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Universidade Federal da Bahia, 4 a 7 de setembro de 2015
44 - INTERSECCIONALIDADE ENTRE ETNIAS, GÊNEROS E CLASSE
NA PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES, NA HISTÓRIA E NO ARTIVISMO.
Mujeres Creando e Loucas de Pedra Lilás: Corpos em luta na Cidade
Alexandra Martins Costa1
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O presente artigo tem como objetivo chamar atenção para as criações dos
coletivos Loucas de Pedra Lilás, do Brasil, e Mujeres Creando, da Bolívia. Ambos são
grupos feministas que utilizam a cidade para apresentação de suas demandas políticas
através de intervenções-estético-urbanas. O campo das Artes, assim como qualquer
outra área do conhecimento, possui marcadores sociais, raciais e culturais onde o
reconhecimento dessas serie de hierarquias de poder tem aparecido como elemento de
uma produção poética. “O corpo é, de fato, uma das grandes percepções que permeiam
a obra dos artistas contemporâneos, que se mostram atentos às tensões situadas em um
corpo cada vez mais idealizado pela sociedade de consumo” (CANTON, 2009, p. 25).
Assim, as narrativas da vida íntima e doméstica são postas em cena, trazendo
revelações subjetivas, cotidianas, despreocupadas e confessionais. Pensar o espaço
urbano sob a perspectiva das teorias de gênero a partir das narrativas de grupos que
intervêm artisticamente na cidade, também é uma forma de trazer luz às questões
relativas ao Direito ao Corpo e ao Direito à Cidade.
Construções Coletivas na Cidade
No início dos anos de 80, na América Latina, por demanda dos movimentos
sociais, as organizações feministas passam a travar um diálogo entre arte e ativismo. No
entanto, apenas a partir dos anos 90 que foi possível sua expansão até ganhar o espaço
que se encontra na atualidade.
1
Especialista em Artes Visuais. E-mail: alexandra.fotografia@uol.com.br
Observa-se, como uma tendência na arte dos anos 90, a intenção de
explicitar os desejos dos artistas por maior liberdade de ação e de
movimentos frente ao modo sempre mais atrasado das instituições
tratarem as poéticas contemporâneas. No contexto latino americano
verifica-se a carência de projetos e políticas mais criativos e de
caráter mais aberto das instituições culturais públicas. (PAIM, 2009,
p.73)
Ao afirmar “a carência de projetos e políticas mais criativos e de caráter mais
aberto das instituições culturais públicas”, Claudia Paim levanta questões sobre os
locais em que o campo das Artes tem se ocupado para visibilizar suas propostas
artísticas e para quem estão dialogando. Abre espaço para refletir em que medida as
Galerias de Arte e Museus também fazem parte de uma medida de controle e assepsia
das cidades contemporâneas quando repetem o modelo tradicional de exposição e não
modificam a estrutura autora/espectadora.
Para tanto, há necessidade de compreender as ações dos coletivos citados como
formas de falar do mundo através do próprio corpo e assim produzindo ”novas esferas
públicas, dependem da experiência e da organização de zonas alternativas de liberdade
de expressão. É nesta direção que essas práticas podem inverter os espaços existentes e
trabalhar com outras identidades e sociabilidades” (MESQUITA, 2008, p.11) que fazem
parte desse processo de construção coletiva da cidade ao partilhar e se esgotarem
criativamente em seus experimentos.
O teatro engajado das Loucas de Pedra Lilás
Em 1989, em Recife, Pernambuco, surge a ONG Loucas de Pedra Lilás com
objetivo de inserir temáticas de cunho social por meio de um teatro engajado. Em 1996,
com sede própria e uma kombi foi possível levar as peças de teatro para vários locais do
interior. Dessa forma foi possível ir a manifestações, centros urbanos e espaços
institucionais “buscando facilitar essa mediação com a população, encontra no
teatro/performance uma ferramenta de grande valia. Nascem as Loucas, com
irreverência e humor, fazendo o feminismo chegar às pessoas ‘comuns’ de forma mais
fluida e simpática” (NASCIMENTO, 2014, p.5).
Em 2013, com apoio da Articulação de Mulheres Brasileiras, realizaram a
apresentação “Estado Laico -Thriller Feminista” no Rio de Janeiro e em Brasília:
Mulheres vestidas com roupas e pedaços de sacos de cor preta surgem cambaleando
como se imitassem a presença de zumbis, enquanto carregam cartazes de cunho social.
Em silêncio, se concentram em um espaço enquanto mostram esses avisos para as
pessoas que ali passam. Logo em seguida iniciam uma dança, imitando seus corpos
iguais aqueles vistos no videoclipe Thriller, do cantor Michael Jackson. Assim como no
vídeo, as mortas-vivas são as protagonistas cuja identidade fluída permite ora acessar ao
mundo dos mortos, ora ao mundo dos vivos. A licença poética está em utilizar-se de
personagens imaginários para falar de situações reais. No registro audiovisual2
pode-se
perceber que a canção cantada por essas “mortas-vivas” reforça esse imaginário:
Somos vítimas de quem usa Jesus
Pra faturar mais um plus.
Vítimas de quem faz reinar o medo de cima.
Vítimas da bancada mais suja, reacionária e faltosa.
Vítimas dos Silas Máfia Lá. Muda man. Aya Tolá.
Estado Laico, sim!
Congresso ficha limpa
Sem Sacro Santo
Saco no meio.
Estado Laico, sim!
Pra decidir enfim.
Como a gente quer.
Mujeres Creando nos muros da Cidade
Em 1992, por iniciativa das ativistas María Galindo e Julieta Paredes, nasce o
grupo feminista anarquista Mujeres Creando, na cidade de La Paz, Bolívia. Assim como
as Loucas, esse coletivo também explora a criatividade por meio de ações poéticas. De
acordo com Maria Galindo, o grupo serve como referência de rebeldia e resistência
indígena da mulher boliviana “que foi marcada pelo colonialismo, exigem agora seus
direitos e querem ter voz própria. Acredita que o corpo é um lugar de liberdade e não de
repressão. Deve abrigar uma existência individual e coletiva e desenvolver-se a partir do
cotidiano, da própria biografia e da história de seus povos originais”. (FISCHER, 2013,
p. 6).
Uma de suas marcas mais conhecidas é a utilização do grafite como instrumento
de crítica. Recentemente responderam aos comentários do atual presidente da Bolívia,
Evo Morales, ao afirmar em um programa de rádio que se considera feminista, aunque
con bromas machistas3
. A afirmação aconteceu próximo ao dia internacional da
2
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V9NBeGf_gp4
3
“Feminista, embora com piadas machistas”. (Tradução livre)
mulher, em um contexto onde o país assiste um aumento do número de feminicídios.
Como forma de contestação4
o grupo escreveu em um muro: No hay nada más
parecido a un machista de derecha, que un machista de izquierda. Evo Morales no
eres feminista. Eres un machista impostor5
. Além da mensagem reverberar um
descontentamento, ainda nos permite problematiza o contexto urbano quando se
instauram expressões de cunho pessoal num local que não foi previamente esperado
para eles. El verdadero sentido de las grafiteadas reside en el hecho peculiar de hacer
de la calle una prolongación del ámbito privado, pues los lemas de Mujeres Creando
remiten a la experiencia de lo cotidiano como una nueva forma de subversión6
(GONZÁLEZ MARÍ, 2013, p. 141). Se apropriam do corpo da cidade ao usar os
muros como local de visibilidade a partir da visualidade e assim traçam um diálogo
com aquelas pessoas que transitam pelo local.
Considerações Finais
Os trabalhos apresentadas dos coletivos Mujeres Creando, da Bolívia, e Loucas
de Pedra Lilás, do Brasil, são alguns dos exemplos de ativismos onde é possível uma
interlocução entre cultura e políticas públicas. Ambas possuem em comum a construção
da identidade “mulher” a partir da intersecionalidade, ao incluir as vivências
antirracistas (no caso das Loucas de Pedra Lilás) e o fortalecimento da identidade
indígena (das Mujeres Creando). Na medida em que vão se apropriando do corpo
urbano para inserir suas reivindicações e demandas, esses grupos fortalecem as ações de
enfrentamento e exploração de maneiras alternativas das estratégias de luta tradicional.
Além disso, à depender do local onde esses corpos se apresentam, sua interação
ganha diversos contornos pois é no espaço público que acontecem as políticas do
invisível que tecem o cotidiano. ”O policiamento enquanto coreografia do fluxo do
cidadão é algo profundamente arraigado, entranhado e que forma e deforma o espaço
urbano e o imaginário social de circulação nesse espaço” (LEPECKI, 2012, p.52).
Assim como os curadores de arte que se utilizam de regras institucionais para
decidir o que será visto dentro de uma galeria, o “curador de arte da rua” também se
4
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IhBV-5V68m8
5
“Não há nada mais parecido a um machista de direita do que um machista de esquerda. Evo Morales
não é feminista. É um machista impostor”. (Tradução livre)
6
“O verdadeiro sentindo das grafitadas está no curioso fato de construir a rua como prolongamento do
âmbito privado, pois os lemas de Mujeres Creando remitem à experiência do cotidiano como uma nova
forma de subversão”. (Tradução livre)
utiliza do seu poder de decisão para definir os lugares e ditar quais corpos estão
legitimados para existir e permanecer no ambiente.
A interação Corpo/Cidade/Arte me parece um campo carregado de memórias e
histórias. Entre caminhadas em Nova Iorque, Michel de Certeau7
reflete sobre o quanto
a memória da cidade parece não localizável: ela não se deixa envelhecer. “A cidade que
não permite a criação de rugas, lança cotidianamente um presente sobre outro. Não
conhece a arte de envelhecer curtindo todos os passados”. Sendo assim, a Cidade (assim
como o Corpo) não se define apenas pela sua forma e função, mas pelos afetos
construídos em sua história.
Referência Bibliográfica
CANTON, Katia. Corpo, Identidade e Erotismo – Temas da Arte Contemporânea. São
Paulo: Editora Martins Fontes, 2009.
FISCHER, Stela Regina. A ressignificação do feminismo nos processos criativos de
performers, ativistas e artistas teatrais latino-americanas na atualidade. Seminário
Internacional Fazendo Gênero 10 Universidade Federal de Santa Catarina /UFSC, 2013.
GONZÁLEZ MARÍ, Ximo. Mujeres Creando. Sobre Grafitis, Pucheros Y Tablas De
Planchar. In: Ecléctica, Revista de Estudios Culturales. Núm. 2, 2013.
LEPECKI, André. “Coreo-política e coreo-polícia”. Ilha R. Antr., Universidade Federal
de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, SC, Brasil, 2012.
MESQUITA, André Luiz. Insurgências Poéticas: arte ativista e ação coletiva (1900-
2000). Dissertação de Mestrado. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2008.
NASCIMENTO, Maria Cristina. Artivismo Feminista: Loucas de Pedra Lilás na Luta
Antirracista. 18º REDOR, 2014, Pernambuco, Recife: Universidade Federal da Paraíba.
PAIM, Claudia. Coletivos, iniciativas coletivas: modos de fazer na América Latina
contemporânea. Porto Alegre, 2009. Instituto de Artes, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
7
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano, p. 189.

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Feministas usam arte urbana para vozes marginalizadas

  • 1. Universidade Federal da Bahia, 4 a 7 de setembro de 2015 44 - INTERSECCIONALIDADE ENTRE ETNIAS, GÊNEROS E CLASSE NA PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES, NA HISTÓRIA E NO ARTIVISMO. Mujeres Creando e Loucas de Pedra Lilás: Corpos em luta na Cidade Alexandra Martins Costa1 Palavras-chave: Espaço Urbano, Gênero, Feminismo, Arte. O presente artigo tem como objetivo chamar atenção para as criações dos coletivos Loucas de Pedra Lilás, do Brasil, e Mujeres Creando, da Bolívia. Ambos são grupos feministas que utilizam a cidade para apresentação de suas demandas políticas através de intervenções-estético-urbanas. O campo das Artes, assim como qualquer outra área do conhecimento, possui marcadores sociais, raciais e culturais onde o reconhecimento dessas serie de hierarquias de poder tem aparecido como elemento de uma produção poética. “O corpo é, de fato, uma das grandes percepções que permeiam a obra dos artistas contemporâneos, que se mostram atentos às tensões situadas em um corpo cada vez mais idealizado pela sociedade de consumo” (CANTON, 2009, p. 25). Assim, as narrativas da vida íntima e doméstica são postas em cena, trazendo revelações subjetivas, cotidianas, despreocupadas e confessionais. Pensar o espaço urbano sob a perspectiva das teorias de gênero a partir das narrativas de grupos que intervêm artisticamente na cidade, também é uma forma de trazer luz às questões relativas ao Direito ao Corpo e ao Direito à Cidade. Construções Coletivas na Cidade No início dos anos de 80, na América Latina, por demanda dos movimentos sociais, as organizações feministas passam a travar um diálogo entre arte e ativismo. No entanto, apenas a partir dos anos 90 que foi possível sua expansão até ganhar o espaço que se encontra na atualidade. 1 Especialista em Artes Visuais. E-mail: alexandra.fotografia@uol.com.br
  • 2. Observa-se, como uma tendência na arte dos anos 90, a intenção de explicitar os desejos dos artistas por maior liberdade de ação e de movimentos frente ao modo sempre mais atrasado das instituições tratarem as poéticas contemporâneas. No contexto latino americano verifica-se a carência de projetos e políticas mais criativos e de caráter mais aberto das instituições culturais públicas. (PAIM, 2009, p.73) Ao afirmar “a carência de projetos e políticas mais criativos e de caráter mais aberto das instituições culturais públicas”, Claudia Paim levanta questões sobre os locais em que o campo das Artes tem se ocupado para visibilizar suas propostas artísticas e para quem estão dialogando. Abre espaço para refletir em que medida as Galerias de Arte e Museus também fazem parte de uma medida de controle e assepsia das cidades contemporâneas quando repetem o modelo tradicional de exposição e não modificam a estrutura autora/espectadora. Para tanto, há necessidade de compreender as ações dos coletivos citados como formas de falar do mundo através do próprio corpo e assim produzindo ”novas esferas públicas, dependem da experiência e da organização de zonas alternativas de liberdade de expressão. É nesta direção que essas práticas podem inverter os espaços existentes e trabalhar com outras identidades e sociabilidades” (MESQUITA, 2008, p.11) que fazem parte desse processo de construção coletiva da cidade ao partilhar e se esgotarem criativamente em seus experimentos. O teatro engajado das Loucas de Pedra Lilás Em 1989, em Recife, Pernambuco, surge a ONG Loucas de Pedra Lilás com objetivo de inserir temáticas de cunho social por meio de um teatro engajado. Em 1996, com sede própria e uma kombi foi possível levar as peças de teatro para vários locais do interior. Dessa forma foi possível ir a manifestações, centros urbanos e espaços institucionais “buscando facilitar essa mediação com a população, encontra no teatro/performance uma ferramenta de grande valia. Nascem as Loucas, com irreverência e humor, fazendo o feminismo chegar às pessoas ‘comuns’ de forma mais fluida e simpática” (NASCIMENTO, 2014, p.5). Em 2013, com apoio da Articulação de Mulheres Brasileiras, realizaram a apresentação “Estado Laico -Thriller Feminista” no Rio de Janeiro e em Brasília: Mulheres vestidas com roupas e pedaços de sacos de cor preta surgem cambaleando como se imitassem a presença de zumbis, enquanto carregam cartazes de cunho social.
  • 3. Em silêncio, se concentram em um espaço enquanto mostram esses avisos para as pessoas que ali passam. Logo em seguida iniciam uma dança, imitando seus corpos iguais aqueles vistos no videoclipe Thriller, do cantor Michael Jackson. Assim como no vídeo, as mortas-vivas são as protagonistas cuja identidade fluída permite ora acessar ao mundo dos mortos, ora ao mundo dos vivos. A licença poética está em utilizar-se de personagens imaginários para falar de situações reais. No registro audiovisual2 pode-se perceber que a canção cantada por essas “mortas-vivas” reforça esse imaginário: Somos vítimas de quem usa Jesus Pra faturar mais um plus. Vítimas de quem faz reinar o medo de cima. Vítimas da bancada mais suja, reacionária e faltosa. Vítimas dos Silas Máfia Lá. Muda man. Aya Tolá. Estado Laico, sim! Congresso ficha limpa Sem Sacro Santo Saco no meio. Estado Laico, sim! Pra decidir enfim. Como a gente quer. Mujeres Creando nos muros da Cidade Em 1992, por iniciativa das ativistas María Galindo e Julieta Paredes, nasce o grupo feminista anarquista Mujeres Creando, na cidade de La Paz, Bolívia. Assim como as Loucas, esse coletivo também explora a criatividade por meio de ações poéticas. De acordo com Maria Galindo, o grupo serve como referência de rebeldia e resistência indígena da mulher boliviana “que foi marcada pelo colonialismo, exigem agora seus direitos e querem ter voz própria. Acredita que o corpo é um lugar de liberdade e não de repressão. Deve abrigar uma existência individual e coletiva e desenvolver-se a partir do cotidiano, da própria biografia e da história de seus povos originais”. (FISCHER, 2013, p. 6). Uma de suas marcas mais conhecidas é a utilização do grafite como instrumento de crítica. Recentemente responderam aos comentários do atual presidente da Bolívia, Evo Morales, ao afirmar em um programa de rádio que se considera feminista, aunque con bromas machistas3 . A afirmação aconteceu próximo ao dia internacional da 2 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V9NBeGf_gp4 3 “Feminista, embora com piadas machistas”. (Tradução livre)
  • 4. mulher, em um contexto onde o país assiste um aumento do número de feminicídios. Como forma de contestação4 o grupo escreveu em um muro: No hay nada más parecido a un machista de derecha, que un machista de izquierda. Evo Morales no eres feminista. Eres un machista impostor5 . Além da mensagem reverberar um descontentamento, ainda nos permite problematiza o contexto urbano quando se instauram expressões de cunho pessoal num local que não foi previamente esperado para eles. El verdadero sentido de las grafiteadas reside en el hecho peculiar de hacer de la calle una prolongación del ámbito privado, pues los lemas de Mujeres Creando remiten a la experiencia de lo cotidiano como una nueva forma de subversión6 (GONZÁLEZ MARÍ, 2013, p. 141). Se apropriam do corpo da cidade ao usar os muros como local de visibilidade a partir da visualidade e assim traçam um diálogo com aquelas pessoas que transitam pelo local. Considerações Finais Os trabalhos apresentadas dos coletivos Mujeres Creando, da Bolívia, e Loucas de Pedra Lilás, do Brasil, são alguns dos exemplos de ativismos onde é possível uma interlocução entre cultura e políticas públicas. Ambas possuem em comum a construção da identidade “mulher” a partir da intersecionalidade, ao incluir as vivências antirracistas (no caso das Loucas de Pedra Lilás) e o fortalecimento da identidade indígena (das Mujeres Creando). Na medida em que vão se apropriando do corpo urbano para inserir suas reivindicações e demandas, esses grupos fortalecem as ações de enfrentamento e exploração de maneiras alternativas das estratégias de luta tradicional. Além disso, à depender do local onde esses corpos se apresentam, sua interação ganha diversos contornos pois é no espaço público que acontecem as políticas do invisível que tecem o cotidiano. ”O policiamento enquanto coreografia do fluxo do cidadão é algo profundamente arraigado, entranhado e que forma e deforma o espaço urbano e o imaginário social de circulação nesse espaço” (LEPECKI, 2012, p.52). Assim como os curadores de arte que se utilizam de regras institucionais para decidir o que será visto dentro de uma galeria, o “curador de arte da rua” também se 4 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IhBV-5V68m8 5 “Não há nada mais parecido a um machista de direita do que um machista de esquerda. Evo Morales não é feminista. É um machista impostor”. (Tradução livre) 6 “O verdadeiro sentindo das grafitadas está no curioso fato de construir a rua como prolongamento do âmbito privado, pois os lemas de Mujeres Creando remitem à experiência do cotidiano como uma nova forma de subversão”. (Tradução livre)
  • 5. utiliza do seu poder de decisão para definir os lugares e ditar quais corpos estão legitimados para existir e permanecer no ambiente. A interação Corpo/Cidade/Arte me parece um campo carregado de memórias e histórias. Entre caminhadas em Nova Iorque, Michel de Certeau7 reflete sobre o quanto a memória da cidade parece não localizável: ela não se deixa envelhecer. “A cidade que não permite a criação de rugas, lança cotidianamente um presente sobre outro. Não conhece a arte de envelhecer curtindo todos os passados”. Sendo assim, a Cidade (assim como o Corpo) não se define apenas pela sua forma e função, mas pelos afetos construídos em sua história. Referência Bibliográfica CANTON, Katia. Corpo, Identidade e Erotismo – Temas da Arte Contemporânea. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2009. FISCHER, Stela Regina. A ressignificação do feminismo nos processos criativos de performers, ativistas e artistas teatrais latino-americanas na atualidade. Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 Universidade Federal de Santa Catarina /UFSC, 2013. GONZÁLEZ MARÍ, Ximo. Mujeres Creando. Sobre Grafitis, Pucheros Y Tablas De Planchar. In: Ecléctica, Revista de Estudios Culturales. Núm. 2, 2013. LEPECKI, André. “Coreo-política e coreo-polícia”. Ilha R. Antr., Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, SC, Brasil, 2012. MESQUITA, André Luiz. Insurgências Poéticas: arte ativista e ação coletiva (1900- 2000). Dissertação de Mestrado. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2008. NASCIMENTO, Maria Cristina. Artivismo Feminista: Loucas de Pedra Lilás na Luta Antirracista. 18º REDOR, 2014, Pernambuco, Recife: Universidade Federal da Paraíba. PAIM, Claudia. Coletivos, iniciativas coletivas: modos de fazer na América Latina contemporânea. Porto Alegre, 2009. Instituto de Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 7 CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano, p. 189.