SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
 
Biografia Murilo Monteiro Mendes nasceu em Juiz Fora, Minas Gerais, em 13 de maio de 1901.  Dois acontecimentos marcaram a juventude de Murilo Mendes, a passagem do cometa Halley, em 1910, e sua fuga do colégio interno em Niterói para ver, no Rio de Janeiro, as apresentações do dançarino russo Nijinski, em 1917. Ambos, cometa e bailarino, foram considerados por ele, verdadeiras revelações poéticas. Entre os anos de 1924-29, apareceram seus primeiros poemas nas revistas modernistas, "Antropofagia" e "Verde". O poeta faz parte da chamada Segunda Geração Modernista. Médico, telegrafista, auxiliar de contabilidade, notário e Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal. Foi escrivão da quarta Vara de Família do Distrito Federal, em 1946. Se mudou para Roma em 1957 onde trabalhou como professor  de cultura brasileira, ensinando em vários países da Europa. Defensor da liberdade, Mendes se declarou inimigo pessoal de Hilter, como foi e seria sempre de qualquer tirano. Em tudo Murilo foi revolucionário. Até sua conversão para o cristianismo, tão incompreendida, na polaridade angelismo/demonismo, foi ao contrário um ato de resistência.
Biografia de Murilo mendes... Médico, telegrafista, auxiliar de guarda-livros, notário e Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal. Foi escrivão da quarta Vara de Família do Distrito Federal, em 1946. De 1953 a 1955 percorreu diversos países da Europa, divulgando, em conferências, a cultura brasileira.Em 1957 se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira. Manteve-se fiel às imagens mineiras, mesclando-as às da Sicília e Espanha, carregadas de história. Assim diz a sua biografia. Mas Murilo Mendes, nascido em Juiz de Fora, em 13 de maio de 1901, e falecido em Lisboa, em 13 de agosto de 1975, mais que tudo isso, foi um poeta. E dos bons .
Poesia de Murilo Mendes SOLIDARIEDADE Sou ligado pela herança do espírito e do sangue  Ao mártir, ao assassino, ao anarquista. Sou ligado Aos casais na terra e no ar, Ao vendeiro da esquina, Ao padre, ao mendigo, à mulher da vida, Ao mecânico, ao poeta, ao soldado, Ao santo e ao demônio, Construídos à minha imagem e semelhanç a
Canção do exílio  Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Carlos  Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro. Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil. O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar . Biografia de Drummond!
. A porta da verdade estava aberta mas só deixava passar meia pessoa de cada vez. Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só conseguia o perfil de meia verdade. E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os meios perfis não coincidiam. Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram ao lugar luminoso  onde a verdade esplendia os seus fogos. Era dividida em duas metades diferentes uma da outra. Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. Nenhuma das duas era perfeitamente bela. E era preciso optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia. A verdade dividida...
 
Jorge de Lima nasceu em 1893 em União, Alagoas, perto da Serra da Barriga, onde Zumbi fundou seu famoso quilombo. Aos dez anos, passou a escrever para um jornal de seu colégio, onde publicou os poemas que fazia desde os sete anos. Jorge de Lima estudou medicina na Bahia e no Rio de Janeiro. Ainda estudante, publicou seu primeiro livro, "XIV Alexandrinos". Exerceu as funções de médico e ocupou diversos cargos públicos no estado de Alagoas. Nos anos 1920 publicou vários livros de poemas, entre os quais "O Mundo do Menino Impossível" e "Essa Negra Fulô", que é o título de seu poema mais conhecido. Em 1930 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde lecionou na Universidade do Brasil e na Universidade do Distrito Federal. Em 1935 foi eleito vereador, ocupando depois a presidência da Câmara dos Vereadores. Em 1935, Jorge de Lima converteu-se ao catolicismo e muitos de seus poemas passaram a refletir sua religiosidade. Publicou nesta época várias obras, entre elas "Tempo e Eternidade", "Invenção de Orfeu" e "Livro de Sonetos". Recebeu em 1940 o Grande Prêmio de Poesia, concedido pela Academia Brasileira de Letras. Certa vez, sendo entrevistado para um jornal, em 1952, Jorge de Lima se definiu com singeleza: "Tenho um metro e 68 de altura, 59 quilos e meio e uso óculos. Sou meio careca e meio surdo. Sou católico praticante e meu santo é São Jorge. Visto sempre cinza e acordo às quatro da manhã, com os galos e a aurora. (...) Minha leitura predileta é poesia.(...) Sou casado, tenho dois filhos e quatro netos. Gosto de pintar, esculpir e compor." Os versos de Jorge de Lima figuram entre os mais importantes do modernismo brasileiro. O autor publicou também romances, ensaios e peças de teatro. Tendo tido formação autodidata em artes plásticas, publicou também o álbum de fotomontagens "A Pintura em Pânico", com prefácio do poeta Murilo Mendes Biografia de Jorge Lima
Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para a noiva, abraçado com a hélice. E o violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivárius. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na explosão. Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande Reconhecedor. Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mártires. Vejo a nadadora belíssima, no seu último salto de banhista, mais rápida porque vem sem vida. Vejo três meninas caindo rápidas, enfunadas, como se dançassem ainda. E vejo a louca abraçada ao ramalhete de rosas que ela pensou ser o paraquedas, e a prima-dona com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como um cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir dobrando finados pelos pobres mortos. Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo, tão tranqüila e cega! Ó amigos, o paralítico vem com extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem com as pernas do vento. Chove sangue sobre as nuvens de Deus. E há poetas míopes que pensam que é o arrebol. O grande desastre aéreo de ontem
GRUPO fernanda n°08  Francisca Edilane n°10 José Nacélio n°20 Valdenise Assunção n°42

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Carlos Drummond de Andrade - 4ª fase (Memorialista)
Carlos Drummond de Andrade - 4ª fase (Memorialista)Carlos Drummond de Andrade - 4ª fase (Memorialista)
Carlos Drummond de Andrade - 4ª fase (Memorialista)Marynara Barros
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMASEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMAMarcelo Fernandes
 
Carlos Drummond de Andrade - 2ª fase do Modernismo
Carlos Drummond de Andrade - 2ª fase do Modernismo Carlos Drummond de Andrade - 2ª fase do Modernismo
Carlos Drummond de Andrade - 2ª fase do Modernismo Colégio Santa Luzia
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Seção de Obras Raras - Memórias de um sargento d...
Sistema de Bibliotecas UCS - Seção de Obras Raras - Memórias de um sargento d...Sistema de Bibliotecas UCS - Seção de Obras Raras - Memórias de um sargento d...
Sistema de Bibliotecas UCS - Seção de Obras Raras - Memórias de um sargento d...Biblioteca UCS
 
A poesia de carlos drummond de andrade
A poesia de carlos drummond de andradeA poesia de carlos drummond de andrade
A poesia de carlos drummond de andradema.no.el.ne.ves
 
Carlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeCarlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeDanny Nascimento
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeAndresa Araújo
 
2º momento modernista poema
2º momento modernista   poema2º momento modernista   poema
2º momento modernista poemaCicero Luciano
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeAdriana Masson
 
Memorias de Um Sargento de Milicias - 2°A 2014 EEPSGLB
Memorias de Um Sargento de Milicias - 2°A 2014 EEPSGLBMemorias de Um Sargento de Milicias - 2°A 2014 EEPSGLB
Memorias de Um Sargento de Milicias - 2°A 2014 EEPSGLBPaulo Bonvicine
 
Memórias de um sargento de milícias (Versão detalhada)
Memórias de um sargento de milícias (Versão detalhada)Memórias de um sargento de milícias (Versão detalhada)
Memórias de um sargento de milícias (Versão detalhada)Matheus Boniatti
 
Carlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeCarlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeanacris2011
 
Murilo mendes
Murilo mendes Murilo mendes
Murilo mendes mbl2012
 
Aula 12 romantismo no brasil - prosa
Aula 12   romantismo no brasil - prosaAula 12   romantismo no brasil - prosa
Aula 12 romantismo no brasil - prosaJonatas Carlos
 

Mais procurados (20)

Carlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeCarlos drummond de andrade
Carlos drummond de andrade
 
2ª geração modenista (POESIA)
2ª geração modenista (POESIA)2ª geração modenista (POESIA)
2ª geração modenista (POESIA)
 
Trabalho
TrabalhoTrabalho
Trabalho
 
Carlos Drummond
Carlos DrummondCarlos Drummond
Carlos Drummond
 
Carlos Drummond de Andrade - 4ª fase (Memorialista)
Carlos Drummond de Andrade - 4ª fase (Memorialista)Carlos Drummond de Andrade - 4ª fase (Memorialista)
Carlos Drummond de Andrade - 4ª fase (Memorialista)
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMASEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JORGE DE LIMA
 
Carlos Drummond de Andrade - 2ª fase do Modernismo
Carlos Drummond de Andrade - 2ª fase do Modernismo Carlos Drummond de Andrade - 2ª fase do Modernismo
Carlos Drummond de Andrade - 2ª fase do Modernismo
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Seção de Obras Raras - Memórias de um sargento d...
Sistema de Bibliotecas UCS - Seção de Obras Raras - Memórias de um sargento d...Sistema de Bibliotecas UCS - Seção de Obras Raras - Memórias de um sargento d...
Sistema de Bibliotecas UCS - Seção de Obras Raras - Memórias de um sargento d...
 
A poesia de carlos drummond de andrade
A poesia de carlos drummond de andradeA poesia de carlos drummond de andrade
A poesia de carlos drummond de andrade
 
Carlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeCarlos drummond de andrade
Carlos drummond de andrade
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
2º momento modernista poema
2º momento modernista   poema2º momento modernista   poema
2º momento modernista poema
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
Memorias de Um Sargento de Milicias - 2°A 2014 EEPSGLB
Memorias de Um Sargento de Milicias - 2°A 2014 EEPSGLBMemorias de Um Sargento de Milicias - 2°A 2014 EEPSGLB
Memorias de Um Sargento de Milicias - 2°A 2014 EEPSGLB
 
Memórias de um sargento de milícias (Versão detalhada)
Memórias de um sargento de milícias (Versão detalhada)Memórias de um sargento de milícias (Versão detalhada)
Memórias de um sargento de milícias (Versão detalhada)
 
Geração de 30
Geração de 30Geração de 30
Geração de 30
 
Carlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeCarlos drummond de andrade
Carlos drummond de andrade
 
Murilo mendes
Murilo mendes Murilo mendes
Murilo mendes
 
Olavo Bilac
Olavo BilacOlavo Bilac
Olavo Bilac
 
Aula 12 romantismo no brasil - prosa
Aula 12   romantismo no brasil - prosaAula 12   romantismo no brasil - prosa
Aula 12 romantismo no brasil - prosa
 

Destaque

Literatura - Jorge Mateus de Lima - Laila e Silmara
Literatura - Jorge Mateus de Lima - Laila e SilmaraLiteratura - Jorge Mateus de Lima - Laila e Silmara
Literatura - Jorge Mateus de Lima - Laila e SilmaravaldeniDinamizador
 
Brenda 3° b sem título 1
Brenda 3° b sem título 1Brenda 3° b sem título 1
Brenda 3° b sem título 1padrecoriolano
 
Invenção de orfeu
Invenção de orfeuInvenção de orfeu
Invenção de orfeuAndre Guerra
 
Jorge de lima apresentação
Jorge de lima apresentaçãoJorge de lima apresentação
Jorge de lima apresentaçãoMariana Daniele
 
Trabalho erico verissimo
Trabalho erico verissimoTrabalho erico verissimo
Trabalho erico verissimoValkiria Marks
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - ÉRICO VERÍSSIMO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - ÉRICO VERÍSSIMOSEMINÁRIO DE LITERATURA - ÉRICO VERÍSSIMO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - ÉRICO VERÍSSIMOMarcelo Fernandes
 
Erico Verissimo - Vida e Obra
Erico Verissimo - Vida e ObraErico Verissimo - Vida e Obra
Erico Verissimo - Vida e ObraLisiane Locatelli
 
Jose lins do rego: Caracteristicas
Jose lins do rego: CaracteristicasJose lins do rego: Caracteristicas
Jose lins do rego: CaracteristicasLourdinas
 

Destaque (12)

Literatura - Jorge Mateus de Lima - Laila e Silmara
Literatura - Jorge Mateus de Lima - Laila e SilmaraLiteratura - Jorge Mateus de Lima - Laila e Silmara
Literatura - Jorge Mateus de Lima - Laila e Silmara
 
Brenda 3° b sem título 1
Brenda 3° b sem título 1Brenda 3° b sem título 1
Brenda 3° b sem título 1
 
Murilo mendes: Biografia
Murilo mendes: Biografia Murilo mendes: Biografia
Murilo mendes: Biografia
 
Invenção de orfeu
Invenção de orfeuInvenção de orfeu
Invenção de orfeu
 
Jorge de lima
Jorge de limaJorge de lima
Jorge de lima
 
Jorge de lima apresentação
Jorge de lima apresentaçãoJorge de lima apresentação
Jorge de lima apresentação
 
Trabalho erico verissimo
Trabalho erico verissimoTrabalho erico verissimo
Trabalho erico verissimo
 
Vinicius de Moraes
Vinicius de MoraesVinicius de Moraes
Vinicius de Moraes
 
Cecilia Meireles
Cecilia MeirelesCecilia Meireles
Cecilia Meireles
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - ÉRICO VERÍSSIMO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - ÉRICO VERÍSSIMOSEMINÁRIO DE LITERATURA - ÉRICO VERÍSSIMO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - ÉRICO VERÍSSIMO
 
Erico Verissimo - Vida e Obra
Erico Verissimo - Vida e ObraErico Verissimo - Vida e Obra
Erico Verissimo - Vida e Obra
 
Jose lins do rego: Caracteristicas
Jose lins do rego: CaracteristicasJose lins do rego: Caracteristicas
Jose lins do rego: Caracteristicas
 

Semelhante a 3°ano c fernanda paula!

Vilmario,Douglas,Messias,Leones,Leanne e Ismael
Vilmario,Douglas,Messias,Leones,Leanne e IsmaelVilmario,Douglas,Messias,Leones,Leanne e Ismael
Vilmario,Douglas,Messias,Leones,Leanne e Ismaelpadrecoriolano
 
Segunda fase do modernismo . trabalho de portugues
Segunda fase do modernismo . trabalho de portuguesSegunda fase do modernismo . trabalho de portugues
Segunda fase do modernismo . trabalho de portuguesAlenice01
 
Sugestões da tua biblioteca 2010 11
Sugestões da tua biblioteca 2010 11Sugestões da tua biblioteca 2010 11
Sugestões da tua biblioteca 2010 11bibliotecaesla
 
A segunda geração modernista no brasil
A segunda geração modernista no brasilA segunda geração modernista no brasil
A segunda geração modernista no brasilMaria De Lourdes Ramos
 
Movimento Literário Romantismo - " O Romantismo olha o mundo de forma apaixon...
Movimento Literário Romantismo - " O Romantismo olha o mundo de forma apaixon...Movimento Literário Romantismo - " O Romantismo olha o mundo de forma apaixon...
Movimento Literário Romantismo - " O Romantismo olha o mundo de forma apaixon...SrtGalaxy
 
Modernismo brasileiro apresentação final
Modernismo brasileiro apresentação finalModernismo brasileiro apresentação final
Modernismo brasileiro apresentação finalPedro Guilherme
 
10 livros para se ler
10 livros para se ler10 livros para se ler
10 livros para se lerDavid Souza
 
Principais poetas brasileiros
Principais poetas brasileirosPrincipais poetas brasileiros
Principais poetas brasileirosRafael Marques
 
Slide cafeliterario viniciusdemorais
Slide cafeliterario viniciusdemoraisSlide cafeliterario viniciusdemorais
Slide cafeliterario viniciusdemoraismuniketaynara20
 
Jornal literário modernismo
Jornal literário modernismoJornal literário modernismo
Jornal literário modernismoNeena Santos
 

Semelhante a 3°ano c fernanda paula! (20)

Vilmario,Douglas,Messias,Leones,Leanne e Ismael
Vilmario,Douglas,Messias,Leones,Leanne e IsmaelVilmario,Douglas,Messias,Leones,Leanne e Ismael
Vilmario,Douglas,Messias,Leones,Leanne e Ismael
 
Biografia 4º A
Biografia 4º ABiografia 4º A
Biografia 4º A
 
Segunda fase do modernismo . trabalho de portugues
Segunda fase do modernismo . trabalho de portuguesSegunda fase do modernismo . trabalho de portugues
Segunda fase do modernismo . trabalho de portugues
 
3º ano c wesley
3º ano c wesley3º ano c wesley
3º ano c wesley
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Segunda Tarefa
Segunda TarefaSegunda Tarefa
Segunda Tarefa
 
Sugestões da tua biblioteca 2010 11
Sugestões da tua biblioteca 2010 11Sugestões da tua biblioteca 2010 11
Sugestões da tua biblioteca 2010 11
 
A segunda geração modernista no brasil
A segunda geração modernista no brasilA segunda geração modernista no brasil
A segunda geração modernista no brasil
 
Segunda geração do modernismo
Segunda geração do modernismoSegunda geração do modernismo
Segunda geração do modernismo
 
Movimento Literário Romantismo - " O Romantismo olha o mundo de forma apaixon...
Movimento Literário Romantismo - " O Romantismo olha o mundo de forma apaixon...Movimento Literário Romantismo - " O Romantismo olha o mundo de forma apaixon...
Movimento Literário Romantismo - " O Romantismo olha o mundo de forma apaixon...
 
Carlos Drummond
Carlos DrummondCarlos Drummond
Carlos Drummond
 
Modernismo ii fase
Modernismo ii faseModernismo ii fase
Modernismo ii fase
 
Modernismo brasileiro apresentação final
Modernismo brasileiro apresentação finalModernismo brasileiro apresentação final
Modernismo brasileiro apresentação final
 
Murilo Mendes
Murilo MendesMurilo Mendes
Murilo Mendes
 
10 livros para se ler
10 livros para se ler10 livros para se ler
10 livros para se ler
 
Trabalho de portugues
Trabalho de portuguesTrabalho de portugues
Trabalho de portugues
 
Principais poetas brasileiros
Principais poetas brasileirosPrincipais poetas brasileiros
Principais poetas brasileiros
 
Panorama do modernismo no brasil
Panorama do modernismo no brasilPanorama do modernismo no brasil
Panorama do modernismo no brasil
 
Slide cafeliterario viniciusdemorais
Slide cafeliterario viniciusdemoraisSlide cafeliterario viniciusdemorais
Slide cafeliterario viniciusdemorais
 
Jornal literário modernismo
Jornal literário modernismoJornal literário modernismo
Jornal literário modernismo
 

Último

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 

Último (20)

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 

3°ano c fernanda paula!

  • 1.  
  • 2. Biografia Murilo Monteiro Mendes nasceu em Juiz Fora, Minas Gerais, em 13 de maio de 1901.  Dois acontecimentos marcaram a juventude de Murilo Mendes, a passagem do cometa Halley, em 1910, e sua fuga do colégio interno em Niterói para ver, no Rio de Janeiro, as apresentações do dançarino russo Nijinski, em 1917. Ambos, cometa e bailarino, foram considerados por ele, verdadeiras revelações poéticas. Entre os anos de 1924-29, apareceram seus primeiros poemas nas revistas modernistas, "Antropofagia" e "Verde". O poeta faz parte da chamada Segunda Geração Modernista. Médico, telegrafista, auxiliar de contabilidade, notário e Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal. Foi escrivão da quarta Vara de Família do Distrito Federal, em 1946. Se mudou para Roma em 1957 onde trabalhou como professor  de cultura brasileira, ensinando em vários países da Europa. Defensor da liberdade, Mendes se declarou inimigo pessoal de Hilter, como foi e seria sempre de qualquer tirano. Em tudo Murilo foi revolucionário. Até sua conversão para o cristianismo, tão incompreendida, na polaridade angelismo/demonismo, foi ao contrário um ato de resistência.
  • 3. Biografia de Murilo mendes... Médico, telegrafista, auxiliar de guarda-livros, notário e Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal. Foi escrivão da quarta Vara de Família do Distrito Federal, em 1946. De 1953 a 1955 percorreu diversos países da Europa, divulgando, em conferências, a cultura brasileira.Em 1957 se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira. Manteve-se fiel às imagens mineiras, mesclando-as às da Sicília e Espanha, carregadas de história. Assim diz a sua biografia. Mas Murilo Mendes, nascido em Juiz de Fora, em 13 de maio de 1901, e falecido em Lisboa, em 13 de agosto de 1975, mais que tudo isso, foi um poeta. E dos bons .
  • 4. Poesia de Murilo Mendes SOLIDARIEDADE Sou ligado pela herança do espírito e do sangue Ao mártir, ao assassino, ao anarquista. Sou ligado Aos casais na terra e no ar, Ao vendeiro da esquina, Ao padre, ao mendigo, à mulher da vida, Ao mecânico, ao poeta, ao soldado, Ao santo e ao demônio, Construídos à minha imagem e semelhanç a
  • 5. Canção do exílio Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade!
  • 6. Carlos Drummond de Andrade
  • 7. Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro. Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil. O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar . Biografia de Drummond!
  • 8. . A porta da verdade estava aberta mas só deixava passar meia pessoa de cada vez. Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só conseguia o perfil de meia verdade. E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os meios perfis não coincidiam. Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia os seus fogos. Era dividida em duas metades diferentes uma da outra. Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. Nenhuma das duas era perfeitamente bela. E era preciso optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia. A verdade dividida...
  • 9.  
  • 10. Jorge de Lima nasceu em 1893 em União, Alagoas, perto da Serra da Barriga, onde Zumbi fundou seu famoso quilombo. Aos dez anos, passou a escrever para um jornal de seu colégio, onde publicou os poemas que fazia desde os sete anos. Jorge de Lima estudou medicina na Bahia e no Rio de Janeiro. Ainda estudante, publicou seu primeiro livro, "XIV Alexandrinos". Exerceu as funções de médico e ocupou diversos cargos públicos no estado de Alagoas. Nos anos 1920 publicou vários livros de poemas, entre os quais "O Mundo do Menino Impossível" e "Essa Negra Fulô", que é o título de seu poema mais conhecido. Em 1930 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde lecionou na Universidade do Brasil e na Universidade do Distrito Federal. Em 1935 foi eleito vereador, ocupando depois a presidência da Câmara dos Vereadores. Em 1935, Jorge de Lima converteu-se ao catolicismo e muitos de seus poemas passaram a refletir sua religiosidade. Publicou nesta época várias obras, entre elas "Tempo e Eternidade", "Invenção de Orfeu" e "Livro de Sonetos". Recebeu em 1940 o Grande Prêmio de Poesia, concedido pela Academia Brasileira de Letras. Certa vez, sendo entrevistado para um jornal, em 1952, Jorge de Lima se definiu com singeleza: "Tenho um metro e 68 de altura, 59 quilos e meio e uso óculos. Sou meio careca e meio surdo. Sou católico praticante e meu santo é São Jorge. Visto sempre cinza e acordo às quatro da manhã, com os galos e a aurora. (...) Minha leitura predileta é poesia.(...) Sou casado, tenho dois filhos e quatro netos. Gosto de pintar, esculpir e compor." Os versos de Jorge de Lima figuram entre os mais importantes do modernismo brasileiro. O autor publicou também romances, ensaios e peças de teatro. Tendo tido formação autodidata em artes plásticas, publicou também o álbum de fotomontagens "A Pintura em Pânico", com prefácio do poeta Murilo Mendes Biografia de Jorge Lima
  • 11. Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para a noiva, abraçado com a hélice. E o violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivárius. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na explosão. Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande Reconhecedor. Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mártires. Vejo a nadadora belíssima, no seu último salto de banhista, mais rápida porque vem sem vida. Vejo três meninas caindo rápidas, enfunadas, como se dançassem ainda. E vejo a louca abraçada ao ramalhete de rosas que ela pensou ser o paraquedas, e a prima-dona com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como um cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir dobrando finados pelos pobres mortos. Presumo que a moça adormecida na cabine ainda vem dormindo, tão tranqüila e cega! Ó amigos, o paralítico vem com extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem com as pernas do vento. Chove sangue sobre as nuvens de Deus. E há poetas míopes que pensam que é o arrebol. O grande desastre aéreo de ontem
  • 12. GRUPO fernanda n°08 Francisca Edilane n°10 José Nacélio n°20 Valdenise Assunção n°42