O documento discute o consumismo e a ostentação na sociedade contemporânea. Aponta que o consumismo é impulsionado pelos meios de comunicação para promover desejos por status e bens materiais. Também critica como o capitalismo confunde as pessoas e como o funk ostentação surgiu como reação ao incentivo excessivo ao consumo na cultura paulistana.
1. CONSUMISMO E
OSTENTAÇÃO
Colégio Franciscano Sagrado Coração de Jesus.
Professor: Gesseldo.
Turma: 3002.
Grupo: Ana Clara Ofrante, Luiza Maia, Paula Bulcão,
Vinícius Vaz, Virgínia Rossafa e Yasnna Tostes.
2. O consumismo é uma das características marcantes da sociedade. Sua
principal função se volta para a própria essência do capitalismo, ou seja,
a venda de produtos e serviços com vistas à apropriação do lucro.
Ocorre que, se a ideologia do consumo se vincula a interesses
mercadológicos, o seu grande sucesso, bem como suas consequências,
transcendem questões de natureza meramente econômica. É assaz
comum associar o consumismo ao capitalismo, pois ambos quase que se
confundem.
3. Consumismo é algo que causa controvérsias, porque ao
mesmo tempo que as pessoas têm necessidades, muitas
vezes adquire-se coisas por puro desejo e capricho.
O bom não é ter algo que você precisa, ou por que é útil,
mas sim algo que os outros desejam ter.
Os meios de comunicação como a televisão, outdoors,
entre outros são muito relevantes para a expansão do
consumismo exacerbado.
Por trás do consumo e ostentação, está a busca de status
social e econômico.
Na sociedade atual para ser é preciso ter aquilo que é
oferecido, desejado pelos meios de comunicação como algo
bom e necessário a qualquer custo. Somos o que temos.
4. O capitalismo confunde as pessoas.
Exclusão social e ecológica são problemas muito pequenos
diante da obsessão do consumo na sociedade
contemporânea.
Vemos o tempo inteiro as pessoas desejarem o que o outro
tem, e isso vem causando consequências graves para o
convívio em sociedade.
É necessário rever os valores, as prioridades da nossa
sociedade.
5.
6. “Com um misto de sentimentos, recebo a notícia da proposta de
criação dos “rolezódromos”, que o presidente da Alshop (Associação
dos Lojistas de Shopping), Nabil Sahyon, fez ao governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin. Estes seriam espaços públicos, criados para
que os jovens frequentadores de rolezinhos pudessem realizar seus
encontros em outros lugares que não os shoppings, já que se
convencionou dizer que os eventos acontecem nos centros de compras
pela ausência de locais de lazer gratuitos voltados para a população da
periferia das cidades.
Quanto os rolezinhos, diversas variáveis contribuíram para seu
aparecimento. Eles vêm acompanhados principalmente, da cultura do
Funk Ostentação, gênero musical surgido no estado de São Paulo como
uma “adaptação” paulista ao Funk carioca, conhecido como
“proibidão”. São Paulo, a metrópole do consumo, do progresso, do
trabalho, da “meritocracia”, entre as principais capitais do mundo,
sempre colocam sonhos de consumo e riqueza em seus moradores.
7. Essa cidade, que nos promete tanta coisa, nos seduz de tantas formas.
Qualquer paulistano, de nascimento ou de coração, tem centenas de
vontades que são cotidianamente alimentadas pela dinâmica da cidade
e da ideia de que “ter” é mais importante que “ser”. E não ouso dizer
que isso é errado.
O funk ostentação surge como reação dessa juventude ao ostensivo
incentivo ao consumo, à publicidade que cria sonhos e desejos. Das
corporações que têm sido cada vez mais sofisticadas em ganhar as
mentes, corações e bolsos dos seus consumidores, vendendo não um
produto ou serviço, mas um estilo de vida certo em detrimento de
outros errados.
A classe C querer comprar fogão, geladeira, celular, tudo bem. Aliás, até
bom, enche mais os bolsos dos donos dos grandes magazines
vendedores de carnês à prazo. Agora, essa galera achar que pode
querer entrar no Shopping JK Iguatemi e desejar ter roupas, calçados e
produtos das grandes grifes mundiais, aí já é vandalismo.”
Por Zaira Pires