1. O Terceiro Setor
      1.1 Conceitos Básicos
      1.2 Características das Organizações do Terceiros Setor
      1.3 Importâncias das Organizações do Terceiro Setor
      1.4 Objetivos e Desafios do Terceiro Setor


   2. O Papel do Voluntário no Terceiro Setor
      2.1 O que é ser voluntário?
      2.2 Voluntariado em Projetos Sociais


   3. Projeto Social
      3.1 Aspectos principais da Gestão de Projetos
      3.2 A Gestão de Projetos
      3.3 As principais funções gerenciais
      3.4 A Comunicação para a boa gestão de um projeto


   4. Controle e Monitoramento
      4.1 Por que Monitorar/Acompanhar?
      4.2 Como desenhar um Plano de Monitoramento para o Projeto?


   5. Avaliação e Relatórios


   6. Conclusão


   7. Bibliografia




                                                                    2
APRESENTAÇÃO
O que é o Instituto Voluntários em Ação?




            Instituto Voluntários em      uma atividade de voluntariado




O
           Ação - IVA é o Centro de       realizada em todo ou em parte via
           Voluntariado que atua no       internet, e que está amplamente
           Estado de Santa Catarina       difundido internacionalmente.
           desde 1998. Nosso trabalho
           tem como objetivo propiciar    A utilização de um Portal de
           o encontro entre as pessoas    Voluntariado nos possibilita oferecer
dispostas a doar parte do seu tempo e     inúmeras       oportunidades        de
de suas habilidades no trabalho por       conhecimento, capacitação, escolha de
uma causa social, e as Organizações       atividades   e   até     mesmo      de
que necessitam deste tipo de trabalho.    encaminhamento de voluntários a
Em outras palavras, consiste em ser o     qualquer hora do dia, todos os dias da
elo entre voluntários e Organizações.     semana.

Para consolidar os 10 anos de trabalho    Acreditamos também ser parte da
do IVA/SC e também nos inserirmos         nossa       missão     capacitar     e
cada dia mais em um mundo onde a          profissionalizar    Organizações     e
comunicação digital é uma realidade,      Voluntários. Sendo assim, além da
lançamos o Portal Voluntários Online      intermediação entre voluntários e
para atender por meio de vagas de         Organizações, nos preocupamos em
voluntariado presencial não só a região   trabalhar a capacitação de todos os
de Florianópolis, mas todo o estado de    envolvidos,        garantindo        a
Santa Catarina. Estamos introduzindo      sustentabilidade de nossas ações junto
no Brasil o voluntariado online, que é    à comunidade.




                                                                            3
Introdução


Curso à Distância de Gerenciamento de Projetos

Um dos grandes desafios que as Organizações da sociedade civil (OSCs) enfrentam
atualmente é a capacidade de gerir com eficiência suas ações e projetos, de forma a
alcançar eficácia em seu trabalho. Uma gestão eficiente garante não apenas a
qualidade dos resultados, mas também a sustentabilidade da Organização ao longo do
tempo.


Para contribuir com o melhor alcance desses objetivos, o Instituto Voluntários em
Ação (IVA/SC) em parceria com a Eletrosul, lançam o Curso à Distância de Gestão de
Projetos Sociais.


O gerenciamento de projetos adotado como política da instituição poderá contribuir
na redução de incertezas e riscos de insucesso dos projetos, apoiar a tomada de
decisões das instituições e torná-las mais eficazes, gerando melhores resultados
aliados à otimização dos recursos.


Instituições que investem tempo e recursos na fase de planejamento e gerenciamento
do projeto têm duplicada a chance de sucesso. Os problemas decorrentes da ausência
das ferramentas de gerenciamento podem ser inúmeros e responsáveis por boa parte
dos atrasos e finalizações dos projetos.


Como realizar o curso?

O projeto de capacitação de ONGs para a Gestão de Projetos Sociais é uma iniciativa
do Instituto Voluntários em Ação, em parceria com a Eletrosul.




                                                                               4
A    capacitação     será    realizada    inteiramente     online,      por   meio    do     site
www.voluntariosonlinecursos.org.br, entre os dias 14 e30 de junho 2010. Possui carga horária de
8 horas, podendo ser adaptada de acordo com a disponibilidade de cada participante. O material
didático foi dividido em 4 (quatro) módulos, a fim de facilitar a metodologia de aprendizagem e
proporcionar melhor interação entre Organizações participantes e IVA.



Além disso, o Curso oferece a possibilidade de discussão em grupo e plantão de dúvidas, por meio
de Chat no MSN, em horários previamente agendados com os participantes, além das atividades
que deverão ser entregues ao final de cada Módulo.


Mais do que capacitar as ONGs para a Gestão de Projetos Sociais, o curso tem como objetivo
contribuir para a inclusão digital do setor, fazendo com que as Organizações saibam utilizar todo
o potencial da web em favor de suas ações sociais.


Por isso, aproveite essa oportunidade e saiba como Gerenciar os Projetos da sua Organização da
melhor maneira possível!


Bom trabalho!




                                                                                  5
1. O Terceiro Setor


O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo
setor é o privado, responsável pelas questões individuais. O terceiro setor é
constituído por Organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como
objetivo gerar serviços de caráter público.


  1.1 Conceitos Básicos


O terceiro setor nasce de uma aglutinação das Organizações da sociedade, conforme a
natureza de seus objetivos. Assim, temos nossa sociedade dividida em 3 setores:
                                              Estado – Instituições governamentais, das
                                              esferas municipal, estadual e federal -

             Estado                           Recursos públicos para fins públicos.

                                              Iniciativa Privada – Organizações que
                                              visam lucro - Recursos privados para fins

 Sociedade                                    privados.
                       Iniciativa
    Civil               Privada
                                              Sociedade Civil – Cidadãos reunidos em
                                              associações        voluntárias       -    Recursos
                                              privados e públicos para fins públicos.

De acordo com Rubem César Fernandes, antropólogo e escritor brasileiro, o terceiro
setor pode ser definido da seguinte forma:
                                  O Terceiro Setor é composto de Organizações sem fins
                                  lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase na participação
                                  voluntária, num âmbito não governamental, dando
                                  continuidade às práticas tradicionais da caridade, da filantropia
                                  e do mecenato e expandindo o seu sentido para outros
                                  domínios,       graças,     sobretudo,       à     incorporação
                                  dos      conceitos      de    solidariedade     e     cidadania.

                                                                    Rubem César Fernandes, 1995




                                                                                              6
Para entender melhor esse conceito destacamos o significado de 5 palavras chaves:




                   Filantropia
Caridade                              Mecenato           Solidariedade       Cidadania

•Sentimento ou     •Amor à            •Termo que         •Sentimento e       •Gozo dos
 ação altruísta     humanidade         indica o           apoio à causas      direitos civis e
 de ajudar o        ou amor ao         incentivo e        ou princípios       políticos do
 próximo sem        próximo,           patrocínio de      de outras           cidadão bem
 buscar             geralmente         artistas e         pessoas;            como
 recompensa.        expresso por       literatos, e                           compreensão
 Uma das            donativos do       mais                                   dos deveres de
 virtudes           rico ao pobre      amplamente,                            cada um na
 teologais.         ou às obras        de atividades                          sociedade.
                    que atendem        artísticas e
                    aos pobres;        culturais




  1.2 Características das Organizações do Terceiro Setor

Existe uma enorme variedade de temas e causas defendidas pelas Organizações do
Terceiro Setor. Em meio a essa diversidade, algumas características são comuns,
independentemente da área de atuação. São elas:


      Não tem fins lucrativos;

      São formadas por cidadãos que se organizam de maneira voluntária instituindo
       essas Organizações;

      Além de funcionários, conta com voluntários como colaboradores;

      O corpo técnico normalmente é composto de profissionais que se ligam à
       organização por razões filosóficas e tem um forte compromisso com o
       desenvolvimento social - identificação com a causa;



                                                                                  7
   São Organizações orientadas para a ação; se auto-gerenciam, são flexíveis,
        inovadoras, rápidas e próximas às comunidades locais - princípio da
        aproximação vital.

   1.3 Importâncias das Organizações do Terceiro Setor


 Muitas vezes, as Organizações do Terceiro Setor atuam em áreas pouco atendidas
 pelo Setor Público, outras vezes fortalecem uma demanda da sociedade, defendem
 os direitos das minorias, dos animais e da natureza, etc. Seja qual for a área de
 atuação da Organização, a importância de suas ações podem ser medidas e avaliadas
 da seguinte forma:


       Atendem parcelas significativas da população em suas necessidades básicas;
       Geram oportunidades de emprego;
       Disseminam valores muito caros à sociedade: solidariedade, altruísmo,
        generosidade, espiritualidade, ética, justiça social, política, cidadania...

   1.4 Objetivos e Desafios do Terceiro Setor


Estando a nossa sociedade como está, são muitos os objetivos das Organizações do
Terceiro Setor, que trabalham visando a melhoria da qualidade de vida da população
que atende. Dessa forma, os desafios enfrentados podem ser dos mais diversos.
Confira os principais objetivos traçados e desafios encarados pelas Organizações do
Terceiro Setor:


             Buscar novas formas                                Identidade com
Objetivos     de articulação da                    Desafios       legitimidade
               Sociedade Civil;

            Influenciar as decisões                              Eficiência com
            e comportamento s do                                 transparência
                1º e 2º Setores;

             Lutar ativamente pela
            implantação de políticas                             Capacidade de
              públicas junto ao 1º                            estabelecer parcerias
                     Setor;

            Ser um articulador dos
                  3 setores                                     Sustentabilidade       8
2. O Papel do Voluntário              Outra     definição    de   voluntário,
        no Terceiro Setor                     elaborada pelo movimento que gerou a
                                              criação de Centros de Voluntariado no
                                              Brasil diz que “voluntário é o cidadão
O terceiro setor é o setor onde o
                                              que motivado por valores de
voluntariado predomina, tendo em
                                              participação e solidariedade, doa seu
vista que a instituição de suas
                                              tempo, trabalho e talento, de forma
Organizações depende de uma ação
                                              espontânea e não remunerada, para
voluntária.   Também       para      o
                                              causas     de    interesse   social   e
desenvolvimento dos seus trabalhos, as
                                              comunitário”.
Organizações do terceiro setor
dependem muito dos voluntários.                 2.2 Voluntariado em Projetos
Assim, é importante que se conheça
                                                Sociais
um pouco mais sobre esse importante
componente do terceiro setor, o               No caso do Terceiro Setor e os Projetos
voluntário.                                   Sociais, onde parte dos envolvidos são
                                              freqüentemente       voluntários,     é
    2.1 O que é ser voluntário?               importante desenvolver as seguintes
                                              ações
Segundo a Organização das Nações
Unidas (ONU), “o voluntário é o jovem            a) Fomentar                    um
ou adulto que, devido seu interesse                 comprometimento emocional:
pessoal e espírito cívico, dedica parte             criar entusiasmo e visão comum
de seu tempo, sem remuneração                       no foco do nosso projeto.
alguma, a diversas formas de
atividades, organizadas ou não, de               b) Facilitar o trabalho voluntário
bem-estar social ou outros campos”.                 dando uma direção clara e
                                                    tarefas bem definidas.
No Brasil, a Lei 9.608 de 18 de fevereiro
de 19981, que dispõe sobre os serviços
                                                 c) Analisar    com    cuidado     a
voluntários, define o voluntariado                  disponibilidade do recurso, pois
como o trabalho não-remunerado
                                                    o tempo disponibilizado pelo
realizado por pessoas físicas, que não
                                                    voluntário para o projeto é
gera nenhum tipo de vínculo
                                                    parte do seu tempo livre.
empregatício, obrigações trabalhistas,
previdenciárias ou afins.                        d) Criar métodos de comunicação
                                                    alternativos que não requeiram
                                                    reuniões com muita freqüência:
                                                    o voluntário deve gastar a maior
1
 Disponibilizamos o Texto Completo da Lei           parte de tempo possível
9.608 na sessão Biblioteca no site do nosso
                                                    gerando             resultados3.
Curso.


                                                                                 9
3. Projeto Social



Podemos definir um Projeto Social como um grupo de atividades previamente
planejadas para mudar uma situação social num determinado período de tempo e
dentro do limite de um orçamento.


Um Projeto Social geralmente nasce do desejo de mudar a realidade de um
determinado grupo de pessoas. Para que seja um bom projeto é necessário pesquisar
previamente sobre esse contexto, fazendo o levantamento dos dados necessários para
construir e justificar o projeto. Além disso, será fundamental o empoderamento das
pessoas que o projeto pretende beneficiar, contando com sua participação e
envolvimento em todas as fases do projeto, como forma de garantir a               sua
sustentabilidade.


No desenvolvimento dos projetos sociais são fundamentais que sejam claros os
objetivos – gerais e específicos -, especificar os recursos, declarar parcerias e como
serão analisados os resultados.


  3.1 Aspectos principais da Gestão de Projetos

Para começar a gerenciar seu projeto você precisa conhecer alguns conceitos e
terminologias que irão ajudá-lo daqui pra frente. São eles:




                                                                                 10
• Foco do projeto, o problema ou situação
      Objetivo Geral                 identificada que deve ser resolvida.




  Objetivo Específico              • Estratégias ou ações para atingir o objetivo geral.




                                  • Inclui cada um dos elementos
          Recursos                  necessários para desenvolver o projeto.


                                  • O cronograma é a disposição gráfica do tempo que
       Cronograma                   será gasto na realização do projeto, de acordo com as
                                    atividades a serem cumpridas.



Sua Organização já disponibiliza do recurso financeiro para colocar em prática o
Projeto, uma vez que foi contemplada pelo edital da Eletrosul. Resta analisar se
disponibiliza de recursos humanos para realizar as atividades e ações previstas.


Os objetivos – geral e específicos – já foram estabelecidos pela sua Organização no
momento da Elaboração do Projeto. Mesmo assim, vale lembrar:


Antes de começar o projeto, faça as seguintes perguntas: “O que vai ser feito?” e
“Como vai ser feito?”.


A resposta a “O que vai ser feito?” será o Objetivo Geral do projeto, o problema ou
situação identificada que deve ser resolvida.


Exemplo: A inserção de jovens no mercado de trabalho.


A resposta a “Como vai ser feito?” será a visão de como você gostaria que esta
situação fosse e de como você vai conseguir mudá-la, ou seja, os Objetivos Específicos.




                                                                                    11
Dito de outra maneira, os objetivos específicos são as estratégias ou ações para atingir
o objetivo geral.


Exemplos: Ministrar cursos de capacitação para jovens;
          Ministrar seminários de treinamento prático para jovens
          Articular parcerias com empresas para estágios remunerados

Transformar as nossas idéias em objetivos será muito importante para não perder o
foco do nosso projeto: deve ter vários Objetivos Específicos (Ações) para alcançar o
Objetivo Geral (Transformar a realidade inicial). A partir disso, nos basearemos para a
Gestão do Projeto.


O Cronograma2, documento de extrema importância para acompanhar e gerenciar o
Projeto, deve observar alguns pontos importantes:


1º - Identifique todas as atividades a serem executadas;

2º - Faça uma estimativa do tempo de execução para cada atividade (em dias,
semanas, meses ou anos);

3º - Analise a sequência das atividades, identificando as que podem ser realizadas ao
mesmo tempo (em paralelo) e suas interdependências;

4º - Acompanhe as atividades realizadas para que tudo o que foi planejado realmente
seja executado. Quando isso não ocorrer, modifique a execução de tal forma que as
atividades sejam realmente executadas.



    IMPORTANTE
    A elaboração e o acompanhamento do cronograma de um projeto permite melhorar a
    disposição dos recursos financeiros e humanos do projeto, adiando ou antecipando a
    realização de atividades, modificando tarefas e responsáveis, etc.




2
 Veja o modelo de Cronograma que desenvolvemos para você na seção Biblioteca no site do nosso
Curso.


                                                                                                12
3.2 A Gestão de Projetos

A gestão de um projeto abrange seu ciclo completo, incluindo as fases de elaboração,
execução e avaliação. A gestão leva em conta a estrutura lógica do projeto, que parte
das necessidades sociais a serem contempladas e identifica todas as atividades a
serem desenvolvidas e todos os produtos a serem gerados para se chegar à
transformação social desejada.


Assim, gerenciar um projeto social é conduzir seu andamento dentro das etapas
previstas, acompanhar os resultados e fazer as alterações necessárias para que os
objetivos sejam plenamente alcançados.


Para ajudar sua Organização à melhor gerenciar os projetos, separamos alguns
conceitos importantes que devem ser assimilados:


  DESEMPENHO                                    AVALIAÇÃO
 Eficaz e Eficiente   Os objetivos propostos foram atingidos com a menor utilização
                                          dos recursos disponíveis
   Eficaz, mas          Os objetivos foram alcançados, mas com maior consumo de
    ineficiente                          recursos do que o previsto
  Eficiente, mas      Os recursos foram utilizados conforme o estabelecido, porém os
      ineficaz                   objetivos previstos não foram alcançados
     Ineficaz e        Os objetivos não foram alcançados e o consumo de recursos
    ineficiente                            ultrapassou o previsto




  3.3 As principais funções gerenciais
                                                                      Dirigir
A Organização e seus profissionais devem ter
conhecimento de todas as etapas e funções
importantes para o gerenciamento de projetos. Veja
                                                         Organizar                     Controlar
abaixo    algumas     dessas     importantes   funções
gerenciais:

                                                                       Planejar




                                                                                  13
Cada uma dessas etapas irá orientar sua Organização desde o início do Projeto até a
sua conclusão.

Planejar

É a ação de elaborar e determinar a finalidade e os objetivos do projeto e prever todas
as suas atividades, os recursos e os meios que permitirão atingi-los ao longo do tempo
determinado.

Faz parte do Planejamento:

    Estabelecer objetivos
    Pensar alternativas
    Ter idéias diferentes

Organizar

É a ação de agrupar pessoas e recursos, definir atribuições, responsabilidades e
tarefas, de modo a atingir os objetivos planejados.

Faz parte da Organização:

    Definir quem toma as decisões e sobre quais assuntos;

    Estabelecer quem deve realizar quais atividades;

    Apontar quem deve acompanhar e controlar cada atividade;

    Indicar as relações entre os responsáveis por todas as atividades levantadas.


    O planejamento e a organização, por si só, não garantem que o projeto aconteça.
    Para isso, é necessário estimular as pessoas a executarem suas atividades. Isso é
    feito por meio da função direção.




                                                                                     14
Dirigir

É a ação de conduzir e motivar pessoas a exercerem suas tarefas a fim de alcançar os
objetivos do projeto.

Essa função implica transmitir às pessoas o que elas devem fazer e conseguir que elas
trabalhem da melhor forma possível, com a melhor utilização dos recursos disponíveis.

Exige, de quem a exerce, a capacidade de coordenar os trabalhos a serem realizados,
fixando prioridades e exercendo a liderança junto aos subordinados de forma a
motivá-los. O exercício dessa função exige do coordenador a capacidade de coordenar,
liderar, motivar e tomar decisões.

 A liderança é um aspecto muito importante para o gerenciamento de um projeto,
 por isso é importante ler e se informar sobre esse conceito. Para isso,
 disponibilizamos um texto de leitura complementar sobre liderança em Projetos
 Sociais na seção Biblioteca no site do nosso Curso.


Controlar
É a ação de comparar os objetivos estabelecidos e os recursos previstos com os
resultados atingidos, a fim de tomar medidas que possam corrigir ou mudar os rumos
fixados.


Após prever as atividades e os programas a serem realizados, organizar as equipes
para desenvolver o trabalho e iniciar ou concluir a sua execução, cabe ao gerente
analisar os resultados que estão sendo alcançados. Essa análise constitui a essência da
função controle, que é a comparação do desempenho real, isto é, dos resultados
efetivamente obtidos, com o desempenho esperado, ou seja, com os objetivos
definidos no momento do planejamento, buscando dessa forma identificar eventuais
descompassos e suas causas, o que possibilita a adoção de medidas corretivas quando
necessárias.


 O controle revela possíveis falhas ocorridas e possibilita a introdução de medidas
 corretivas capazes de produzir nova situação de equilíbrio. Por essas razões que a
 função Controle deve ser uma das mais compreendidas neste curso.
                                                                                  15
3.4 A Comunicação para a boa gestão de um projeto
Aspecto importante da gestão de um projeto, a COMUNICAÇÃO merece atenção
especial. O relacionamento entre os membros de uma equipe que estão trabalhando
num projeto deve ser um dos fatores importantes de atenção do coordenador/gestor
dessa equipe: um bom relacionamento e uma boa comunicação resultam geralmente
em um trabalho bem sucedido.


Quando uma equipe trabalha em um projeto, é muito importante que todas as
informações   circulem     entre   os    envolvidos.   Faz   parte   das    funções        do
gestor/coordenador do projeto fazer com que as informações sejam partilhadas por
todos os membros que atuam na execução do projeto. Reuniões periódicas são a
melhor forma de conduzir essa questão.


É importante também que outras pessoas que não fazem parte da equipe, como
colaboradores e voluntários, também sejam informadas. Dessa forma, toda a
organização estará voltada para a execução desse projeto.


Aqui você pode encontrar algumas sugestões de formas de comunicação entre a
equipe executora do projeto e os demais membros da organização:




                                Informações          Emails
              Reuniões         colocadas em       periódicos         Relatórios
                                  mural, de     encaminhando       parciais e ao
             periódicas       forma a tornar-    informações      final, relatório
            com a equipe         se visível e       sobre o      final do projeto
                                   atrativa        projeto;




                                                                                      16
1. Controle e Monitoramento


Você já viu as funções gerenciais que auxiliam o gestor no gerenciamento dos projetos
e de que forma essas funções podem trazer melhores resultados. Porém, vamos
retornar ao tema de Controle e Monitoramento do projeto, pois é nessa etapa que,
muitas vezes, os gestores do projeto descobrem que as coisas não estão ocorrendo de
acordo com o que foi planejado.


Como você viu, o Controle é o processo desenvolvido para reduzir ao máximo as
diferenças entre o que foi planejado e o que efetivamente é realizado no desenrolar
das atividades do projeto.


                                  Monitoramento/Acompanhamento

O monitoramento é o acompanhamento do projeto por meio da coleta e análise constante
de informação sobre como o projeto se desenvolve. Quando você estrutura um sistema de
monitoramento, você está criando um sistema de coleta de informação útil para melhorar o
que fazer e como deve ser feito.




  4.1 Por que Monitorar/Acompanhar?


É por meio do monitoramento que conseguimos identificar problemas e pensar em
soluções. Só assim o Projeto terá continuidade. Veja abaixo alguns pontos importantes
possibilitados por essa função:


       Identificar quando as coisas não estão andando corretamente.
       Saber se os recursos estão sendo bem utilizados e se serão suficientes para o
        que está sendo feito.
       Conhecer se sua capacidade de trabalho é suficiente e apropriada.
       Saber se você está realizando aquilo que planejou fazer.


                                                                                17
Uma das grandes vantagens é a possibilidade da identificação de problemas enquanto
estes ainda são pequenos e contornáveis, fato que facilita a tomada de decisões certas
no momento necessário, evitando o fracasso do projeto.


Veja agora os principais motivos do fracasso de projetos:


   a) Erros no planejamento: objetivos que não existem ou não foram devidamente
       identificados; atividades que não foram devidamente organizadas; pouca
       harmonia entre as pessoas envolvidas e o desenrolar das atividades.

       Exemplo: um dos capacitadores foi denominado para ministrar os cursos em
       duas comunidades diferentes no mesmo horário ao longo do projeto. Na hora
       da execução é necessário um professor adicional, incrementando o custo do
       projeto. Por causa da falta de recursos extraordinários, uma comunidade não é
       atendida pelo projeto.

   b) Erros de execução: os responsáveis do projeto não cumpriram as atividades ou
       não desenvolveram processos segundo ao que foi planejado.

       Exemplo: o capacitador não cobrou freqüência nas oficinas (mesmo que estava
       planejado nas suas tarefas) porque o nível de assistência estava sendo baixo. O
       coordenador do projeto não sabe da pouca participação e no final das contas o
       projeto parece um fracasso.

   c) Fatores Externos: eventos adversos novos e imprevisíveis que modificam o
       cenário no qual o projeto está acontecendo.

       Exemplo: duas das empresas parceiras que tinham se comprometido a assinar
       30 contratos de estágio para os jovens tiveram problemas de liquidez e
       terminaram não assinando os contratos. O coordenador do Projeto consegue
       negociar 10 contratos numa nova empresa parceira antes da finalização do
       projeto, porém 20 jovens capacitados não são inseridos no mercado de
       trabalho.


                                                                                 18
4.2. Como desenhar o Plano de Monitoramento para o Projeto?

Utilizando um Plano de Monitoramento você poderá acompanhar de forma mais
eficiente o andamento e desenvolvimento do Projeto. Agora você irá aprender como
elaborar esse documento. Para isso, siga o nosso passo-a-passo:


1º Passo: O que queremos saber?                         Selecionando Indicadores


“O que não é medido não pode ser gerenciado”: você só pode saber, com certeza, se
atingiu determinado resultado, a partir do momento que possui um indicador3 para
medir esse resultado.

Os INDICADORES são medidas numéricas para conhecer em que medida os objetivos do
seu projeto estão ou não sendo alcançados, dentro de um prazo delimitado e numa
localidade específica.


A dificuldade e preocupação por “medir resultados” geralmente acontecem porque a
organização não sabe exatamente o que medir.


Por isso, a importância do planejamento inicial do projeto onde foram definidos:


Objetivo geral: Foco do projeto, no problema ou na situação
identificada que deve ser resolvida.
                                                                                     Lembrando
Objetivos específicos: Visão de como você gostaria que esta
situação fosse e de como você vai conseguir mudá-la. Dito de outra
maneira, os objetivos específicos são as estratégias ou ações para
atingir o objetivo geral.




3
 Separamos uma lista contendo exemplos de Indicadores para você conferir. Basta acessar o site do
Curso, seção Biblioteca.


                                                                                                19
Para monitorar o projeto, devem ser estabelecidos um ou mais indicadores para cada
objetivo especifico, uma medida que indique se o objetivo foi total ou parcialmente
alcançado.


Para compreender melhor, veja esse exemplo:




                                         Objetivo
                                        Específico            • Frequencia nas
   • Empoderament                                                   oficinas
     o da mulher na               • Implementação              (percentagem de
      Comunidade                     de oficinas de              participação)
        da Graça                    artesanato para
                                    as mulheres da
                                     Comunidade
       Objetivo Geral                                               Indicador


Deve ficar claro que esses indicadores estão intimamente relacionados ao objetivo
proposto por cada Projeto e, portanto, são determinados individualmente para cada
projeto.

A seleção de indicadores será a parte principal do monitoramento. Lembre-se que
quanto mais impreciso for um objetivo, mais difícil será achar seus indicadores e as
formas de trabalho.


É importante que os Indicadores apresentem as seguintes características:


      Entendimento Simples
      Facilidade de Construção
      Relação direta com as ações efetuadas
      Consistência com os Dados Disponíveis


 TAREFA: Antes de começar o projeto, pegue cada objetivo específico, um a um, e
 estabeleça indicadores para medir os resultados. Será fundamental decidir os indicadores
 com anterioridade à execução do Projeto, para poder coletar os dados.


                                                                                 20
2º Passo: Como obter a informação?


Não adianta criar indicadores que não vamos conseguir mensurar. Para simplificar o
trabalho dos gestores/coordenadores do projeto, vamos esclarecer os tipos de
informação que deve ser utilizada para o monitoramento do seu projeto:


          Informação                                   Informação
         QUANTITATIVA                                 QUALITATIVA

  É aquela que oferece dados                  Indicam como as pessoas se
  numéricos indicando “quanto ou              sentem a respeito de alguma
  quantos?”                                   situação ou como as coisas são
                                              feitas, ou como as pessoas se
  Exemplo:                                    comportam.
  Qual o número de jovens da
  Comunidade que participaram                 Você    irá   conseguir essas
  das aulas?                                  informações        perguntando,
                                              observando e interpretando.
  Pode ser expressa de várias
  maneiras:
                                              Exemplo:
                                              Nível de auto-estima das
  Em números absolutos: por
                                              meninas que participaram das
  exemplo,       45      meninas
                                              oficinas de artesanato.
  freqüentaram os cursos de
  capacitação entre os meses de               A informação qualitativa pode
  março e julho de 2010.                      ser transformada em informação
                                              quantitativa. Basta criar uma
  De forma percentual: por
                                              escala numérica para medir o
  exemplo, 50% das meninas
                                              grau de satisfação, da seguinte
  previstas    freqüentaram    as
                                              maneira:
  oficinas de artesanato entre os
  meses de março e julho de 2010.
                                              Muito satisfeito: 5
  Como realizar o cálculo? Neste              Satisfeito:4
  exemplo, trabalhando com listas             Indiferente:3
  de presença ao longo dos cursos.            Insatisfeito:2
                                              Muito Insatisfeito:1




                                                                                21
Por um lado, a transformação de uma resposta qualitativa aberta e que expresse
valores em uma resposta quantitativa pode perder informações que são relevantes
para a avaliação do projeto. Mas, por outro lado, permite que usemos para examinar,
por exemplo, se existe uma relação entre a nota obtida pelo aluno (quantitativo) e a
sua satisfação com a escola (qualitativo).


Mesmo quando a informação qualitativa é transformada em dados quantitativos, isso
não significa que não vão ser valiosas para a avaliação. A combinação de ambas as
respostas irá enriquecer a análise dos projetos.

 Dados quantitativos podem mostrar o que está acontecendo, enquanto os dados
 qualitativos podem fornecer uma indicação das razões pelas quais o programa está tendo
 aqueles resultados.



Exemplo: Consideremos o programa de oficinas de artesanato para mulheres, meninas
e adolescentes. Após sua implementação, os indicadores quantitativos (nível de
freqüência nas oficinas, número de mulheres capacitadas, número de empresas
parceiras do projeto, número de contratos assinados, etc.) podem mostrar que o
projeto foi um sucesso. Porém, indicadores qualitativos (entrevistas com as mulheres e
professoras, nível de satisfação das empresas, etc.) poderiam mostrar que as oficinas
não foram adequadas, pois não atenderam as expectativas das empresas parceiras ou
não melhoraram a auto-estima das adolescentes.


Como decidir entre informação qualitativa ou quantitativa?


Como você acabou de ver, você vai medir com indicadores quantitativos o seguinte:
      Resultados numéricos sobre os objetivos do projeto.
      Desempenho financeiro.


Com indicadores qualitativos – por meio de entrevistas, reuniões de grupo,
observações, pesquisas de opinião, etc. – você medirá:


                                                                                 22
   Os efeitos do projeto sobre os envolvidos: motivação, satisfação, etc.
        Sentimentos e percepções: opiniões, stress, compreensão do público,
         empenho, etc.


TAREFA: Antes de começar o projeto, pegue cada indicador, um a um, e esclareça onde,
como e com que freqüência você vai obter a informação sobre a evolução de cada
indicador. Será fundamental esclarecer as fontes de informação com anterioridade à
execução do Projeto, para poder definir as formas e os responsáveis pela coleta de dados.


  3º Passo: Que diferença o Projeto vai fazer?

  Chegados neste ponto, você pode se perguntar “Fiquei horas trabalhando para definir
  indicadores segundo os objetivos específicos, pensando como e quem obterá as
  informações. E agora? Como isso vai me ajudar a resolver os problemas do projeto
  enquanto estiver em andamento?”


  Sem registrar o cenário anterior à conclusão do Projeto, não podemos realizar o
  monitoramento. Sendo assim, é de extrema importância que a Organização analise a
  situação anterior, delimite os Objetivos e Indicadores, registre essas informações, para
  que possam comparar os dados posteriores à conclusão do Projeto.


  Veja esses conceitos:


        Marco Zero: valor dos indicadores antes de iniciar o projeto, os números
         iniciais do projeto. É como uma fotografia tirada no momento em que se
         começa um projeto, para depois ver o que mudou ou não mudou.


        Padrões de desempenho: o valor que confiamos que esses indicadores terão
         graças às atividades de nosso projeto, o “padrão” que queremos alcançar.




                                                                                     23
Os dados coletados ao longo do monitoramento/acompanhamento não fazem sentido
  nenhum se não forem comparados com a situação inicial, e não ajudarão a identificar
  os problemas sem ser comparados de forma contínua aos padrões definidos.


  Os principais tipos de padrões de desempenho existentes são:


         Padrões de Quantidade: número de colaboradores no projeto, de atividades,
          de serviços, de beneficiários, etc;
         Padrões de Qualidade: qualidade das atividades, materiais, etc;
         Padrões de Tempo: segundo o cronograma, o tempo para cada atividade;
         Padrões de Custo: custo dos materiais, equipamentos, etc;




TAREFA:
Antes de começar o projeto:
Pegue cada indicador, um a um, e estabeleça com cuidado o valor que considera que espera
alcançar com o Projeto.
Faça uma lista de possíveis ações corretoras no caso que os indicadores não evolucionem
segundo o que foi planejado.

Durante o projeto:
Registre o valor de cada indicador segundo a freqüência que foi definida.
Compare esses valores com os padrões de desempenho que foram estabelecidos.
Caso os indicadores estejam por debaixo dos padrões estabelecidos, atue segundo as ações
corretoras para melhorar esse valor.




                                                                                  24
4º Passo: A Planilha de Monitoramento e Desempenho

                          OBJETIVO GERAL: Empoderamento das mulheres (mulheres, jovens e crianças) da Comunidade da Graça e da Comunidade do Estreito.

                                                                                                               Padrão de                          Ações Corretoras
         Objetivos Específicos           Tipo de Indicador         Fontes de Informação         Freqüência
                                                                                                              Desempenho              (Estudar sempre possíveis fatores externos)
                                          QUANTITATIVO
                                     Freqüência das mulheres          Listas de Presença                                         1. Reunião extraordinária com alunas e professoras
                                                                                                   Cada
                                      nas oficinas. (por faixa   assinadas por professoras e                       65%           2. Procurar apoio de líderes comunitários
                                                                                                  oficina
                                              etária)                        alunas                                              3. Entrevistas com as famílias das desistentes

                                        Número de peças de                                                                       1. Revisão dos recursos materiais
                                                                     Cotação das Peças                        entre 70 e 100
                                       artesanato produzidas                                     Mensal                          2. Revisão da didática
                                                                        Produzidas                              unidades
                                       (por tipo de produto)                                                                     3. Possível da troca de professora
                  (1)                     QUALITATIVO
     Capacitar mulheres, jovens e
                                                                 Entrevista com o grupo de
     crianças para a elaboração de    Qualidade dos materiais                                    Mensal      4 (escala de 1-5)   1. Estudar troca de fornecedor
                                                                          trabalho
              artesanato.
                                                                    Entrevista individual
                                     Motivação das professoras                                  Bimestral    4 (escala de 1-5)   1. Melhorar acompanhamento psicológico
                                                                        professoras

                                      Auto-estima das alunas     Entrevista individual com as                    Atingir 4       1. Reformulação da carga horária
                                                                                                 Mensal
                                         (por faixa etária)        alunas (por faixa etária)                  (escala de 1-5)    2. Estudo de troca de didática
                                         Empenho Escolar         Entrevista com professores                      Atingir 4       3. Possível troca de professora
                                                                                                Bimestral                        4. Melhorar acompanhamento psicológico
                                          (por faixa etária)              da escola                           (escala de 1-5)
                                          QUANTITATIVO
                                       Número de empresas                                                                        1. Renegociação dos contratos
                                                                    Contratos assinados         Trimestral     4 empresas
                   (2)                     parceiras                                                                             2. Contatar novas empresas
     Articulação de Parcerias com         QUALITATIVO
           empresas para a
     comercialização e venda dos
                                      Satisfação das empresas          Entrevista com                                            Identificar o motivo da insatisfação (design,material,
              artesanatos.
                                          com as peças de            Representantes das          Mensal      4 (escala de 1-5)   resistencia, etc.) e estudar ação corretora
                                             artesanato              empresas parceiras                                          correspondente (fornecedor, oficina, professora, etc.)




                                                                                                                                                                                          25
AVALIAÇÃO E RELATÓRIOS


Em muitas Organizações, a avaliação é vista mais como uma requisição de parceiros
financeiros do que uma ferramenta de gerenciamento. Os parceiros certamente
querem saber se seu dinheiro está sendo gasto de maneira apropriada.


Porém, é muito mais importante o uso do monitoramento e avaliação para a própria
organização ou projeto, para saber como está o andamento em relação aos seus
objetivos.


AVALIAÇÃO


Avaliação é a comparação do que foi planejado com o que foi feito, e como isso foi
alcançado ao longo do Projeto. É o momento do projeto visando a melhoria de
projetos futuros.


Será a partir dos indicadores de monitoramento/acompanhamento, ou melhor, a
partir da variação verificada em alguns indicadores, desde o início até o final do
projeto que iremos quantificar os impactos do projeto.


Para que avaliar? Para conhecer a eficácia, eficiência e impacto do seu projeto:


Eficácia: Os objetivos do Projeto foram atingidos;
Eficiência: Os objetivos do Projeto foram atingidos com a menor utilização dos
recursos disponíveis;
Impacto: se o que você realizou fez ou não alguma diferença.


Tipos de Avaliação:


Existem muitas maneiras e metodologias diferentes para avaliar projetos sociais. Neste
caso nos centraremos em duas:
AVALIAÇÃO SEGUNDO O IMPACTO                AVALIAÇÃO SEGUNDO O RETORNO
                                                           ECONOMICO
   “O projeto atinge seus objetivos?”       “Os resultados do Projeto, diante de seus
                                                       custos, são razoáveis?”
Está relacionada ao impacto que o Esta pergunta é importante porque
Projeto   tem   sobre   os   beneficiários muitas vezes embora o projeto tenha
escolhidos. Estuda as relações causais impacto positivo, ele não é grande o
entre as ações efetuadas no projeto e as suficiente diante dos custos da sua
mudanças observadas nos indicadores implementação. Pode ser que outros
escolhidos. Ou seja, nos permitirá dizer se Projetos     com     um    custo     menor
foi de fato o Projeto o responsável pelas alcançassem resultados semelhantes.
mudanças que sem o Projeto, não teriam
acontecido.


Um relatório de Avaliação deve conter, normalmente, as seguintes seções e
informações:


    SUMÁRIO          Quanto mais curto, melhor. É o resumo geral sobre o
                     desenvolvimento do projeto que deve conter de forma
                     clara e ordenada as informações principais das seguintes
                     seções.
    PREFÁCIO         Não é essencial: agradecimentos ou outros comentários
     ÍNDICE          Com páginas enumeradas, para auxiliar as pessoas a
                     encontrarem o que desejam ler no relatório.

    1ª SEÇÃO:   Informações básicas sobre o projeto, breve explicação do
  INTRODUÇÃO:   processo utilizado para o acompanhamento e avaliação e
                eventuais problemas ocorridos.
    2ª SEÇÃO:   Aqui serão organizadas seções com áreas importantes de
  DESCOBERTAS:  descobertas, p.ex. eficiência, eficácia e impacto, ou
                quaisquer outros temas que tenham emergido.
    3ª SEÇÃO:   Aqui você apresentará conclusões de suas descobertas
  CONCLUSÕES:   tanto positivas como negativas
    4ª SEÇÃO:   Sugestões específicas para os próximos passos
RECOMENDAÇÕES: (continuidade do projeto), o que deve mudar, etc.
APÊNDICE/ANEXO: Aqui devem ser incluídas as listas das pessoas
                entrevistadas, os questionários usados, um mapa da área,
                as planilhas de monitoramento e desempenho, etc.


                                                                                   27
TAREFA:
Após a finalização ou prazo de implementação do Projeto, junte todas as informações e
elabore o relatório de avaliação do Projeto, de forma clara e ordenada segundo as seções da
tabela anterior.
Lembre-se que o propósito da avaliação é entender quão eficiente é o projeto em distribuir
benefícios para a comunidade em questão, se o dinheiro e tempo investidos justificam os
resultados e por que.




  RELATÓRIOS


  Relatórios servem para disseminar o Projeto. Desenvolver um sistema de relatórios é
  importante para compartilhar resultados com todos os envolvidos, pois é assim que se
  aprende com os erros.


  Relatórios registram informações, devem ser de fácil compreensão, breves, contendo
  apenas as informações mais relevantes, cuidando a gramática e a apresentação. Um
  excesso de informação pode fazer com que os destinatários percam o interesse e não
  leiam os dados mais relevantes sobre o Projeto.


  Cumprindo seu papel de ferramentas de gestão de projetos, relatórios incluem
  informação sobre a dinâmica do trabalho de grupo, as manifestações dos beneficiários,
  informações financeiras, resultados parciais e finais, conclusões das avaliações e
  informações não mensuráveis sobre o aprendido ao longo do Projeto.


  Muitos atores como doadores ou a própria sociedade apenas terão conhecimento do
  esforço da equipe e dos beneficiários do Projeto através dos relatórios posteriores. A
  imagem e o profissionalismo da equipe e das Organizações envolvidas, para muitos




                                                                                   28
públicos vão depender da gramática e da forma da escrita, além dos conteúdos e
resultados.


Após avaliar e elaborar o relatório final do Projeto é necessário informar os envolvidos
sobre a sua continuidade, sustentabilidade e replicabilidade.


DISSEMINAÇÃO:

Disseminar o Projeto significa compartilhar as informações e resultados com o
ambiente interno e externo à organização:


AMBIENTE INTERNO: É a equipe de trabalho, os beneficiários, as Organizações de
apoio, os parceiros, grupos, comunidades envolvidas e diretamente interessadas.


AMBIENTE EXTERNO: tudo o que não participa do projeto no seu funcionamento:
pessoas, grupos, instituições e comunidades distanciadas da experiência do Projeto.


 Por que disseminar no ambiente externo? Para multiplicar e replicar uma idéia e
 experiência que tanto se for positiva como negativa é de real utilidade social.




Disseminar vai, por tanto, muito além de divulgar: é tornar o Projeto palpável à
sociedade, que pode transformá-lo num novo modelo de trabalho. Disseminar é uma
ATITUDE durante todo o tempo de duração do Projeto:




                                                                                   29
No Início: Para criar       Durante: Compartilhar        No Final: Desenvolver
  interesse público pelo         lições aprendidas,          modelos, políticas,
  porojeto que está para           multiplicar boas           replicar casos de
        acontecer.                  experiências.                 sucesso.




Diferentes Destinatários:


Você se reportará aos diferentes destinatários de diferentes maneiras, às vezes de
forma escrita, outras verbalmente. Novas ferramentas surgem a cada dia e ficam
disponíveis para utilização muitas vezes gratuitas, como apresentações de PowerPoint,
slides e vídeos.


Segundo o destinatário, a elaboração e os conteúdos dos diferentes relatórios se
basearão nas seguintes questões:


      Quem está atualmente se beneficiando do projeto e de que forma?
      Como será transmitido o que se aprendeu? (formato, itens, tamanho e
       freqüência dos relatórios)
      Como utilizar os relatórios? (ritmo de reuniões internas, método de analisar os
       relatórios em equipe, organização e tomada de decisão para corrigir erros de
       forma rápida)
      Quem deve receber os relatórios?
      O que melhoraria a eficiência, a eficácia e o impacto do projeto atual? (baseado
       na interpretação dos indicadores, fazendo uma comparação entre o início e o
       final do projeto)
      Que lições podem ser aprendidas deste projeto em termos de replicabilidade?
      Que diferencia fez o projeto? Transformou a realidade anterior?




                                                                                    30
A tabela abaixo traz algumas sugestões de mecanismos de relatórios para destinatários
distintos:


  Público-Alvo                          Como?                            Quando?
 (Destinatários)             (Recomendação de Formato)                 (Frequência)
    Parceiros      Resumo por escrito das principais informações      Periódico: ex.
   Financeiros     do acompanhamento pode ser enviado por             Trimestral
                   email.
                   Relatório completo por escrito, impresso, com      Momento
                   resumo executivo inicial, focado nos resultados    final: Avaliação
                   e no retorno econômico.
    Equipe do      Resumo escrito e apresentação verbal, focada       Periódico: ex.
     Projeto       no     reconhecimento      aos    sucessos     e   Trimestral
                   principalmente a identificar e corrigir os erros
                   que ameaçam o sucesso total ou parcial do
                   projeto. Avaliar o desempenho e as
                   contribuições de cada membro da equipe.
                   Discussão em grupo sobre o relatório completo,     Momento
                   seguido de uma discussão em profundidade           final: Avaliação
                   sobre as mudanças que o Projeto conseguiu
  Beneficiados     Apresentação verbal, em forma de reunião           De tempos em
                   informal, se possível com apoio de material        tempos     ao
                   audiovisual sobre as mudanças obtidas e a          longo     do
                   continuidade do Projeto, visando obter um          Projeto
                   feedback e controlando o nível de participação.
 Sociedade em      Artigos de Jornal, conferências, mídias sociais,   De tempos em
     Geral         páginas de Internet, etc.                          tempos       ao
                                                                      longo        do
                                                                      projeto,
                                                                      principalmente
                                                                      após          a
                                                                      finalização.




                                                                                  31
CONCLUSÃO


Acima de tudo, gerenciar projetos é planejar e acompanhar a sua execução. O gerente
do projeto deve manter-se alerta e flexível com os acontecimentos do dia-a-dia, mas
deve estar sempre se reportando ao plano inicial para não perder o controle. A
principal qualidade do gerente de projeto é saber se comunicar bem com todos. Ele é
o ponto focal das informações, nele convergem informações que ele depois deverá
processar e divulgar para todo o restante da equipe.


O segredo é envolver a equipe, parceiros e beneficiários de tal forma que todos se
sintam diretamente responsáveis pelo sucesso do projeto. Como diz aquele velho
ditado caipira, "quando todos empurram na mesma direção, não há carroça que não
saia do atoleiro".




                                                                              32

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Manual Gestão de Projetos Sociais 2012

  • 1. Gestão de Projetos Sociais Instituto Voluntários em Ação Junho 2010 Apoio
  • 2. Apresentação Introdução 1. O Terceiro Setor 1.1 Conceitos Básicos 1.2 Características das Organizações do Terceiros Setor 1.3 Importâncias das Organizações do Terceiro Setor 1.4 Objetivos e Desafios do Terceiro Setor 2. O Papel do Voluntário no Terceiro Setor 2.1 O que é ser voluntário? 2.2 Voluntariado em Projetos Sociais 3. Projeto Social 3.1 Aspectos principais da Gestão de Projetos 3.2 A Gestão de Projetos 3.3 As principais funções gerenciais 3.4 A Comunicação para a boa gestão de um projeto 4. Controle e Monitoramento 4.1 Por que Monitorar/Acompanhar? 4.2 Como desenhar um Plano de Monitoramento para o Projeto? 5. Avaliação e Relatórios 6. Conclusão 7. Bibliografia 2
  • 3. APRESENTAÇÃO O que é o Instituto Voluntários em Ação? Instituto Voluntários em uma atividade de voluntariado O Ação - IVA é o Centro de realizada em todo ou em parte via Voluntariado que atua no internet, e que está amplamente Estado de Santa Catarina difundido internacionalmente. desde 1998. Nosso trabalho tem como objetivo propiciar A utilização de um Portal de o encontro entre as pessoas Voluntariado nos possibilita oferecer dispostas a doar parte do seu tempo e inúmeras oportunidades de de suas habilidades no trabalho por conhecimento, capacitação, escolha de uma causa social, e as Organizações atividades e até mesmo de que necessitam deste tipo de trabalho. encaminhamento de voluntários a Em outras palavras, consiste em ser o qualquer hora do dia, todos os dias da elo entre voluntários e Organizações. semana. Para consolidar os 10 anos de trabalho Acreditamos também ser parte da do IVA/SC e também nos inserirmos nossa missão capacitar e cada dia mais em um mundo onde a profissionalizar Organizações e comunicação digital é uma realidade, Voluntários. Sendo assim, além da lançamos o Portal Voluntários Online intermediação entre voluntários e para atender por meio de vagas de Organizações, nos preocupamos em voluntariado presencial não só a região trabalhar a capacitação de todos os de Florianópolis, mas todo o estado de envolvidos, garantindo a Santa Catarina. Estamos introduzindo sustentabilidade de nossas ações junto no Brasil o voluntariado online, que é à comunidade. 3
  • 4. Introdução Curso à Distância de Gerenciamento de Projetos Um dos grandes desafios que as Organizações da sociedade civil (OSCs) enfrentam atualmente é a capacidade de gerir com eficiência suas ações e projetos, de forma a alcançar eficácia em seu trabalho. Uma gestão eficiente garante não apenas a qualidade dos resultados, mas também a sustentabilidade da Organização ao longo do tempo. Para contribuir com o melhor alcance desses objetivos, o Instituto Voluntários em Ação (IVA/SC) em parceria com a Eletrosul, lançam o Curso à Distância de Gestão de Projetos Sociais. O gerenciamento de projetos adotado como política da instituição poderá contribuir na redução de incertezas e riscos de insucesso dos projetos, apoiar a tomada de decisões das instituições e torná-las mais eficazes, gerando melhores resultados aliados à otimização dos recursos. Instituições que investem tempo e recursos na fase de planejamento e gerenciamento do projeto têm duplicada a chance de sucesso. Os problemas decorrentes da ausência das ferramentas de gerenciamento podem ser inúmeros e responsáveis por boa parte dos atrasos e finalizações dos projetos. Como realizar o curso? O projeto de capacitação de ONGs para a Gestão de Projetos Sociais é uma iniciativa do Instituto Voluntários em Ação, em parceria com a Eletrosul. 4
  • 5. A capacitação será realizada inteiramente online, por meio do site www.voluntariosonlinecursos.org.br, entre os dias 14 e30 de junho 2010. Possui carga horária de 8 horas, podendo ser adaptada de acordo com a disponibilidade de cada participante. O material didático foi dividido em 4 (quatro) módulos, a fim de facilitar a metodologia de aprendizagem e proporcionar melhor interação entre Organizações participantes e IVA. Além disso, o Curso oferece a possibilidade de discussão em grupo e plantão de dúvidas, por meio de Chat no MSN, em horários previamente agendados com os participantes, além das atividades que deverão ser entregues ao final de cada Módulo. Mais do que capacitar as ONGs para a Gestão de Projetos Sociais, o curso tem como objetivo contribuir para a inclusão digital do setor, fazendo com que as Organizações saibam utilizar todo o potencial da web em favor de suas ações sociais. Por isso, aproveite essa oportunidade e saiba como Gerenciar os Projetos da sua Organização da melhor maneira possível! Bom trabalho! 5
  • 6. 1. O Terceiro Setor O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. O terceiro setor é constituído por Organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público. 1.1 Conceitos Básicos O terceiro setor nasce de uma aglutinação das Organizações da sociedade, conforme a natureza de seus objetivos. Assim, temos nossa sociedade dividida em 3 setores: Estado – Instituições governamentais, das esferas municipal, estadual e federal - Estado Recursos públicos para fins públicos. Iniciativa Privada – Organizações que visam lucro - Recursos privados para fins Sociedade privados. Iniciativa Civil Privada Sociedade Civil – Cidadãos reunidos em associações voluntárias - Recursos privados e públicos para fins públicos. De acordo com Rubem César Fernandes, antropólogo e escritor brasileiro, o terceiro setor pode ser definido da seguinte forma: O Terceiro Setor é composto de Organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária, num âmbito não governamental, dando continuidade às práticas tradicionais da caridade, da filantropia e do mecenato e expandindo o seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, à incorporação dos conceitos de solidariedade e cidadania. Rubem César Fernandes, 1995 6
  • 7. Para entender melhor esse conceito destacamos o significado de 5 palavras chaves: Filantropia Caridade Mecenato Solidariedade Cidadania •Sentimento ou •Amor à •Termo que •Sentimento e •Gozo dos ação altruísta humanidade indica o apoio à causas direitos civis e de ajudar o ou amor ao incentivo e ou princípios políticos do próximo sem próximo, patrocínio de de outras cidadão bem buscar geralmente artistas e pessoas; como recompensa. expresso por literatos, e compreensão Uma das donativos do mais dos deveres de virtudes rico ao pobre amplamente, cada um na teologais. ou às obras de atividades sociedade. que atendem artísticas e aos pobres; culturais 1.2 Características das Organizações do Terceiro Setor Existe uma enorme variedade de temas e causas defendidas pelas Organizações do Terceiro Setor. Em meio a essa diversidade, algumas características são comuns, independentemente da área de atuação. São elas:  Não tem fins lucrativos;  São formadas por cidadãos que se organizam de maneira voluntária instituindo essas Organizações;  Além de funcionários, conta com voluntários como colaboradores;  O corpo técnico normalmente é composto de profissionais que se ligam à organização por razões filosóficas e tem um forte compromisso com o desenvolvimento social - identificação com a causa; 7
  • 8. São Organizações orientadas para a ação; se auto-gerenciam, são flexíveis, inovadoras, rápidas e próximas às comunidades locais - princípio da aproximação vital. 1.3 Importâncias das Organizações do Terceiro Setor Muitas vezes, as Organizações do Terceiro Setor atuam em áreas pouco atendidas pelo Setor Público, outras vezes fortalecem uma demanda da sociedade, defendem os direitos das minorias, dos animais e da natureza, etc. Seja qual for a área de atuação da Organização, a importância de suas ações podem ser medidas e avaliadas da seguinte forma:  Atendem parcelas significativas da população em suas necessidades básicas;  Geram oportunidades de emprego;  Disseminam valores muito caros à sociedade: solidariedade, altruísmo, generosidade, espiritualidade, ética, justiça social, política, cidadania... 1.4 Objetivos e Desafios do Terceiro Setor Estando a nossa sociedade como está, são muitos os objetivos das Organizações do Terceiro Setor, que trabalham visando a melhoria da qualidade de vida da população que atende. Dessa forma, os desafios enfrentados podem ser dos mais diversos. Confira os principais objetivos traçados e desafios encarados pelas Organizações do Terceiro Setor: Buscar novas formas Identidade com Objetivos de articulação da Desafios legitimidade Sociedade Civil; Influenciar as decisões Eficiência com e comportamento s do transparência 1º e 2º Setores; Lutar ativamente pela implantação de políticas Capacidade de públicas junto ao 1º estabelecer parcerias Setor; Ser um articulador dos 3 setores Sustentabilidade 8
  • 9. 2. O Papel do Voluntário Outra definição de voluntário, no Terceiro Setor elaborada pelo movimento que gerou a criação de Centros de Voluntariado no Brasil diz que “voluntário é o cidadão O terceiro setor é o setor onde o que motivado por valores de voluntariado predomina, tendo em participação e solidariedade, doa seu vista que a instituição de suas tempo, trabalho e talento, de forma Organizações depende de uma ação espontânea e não remunerada, para voluntária. Também para o causas de interesse social e desenvolvimento dos seus trabalhos, as comunitário”. Organizações do terceiro setor dependem muito dos voluntários. 2.2 Voluntariado em Projetos Assim, é importante que se conheça Sociais um pouco mais sobre esse importante componente do terceiro setor, o No caso do Terceiro Setor e os Projetos voluntário. Sociais, onde parte dos envolvidos são freqüentemente voluntários, é 2.1 O que é ser voluntário? importante desenvolver as seguintes ações Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), “o voluntário é o jovem a) Fomentar um ou adulto que, devido seu interesse comprometimento emocional: pessoal e espírito cívico, dedica parte criar entusiasmo e visão comum de seu tempo, sem remuneração no foco do nosso projeto. alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de b) Facilitar o trabalho voluntário bem-estar social ou outros campos”. dando uma direção clara e tarefas bem definidas. No Brasil, a Lei 9.608 de 18 de fevereiro de 19981, que dispõe sobre os serviços c) Analisar com cuidado a voluntários, define o voluntariado disponibilidade do recurso, pois como o trabalho não-remunerado o tempo disponibilizado pelo realizado por pessoas físicas, que não voluntário para o projeto é gera nenhum tipo de vínculo parte do seu tempo livre. empregatício, obrigações trabalhistas, previdenciárias ou afins. d) Criar métodos de comunicação alternativos que não requeiram reuniões com muita freqüência: o voluntário deve gastar a maior 1 Disponibilizamos o Texto Completo da Lei parte de tempo possível 9.608 na sessão Biblioteca no site do nosso gerando resultados3. Curso. 9
  • 10. 3. Projeto Social Podemos definir um Projeto Social como um grupo de atividades previamente planejadas para mudar uma situação social num determinado período de tempo e dentro do limite de um orçamento. Um Projeto Social geralmente nasce do desejo de mudar a realidade de um determinado grupo de pessoas. Para que seja um bom projeto é necessário pesquisar previamente sobre esse contexto, fazendo o levantamento dos dados necessários para construir e justificar o projeto. Além disso, será fundamental o empoderamento das pessoas que o projeto pretende beneficiar, contando com sua participação e envolvimento em todas as fases do projeto, como forma de garantir a sua sustentabilidade. No desenvolvimento dos projetos sociais são fundamentais que sejam claros os objetivos – gerais e específicos -, especificar os recursos, declarar parcerias e como serão analisados os resultados. 3.1 Aspectos principais da Gestão de Projetos Para começar a gerenciar seu projeto você precisa conhecer alguns conceitos e terminologias que irão ajudá-lo daqui pra frente. São eles: 10
  • 11. • Foco do projeto, o problema ou situação Objetivo Geral identificada que deve ser resolvida. Objetivo Específico • Estratégias ou ações para atingir o objetivo geral. • Inclui cada um dos elementos Recursos necessários para desenvolver o projeto. • O cronograma é a disposição gráfica do tempo que Cronograma será gasto na realização do projeto, de acordo com as atividades a serem cumpridas. Sua Organização já disponibiliza do recurso financeiro para colocar em prática o Projeto, uma vez que foi contemplada pelo edital da Eletrosul. Resta analisar se disponibiliza de recursos humanos para realizar as atividades e ações previstas. Os objetivos – geral e específicos – já foram estabelecidos pela sua Organização no momento da Elaboração do Projeto. Mesmo assim, vale lembrar: Antes de começar o projeto, faça as seguintes perguntas: “O que vai ser feito?” e “Como vai ser feito?”. A resposta a “O que vai ser feito?” será o Objetivo Geral do projeto, o problema ou situação identificada que deve ser resolvida. Exemplo: A inserção de jovens no mercado de trabalho. A resposta a “Como vai ser feito?” será a visão de como você gostaria que esta situação fosse e de como você vai conseguir mudá-la, ou seja, os Objetivos Específicos. 11
  • 12. Dito de outra maneira, os objetivos específicos são as estratégias ou ações para atingir o objetivo geral. Exemplos: Ministrar cursos de capacitação para jovens; Ministrar seminários de treinamento prático para jovens Articular parcerias com empresas para estágios remunerados Transformar as nossas idéias em objetivos será muito importante para não perder o foco do nosso projeto: deve ter vários Objetivos Específicos (Ações) para alcançar o Objetivo Geral (Transformar a realidade inicial). A partir disso, nos basearemos para a Gestão do Projeto. O Cronograma2, documento de extrema importância para acompanhar e gerenciar o Projeto, deve observar alguns pontos importantes: 1º - Identifique todas as atividades a serem executadas; 2º - Faça uma estimativa do tempo de execução para cada atividade (em dias, semanas, meses ou anos); 3º - Analise a sequência das atividades, identificando as que podem ser realizadas ao mesmo tempo (em paralelo) e suas interdependências; 4º - Acompanhe as atividades realizadas para que tudo o que foi planejado realmente seja executado. Quando isso não ocorrer, modifique a execução de tal forma que as atividades sejam realmente executadas. IMPORTANTE A elaboração e o acompanhamento do cronograma de um projeto permite melhorar a disposição dos recursos financeiros e humanos do projeto, adiando ou antecipando a realização de atividades, modificando tarefas e responsáveis, etc. 2 Veja o modelo de Cronograma que desenvolvemos para você na seção Biblioteca no site do nosso Curso. 12
  • 13. 3.2 A Gestão de Projetos A gestão de um projeto abrange seu ciclo completo, incluindo as fases de elaboração, execução e avaliação. A gestão leva em conta a estrutura lógica do projeto, que parte das necessidades sociais a serem contempladas e identifica todas as atividades a serem desenvolvidas e todos os produtos a serem gerados para se chegar à transformação social desejada. Assim, gerenciar um projeto social é conduzir seu andamento dentro das etapas previstas, acompanhar os resultados e fazer as alterações necessárias para que os objetivos sejam plenamente alcançados. Para ajudar sua Organização à melhor gerenciar os projetos, separamos alguns conceitos importantes que devem ser assimilados: DESEMPENHO AVALIAÇÃO Eficaz e Eficiente Os objetivos propostos foram atingidos com a menor utilização dos recursos disponíveis Eficaz, mas Os objetivos foram alcançados, mas com maior consumo de ineficiente recursos do que o previsto Eficiente, mas Os recursos foram utilizados conforme o estabelecido, porém os ineficaz objetivos previstos não foram alcançados Ineficaz e Os objetivos não foram alcançados e o consumo de recursos ineficiente ultrapassou o previsto 3.3 As principais funções gerenciais Dirigir A Organização e seus profissionais devem ter conhecimento de todas as etapas e funções importantes para o gerenciamento de projetos. Veja Organizar Controlar abaixo algumas dessas importantes funções gerenciais: Planejar 13
  • 14. Cada uma dessas etapas irá orientar sua Organização desde o início do Projeto até a sua conclusão. Planejar É a ação de elaborar e determinar a finalidade e os objetivos do projeto e prever todas as suas atividades, os recursos e os meios que permitirão atingi-los ao longo do tempo determinado. Faz parte do Planejamento:  Estabelecer objetivos  Pensar alternativas  Ter idéias diferentes Organizar É a ação de agrupar pessoas e recursos, definir atribuições, responsabilidades e tarefas, de modo a atingir os objetivos planejados. Faz parte da Organização:  Definir quem toma as decisões e sobre quais assuntos;  Estabelecer quem deve realizar quais atividades;  Apontar quem deve acompanhar e controlar cada atividade;  Indicar as relações entre os responsáveis por todas as atividades levantadas. O planejamento e a organização, por si só, não garantem que o projeto aconteça. Para isso, é necessário estimular as pessoas a executarem suas atividades. Isso é feito por meio da função direção. 14
  • 15. Dirigir É a ação de conduzir e motivar pessoas a exercerem suas tarefas a fim de alcançar os objetivos do projeto. Essa função implica transmitir às pessoas o que elas devem fazer e conseguir que elas trabalhem da melhor forma possível, com a melhor utilização dos recursos disponíveis. Exige, de quem a exerce, a capacidade de coordenar os trabalhos a serem realizados, fixando prioridades e exercendo a liderança junto aos subordinados de forma a motivá-los. O exercício dessa função exige do coordenador a capacidade de coordenar, liderar, motivar e tomar decisões. A liderança é um aspecto muito importante para o gerenciamento de um projeto, por isso é importante ler e se informar sobre esse conceito. Para isso, disponibilizamos um texto de leitura complementar sobre liderança em Projetos Sociais na seção Biblioteca no site do nosso Curso. Controlar É a ação de comparar os objetivos estabelecidos e os recursos previstos com os resultados atingidos, a fim de tomar medidas que possam corrigir ou mudar os rumos fixados. Após prever as atividades e os programas a serem realizados, organizar as equipes para desenvolver o trabalho e iniciar ou concluir a sua execução, cabe ao gerente analisar os resultados que estão sendo alcançados. Essa análise constitui a essência da função controle, que é a comparação do desempenho real, isto é, dos resultados efetivamente obtidos, com o desempenho esperado, ou seja, com os objetivos definidos no momento do planejamento, buscando dessa forma identificar eventuais descompassos e suas causas, o que possibilita a adoção de medidas corretivas quando necessárias. O controle revela possíveis falhas ocorridas e possibilita a introdução de medidas corretivas capazes de produzir nova situação de equilíbrio. Por essas razões que a função Controle deve ser uma das mais compreendidas neste curso. 15
  • 16. 3.4 A Comunicação para a boa gestão de um projeto Aspecto importante da gestão de um projeto, a COMUNICAÇÃO merece atenção especial. O relacionamento entre os membros de uma equipe que estão trabalhando num projeto deve ser um dos fatores importantes de atenção do coordenador/gestor dessa equipe: um bom relacionamento e uma boa comunicação resultam geralmente em um trabalho bem sucedido. Quando uma equipe trabalha em um projeto, é muito importante que todas as informações circulem entre os envolvidos. Faz parte das funções do gestor/coordenador do projeto fazer com que as informações sejam partilhadas por todos os membros que atuam na execução do projeto. Reuniões periódicas são a melhor forma de conduzir essa questão. É importante também que outras pessoas que não fazem parte da equipe, como colaboradores e voluntários, também sejam informadas. Dessa forma, toda a organização estará voltada para a execução desse projeto. Aqui você pode encontrar algumas sugestões de formas de comunicação entre a equipe executora do projeto e os demais membros da organização: Informações Emails Reuniões colocadas em periódicos Relatórios mural, de encaminhando parciais e ao periódicas forma a tornar- informações final, relatório com a equipe se visível e sobre o final do projeto atrativa projeto; 16
  • 17. 1. Controle e Monitoramento Você já viu as funções gerenciais que auxiliam o gestor no gerenciamento dos projetos e de que forma essas funções podem trazer melhores resultados. Porém, vamos retornar ao tema de Controle e Monitoramento do projeto, pois é nessa etapa que, muitas vezes, os gestores do projeto descobrem que as coisas não estão ocorrendo de acordo com o que foi planejado. Como você viu, o Controle é o processo desenvolvido para reduzir ao máximo as diferenças entre o que foi planejado e o que efetivamente é realizado no desenrolar das atividades do projeto. Monitoramento/Acompanhamento O monitoramento é o acompanhamento do projeto por meio da coleta e análise constante de informação sobre como o projeto se desenvolve. Quando você estrutura um sistema de monitoramento, você está criando um sistema de coleta de informação útil para melhorar o que fazer e como deve ser feito. 4.1 Por que Monitorar/Acompanhar? É por meio do monitoramento que conseguimos identificar problemas e pensar em soluções. Só assim o Projeto terá continuidade. Veja abaixo alguns pontos importantes possibilitados por essa função:  Identificar quando as coisas não estão andando corretamente.  Saber se os recursos estão sendo bem utilizados e se serão suficientes para o que está sendo feito.  Conhecer se sua capacidade de trabalho é suficiente e apropriada.  Saber se você está realizando aquilo que planejou fazer. 17
  • 18. Uma das grandes vantagens é a possibilidade da identificação de problemas enquanto estes ainda são pequenos e contornáveis, fato que facilita a tomada de decisões certas no momento necessário, evitando o fracasso do projeto. Veja agora os principais motivos do fracasso de projetos: a) Erros no planejamento: objetivos que não existem ou não foram devidamente identificados; atividades que não foram devidamente organizadas; pouca harmonia entre as pessoas envolvidas e o desenrolar das atividades. Exemplo: um dos capacitadores foi denominado para ministrar os cursos em duas comunidades diferentes no mesmo horário ao longo do projeto. Na hora da execução é necessário um professor adicional, incrementando o custo do projeto. Por causa da falta de recursos extraordinários, uma comunidade não é atendida pelo projeto. b) Erros de execução: os responsáveis do projeto não cumpriram as atividades ou não desenvolveram processos segundo ao que foi planejado. Exemplo: o capacitador não cobrou freqüência nas oficinas (mesmo que estava planejado nas suas tarefas) porque o nível de assistência estava sendo baixo. O coordenador do projeto não sabe da pouca participação e no final das contas o projeto parece um fracasso. c) Fatores Externos: eventos adversos novos e imprevisíveis que modificam o cenário no qual o projeto está acontecendo. Exemplo: duas das empresas parceiras que tinham se comprometido a assinar 30 contratos de estágio para os jovens tiveram problemas de liquidez e terminaram não assinando os contratos. O coordenador do Projeto consegue negociar 10 contratos numa nova empresa parceira antes da finalização do projeto, porém 20 jovens capacitados não são inseridos no mercado de trabalho. 18
  • 19. 4.2. Como desenhar o Plano de Monitoramento para o Projeto? Utilizando um Plano de Monitoramento você poderá acompanhar de forma mais eficiente o andamento e desenvolvimento do Projeto. Agora você irá aprender como elaborar esse documento. Para isso, siga o nosso passo-a-passo: 1º Passo: O que queremos saber? Selecionando Indicadores “O que não é medido não pode ser gerenciado”: você só pode saber, com certeza, se atingiu determinado resultado, a partir do momento que possui um indicador3 para medir esse resultado. Os INDICADORES são medidas numéricas para conhecer em que medida os objetivos do seu projeto estão ou não sendo alcançados, dentro de um prazo delimitado e numa localidade específica. A dificuldade e preocupação por “medir resultados” geralmente acontecem porque a organização não sabe exatamente o que medir. Por isso, a importância do planejamento inicial do projeto onde foram definidos: Objetivo geral: Foco do projeto, no problema ou na situação identificada que deve ser resolvida. Lembrando Objetivos específicos: Visão de como você gostaria que esta situação fosse e de como você vai conseguir mudá-la. Dito de outra maneira, os objetivos específicos são as estratégias ou ações para atingir o objetivo geral. 3 Separamos uma lista contendo exemplos de Indicadores para você conferir. Basta acessar o site do Curso, seção Biblioteca. 19
  • 20. Para monitorar o projeto, devem ser estabelecidos um ou mais indicadores para cada objetivo especifico, uma medida que indique se o objetivo foi total ou parcialmente alcançado. Para compreender melhor, veja esse exemplo: Objetivo Específico • Frequencia nas • Empoderament oficinas o da mulher na • Implementação (percentagem de Comunidade de oficinas de participação) da Graça artesanato para as mulheres da Comunidade Objetivo Geral Indicador Deve ficar claro que esses indicadores estão intimamente relacionados ao objetivo proposto por cada Projeto e, portanto, são determinados individualmente para cada projeto. A seleção de indicadores será a parte principal do monitoramento. Lembre-se que quanto mais impreciso for um objetivo, mais difícil será achar seus indicadores e as formas de trabalho. É importante que os Indicadores apresentem as seguintes características:  Entendimento Simples  Facilidade de Construção  Relação direta com as ações efetuadas  Consistência com os Dados Disponíveis TAREFA: Antes de começar o projeto, pegue cada objetivo específico, um a um, e estabeleça indicadores para medir os resultados. Será fundamental decidir os indicadores com anterioridade à execução do Projeto, para poder coletar os dados. 20
  • 21. 2º Passo: Como obter a informação? Não adianta criar indicadores que não vamos conseguir mensurar. Para simplificar o trabalho dos gestores/coordenadores do projeto, vamos esclarecer os tipos de informação que deve ser utilizada para o monitoramento do seu projeto: Informação Informação QUANTITATIVA QUALITATIVA É aquela que oferece dados Indicam como as pessoas se numéricos indicando “quanto ou sentem a respeito de alguma quantos?” situação ou como as coisas são feitas, ou como as pessoas se Exemplo: comportam. Qual o número de jovens da Comunidade que participaram Você irá conseguir essas das aulas? informações perguntando, observando e interpretando. Pode ser expressa de várias maneiras: Exemplo: Nível de auto-estima das Em números absolutos: por meninas que participaram das exemplo, 45 meninas oficinas de artesanato. freqüentaram os cursos de capacitação entre os meses de A informação qualitativa pode março e julho de 2010. ser transformada em informação quantitativa. Basta criar uma De forma percentual: por escala numérica para medir o exemplo, 50% das meninas grau de satisfação, da seguinte previstas freqüentaram as maneira: oficinas de artesanato entre os meses de março e julho de 2010. Muito satisfeito: 5 Como realizar o cálculo? Neste Satisfeito:4 exemplo, trabalhando com listas Indiferente:3 de presença ao longo dos cursos. Insatisfeito:2 Muito Insatisfeito:1 21
  • 22. Por um lado, a transformação de uma resposta qualitativa aberta e que expresse valores em uma resposta quantitativa pode perder informações que são relevantes para a avaliação do projeto. Mas, por outro lado, permite que usemos para examinar, por exemplo, se existe uma relação entre a nota obtida pelo aluno (quantitativo) e a sua satisfação com a escola (qualitativo). Mesmo quando a informação qualitativa é transformada em dados quantitativos, isso não significa que não vão ser valiosas para a avaliação. A combinação de ambas as respostas irá enriquecer a análise dos projetos. Dados quantitativos podem mostrar o que está acontecendo, enquanto os dados qualitativos podem fornecer uma indicação das razões pelas quais o programa está tendo aqueles resultados. Exemplo: Consideremos o programa de oficinas de artesanato para mulheres, meninas e adolescentes. Após sua implementação, os indicadores quantitativos (nível de freqüência nas oficinas, número de mulheres capacitadas, número de empresas parceiras do projeto, número de contratos assinados, etc.) podem mostrar que o projeto foi um sucesso. Porém, indicadores qualitativos (entrevistas com as mulheres e professoras, nível de satisfação das empresas, etc.) poderiam mostrar que as oficinas não foram adequadas, pois não atenderam as expectativas das empresas parceiras ou não melhoraram a auto-estima das adolescentes. Como decidir entre informação qualitativa ou quantitativa? Como você acabou de ver, você vai medir com indicadores quantitativos o seguinte:  Resultados numéricos sobre os objetivos do projeto.  Desempenho financeiro. Com indicadores qualitativos – por meio de entrevistas, reuniões de grupo, observações, pesquisas de opinião, etc. – você medirá: 22
  • 23. Os efeitos do projeto sobre os envolvidos: motivação, satisfação, etc.  Sentimentos e percepções: opiniões, stress, compreensão do público, empenho, etc. TAREFA: Antes de começar o projeto, pegue cada indicador, um a um, e esclareça onde, como e com que freqüência você vai obter a informação sobre a evolução de cada indicador. Será fundamental esclarecer as fontes de informação com anterioridade à execução do Projeto, para poder definir as formas e os responsáveis pela coleta de dados. 3º Passo: Que diferença o Projeto vai fazer? Chegados neste ponto, você pode se perguntar “Fiquei horas trabalhando para definir indicadores segundo os objetivos específicos, pensando como e quem obterá as informações. E agora? Como isso vai me ajudar a resolver os problemas do projeto enquanto estiver em andamento?” Sem registrar o cenário anterior à conclusão do Projeto, não podemos realizar o monitoramento. Sendo assim, é de extrema importância que a Organização analise a situação anterior, delimite os Objetivos e Indicadores, registre essas informações, para que possam comparar os dados posteriores à conclusão do Projeto. Veja esses conceitos:  Marco Zero: valor dos indicadores antes de iniciar o projeto, os números iniciais do projeto. É como uma fotografia tirada no momento em que se começa um projeto, para depois ver o que mudou ou não mudou.  Padrões de desempenho: o valor que confiamos que esses indicadores terão graças às atividades de nosso projeto, o “padrão” que queremos alcançar. 23
  • 24. Os dados coletados ao longo do monitoramento/acompanhamento não fazem sentido nenhum se não forem comparados com a situação inicial, e não ajudarão a identificar os problemas sem ser comparados de forma contínua aos padrões definidos. Os principais tipos de padrões de desempenho existentes são:  Padrões de Quantidade: número de colaboradores no projeto, de atividades, de serviços, de beneficiários, etc;  Padrões de Qualidade: qualidade das atividades, materiais, etc;  Padrões de Tempo: segundo o cronograma, o tempo para cada atividade;  Padrões de Custo: custo dos materiais, equipamentos, etc; TAREFA: Antes de começar o projeto: Pegue cada indicador, um a um, e estabeleça com cuidado o valor que considera que espera alcançar com o Projeto. Faça uma lista de possíveis ações corretoras no caso que os indicadores não evolucionem segundo o que foi planejado. Durante o projeto: Registre o valor de cada indicador segundo a freqüência que foi definida. Compare esses valores com os padrões de desempenho que foram estabelecidos. Caso os indicadores estejam por debaixo dos padrões estabelecidos, atue segundo as ações corretoras para melhorar esse valor. 24
  • 25. 4º Passo: A Planilha de Monitoramento e Desempenho OBJETIVO GERAL: Empoderamento das mulheres (mulheres, jovens e crianças) da Comunidade da Graça e da Comunidade do Estreito. Padrão de Ações Corretoras Objetivos Específicos Tipo de Indicador Fontes de Informação Freqüência Desempenho (Estudar sempre possíveis fatores externos) QUANTITATIVO Freqüência das mulheres Listas de Presença 1. Reunião extraordinária com alunas e professoras Cada nas oficinas. (por faixa assinadas por professoras e 65% 2. Procurar apoio de líderes comunitários oficina etária) alunas 3. Entrevistas com as famílias das desistentes Número de peças de 1. Revisão dos recursos materiais Cotação das Peças entre 70 e 100 artesanato produzidas Mensal 2. Revisão da didática Produzidas unidades (por tipo de produto) 3. Possível da troca de professora (1) QUALITATIVO Capacitar mulheres, jovens e Entrevista com o grupo de crianças para a elaboração de Qualidade dos materiais Mensal 4 (escala de 1-5) 1. Estudar troca de fornecedor trabalho artesanato. Entrevista individual Motivação das professoras Bimestral 4 (escala de 1-5) 1. Melhorar acompanhamento psicológico professoras Auto-estima das alunas Entrevista individual com as Atingir 4 1. Reformulação da carga horária Mensal (por faixa etária) alunas (por faixa etária) (escala de 1-5) 2. Estudo de troca de didática Empenho Escolar Entrevista com professores Atingir 4 3. Possível troca de professora Bimestral 4. Melhorar acompanhamento psicológico (por faixa etária) da escola (escala de 1-5) QUANTITATIVO Número de empresas 1. Renegociação dos contratos Contratos assinados Trimestral 4 empresas (2) parceiras 2. Contatar novas empresas Articulação de Parcerias com QUALITATIVO empresas para a comercialização e venda dos Satisfação das empresas Entrevista com Identificar o motivo da insatisfação (design,material, artesanatos. com as peças de Representantes das Mensal 4 (escala de 1-5) resistencia, etc.) e estudar ação corretora artesanato empresas parceiras correspondente (fornecedor, oficina, professora, etc.) 25
  • 26. AVALIAÇÃO E RELATÓRIOS Em muitas Organizações, a avaliação é vista mais como uma requisição de parceiros financeiros do que uma ferramenta de gerenciamento. Os parceiros certamente querem saber se seu dinheiro está sendo gasto de maneira apropriada. Porém, é muito mais importante o uso do monitoramento e avaliação para a própria organização ou projeto, para saber como está o andamento em relação aos seus objetivos. AVALIAÇÃO Avaliação é a comparação do que foi planejado com o que foi feito, e como isso foi alcançado ao longo do Projeto. É o momento do projeto visando a melhoria de projetos futuros. Será a partir dos indicadores de monitoramento/acompanhamento, ou melhor, a partir da variação verificada em alguns indicadores, desde o início até o final do projeto que iremos quantificar os impactos do projeto. Para que avaliar? Para conhecer a eficácia, eficiência e impacto do seu projeto: Eficácia: Os objetivos do Projeto foram atingidos; Eficiência: Os objetivos do Projeto foram atingidos com a menor utilização dos recursos disponíveis; Impacto: se o que você realizou fez ou não alguma diferença. Tipos de Avaliação: Existem muitas maneiras e metodologias diferentes para avaliar projetos sociais. Neste caso nos centraremos em duas:
  • 27. AVALIAÇÃO SEGUNDO O IMPACTO AVALIAÇÃO SEGUNDO O RETORNO ECONOMICO “O projeto atinge seus objetivos?” “Os resultados do Projeto, diante de seus custos, são razoáveis?” Está relacionada ao impacto que o Esta pergunta é importante porque Projeto tem sobre os beneficiários muitas vezes embora o projeto tenha escolhidos. Estuda as relações causais impacto positivo, ele não é grande o entre as ações efetuadas no projeto e as suficiente diante dos custos da sua mudanças observadas nos indicadores implementação. Pode ser que outros escolhidos. Ou seja, nos permitirá dizer se Projetos com um custo menor foi de fato o Projeto o responsável pelas alcançassem resultados semelhantes. mudanças que sem o Projeto, não teriam acontecido. Um relatório de Avaliação deve conter, normalmente, as seguintes seções e informações: SUMÁRIO Quanto mais curto, melhor. É o resumo geral sobre o desenvolvimento do projeto que deve conter de forma clara e ordenada as informações principais das seguintes seções. PREFÁCIO Não é essencial: agradecimentos ou outros comentários ÍNDICE Com páginas enumeradas, para auxiliar as pessoas a encontrarem o que desejam ler no relatório. 1ª SEÇÃO: Informações básicas sobre o projeto, breve explicação do INTRODUÇÃO: processo utilizado para o acompanhamento e avaliação e eventuais problemas ocorridos. 2ª SEÇÃO: Aqui serão organizadas seções com áreas importantes de DESCOBERTAS: descobertas, p.ex. eficiência, eficácia e impacto, ou quaisquer outros temas que tenham emergido. 3ª SEÇÃO: Aqui você apresentará conclusões de suas descobertas CONCLUSÕES: tanto positivas como negativas 4ª SEÇÃO: Sugestões específicas para os próximos passos RECOMENDAÇÕES: (continuidade do projeto), o que deve mudar, etc. APÊNDICE/ANEXO: Aqui devem ser incluídas as listas das pessoas entrevistadas, os questionários usados, um mapa da área, as planilhas de monitoramento e desempenho, etc. 27
  • 28. TAREFA: Após a finalização ou prazo de implementação do Projeto, junte todas as informações e elabore o relatório de avaliação do Projeto, de forma clara e ordenada segundo as seções da tabela anterior. Lembre-se que o propósito da avaliação é entender quão eficiente é o projeto em distribuir benefícios para a comunidade em questão, se o dinheiro e tempo investidos justificam os resultados e por que. RELATÓRIOS Relatórios servem para disseminar o Projeto. Desenvolver um sistema de relatórios é importante para compartilhar resultados com todos os envolvidos, pois é assim que se aprende com os erros. Relatórios registram informações, devem ser de fácil compreensão, breves, contendo apenas as informações mais relevantes, cuidando a gramática e a apresentação. Um excesso de informação pode fazer com que os destinatários percam o interesse e não leiam os dados mais relevantes sobre o Projeto. Cumprindo seu papel de ferramentas de gestão de projetos, relatórios incluem informação sobre a dinâmica do trabalho de grupo, as manifestações dos beneficiários, informações financeiras, resultados parciais e finais, conclusões das avaliações e informações não mensuráveis sobre o aprendido ao longo do Projeto. Muitos atores como doadores ou a própria sociedade apenas terão conhecimento do esforço da equipe e dos beneficiários do Projeto através dos relatórios posteriores. A imagem e o profissionalismo da equipe e das Organizações envolvidas, para muitos 28
  • 29. públicos vão depender da gramática e da forma da escrita, além dos conteúdos e resultados. Após avaliar e elaborar o relatório final do Projeto é necessário informar os envolvidos sobre a sua continuidade, sustentabilidade e replicabilidade. DISSEMINAÇÃO: Disseminar o Projeto significa compartilhar as informações e resultados com o ambiente interno e externo à organização: AMBIENTE INTERNO: É a equipe de trabalho, os beneficiários, as Organizações de apoio, os parceiros, grupos, comunidades envolvidas e diretamente interessadas. AMBIENTE EXTERNO: tudo o que não participa do projeto no seu funcionamento: pessoas, grupos, instituições e comunidades distanciadas da experiência do Projeto. Por que disseminar no ambiente externo? Para multiplicar e replicar uma idéia e experiência que tanto se for positiva como negativa é de real utilidade social. Disseminar vai, por tanto, muito além de divulgar: é tornar o Projeto palpável à sociedade, que pode transformá-lo num novo modelo de trabalho. Disseminar é uma ATITUDE durante todo o tempo de duração do Projeto: 29
  • 30. No Início: Para criar Durante: Compartilhar No Final: Desenvolver interesse público pelo lições aprendidas, modelos, políticas, porojeto que está para multiplicar boas replicar casos de acontecer. experiências. sucesso. Diferentes Destinatários: Você se reportará aos diferentes destinatários de diferentes maneiras, às vezes de forma escrita, outras verbalmente. Novas ferramentas surgem a cada dia e ficam disponíveis para utilização muitas vezes gratuitas, como apresentações de PowerPoint, slides e vídeos. Segundo o destinatário, a elaboração e os conteúdos dos diferentes relatórios se basearão nas seguintes questões:  Quem está atualmente se beneficiando do projeto e de que forma?  Como será transmitido o que se aprendeu? (formato, itens, tamanho e freqüência dos relatórios)  Como utilizar os relatórios? (ritmo de reuniões internas, método de analisar os relatórios em equipe, organização e tomada de decisão para corrigir erros de forma rápida)  Quem deve receber os relatórios?  O que melhoraria a eficiência, a eficácia e o impacto do projeto atual? (baseado na interpretação dos indicadores, fazendo uma comparação entre o início e o final do projeto)  Que lições podem ser aprendidas deste projeto em termos de replicabilidade?  Que diferencia fez o projeto? Transformou a realidade anterior? 30
  • 31. A tabela abaixo traz algumas sugestões de mecanismos de relatórios para destinatários distintos: Público-Alvo Como? Quando? (Destinatários) (Recomendação de Formato) (Frequência) Parceiros Resumo por escrito das principais informações Periódico: ex. Financeiros do acompanhamento pode ser enviado por Trimestral email. Relatório completo por escrito, impresso, com Momento resumo executivo inicial, focado nos resultados final: Avaliação e no retorno econômico. Equipe do Resumo escrito e apresentação verbal, focada Periódico: ex. Projeto no reconhecimento aos sucessos e Trimestral principalmente a identificar e corrigir os erros que ameaçam o sucesso total ou parcial do projeto. Avaliar o desempenho e as contribuições de cada membro da equipe. Discussão em grupo sobre o relatório completo, Momento seguido de uma discussão em profundidade final: Avaliação sobre as mudanças que o Projeto conseguiu Beneficiados Apresentação verbal, em forma de reunião De tempos em informal, se possível com apoio de material tempos ao audiovisual sobre as mudanças obtidas e a longo do continuidade do Projeto, visando obter um Projeto feedback e controlando o nível de participação. Sociedade em Artigos de Jornal, conferências, mídias sociais, De tempos em Geral páginas de Internet, etc. tempos ao longo do projeto, principalmente após a finalização. 31
  • 32. CONCLUSÃO Acima de tudo, gerenciar projetos é planejar e acompanhar a sua execução. O gerente do projeto deve manter-se alerta e flexível com os acontecimentos do dia-a-dia, mas deve estar sempre se reportando ao plano inicial para não perder o controle. A principal qualidade do gerente de projeto é saber se comunicar bem com todos. Ele é o ponto focal das informações, nele convergem informações que ele depois deverá processar e divulgar para todo o restante da equipe. O segredo é envolver a equipe, parceiros e beneficiários de tal forma que todos se sintam diretamente responsáveis pelo sucesso do projeto. Como diz aquele velho ditado caipira, "quando todos empurram na mesma direção, não há carroça que não saia do atoleiro". 32