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       Parte 3 – Modelos Alternativos
       de Curva de Oferta Agregada

        Nesta parte serão discutidos
        oito modelos alternativos de
         curva de oferta agregada.
           Será considerada uma
             economia fechada.
                                                                                        1
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                     Capítulo 7
                 Modelos da Síntese
                    Neoclássica



                                                                                        2
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                           Aula Anterior
      CAPÍTULO 6 – Primórdios da curva de
                oferta agregada
6.1 Mercado de trabalho;
6.1.1 Conceitos básicos para entender o
     funcionamento do mercado de trabalho.




                                                                                        3
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                              Nesta Aula
CAPÍTULO 7 – Modelos da Síntese Neoclássica
7.1 A função de produção;
7.2 A demanda de trabalho;
7.3 A oferta de trabalho;
7.4 Modelo clássico da Síntese Neoclássica;
7.5 O modelo salário nominal da Síntese Neoclássica;
7.6 A armadilha da liquidez;
7.7 O modelo básico da Síntese Neoclássica;
7.8 Modelo da Síntese Neoclássica com influência dos autores
    novos clássicos;
7.9 Modelo de curva de oferta agregada da Síntese
    Neoclássica com influência dos autores novos
                                                                                        4
    keynesianos.
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                              Introdução
     • Neste tópico são desenvolvidos cinco
       modelos da curva de oferta agregada
       baseados no equilíbrio do mercado de
       trabalho e com firmas maximizando a
       massa de lucros.




                                                                                        5
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      Modelos da Síntese Neoclássica

     • Síntese Neoclássica é a denominação
       que     se    dá     aos      modelos
       macroeconômicos que combinam a
       curva de demanda agregada via o
       modelo IS/LM com curvas de oferta
       agregada    obtidas   a    partir  de
       formulações      neoclássicas      de
       funcionamento do mercado de trabalho.                                            6
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      Modelos da Síntese Neoclássica

     • Estes modelos têm em comum o fato
       de     considerarem     firmas   em
       concorrência perfeita e em monopólio
       que maximizam a massa de lucro, e o
       fato de considerarem uma função de
       produção de curto-prazo com produtos
       marginais decrescentes do fator
       variável.
                                                                                        7
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                  A função de produção
     • Uma função de produção é uma
       equação que dá o máximo de produto
       que se pode obter de uma série de
       fatores ou insumos.
     • Assim, a função de produção
       representa como fatores de trabalho
       (N), capital (K), recursos naturais (T)
       são combinados para gerar o produto
       nacional (y). Ou seja:
                    y = y (N, K, T)                                                     8
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                  A função de produção
                                y = y(N, K, T)

     • No curto prazo, pode-se considerar o
       montante de capital, de recursos naturais e a
       tecnologia como sendo constantes e
       definidos por K. Assim, a função de produção
       de curto prazo é:
                                    y     y N, K
     • A função de produção indica o montante de
       trabalho, N, necessário para gerar um dado
       nível de produto y.                                                              9
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                  A função de produção
                                y = y(N, K, T)

     • No curto prazo, pode-se considerar o
       montante de capital, de recursos naturais e a
       tecnologia como sendo constantes e
       definidos por K. Assim, a função de produção
       de curto prazo é:
                                    y     y N, K
     • Uma das possíveis especificações da função
       de produção de curto prazo é: y = C N .
                                                                                        10
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                     Estágios de Produção
                 y                                         Função de produção
                                                                  y f N, K




                                                              N

                                                                       y
                                                           PMeT
                                                                       N

                                                    y          N
                                       PMgT
                                                    N                                   11
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                   Estágios de Produção
 y                                        Função de produção
        ESTÁGIO I                                 y fN
                                                               Estágio I
                                                        É excluído porque
                                                             engloba
                                              N            rendimentos
                                                       médios crescentes
                                                      y     do insumo
                                          PMeT               variável.
                                                      N

                                    y         N
                      PMgT
                                    N                                                   12
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                   Estágios de Produção
 y                                        Função de produção
        ESTÁGIO I                                 y fN
                                     ESTÁGIO III
                                                              Estágio III
                                                       É excluído porque
                                                        apresenta PMgT
                                              N           negativo (há
                                                         desperdício do
                                                      y fator variável).
                                          PMeT
                                                      N

                                    y         N
                      PMgT
                                    N                                                   13
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                   Estágios de Produção
 y                                        Função de produção
        ESTÁGIO I                                 y fN
                                     ESTÁGIO III
                                                              Estágio II
                                                             É o estágio
                                                            relevante de
                                              N               produção
                                                              (racional)
                                                      y
                                          PMeT
                                                      N

                                    y         N
                      PMgT
                                    N                                                   14
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                A demanda por trabalho

     • A análise será feita considerando a
       demanda de trabalho para uma firma
       competitiva e para uma firma
       monopolista e em seguida serão
       agregadas as demandas de trabalho de
       todas as firmas competitivas e
       monopolistas.

                                                                                        15
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                A demanda por trabalho

     • Considere uma firma competitiva que
       tenha como objetivo maximizar a massa
       de lucros e tenha uma função de
       produção como y = y(N,K), em que o
       fator variável é a quantidade de
       trabalho                             e
       apresenta, inicialmente, rendimentos
       marginais      crescentes e     depois
       rendimentos marginais decrescentes do
                                                                                        16
       fator trabalho.
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



                A demanda por trabalho
   • Sendo PMgT o produto marginal do fator
     trabalho, o acréscimo da receita ( RT) da firma
     ao empregar N de trabalho adicional é:

                              RT = P·PMgT· N

      sendo o trabalho o único fator variável, o
      acréscimo de custo ao empregar N de trabalho
      é C = W· N, em que W é o salário nominal por
      unidade de trabalho.
                                                                                        17
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                A demanda por trabalho
            RT = P·PMgT· N                               C = W· N
   • A firma competitiva atinge o máximo lucro
     total quando:
         RT = C                 No estágio II da
        P·PMgT· N = W· N função de produção:
        W = P·PMgT               N     PMgT
                   W                                              e
                             PMgT                        N         PMgT
                   P
          em que           é o salário real.                                            18
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                A demanda por trabalho
    =W
     P                                               Demanda de trabalho
                                                     em função do salário
      W0                                             real, para uma firma
      P                                              em concorrência
                                         =PMgT
                                                     perfeita
                                  N0       N
      W
                                                Demanda de trabalho
                                                em função do salário
     W0                                         nominal, para uma
                                       W=P.PMgT firma em concorrência
                                                perfeita
                                N0         N
                                                                                        19
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                A demanda por trabalho
    =W                                                • Observa-se que existe
     P                                                  uma curva de demanda de
                                                        trabalho para cada nível
      W0                                                de preço.
      P                                               • Se P aumentar, a curva de
                                         =PMgT          demanda de trabalho se
                                                        desloca para a direita.
                                  N0       N          • Isto ocorre porque se P
                                                        aumenta, a firma deseja
      W
                                                        contratar, em cada nível
                                                        de salário nominal, uma
     W0                                                 quantidade maior de
                                                        trabalho de modo a
                                       W=P.PMgT         aumentar a sua produção.

                                N0         N
                                                                                        20
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                A demanda por trabalho
   • Considere uma firma monopolista.
   • Ela se depara com uma curva de
     demanda negativamente inclinada pelo
     seu produto. Logo, a firma monopolista
     pode variar preço e produção. Sua receita
     total é de RT = P·Q e sua receita marginal
                RT
     é RMg          .
                 Q                                                                      21
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



                A demanda por trabalho
                                              RT
                                 RMg
                                              Q
                                             P Q
                               RMg
Para frações                                  Q
infinitesimais:                      P     Q Q P
                          RMg
                                            Q
                                 Q          P                     P
                RMg P                    Q    P Q
                                 Q          Q                     Q
                                 Q                     P
                         RMg P 1
                                 P                     Q                                22
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                A demanda por trabalho
                                 Q                     P
                         RMg P 1
                                 P                     Q

  Sendo e a elasticidade-preço da demanda, tem-se:

                                            1
                             RMg        P 1
                                            e


                                                                                        23
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                A demanda por trabalho
                 Ganho do
             monopolista ao
                                        = RMg · PMgT
            contratar um novo
               trabalhador:


                              RT           RT        Q
                              N            Q         N
                                  1
                     RT       P 1   PMgT                       N
                                  e
                                                                                        24
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                A demanda por trabalho
       Uma firma monopolista atinge o máximo
                   lucro quando:
                       RT    C
                  1
            P 1       PMgT N W N
                  e
                           1
                W P 1         PMgT
                           e
                              W           1
                                        1   PMgT
                              P           e                                             25
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                A demanda por trabalho
    =W                                                  Demanda de trabalho
     P
                                                        em função do salário
                                                        real, para uma firma
      W0
                                                        monopolista
      P                                         1
                                            1     PMgT
                                                e
                                  N0       N
                                                        Demanda de trabalho
      W
                                                        em função do salário
                                                        nominal, para uma
     W0                                                 firma monopolista
                                                    1
                                       W    P 1       PMgT
                                                    e
                                N0         N
                                                                                        26
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                A demanda por trabalho
   • Para se obter a curva de demanda agregada
     de trabalho, deve-se somar horizontalmente
     as curvas de demanda de trabalho de cada
     firma em concorrência perfeita com as
     curvas de demanda de trabalho de cada
     firma monopolista.
   • Nota-se que se soma quantidade de trabalho
     em cada nível de salário.
                                                                                        27
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                A demanda por trabalho

   • Para haver a maximização da massa de
     lucros por parte de uma firma em
     concorrência perfeita i tem-se que é
     necessário = PMgT, que é função da
     quantidade de trabalho Ni.
      – Quanto maior Ni, menor PMgTi.
                          gi Ni                  Ni     hi

                                                                                        28
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                A demanda por trabalho
   • Para haver maximização da massa de lucros
     por parte de uma firma monopolista j é
     necessário:
                          1
                     1       PMgTj
                         ej
   • Mas PMgTj = l(Nj). Logo, para uma firma
     monopolista necessita-se, para haver
     maximização dos lucros, que:
                                     1
                 1            Nj          mj
             1       l Nj              1
                 ej                1
                                      ej                                                29
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                A demanda por trabalho
  • A quantidade total de trabalho demandada
    na economia é dada pela expressão (em
    que i representa as firmas em concorrência
    perfeita e j as firmas em monopólio):
                                     1
     N       Ni     Nj     hi            mj
           i      j      i       j
                                       1
                                   1
    ou                                ej

                                  N p                                   N
                                                                                        30
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



                A demanda por trabalho

                                   N p

                                        W
                                                 fN
                                        P
                         ou
                                W        P fN
                                                                                        31
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                A demanda por trabalho
    =W
     P                                                  Demanda de trabalho
                                                        em função do salário
      W0                                                real, para toda a
      P                                                 economia
                                               fN
                                  N0       N
      W                                                 Demanda de trabalho
                                                        em função do salário
     W0
                                                        nominal, para toda a
                                                        economia
                                        W      P fN
                                N0         N
                                                                                        32
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



                A demanda por trabalho

   • Quando uma firma demanda trabalho, ela
     oferta salário ao trabalhador.
   • Assim, as equações dos slides anteriores
     (e seus gráficos) expressam a demanda
     de trabalho pelo conjunto de firmas em
     cada nível de salário ou a oferta de salário
     para cada nível de emprego.
                                                                                        33
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



                A demanda por trabalho
               W


               W0

                                                 W      P fN
                                         N0         N

  Se aumentar o nível de preço, a curva de demanda de
  trabalho se deslocará para a direita, pois as firmas – ao
  receberem um preço maior pelo produto que elaboram –
  desejarão, em cada nível de salário nominal, demandar
  maior quantidade de trabalho para poderem produzir mais
  de seu produto e tentarem vender a um preço constante.                                34
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira


      Expressão algébrica da curva de
           demanda de trabalho
   • Considerando a função:

                                y      y N, K

   • Pode-se ter:
                                 y      C N
      O termo C indica que certa parcela do produto
      interno (y) depende do capital fixo. Logo, C > 0.
                                                                                        35
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira


      Expressão algébrica da curva de
           demanda de trabalho
                                 y       C N
   • Considera-se que as firmas operam no estágio
     II da função de produção, em que o produto
     marginal físico do trabalho é positivo, mas
     decrescente e menor do que o produto médio
     do trabalho. Isso implica:
                                                       2
                       y                               y
                               0                       2
                                                                0
                       N                              N                                 36
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      Expressão algébrica da curva de
           demanda de trabalho
                                 y       C N
                                                        2
                       y                                 y
                               0                         2
                                                                 0
                       N                                N
                           y                        1
                                        C N                 0
                           N
                         C 0
                          1                                  0
       N 0             N    0                                                           37
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      Expressão algébrica da curva de
           demanda de trabalho
                                 y       C N
                                                       2
                       y                               y
                               0                       2
                                                                0
                       N                              N
                   2
                   y                                       2
                   2
                                     1          C N                0
                  N
                           0
                         C 0                               1      0               1
                         2
       N 0             N   0                                                            38
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      Expressão algébrica da curva de
           demanda de trabalho
                                 y       C N
                                                       2
                       y                               y
                               0                       2
                                                                0
                       N                              N

                         C 0 e 0                                1

                                                                                        39
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      Expressão algébrica da curva de
           demanda de trabalho
                                                W                           y
              y       C N                                PMgT
                                                P                           N
      W                            1                                             1
                      C N                      W               C P N
      P
       Como ( – 1) < 0
                                            C P
                              W             1
                                           N                                            40
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      Expressão algébrica da curva de
           demanda de trabalho
                       C P
               W       1
                     N
   • Ao se aumentar N, diminui-se W. Isto implica
     a inclinação negativa da curva de demanda
     de trabalho.
   • Quando se aumenta P, encontra-se W maior
     para o mesmo N. Isto implica em deslocar a
     curva de demanda de trabalho para a direita.
                                                                                        41
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      Expressão algébrica da curva de
           demanda de trabalho       C P
                                   W                                           1
                                                                            N
   • Considerando o seguinte exemplo:
                                            0,5
                           y      20 N               (função de produção)

                                                     0,5 1
                    W = 0,5 20 P N
                        ?
                                                   0,5
                       W 10 P N
                                    10 P
                          W           0,5
                                     N                                                  42
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



                    A oferta de trabalho

   • Modelos de oferta de trabalho diferentes
     podem ser construídos segundo as
     seguintes alternativas de hipóteses:
       – A oferta de trabalho depende do salário
         nominal ou do salário real?
       – Os salários são rígidos ou flexíveis?

                                                                                        43
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



                    A oferta de trabalho
• A oferta de trabalho depende do salário nominal ou do
  salário real?
  Inicialmente será considerado que os trabalhadores
  não se preocupam com o salário nominal, mas sim
  com o salário real (os trabalhadores não têm ilusão
  monetária)
• Os salários são rígidos ou flexíveis?
  Será considerado que os salários nominais e os preços
  são flexíveis.
• Essas eram as hipóteses das formulações teóricas
  antes da Teoria Geral de John Maynard Keynes, que
  foi chamada por esse autor de economia clássica.                                      44
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



Modelo clássico da Síntese Neoclássica
   • Considere um trabalhador que pode alocar o
     seu tempo para trabalhar e, assim, obter renda
     ou alocá-lo para o lazer.
                        U = U(y, S)
     Sendo U a utilidade, y a renda real e S as horas
     de lazer.
   • O total de horas disponíveis é de H, alocando n
     horas para o trabalho e S horas para o lazer. A
     renda obtida pelo trabalhador é:
                            W                                       Restrição
                     y        H S                     H S          Orçamentária
                            P                                                           45
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



Modelo clássico da Síntese Neoclássica

            y      U0 U
                        1U H
                          2
         ω2.H

            y2                C
          ω1.H
                                                                            U2
            y1                      B
          ω0.H                                                            U1
             y0                                 A
                                                                            U0
                             S2 S1             S0                    H      S
                                                                                        46
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



Modelo clássico da Síntese Neoclássica




 Ao salário 0 é ofertado trabalho igual a H – S0 = n0.
 Ao salário 1 a oferta de trabalho é H – S1 = n1. Veja
 que 1 > 0 e n1 > n0. Assim, pode-se construir a
 curva de oferta de trabalho de um trabalhador                                          47
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



Modelo clássico da Síntese Neoclássica




                         0




                                              n0            n

  Ao salário         0   é ofertado trabalho igual a H – S0 = n0.
                                                                                        48
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



Modelo clássico da Síntese Neoclássica



                        1

                        0




                                              n0 n1         n

      Ao salário         1   a oferta de trabalho é H – S1 = n1.
                              1 >   0  e n 1 > n0                                       49
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



Modelo clássico da Síntese Neoclássica



                        1

                        0




                                              n0 n1         n

       Assim, pode-se construir a curva de oferta de
               trabalho de um trabalhador                                               50
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



Modelo clássico da Síntese Neoclássica
                                           • Observa-se que a partir
                                             de um determinado valor
                                             de salário real a curva de
                                             oferta de trabalho inclina-
  1                                          se para a esquerda.
 0
                                       • Isto ocorre porque a partir
                                         de um certo nível de
                                         salário real o trabalhador
                       n0 n1         n   prefere aumentar as
                                         horas de lazer e diminuir
                                         as horas de trabalho.      51
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



Modelo clássico da Síntese Neoclássica

   • Se forem somadas horizontalmente as
     curvas de oferta de trabalho de todos os
     trabalhadores será encontrada a curva de
     oferta de trabalho agregada.
                   W
                          gN                      W      P gN
                   P

   • Uma das possíveis formulações para g(N) é:
     g(N) = D N, sendo D > 0.
                                                                                        52
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira



Modelo clássico da Síntese Neoclássica

     • Oferta de trabalho agregada.



                                                  = g(N)




                                                          N                             53
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
   O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a
    formulação clássica da Síntese Neoclássica

  • Demanda de trabalho (ou oferta de salário)
                       = f (N) ou             W = P f (N)
 • Oferta de trabalho (ou demanda de salário)
                   = g (N) ou             W = P g (N)
 • A condição de equilíbrio – em que o salário
   ofertado é igual ao salário demandado – é :
                             f (N) = g (N)
      ou
                             P f(N) = P g(N)                                            54
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
   O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a
    formulação clássica da Síntese Neoclássica
          W                                Equilíbrio do mercado de trabalho
          P                    g(N)        Demanda de Trabalho          = f (N)
                                           (ou oferta de salário)
          0
                                           Oferta de trabalho         = g (N)
                               f(N)        (ou demanda de salário)
                          N0     N
         W                                 Equilíbrio no mercado de trabalho
                               P0.g(N)     Demanda de Trabalho        W = P.f (N)
         W0                                (ou oferta de salário)
                          A                Oferta de trabalho         W = P.g (N)
                               P0.f(N)
                          N0               (ou demanda de salário)
                                 N
          y
                                  y(N,K)   Função de produção
         y0
                                           y   y N, K
                      N0         N
              P
                                           Oferta agregada de produto
          P0          A

                     y0               y
                                                                                        55
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
   O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a
    formulação clássica da Síntese Neoclássica
          W                                Equilíbrio do mercado de trabalho
          P                    g(N)
          0
                                                Não há ilusão monetária
                               f(N)                  P não afeta
                          N0 P .g(N)
                                  N
         W                    1            Equilíbrio no mercado de trabalho
                      B
         W1                    P0.g(N)
         W0                    P1.f(N)
                          A
                               P0.f(N)
                          N0     N
          y
                                  y(N,K)   Função de produção
         y0
                                                N permanece fixo em N0
                      N0         N
           P
          P1          B                    Oferta agregada de produto
          P0          A
                                               A curva de oferta agregada é
                     y0               y        Se uma reta vertical
                                                                                        56
                                               P
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
   O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a
    formulação clássica da Síntese Neoclássica
          W                                Resumindo:
          P                    g(N)
          0                                • A partir da análise de equilíbrio do
                               f(N)          mercado de trabalho, observa-se o
                          N0 P .g(N)
                                  N          que ocorre com N quando P varia.
         W            B
                              1

         W1                    P0.g(N)     • Substitui N na função de produção.
         W0                    P1.f(N)
                          A
                               P0.f(N)     • Obtém-se y ofertado em cada nível
                          N0     N           de P.
          y
                                  y(N,K)
         y0
                                           Note que a curva de oferta agregada
                                           não tem a mesma origem que as da
                      N0         N
           P                               microeconomia convencional,
          P1          B                    baseadas na estrutura de custo
          P0          A                    marginal das firmas.
                     y0               y
                                                                                        57
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O modelo clássico completo da Síntese
            Neoclássica
     • O nível de emprego e o salário real são
       determinados inteiramente no mercado de
       trabalho.
     • O nível de emprego de equilíbrio independe
       das ocorrências no mercado de produto e nos
       mercados de moeda e títulos.
     • O modelo apresenta uma dicotomia entre o
       mercado de trabalho (que determina a curva
       de oferta agregada) e os mercados bens, de
       moeda e títulos (a partir dos quais se obtém a
       curva da demanda agregada).                                                      58
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O modelo clássico completo da Síntese
            Neoclássica
• O modelo clássico para uma economia fechada
  corresponde às seguintes equações:

  y = c[y – t(y)] + i(r) + g          equilíbrio no mercado de produto
                                       Com y0 , determina r0
 M                                     equilíbrio no mercado de moedas
       lr    ky                        e títulos
 P
                                       Com r0 e y0 , determina P0
  y y N, K                             função de produção
                                       Com N0 , determina y0

 f (N) = g (N)                         equilíbrio no mercado de trabalho
                                       Determina N0                      59
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
O modelo clássico completo da Síntese
            Neoclássica
   • No modelo clássico da Síntese
     Neoclássica, a demanda agregada só
     determina o nível de preço,

   • Mas não altera o nível de produto de
     equilíbrio.



                                                                                        60
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
    Política fiscal no modelo clássico da Síntese Neoclássica
                             D1
         P             D0            OO         Excesso de
         P1                          C
                                                demanda             Oferta e demanda agregada
         P0                                B
                                 A
                                                  D1
                                                D0
                                   y0             y
         r                  I1       M1(M0/P1)
                       I0          C     M0(M0/P0)                  Equilíbrio nos mercados de bens e de moedas
                  L1                           S1
             r0                         B                                Aumento de G
                                 A
                       L0                   S0
                                  y0      y1            y
                                               g(N)                 Equilíbrio no mercado de trabalho
                                     C=A
                  0

                                                 f(N)                    Não há ilusão monetária
                                     N0                     N                  P não afeta
              W                          P1.g(N)
                                       C
              W1                          P0.g(N)                   Equilíbrio no mercado de trabalho
             W0                           A               P1.f(N)
                                                        P0.f(N)
                                                                                                             61
                                       N0                  N
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

  Política fiscal no modelo clássico da
           Síntese Neoclássica
  • O nível de renda de equilíbrio não se alterou,
      – Mas a taxa de juros aumentou (de ro para r1).
      – Com isso, o investimento do setor privado
        diminuiu.

  • Pode-se concluir que no modelo clássico o
    aumento dos gastos do governo não altera a
    renda de equilíbrio, mas apenas substitui o
    investimento privado pelo gasto do governo na
    composição da renda de equilíbrio.                                                  62
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
 Política monetária no modelo clássico da Síntese Neoclássica
       P            D                   Excesso de
                  D0 2 OO
       P2              C                demanda          Oferta e demanda agregada
       P0                          B
                         A
                                          D
                                        D0 2
                             y0    y2            y
                                     M
                                   M0 0
        r           I0       A    M2 P0
         r0 L                     P2    M
                                                         Equilíbrio nos mercados de bens e monetário
              0     M2                M2 2
                                         P0
         r2         P0
                  L2               B S                     Aumento da oferta nominal de
                                       0
                         y0       y2     y                 moeda
                                  A g(N)                 Equilíbrio no mercado de trabalho
              0

                                          f(N)
                             N0                      N
          W
                                        P0.g(N)          Equilíbrio no mercado de trabalho
         W0                        A
                                             P0.f(N)
                                  N0             N                                                     63
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
 Política monetária no modelo clássico da Síntese Neoclássica
       P            D
                  D0 2 OO
       P2               C                              Oferta e demanda agregada
       P0                        B
                       A
                                        D
                                      D0 2
                           y0    y2           y
                             M0 M2
                        M0     ,
        r         I0 C=A M P0 P2
         r0
                           2
                                 M2                    Equilíbrio nos mercados de bens e monetário
              L0 M       p2 M2
                     2           P0
        r2
                L p0
                   2
                         B S
                                       0                 Aumento da oferta nominal de
                       y0       y2            y          moeda
                           C= A g(N)                   Equilíbrio no mercado de trabalho
              0

                                       f(N)                     Não há ilusão monetária
                           N0                     N                  P não afeta
          W                      P2.g(N)
          W2                       P0.g(N)             Equilíbrio no mercado de trabalho
          W0                    A            P2.f(N)
                                           P0.f(N)
                                N0             N                                                     64
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Política monetária no modelo clássico
        da Síntese Neoclássica
   • Os valores de y, e N não se alteraram, mas
     apenas o nível de preço e o salário nominal.
   • Ou seja, uma modificação da quantidade
     nominal de moeda não altera o lado real da
     economia, mas apenas os valores nominais.
               Isto é conhecido como a neutralidade
               da moeda.
   • Nota-se que no modelo clássico a demanda
     agregada só determina o nível de preço, mas
     não altera o nível de produto de equilíbrio.
                                                                                        65
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Políticas fiscal e monetária no modelo
  clássico da Síntese Neoclássica
  • Raciocínio nos modelos da Síntese Neoclássica:
    – Partem de um ponto de equilíbrio inicial da
        economia;
    – Consideram, então, uma perturbação (como
        uma      política   fiscal ou     monetária
        expansionista) na economia;
    – Verificam que desajuste essa perturbação
        gera entre oferta e demanda agregada;
    – Esse desajuste levará a uma modificação
        dos preços, que podem subir ou reduzir);
    – Essa modificação dos preços levará a
        economia a atingir um novo equilíbrio.                                          66
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Políticas fiscal e monetária no modelo
  clássico da Síntese Neoclássica
      • Raciocínio nos modelos da Síntese Neoclássica:
         –   Partem de um ponto de equilíbrio inicial da
             economia;
         –   Consideram, então, uma perturbação (como
             uma      política    fiscal ou     monetária
             expansionista) na economia;
         –   Verificam que desajuste essa perturbação
             gera entre oferta e demanda agregada;
         –   Esse desajuste levará a uma modificação
             dos preços, que podem subir ou reduzir);
         –   Essa modificação dos preços levará a
             economia a atingir um novo equilíbrio.
 • Portanto, a modificação dos preços permite que a
   economia se ajuste a uma perturbação que sofra. 67
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
   no modelo clássico da Síntese Neoclássica
                                                    W
   • Oferta de trabalho:                                    gN
                                                    P

   • Supondo formato linear:
                                   W
                                           D N
                                   P
                     ou

                                 W       D P N
                                                                                        68
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
   no modelo clássico da Síntese Neoclássica


                                            1
                            C P N                D P N
                       Demanda de                Oferta
                         trabalho               trabalho

                     Em que 0 <              <1 e C>0

                                           1
                                 C N             D N
                                                                                        69
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
   no modelo clássico da Síntese Neoclássica

                                           1
                                 C N               D N
                                               2
                                  C N               D
                                      2        D
                                N
                                                C
                                                   1
                                          D            2
                              N
                                           C
                 Em que C > 0 e D > 0                      N>0
                                                                                        70
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
   no modelo clássico da Síntese Neoclássica
                                1
                      D             2
                                                       y      C N
           N
                       C

                                            D           2
                            y       C
                                             C
   Curva de oferta agregada para o modelo clássico

     C, D e       são parâmetros     y independe de P
                 curva de oferta agregada vertical                                      71
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho
   no modelo clássico da Síntese Neoclássica

           Considere o seguinte exemplo numérico:

  Função de produção:                      y 20 N0,5
                                           W
  Oferta de trabalho:                         10 N
                                           P

      Calcular equação de demanda de trabalho e a
          equação da curva de oferta agregada

  Pag. 159-160                                                                          72
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
          Síntese Neoclássica
  Curva IS – equilíbrio no
                                                  r     A0       A1 g A 2 y
  mercado de produto

  Curva LM – equilíbrio no                                     M
                                                  r     B0       B1 y
  mercado de moeda                                             P
  Função de produção:                             y      C N
  Curva de Oferta de trabalho:                        W       D P N
  Curva de Demanda de trabalho:                                                    1
                                                      W            C P N                73
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
          Síntese Neoclássica




  Em que A0 > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , B0 < 0 , B1 > 0 ,
         C > 0 , 0 < < 1 e D > 0.                                                       74
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
          Síntese Neoclássica
   • A curva de demanda agregada surge do
     equilíbrio simultâneo nos mercados de produto,
     moeda e títulos:
                     A0              A1                   B0         M
             y                           g
                   A2 B1           A2 B1               A2 B1         P

   • A curva de oferta agregada surge do equilíbrio
     no mercado de trabalho, substituindo o seu
     resultado na função de produção:
                            D     2
                    y C                                                                 75
                             C
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
          Síntese Neoclássica
      Considere o seguinte exemplo numérico:
Função consumo:      C = 80 + 0,90·(y–t)
Função investimento: i = 750 – 2.000·r
Função tributação:   t = 0,30·y
Gastos do governo:   g = 750
                          Md
Demanda real de moeda:          0,1625 y 1.000 r
                          P
Oferta nominal de moeda: Ms = 600
Função de produção: y = 1.063,659·N0,5
Oferta de trabalho:  W = 10·P·N                                                         76
                                                                Pag. 161-163
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
          Síntese Neoclássica
      Considere o seguinte exemplo numérico:
Função consumo:      c = 75 + 0,85·(y–t)
Função investimento: i = 650 – 1.800·r
Função tributação:    t = 0,30·y
Gastos do governo:   g = 800
                          Md
Demanda real de moeda:         0,1625 y 1.000 r
                           P
Oferta nominal de moeda: Ms = 800
Função de produção: y = 962,296·N0,5
Oferta de trabalho:  W = 10·P·N                                                         77
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
          Síntese Neoclássica




                     Calcule y, P, r, N, w e W                                          78
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
          Síntese Neoclássica

     • Nota-se que a partir das funções consumo,
       investimento, tributação, certo valor de g,
       função demanda real de moeda, valor da
       oferta nominal de moeda, função de
       produção e função de oferta de trabalho,
       deduz-se: a curva IS, a curva LM, a curva de
       demanda agregada, a curva de oferta
       agregada e o ponto de equilíbrio da
       economia.
                                                                                        79
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Expressão algébrica do modelo clássico da
          Síntese Neoclássica
• A partir das funções consumo, investimento e tributação e dos gastos do
  governo, obtém-se a curva IS.
• A partir das funções oferta e demanda de moeda, obtém-se a curva LM.
• A curva de demanda agregada surge do equilíbrio simultâneo nos
  mercados de produto e de moeda.
• A partir da função de produção, é derivada a curva de demanda de
  trabalho.
• O equilíbrio no mercado de trabalho ocorre quando a demanda de
  trabalho é igual à oferta de trabalho.
• Substituindo esse valor de N na função de produção, encontra-se a curva
  de oferta agregada (que é uma reta vertical no plano y versus P).
• Igualando oferta e demanda agregada encontra-se preço de equilíbrio e
  produção de equilíbrio.
• Substituindo o valor de y na curva IS, encontra-se r.
• Substituindo o valor de N e P na expressão de oferta de trabalho,
  encontra-se W.                                                          80
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

    Modelo salário nominal da Síntese
              Neoclássica
   • Agora será considerado que os
      trabalhadores estão interessados no
      salário nominal, de modo que a oferta de
      trabalho é função do salário nominal W e
      não do salário real                  W    .
                                           P



                                                                                        81
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

    Modelo salário nominal da Síntese
              Neoclássica
   • O trabalhador tenta maximizar a função utilidade,
                         U = U(Y, S)
      sujeito à restrição orçamentária,
                        Y = W (H – S)
       em que
          Y = renda nominal,
          S = horas de lazer,
          H = tempo total disponível
          W = salário nominal.                                                          82
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

    Modelo salário nominal da Síntese
              Neoclássica
            y U0
                         U1 H
         W1.H

             y1               B
                                                                            U1

         W0.H
             y0                                 A
                                                                            U0
                             S1                S0                    H      S
                                                                                        83
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

    Modelo salário nominal da Síntese
              Neoclássica
                     W


                    W1
                    W0



                                              n0 n1         n

       Assim, pode-se construir a curva de oferta de
               trabalho de um trabalhador                                               84
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    Modelo salário nominal da Síntese
              Neoclássica

     • Oferta de trabalho agregada.
 W
                                                          Nota-se que a
                                   W = h(N)             oferta de trabalho
                                                        no modelo salário
                                                           nominal não
                                                        depende do nível
                                                          geral de preço

                                               N
                                                                                        85
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    Modelo salário nominal da Síntese
              Neoclássica

     • A demanda de trabalho no modelo
       salário nominal é a mesma que no
       modelo clássico. Isto é:
                                 W = P f(N)
        Obtida de uma função de produção
        com rendimentos marginais
        decrescentes do fator trabalho (o único
        variável).                                                                      86
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   O equilíbrio no mercado de trabalho segundo o
   modelo salário nominal da Síntese Neoclássica


     • Foram formuladas as seguintes
       equações:

        oferta de trabalho                             W = h(N)

        demanda de trabalho                            W = P f(N)

        equilíbrio                                     h(N) = P f(N)

                                                                                        87
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   O equilíbrio no mercado de trabalho segundo o
   modelo salário nominal da Síntese Neoclássica

          W                                                    h (N)

                                                 E
          W0
                                      G                    F
          W1
                                                               P0.f (N)

                                      NS         N0      ND      N

• Observa-se que se o salário nominal for W1, a demanda de
  trabalho ND será maior que a oferta de trabalho NS.
• O excesso de demanda de trabalho (ND – NS) gera um aumento
  do salário nominal, até o valor de equilíbrio W0 ser alcançado. 88
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A curva de oferta agregada no modelo salário
      nominal da Síntese Neoclássica

W                                                    h (N)
                                                                    O nível de
W0
                                       E                             emprego
                            G                    F                      de
W1                                                                   equilíbrio
                                                     P0.f (N)
                                                                     depende
                            NS         N0       ND      N           do nível de
                                                                      preços.
       equilíbrio               h(N) = P f(N)

                                                                                        89
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        A curva de oferta agregada no modelo salário
              nominal da Síntese Neoclássica
W                                              Equilíbrio no
                              C h (N)
                          B                    mercado de
                  A                            trabalho.
                                   P2.f (N)                    • Com um preço maior, o
                                P1.f (N)                         valor nominal do produto
                              P0.f (N)                           marginal (P PMgT) sobe.
                   N0 N1 N2            N                         Em cada nível de salário
  y
y2                                                               nominal, as firmas
   y1
y0                        B C              Função de             desejarão contratar mais
                      A
                                           Produção              trabalho, para elaborar um
                                                                 produto maior.

                 N0       N1N2         N
                                                               • Já a oferta de trabalho
                                   O
                                                                 depende do salário
     P
                              C            Oferta                nominal, não sendo
    P2
                          B                agregada              influenciada pelo preço.
    P1
                      A
    P0                                                             P
             O
                                                                                            90
                  y0      y1 y2        y
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As equações do modelo salário nominal da
          Síntese Neoclássica
• Equilíbrio no mercado de produto                      y cy t y ir                 g
• Equilíbrio no mercado de moedas                         M
                                                             lr k y
                                                          P
• Equilíbrio no mercado de trabalho                       hN P f N
• Função de produção                                            y    y N, K
  Neste modelo não se tem o caso de uma equação com
  apenas uma incógnita.
  A solução do sistema de equações acima tem que ser
  simultânea, ao contrário do modelo clássico em que o
  produto real era determinado no mercado de trabalho.                                  91
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Os efeitos da política fiscal no modelo salário
      nominal da Síntese Neoclássica
   P              D0    D1                    O                                  Aumento de g
                                                              Curvas de
                                                               oferta e
  P2
                        A
                                                              demanda     Excesso de demanda (y1 – y0)
                                          B
  P0                                                          agregada
                                                       D1
             O                            D0                                     Aumento de P
                       y0            y1           y
                  I0        I1
   r

                                      B           M0            Curvas
                            A                                  IS e LM
                                                  S1
   r0
             L0                            S0
                       y0             y1          y
        W
                                                      h(N)    Curvas de
                                 A                             oferta e
        W0                                                   demanda de
                                           P0 .f(N)            trabalho                                  92
                             N0                        N
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Os efeitos da política fiscal no modelo salário
      nominal da Síntese Neoclássica
   P              D0    D1                  O                                     Aumento de g
                                                             Curvas de
                                                              oferta e
                                 C
  P2
                        A
                                                             demanda       Excesso de demanda (y1 – y0)
                                       B
  P0                                                         agregada
                                                     D1
             O                         D0                                         Aumento de P
                       y0 y2 y1                  y
                            I1                                           Desloca a curva LM para esquerda
   r              I0                        M1
                                  C
   r2                                           M0                              Eleva taxa de juros
                                      B                        Curvas
             L1             A                                 IS e LM
                                                 S1
   r0                                                                          Reduz o investimento
             L0                            S0
                       y0        y2   y1         y                        Reduz y (isto é observado como
        W
                                                     h(N)    Curvas de     um deslocamento ao longo da
                                  A                           oferta e               curva OO)
        W0                                                  demanda de
                                           P0 .f(N)           trabalho                                     93
                             N0                       N
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Os efeitos da política fiscal no modelo salário
      nominal da Síntese Neoclássica
   P              D0    D1                     O                                      Aumento de g
                                                                Curvas de
                                                                 oferta e
                                 C
  P2
                        A
                                                                demanda       Excesso de demanda (y1 – y0)
                                           B
  P0                                                            agregada
                                                        D1
             O                             D0                                         Aumento de P
                       y0 y2          y1            y
                            I1                                                Desloca a curva de demanda de
   r              I0                           M1
                                  C                                          trabalho para a direita (pois eleva
   r2                                              M0                        P PMgT, permitindo às empresas
                                       B                          Curvas
                                                                 IS e LM    pagarem maiores salários nominais
            L1              A                       S1
   r0                                                                       para cada quantidade de trabalho).
             L0                             S0
                                                                                 Com isso, aumenta-se a
                       y0        y2    y1           y                             quantidade de trabalho
        W
                                                        h(N)    Curvas de    empregada, elevando o produto
        W2                                 C                     oferta e
                                  A                                          ofertado (isto é observado como
        W0                                        P2 .f(N)     demanda de     um deslocamento ao longo da
                                            P0 .f(N)             trabalho                                    94
                             N0            N2        N                                   curva OO
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
Os efeitos da política fiscal no modelo salário
      nominal da Síntese Neoclássica
   P              D0    D1                     O
                                                                Curvas de
                                                                 oferta e • O preço elevará até
  P2                             C                              demanda     P2, estabelecendo o equilíbrio
                        A                  B
  P0                                                            agregada    em y , N , r e W (ponto C).
                                                                                  2   2   2   2
                                                        D1
             O                             D0
                       y0 y2          y1            y                      • O investimento diminui porque
                  I0        I1                                               a taxa de juros subiu. Mas a
   r                                           M1
                                  C                                          diminuição de i foi em
   r2                                              M0
                                       B                          Curvas     montante inferior ao aumento
             L1             A                                    IS e LM     de g (y aumentou).
                                                    S1
   r0
             L0                             S0
                                                                          • No modelo clássico, variações
                       y0        y2    y1           y                       de g afetavam, apenas P. No
        W
                                                        h(N)    Curvas de
        W2                                 C                                modelo salário nominal afeta
                                  A                              oferta e
        W0                                        P2 .f(N)     demanda de   P e y.
                                            P0 .f(N)            trabalho                                     95
                             N0            N2        N
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
        Os efeitos da política monetária no modelo
         salário nominal da Síntese Neoclássica
   P              D0    D1                   O                                       Aumento de M
                                                                Curvas de
                                                                 oferta e
                             C
  P2
                         A
                                                                demanda      Excesso de demanda (y1 – y0)
                                        B
  P0                                                            agregada
                                                      D1
             O                          D0                                           Aumento de P
                       y0 y2       y1            y
                                                                            A elevação da taxa de juros reduz
   r              I0
                                                                            o investimento i, provocando um
                                                 M0                         deslocamento ao longo da curva
                                                       M2 M1      Curvas
                                                                 IS e LM     de demanda agregada D1D1, do
   r0                    A
                               C                                                      ponto B ao C.
   r2        L0                         B
   r1                  L2 L1                S0
                        y0 y2       y1           y
        W
                                                     h(N)       Curvas de
                               A                                 oferta e
        W0                                                     demanda de
                                            P0 .f(N)             trabalho                                   96
                             N0                        N
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        Os efeitos da política monetária no modelo
         salário nominal da Síntese Neoclássica
   P              D0    D1                  O                                        Aumento de M
                                                               Curvas de
                                                                oferta e
                             C
  P2
                         A
                                                               demanda       Excesso de demanda (y1 – y0)
                                        B
  P0                                                           agregada
                                                      D1
             O                          D0                                           Aumento de P
                       y0 y2       y1            y
                                                                             Desloca a curva de demanda de
   r              I0
                                                                            trabalho para a direita (pois eleva
                                                 M0                         P PMgT, permitindo às empresas
                                                      M2 M1      Curvas
                                                                IS e LM    pagarem maiores salários nominais
   r0                    A
                               C                                           para cada quantidade de trabalho).
   r2        L0                         B
   r1                  L2 L1                S0
                                                                        O produto ofertado aumenta, o que
                        y0 y2       y1           y                      é visto como um deslocamento ao
        W
                                                     h(N)     Curvas de longo da curva de oferta agregada
        W2                              C                      oferta e
                               A                                               OO do ponto A ao C.
        W0                                     P2 .f(N)       demanda de
                                         P0 .f(N)               trabalho                                     97
                             N0         N2        N
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira
        Os efeitos da política monetária no modelo
         salário nominal da Síntese Neoclássica
   P              D0    D1                  O
                                                               Curvas de
                                                                oferta e • O preço elevará até
  P2                         C                                 demanda     P2, estabelecendo o equilíbrio
                         A              B
  P0                                                           agregada    em y , N , r e W (ponto C).
                                                                                  2   2   2   2
                                                      D1
             O                          D0
                       y0 y2       y1            y                         • No modelo salário nominal a
                  I0                                                         moeda não é neutra. Ela afeta
   r
                                                                             as variáveis reais da economia.
                                                 M0              Curvas
                                                      M2 M1
   r0                    A                                      IS e LM    • O aumento da quantidade de
                               C
   r2        L0                         B                                    moeda causa aumento do PIB.
   r1                  L2 L1                S0
                        y0 y2       y1           y
        W
                                                     h(N)      Curvas de
        W2                              C                       oferta e
                               A
        W0                                     P2 .f(N)       demanda de
                                         P0 .f(N)               trabalho                                       98
                             N0         N2        N
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Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
   modelo salário nominal da Síntese Neoclássica

   • Oferta de trabalho:                         W      hN


   • Supondo formato linear:

                                   W E N
                     em que
                                      E 0
                                                                                        99
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Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
   modelo salário nominal da Síntese Neoclássica


                                              1
                               C P N               E N
                                               Oferta de
                          Demanda              trabalho
                             de
                          trabalho
                                  C P E N2

                                 2             C P
                              N
                                               E
                                                                                    100
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Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
   modelo salário nominal da Síntese Neoclássica

                                  2            C P
                              N
                                               E
                                                       1
                                          C P      2             Há um valor de
                              N                                  N de equilíbrio
                                          E                       para cada P

  Considerando a função de produção: y                             C N

                                            C P        2
                          y       C
                                            E
                                                                                    101
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Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
   modelo salário nominal da Síntese Neoclássica

                                            C P       2
                           y     C
                                            E
  curva de oferta agregada no modelo salário nominal

                     0           1                            0
                                                2
• Logo, quando P é aumentado, eleva-se y.
• A curva de oferta agregada do modelo salário
  nominal é positivamente inclinada no plano
  cartesiano renda (y) versus nível geral de preços (P).102
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  Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no
     modelo salário nominal da Síntese Neoclássica

           Considere o seguinte exemplo numérico:

  Função de produção:                      y     20 N0,5

  Oferta de trabalho:                      W      0,01 N


      Calcular a curva de oferta agregada do modelo
                      salário nominal

  Pag. 174-175                                                                      103
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    Expressão algébrica do modelo salário
       nominal da Síntese Neoclássica
  Curva IS – equilíbrio no
                                                  r     A0       A1 g A 2 y
  mercado de produto

  Curva LM – equilíbrio no                                     M
                                                  r     B0       B1 y
  mercado de moeda                                             P
  Função de produção:                             y      C N
  Curva de Oferta de trabalho:                           W E N

  Curva de Demanda de trabalho:                                                    1
                                                      W            C P N               104
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    Expressão algébrica do modelo salário
       nominal da Síntese Neoclássica




  Em que A0 > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , B0 < 0 , B1 > 0 ,
         C > 0 , 0 < < 1 e E > 0.                                                   105
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    Expressão algébrica do modelo salário
       nominal da Síntese Neoclássica
   • A curva de demanda agregada surge do
     equilíbrio simultâneo nos mercados de produto,
     moeda e títulos:
                      A0             A1                   B0        M
              y                          g
                    A2 B1          A2 B1               A2 B1        P

   • A curva de oferta agregada surge do equilíbrio
     no mercado de trabalho, substituindo o seu
     resultado na função de produção:
                            C P 2
                   y C
                            E                                                       106
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    Expressão algébrica do modelo salário
       nominal da Síntese Neoclássica
      Considere o seguinte exemplo numérico:
Função consumo:      c = 75 + 0,90·(y–t)
Função investimento: i = 650 – 1.000·r
Função tributação:    t = 0,20·y
Gastos do governo:   g = 1.500
                                          Md
Demanda real de moeda:                            0,2000 y 2.000 r
                                          P
Oferta nominal de moeda: Ms = 300
Função de produção: y = 450,000·N0,5
Oferta de trabalho:  W = 0,01·N                                                     107
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    Expressão algébrica do modelo salário
       nominal da Síntese Neoclássica




                     Calcule y, P, r, N, w e W                                      108
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    Expressão algébrica do modelo salário
       nominal da Síntese Neoclássica
      Considere o seguinte exemplo numérico:
Função consumo:      C = 80 + 0,90·(y–t)
Função investimento: i = 750 – 2.000·r
Função tributação:    t = 0,30·y
Gastos do governo:   g = 750
                          Md
Demanda real de moeda:         0,1625 y 1.000 r
                           P
Oferta nominal de moeda: Ms = 600
Função de produção: y = 1.063,659·N0,5
Oferta de trabalho:  W = 0,01·N                                                     109
                                                                Pag. 176-179
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                                                              No Modelo Brasileira

                                  A armadilha da liquidez
         P            D1     D0
                                       O                                 • Considere que haja queda das
                                                           Equilíbrio
                                                           entre oferta    expectativas de lucros e redução
                                                           e demanda       brusca do volume de investimento.
     P0                                                    agregada.     • O excesso de oferta (y0 – y1) reduz
                      D1               O         D0
                                                                           os preços.
                 y1               y0                   y
                                                                         • O produto demandado permanece
                                             g(N)          Equilíbrio no   estável em y1, ou seja, a curva de
                                                           mercado de      demanda agregada torna-se
     0                                                     trabalho.       vertical.
                                                                         • A alteração dos preços não afeta o
                                             f(N)
                                                                           mercado de trabalho e, portanto, a
             y1                        N0              N                   oferta agregada ainda é vertical no
         r                  I0                                             produto y0.
                                                      M0   Equilíbrio
                                                           simultâneo    • Nota-se que se não houver uma
                                                      M1
             I1                                            nos mercados política fiscal para deslocar a curva
    r0                                                     de produto e    IS, a economia permanece fora do
             L                              S0             de moeda.       equilíbrio, com o excesso de oferta
                       S1
                  y1              y0                   y                   (y0 – y1).                         110
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                                  A armadilha da liquidez
         P            D1     D0
                                       O
                                                           Equilíbrio
                                                                           • Isto é a inconsistência do
                                                           entre oferta
                                                           e demanda         modelo clássico, oriunda
     P0                                                    agregada.         da economia operar com
                      D1               O         D0
                 y1
                                                                             uma taxa de juros muito
                                  y0                   y
                                                                             baixa, na qual os indivíduos
                                             g(N)          Equilíbrio no     são indiferentes a ter
                                                           mercado de
                                                           trabalho.
                                                                             moeda ou títulos (essa
      0
                                                                             situação é chamada de
                                             f(N)                            armadilha da liquidez).
             y1                        N0              N
         r                  I0                        M0   Equilíbrio
                                                      M1   simultâneo
             I1                                            nos mercados
    r0                                                     de produto e
             L                              S0             de moeda.
                       S1
                  y1              y0                   y                                                111
BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

                                  A armadilha da liquidez
         P            D1     D0                                                   No Modelo Salário Nominal
                                                  O          Equilíbrio    • Considere que haja queda das
                                                             entre oferta    expectativas de lucros e redução
                                                             e demanda       brusca do volume de investimento.
     P0
                                                             agregada.     • O excesso de oferta (y0 – y1) reduz
     P1 O D1                                     D0
                                                                             os preços.
                 y1               y0                     y
                                                                           • O produto demandado permanece
     W                                           g(N)        Equilíbrio no   estável em y1, ou seja, a curva de
                                                             mercado de      demanda agregada torna-se
    W0                                                       trabalho.       vertical.
                                                                           • o produto de equilíbrio nesses
                       P1·f(N)               P0·f(N)
                                                                             mercados fica em y1, apesar do
             y1                        N0                N                   preço cair.
         r                  I0                        M0     Equilíbrio    • O modelo salário nominal permite a
                                                             simultâneo      economia estar em equilíbrio em
                                                        M1
             I1                                              nos mercados uma situação de armadilha de
    r0                                                       de produto e    liquidez. E para sair de tal situação
             L                              S0               de moeda.       é necessária uma política fiscal
                       S1
                  y1              y0                     y                   expansionista.                       112
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Artigo equina 40 mar abr 2012
 

Modelos da Síntese Neoclássica

  • 1. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Parte 3 – Modelos Alternativos de Curva de Oferta Agregada Nesta parte serão discutidos oito modelos alternativos de curva de oferta agregada. Será considerada uma economia fechada. 1
  • 2. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Capítulo 7 Modelos da Síntese Neoclássica 2
  • 3. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Aula Anterior CAPÍTULO 6 – Primórdios da curva de oferta agregada 6.1 Mercado de trabalho; 6.1.1 Conceitos básicos para entender o funcionamento do mercado de trabalho. 3
  • 4. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Nesta Aula CAPÍTULO 7 – Modelos da Síntese Neoclássica 7.1 A função de produção; 7.2 A demanda de trabalho; 7.3 A oferta de trabalho; 7.4 Modelo clássico da Síntese Neoclássica; 7.5 O modelo salário nominal da Síntese Neoclássica; 7.6 A armadilha da liquidez; 7.7 O modelo básico da Síntese Neoclássica; 7.8 Modelo da Síntese Neoclássica com influência dos autores novos clássicos; 7.9 Modelo de curva de oferta agregada da Síntese Neoclássica com influência dos autores novos 4 keynesianos.
  • 5. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Introdução • Neste tópico são desenvolvidos cinco modelos da curva de oferta agregada baseados no equilíbrio do mercado de trabalho e com firmas maximizando a massa de lucros. 5
  • 6. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelos da Síntese Neoclássica • Síntese Neoclássica é a denominação que se dá aos modelos macroeconômicos que combinam a curva de demanda agregada via o modelo IS/LM com curvas de oferta agregada obtidas a partir de formulações neoclássicas de funcionamento do mercado de trabalho. 6
  • 7. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelos da Síntese Neoclássica • Estes modelos têm em comum o fato de considerarem firmas em concorrência perfeita e em monopólio que maximizam a massa de lucro, e o fato de considerarem uma função de produção de curto-prazo com produtos marginais decrescentes do fator variável. 7
  • 8. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A função de produção • Uma função de produção é uma equação que dá o máximo de produto que se pode obter de uma série de fatores ou insumos. • Assim, a função de produção representa como fatores de trabalho (N), capital (K), recursos naturais (T) são combinados para gerar o produto nacional (y). Ou seja: y = y (N, K, T) 8
  • 9. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A função de produção y = y(N, K, T) • No curto prazo, pode-se considerar o montante de capital, de recursos naturais e a tecnologia como sendo constantes e definidos por K. Assim, a função de produção de curto prazo é: y y N, K • A função de produção indica o montante de trabalho, N, necessário para gerar um dado nível de produto y. 9
  • 10. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A função de produção y = y(N, K, T) • No curto prazo, pode-se considerar o montante de capital, de recursos naturais e a tecnologia como sendo constantes e definidos por K. Assim, a função de produção de curto prazo é: y y N, K • Uma das possíveis especificações da função de produção de curto prazo é: y = C N . 10
  • 11. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Estágios de Produção y Função de produção y f N, K N y PMeT N y N PMgT N 11
  • 12. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Estágios de Produção y Função de produção ESTÁGIO I y fN Estágio I É excluído porque engloba N rendimentos médios crescentes y do insumo PMeT variável. N y N PMgT N 12
  • 13. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Estágios de Produção y Função de produção ESTÁGIO I y fN ESTÁGIO III Estágio III É excluído porque apresenta PMgT N negativo (há desperdício do y fator variável). PMeT N y N PMgT N 13
  • 14. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Estágios de Produção y Função de produção ESTÁGIO I y fN ESTÁGIO III Estágio II É o estágio relevante de N produção (racional) y PMeT N y N PMgT N 14
  • 15. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho • A análise será feita considerando a demanda de trabalho para uma firma competitiva e para uma firma monopolista e em seguida serão agregadas as demandas de trabalho de todas as firmas competitivas e monopolistas. 15
  • 16. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho • Considere uma firma competitiva que tenha como objetivo maximizar a massa de lucros e tenha uma função de produção como y = y(N,K), em que o fator variável é a quantidade de trabalho e apresenta, inicialmente, rendimentos marginais crescentes e depois rendimentos marginais decrescentes do 16 fator trabalho.
  • 17. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho • Sendo PMgT o produto marginal do fator trabalho, o acréscimo da receita ( RT) da firma ao empregar N de trabalho adicional é: RT = P·PMgT· N sendo o trabalho o único fator variável, o acréscimo de custo ao empregar N de trabalho é C = W· N, em que W é o salário nominal por unidade de trabalho. 17
  • 18. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho RT = P·PMgT· N C = W· N • A firma competitiva atinge o máximo lucro total quando: RT = C No estágio II da P·PMgT· N = W· N função de produção: W = P·PMgT N PMgT W e PMgT N PMgT P em que é o salário real. 18
  • 19. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho =W P Demanda de trabalho em função do salário W0 real, para uma firma P em concorrência =PMgT perfeita N0 N W Demanda de trabalho em função do salário W0 nominal, para uma W=P.PMgT firma em concorrência perfeita N0 N 19
  • 20. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho =W • Observa-se que existe P uma curva de demanda de trabalho para cada nível W0 de preço. P • Se P aumentar, a curva de =PMgT demanda de trabalho se desloca para a direita. N0 N • Isto ocorre porque se P aumenta, a firma deseja W contratar, em cada nível de salário nominal, uma W0 quantidade maior de trabalho de modo a W=P.PMgT aumentar a sua produção. N0 N 20
  • 21. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho • Considere uma firma monopolista. • Ela se depara com uma curva de demanda negativamente inclinada pelo seu produto. Logo, a firma monopolista pode variar preço e produção. Sua receita total é de RT = P·Q e sua receita marginal RT é RMg . Q 21
  • 22. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho RT RMg Q P Q RMg Para frações Q infinitesimais: P Q Q P RMg Q Q P P RMg P Q P Q Q Q Q Q P RMg P 1 P Q 22
  • 23. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho Q P RMg P 1 P Q Sendo e a elasticidade-preço da demanda, tem-se: 1 RMg P 1 e 23
  • 24. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho Ganho do monopolista ao = RMg · PMgT contratar um novo trabalhador: RT RT Q N Q N 1 RT P 1 PMgT N e 24
  • 25. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho Uma firma monopolista atinge o máximo lucro quando: RT C 1 P 1 PMgT N W N e 1 W P 1 PMgT e W 1 1 PMgT P e 25
  • 26. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho =W Demanda de trabalho P em função do salário real, para uma firma W0 monopolista P 1 1 PMgT e N0 N Demanda de trabalho W em função do salário nominal, para uma W0 firma monopolista 1 W P 1 PMgT e N0 N 26
  • 27. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho • Para se obter a curva de demanda agregada de trabalho, deve-se somar horizontalmente as curvas de demanda de trabalho de cada firma em concorrência perfeita com as curvas de demanda de trabalho de cada firma monopolista. • Nota-se que se soma quantidade de trabalho em cada nível de salário. 27
  • 28. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho • Para haver a maximização da massa de lucros por parte de uma firma em concorrência perfeita i tem-se que é necessário = PMgT, que é função da quantidade de trabalho Ni. – Quanto maior Ni, menor PMgTi. gi Ni Ni hi 28
  • 29. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho • Para haver maximização da massa de lucros por parte de uma firma monopolista j é necessário: 1 1 PMgTj ej • Mas PMgTj = l(Nj). Logo, para uma firma monopolista necessita-se, para haver maximização dos lucros, que: 1 1 Nj mj 1 l Nj 1 ej 1 ej 29
  • 30. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho • A quantidade total de trabalho demandada na economia é dada pela expressão (em que i representa as firmas em concorrência perfeita e j as firmas em monopólio): 1 N Ni Nj hi mj i j i j 1 1 ou ej N p N 30
  • 31. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho N p W fN P ou W P fN 31
  • 32. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho =W P Demanda de trabalho em função do salário W0 real, para toda a P economia fN N0 N W Demanda de trabalho em função do salário W0 nominal, para toda a economia W P fN N0 N 32
  • 33. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho • Quando uma firma demanda trabalho, ela oferta salário ao trabalhador. • Assim, as equações dos slides anteriores (e seus gráficos) expressam a demanda de trabalho pelo conjunto de firmas em cada nível de salário ou a oferta de salário para cada nível de emprego. 33
  • 34. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A demanda por trabalho W W0 W P fN N0 N Se aumentar o nível de preço, a curva de demanda de trabalho se deslocará para a direita, pois as firmas – ao receberem um preço maior pelo produto que elaboram – desejarão, em cada nível de salário nominal, demandar maior quantidade de trabalho para poderem produzir mais de seu produto e tentarem vender a um preço constante. 34
  • 35. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de demanda de trabalho • Considerando a função: y y N, K • Pode-se ter: y C N O termo C indica que certa parcela do produto interno (y) depende do capital fixo. Logo, C > 0. 35
  • 36. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de demanda de trabalho y C N • Considera-se que as firmas operam no estágio II da função de produção, em que o produto marginal físico do trabalho é positivo, mas decrescente e menor do que o produto médio do trabalho. Isso implica: 2 y y 0 2 0 N N 36
  • 37. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de demanda de trabalho y C N 2 y y 0 2 0 N N y 1 C N 0 N C 0 1 0 N 0 N 0 37
  • 38. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de demanda de trabalho y C N 2 y y 0 2 0 N N 2 y 2 2 1 C N 0 N 0 C 0 1 0 1 2 N 0 N 0 38
  • 39. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de demanda de trabalho y C N 2 y y 0 2 0 N N C 0 e 0 1 39
  • 40. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de demanda de trabalho W y y C N PMgT P N W 1 1 C N W C P N P Como ( – 1) < 0 C P W 1 N 40
  • 41. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de demanda de trabalho C P W 1 N • Ao se aumentar N, diminui-se W. Isto implica a inclinação negativa da curva de demanda de trabalho. • Quando se aumenta P, encontra-se W maior para o mesmo N. Isto implica em deslocar a curva de demanda de trabalho para a direita. 41
  • 42. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de demanda de trabalho C P W 1 N • Considerando o seguinte exemplo: 0,5 y 20 N (função de produção) 0,5 1 W = 0,5 20 P N ? 0,5 W 10 P N 10 P W 0,5 N 42
  • 43. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A oferta de trabalho • Modelos de oferta de trabalho diferentes podem ser construídos segundo as seguintes alternativas de hipóteses: – A oferta de trabalho depende do salário nominal ou do salário real? – Os salários são rígidos ou flexíveis? 43
  • 44. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A oferta de trabalho • A oferta de trabalho depende do salário nominal ou do salário real? Inicialmente será considerado que os trabalhadores não se preocupam com o salário nominal, mas sim com o salário real (os trabalhadores não têm ilusão monetária) • Os salários são rígidos ou flexíveis? Será considerado que os salários nominais e os preços são flexíveis. • Essas eram as hipóteses das formulações teóricas antes da Teoria Geral de John Maynard Keynes, que foi chamada por esse autor de economia clássica. 44
  • 45. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo clássico da Síntese Neoclássica • Considere um trabalhador que pode alocar o seu tempo para trabalhar e, assim, obter renda ou alocá-lo para o lazer. U = U(y, S) Sendo U a utilidade, y a renda real e S as horas de lazer. • O total de horas disponíveis é de H, alocando n horas para o trabalho e S horas para o lazer. A renda obtida pelo trabalhador é: W Restrição y H S H S Orçamentária P 45
  • 46. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo clássico da Síntese Neoclássica y U0 U 1U H 2 ω2.H y2 C ω1.H U2 y1 B ω0.H U1 y0 A U0 S2 S1 S0 H S 46
  • 47. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo clássico da Síntese Neoclássica Ao salário 0 é ofertado trabalho igual a H – S0 = n0. Ao salário 1 a oferta de trabalho é H – S1 = n1. Veja que 1 > 0 e n1 > n0. Assim, pode-se construir a curva de oferta de trabalho de um trabalhador 47
  • 48. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo clássico da Síntese Neoclássica 0 n0 n Ao salário 0 é ofertado trabalho igual a H – S0 = n0. 48
  • 49. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo clássico da Síntese Neoclássica 1 0 n0 n1 n Ao salário 1 a oferta de trabalho é H – S1 = n1. 1 > 0 e n 1 > n0 49
  • 50. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo clássico da Síntese Neoclássica 1 0 n0 n1 n Assim, pode-se construir a curva de oferta de trabalho de um trabalhador 50
  • 51. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo clássico da Síntese Neoclássica • Observa-se que a partir de um determinado valor de salário real a curva de oferta de trabalho inclina- 1 se para a esquerda. 0 • Isto ocorre porque a partir de um certo nível de salário real o trabalhador n0 n1 n prefere aumentar as horas de lazer e diminuir as horas de trabalho. 51
  • 52. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo clássico da Síntese Neoclássica • Se forem somadas horizontalmente as curvas de oferta de trabalho de todos os trabalhadores será encontrada a curva de oferta de trabalho agregada. W gN W P gN P • Uma das possíveis formulações para g(N) é: g(N) = D N, sendo D > 0. 52
  • 53. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo clássico da Síntese Neoclássica • Oferta de trabalho agregada. = g(N) N 53
  • 54. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a formulação clássica da Síntese Neoclássica • Demanda de trabalho (ou oferta de salário) = f (N) ou W = P f (N) • Oferta de trabalho (ou demanda de salário) = g (N) ou W = P g (N) • A condição de equilíbrio – em que o salário ofertado é igual ao salário demandado – é : f (N) = g (N) ou P f(N) = P g(N) 54
  • 55. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a formulação clássica da Síntese Neoclássica W Equilíbrio do mercado de trabalho P g(N) Demanda de Trabalho = f (N) (ou oferta de salário) 0 Oferta de trabalho = g (N) f(N) (ou demanda de salário) N0 N W Equilíbrio no mercado de trabalho P0.g(N) Demanda de Trabalho W = P.f (N) W0 (ou oferta de salário) A Oferta de trabalho W = P.g (N) P0.f(N) N0 (ou demanda de salário) N y y(N,K) Função de produção y0 y y N, K N0 N P Oferta agregada de produto P0 A y0 y 55
  • 56. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a formulação clássica da Síntese Neoclássica W Equilíbrio do mercado de trabalho P g(N) 0 Não há ilusão monetária f(N) P não afeta N0 P .g(N) N W 1 Equilíbrio no mercado de trabalho B W1 P0.g(N) W0 P1.f(N) A P0.f(N) N0 N y y(N,K) Função de produção y0 N permanece fixo em N0 N0 N P P1 B Oferta agregada de produto P0 A A curva de oferta agregada é y0 y Se uma reta vertical 56 P
  • 57. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira O equilíbrio no mercado de trabalho segundo a formulação clássica da Síntese Neoclássica W Resumindo: P g(N) 0 • A partir da análise de equilíbrio do f(N) mercado de trabalho, observa-se o N0 P .g(N) N que ocorre com N quando P varia. W B 1 W1 P0.g(N) • Substitui N na função de produção. W0 P1.f(N) A P0.f(N) • Obtém-se y ofertado em cada nível N0 N de P. y y(N,K) y0 Note que a curva de oferta agregada não tem a mesma origem que as da N0 N P microeconomia convencional, P1 B baseadas na estrutura de custo P0 A marginal das firmas. y0 y 57
  • 58. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira O modelo clássico completo da Síntese Neoclássica • O nível de emprego e o salário real são determinados inteiramente no mercado de trabalho. • O nível de emprego de equilíbrio independe das ocorrências no mercado de produto e nos mercados de moeda e títulos. • O modelo apresenta uma dicotomia entre o mercado de trabalho (que determina a curva de oferta agregada) e os mercados bens, de moeda e títulos (a partir dos quais se obtém a curva da demanda agregada). 58
  • 59. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira O modelo clássico completo da Síntese Neoclássica • O modelo clássico para uma economia fechada corresponde às seguintes equações: y = c[y – t(y)] + i(r) + g equilíbrio no mercado de produto Com y0 , determina r0 M equilíbrio no mercado de moedas lr ky e títulos P Com r0 e y0 , determina P0 y y N, K função de produção Com N0 , determina y0 f (N) = g (N) equilíbrio no mercado de trabalho Determina N0 59
  • 60. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira O modelo clássico completo da Síntese Neoclássica • No modelo clássico da Síntese Neoclássica, a demanda agregada só determina o nível de preço, • Mas não altera o nível de produto de equilíbrio. 60
  • 61. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Política fiscal no modelo clássico da Síntese Neoclássica D1 P D0 OO Excesso de P1 C demanda Oferta e demanda agregada P0 B A D1 D0 y0 y r I1 M1(M0/P1) I0 C M0(M0/P0) Equilíbrio nos mercados de bens e de moedas L1 S1 r0 B Aumento de G A L0 S0 y0 y1 y g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho C=A 0 f(N) Não há ilusão monetária N0 N P não afeta W P1.g(N) C W1 P0.g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho W0 A P1.f(N) P0.f(N) 61 N0 N
  • 62. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Política fiscal no modelo clássico da Síntese Neoclássica • O nível de renda de equilíbrio não se alterou, – Mas a taxa de juros aumentou (de ro para r1). – Com isso, o investimento do setor privado diminuiu. • Pode-se concluir que no modelo clássico o aumento dos gastos do governo não altera a renda de equilíbrio, mas apenas substitui o investimento privado pelo gasto do governo na composição da renda de equilíbrio. 62
  • 63. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Política monetária no modelo clássico da Síntese Neoclássica P D Excesso de D0 2 OO P2 C demanda Oferta e demanda agregada P0 B A D D0 2 y0 y2 y M M0 0 r I0 A M2 P0 r0 L P2 M Equilíbrio nos mercados de bens e monetário 0 M2 M2 2 P0 r2 P0 L2 B S Aumento da oferta nominal de 0 y0 y2 y moeda A g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho 0 f(N) N0 N W P0.g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho W0 A P0.f(N) N0 N 63
  • 64. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Política monetária no modelo clássico da Síntese Neoclássica P D D0 2 OO P2 C Oferta e demanda agregada P0 B A D D0 2 y0 y2 y M0 M2 M0 , r I0 C=A M P0 P2 r0 2 M2 Equilíbrio nos mercados de bens e monetário L0 M p2 M2 2 P0 r2 L p0 2 B S 0 Aumento da oferta nominal de y0 y2 y moeda C= A g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho 0 f(N) Não há ilusão monetária N0 N P não afeta W P2.g(N) W2 P0.g(N) Equilíbrio no mercado de trabalho W0 A P2.f(N) P0.f(N) N0 N 64
  • 65. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Política monetária no modelo clássico da Síntese Neoclássica • Os valores de y, e N não se alteraram, mas apenas o nível de preço e o salário nominal. • Ou seja, uma modificação da quantidade nominal de moeda não altera o lado real da economia, mas apenas os valores nominais. Isto é conhecido como a neutralidade da moeda. • Nota-se que no modelo clássico a demanda agregada só determina o nível de preço, mas não altera o nível de produto de equilíbrio. 65
  • 66. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Políticas fiscal e monetária no modelo clássico da Síntese Neoclássica • Raciocínio nos modelos da Síntese Neoclássica: – Partem de um ponto de equilíbrio inicial da economia; – Consideram, então, uma perturbação (como uma política fiscal ou monetária expansionista) na economia; – Verificam que desajuste essa perturbação gera entre oferta e demanda agregada; – Esse desajuste levará a uma modificação dos preços, que podem subir ou reduzir); – Essa modificação dos preços levará a economia a atingir um novo equilíbrio. 66
  • 67. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Políticas fiscal e monetária no modelo clássico da Síntese Neoclássica • Raciocínio nos modelos da Síntese Neoclássica: – Partem de um ponto de equilíbrio inicial da economia; – Consideram, então, uma perturbação (como uma política fiscal ou monetária expansionista) na economia; – Verificam que desajuste essa perturbação gera entre oferta e demanda agregada; – Esse desajuste levará a uma modificação dos preços, que podem subir ou reduzir); – Essa modificação dos preços levará a economia a atingir um novo equilíbrio. • Portanto, a modificação dos preços permite que a economia se ajuste a uma perturbação que sofra. 67
  • 68. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo clássico da Síntese Neoclássica W • Oferta de trabalho: gN P • Supondo formato linear: W D N P ou W D P N 68
  • 69. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo clássico da Síntese Neoclássica 1 C P N D P N Demanda de Oferta trabalho trabalho Em que 0 < <1 e C>0 1 C N D N 69
  • 70. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo clássico da Síntese Neoclássica 1 C N D N 2 C N D 2 D N C 1 D 2 N C Em que C > 0 e D > 0 N>0 70
  • 71. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo clássico da Síntese Neoclássica 1 D 2 y C N N C D 2 y C C Curva de oferta agregada para o modelo clássico C, D e são parâmetros y independe de P curva de oferta agregada vertical 71
  • 72. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo clássico da Síntese Neoclássica Considere o seguinte exemplo numérico: Função de produção: y 20 N0,5 W Oferta de trabalho: 10 N P Calcular equação de demanda de trabalho e a equação da curva de oferta agregada Pag. 159-160 72
  • 73. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo clássico da Síntese Neoclássica Curva IS – equilíbrio no r A0 A1 g A 2 y mercado de produto Curva LM – equilíbrio no M r B0 B1 y mercado de moeda P Função de produção: y C N Curva de Oferta de trabalho: W D P N Curva de Demanda de trabalho: 1 W C P N 73
  • 74. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo clássico da Síntese Neoclássica Em que A0 > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , B0 < 0 , B1 > 0 , C > 0 , 0 < < 1 e D > 0. 74
  • 75. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo clássico da Síntese Neoclássica • A curva de demanda agregada surge do equilíbrio simultâneo nos mercados de produto, moeda e títulos: A0 A1 B0 M y g A2 B1 A2 B1 A2 B1 P • A curva de oferta agregada surge do equilíbrio no mercado de trabalho, substituindo o seu resultado na função de produção: D 2 y C 75 C
  • 76. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo clássico da Síntese Neoclássica Considere o seguinte exemplo numérico: Função consumo: C = 80 + 0,90·(y–t) Função investimento: i = 750 – 2.000·r Função tributação: t = 0,30·y Gastos do governo: g = 750 Md Demanda real de moeda: 0,1625 y 1.000 r P Oferta nominal de moeda: Ms = 600 Função de produção: y = 1.063,659·N0,5 Oferta de trabalho: W = 10·P·N 76 Pag. 161-163
  • 77. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo clássico da Síntese Neoclássica Considere o seguinte exemplo numérico: Função consumo: c = 75 + 0,85·(y–t) Função investimento: i = 650 – 1.800·r Função tributação: t = 0,30·y Gastos do governo: g = 800 Md Demanda real de moeda: 0,1625 y 1.000 r P Oferta nominal de moeda: Ms = 800 Função de produção: y = 962,296·N0,5 Oferta de trabalho: W = 10·P·N 77
  • 78. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo clássico da Síntese Neoclássica Calcule y, P, r, N, w e W 78
  • 79. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo clássico da Síntese Neoclássica • Nota-se que a partir das funções consumo, investimento, tributação, certo valor de g, função demanda real de moeda, valor da oferta nominal de moeda, função de produção e função de oferta de trabalho, deduz-se: a curva IS, a curva LM, a curva de demanda agregada, a curva de oferta agregada e o ponto de equilíbrio da economia. 79
  • 80. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo clássico da Síntese Neoclássica • A partir das funções consumo, investimento e tributação e dos gastos do governo, obtém-se a curva IS. • A partir das funções oferta e demanda de moeda, obtém-se a curva LM. • A curva de demanda agregada surge do equilíbrio simultâneo nos mercados de produto e de moeda. • A partir da função de produção, é derivada a curva de demanda de trabalho. • O equilíbrio no mercado de trabalho ocorre quando a demanda de trabalho é igual à oferta de trabalho. • Substituindo esse valor de N na função de produção, encontra-se a curva de oferta agregada (que é uma reta vertical no plano y versus P). • Igualando oferta e demanda agregada encontra-se preço de equilíbrio e produção de equilíbrio. • Substituindo o valor de y na curva IS, encontra-se r. • Substituindo o valor de N e P na expressão de oferta de trabalho, encontra-se W. 80
  • 81. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo salário nominal da Síntese Neoclássica • Agora será considerado que os trabalhadores estão interessados no salário nominal, de modo que a oferta de trabalho é função do salário nominal W e não do salário real W . P 81
  • 82. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo salário nominal da Síntese Neoclássica • O trabalhador tenta maximizar a função utilidade, U = U(Y, S) sujeito à restrição orçamentária, Y = W (H – S) em que Y = renda nominal, S = horas de lazer, H = tempo total disponível W = salário nominal. 82
  • 83. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo salário nominal da Síntese Neoclássica y U0 U1 H W1.H y1 B U1 W0.H y0 A U0 S1 S0 H S 83
  • 84. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo salário nominal da Síntese Neoclássica W W1 W0 n0 n1 n Assim, pode-se construir a curva de oferta de trabalho de um trabalhador 84
  • 85. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo salário nominal da Síntese Neoclássica • Oferta de trabalho agregada. W Nota-se que a W = h(N) oferta de trabalho no modelo salário nominal não depende do nível geral de preço N 85
  • 86. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Modelo salário nominal da Síntese Neoclássica • A demanda de trabalho no modelo salário nominal é a mesma que no modelo clássico. Isto é: W = P f(N) Obtida de uma função de produção com rendimentos marginais decrescentes do fator trabalho (o único variável). 86
  • 87. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira O equilíbrio no mercado de trabalho segundo o modelo salário nominal da Síntese Neoclássica • Foram formuladas as seguintes equações: oferta de trabalho W = h(N) demanda de trabalho W = P f(N) equilíbrio h(N) = P f(N) 87
  • 88. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira O equilíbrio no mercado de trabalho segundo o modelo salário nominal da Síntese Neoclássica W h (N) E W0 G F W1 P0.f (N) NS N0 ND N • Observa-se que se o salário nominal for W1, a demanda de trabalho ND será maior que a oferta de trabalho NS. • O excesso de demanda de trabalho (ND – NS) gera um aumento do salário nominal, até o valor de equilíbrio W0 ser alcançado. 88
  • 89. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A curva de oferta agregada no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica W h (N) O nível de W0 E emprego G F de W1 equilíbrio P0.f (N) depende NS N0 ND N do nível de preços. equilíbrio h(N) = P f(N) 89
  • 90. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A curva de oferta agregada no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica W Equilíbrio no C h (N) B mercado de A trabalho. P2.f (N) • Com um preço maior, o P1.f (N) valor nominal do produto P0.f (N) marginal (P PMgT) sobe. N0 N1 N2 N Em cada nível de salário y y2 nominal, as firmas y1 y0 B C Função de desejarão contratar mais A Produção trabalho, para elaborar um produto maior. N0 N1N2 N • Já a oferta de trabalho O depende do salário P C Oferta nominal, não sendo P2 B agregada influenciada pelo preço. P1 A P0 P O 90 y0 y1 y2 y
  • 91. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira As equações do modelo salário nominal da Síntese Neoclássica • Equilíbrio no mercado de produto y cy t y ir g • Equilíbrio no mercado de moedas M lr k y P • Equilíbrio no mercado de trabalho hN P f N • Função de produção y y N, K Neste modelo não se tem o caso de uma equação com apenas uma incógnita. A solução do sistema de equações acima tem que ser simultânea, ao contrário do modelo clássico em que o produto real era determinado no mercado de trabalho. 91
  • 92. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Os efeitos da política fiscal no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica P D0 D1 O Aumento de g Curvas de oferta e P2 A demanda Excesso de demanda (y1 – y0) B P0 agregada D1 O D0 Aumento de P y0 y1 y I0 I1 r B M0 Curvas A IS e LM S1 r0 L0 S0 y0 y1 y W h(N) Curvas de A oferta e W0 demanda de P0 .f(N) trabalho 92 N0 N
  • 93. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Os efeitos da política fiscal no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica P D0 D1 O Aumento de g Curvas de oferta e C P2 A demanda Excesso de demanda (y1 – y0) B P0 agregada D1 O D0 Aumento de P y0 y2 y1 y I1 Desloca a curva LM para esquerda r I0 M1 C r2 M0 Eleva taxa de juros B Curvas L1 A IS e LM S1 r0 Reduz o investimento L0 S0 y0 y2 y1 y Reduz y (isto é observado como W h(N) Curvas de um deslocamento ao longo da A oferta e curva OO) W0 demanda de P0 .f(N) trabalho 93 N0 N
  • 94. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Os efeitos da política fiscal no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica P D0 D1 O Aumento de g Curvas de oferta e C P2 A demanda Excesso de demanda (y1 – y0) B P0 agregada D1 O D0 Aumento de P y0 y2 y1 y I1 Desloca a curva de demanda de r I0 M1 C trabalho para a direita (pois eleva r2 M0 P PMgT, permitindo às empresas B Curvas IS e LM pagarem maiores salários nominais L1 A S1 r0 para cada quantidade de trabalho). L0 S0 Com isso, aumenta-se a y0 y2 y1 y quantidade de trabalho W h(N) Curvas de empregada, elevando o produto W2 C oferta e A ofertado (isto é observado como W0 P2 .f(N) demanda de um deslocamento ao longo da P0 .f(N) trabalho 94 N0 N2 N curva OO
  • 95. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Os efeitos da política fiscal no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica P D0 D1 O Curvas de oferta e • O preço elevará até P2 C demanda P2, estabelecendo o equilíbrio A B P0 agregada em y , N , r e W (ponto C). 2 2 2 2 D1 O D0 y0 y2 y1 y • O investimento diminui porque I0 I1 a taxa de juros subiu. Mas a r M1 C diminuição de i foi em r2 M0 B Curvas montante inferior ao aumento L1 A IS e LM de g (y aumentou). S1 r0 L0 S0 • No modelo clássico, variações y0 y2 y1 y de g afetavam, apenas P. No W h(N) Curvas de W2 C modelo salário nominal afeta A oferta e W0 P2 .f(N) demanda de P e y. P0 .f(N) trabalho 95 N0 N2 N
  • 96. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Os efeitos da política monetária no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica P D0 D1 O Aumento de M Curvas de oferta e C P2 A demanda Excesso de demanda (y1 – y0) B P0 agregada D1 O D0 Aumento de P y0 y2 y1 y A elevação da taxa de juros reduz r I0 o investimento i, provocando um M0 deslocamento ao longo da curva M2 M1 Curvas IS e LM de demanda agregada D1D1, do r0 A C ponto B ao C. r2 L0 B r1 L2 L1 S0 y0 y2 y1 y W h(N) Curvas de A oferta e W0 demanda de P0 .f(N) trabalho 96 N0 N
  • 97. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Os efeitos da política monetária no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica P D0 D1 O Aumento de M Curvas de oferta e C P2 A demanda Excesso de demanda (y1 – y0) B P0 agregada D1 O D0 Aumento de P y0 y2 y1 y Desloca a curva de demanda de r I0 trabalho para a direita (pois eleva M0 P PMgT, permitindo às empresas M2 M1 Curvas IS e LM pagarem maiores salários nominais r0 A C para cada quantidade de trabalho). r2 L0 B r1 L2 L1 S0 O produto ofertado aumenta, o que y0 y2 y1 y é visto como um deslocamento ao W h(N) Curvas de longo da curva de oferta agregada W2 C oferta e A OO do ponto A ao C. W0 P2 .f(N) demanda de P0 .f(N) trabalho 97 N0 N2 N
  • 98. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Os efeitos da política monetária no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica P D0 D1 O Curvas de oferta e • O preço elevará até P2 C demanda P2, estabelecendo o equilíbrio A B P0 agregada em y , N , r e W (ponto C). 2 2 2 2 D1 O D0 y0 y2 y1 y • No modelo salário nominal a I0 moeda não é neutra. Ela afeta r as variáveis reais da economia. M0 Curvas M2 M1 r0 A IS e LM • O aumento da quantidade de C r2 L0 B moeda causa aumento do PIB. r1 L2 L1 S0 y0 y2 y1 y W h(N) Curvas de W2 C oferta e A W0 P2 .f(N) demanda de P0 .f(N) trabalho 98 N0 N2 N
  • 99. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica • Oferta de trabalho: W hN • Supondo formato linear: W E N em que E 0 99
  • 100. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica 1 C P N E N Oferta de Demanda trabalho de trabalho C P E N2 2 C P N E 100
  • 101. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica 2 C P N E 1 C P 2 Há um valor de N N de equilíbrio E para cada P Considerando a função de produção: y C N C P 2 y C E 101
  • 102. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica C P 2 y C E curva de oferta agregada no modelo salário nominal 0 1 0 2 • Logo, quando P é aumentado, eleva-se y. • A curva de oferta agregada do modelo salário nominal é positivamente inclinada no plano cartesiano renda (y) versus nível geral de preços (P).102
  • 103. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica da curva de oferta de trabalho no modelo salário nominal da Síntese Neoclássica Considere o seguinte exemplo numérico: Função de produção: y 20 N0,5 Oferta de trabalho: W 0,01 N Calcular a curva de oferta agregada do modelo salário nominal Pag. 174-175 103
  • 104. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo salário nominal da Síntese Neoclássica Curva IS – equilíbrio no r A0 A1 g A 2 y mercado de produto Curva LM – equilíbrio no M r B0 B1 y mercado de moeda P Função de produção: y C N Curva de Oferta de trabalho: W E N Curva de Demanda de trabalho: 1 W C P N 104
  • 105. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo salário nominal da Síntese Neoclássica Em que A0 > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , B0 < 0 , B1 > 0 , C > 0 , 0 < < 1 e E > 0. 105
  • 106. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo salário nominal da Síntese Neoclássica • A curva de demanda agregada surge do equilíbrio simultâneo nos mercados de produto, moeda e títulos: A0 A1 B0 M y g A2 B1 A2 B1 A2 B1 P • A curva de oferta agregada surge do equilíbrio no mercado de trabalho, substituindo o seu resultado na função de produção: C P 2 y C E 106
  • 107. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo salário nominal da Síntese Neoclássica Considere o seguinte exemplo numérico: Função consumo: c = 75 + 0,90·(y–t) Função investimento: i = 650 – 1.000·r Função tributação: t = 0,20·y Gastos do governo: g = 1.500 Md Demanda real de moeda: 0,2000 y 2.000 r P Oferta nominal de moeda: Ms = 300 Função de produção: y = 450,000·N0,5 Oferta de trabalho: W = 0,01·N 107
  • 108. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo salário nominal da Síntese Neoclássica Calcule y, P, r, N, w e W 108
  • 109. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira Expressão algébrica do modelo salário nominal da Síntese Neoclássica Considere o seguinte exemplo numérico: Função consumo: C = 80 + 0,90·(y–t) Função investimento: i = 750 – 2.000·r Função tributação: t = 0,30·y Gastos do governo: g = 750 Md Demanda real de moeda: 0,1625 y 1.000 r P Oferta nominal de moeda: Ms = 600 Função de produção: y = 1.063,659·N0,5 Oferta de trabalho: W = 0,01·N 109 Pag. 176-179
  • 110. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Clássico No Modelo Brasileira A armadilha da liquidez P D1 D0 O • Considere que haja queda das Equilíbrio entre oferta expectativas de lucros e redução e demanda brusca do volume de investimento. P0 agregada. • O excesso de oferta (y0 – y1) reduz D1 O D0 os preços. y1 y0 y • O produto demandado permanece g(N) Equilíbrio no estável em y1, ou seja, a curva de mercado de demanda agregada torna-se 0 trabalho. vertical. • A alteração dos preços não afeta o f(N) mercado de trabalho e, portanto, a y1 N0 N oferta agregada ainda é vertical no r I0 produto y0. M0 Equilíbrio simultâneo • Nota-se que se não houver uma M1 I1 nos mercados política fiscal para deslocar a curva r0 de produto e IS, a economia permanece fora do L S0 de moeda. equilíbrio, com o excesso de oferta S1 y1 y0 y (y0 – y1). 110
  • 111. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A armadilha da liquidez P D1 D0 O Equilíbrio • Isto é a inconsistência do entre oferta e demanda modelo clássico, oriunda P0 agregada. da economia operar com D1 O D0 y1 uma taxa de juros muito y0 y baixa, na qual os indivíduos g(N) Equilíbrio no são indiferentes a ter mercado de trabalho. moeda ou títulos (essa 0 situação é chamada de f(N) armadilha da liquidez). y1 N0 N r I0 M0 Equilíbrio M1 simultâneo I1 nos mercados r0 de produto e L S0 de moeda. S1 y1 y0 y 111
  • 112. BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira A armadilha da liquidez P D1 D0 No Modelo Salário Nominal O Equilíbrio • Considere que haja queda das entre oferta expectativas de lucros e redução e demanda brusca do volume de investimento. P0 agregada. • O excesso de oferta (y0 – y1) reduz P1 O D1 D0 os preços. y1 y0 y • O produto demandado permanece W g(N) Equilíbrio no estável em y1, ou seja, a curva de mercado de demanda agregada torna-se W0 trabalho. vertical. • o produto de equilíbrio nesses P1·f(N) P0·f(N) mercados fica em y1, apesar do y1 N0 N preço cair. r I0 M0 Equilíbrio • O modelo salário nominal permite a simultâneo economia estar em equilíbrio em M1 I1 nos mercados uma situação de armadilha de r0 de produto e liquidez. E para sair de tal situação L S0 de moeda. é necessária uma política fiscal S1 y1 y0 y expansionista. 112