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A Parábola do Filho Pródigo e a
Missão de Deus
Lucas 15:11-32
Introdução
● Desafio do século: como ser cristão no mundo pós-moderno?
○ Relativismo ético/moral: “o que é a verdade?”
○ Narcisismo/individualismo: “eu quero (de volta) o que é meu!”
○ Hedonismo: “o que ımporta é ser felız!”
○ Conflitos religiosos: “todas as relıgıões são boas...”
● A mensagem cristã é muitas vezes, por si só, ofensiva:
○ Crer no único Deus nos leva a rejeitar outros deuses;
○ Crer na Lei e no juízo de Deus nos leva a negar qualquer ideia de autonomia;
○ Crer que somos pecadores nos leva a recusar qualquer tentativa de justiça própria;
● Contudo, é uma mensagem de reconciliação:
○ Chamamos pessoas a se reconciliarem com Deus;
○ Falamos do amor, perdão e misericórdia de Deus;
○ Somos chamados amar o próximo e até mesmo os inimigos.
Vamos olhar pra Jesus!
O Jesus que...
● … cumpriu a Lei;
● … venceu as tentações;
● … foi aprovado pelo Pai;
… é o mesmo Jesus que…
● … se assentou à mesa de pecadores;
● … andou com prostitutas e publicanos;
● … pregou a samaritanos e a pagãos.
Lucas 15:11-32
Contexto
● O jantar na casa do fariseu (Lc 14:1-24)
○ É lícito curar no sábado? (1-6)
○ O casamento e os lugares de honra (7-11);
○ Convide os pobres, cegos e aleijados! (12-14)
○ Quem comerá pão no Reino de Deus? (15)
○ A parábola da grande ceia (15-24);
● Seguir a Cristo requer renúncia! (Lc 14:25-33)
○ Aborrecer pai e mãe (26);
○ Tomar a cruz e seguí-lo (27);
○ O custo de seguir a Cristo (28-33);
● Sal da terra (Lc 14:34-35);
● Pecadores e publicanos se reuniam para ouvir Jesus (Lc 15).
Contexto
● Jesus era criticado por estar em companhia de pecadores:
Todos os publıcanos e "pecadores" estavam se reunındo para ouvı-lo. Mas os
farıseus e os mestres da leı o crıtıcavam: "Este homem recebe pecadores e come com
eles". (Lucas 15:1-2)
● A parábola foi contada diante da questão: deveria um “santo” andar na presença
de pecadores comer com publicanos (5:27-32)?
● A missão de Jesus é resgatar os perdidos. É possível fazê-lo sem “se perder”?
● Jesus conta parábolas que nos ajudam a entender o amor de Deus aos perdidos,
e a resolver essa tensão.
“Pródigo”?
adjetıvo
1. que dissipa seus bens, que gasta mais do que o necessário; gastador, esbanjador,
perdulário.
"parábola do fılho pródıgo."
2. que é generoso ao dar; liberal, magnânimo.
"é pródıgo na carıdade mas não faz alarde dısso"
3. que produz em abundância; fértil, fecundo.
"o Brasıl é uma terra pródıga."
4. substantıvo masculıno.
⊙ ETIM lat . prodĭgus,a,um 'pródigo, que prodigaliza'
O Pai Pródigo
● O Pai é um homem rico, generoso e trata bem seus empregados.(v. 11, 12, 17,
22-24)
● O Pai reparte sua herança (v. 12)
○ O Pai não tem obrigação nenhuma de repartir sua herança.
○ O filho que desrespeitar seu pai deve morrer (Dt 21:18-21)
○ Era muito incomum o pai entregar a herança a um de seus filhos, conforme nessa parábola. ao
dividir a herança com os dois, o Pai se coloca numa posição de humildade, porque agora
compartilha os dois terços de suas propriedades com seu primogênito.
○ Contudo, ele reparte a herança, e permite que seu filho a use até contra ele mesmo
● O Pai festeja, se alegra, restaura a dignidade, oferece fartura.
O Pai Pródigo
● Assim também é Deus. Ele é o Criador, que desde a criação, onde inicia o
projeto de seu Reino, nos sustenta e nos dá mantimento;
● É Ele que manda a chuva, o sol, que dá o crescimento das plantas, que sustenta
a criação e que nos deu até mesmo a humanidade, a sua imagem e semelhança;
● O Reino de Deus é uma grande mesa. É a imagem que o livro de Lucas faz
desde os capítulos anteriores. É a mesa do banquete do Rei, ao qual os judeus
rejeitaram, e que foi aberta aos pobres, doentes e oprimidos;
● O próprio Deus nos sustenta. Ele nos dá o pão de cada dia, espiritual e material.
Os Filhos Perdidos
● O filho mais novo está perdido
○ Essa parábola provavelmente deixou os fariseus de cabelos em pé;
○ O filho mais novo tinha direito a ⅓ da herança, que geralmente era repartida após a morte do pai.
O fato do filho pedir pela repartição por si só indica uma falta de respeito (v. 12).
○ Ele sai de casa e vai a outro país. Ele deixa para trás seus costumes, tradições, família, tudo o
que o Pai representa. Embora receba tudo do pai, ele vive como se fosse independente (v. 13);
○ Ele gasta todos os bens do Pai numa vida totalmente sem regras. Assim, ele fica despreparado
quando vem a forme e a miséria sobre o país, e perde então sua liberdade, tornando-se servo. Ele
recebe o justo juízo pela sua desobediência (v.14-16);
○ O filho mais novo foi arrogante (não preciso do meu pai), ingrato (não preciso agradecer ou
honrar meu pai) e egoísta (não quero agradar ninguém além de mim);
○ Provavelmente os fariseus pensaram até agora “bem feito!”
Os Filhos Perdidos
● O filho mais velho também está perdido
○ Para quem Jesus estava falando? (Lucas 15:1-2)
○ O filho mais velho estava cheio de justiça própria. Ele se achava moralmente superior ao seu
irmão humilhado (v. 28-30);
○ Ele se recusou a se alegrar com o pai pela volta do irmão (v. 28)
○ O filho mais velho era incapaz de misericórdia e compaixão para com seu irmão, porque não
conseguia se colocar no lugar dele; A sua fala o distanciava do irmão: “esse teu filho” (v. 30);
○ Em sua justiça própria, seu trabalho não era nada mais do que um serviço sem alegria. Era um
trabalho escravo. (v. 29);
○ Por fim, o filho mais velho também desrespeitou o Pai. Ele é um filho interesseiro, que busca no
cumprimento das Leis merecer aquilo que o Pai dá, aguardando o dia em que receberá uma
recompensa. Cumprir a Lei para ele é um fardo, um peso, não é prazeroso.
Os Filhos Perdidos
● Sem Deus, nós estamos perdidos.
○ A Queda nos afastou do propósito de Deus para a humanidade. Ela foi um rompimento total
entre a humanidade e a criação original. Em Adão, tomos caímos e estamos distantes, em outro
país, do outro lado do oceano;
○ Sem Deus, somos gastadores. Todos nós somos “pródigos”. Todos gastamos sem limites os bens
que Deus nos deu para satisfazer nossos desejos, em busca de uma felicidade que só
encontraremos em casa. Nós dizemos a Deus: “Não queremos suas regras, sua Leı, seu amor,
nada que lembre de tı. Dá-me tão somente a mınha parte”.
○ Sem Deus, somos incapazes de verdadeira justiça. Ainda que busquemos a religião, sem uma real
transformação do Espírito Santo seremos como o filho mais velho: meros cumpridores de regras,
que vivem um cristianismo sem vida. Nós dizemos: “Eu trabalheı como um escravo, e o você
nunca me deu recompensa alguma. Eu carrego este fardo, e o você tıra de mım a alegrıa”.
Ilustração: E se
isso fosse uma
novela?
● Os fariseus provavelmente
pensaram, quando visualizaram
o retorno do filho rebelde: é
agora! Agora ele será
humilhado! Agora ele terá o que
merece!
● Pense bem, nós gostamos de ver
vingança nas nossas histórias.
Gostamos de ver quem pratica o
mal sofrendo no final.
● Se nós escrevêssemos essa
história, talvez o filho mais novo
se tornasse um servo de seu pai.
Talvez ele amargasse para
sempre sua rebelião.
O Filho Restaurado
● O Pai restaura a dignidade do filho perdido
○ O filho perdido volta decidido a pedir para ser um servo de seu Pai. Ele se lembra de sua
generosidade, e resolve voltar, mas sem esperança de ter sua dignidade restaurada (v. 17-19);
○ O Pai encheu-se compaixão, correu, abraçou e beijou o filho (v. 20). Não era considerado digno
para um ancião correr, contudo ele corre, porque espera ansioso pelo filho;
○ O Pai lhe dá o que vestir, calçar, e lhe dá um anel (uma joia de família) (v. 20-24);
● O Pai se alegra com a restauração do filho perdido
○ O Pai resolve dar uma grande festa (v. 23-24). Ele se alegra pela “ressurreição” do filho, e
resolve comemorar com um banquete;
○ O banquete remete a realidade antes da rebelião, onde o Pai supria a necessidade de seus filhos, e
eles tinham dignidade junto ao Pai;
○ O Pai também convida o filho relutante a participar desse momento de alegria. Qual será sua
resposta?
E eu com isso?
O Rebelde e o Religioso
● O primeiro é o pecador flagrantemente imoral que vive sua vida em negligente
abandono, mas que logo se dá conta de que precisa desesperadamente do pai.
● O segundo tipo de pecador é aquele que está satisfeito consigo mesmo, é justo
aos seus próprios olhos, tenta viver de acordo com a moral e com certeza pensa:
“É claro que Deus vai me aceitar, porque eu sou bom!”
● Não devemos deixar de reconhecer a situação desesperadora dos perdidos. Eles
estão num caminho de destruição, seja pela imoralidade ou pela falsa religião.
Com certeza eles ficarão ofendidos com a Lei de Deus, a tal ponto de se
distanciarem de nós para viverem sua vida dissoluta! Contudo, como o Pai, não
devemos desistir deles.
Rebelião Religião
Inovação Tradição
Não-conformidade Conformidade
Quebrar as regras Guarda as regras
Liberal Conservador
Imoral Moral
Desobediente Obediente
Preguiça Trabalho duro
Pecado visível Pecado invisível
Usa as pessoas Julga as pessoas
Injusto / Ímpio Justiça própria
Usa o pai Usa o pai
A missão de Deus
● Deus convida os que já vivem em sua casa a participarem da alegria da
restauração do perdido. Essa é a nossa missão!
● A missão inclui convidar pessoas a participar do banquete de Deus, onde
receberemos graça e teremos plena alegria. Mas o caminho para lá requer
renúncia, arrependimento e cruz. O evangelho não deve ser uma mensagem de
conveniência, tampouco um simples moralismo.
● Jesus é o outro filho mais velho. Ele viu a tristeza do pai com a rebelião do filho
mais novo, contudo, diferente daquele que permaneceu ali, ele foi em busca do
perdido. Ele viajou a outro país e viu o perdido em sua miséria, e o chamou de
volta pra casa.
"Os que gostam da justıfıcação pela fé não gostam
muıto da justıça, e os que gostam da justıça não
gostam da justıfıcação." (Tim Keller)
Justiça ou Justificação?
● Alguns enfatizam a justiça, mas pouco falam da justificação;
○ Deus é justo, e ama a justiça, por isso o cristão deve ser justo e praticar a justiça;
○ O cristão deve promover a justiça na sociedade, em todos os aspectos, como parte do seu
mandato cultural e por obediência a Deus;
○ A justiça deve ser enxergada tanto em aspectos individuais (santidade, humildade, pureza,
mansidão, domínio próprio) quanto em aspectos coletivos (equidade, isonomia, justiça pública);
○ Contudo, a perfeita justiça por si só é intangível à humanidade. É impossível alcançar um padrão
divino de justiça por nossas próprias forças, seja individualmente (fariseus, fundamentalistas) ou
coletivamente (cristandade, evangelho social, teologias da libertação).
Justiça ou Justificação?
● Outros enfatizam a justificação, mas pouco falam da justiça.
○ Deus é misericordioso e ofereceu seu próprio filho para a salvação daqueles que creem;
○ O cristão deve evangelizar e pregar o amor de Deus, chamando pessoas ao arrependimento e à
conversão;
○ A justificação deve desfazer em nós qualquer noção de mérito próprio. A salvação vem de Deus,
e é recebida por nós pela fé somente, pelos méritos de Cristo;
○ Deus oferece aos seus filhos uma vida plena, que começa já agora, com paz no coração e
felicidade em meio a provação, acesso à Deus por meio da oração e da Palavra, e finalmente ao
céu, onde desfrutaremos de sua presença;
○ Contudo, a vida cristã não se resume a justificação. Somos justificados, mas isso deve nos levar à
prática da justiça, individual e coletivamente. Embora sejamos falhos, devemos buscar a justiça
na medida de nossas forças.
Vamos olhar pra Jesus!
Fontes e Recomendações
● Bíblia de Genebra - 2ª Edição, Cultura Cristã, 2009;
● Comentário de Lucas - Volume 2, William Hendriksen, Cultura Cristã, 2003;
● A Missão de Jesus aos perdidos, Thomas R. Schreiner, disponível em http:
//www.ministeriofiel.com.
br/artigos/detalhes/614/A_Missao_de_Jesus_aos_Perdidos;
● The Parable of the Proadigal Son, Mark Driscoll, disponível em http://marshill.
se/marshill/media/luke/the-parable-of-the-prodigal-son;
● Justiça Generosa (vídeo), Tim Keller, disponível em https://www.youtube.
com/watch?v=iW_xK7J0gzM.

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O Filho Pródigo e a Missão de Deus

  • 1. A Parábola do Filho Pródigo e a Missão de Deus Lucas 15:11-32
  • 2. Introdução ● Desafio do século: como ser cristão no mundo pós-moderno? ○ Relativismo ético/moral: “o que é a verdade?” ○ Narcisismo/individualismo: “eu quero (de volta) o que é meu!” ○ Hedonismo: “o que ımporta é ser felız!” ○ Conflitos religiosos: “todas as relıgıões são boas...” ● A mensagem cristã é muitas vezes, por si só, ofensiva: ○ Crer no único Deus nos leva a rejeitar outros deuses; ○ Crer na Lei e no juízo de Deus nos leva a negar qualquer ideia de autonomia; ○ Crer que somos pecadores nos leva a recusar qualquer tentativa de justiça própria; ● Contudo, é uma mensagem de reconciliação: ○ Chamamos pessoas a se reconciliarem com Deus; ○ Falamos do amor, perdão e misericórdia de Deus; ○ Somos chamados amar o próximo e até mesmo os inimigos.
  • 3. Vamos olhar pra Jesus! O Jesus que... ● … cumpriu a Lei; ● … venceu as tentações; ● … foi aprovado pelo Pai; … é o mesmo Jesus que… ● … se assentou à mesa de pecadores; ● … andou com prostitutas e publicanos; ● … pregou a samaritanos e a pagãos.
  • 5. Contexto ● O jantar na casa do fariseu (Lc 14:1-24) ○ É lícito curar no sábado? (1-6) ○ O casamento e os lugares de honra (7-11); ○ Convide os pobres, cegos e aleijados! (12-14) ○ Quem comerá pão no Reino de Deus? (15) ○ A parábola da grande ceia (15-24); ● Seguir a Cristo requer renúncia! (Lc 14:25-33) ○ Aborrecer pai e mãe (26); ○ Tomar a cruz e seguí-lo (27); ○ O custo de seguir a Cristo (28-33); ● Sal da terra (Lc 14:34-35); ● Pecadores e publicanos se reuniam para ouvir Jesus (Lc 15).
  • 6. Contexto ● Jesus era criticado por estar em companhia de pecadores: Todos os publıcanos e "pecadores" estavam se reunındo para ouvı-lo. Mas os farıseus e os mestres da leı o crıtıcavam: "Este homem recebe pecadores e come com eles". (Lucas 15:1-2) ● A parábola foi contada diante da questão: deveria um “santo” andar na presença de pecadores comer com publicanos (5:27-32)? ● A missão de Jesus é resgatar os perdidos. É possível fazê-lo sem “se perder”? ● Jesus conta parábolas que nos ajudam a entender o amor de Deus aos perdidos, e a resolver essa tensão.
  • 7. “Pródigo”? adjetıvo 1. que dissipa seus bens, que gasta mais do que o necessário; gastador, esbanjador, perdulário. "parábola do fılho pródıgo." 2. que é generoso ao dar; liberal, magnânimo. "é pródıgo na carıdade mas não faz alarde dısso" 3. que produz em abundância; fértil, fecundo. "o Brasıl é uma terra pródıga." 4. substantıvo masculıno. ⊙ ETIM lat . prodĭgus,a,um 'pródigo, que prodigaliza'
  • 8. O Pai Pródigo ● O Pai é um homem rico, generoso e trata bem seus empregados.(v. 11, 12, 17, 22-24) ● O Pai reparte sua herança (v. 12) ○ O Pai não tem obrigação nenhuma de repartir sua herança. ○ O filho que desrespeitar seu pai deve morrer (Dt 21:18-21) ○ Era muito incomum o pai entregar a herança a um de seus filhos, conforme nessa parábola. ao dividir a herança com os dois, o Pai se coloca numa posição de humildade, porque agora compartilha os dois terços de suas propriedades com seu primogênito. ○ Contudo, ele reparte a herança, e permite que seu filho a use até contra ele mesmo ● O Pai festeja, se alegra, restaura a dignidade, oferece fartura.
  • 9. O Pai Pródigo ● Assim também é Deus. Ele é o Criador, que desde a criação, onde inicia o projeto de seu Reino, nos sustenta e nos dá mantimento; ● É Ele que manda a chuva, o sol, que dá o crescimento das plantas, que sustenta a criação e que nos deu até mesmo a humanidade, a sua imagem e semelhança; ● O Reino de Deus é uma grande mesa. É a imagem que o livro de Lucas faz desde os capítulos anteriores. É a mesa do banquete do Rei, ao qual os judeus rejeitaram, e que foi aberta aos pobres, doentes e oprimidos; ● O próprio Deus nos sustenta. Ele nos dá o pão de cada dia, espiritual e material.
  • 10. Os Filhos Perdidos ● O filho mais novo está perdido ○ Essa parábola provavelmente deixou os fariseus de cabelos em pé; ○ O filho mais novo tinha direito a ⅓ da herança, que geralmente era repartida após a morte do pai. O fato do filho pedir pela repartição por si só indica uma falta de respeito (v. 12). ○ Ele sai de casa e vai a outro país. Ele deixa para trás seus costumes, tradições, família, tudo o que o Pai representa. Embora receba tudo do pai, ele vive como se fosse independente (v. 13); ○ Ele gasta todos os bens do Pai numa vida totalmente sem regras. Assim, ele fica despreparado quando vem a forme e a miséria sobre o país, e perde então sua liberdade, tornando-se servo. Ele recebe o justo juízo pela sua desobediência (v.14-16); ○ O filho mais novo foi arrogante (não preciso do meu pai), ingrato (não preciso agradecer ou honrar meu pai) e egoísta (não quero agradar ninguém além de mim); ○ Provavelmente os fariseus pensaram até agora “bem feito!”
  • 11. Os Filhos Perdidos ● O filho mais velho também está perdido ○ Para quem Jesus estava falando? (Lucas 15:1-2) ○ O filho mais velho estava cheio de justiça própria. Ele se achava moralmente superior ao seu irmão humilhado (v. 28-30); ○ Ele se recusou a se alegrar com o pai pela volta do irmão (v. 28) ○ O filho mais velho era incapaz de misericórdia e compaixão para com seu irmão, porque não conseguia se colocar no lugar dele; A sua fala o distanciava do irmão: “esse teu filho” (v. 30); ○ Em sua justiça própria, seu trabalho não era nada mais do que um serviço sem alegria. Era um trabalho escravo. (v. 29); ○ Por fim, o filho mais velho também desrespeitou o Pai. Ele é um filho interesseiro, que busca no cumprimento das Leis merecer aquilo que o Pai dá, aguardando o dia em que receberá uma recompensa. Cumprir a Lei para ele é um fardo, um peso, não é prazeroso.
  • 12. Os Filhos Perdidos ● Sem Deus, nós estamos perdidos. ○ A Queda nos afastou do propósito de Deus para a humanidade. Ela foi um rompimento total entre a humanidade e a criação original. Em Adão, tomos caímos e estamos distantes, em outro país, do outro lado do oceano; ○ Sem Deus, somos gastadores. Todos nós somos “pródigos”. Todos gastamos sem limites os bens que Deus nos deu para satisfazer nossos desejos, em busca de uma felicidade que só encontraremos em casa. Nós dizemos a Deus: “Não queremos suas regras, sua Leı, seu amor, nada que lembre de tı. Dá-me tão somente a mınha parte”. ○ Sem Deus, somos incapazes de verdadeira justiça. Ainda que busquemos a religião, sem uma real transformação do Espírito Santo seremos como o filho mais velho: meros cumpridores de regras, que vivem um cristianismo sem vida. Nós dizemos: “Eu trabalheı como um escravo, e o você nunca me deu recompensa alguma. Eu carrego este fardo, e o você tıra de mım a alegrıa”.
  • 13. Ilustração: E se isso fosse uma novela? ● Os fariseus provavelmente pensaram, quando visualizaram o retorno do filho rebelde: é agora! Agora ele será humilhado! Agora ele terá o que merece! ● Pense bem, nós gostamos de ver vingança nas nossas histórias. Gostamos de ver quem pratica o mal sofrendo no final. ● Se nós escrevêssemos essa história, talvez o filho mais novo se tornasse um servo de seu pai. Talvez ele amargasse para sempre sua rebelião.
  • 14. O Filho Restaurado ● O Pai restaura a dignidade do filho perdido ○ O filho perdido volta decidido a pedir para ser um servo de seu Pai. Ele se lembra de sua generosidade, e resolve voltar, mas sem esperança de ter sua dignidade restaurada (v. 17-19); ○ O Pai encheu-se compaixão, correu, abraçou e beijou o filho (v. 20). Não era considerado digno para um ancião correr, contudo ele corre, porque espera ansioso pelo filho; ○ O Pai lhe dá o que vestir, calçar, e lhe dá um anel (uma joia de família) (v. 20-24); ● O Pai se alegra com a restauração do filho perdido ○ O Pai resolve dar uma grande festa (v. 23-24). Ele se alegra pela “ressurreição” do filho, e resolve comemorar com um banquete; ○ O banquete remete a realidade antes da rebelião, onde o Pai supria a necessidade de seus filhos, e eles tinham dignidade junto ao Pai; ○ O Pai também convida o filho relutante a participar desse momento de alegria. Qual será sua resposta?
  • 15. E eu com isso?
  • 16. O Rebelde e o Religioso ● O primeiro é o pecador flagrantemente imoral que vive sua vida em negligente abandono, mas que logo se dá conta de que precisa desesperadamente do pai. ● O segundo tipo de pecador é aquele que está satisfeito consigo mesmo, é justo aos seus próprios olhos, tenta viver de acordo com a moral e com certeza pensa: “É claro que Deus vai me aceitar, porque eu sou bom!” ● Não devemos deixar de reconhecer a situação desesperadora dos perdidos. Eles estão num caminho de destruição, seja pela imoralidade ou pela falsa religião. Com certeza eles ficarão ofendidos com a Lei de Deus, a tal ponto de se distanciarem de nós para viverem sua vida dissoluta! Contudo, como o Pai, não devemos desistir deles.
  • 17. Rebelião Religião Inovação Tradição Não-conformidade Conformidade Quebrar as regras Guarda as regras Liberal Conservador Imoral Moral Desobediente Obediente Preguiça Trabalho duro Pecado visível Pecado invisível Usa as pessoas Julga as pessoas Injusto / Ímpio Justiça própria Usa o pai Usa o pai
  • 18. A missão de Deus ● Deus convida os que já vivem em sua casa a participarem da alegria da restauração do perdido. Essa é a nossa missão! ● A missão inclui convidar pessoas a participar do banquete de Deus, onde receberemos graça e teremos plena alegria. Mas o caminho para lá requer renúncia, arrependimento e cruz. O evangelho não deve ser uma mensagem de conveniência, tampouco um simples moralismo. ● Jesus é o outro filho mais velho. Ele viu a tristeza do pai com a rebelião do filho mais novo, contudo, diferente daquele que permaneceu ali, ele foi em busca do perdido. Ele viajou a outro país e viu o perdido em sua miséria, e o chamou de volta pra casa.
  • 19. "Os que gostam da justıfıcação pela fé não gostam muıto da justıça, e os que gostam da justıça não gostam da justıfıcação." (Tim Keller)
  • 20. Justiça ou Justificação? ● Alguns enfatizam a justiça, mas pouco falam da justificação; ○ Deus é justo, e ama a justiça, por isso o cristão deve ser justo e praticar a justiça; ○ O cristão deve promover a justiça na sociedade, em todos os aspectos, como parte do seu mandato cultural e por obediência a Deus; ○ A justiça deve ser enxergada tanto em aspectos individuais (santidade, humildade, pureza, mansidão, domínio próprio) quanto em aspectos coletivos (equidade, isonomia, justiça pública); ○ Contudo, a perfeita justiça por si só é intangível à humanidade. É impossível alcançar um padrão divino de justiça por nossas próprias forças, seja individualmente (fariseus, fundamentalistas) ou coletivamente (cristandade, evangelho social, teologias da libertação).
  • 21. Justiça ou Justificação? ● Outros enfatizam a justificação, mas pouco falam da justiça. ○ Deus é misericordioso e ofereceu seu próprio filho para a salvação daqueles que creem; ○ O cristão deve evangelizar e pregar o amor de Deus, chamando pessoas ao arrependimento e à conversão; ○ A justificação deve desfazer em nós qualquer noção de mérito próprio. A salvação vem de Deus, e é recebida por nós pela fé somente, pelos méritos de Cristo; ○ Deus oferece aos seus filhos uma vida plena, que começa já agora, com paz no coração e felicidade em meio a provação, acesso à Deus por meio da oração e da Palavra, e finalmente ao céu, onde desfrutaremos de sua presença; ○ Contudo, a vida cristã não se resume a justificação. Somos justificados, mas isso deve nos levar à prática da justiça, individual e coletivamente. Embora sejamos falhos, devemos buscar a justiça na medida de nossas forças.
  • 22. Vamos olhar pra Jesus!
  • 23. Fontes e Recomendações ● Bíblia de Genebra - 2ª Edição, Cultura Cristã, 2009; ● Comentário de Lucas - Volume 2, William Hendriksen, Cultura Cristã, 2003; ● A Missão de Jesus aos perdidos, Thomas R. Schreiner, disponível em http: //www.ministeriofiel.com. br/artigos/detalhes/614/A_Missao_de_Jesus_aos_Perdidos; ● The Parable of the Proadigal Son, Mark Driscoll, disponível em http://marshill. se/marshill/media/luke/the-parable-of-the-prodigal-son; ● Justiça Generosa (vídeo), Tim Keller, disponível em https://www.youtube. com/watch?v=iW_xK7J0gzM.