Este documento apresenta uma atividade avaliativa sobre Filosofia Aplicada à Administração. Contém 5 questões que abordam: 1) o conceito de "senso comum do todo" de acordo com o autor Chester Barnard; 2) a relação entre reflexão filosófica e a "arte de sentir o todo"; 3) o conceito marxista de mais-valia e seus tipos; 4) o Materialismo Histórico de Marx; 5) os riscos de conceber a sociedade a partir do indivíduo autointeressado.
Filosofia Aplicada à Administração: Materialismo Histórico e Mais-Valia
1. Disciplina(s) Docente(s)
Filosofia Aplicada à Administração Rodrigo Pessoa
Curso Módulo Polo
Administração 1.2
ATIVIDADE AVALIATIVA
DATA DE ENTREGA: 08/06/2011
NOME:
CÓDIGO: POLO:
- Objetivo desta atividade:
1. Relacionar a reflexão filosófica com a prática administrativa.
2. Esclarecer o que significa Materialismo Histórico.
3. Diferenciar mais-valia absoluta de mais-valia relativa.
- Com isso você será capaz de (habilidades desenvolvidas):
1. Explicar o que é Materialismo Histórico.
2. Distinguir os tipos de mais-valia possíveis.
3. Relacionar Filosofia e Administração.
Leia o texto a seguir, do autor Chester Barnard, em “As funções do executivo”, para responder
às questões 1 e 2.
O controle, do ponto de vista da eficácia da organização como um todo, nunca é sem
importância, e às vezes é de uma importância crítica; mas é em conexão com a eficiência, que
em última análise engloba a eficácia, que o ponto de vista do todo é necessariamente
dominante. Sob algumas condições simples, em pequenas organizações, isso é uma questão de
senso comum – por exemplo, no governo de algumas pequenas cidades ou na administração de
alguns pequenos negócios. Mas em geral esse não é o caso. O senso comum do todo não é
óbvio e, de fato, em geral não está efetivamente presente. O controle é dominado por um
aspecto – o econômico, o político, o religioso, o científico, o tecnológico –, com o resultado de
que a eficiência não fica assegurada, e o fracasso advém ou ameaça perpetuamente. Sem
dúvida, o desenvolvimento de uma crise, devida ao tratamento desequilibrado de todos os
fatores, é a ocasião para a ação corretiva por parte dos executivos que possuem a arte de
sentir o todo. Uma concepção do todo formal e ordenada raramente está presente, e talvez
seja mesmo raramente possível, com exceção de alguns poucos homens com gênio executivo
ou de algumas poucas organizações executivas em que as pessoas são profundamente
2. sensíveis e bem integradas. Mesmo a noção que está aqui em questão parece raramente ser
enfatizada, seja em estudos práticos ou científicos.
(Citado a partir de MATTAR, João. Filosofia e Ética na Administração. São Paulo: Saraiva, 2004, p. XIV-XV)
QUESTÃO 1
O que o autor entende por senso comum do todo?
QUESTÃO 2
Uma das características do modo filosófico de pensar consiste em que a reflexão filosófica é de
conjunto: sempre leva em conta todos os aspectos de um problema ou questão. Relacione essa
característica da reflexão filosófica com aquilo que o autor denomina de arte de sentir o todo.
QUESTÃO 3
O modo como o capitalista explora o trabalhador foi denominado por Marx de mais-valia.
Explique o que significa mais-valia e diferencie seus dois tipos: a mais-valia absoluta e a mais-
valia relativa.
QUESTÃO 4
Para interpretar o movimento histórico, no qual se insere o capitalismo e o socialismo, Marx
utilizou-se do conceito de Materialismo Histórico. Explique em que consiste essa interpretação
da História.
QUESTÃO 5
Leia o texto a seguir para responder à questão 5:
Portanto, assumir que é possível pensar a sociedade a partir do indivíduo com uma natureza
autointeressada significa tomar como pressuposto que ele também precisará de coação externa
à sua vontade, pois há, constantemente, o risco de que esse autointeresse individual fira os
3. outros indivíduos. E isto pode ocorrer em todos os âmbitos das relações humanas, sejam elas
morais, políticas ou econômicas.
(DIAS, Maria Cristina; ROTTA, Tomas. Marx e a Crise. In.: Revista Filosofia Ciência e Vida, p.15-23)
Os autores argumentam que a última crise econômica evidenciou um colapso nas relações
humanas. Considerando o que os autores colocam, explique por que conceber a sociedade a
partir do indivíduo autointeressado coloca em risco a própria sociedade.