O documento discute três tópicos principais: 1) A abertura da unidade de cuidados continuados da ABEI em Vila Franca de Xira está atrasada devido à falta de rede de esgotos na área; 2) O antigo Palácio da Flamenga em Vialonga foi novamente assaltado e está em más condições; 3) A construção da unidade de cuidados continuados da ABEI custará mais do que o estimado inicialmente devido a novas exigências legais.
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
Voz Ribatejana Edição 1 SET 2011
1. Protesto de utentes em
Alhandra acaba com
Em frente aos correios de Alverca
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tiro e detenções
pag.: 15 Campo Pequeno
evoca José Falcão
“
“ fecha Redondel Voz Ribatejana
:: número 19 :: ano 1 :: 31 de Agosto de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::
“O Redondel”, emblemático restaurante vila-franquense que funcionava na Praça de Toiros Palha Blanco, está fechado desde o passado dia 2. As dificul-
dades financeiras levaram ao pedido de insolvência da firma responsável pela exploração e deixaram quatro pessoas no desemprego. Em Samora Correia,
o supermercado Supersol fechou no dia 23 deixando mais 20 pessoas no desemprego.
Insolvência
pag.: 5
Festas anuais - Mais de 100 mil visitam cidade ribatejana foto: Pedro Batalha
Samora defende a Festa
Alverca conquista
Supertaça de Lisboa
pag.: 17
Dívidas do Ministério
ameaçam obras e
refeições nas escolas
pag.: 9
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Azambuja e Carregado p
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2. 02
“
ABERTURA voz ribatejana #19
Concelho de Vila Franca de Xira
Unidades de cuidados
continuados não andam
A necessidade de unidades de cuidados continuados é evidente
no concelho de Vila Franca de Xira, mas nenhum dos vários
projectos equacionados para Vila Franca, Vialonga e Forte da
Casa está a funcionar, por diversos problemas que entretanto
surgiram com as iniciativas da ABEI, da CEBI e do IAC.
Dentro de dois anos, deverá ser a Misericórdia de Vila Franca
a avançar para a criação de uma UCC nas actuais instalações
do Hospital Reynaldo dos Santos, associada a lares de idosos
e serviços de fisioterapia e consultas de especialidade.
Jorge Talixa Santos, mas os diversos
processos não têm corrido
As unidades de cuidados con- bem.
tinuados são uma necessidade O mais avançado é o projecto
evidente na região mas, por de construção da UCC da
isto ou por aquilo, os diversos ABEI de Vila Franca de Xira,
projectos previstos têm-se na fronteira entre esta freguesia
defrontado com sucessivos e a das Cachoeiras. O edifício
problemas e apenas a UCC da está praticamente concluído
Misericórdia de Arruda dos desde Dezembro, mas ninguém
Vinhos está a funcionar. Vila se apercebeu a tempo que não
Franca de Xira, Vialonga e havia sistema de saneamento
Forte da Casa são algumas das na zona e só mais recentemente
localidades ainda à espera de foi alcançado um entendimento
melhores perspectivas que entre a instituição e os Serviços
levem à concretização de Municipalizados de Águas e
unidades vocacionadas para Saneamento para a partilha de
acolher doentes em recuper- custos da rede necessária. Em
ação e idosos que necessitem Vialonga, o projecto de criação
de acompanhamento especia- de uma UCC que se chegou a
lizado e de fisioterapia. Todos desenhar foi abandonado pela
concordam que unidades deste Fundação CEBI, confrontada
verno de deixar de devolver os dente da edilidade vila-fran- das. A autarquia tentou e con- a Direcção-Geral e aguarda,
tipo são fundamentais para com as dificuldades em encon-
valores de IVA das obras às quense, esclarecendo que a seguiu convencer a DGPE de agora, a posição do novo
aliviar a pressão sobre o satura- trar parceiros necessários e
IPSS. Já no Forte da Casa, o CEBI tem continuado a tentar que as prestações mensais só secretário de Estado do
do Hospital Reynaldo dos com a decisão do anterior go-
IAC articulou com a encontrar um parceiro, mas que deveriam começar a contar a Tesouro, porque entende que a
bracarense Britalar a cons- “não tem sido fácil”. partir de Janeiro de 2011, altura Câmara só deve pagar os 30
trução de uma UCC, mas as Por isso, Câmara, CEBI e em que se previa o arranque mil euros respeitantes ao
Período aberto à intervenção do público a partir das 18h00
dificuldades na obtenção de Direcção-Geral do Património das obras. “Qual não foi a primeiro semestre deste ano.
apoios fazem com as obras te- do Estado (DGPE) decidiram nossa surpresa quando, há dias, “Deixa-me alguma mágoa que
nham andado muito devagar. a Fundação CEBI não tenha
Em recente reunião camarária capacidade para fazer este
foi aprovada a revogação do investimento tão importante
direito de superfície a favor do Utentes lamentam 12 anos de para o concelho”, observou,
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Município e da CEBI de parte por seu turno, a vereadora Ana
do antigo Sanatório da “falsas expectativas” na Lídia Cardoso, eleita da CDU,
Flamenga. Maria da Luz questionando se a Câmara não
07 de Setembro’11 Rosinha explicou que a vinda
Flamenga estará interessada em defender
do imóvel à posse da Câmara a utilização daquele espaço
implicava o pagamento de uma A Comissão de Utentes de Saúde de Vialonga (CUSV) tem como Hospital de Retaguarda
prestação mensal e que a autar- desenvolvido, ao longo dos anos, várias iniciativas em defesa no âmbito do Serviço Nacional
15h00 quia avançou no pressuposto
de que a Fundação CEBI con-
cretizaria ali a instalação da
do aproveitamento para fins públicos do antigo Palácio da
Flamenga. Agora, perante a devolução do espaço à adminis-
tração central, a CUSV lamenta que, “depois de mais de 12
de Saúde, porque “é um espaço
que se degrada de dia para
dia”. Maria da Luz Rosinha
UCC. “A CEBI viu-se con- anos de encerramento e muitas peripécias financeiras, admitiu que, com a
frontada com a questão da económicas e políticas, com anúncios repetidos de “agora é “devolução” do Palácio da
Salão alteração do IVA. Todas as
instituições estão sujeitas a
que vai abrir””, o edifício onde já funcionou uma extensão
hospitalar continue “desaproveitado e vandalizado”, demon-
Flamenga ao Património do
Estado esta questão da criação
IVA à tabela de 23%, sem po- strando de forma “evidente o desleixo com que tem sido de um Hospital de Retaguarda
da Junta ssibilidade de reembolso.
Numa obra de 8 milhões de
tratado um bem público, que a todos pertence”. No entender
da CUSV, a mais recente decisão da Câmara de Vila Franca
voltará a colocar-se “com
maior incidência”. Embora
de Freguesia euros, isso significa mais de 2
milhões, o que não era
de revogar a cedência em direito de superfície constitui
“mais um episódio ao estilo de entradas de leão e saídas de
reconheça que o Estado não
deverá envolver-se directa-
suportável, tendo até em con- cordeiro”. mente num projecto desse tipo
das sideração que os apoios da
administração central eram só
e que o espaço já não está liga-
do ao Ministério da Saúde, a
Cachoeiras de 750 mil euros e o Município
tem um tecto para compartici-
suspender o processo. “Se
entretanto evoluir, poder-se-á
apareceu um ofício em que
aceitavam a revogação da
presidente da Câmara de Vila
Franca diz que o Governo
par. Ficava para a instituição negociar”, acrescentou Maria cedência, mas pediam-nos 190 poderá tentar cativar interesses
um investimento da ordem dos da Luz Rosinha, explicando mil euros de prestações, tudo para investir na recuperação e
9 milhões de euros, o que era que outro problema foi o do desde o princípio”, sublinhou a reutilização daquele edifício
muito pesado”, vincou a presi- cálculo das prestações venci- edil, frisando que “correu” para centenário.
3. PRÓXI
MA EDIÇÃ
JANA
O DO
RCA!
03
IBATE NÃO P
E
VOZ R BRO
31 de Agosto de 2011 E SETEM
A 14 D
Falta de esgotos atrasa
abertura da UCC da ABEI
A obra de construção da
Unidade de Cuidados
Continuados da Associação
para o Bem-Estar Infantil de
Vila Franca de Xira ( a mais
avançada no concelho) está
praticamente pronta desde
Dezembro, mas a falta de uma
rede de esgotos na zona tem
impedido a abertura do serviço,
com capacidade para 30 camas.
Em Julho, os Serviços
Municipalizados de Águas e
Saneamento (SMAS) de Vila
Franca e a ABEI chegaram,
Portas finalmente, a um entendimento
para a partilha de custos e as
obras deverão estar feitas até
escancaradas final deste ano.
Manuel Martins, presidente da
ABEI, salienta que a institu-
ição desconhecia completa-
mente que aquela zona não era
servida por rede de esgotos e
O palácio seiscentista da barragem de portas e janelas que seria necessário construir
Flamenga, em Vialonga, com tijolo, mas os roubos um ramal com centenas de ra, que servirá não só aquele franquense. ra e como é que se tem o
voltou a ser assaltado nos continuaram. O velho palá- metros. Na reunião camarária equipamento mas outras situ- “Como é que se aprova um equipamento concluído há 7
últimos dias e até metade da cio do século XVII, um dos de 13 de Julho foi, entretanto, ações que venham ser feitas projecto destes sem perceber meses e não se tinha percebido
porta principal (metálica) do mais importantes símbolos aprovado um acordo entre o naquela área”, frisou, por seu que não existia rede de esgotos que não existia rede de esgo-
edifício do Estado já foi do património de Vialonga, Município e a ABEI, através do tos?”, questionou Ana Lídia
roubada, deixando todo o lá está, sem vigilância, com qual os cerca de 222 mil euros Cardoso, eleita da CDU.
interior do imóvel acessível.
Já em Fevereiro haviam sido
as paredes cobertas de graffi-
tis e agora também de porta
estimados para a realização da
obra de construção do ramal de
Custos agravados O vice-presidente Alberto
Mesquita lembrou que aquela
roubados cerca de 2000 escancarada, permitindo esgotos serão divididos entre zona está inserida no âmbito
azulejos do século XVII que perceber que o interior está os SMAS e a instituição. A Inicialmente estimada em 1, 8 milhões de euros, esta UCC das AUGI (áreas urbanas de
decoravam a capela dedica- completamente vandalizado ABEI deverá suportar cerca de deverá custar mais cerca de 1 milhão de euros, porque génese ilegal) e que a rede a
da a Santo António, avalia- e coberto de montes de lixo e 70 mil euros e os Serviços entretanto surgiram novas exigências legais que a ABEI construir vai ligar à ETAR da
dos em 40 mil euros. restos dos materiais que Municipalizados de Águas e teve que cumprir e suportar. Dos 2, 8 milhões de euros Quinta da Coutada. “Esta rede
Nos últimos anos, depois da alguns se foram encarregan- Saneamento os restantes 152 agora previstos, a instituição recebe uma compartici- já devia ter sido feita e ter em
desactivação da extensão do do de furtar. mil. pação de 750 mil euros da Administração Regional de conta o equipamento em causa,
Hospital de Vila Franca de O Voz Ribatejana procurou Bernardino Lima, vereador da Saúde e cerca de 380 mil da Câmara de Vila Franca. O mas não foi assim que aconte-
Xira que ali funcionou até obter mais esclarecimentos CDU, estranhou como é que restante será suportado pela ABEI. “São cerca de 1, 5 mil- ceu e encontrámos esta
1989, o palácio tem sido junto da Direcção-Geral do ninguém se apercebeu da falta hões de euros, tivemos que recorrer à banca e a alguns solução”, explicou. Já José
alvo de sucessivos roubos e Tesouro e Finanças e da desta rede de esgotos quando o fundos próprios”, acrescenta Manuel Martins, lembran- António Oliveira, membro do
actos de vandalismo. Há Câmara de Vila Franca de projecto foi aprovado. “Aquele do que a UCC é uma grande carência no concelho, terá 30 conselho de administração dos
meia dúzia de anos, a Xira mas ainda não teve terreno foi cedido à ABEI e camas e a gestão de vagas será feita por uma entidade SMAS, acrescentou que foi já
Câmara de Vila Franca resposta. não havia infra-estruturas de gestora nacional. depois da aprovação do alvará
suportou uma operação de J.T. saneamento que o servissem. para a obra da UCC que se
Daí que os SMAS se envolvam turno, Maria da Luz Rosinha, e que vai ter que ser feito um apurou que não existia rede de
na criação dessa infra-estrutu- presidente da Câmara vila- investimento desta envergadu- saneamento.
A obra da UCC do Instituto
Falta de financiamento de Apoio à Comunidade,
lançada no final do ano pa-
atrasa ampliação ssado, está ainda numa fase
muito inicial por dificuldades
da UCC de Arruda de financiamento
A Misericórdia de Arruda dos Vinhos tem a única unidade de cuidados
continuados (UCC) a funcionar nesta região, com capacidade para 30
camas. Tendo em conta a notória carência de mais camas e a necessidade
de responder a novas exigências legais, a instituição arrudense elaborou
um projecto de ampliação da UCC para 70 camas, mas o processo tem-se
arrastado desde o final de 2010, porque a Unidade de Missão dos
Cuidados Continuados (UMCC) não garante o financiamento, apesar de se
tratar de uma iniciativa contemplada no acordo de compensações pela
mudança da localização do aeroporto.
Carlos Lourenço, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos
Vinhos (SCMAV), garante, em declarações ao Voz Ribatejana, que a insti-
tuição não abdica dos 750 mil euros de comparticipação e até está dispos-
ta a recorrer aos tribunais para os exigir. É que, embora a UMCC, diga que
as verbas estão esgotadas, o responsável da Misericórdia recorda que
vários projectos aprovados nas duas primeiras fases do programa não
chegaram a concretizar-se e que no acordo de compensações do Oeste
aprovado pelo governo cessante está claramente definido o apoio a esta
ampliação da UCC de Arruda. Um tema que vamos desenvolver na pró-
xima edição do Voz Ribatejana.
4. 04 Aveiras celebra mês das vindimas
A Vila Museu do Vinho, Aveiras de Cima, celebra em Setembro o mês de Vindimas.
Nos fins-de-semana, os vitivinicultores de Aveiras de Cima, agora unidos numa
associação para gerir os destinos deste projecto, vão receber os visitantes nas suas
vinhas para um conjunto de actividades que vão desde a vindima à preparação do
próprio almoço. Os interessados deverão fazer as suas reservas através do Posto
Turismo pelo número, 263 400 476 ou pelo e-mail: turismo@cm-azambuja.pt voz ribatejana #19
Misericórdia equaciona UCC e lar
para as actuais instalações do Hospital
Dentro de dois anos, o Hospital Reynaldo dos Santos já de-
verá estar a funcionar nas novas instalações, a Norte da
cidade de Vila Franca de Xira. A Santa Casa da Misericórdia
vila-franquense, proprietária dos actuais edifícios hospita-
lares, pensa desenvolver uma unidade de cuidados continua-
dos nos antigos imóveis do centro da cidade, associada a lares
para idosos, centros de dia e serviços de fisioterapia, consultas
de especialidade e análises clínicas.
Jorge Talixa económica e social do País,
penso que a Santa Casa poderá
Com a conclusão das novas
instalações do Hospital
Reynaldo dos Santos, as anti-
ter uma oportunidade única de
exercer ali aquelas que se
chamam as verdadeiras obras
Grupo Mello aberto
gas instalações, situadas no
centro da cidade, deverão
de misericórdia, alargadas aos
próprios cuidados de saúde e
a negociações
regressar à posse da Santa Casa não só, para lhe permitir pers-
da Misericórdia de Vila Franca pectivar um futuro melhor”, Vasco Luís de Mello, presidente da nova comissão execu-
de Xira (SCMVFX). Embora adiantou Carlos Caetano Dias, tiva do Hospital Reynaldo dos Santos, disse, ao Voz
subsistam algumas dúvidas provedor da Misericórdia vila- Ribatejana, que o Grupo Mello “está aberto a poder
sobre os direitos relativamente franquense, em declarações ao equacionar com a Santa Casa da Misericórdia de Vila
à totalidade dos edifícios (ver Voz Ribatejana, explicando que Franca soluções para as actuais instalações”. O admin-
caixa), o certo é que a mesa a instituição já transmitiu à istrador hospitalar sabe que, em 2013, estas instalações
administrativa da SCMVFX Administração Regional de serão devolvidas à SCMVFX e deixam de ser utilizadas
tem uma estratégia já definida Saúde a sua vontade de, con- pelo consórcio Escala Vila Franca que dirige. “Estamos
para o que pretende fazer cluído este ciclo de mudança do abertos a dialogar, mas não temos nenhuma solução,
naquele extenso imóvel, voca- Hospital para as novas insta- nem pensámos em nada”, sublinha, frisando que esta
cionado para actividades na lações, poder articular e desen- nova administração assumiu a direcção do Reynaldo dos
Santos há pouco mais de 2 meses.
Questões de propriedade
Maria da Luz Rosinha tem dito que tem indicações de que a
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo com grupos privados com pessoas em cuidados continua- próprias podem ter. Acho que deve ser uma UCC, que é bas-
(ARSLVT) entende que a parte antiga das actuais instalações experiência na área da saúde. dos praticamente, mas que não ali (actuais instalações do hos- tante necessária e que até pode
do Reynaldo dos Santos pertence à Misericórdia e que a parte “É desejável que aquelas insta- correspondem a uma ver- pital) haverá todas as condições ser gerida pela mesma entidade
nova, construída na década de 90, será propriedade da própria lações não fiquem muito tempo dadeira terapia de cuidados para avançar para um processo que gere o hospital. Não termos
ARS. A mesa administrativa da SCMVFX tem uma visão paradas”, prossegue o provedor continuados. Estamos a fazer desses”, conclui Carlos nada a obstar”, observa Maria
completamente diferente, considerando que todo o imóvel é da Misericórdia de Vila Franca, uma resposta social de lar o Caetano Dias. da Luz Rosinha, frisando que
pertença da instituição vila-franquense, conforme estará salientando que outra compo- melhor que podemos, com as Também a presidente da sabe que a Fundação CEBI
expresso nos contratos existentes. nente muito importante é a de equipas médicas, com enfer- Câmara de Vila Franca de Xira também contactou o Grupo
“Existem documentos oficiais da própria estrutura do Estado lar, porque a capacidade de magem, com fisioterapia, já já se referiu a esta possibilidade Mello a propósito da eventual
que configuram a área como propriedade da Santa Casa. Por resposta actual da SCMVFX temos isso tudo, que não tí- e apoia a hipótese de criação de UCC de Vialonga, mas que
outro, o contrato feito há mais de 20 anos consigna claramente fica bastante aquém das nece- nhamos, mas fica muito aquém uma UCC nas actuais insta- “não houve, no primeiro
que mesmo as construções sujeitas a alterações ou modifi- ssidades (ver caixa). “Já temos dos meios de tratamento e de lações do Reynaldo dos Santos. momento, grande interesse da
cações serão sempre propriedade da SCMVFX. Isso está no nos nossos lares cerca de 15 diagnóstico que só as unidades “A defesa que tenho feito é que parte do consórcio”.
contrato de arrendamento. As benfeitorias revertem a favor da
Santa Casa. O contrato assinado pelo provedor Orlando de
Almeida Vieira está muito bem feito”, sublinha Carlos
Caetano Dias.
240 pessoas em lista de espera
Os dois lares da SCMVFX têm capacidade para 120 idosos, respostas.
área da saúde e na área social. volver ali um projecto alargado mas a centenária instituição social de Vila Franca de Xira tem “Numa instituição que tem 120 vagas de resposta em lar e
Tendo em conta que tem uma que abranja lares de idosos com mais 240 pessoas em lista de espera para internamento em lar cerca de 240 pessoas em lista de espera, qualquer mais-valia
lista de espera da ordem das uma vertente social muito vin- - cerca de 200 mulheres e mais de 40 homens. “Entendemos de acréscimo será bem-vinda, porque é necessária. A oferta
240 pessoas para internamento cada, unidade de cuidados con- que a Santa Casa tem uma oferta hoje que não corresponde a que temos é muito pequena para a procura que existe. E a
em lar e que é notória a falta em tinuados, centro de dia, hospital essa procura. É necessário dar esse salto”, sublinha o prove- procura hoje tem uma vertente diferente, a maioria das pe-
Vila Franca de uma unidade de de dia e consultas de especiali- dor, vincando que muitas destas pessoas inscritas são pessoas ssoas que nos chegam são as que estão mais dependentes”,
cuidados continuados e de dade. “Pensamos também que carenciadas, com reformas baixas, que necessitam de sustenta.
serviços de consultas especia- pode ser feito por etapas, devi-
lizadas, os responsáveis da do às dificuldades financeiras,
SCMVFX têm ideias definidas tem que ser por etapas e pode
e estabeleceram já alguns con- ter também análises clínicas, FORMIGUINHA DO ASSEIO Lda. ANA RODRIGUES
tactos com eventuais parceiros,
entre eles o próprio Grupo
consultas especializadas, que
nunca houve em Vila Franca e é EMPRESA DE LIMPEZAS 961 863 946
Mello, que lidera o consórcio um drama para as pessoas - Manutenção e pinturas -
actualmente responsável pela pobres como é que vão às con- - Lavandaria - R. Bento Jesus
gestão do Reynaldo dos Santos. sultas de especialidade fora Limpezas gerais e
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5. António José Inácio, presidente da Junta de
Freguesia do Forte da Casa, está a recuperar
bem do enfarte que sofreu em meados de Agosto.
Segundo Maria da Luz Rosinha, António José Inácio já
regressou a casa depois de algum tempo de internamen-
05
to hospitalar. O autarca tem 63 anos e, para além da
Junta, é também presidente do Instituto de Apoio à
31 de Agosto de 2011 Comunidade e director da Escola de Toureio José Falcão.
Insolvência fecha restaurante
emblemático de Vila Franca
As crescentes dificuldades levaram a firma que explorava o restaurante Redondel a pedir a
insolvência e a fechar um dos mais conhecidos estabelecimentos de Vila Franca de Xira no passa-
do dia 2.
Jorge Talixa original na conhecida praça de SCMVFX recebeu uma carta a
toiros vila-franquense, foi defi- comunicar o encerramento do
O conhecido restaurante “O nhando progressivamente. Nos Redondel a partir de 2 de Agosto
Redondel” de Vila Franca de últimos meses estava reduzido a e, nesse momento, já o processo
Xira está encerrado desde o pa- quatro funcionários – dois na de insolvência estava em curso.
ssado dia 2, porque a empresa cozinha, uma na copa e um ele- Os advogados das duas partes
que explorava o estabelecimento mento a servir as mesas. Segundo chegaram, entretanto, a um con-
entregou um pedido de insolvên- Carlos Caetano Dias, provedor senso quanto à indicação do
cia no Tribunal do Comércio de da Santa Casa da Misericórdia de administrador da insolvência e
Lisboa. As dificuldades acentu- Vila Franca de Xira (SCMVFX), Carlos Caetano Dias espera que o
aram-se nos últimos dois anos, o novo responsável da firma con- processo seja rápido, de forma a
com a quebra de afluência da tactou a instituição há alguns que a exploração do restaurante
restauração em geral que também meses solicitando uma redução possa ser novamente concessio-
afectou, e muito, o restaurante da renda. “A Santa Casa enten- nada. A firma ainda pagou a
instalado no lado Sul da Praça de deu que reduzir a renda consti- renda de Junho, já não pagou
Toiros Palha Blanco. Os quatro tuiria, a médio/longo prazo um Julho, mas como existia um mês
funcionários ficaram sem
emprego e a Misericórdia de Vila
prejuízo, porque, quando
quisesse renegociar o aluguer
de caução, a SCMVFX entende
que, em princípio, estão “quites”
Funcionários em
Franca de Xira terá que aguardar
a conclusão do processo em tri-
estaria, com certeza, aquele
património com um valor muito
relativamente a estes pagamen-
tos. Mas havia uma cláusula no grandes dificuldades
bunal para tentar encontrar outros mais baixo. O que concordámos contrato que prevê uma inde-
interessados na sua exploração. foi que o senhor até poder pagar mnização da SCMVFX no caso
Os quatro funcionários do Redondel foram, também eles,
Um desfecho triste, até porque a fosse pagando e, no momento em do estabelecimento ser encerrado
surpreendidos por este desfecho. Já tinham, segundo referi-
Palha Blanco comemora os seus que não pudesse, estávamos cá antes do final do contrato. Carlos
ram ao Voz Ribatejana, os salários de Junho e Julho em
110 anos já neste mês de para avaliar o que fazer”, expli- Caetano Dias lamenta esta opção
atraso e o patrão comunicou-lhes, na noite de dia 2, que o
Setembro. O Voz Ribatejana cou Carlos Caetano Dias ao Voz e considera que teria sido melhor
restaurante fechava a partir do dia seguinte. “Vieram sem
apurou que a firma Custódio Ribatejana, frisando que o con- suspender apenas o funciona-
ordenado e sem subsídio de férias e sem carta para o subsí-
Heliodoro Sezões, que explorou trato existente expirava a 31 de mento do restaurante e colocar
dio de desemprego”, contou uma familiar, frisando que
o Redondel durante muitos anos, Dezembro de 2011 e que a um aviso de fecho para obras de
foram obrigados a recorrer à Autoridade para as Condições
foi vendida em 2009 a um fun- SCMVFX estava disponível para remodelação, que também são
do Trabalho (antiga Inspecção do Trabalho) e que só no
cionário da casa. As coisas não encontrar soluções até lá. Não necessárias. O Voz Ribatejana
final de Setembro deverão ter acesso ao fundo de desem-
correram bem, até pela fase esperava é que os novos donos da tentou, nos últimos dias, contac-
prego. “Ultimamente tinha menos frequência e havia muita
muito difícil que o País atravessa, firma optassem por este formato tar os responsáveis da firma que
pressão sobre os funcionários. Diziam que não havia di-
e o restaurante conhecido do pedido de insolvência e por explorava o Redondel, mas tal
nheiro e que havia muitas despesas. Os empregados
mundialmente, pelos pratos que fechar o restaurante sem aviso não se revelou possível até ao
ficaram numa situação muito complicada”, referiu.
oferecia e pela sua integração prévio. No passado dia 4, a fecho desta edição.
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6. 06
“
TODOS COM VOZ voz ribatejana #19
Editorial Inquérito
Insolvência
não é o Vendedores querem nova
caminho!
A crise económica veio para ficar
cobertura do mercado
As novas telhas transparentes colocadas, há cerca de 1 ano, no mercado retalhista de Alverca, têm gerado muitos protestos de vendedores e vis-
e ameaça espalhar-se não só pela
itantes. O calor, especialmente no Verão e em certas horas do dia, é quase insuportável e a forte incidência da luz sobre frutas e peixe também
Europa, como também pela
acaba por contribuir para a sua mais acelerada deterioração. Alguns dos comerciantes do mercado já procuraram improvisar, até mesmo com
América. A região do Ribatejo e
panos colocados sobre as bancas para evitar a luz do sol. Outro comprou mesmo umas telhas verdes que, por não serem transparentes, aju-
Oeste acompanhada pelo Voz
daram muito à protecção da respectiva banca e de espaços de venda vizinhos. Certo é que os vendedores reclamam uma solução mais definiti-
Ribatejana não podia deixar de
va, que até poderia passar pela extensão destas telhas verdes e interrogam-se de quem foi a ideia de colocar ali uma cobertura transparente que
sofrer as consequências da situ-
tantos problemas tem causado.
ação em que Portugal caiu. Se
durante alguns anos o impacto
ainda foi amortecido por alguma
capacidade de sobrevivência das Maria Isabel Caetano, 71 Francisca Quaresma, 78 anos
empresas, começam agora a multi-
plicar-se os processos de insolvên- anos Tiraram umas telhas feias e meteram estas, mas ficou aqui um sol
cia. E se o problema parecia que as freguesas fogem daqui com o calor. Acho que deviam meter
ameaçar mais sectores como a Isto prejudica a fruta toda. Apanhamos aqui destas telhas mais escuras. Eu não posso fazer isso, a reforma é
construção civil e o imobiliário muito calor. No Verão é um calor aqui dentro pequenina e, se hei-de ficar em casa, venho para aqui, mas não é
espalha-se agora de forma ainda que não se suporta. Há uns anos, puseram pelo que ganho.
mais preocupante. umas telhas que se via que já não eram novas, Realmente estavam aqui umas telhas muito feias, estava mal, mas
Trazemos nesta edição o relato de eram transparentes, mas já estavam baças e estas são mais transparentes e é muito complicado. No Verão é ho-
três casos entre muitos que vão não faziam tanto mal e tanto calor como estas. rrível.
abalando a região. O Supersol de Agora, nos dias de muito calor, é muito difícil. Eu estou sempre contente com
Samora, o Redondel de Vila Acho que a Junta ou a Câmara deviam ver que isto o mercado, contento-me
Franca e a TNC de Alverca são não era coisa para aqui. Afecta-nos muito. com pouco, para mim
três exemplos de um caminho O mercado, para a época que temos, não terá as condições está tudo bem, o que
muito perigoso que está a seguir a todas, porque não temos aqui frio para guardar as coisas. Mas anda limpinho, está mais precisa é de fregue-
nossa economia. Perigoso, porque ou menos. Só falta essa parte do frio, o peixe não tem nada de frio e a gente aqui (fruta sia, mas agora há
não se vê a organização e o estí- e legumes), se tivéssemos uma coisa de frio para pôr umas coisas que sobram era bom. tantas superfícies
mulo para que tudo isto dê a volta Assim, não podemos ter aqui nada de sobras, porque não temos onde guardar. grandes que tiram a
e para que o País passe a conseguir Ainda vem muita gente ao mercado, sobretudo ao sábado de manhã. Está a diminuir, venda aos pequeni-
cumprir todos os seus compromi- mas isso acho que é geral. O mercado está bem localizado. As telhas é que fazem um nos. O pequeno está
ssos. calor que não se pode aqui estar. É um calor debaixo das telhas que é um disparate. Não tudo a fechar. Só ao
É que o exemplo devia partir de sei quem é que foi o inventor disto. sábado é que temos
cima e o Estado devia tentar ser o Há 50 anos que vendo no mercado, primeiro no velho junto ao pelourinho e depois fi- aqui mais um bocadinho
primeiro a cumprir atempada- zeram este aqui. de movimento.
mente os seus compromissos.
Também nesta edição trazemos o
caso das dívidas do Ministério da
Educação às autarquias locais e
das dificuldades que estas têm em
continuar a assumir responsabili-
O Melhor e o Pior da Quinzena
dades que directamente não são
Um jovem casal ribate- A degradação da economia
suas. Se alguns municípios ainda
jano foi dado a conhecer não pára de fazer vítimas.
têm uma situação financeira equi-
ao País, em meados de Também na região ribate-
librada que lhes permite “aguen-
Agosto, com uma visita jana multiplicam-se os casos
tar” por mais algum tempo e man-
da ministra da de insolvência. E muitos
ter o equilíbrio financeiro apesar
Agricultura. Nelson e deles revelam-se depois das
dos 6 milhões de euros que tem
Linda, naturais da férias de Verão, com muitas
para receber da administração cen-
Glória do Ribatejo, empresas a esgotarem os
tral, outros já não o conseguem
inves-tiram 800 mil últimos cartuchos e a não
fazer, porque as receitas e as trans-
euros na modernização encontrarem condições de
ferências não param de descer.
da exploração de tomate sobrevivência
Tudo isto acaba por se transformar
num ciclo vicioso, em que o da Lezíria de Vila
Estado não paga apesar dos mi- Franca a que dedicaram
lhares de milhões recebidos no a vida. Esperam o
âmbito do plano da “Troika”, as primeiro filho e alguns
autarquias vão acumulando dívi- jornalistas da capital
das, as empresas não têm liquidez, tentaram arrancar-lhes
muitas vão para a insolvência, palavras de dúvida sobre
cresce o desemprego e a o futuro na agricultura.
Segurança Social paga as respecti- Souberam tornear muito
vas compensações. É preciso dar a bem as perguntas e afir-
volta a tudo isto, inverter este sen- maram que será o filho
tido de degradação e trabalhar com a decidir o seu futuro,
responsabilidade, usando o que mas que a agricultura
temos no que é essencial como a pode ser um bom modo
educação, a saúde e o emprego. de vida se for feita de
forma profissional.
Jorge Talixa
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7. 2%
07
A grande maioria dos leitores do blog do Voz
NS
Ribatejana considera que a Câmara vila-franquense 18%
deve comprar a antiga Marinha de Vila Franca de contra
Xira. Setenta e oito por cento dos participantes acha
que a autarquia deve gastar os oito milhões de euros 78% a
pedidos pela administração central e encontrar novos favor
destinos para toda aquela área. Participaram 61
31 de Agosto de 2011 leitores neste inquérito. Já 11 dos votantes são contra.
Alverca
Libertação do cemitério
sem solução à vista
O problema da libertação do riam dirigir-se aos seus uma situação ainda mais com-
espaço do antigo cemitério de serviços para tratar dos proces- plicada que são os jazigos.
Alverca parece longe da res- sos de trasladação dos restos Nalguns casos são verdadeiras
olução. Conforme noticiou o mortais. “Passados 3 anos ver- edificações e que trazem sem-
Voz Ribatejana na sua edição ificamos que o referido pre consigo um problema de
de 20 de Julho, os Bombeiros cemitério se encontra comple- duas naturezas: a sensibilidade
Voluntários de Alverca tamente ao abandono e quanto das pessoas face aos seus entes
aguardam há anos que as autar- à exumação dos corpos nada queridos e o problema da
quias locais cumpram a foi feito”, sustentou o eleito da ausência de condições para as
promessa de cedência do CDU. pessoas fazerem a mudança”.
espaço para a ampliação do seu Nuno Libório disse perceber as Depois, a edil vila-franquense
quartel. Mas o processo está preocupações expressas por admite que se coloque a
muito atrasado e a falta de Afonso Costa, presidente da questão de como é se vai fazer
meios associada ao melindre Junta de Freguesia, em declar- uma mudança desta enver-
da desactivação de um ações ao Voz Ribatejana. gadura numa época de tão
cemitério onde permanecem “Passámos pelo local e não grandes dificuldades finan-
largas dezenas de campas e gostámos nada do que vimos, ceiras. “O cemitério está no
jazigos complicam a situação. ainda existem muitas campas âmbito das competências da
Os vereadores da CDU por trasladar. Até podemos Junta de Freguesia, sobre isso
voltaram a abordar o tema na perceber que possam estar em tem havido um entendimento
recente reunião camarária real- causa questões financeiras, perfeito entre a Junta e a
izada em Alverca, observando mas quero recordar declar- Câmara. Os bombeiros pedi-
que os bombeiros continuam ações do vereador Alberto ram para fazer um levantamen-
confrontados com a falta de Mesquita sobre o cemitério e to topográfico, para depois faz-
espaço para expandirem o sobre uma solução para um erem o projecto”, prosseguiu a
As placas mais escuras colocadas por um
vendedor atenuaram bastanr o problema quartel e criarem uma área de problema de trânsito com a presidente da Câmara, recon-
estacionamento. “Os desen- construção ali de uma rotun- hecendo que a situação vai
volvimentos que estão à vista da”, vincou o autarca comu- levar algum tempo a resolver.
Cobertura levam-nos a crer que este
processo será prorrogado
indefinidamente no tempo,
pelo que solicitamos à autar-
nista, estranhando que em
2008 estivesse tudo “bem
encaminhado” e que, três anos
depois, o processo de desacti-
“Não me pode pedir que eu
diga que a Câmara vai assumir
a mudança dos jazigos, porque
não vai, pelo menos nesta con-
transparente quia que seja feito um crono-
grama para a desactivação
deste cemitério”, disse Nuno
Libório, lembrando que, em
vação do antigo cemitério
pouco tenha evoluído.
Maria da Luz Rosinha frisou
que a Junta de Alverca “vem há
juntura económica não vai. Aí
é diferença entre a demagogia
e a realidade e a realidade
cabe-me a mim, mesmo que
aquece mercado 2008, foi afixado um edital
pela Junta de Freguesia que
anunciava a desactivação e
avisava os familiares que deve-
bastante tempo a desenvolver
um conjunto de situações rela-
cionadas com as trasladações,
principalmente das campas. Há
não seja simpática”, referiu.
Jorge Talixa
de Alverca Fogo queima mato em Vialonga
foto: Adriano Pires
A nova cobertura do mercado de Alverca, instalada em 2009, está a gerar muitas críticas dos
vendedores, fartos de suportar as altas temperaturas originadas pelas placas transparentes, que Um incêndio de grandes proporções consumiu, na tarde do passado dia 15, dezenas de
deixam passar muita luz, mas também muito calor. O problema foi colocado em recente reunião hectares de mato nas encostas do Monte Serves e da Serra da Aguieira, na freguesia de
camarária pelo presidente da Junta de Alverca, Afonso Costa, frisando que os vendedores se Vialonga. O alerta foi dados aos bombeiros cerca das 14h15 e o combate revelou-se particu-
queixam do excesso de luz e de calor, que “contribuem para uma rápida deterioração dos produ- larmente difícil, devido à irregularidade dos acessos, ao mato seco existente e ao vento.
tos”. Embora existam algumas casas na zona da Aguieira, os bombeiros garantiram que nunca
Maria da Luz Rosinha vincou, por seu turno, que, quando a questão foi analisada pelos serviços estiveram em perigo.
técnicos do Município, não se identificaram grandes problemas. A edil prometeu promover logo Foi preciso mobilizar 154 efectivos de 17 corporações de toda a região e as chamas foram
que possível um contacto entre técnicos camarários e da junta. “É possível colocar uns cortina- controladas ao final da tarde, também com um forte apoio de um heli-pesado Kamov. O fogo
dos que se recolhem, do tipo persianas. E até podemos utilizar várias cores que dão uma certa chegou a dividir-se em duas frentes de grande dimensão e os bombeiros mantiveram uma vi-
alegria ao espaço”, sugeriu a presidente da edilidade. gilância atenta nos dias seguintes para evitar reacendimentos.
Morre em Valada para salvar a filha
Carlos Cardoso, de 37 anos, residente na freguesia das Cachoeiras, morreu, no passado dia
11, por afogamento na praia fluvial de Valada, no concelho do Cartaxo. Encontrava-se com
a filha de 11 anos, numa zona situada junto ao cais de Valada quando terão sido surpreen-
didos por um fundão. Carlos, que não sabia nadar, ainda terá conseguido empurrar a filha
para zona mais segura, mas acabou por desaparecer nas águas do Tejo. O corpo foi encon-
trado, cerca de 4 horas depois, por mergulhadores dos Bombeiros Municipais do Cartaxo.
Um familiar que se encontrava no local sofreu problemas cardíacos e foi transportado para
o Hospital Reynaldo dos Santos de Vila Franca de Xira, para cuja morgue seguiu também
a vítima de afogamento. O comandante dos Bombeiros do Cartaxo frisou que há zonas da
margem ribeirinha de Valada interditas a banhos e fundões a alguns metros da areia que
podem ter mais de três metros de profundidade. Recomendou, por isso, muitas cautelas,
também porque o Tejo apresenta nesta época do ano correntes bastante fortes. Há cerca de
um ano já se verificara outra morte na mesma área. Carlos Cardoso deixa dois filhos
menores.