Este documento discute a pedagogia de alternância em Moçambique. Apresenta suas vantagens como a ligação entre teoria e prática e preservação de cultura local. Também destaca desafios como falta de transporte, recursos e infraestrutura e sugere soluções como projetos de financiamento e formação contínua.
Brainstorming da Formação Nacional sobre Pedagogia de Alternância. O que é a Pedagogia de alternância?
1. (Marera, 18/07/2012 ─ quarta-feira)
1. O QUE É QUE PENSAMOS QUANDO SE FALA DA PEDA-GOGIA
DE ALTERNÂNCIA?
(RESPOSTA) Quando se fala da Pedagogia de Alternância pensamos:
─ no confronto/associação entre a prática e a teoria;
─ no trabalho conjunto entre a família a escola;
─ na continuidade na descontinuidade de actividades no tempo e no espaço;
─ na aprendizagem e implementação;
─ na ligação ao contexto real (ensino-aprendizagem baseado na realidade do
próprio formando);
─ nas metodologias personalizadas;
─ na pedagogia de envolvimento;
─ no padrão de competências (saber ser, saber fazer e saber estar);
─ na associação, na formação integral e no desenvolvimento local;
─ no desenvolvimento académico e familiar;
─ na integração de valores comunitários.
1 Formação Nacional dos formadores das Escolas Profissionais Familiares
Rurais de Moçambique.
2. 2. COMO SE OPERACIONALIZA A PEDAGOGIA DE ALTER-NÂNCIA?
(RESPOSTA) A Pedagogia de Alternância operacionaliza-se pela articulação
dos seus instrumentos pedagógicos.
3. MENCIONEMOS ALGUMAS VANTAGENS DA PEDAGOGIA
DE ALTERNÂNCIA.
(RESPOSTA) Algumas das vantagens da Pedagogia de Alternância são:
─ ligação entre a prática e a teoria;
─ preservação das ligações entre o formando, a sua família e sua cultura;
─ redução do êxodo rural;
─ troca de conhecimentos entre a escola, o formando e a família;
─ promoção do desenvolvimento local (o formando desenvolve o seu meio,
aumentando a produção e a produtividade);
─ formação profissional próxima àquela que se pode encontrar no ambiente de
trabalho;
─ formação integral;
─ flexibilidade;
─ aproxima a relação entre o formando e o formador (desenvolve-se uma
intimidade que, entretanto, não põe em causa as atribuições de cada um
deles);
─ desenvolve o espírito crítico e criativo (o formando é sujeito activo e cons-trutor
do conhecimento).
2 Formação Nacional dos formadores das Escolas Profissionais Familiares
Rurais de Moçambique.
3. 4. COMO EVIDENCIAMOS ESSAS VANTAGENS NO RAIO DE
ACTUAÇÃO DA NOSSA ESCOLA?
(RESPOSTA) Evidenciamos essas vantagens no raio de actuação da nossa
escola:
─ pelas práticas agro-pecuária;
─ pela aplicação das técnicas melhoradas na sua família;
─ pela participação da escola na vida da comunidade;
─ pela criação de campos de demonstração de resultados;
─ pelo encorajamento aos formandos para mudarem de comportamento;
─ pela realização de feiras de exposição;
─ pelo desenvolvimento de projectos produtivos na escola e na família;
─ pela incorporação da cultura local no plano de formação e observância
rigorosa dos IP`s.
3 Formação Nacional dos formadores das Escolas Profissionais Familiares
Rurais de Moçambique.
4. 5. QUAIS AS MAIORES DIFICULDADES QUE TEMOS ENCA-RADO
NA OPERACIONALIZAÇÃO DA PEDAGOGIA DE
ALTERNÂNCIA? NA SEQUÊNCIA DESSAS DIFICULDADES,
QUAIS AS SUGESTÕES/PROPOSTAS DE SUPERAÇÃO?
(RESPOSTA)
MAIORES DIFI-CULDADES
SUGESTÕES/PROPOSTAS DE SUPERAÇÃO
Meios de transporte Adquirir-se meios de transporte (carros e motoriza-das).
Fraco domínio da
P.A.
Potenciar-se a formação permanente e auto-formação;
Sensibilizar-se a comunidade educativa.
Insuficiência de
recursos humanos
internos
Negociar-se com o Governo.
Mudanças frequentes
de formadores
Negociar-se com o Governo.
Insuficiência de mate-rial
didáctico, insu-mos
e equipamentos
Inventariar-se o que existe e identificar-se o que falta;
Adquirir-se o que falta.
Insuficiência de infra-estruturas
(casa, agua,
energia, etc.
Capacitar-se o pessoal na elaboração de projectos;
Elaborar-se projectos produtivos e o respectivo finan-ciamento;
Negociar-se com os parceiros actuais das escolas.
Nomadismo dos for-mandos
Construir-se internatos;
Observar-se rigorosamente os critérios de selecção
4 Formação Nacional dos formadores das Escolas Profissionais Familiares
Rurais de Moçambique.
5. dos novos ingressos;
Sensibilizar-se os pais e/ou encarregados de educação.
Baixa expectativa dos
formandos
Motivar-se os formandos e os vários actores do P.E.A.
em geral;
Introduzir-se o nível médio.
Insuficiência de quali-ficações
do pessoal
(competências)
Trocar-se experiências, capacitar-se e orientar-se for-mações
5 Formação Nacional dos formadores das Escolas Profissionais Familiares
Rurais de Moçambique.
específicas na componente prática.
Deficiências de lide-rança.
Potenciar-se a formação permanente e, em casos
extremos, propor-se a mudança dos membros de
direcção;
Promover-se pessoas com capacidade de liderança e
representatividade.
Moderado por Tané Joaquim Sinalo – Director da Escola Profissional Familiar Rural
de Mangunde- Chibabava e membro da E.P.N. (Equipa Pedagógica Nacional)
Publicado por: Filipe Mathusso Lunavo – Director Adjunto Pedagógico da escola
Profissional Familiar Rural de Estaquinha -Búzi