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FABRICAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND E CO-PROCESSAMENTO DE
   RESÍDUOS INDUSTRIAIS NOS FORNOS DE PRODUÇÃO DE CIMENTO


Vista Geral da Jazida - Holcim (Brasil) S.A. - Unidade Fabril de Cantagalo-RJ
     Reservas estimadas: 35,33 M de ton de calcário (45 anos de lavra)




                                                                         1
Composição característica do minério




                                       2
Desenho esquemático em perspectiva da unidade fabril




                                                       3
O Processo de Produção do Cimento Portland

                Composição usual das matérias-primas
                    e da farinha para o cimento

 Constituinte           Calcário              Argila        Farinha

                                     Percentagem em peso
SiO2                     0,5 – 3              37 – 78       12 – 16
Al2O3 + TiO2             0,1 – 1              7 – 30          2–5
Fe2O3 + Mn2O3           0,1 – 0,5             2 – 15       Mais de 2

CaO                      52 – 55             0,5 – 25       40 – 45

MgO                      0,5 – 5             Mais de 5       0,3 – 3
SO3                    Mais de 0,1           Mais de 3     Mais de 1,2
K2O                    Mais de 0,3            0,5 – 5       0,2 – 0,4
Na2O                   Mais de 0,1           0,1 – 0,3     Mais de 0,3
                                                                         4
Fluxograma simplificado do processo de produção do cimento

                                                        Depósito de
                                                          Carvão
                           Britador



                                                                                                                                                    Carvão/Coque
 Calcário                       Depósito                                                                                  Pré-aquecedor
                                                                          Moinho de Carvão




 Argila
                                                                          Moinho de Cru
                                                                                                                                                                           Óleo
                                                                                                 Homogeneização


                                                                                                                                                                           Resíduos
                                       Silos de Cimento (Total 7 silos)                Moinha
                                                                                      Resíduos


                                                                                                                                   Gesso/Calcário


                                                                                          Separador
                                                                                                                                    Clínquer


                                                                                                                                                         Depósito de Clínquer
                                                                                                      Moagem de Cimento
                                           ...                                                                                      Escória

      Ensacamento




                    CPII E 32                      RODOVIÁRIO

                    Classe G
                                                 Carregamento




                                                                                                                                                                                      5
O Processo de Produção do Cimento Portland


            Geração de material particulado ou pó
•Direcionado para as chaminés e retido por coletores (ciclones,
 filtros manga ou precipitadores eletrostáticos).
•Representa de 20 a 30% da produção ⇔ retorna ao forno como
 matéria-prima.

         Energia no processo de fabricação do cimento
•90%: energia térmica gerada pelo combustível (secagem,
 aquecimento e calcinação das matérias-primas).
   20 e 25% dos custos de produção do cimento.
•10%: energia elétrica (moagem das matérias-primas: 25% e do
 clínquer: 40%, e operações do forno e resfriador: 20%).
    50% dos custos.                                       6
O Processo de Produção do Cimento Portland
                                                                      gás
                                                       farinha



         Equipamentos do
                                               Pré-aquecedor
            sistema forno              torres de pré-aquecimento de
                                           4 estágios, co-corrente




Resfriador de clínquer (tipo grelha)     Forno rotativo
  mínima perda de calor através          D = 4m, L= 60m
   da carcaça do equipamento                  α = 3º




                                                                      7
O Processo de Produção do Cimento Portland
                                  As matérias-primas: calcário
                                   argila e óxido de ferro são
                                 alimentadas após uniformização




                                             Os materiais são submetidos a altas
                                            temperaturas para favorecer reações
                                            químicas necessárias para a formação
                                                      do clínquer.
                            O clínquer é resfriado abruptamente para depois ser
                           misturado com gesso e outros materiais para ser moído,
                                            formando o cimento




Temperatura de 1.450 oC
                                                                                    8
                     Temperatura de 2.000   oC
O Processo de Produção do Cimento Portland

      Unidade fabril: em operação desde 1970
    Produção atual: 650.000 ton/ano de cimento
      Capacidade nominal: 1.200.000 ton/ano




                                                 9
O Processo de Produção do Cimento Portland

      Forno rotativo: D = 4m, L = 60m e α = 3º
     Torres de pré-aquecimento de 4 estágios




                                                 10
O Processo de Produção do Cimento Portland

     Resfriador de clínquer do tipo grelha




                                             11
O Processo de Produção do Cimento Portland

  Maçarico atual em operação no forno rotativo




                                                 12
O Processo de Produção do Cimento Portland


          T< 700oC                                   700oC a 900oC
     desidroxilação dos                    calcinação do carbonato de cálcio
       argilominerais
                                                 C +A = C2(A,F) e C12A7
transformação do quartzo α em
          quartzo β                               C + S = C2S (parcial)
                                        conversão de quartzo β em cristobalita

       900oC a 1200oC                               1250oC a 1350oC
      C + S = C2S (final)                         fusão de C3A e C4AF
 C2(A,F) e C12A7 = C3A e C4AF                         C2S + C = C3S

                                   T > 1350oC
               Recristalização e desenvolvimento dos cristais de
              alita (C3S) e belita (C2S) na presença de fase líquida
                                                                                 13
O Processo de Produção do Cimento Portland

Transformações de fases ao longo do forno rotativo




                                                     14
O Processo de Produção do Cimento Portland


       Composição típica de um clínquer de cimento portland
67% CaO (C), 22% SiO2 (S), 5% Al2O3 (A), 3% Fe2O3 (F) e 3% de outros
óxidos
    fases cristalinas anidras metaestáveis na temperatura ambiente
                     e estáveis ao serem hidratados
alita (C3S): 50 – 70%
belita (C2S): 15 – 30%
aluminato tricálcico (C3A): 5-10%
ferroaluminato tetracálcico (C4AF): 5- 15%
              outros compostos em menor quantidade
Na2O, MnO e K2O, magnésio, enxofre e fósforo
elementos traços: Cr, Pb, Zn, V, Ni e outros, (provenientes das MP e
combustíveis (estes normalmente portando os resíduos)
                                                                     15
Propriedades conferidas ao cimento



Alita: principal mineral que contribui para a resistência mecânica/
fase que reage mais rapidamente com a água

Belita: reage mais lentamente com a água porém, após períodos
maiores (aproximadamente um ano), atinge a mesma resistência
mecânica que a alita

C3A: reage muito rapidamente com a água, porém sem apresentar
fortes propriedades hidráulicas. Em combinação com os silicatos, o
mesmo eleva a resistência inicial do cimento.

C4AF: apresenta taxas inicialmente altas de reatividade com a água.
Em idades mais avançadas: taxas baixas ou muito baixas ⇔ contribui
pouco para a resistência mecânica
                                                                16
Composição típica da mistura de aditivos
  para obtenção do cimento CP II E 32




                                           17
Caracterização do Cimento

Difração de Raios –X
A técnica de difração de raios-X é utilizada para a
identificação das fases constituintes do clínquer.
Microscopia Ótica e Eletrônica de Varredura
Observação morfológica das amostras.
Ensaio de Lixiviação
O ensaio de lixiviação visa simular as condições de
exposição do cimento ao meio ambiente.
Ensaio de Solubilização
O ensaio de solubilização visa complementar o ensaio de
lixiviação (resíduo é inerte (Classe III) ou não).
Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão
A resistência à compressão é o controle de qualidade
fundamental do produto. Limites mínimos de resistência à
compressão exigidos para 3, 7 e 28 dias
                                                           18
Espectro de difração de Raios-X para uma
          amostra de clínquer




                                           19
Fotomicrografia de uma amostra de clínquer
           (Microscopia Ótica )
                  (200X)




                                             20
Fotomicrografia de uma amostra de clínquer
       (Microscopia Eletrônica de Varredura)

    (500X)                               (5000X)




1




                                 Detalhe partícula 1




                                                           21
                               EDS da região fotografada
Ensaio de Lixiviação


        Metal   NBR 10004         Corrida 1        Corrida 2
                 (mg/L)            (mg/L)           (mg/L)
Arsênio                       5               nd               nd

Bário                       100           1,086            1,156

Cádmio                      0,5               nd               nd

Chumbo                        5           0,147            0,179

Cromo total                   5           0,199            0,236

Mercúrio                    0,1               nd               nd

Prata                         5               nd               nd

Selênio                       1               nd               nd


                                                                    22
Ensaio de Solubilização


        Metal   NBR 10004      Corrida 1           Corrida 2
                  (mg/L)        (mg/L)              (mg/L)
Arsênio           0,05                       nd                  nd

Bário              1,0                     0,391               0,825

Cádmio            0,005                      nd                  nd

Chumbo            0,05                     0,001               0,043

Cromo total       0,05                       nd                  nd

Mercúrio          0,001                      nd                  nd

Prata             0,05                       nd                  nd

Selênio           0,01                       nd                  nd


                                                                   23
Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão
            NBR 7215/ NBR 11578

                                                                   1992 - Branco

                                                              1 DIA        3 DIAS         7 DIAS           28 DIAS

                              45,0
 Resistência Mecância (MPa)




                              40,0
                              35,0
                              30,0
                              25,0
                              20,0
                              15,0
                              10,0
                               5,0
                               0,0
                                                                                                  AGOSTO
                                                                           MAIO
                                     JANEIRO




                                                           MARÇO

                                                                   ABRIL




                                                                                                                                NOVEMBRO

                                                                                                                                           DEZEMBRO
                                                                                          JULHO




                                                                                                           SETEMBRO

                                                                                                                      OUTUBRO
                                               FEVEREIRO




                                                                                  JUNHO




                                                                                                                                                      24
Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão
            NBR 7215/ NBR 11578

                                                             2001 - Co-processado

                                                                   1 DIA          3 DIAS            7 DIAS             28 DIAS


                              45,0
 Resistência Mecância (MPa)




                              40,0
                              35,0
                              30,0
                              25,0
                              20,0
                              15,0
                              10,0
                               5,0
                               0,0
                                     JANEIRO




                                                                                    JUNHO
                                                                   ABRIL
                                                           MARÇO




                                                                                            JULHO
                                               FEVEREIRO




                                                                           MAIO




                                                                                                                           OUTUBRO
                                                                                                       AGOSTO




                                                                                                                                     NOVEMBRO


                                                                                                                                                DEZEMBRO
                                                                                                                SETEMBRO
                                                                                                                                                           25
Tipos de cimento Portland Disponíveis no
        Mercado Brasileiro e Suas Aplicações
Cimento Portland Comum (CP I)
Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado
como retardador da pega). Com pequenas adições - CP I-S
Aplicações: É usado em serviços de construção em geral, quando não são
exigidas propriedades especiais do cimento.
Cimento Portland Composto (CP II)
O Cimento Portland Composto é modificado (com adições - CP II-Z, CP II-E e
CP II-F ).
Aplicações: Recomendado para obras correntes de engenharia civil sob a forma
de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-
moldados e artefatos de cimento.
Cimento Portland de Alto-Forno (CP III)
 Cimento com adições de escória de Alto-Forno.
 Aplicações: Em obras de concreto-massa, tais como barragens, peças de
grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras em ambientes
agressivos, tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e
efluentes industriais, concretos com agregados reativos, pilares de pontes ou
obras submersas, pavimentação de estradas e pistas de aeroportos.          26
Tipos de Cimento Portland Disponíveis no
        Mercado Brasileiro e Suas Aplicações
Cimento Portland Pozolânico (CP IV)
Um tipo de cimento portland com ad pozolânico.
Aplicações: É especialmente indicado em obras expostas à ação de água
corrente e ambientes agressivos.
Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)
Com valores aproximados de resistência à compressão de 26 MPa a 1 dia de
idade e de 53 MPa aos 28 dias. Alterações nas proporções das fases do
clínquer.
Aplicações: Em blocos para alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes,
meio-fio, mourões, postes, elementos arquitetônicos pré-moldados e pré-
fabricados.
Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)
Alterações nas proporções das fases do clínquer.
Aplicações: Em ambientes submetidos ao ataque de meios agressivos, como
estações de tratamento de água e esgotos, obras em regiões litorâneas,
subterrâneas e marítimas.

                                                                          27
Tipos de Cimento Portland Disponíveis no
         Mercado Brasileiro e Suas Aplicações
Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)
É o cimento Portland de Alto-Forno com baixo calor de hidratação, determinado
pela sua composição – fases do clínquer.
Aplicações: Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento
de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de
fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do
cimento.
Cimento Portland Branco (CPB).
A cor branca é obtida a partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de
ferro e manganês, em condições especiais durante a fabricação, tais como
resfriamento e moagem do produto e, principalmente, utilizando o caulim no lugar
da argila.
Aplicações:
Estrutural: Em concretos brancos para fins arquitetônicos.
Não estrutural: Em rejuntamento de azulejos e em aplicações não estruturais.



                                                                            28
O Co-Processamento de Resíduos
      em Fornos Rotativos de Clínquer

Brasil: produção de 2,7 M ton/ano de resíduos

                         Incineração


       1% 4%   17%       Utilizado como combustível


                         Aterros Sanitários
78%

                         Sem destino conhecido



                                                      29
O que é resíduo industrial ?
Resíduo industrial é todo material resultante de um processo
produtivo, cujo gerador rejeita, pretende rejeitar ou é solicitado a
rejeitar. Segundo a ABNT, são classificados em três categorias :


     Classe I - Resíduos perigosos
     Classe II - Residuos não perigosos e não inertes
     Classe III - Residuos inertes




                                                                       30
A destinação dos resíduos

                                 Fim de      reciclagem
                                  vida




                                              aterro


insumos   processo    produto

                                             Bio-tratamento




                                resíduo
                                            incineração




                                qualidade   Co-processamento

                                                               31
Reciclagem
Quando viável, é a melhor destinação.
Vários resíduos industriais dispõem de tecnologia e custo que
permitam sua reciclagem, como as latas de alumínio, caixas de
papelão, garrafas de vidro, produtos plásticos e outros.
Cumpre notar que a reciclagem nunca será de 100%, pois fatores
econômicos e sociais impedem que isso aconteça.
Muitos resíduos não são economicamente recicláveis e portanto
precisam de uma outra destinação final.




                                                                 32
Aterro
Aterro é um local para disposição de resíduos sem caracterizar
disposição final.
Em alguns casos não oferece garantias necessárias para resíduos
classe I e alguns resíduos classe II.
Podem oferecer soluções muito baratas.
Exemplos de boas práticas:
    VIVENDI (SASA)
    Essencis (Caieras, CAVO)
Exemplos de más práticas:
     Formiga ( MG )
     CENTRES ( RJ )
     Mantovani (SP )


                                                                 33
Biotratamento
Trata-se do uso de microrganismos para recuperar áreas
degradadas com produtos químicos orgânicos.
São aplicáveis somente quando o grau de contaminação é
pequeno, caso contrário o tempo necessário torna-se muito longo.
Tratamento no local.
Restrito a contaminantes orgânicos.




                                                                   34
Incineração
             O processo de incineração promove a queima dos resíduos
             num ambiente fechado, onde os fumos da queima passam
             por um sistema de lavagem de gases, que garante que
             nenhum subproduto da queima seja liberado para a
             atmosfera.
             As cinzas e os produtos usados na lavagem precisam ser
             destinados, uma vez que são resíduos deste processo.
                                  Incinerador
                                                         Gases Tratados

Alimentação de
  Resíduos




       Cinzas                                             ‘Água’ da
                                                          Lavagem
                                                                          35
Co-processamento

O co-processamento é a técnica de destruição térmica a altas
temperaturas em fornos de clínquer devidamente licenciados para
este fim, com aproveitamento de conteúdo energético e/ou
aproveitamento da fração mineral como matéria-prima, sem a
geração de novos resíduos.




                                                                  36
O que pode ser co-processado ?

Exemplos:
     Substâncias oleosas
     Catalisadores usados
     Resinas, colas e látex
     Pneus e emborrachados
     Madeiras contaminadas
     Solventes
     Borrachas
     Lodos de ETE
     Terras contaminadas
     Papel e outros



                                      37
O que não pode ser co-processado ?

Exemplos:
   Resíduos hospitalares não-tratados
   Lixo doméstico não-classificado
   Explosivos
   Elementos radioativos
   Pesticidas
   Fossas orgânicas
   Materiais com alto teor de metais pesados
   Materiais com alto teor de Cloro
   Materiais com baixo poder calorífico ou sem
   contribuição na substituição de matérias-primas


                                                     38
Como se prepara o material a ser co-processado ?

  Caracterização
  Análise prévia
  Contrato com o gerador do resíduo
  Licenciamento com o órgão ambiental
  Coleta e transporte licenciados
  Preparação prévia ( ‘blending’ )
  Co-processamento
    Emissão de Certificado de Destruição térmica (CDT)




                                                     39
As vantagens do co-processamento

Elimina vários resíduos de forma segura e definitiva.
Não gera passivos ambientais
Permite controle ‘on line’ das emissões
Aumenta recolhimento de ISS no município
Induz as fábricas de cimento a uma produção mais
segura, devido aos investimentos para o licenciamento

Poupa recursos naturais não-renováveis
    Óleo combustível, coque de petróleo
    Matérias-primas minerais


                                                        40
Estação de Tratamento de Resíduos
       AFR ou Matéria-Prima e Combustível Alternativo
      com especificação conhecida de poder calorífico e
máximo de contaminantes, garantida por análise de laboratório




    Análises de laboratório de cada resíduo para
   assegurar que nada possa afetar o cimento ou
              aumentar as emissões
                                                                41
Pontos de entrada de resíduos na planta


                  Depósito de
                     Mix
                  Combustíveis




                                                                                                     Carvão/Coque
Matéria - Prima                    Moinho de Carvão
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  • 1. FABRICAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND E CO-PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS NOS FORNOS DE PRODUÇÃO DE CIMENTO Vista Geral da Jazida - Holcim (Brasil) S.A. - Unidade Fabril de Cantagalo-RJ Reservas estimadas: 35,33 M de ton de calcário (45 anos de lavra) 1
  • 3. Desenho esquemático em perspectiva da unidade fabril 3
  • 4. O Processo de Produção do Cimento Portland Composição usual das matérias-primas e da farinha para o cimento Constituinte Calcário Argila Farinha Percentagem em peso SiO2 0,5 – 3 37 – 78 12 – 16 Al2O3 + TiO2 0,1 – 1 7 – 30 2–5 Fe2O3 + Mn2O3 0,1 – 0,5 2 – 15 Mais de 2 CaO 52 – 55 0,5 – 25 40 – 45 MgO 0,5 – 5 Mais de 5 0,3 – 3 SO3 Mais de 0,1 Mais de 3 Mais de 1,2 K2O Mais de 0,3 0,5 – 5 0,2 – 0,4 Na2O Mais de 0,1 0,1 – 0,3 Mais de 0,3 4
  • 5. Fluxograma simplificado do processo de produção do cimento Depósito de Carvão Britador Carvão/Coque Calcário Depósito Pré-aquecedor Moinho de Carvão Argila Moinho de Cru Óleo Homogeneização Resíduos Silos de Cimento (Total 7 silos) Moinha Resíduos Gesso/Calcário Separador Clínquer Depósito de Clínquer Moagem de Cimento ... Escória Ensacamento CPII E 32 RODOVIÁRIO Classe G Carregamento 5
  • 6. O Processo de Produção do Cimento Portland Geração de material particulado ou pó •Direcionado para as chaminés e retido por coletores (ciclones, filtros manga ou precipitadores eletrostáticos). •Representa de 20 a 30% da produção ⇔ retorna ao forno como matéria-prima. Energia no processo de fabricação do cimento •90%: energia térmica gerada pelo combustível (secagem, aquecimento e calcinação das matérias-primas). 20 e 25% dos custos de produção do cimento. •10%: energia elétrica (moagem das matérias-primas: 25% e do clínquer: 40%, e operações do forno e resfriador: 20%). 50% dos custos. 6
  • 7. O Processo de Produção do Cimento Portland gás farinha Equipamentos do Pré-aquecedor sistema forno torres de pré-aquecimento de 4 estágios, co-corrente Resfriador de clínquer (tipo grelha) Forno rotativo mínima perda de calor através D = 4m, L= 60m da carcaça do equipamento α = 3º 7
  • 8. O Processo de Produção do Cimento Portland As matérias-primas: calcário argila e óxido de ferro são alimentadas após uniformização Os materiais são submetidos a altas temperaturas para favorecer reações químicas necessárias para a formação do clínquer. O clínquer é resfriado abruptamente para depois ser misturado com gesso e outros materiais para ser moído, formando o cimento Temperatura de 1.450 oC 8 Temperatura de 2.000 oC
  • 9. O Processo de Produção do Cimento Portland Unidade fabril: em operação desde 1970 Produção atual: 650.000 ton/ano de cimento Capacidade nominal: 1.200.000 ton/ano 9
  • 10. O Processo de Produção do Cimento Portland Forno rotativo: D = 4m, L = 60m e α = 3º Torres de pré-aquecimento de 4 estágios 10
  • 11. O Processo de Produção do Cimento Portland Resfriador de clínquer do tipo grelha 11
  • 12. O Processo de Produção do Cimento Portland Maçarico atual em operação no forno rotativo 12
  • 13. O Processo de Produção do Cimento Portland T< 700oC 700oC a 900oC desidroxilação dos calcinação do carbonato de cálcio argilominerais C +A = C2(A,F) e C12A7 transformação do quartzo α em quartzo β C + S = C2S (parcial) conversão de quartzo β em cristobalita 900oC a 1200oC 1250oC a 1350oC C + S = C2S (final) fusão de C3A e C4AF C2(A,F) e C12A7 = C3A e C4AF C2S + C = C3S T > 1350oC Recristalização e desenvolvimento dos cristais de alita (C3S) e belita (C2S) na presença de fase líquida 13
  • 14. O Processo de Produção do Cimento Portland Transformações de fases ao longo do forno rotativo 14
  • 15. O Processo de Produção do Cimento Portland Composição típica de um clínquer de cimento portland 67% CaO (C), 22% SiO2 (S), 5% Al2O3 (A), 3% Fe2O3 (F) e 3% de outros óxidos fases cristalinas anidras metaestáveis na temperatura ambiente e estáveis ao serem hidratados alita (C3S): 50 – 70% belita (C2S): 15 – 30% aluminato tricálcico (C3A): 5-10% ferroaluminato tetracálcico (C4AF): 5- 15% outros compostos em menor quantidade Na2O, MnO e K2O, magnésio, enxofre e fósforo elementos traços: Cr, Pb, Zn, V, Ni e outros, (provenientes das MP e combustíveis (estes normalmente portando os resíduos) 15
  • 16. Propriedades conferidas ao cimento Alita: principal mineral que contribui para a resistência mecânica/ fase que reage mais rapidamente com a água Belita: reage mais lentamente com a água porém, após períodos maiores (aproximadamente um ano), atinge a mesma resistência mecânica que a alita C3A: reage muito rapidamente com a água, porém sem apresentar fortes propriedades hidráulicas. Em combinação com os silicatos, o mesmo eleva a resistência inicial do cimento. C4AF: apresenta taxas inicialmente altas de reatividade com a água. Em idades mais avançadas: taxas baixas ou muito baixas ⇔ contribui pouco para a resistência mecânica 16
  • 17. Composição típica da mistura de aditivos para obtenção do cimento CP II E 32 17
  • 18. Caracterização do Cimento Difração de Raios –X A técnica de difração de raios-X é utilizada para a identificação das fases constituintes do clínquer. Microscopia Ótica e Eletrônica de Varredura Observação morfológica das amostras. Ensaio de Lixiviação O ensaio de lixiviação visa simular as condições de exposição do cimento ao meio ambiente. Ensaio de Solubilização O ensaio de solubilização visa complementar o ensaio de lixiviação (resíduo é inerte (Classe III) ou não). Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão A resistência à compressão é o controle de qualidade fundamental do produto. Limites mínimos de resistência à compressão exigidos para 3, 7 e 28 dias 18
  • 19. Espectro de difração de Raios-X para uma amostra de clínquer 19
  • 20. Fotomicrografia de uma amostra de clínquer (Microscopia Ótica ) (200X) 20
  • 21. Fotomicrografia de uma amostra de clínquer (Microscopia Eletrônica de Varredura) (500X) (5000X) 1 Detalhe partícula 1 21 EDS da região fotografada
  • 22. Ensaio de Lixiviação Metal NBR 10004 Corrida 1 Corrida 2 (mg/L) (mg/L) (mg/L) Arsênio 5 nd nd Bário 100 1,086 1,156 Cádmio 0,5 nd nd Chumbo 5 0,147 0,179 Cromo total 5 0,199 0,236 Mercúrio 0,1 nd nd Prata 5 nd nd Selênio 1 nd nd 22
  • 23. Ensaio de Solubilização Metal NBR 10004 Corrida 1 Corrida 2 (mg/L) (mg/L) (mg/L) Arsênio 0,05 nd nd Bário 1,0 0,391 0,825 Cádmio 0,005 nd nd Chumbo 0,05 0,001 0,043 Cromo total 0,05 nd nd Mercúrio 0,001 nd nd Prata 0,05 nd nd Selênio 0,01 nd nd 23
  • 24. Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão NBR 7215/ NBR 11578 1992 - Branco 1 DIA 3 DIAS 7 DIAS 28 DIAS 45,0 Resistência Mecância (MPa) 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 AGOSTO MAIO JANEIRO MARÇO ABRIL NOVEMBRO DEZEMBRO JULHO SETEMBRO OUTUBRO FEVEREIRO JUNHO 24
  • 25. Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão NBR 7215/ NBR 11578 2001 - Co-processado 1 DIA 3 DIAS 7 DIAS 28 DIAS 45,0 Resistência Mecância (MPa) 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 JANEIRO JUNHO ABRIL MARÇO JULHO FEVEREIRO MAIO OUTUBRO AGOSTO NOVEMBRO DEZEMBRO SETEMBRO 25
  • 26. Tipos de cimento Portland Disponíveis no Mercado Brasileiro e Suas Aplicações Cimento Portland Comum (CP I) Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado como retardador da pega). Com pequenas adições - CP I-S Aplicações: É usado em serviços de construção em geral, quando não são exigidas propriedades especiais do cimento. Cimento Portland Composto (CP II) O Cimento Portland Composto é modificado (com adições - CP II-Z, CP II-E e CP II-F ). Aplicações: Recomendado para obras correntes de engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos pré- moldados e artefatos de cimento. Cimento Portland de Alto-Forno (CP III) Cimento com adições de escória de Alto-Forno. Aplicações: Em obras de concreto-massa, tais como barragens, peças de grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados reativos, pilares de pontes ou obras submersas, pavimentação de estradas e pistas de aeroportos. 26
  • 27. Tipos de Cimento Portland Disponíveis no Mercado Brasileiro e Suas Aplicações Cimento Portland Pozolânico (CP IV) Um tipo de cimento portland com ad pozolânico. Aplicações: É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI) Com valores aproximados de resistência à compressão de 26 MPa a 1 dia de idade e de 53 MPa aos 28 dias. Alterações nas proporções das fases do clínquer. Aplicações: Em blocos para alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes, meio-fio, mourões, postes, elementos arquitetônicos pré-moldados e pré- fabricados. Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS) Alterações nas proporções das fases do clínquer. Aplicações: Em ambientes submetidos ao ataque de meios agressivos, como estações de tratamento de água e esgotos, obras em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. 27
  • 28. Tipos de Cimento Portland Disponíveis no Mercado Brasileiro e Suas Aplicações Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) É o cimento Portland de Alto-Forno com baixo calor de hidratação, determinado pela sua composição – fases do clínquer. Aplicações: Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento. Cimento Portland Branco (CPB). A cor branca é obtida a partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de ferro e manganês, em condições especiais durante a fabricação, tais como resfriamento e moagem do produto e, principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila. Aplicações: Estrutural: Em concretos brancos para fins arquitetônicos. Não estrutural: Em rejuntamento de azulejos e em aplicações não estruturais. 28
  • 29. O Co-Processamento de Resíduos em Fornos Rotativos de Clínquer Brasil: produção de 2,7 M ton/ano de resíduos Incineração 1% 4% 17% Utilizado como combustível Aterros Sanitários 78% Sem destino conhecido 29
  • 30. O que é resíduo industrial ? Resíduo industrial é todo material resultante de um processo produtivo, cujo gerador rejeita, pretende rejeitar ou é solicitado a rejeitar. Segundo a ABNT, são classificados em três categorias : Classe I - Resíduos perigosos Classe II - Residuos não perigosos e não inertes Classe III - Residuos inertes 30
  • 31. A destinação dos resíduos Fim de reciclagem vida aterro insumos processo produto Bio-tratamento resíduo incineração qualidade Co-processamento 31
  • 32. Reciclagem Quando viável, é a melhor destinação. Vários resíduos industriais dispõem de tecnologia e custo que permitam sua reciclagem, como as latas de alumínio, caixas de papelão, garrafas de vidro, produtos plásticos e outros. Cumpre notar que a reciclagem nunca será de 100%, pois fatores econômicos e sociais impedem que isso aconteça. Muitos resíduos não são economicamente recicláveis e portanto precisam de uma outra destinação final. 32
  • 33. Aterro Aterro é um local para disposição de resíduos sem caracterizar disposição final. Em alguns casos não oferece garantias necessárias para resíduos classe I e alguns resíduos classe II. Podem oferecer soluções muito baratas. Exemplos de boas práticas: VIVENDI (SASA) Essencis (Caieras, CAVO) Exemplos de más práticas: Formiga ( MG ) CENTRES ( RJ ) Mantovani (SP ) 33
  • 34. Biotratamento Trata-se do uso de microrganismos para recuperar áreas degradadas com produtos químicos orgânicos. São aplicáveis somente quando o grau de contaminação é pequeno, caso contrário o tempo necessário torna-se muito longo. Tratamento no local. Restrito a contaminantes orgânicos. 34
  • 35. Incineração O processo de incineração promove a queima dos resíduos num ambiente fechado, onde os fumos da queima passam por um sistema de lavagem de gases, que garante que nenhum subproduto da queima seja liberado para a atmosfera. As cinzas e os produtos usados na lavagem precisam ser destinados, uma vez que são resíduos deste processo. Incinerador Gases Tratados Alimentação de Resíduos Cinzas ‘Água’ da Lavagem 35
  • 36. Co-processamento O co-processamento é a técnica de destruição térmica a altas temperaturas em fornos de clínquer devidamente licenciados para este fim, com aproveitamento de conteúdo energético e/ou aproveitamento da fração mineral como matéria-prima, sem a geração de novos resíduos. 36
  • 37. O que pode ser co-processado ? Exemplos: Substâncias oleosas Catalisadores usados Resinas, colas e látex Pneus e emborrachados Madeiras contaminadas Solventes Borrachas Lodos de ETE Terras contaminadas Papel e outros 37
  • 38. O que não pode ser co-processado ? Exemplos: Resíduos hospitalares não-tratados Lixo doméstico não-classificado Explosivos Elementos radioativos Pesticidas Fossas orgânicas Materiais com alto teor de metais pesados Materiais com alto teor de Cloro Materiais com baixo poder calorífico ou sem contribuição na substituição de matérias-primas 38
  • 39. Como se prepara o material a ser co-processado ? Caracterização Análise prévia Contrato com o gerador do resíduo Licenciamento com o órgão ambiental Coleta e transporte licenciados Preparação prévia ( ‘blending’ ) Co-processamento Emissão de Certificado de Destruição térmica (CDT) 39
  • 40. As vantagens do co-processamento Elimina vários resíduos de forma segura e definitiva. Não gera passivos ambientais Permite controle ‘on line’ das emissões Aumenta recolhimento de ISS no município Induz as fábricas de cimento a uma produção mais segura, devido aos investimentos para o licenciamento Poupa recursos naturais não-renováveis Óleo combustível, coque de petróleo Matérias-primas minerais 40
  • 41. Estação de Tratamento de Resíduos AFR ou Matéria-Prima e Combustível Alternativo com especificação conhecida de poder calorífico e máximo de contaminantes, garantida por análise de laboratório Análises de laboratório de cada resíduo para assegurar que nada possa afetar o cimento ou aumentar as emissões 41
  • 42. Pontos de entrada de resíduos na planta Depósito de Mix Combustíveis Carvão/Coque Matéria - Prima Moinho de Carvão Pré-Aquecedor Óleo Combustível Moinho de Cru Homogeneização Dep. Lodo Dep. Trapo líquidos viscosos lodos 50 ton/mês matéria prima alternativa 800 ton/mês líquidos baixa 1200 ton/mês resíduos sólidos viscosidade trapos 700 ton/mês 650 ton/mês 200 ton/mês 42