5. ÍNDICES GERAIS DE PREÇOS Índice Gerais de Preços Segundo os Conceitos Oferta Global (IGP-OG) e Disponibilidade Interna (IGP-DI): Oferta global: nela são pesquisados os preços de todos os bens e serviços, tanto os produzidos internamente e exportados, quanto os importados. Disponibilidade interna: refere-se aos bens e serviços disponíveis para o consumo interno, sejam produzidos no Brasil ou importados. Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M): é o mesmo que o IGP-DI, porém o período de coleta de informações vai do dia 21 de um mês ao dia 21 do mês seguinte.
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7. ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe): é uma média ponderada dos preços dos bens e serviços consumidos por famílias paulistanas com renda entre 1 e 20 salários mínimos, de acordo com alguns grupos de despesa como alimentação, habitação e transporte. Índice de Custo de Vida do Dieese (ICV-Dieese): pesquisa a evolução dos preços dos bens e serviços consumidos pelas famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 30 salários mínimos, levando em conta a ponderação de gastos como habitação, vestuário, transporte, etc. Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC): é estimado a partir de dados de famílias com renda entre 1 e 8 salários mínimos e cuja principal fonte de rendimento seja o salário.
8. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPCA): é estimado a partir de dados de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, independente da origem da renda. CÁLCULO DA INFLAÇÃO Se, por exemplo, quisermos saber a inflação entre janeiro e fevereiro de 1999, medida pelo IGP-DI, basta calcular da seguinte forma, sendo P a taxa de inflação:
9. Para determinar a taxa de inflação acumulada de janeiro e fevereiro, deve-se levar em consideração os valores do IGP-DI de janeiro e março: Nos casos em que o cálculo envolve apenas unidades monetárias, temos o chamado valor nominal. Poder de compra: quantidade de bens e serviços que uma unidade monetária consegue comprar.
10. 3. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFLAÇÃO Efeito sobre a distribuição de renda: o poder de compra diminui nos períodos de reajuste salarial, prejudicando os assalariados, enquanto os proprietários, empresários e profissionais liberais dispõem de mecanismos que permitem a defesa de sua participação no produto da economia. Efeito sobre a balança comercial: os produtos importados ficam mais baratos que os nacionais contribuindo com o déficit da balança comercial. Efeito sobre as expectativas dos empresários: os lucros tendem a se tornar instáveis, levando-os a reduzir seus investimentos, diminuindo a capacidade produtiva do sistema econômico. 4. INFLAÇÃO DE DEMANDA Políticas de estabilização: conjunto de medidas que governo toma para combater a inflação.
11. Inflação de demanda: é causada pelo aumento da demanda, indicando que há um excesso de procura dos bens e serviços. Política monetária: medidas adotadas pelo governo que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação na economia. Política fiscal: medidas do governo que objetivam diminuir a demanda com o aumento da carga tributária. 5. INFLAÇÃO DE CUSTOS Inflação de custos: tem origem na oferta de bens e serviços. É causada pela elevação dos custos de produção, repassados ao consumidor pelo aumento do preço do produto. Monopólio: quando a empresa domina o mercado de um setor de produção ou produto, agravando esse tipo de inflação.
12. Oligopólio: quando poucas empresas dominam o mercado de um determinado setor de produção ou produto, o que também se constitui um agravante. 6. A INÉRCIA INFLACIONÁRIA Indexação: é o reajuste do valor das parcelas dos diversos tipos de contrato (trabalho, aluguel, financiamento) pela inflação do período passado. Inércia inflacionária: é a resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causas primárias da inflação.
13. 7. CONFLITO DISTRIBUTIVO Conflito distributivo: é a disputa entre trabalhadores e empresários por uma participação maior na renda. Espiral preços-salários: fenômeno causado quando o aumento do salário é concedido aos trabalhadores, resultando no aumento dos preços dos produtos. 8. A EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO NO BRASIL Déficit orçamentário do setor público: é o causador mais comum da inflação brasileira, e levando o governo a emitir moeda ou se endividar. Emissão de moeda como fonte de inflação: é o caso típico da inflação de demanda, quando o excesso de moeda eleva os preços dos bens e serviços pelo excesso de demanda.
14. A inflação no Brasil é causada tanto pela emissão de moeda como pela elevação dos custos, caso em que se tem a inflação de custos. 9. PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO 1986: o Plano Cruzado foi implementado no país congelando os preços e salários e realizando uma reforma monetária, a mudança do nome da moeda de cruzeiro para cruzado, além de dividir seu valor por mil. 1987: foi implementado o Plano Bresser, que também congelava preços e salários, mas por um período fixo de cerca de três meses. 1989: foi implementado o Plano Verão, no qual também houve congelamento de preços e salários e uma nova reforma monetária, com a mudança para a moeda cruzado novo, que foi dividida por mil.
15. 1990: foi implementado o Plano Collor, que reteve os saldos em conta corrente, poupança e em aplicações financeiras que ultrapassassem 50.000,00 novos cruzados. Nele, também houve a volta do cruzeiro, mas sem divisão de valor. 1991: houve um novo plano conhecido como Plano Collor II, no qual houve o congelamento de preços temporário e de apenas alguns bens, havendo também certo controle de preços. 1993: houve outra reforma monetária na qual foi implementado o cruzeiro real, em que mil cruzeiros valiam um cruzeiro real, contudo essa reforma só atendeu a necessidade de diminuir o número de zeros dos preços que subiam constantemente.
16. 1994: foi implementado o Plano Real, com a criação da Unidade Real de Valor (URV). Além disso, houve esforços para equilibrar as contas públicas e evitar a emissão de moeda. Então, houve a reforma monetária com a criação do real, que extinguiu o URV, com a seguinte paridade: R$ 1,00 = CR$ 2.740,00. 10. PEQUENA HISTÓRIA DA MOEDA BRASILEIRA 1808: família imperial portuguesa chega ao Brasil e é criado o Banco Público, com autorização para emissão e circulação de papel-moeda. Até 1942: a moeda oficial era o mil-réis, sendo adotado depois dessa data o cruzeiro. 1849: foi adotado oficialmente o monometalismo ouro, uniformizando-se o sistema monetário nacional.
17. 1967: cruzeiro deixa de ser moeda oficial, passando a vigorar o cruzeiro novo. 1970: a moeda volta a ser denominada cruzeiro. 1984: o centavo é extinto devido aos preços elevados. 1986: é implementado o Plano Cruzado e a moeda passa a ser o cruzado. 1989: é criado o cruzado novo. 1999: a moeda volta a ser o cruzeiro com o Plano Collor. 1993: é criado o cruzeiro real. 1994: com o Plano Real, a moeda oficial passa a ser o real.ß