SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 17
César Roberto Leite da Silva Sinclayr Luiz 19º Edição  | 2010 | Economia e mercados: Introdução à economia
Capítulo   10 Inflação
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object]
ÍNDICES GERAIS DE PREÇOS  Índice Gerais de Preços Segundo os Conceitos Oferta Global (IGP-OG) e Disponibilidade Interna (IGP-DI): Oferta global: nela são pesquisados os preços de todos os bens e serviços, tanto os produzidos internamente e exportados, quanto os importados. Disponibilidade interna: refere-se aos bens e serviços disponíveis para o consumo interno, sejam produzidos no Brasil ou importados. Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M): é o mesmo que o IGP-DI, porém o período de coleta de informações vai do dia 21 de um mês ao dia 21 do mês seguinte.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe): é uma média ponderada dos preços dos bens e serviços consumidos por famílias paulistanas com renda entre 1 e 20 salários mínimos, de acordo com alguns grupos de despesa como alimentação, habitação e transporte. Índice de Custo de Vida do Dieese (ICV-Dieese): pesquisa a evolução dos preços dos bens e serviços consumidos pelas famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 30 salários mínimos, levando em conta a ponderação de gastos como habitação, vestuário, transporte, etc. Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC): é estimado a partir de dados de famílias com renda entre 1 e 8 salários mínimos e cuja principal fonte de rendimento seja o salário.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPCA): é estimado a partir de dados de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, independente da origem da renda. CÁLCULO DA INFLAÇÃO Se, por exemplo, quisermos saber a inflação entre janeiro e fevereiro de 1999, medida pelo IGP-DI, basta calcular da seguinte forma, sendo P a taxa de inflação:
Para determinar a taxa de inflação acumulada de janeiro e fevereiro, deve-se levar em consideração os valores do IGP-DI de janeiro e março: Nos casos em que o cálculo envolve apenas unidades monetárias, temos o chamado valor nominal. Poder de compra: quantidade de bens e serviços que uma unidade monetária consegue comprar.
3. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFLAÇÃO Efeito sobre a distribuição de renda: o poder de compra diminui nos períodos de reajuste salarial, prejudicando os assalariados, enquanto os proprietários, empresários e profissionais liberais dispõem de mecanismos que permitem a defesa de sua participação no produto da economia. Efeito sobre a balança comercial: os produtos importados ficam mais baratos que os nacionais contribuindo com o déficit da balança comercial. Efeito sobre as expectativas dos empresários: os lucros tendem a se tornar instáveis, levando-os a reduzir seus investimentos, diminuindo a capacidade produtiva do sistema econômico. 4. INFLAÇÃO DE DEMANDA Políticas de estabilização: conjunto de medidas que  governo toma para combater a inflação.
Inflação de demanda: é causada pelo aumento da demanda, indicando que há um excesso de procura dos bens e serviços. Política monetária: medidas adotadas pelo governo que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação na economia. Política fiscal: medidas do governo que objetivam diminuir a demanda com o aumento da carga tributária. 5. INFLAÇÃO DE CUSTOS Inflação de custos: tem origem na oferta de bens e serviços. É causada pela elevação dos custos de produção, repassados ao consumidor pelo aumento do preço do produto. Monopólio: quando a empresa domina o mercado de um setor de produção ou produto, agravando esse tipo de inflação.
Oligopólio: quando poucas empresas dominam o mercado de um determinado setor de produção ou produto, o que também se constitui um agravante. 6. A INÉRCIA INFLACIONÁRIA Indexação: é o reajuste do valor das parcelas dos diversos tipos de contrato (trabalho, aluguel, financiamento) pela inflação do período passado. Inércia inflacionária: é a resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causas primárias da inflação.
7. CONFLITO DISTRIBUTIVO Conflito distributivo: é a disputa entre trabalhadores e empresários por uma participação maior na renda. Espiral preços-salários: fenômeno causado quando o aumento do salário é concedido aos trabalhadores, resultando no aumento dos preços dos produtos. 8. A EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO NO BRASIL Déficit orçamentário do setor público: é o causador mais comum da inflação brasileira, e levando o governo a emitir moeda ou se endividar. Emissão de moeda como fonte de inflação: é o caso típico da inflação de demanda, quando o excesso de moeda eleva os preços dos bens e serviços pelo excesso de demanda.
A inflação no Brasil é causada tanto pela emissão de moeda como pela elevação dos custos, caso em que se tem a inflação de custos. 9. PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO 1986: o Plano Cruzado foi implementado no país congelando os preços e salários e realizando uma reforma monetária, a mudança do nome da moeda de cruzeiro para cruzado, além de dividir seu valor por mil. 1987: foi implementado o Plano Bresser, que também congelava preços e salários, mas por um período fixo de cerca de três meses. 1989: foi implementado o Plano Verão, no qual também houve congelamento de preços e salários e  uma nova reforma monetária, com a mudança para a moeda cruzado novo, que foi dividida por mil.
1990: foi implementado o Plano Collor, que reteve os saldos em conta corrente, poupança e em aplicações financeiras que ultrapassassem 50.000,00 novos cruzados. Nele, também houve a volta do cruzeiro, mas sem divisão de valor. 1991: houve um novo plano conhecido como Plano Collor II, no qual houve o congelamento de preços temporário e de apenas alguns bens, havendo também certo controle de preços. 1993: houve outra reforma monetária na qual foi implementado o cruzeiro real, em que mil cruzeiros valiam um cruzeiro real, contudo essa reforma só atendeu a necessidade de diminuir o número de zeros dos preços que subiam constantemente.
1994: foi implementado o Plano Real, com a criação da Unidade Real de Valor (URV). Além disso, houve esforços para equilibrar as contas públicas e evitar a emissão de moeda. Então, houve a reforma monetária com a criação do real, que extinguiu o URV, com a seguinte paridade: R$ 1,00 = CR$ 2.740,00. 10. PEQUENA HISTÓRIA DA MOEDA BRASILEIRA 1808: família imperial portuguesa chega ao Brasil e é criado o Banco Público, com autorização para emissão e circulação de papel-moeda. Até 1942: a moeda oficial era o mil-réis, sendo adotado depois dessa data o cruzeiro. 1849: foi adotado oficialmente o monometalismo ouro, uniformizando-se o sistema monetário nacional.
1967: cruzeiro deixa de ser moeda oficial, passando a vigorar o cruzeiro novo. 1970: a moeda volta a ser denominada cruzeiro. 1984: o centavo é extinto devido aos preços elevados. 1986: é implementado o Plano Cruzado e a moeda passa a ser o cruzado. 1989: é criado o cruzado novo. 1999: a moeda volta a ser o cruzeiro com o Plano Collor. 1993: é criado o cruzeiro real. 1994: com o Plano Real, a moeda oficial passa a ser o real.ß

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015DenizecomZ
 
Trade-off Inflação e Desemprego e Inconsistência Dinâmica
Trade-off Inflação e Desemprego e Inconsistência DinâmicaTrade-off Inflação e Desemprego e Inconsistência Dinâmica
Trade-off Inflação e Desemprego e Inconsistência DinâmicaRoseli Silva
 
Macroeconomia -aula 1
Macroeconomia -aula  1Macroeconomia -aula  1
Macroeconomia -aula 1Na Silva
 
Aula de macroeconomia
Aula de macroeconomiaAula de macroeconomia
Aula de macroeconomiaAmanda Pontar
 
Economia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflaçãoEconomia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflaçãoFelipe Leo
 
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomiaIntrodução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomiaJoão Cláudio Arroyo
 
Modelos Macro com Metas de Inflação para graduação
Modelos Macro com Metas de Inflação para graduaçãoModelos Macro com Metas de Inflação para graduação
Modelos Macro com Metas de Inflação para graduaçãoRoseli Silva
 
Resumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomiaResumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomiabergerbird
 
Trabalho variaveis macroeconomicas
Trabalho variaveis macroeconomicasTrabalho variaveis macroeconomicas
Trabalho variaveis macroeconomicasLowrrayny Franchesca
 
Fundamentos da teor. macr aula 1
Fundamentos da teor. macr aula 1Fundamentos da teor. macr aula 1
Fundamentos da teor. macr aula 1Joao Paulo
 
Introdução à Macroeconomia
Introdução à MacroeconomiaIntrodução à Macroeconomia
Introdução à MacroeconomiaYuri Silver
 
Apresentação politica monetária
Apresentação politica monetáriaApresentação politica monetária
Apresentação politica monetáriaIvanildo Moreira
 

La actualidad más candente (20)

Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
 
Trade-off Inflação e Desemprego e Inconsistência Dinâmica
Trade-off Inflação e Desemprego e Inconsistência DinâmicaTrade-off Inflação e Desemprego e Inconsistência Dinâmica
Trade-off Inflação e Desemprego e Inconsistência Dinâmica
 
Inflação
InflaçãoInflação
Inflação
 
E2 31_10
E2 31_10E2 31_10
E2 31_10
 
Macroeconomia -aula 1
Macroeconomia -aula  1Macroeconomia -aula  1
Macroeconomia -aula 1
 
Macroeconomia resumo
Macroeconomia resumoMacroeconomia resumo
Macroeconomia resumo
 
Macroeconomia - Inflação
Macroeconomia - Inflação Macroeconomia - Inflação
Macroeconomia - Inflação
 
Aula de macroeconomia
Aula de macroeconomiaAula de macroeconomia
Aula de macroeconomia
 
Macro, politicas inflacionarias.
Macro, politicas inflacionarias.Macro, politicas inflacionarias.
Macro, politicas inflacionarias.
 
Economia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflaçãoEconomia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflação
 
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomiaIntrodução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
 
Modelos Macro com Metas de Inflação para graduação
Modelos Macro com Metas de Inflação para graduaçãoModelos Macro com Metas de Inflação para graduação
Modelos Macro com Metas de Inflação para graduação
 
Ec 01.06
Ec 01.06Ec 01.06
Ec 01.06
 
Resumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomiaResumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomia
 
Trabalho variaveis macroeconomicas
Trabalho variaveis macroeconomicasTrabalho variaveis macroeconomicas
Trabalho variaveis macroeconomicas
 
SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2)
SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2) SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2)
SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2)
 
Fundamentos da teor. macr aula 1
Fundamentos da teor. macr aula 1Fundamentos da teor. macr aula 1
Fundamentos da teor. macr aula 1
 
Resumo macroeconomia espm
Resumo macroeconomia espmResumo macroeconomia espm
Resumo macroeconomia espm
 
Introdução à Macroeconomia
Introdução à MacroeconomiaIntrodução à Macroeconomia
Introdução à Macroeconomia
 
Apresentação politica monetária
Apresentação politica monetáriaApresentação politica monetária
Apresentação politica monetária
 

Destacado

Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4Yuri Silver
 
Historia e evolução da moeda
Historia e evolução da moedaHistoria e evolução da moeda
Historia e evolução da moedaSara Gonçalves
 
Processos de formação de preços
Processos de formação de preçosProcessos de formação de preços
Processos de formação de preçosRosane Domingues
 
Aula 1 E 2 Economia e Mercado
Aula 1 E 2 Economia e MercadoAula 1 E 2 Economia e Mercado
Aula 1 E 2 Economia e Mercadoludwig.plata
 
Introdução à economia 1a parte conceitos básicos
Introdução à economia 1a parte conceitos básicosIntrodução à economia 1a parte conceitos básicos
Introdução à economia 1a parte conceitos básicosJoão Cláudio Arroyo
 
Introduçao a Economia
Introduçao a EconomiaIntroduçao a Economia
Introduçao a EconomiaFasup
 

Destacado (9)

Teses Gv
Teses GvTeses Gv
Teses Gv
 
Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4
 
Historia e evolução da moeda
Historia e evolução da moedaHistoria e evolução da moeda
Historia e evolução da moeda
 
Processos de formação de preços
Processos de formação de preçosProcessos de formação de preços
Processos de formação de preços
 
Aula 1 E 2 Economia e Mercado
Aula 1 E 2 Economia e MercadoAula 1 E 2 Economia e Mercado
Aula 1 E 2 Economia e Mercado
 
Introdução à economia 1a parte conceitos básicos
Introdução à economia 1a parte conceitos básicosIntrodução à economia 1a parte conceitos básicos
Introdução à economia 1a parte conceitos básicos
 
Slides Economia
Slides EconomiaSlides Economia
Slides Economia
 
Introdução à Economia
Introdução à EconomiaIntrodução à Economia
Introdução à Economia
 
Introduçao a Economia
Introduçao a EconomiaIntroduçao a Economia
Introduçao a Economia
 

Similar a Inflação

Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4Yuri Silver
 
Política fiscal e monetária
Política fiscal e monetáriaPolítica fiscal e monetária
Política fiscal e monetáriaUsuarioManeiro
 
fundamentos instrumentos da_macroeconomia
fundamentos instrumentos da_macroeconomiafundamentos instrumentos da_macroeconomia
fundamentos instrumentos da_macroeconomiaDiego Érika
 
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptx
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptxDETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptx
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptxPauloFernando489036
 
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdfAula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdfMairaLuizaSpanholi
 
Introdução a economia
Introdução a economiaIntrodução a economia
Introdução a economiaStudiesfree
 
Matéria avi macroeconomia
Matéria avi  macroeconomiaMatéria avi  macroeconomia
Matéria avi macroeconomiaAlexandra Peres
 
COMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdf
COMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdfCOMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdf
COMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdfFaga1939
 
Indicadores econômicos
Indicadores econômicosIndicadores econômicos
Indicadores econômicosSuzana Dias
 
Comércio Internacional.ppt
Comércio Internacional.pptComércio Internacional.ppt
Comércio Internacional.pptIgor da Silva
 

Similar a Inflação (20)

Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4
 
Política fiscal e monetária
Política fiscal e monetáriaPolítica fiscal e monetária
Política fiscal e monetária
 
Introdução às Análises Macroeconômicas
Introdução às Análises MacroeconômicasIntrodução às Análises Macroeconômicas
Introdução às Análises Macroeconômicas
 
Unidade 5 parte 2
Unidade 5   parte 2Unidade 5   parte 2
Unidade 5 parte 2
 
fundamentos instrumentos da_macroeconomia
fundamentos instrumentos da_macroeconomiafundamentos instrumentos da_macroeconomia
fundamentos instrumentos da_macroeconomia
 
Exercício
 Exercício Exercício
Exercício
 
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptx
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptxDETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptx
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptx
 
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdfAula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
 
1. A INFLAÇÃO.ppt
1.  A INFLAÇÃO.ppt1.  A INFLAÇÃO.ppt
1. A INFLAÇÃO.ppt
 
Aula 04.pptx
Aula 04.pptxAula 04.pptx
Aula 04.pptx
 
Introdução a economia
Introdução a economiaIntrodução a economia
Introdução a economia
 
Matéria avi macroeconomia
Matéria avi  macroeconomiaMatéria avi  macroeconomia
Matéria avi macroeconomia
 
COMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdf
COMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdfCOMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdf
COMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdf
 
Economia inflacao
Economia inflacaoEconomia inflacao
Economia inflacao
 
Indicadores econômicos
Indicadores econômicosIndicadores econômicos
Indicadores econômicos
 
O Setor Externo de Uma Economia
O Setor Externo de Uma EconomiaO Setor Externo de Uma Economia
O Setor Externo de Uma Economia
 
Comércio Internacional.ppt
Comércio Internacional.pptComércio Internacional.ppt
Comércio Internacional.ppt
 
Macro economia
Macro economiaMacro economia
Macro economia
 
09.02.2012 economia (4)
09.02.2012 economia (4)09.02.2012 economia (4)
09.02.2012 economia (4)
 
Ex 1 (mercado de bens e monetario)
Ex 1 (mercado de bens e monetario)Ex 1 (mercado de bens e monetario)
Ex 1 (mercado de bens e monetario)
 

Más de Yuri Silver

Heg rev. russa -2010
Heg rev. russa -2010Heg rev. russa -2010
Heg rev. russa -2010Yuri Silver
 
Grande depressao de 1929
Grande depressao de 1929Grande depressao de 1929
Grande depressao de 1929Yuri Silver
 
Economia internacional
Economia internacionalEconomia internacional
Economia internacionalYuri Silver
 
Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Yuri Silver
 
Crescimento econ. 15
Crescimento econ. 15Crescimento econ. 15
Crescimento econ. 15Yuri Silver
 
2 guerra mundial 2010
2 guerra mundial 20102 guerra mundial 2010
2 guerra mundial 2010Yuri Silver
 
Microeconomia março 2010
Microeconomia março 2010Microeconomia março 2010
Microeconomia março 2010Yuri Silver
 
Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Yuri Silver
 
Apres. curva possib. mar 2010-te
Apres. curva possib. mar 2010-teApres. curva possib. mar 2010-te
Apres. curva possib. mar 2010-teYuri Silver
 
Direito natural e positivismo jurídico
Direito natural e positivismo jurídicoDireito natural e positivismo jurídico
Direito natural e positivismo jurídicoYuri Silver
 
As fontes do direito
As fontes do direitoAs fontes do direito
As fontes do direitoYuri Silver
 
Teoria Econômica
Teoria EconômicaTeoria Econômica
Teoria EconômicaYuri Silver
 
Evolução da Teoria Microeconômica
Evolução da Teoria MicroeconômicaEvolução da Teoria Microeconômica
Evolução da Teoria MicroeconômicaYuri Silver
 
Teoria Elementar da Demanda
Teoria Elementar da DemandaTeoria Elementar da Demanda
Teoria Elementar da DemandaYuri Silver
 
Determinação da Renda e do Nível de Atividade
Determinação da Renda e do Nível de AtividadeDeterminação da Renda e do Nível de Atividade
Determinação da Renda e do Nível de AtividadeYuri Silver
 
O Setor Público
O Setor PúblicoO Setor Público
O Setor PúblicoYuri Silver
 

Más de Yuri Silver (20)

Renda 11
Renda 11Renda 11
Renda 11
 
Heg rev. russa -2010
Heg rev. russa -2010Heg rev. russa -2010
Heg rev. russa -2010
 
Grande depressao de 1929
Grande depressao de 1929Grande depressao de 1929
Grande depressao de 1929
 
Economia internacional
Economia internacionalEconomia internacional
Economia internacional
 
Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2
 
Crescimento econ. 15
Crescimento econ. 15Crescimento econ. 15
Crescimento econ. 15
 
2 guerra mundial 2010
2 guerra mundial 20102 guerra mundial 2010
2 guerra mundial 2010
 
1 guerra 2010 2
1 guerra 2010 21 guerra 2010 2
1 guerra 2010 2
 
Heg 2010
Heg 2010Heg 2010
Heg 2010
 
Microeconomia março 2010
Microeconomia março 2010Microeconomia março 2010
Microeconomia março 2010
 
Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2
 
Apres. curva possib. mar 2010-te
Apres. curva possib. mar 2010-teApres. curva possib. mar 2010-te
Apres. curva possib. mar 2010-te
 
Te 2011 31
Te 2011 31Te 2011 31
Te 2011 31
 
Direito natural e positivismo jurídico
Direito natural e positivismo jurídicoDireito natural e positivismo jurídico
Direito natural e positivismo jurídico
 
As fontes do direito
As fontes do direitoAs fontes do direito
As fontes do direito
 
Teoria Econômica
Teoria EconômicaTeoria Econômica
Teoria Econômica
 
Evolução da Teoria Microeconômica
Evolução da Teoria MicroeconômicaEvolução da Teoria Microeconômica
Evolução da Teoria Microeconômica
 
Teoria Elementar da Demanda
Teoria Elementar da DemandaTeoria Elementar da Demanda
Teoria Elementar da Demanda
 
Determinação da Renda e do Nível de Atividade
Determinação da Renda e do Nível de AtividadeDeterminação da Renda e do Nível de Atividade
Determinação da Renda e do Nível de Atividade
 
O Setor Público
O Setor PúblicoO Setor Público
O Setor Público
 

Inflação

  • 1. César Roberto Leite da Silva Sinclayr Luiz 19º Edição | 2010 | Economia e mercados: Introdução à economia
  • 2. Capítulo 10 Inflação
  • 3.
  • 4.
  • 5. ÍNDICES GERAIS DE PREÇOS Índice Gerais de Preços Segundo os Conceitos Oferta Global (IGP-OG) e Disponibilidade Interna (IGP-DI): Oferta global: nela são pesquisados os preços de todos os bens e serviços, tanto os produzidos internamente e exportados, quanto os importados. Disponibilidade interna: refere-se aos bens e serviços disponíveis para o consumo interno, sejam produzidos no Brasil ou importados. Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M): é o mesmo que o IGP-DI, porém o período de coleta de informações vai do dia 21 de um mês ao dia 21 do mês seguinte.
  • 6.
  • 7. ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe): é uma média ponderada dos preços dos bens e serviços consumidos por famílias paulistanas com renda entre 1 e 20 salários mínimos, de acordo com alguns grupos de despesa como alimentação, habitação e transporte. Índice de Custo de Vida do Dieese (ICV-Dieese): pesquisa a evolução dos preços dos bens e serviços consumidos pelas famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 30 salários mínimos, levando em conta a ponderação de gastos como habitação, vestuário, transporte, etc. Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC): é estimado a partir de dados de famílias com renda entre 1 e 8 salários mínimos e cuja principal fonte de rendimento seja o salário.
  • 8. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPCA): é estimado a partir de dados de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, independente da origem da renda. CÁLCULO DA INFLAÇÃO Se, por exemplo, quisermos saber a inflação entre janeiro e fevereiro de 1999, medida pelo IGP-DI, basta calcular da seguinte forma, sendo P a taxa de inflação:
  • 9. Para determinar a taxa de inflação acumulada de janeiro e fevereiro, deve-se levar em consideração os valores do IGP-DI de janeiro e março: Nos casos em que o cálculo envolve apenas unidades monetárias, temos o chamado valor nominal. Poder de compra: quantidade de bens e serviços que uma unidade monetária consegue comprar.
  • 10. 3. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFLAÇÃO Efeito sobre a distribuição de renda: o poder de compra diminui nos períodos de reajuste salarial, prejudicando os assalariados, enquanto os proprietários, empresários e profissionais liberais dispõem de mecanismos que permitem a defesa de sua participação no produto da economia. Efeito sobre a balança comercial: os produtos importados ficam mais baratos que os nacionais contribuindo com o déficit da balança comercial. Efeito sobre as expectativas dos empresários: os lucros tendem a se tornar instáveis, levando-os a reduzir seus investimentos, diminuindo a capacidade produtiva do sistema econômico. 4. INFLAÇÃO DE DEMANDA Políticas de estabilização: conjunto de medidas que governo toma para combater a inflação.
  • 11. Inflação de demanda: é causada pelo aumento da demanda, indicando que há um excesso de procura dos bens e serviços. Política monetária: medidas adotadas pelo governo que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação na economia. Política fiscal: medidas do governo que objetivam diminuir a demanda com o aumento da carga tributária. 5. INFLAÇÃO DE CUSTOS Inflação de custos: tem origem na oferta de bens e serviços. É causada pela elevação dos custos de produção, repassados ao consumidor pelo aumento do preço do produto. Monopólio: quando a empresa domina o mercado de um setor de produção ou produto, agravando esse tipo de inflação.
  • 12. Oligopólio: quando poucas empresas dominam o mercado de um determinado setor de produção ou produto, o que também se constitui um agravante. 6. A INÉRCIA INFLACIONÁRIA Indexação: é o reajuste do valor das parcelas dos diversos tipos de contrato (trabalho, aluguel, financiamento) pela inflação do período passado. Inércia inflacionária: é a resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causas primárias da inflação.
  • 13. 7. CONFLITO DISTRIBUTIVO Conflito distributivo: é a disputa entre trabalhadores e empresários por uma participação maior na renda. Espiral preços-salários: fenômeno causado quando o aumento do salário é concedido aos trabalhadores, resultando no aumento dos preços dos produtos. 8. A EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO NO BRASIL Déficit orçamentário do setor público: é o causador mais comum da inflação brasileira, e levando o governo a emitir moeda ou se endividar. Emissão de moeda como fonte de inflação: é o caso típico da inflação de demanda, quando o excesso de moeda eleva os preços dos bens e serviços pelo excesso de demanda.
  • 14. A inflação no Brasil é causada tanto pela emissão de moeda como pela elevação dos custos, caso em que se tem a inflação de custos. 9. PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO 1986: o Plano Cruzado foi implementado no país congelando os preços e salários e realizando uma reforma monetária, a mudança do nome da moeda de cruzeiro para cruzado, além de dividir seu valor por mil. 1987: foi implementado o Plano Bresser, que também congelava preços e salários, mas por um período fixo de cerca de três meses. 1989: foi implementado o Plano Verão, no qual também houve congelamento de preços e salários e uma nova reforma monetária, com a mudança para a moeda cruzado novo, que foi dividida por mil.
  • 15. 1990: foi implementado o Plano Collor, que reteve os saldos em conta corrente, poupança e em aplicações financeiras que ultrapassassem 50.000,00 novos cruzados. Nele, também houve a volta do cruzeiro, mas sem divisão de valor. 1991: houve um novo plano conhecido como Plano Collor II, no qual houve o congelamento de preços temporário e de apenas alguns bens, havendo também certo controle de preços. 1993: houve outra reforma monetária na qual foi implementado o cruzeiro real, em que mil cruzeiros valiam um cruzeiro real, contudo essa reforma só atendeu a necessidade de diminuir o número de zeros dos preços que subiam constantemente.
  • 16. 1994: foi implementado o Plano Real, com a criação da Unidade Real de Valor (URV). Além disso, houve esforços para equilibrar as contas públicas e evitar a emissão de moeda. Então, houve a reforma monetária com a criação do real, que extinguiu o URV, com a seguinte paridade: R$ 1,00 = CR$ 2.740,00. 10. PEQUENA HISTÓRIA DA MOEDA BRASILEIRA 1808: família imperial portuguesa chega ao Brasil e é criado o Banco Público, com autorização para emissão e circulação de papel-moeda. Até 1942: a moeda oficial era o mil-réis, sendo adotado depois dessa data o cruzeiro. 1849: foi adotado oficialmente o monometalismo ouro, uniformizando-se o sistema monetário nacional.
  • 17. 1967: cruzeiro deixa de ser moeda oficial, passando a vigorar o cruzeiro novo. 1970: a moeda volta a ser denominada cruzeiro. 1984: o centavo é extinto devido aos preços elevados. 1986: é implementado o Plano Cruzado e a moeda passa a ser o cruzado. 1989: é criado o cruzado novo. 1999: a moeda volta a ser o cruzeiro com o Plano Collor. 1993: é criado o cruzeiro real. 1994: com o Plano Real, a moeda oficial passa a ser o real.ß