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PROGRAMA DE PREVENÇÃO EM
TRANSGRESSIONALIDADES JUVENIS
“PES – PREVENÇÃO DA EXCLUSÃO SOCIAL”
Ana Sofia Costa – A21200450
Universidade Lusófona de Humanidades e
Tecnologias
Escola de Psicologia e Ciências da Vida
Lisboa, 2015
Orientador: Carlos Alberto Poiares
Transgressionalidade
• Subcultura delinquente – resposta do grupo de pares
à frustração de desenquadramento do estatuto
social que lhes é exigido ter (Dias & Andrade, 1997);
• Rejeição dos valores, adoção de comportamentos
mais vantajosos incentivando o comportamento
delinquente (Giddens, 2004).
• A transgressão juvenil é fundamental para o
desenvolvimento do adolescente sendo mesmo
funcional, intencional e instrumental (Jessor, 1977).
Relação Idade/Crime
• A idade > diminui a prática criminal
• Fase da adolescência > conduta criminal – Pico 17a
• A conduta criminal varia consoante a idade e o seu
início, relacionando-se com fatores maturacionais,
desenvolvimentais, sociais ou biológicos.
• Cessa no final da adolescência = maturação (Negreiros,
2002).
Adolescência
• Ao longo da sua vida, as pessoas, como seres sociais,
passam por diversas fases e transformações (físicas,
psicológicas e sociais). São as fases da infância e
adolescência as mais importantes para o
desenvolvimento da socialização.
• Durante a infância, as figuras de referência são os
pais ou familiares diretos, na adolescência são o
grupo de pares e todo o ambiente escolar (Born,
2005).
Exclusão Vs Inclusão Social
• A exclusão opõe-se à inclusão social, pois resulta de
uma desconexão entre as pessoas e as diferentes
partes da sociedade, inibindo-os de participar num
conjunto mínimo de benefícios, que caraterizam um
membro de pleno direito dessa sociedade (Serrano,
2008).
• À inclusão social compete garantir que todas as
crianças e adultos sejam capazes de participar
ativamente na sociedade, onde serão valorizados e
respeitados (Clavel, 1998).
Legitimação
• A possibilidade de desvio na fase da adolescência é
bastante evidente; é a fase de experimentação e da
necessidade de desafiar os adultos (Macedo & Silveira,
2012).
• Apoiar os jovens no desenvolvimento de competências
pessoais, educacionais e sociais.
Metodologia
• Observação participante;
• Informação facultada pela SportBosco sobre os
jovens (familiares e escolares);
• Avaliação de necessidades – jovens.
Objetivos Gerais do Programa
• Desenvolvimento de competências pessoais e
motivacionais, trabalhando autoestima, confiança,
comunicação e assertividade;
• Competências educacionais, no âmbito da promoção
educacional, dando-lhes empowerment e orientação
vocacional;
• Competências sociais, dotando-os de medidas
inclusivas, sentimento de pertença e regras de
conduta.
População-alvo e Contexto de Aplicação
• Adolescentes com idades entre os doze e os
dezasseis anos;
• Contexto escolar - espaço privilegiado de
intervenção, apresenta-se como um dos principais
contextos de socialização na adolescência, e onde
existem inúmeros exemplos de adolescentes com
problemas (Teixeira, 2008).
Consórcio e Parcerias
• Salesianos de Manique;
• Câmara Municipal de Cascais;
• Escola de Psicologia e Ciências da Vida da ULHT;
• Barraqueiro; Junta de Freguesia de São Domingos de
Rana; Junta de Freguesia de Alcabideche; Centro
Comunitário de Tires; Atendimento e
Acompanhamento Social - Gabinete + Perto da
Adroana; CUF; AHBVA; Sogenave.
Equipa
• 2 Psicólogas (os) Forenses e da Exclusão Social;
• 1 Animador (a) Sociocultural;
• 1 Psicólogo (a) Educacional;
• 1 Professor (a) de Educação física.
• Acrescem professores voluntários ou remunerados,
para o estudo, e os instrutores de Aikido e Yoga
(mediante verbas disponibilizadas).
Avaliação do Programa
• Supervisão: Salesianos de Manique e Câmara
Municipal de Cascais;
• Avaliação Interna: folha de presenças, grelha de
observação, grelha de autoavaliação e fichas de
avaliação do programa.
• Avaliação Externa: Escola de Psicologia e Ciências da
Vida da ULHT
O Programa “PES”
• Apoio Psicológico diário;
• Apoio Escolar diário após as aulas;
• Atividades Semanais – desenvolvimento de;
competências pessoais, educacionais e sociais (33 s).
• Sextas-feiras – curta-metragem;
• Orientação vocacional;
• Workshops – c/ famílias e/ou funcionários da escola;
• Atividades extracurriculares desportivas – desportos de
cariz harmonioso como o Aikido e o Yoga.
O programa irá decorrer durante o ano letivo vigente;
• I módulo, “A magia de ser quem somos”
• 13 sessões
• Objetivos: trabalhar competências pessoais:
autoestima, autoconfiança, inteligência emocional e
empatia, comunicação verbal e não-verbal e gestão
de conflitos.
• II módulo, “A escola que temos e a escola que
gostávamos de ter. O que somos e o que queremos
ser!”
• 11 sessões
• Objetivos: Trabalhar as competências motivacionais,
gestão do tempo, objetivos de vida, criar um melhor
espaço escolar, integração social, tipos de violência e
como podem intervir.
• III módulo, “Quero ser saudável e assim permanecer!”
• 10 sessões
• Objetivos: desenvolver competências pessoais e
sociais, promoção à saúde e técnicas que permitam
aos jovens ser parte ativa na sociedade.
• Duração das sessões: 1 hora.
• O programa poderá sofrer modificações, sendo
ajustado às necessidades dos jovens.
Considerações Finais
• Facilmente adaptado a outro contexto escolar;
• Consideramos que o desenvolvimento pessoal e
social dos adolescentes que será promovido ao longo
do programa, a reflexão sobre si, a constituição de
um projeto de vida, e o reforço das ligações com os
sistemas que os cercam, são fundamentais para o
sucesso do programa.
Referências:
• Born, M. (2005). Psicologia da Delinquência . Lisboa: Climepsi.
• Costa, A. B. (1998). Exclusões Sociais. Cadernos Democráticos - Fundação Mário
Soares. Ano de edição: 1998. ISBN: 978-972-662-612-1.
• Dias, F. J. de, Andrade, C. M. da (1997) Criminologia: O Homem Delinquente e a
Sociedade Criminógena. Coimbra: Coimbra Editora
• Giddens, A. (2004) Sociologia. (4ª edição.) Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
• Jessor, R., Jessor, S. (1977). Problem behavior and psychosocial development: a
longitudinal study of youth. New York: Academic Press.
• Macedo, L. S. R. De, & Silveira, A. D. C. Da. (2012). Self: um conceito em
desenvolvimento. Paidéia (Ribeirão Preto), 22(52), 281–290. doi:10.1590/S0103-
863X2012000200014
• Negreiros, J. (2002) Estimativas da prevalência e padrões de consumo
problemático de drogas em Portugal. Repositório Aberto da Universidade do
Porto. http://hdl.handle.net/10216/21287
• Prazeres, V. (2002). Adolescentes, Pais e Tudo o Mais. 1ª Ed. Lisboa: Texto Editora.
• Silva, V. (2008). Adolescência: Um bicho de sete cabeças? Retirado a 20 de Maio de
2014 de http://psicologia.com.pt/artigos/textos/A0449.pdf
• Teixeira, C. (2008). O jovem delinquente em contexto escolar. Tese de mestrado
não publicada. Universidade Portucalense, Porto.
• Ana Sofia Costa – A21200450
• Universidade Lusófona de Humanidades e
Tecnologias
• Escola de Psicologia e Ciências da Vida
• Lisboa, 2015
Obrigada!

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Programa de Prevenção de Transgressionalidades Juvenis

  • 1. PROGRAMA DE PREVENÇÃO EM TRANSGRESSIONALIDADES JUVENIS “PES – PREVENÇÃO DA EXCLUSÃO SOCIAL” Ana Sofia Costa – A21200450 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ciências da Vida Lisboa, 2015 Orientador: Carlos Alberto Poiares
  • 2. Transgressionalidade • Subcultura delinquente – resposta do grupo de pares à frustração de desenquadramento do estatuto social que lhes é exigido ter (Dias & Andrade, 1997); • Rejeição dos valores, adoção de comportamentos mais vantajosos incentivando o comportamento delinquente (Giddens, 2004). • A transgressão juvenil é fundamental para o desenvolvimento do adolescente sendo mesmo funcional, intencional e instrumental (Jessor, 1977).
  • 3. Relação Idade/Crime • A idade > diminui a prática criminal • Fase da adolescência > conduta criminal – Pico 17a • A conduta criminal varia consoante a idade e o seu início, relacionando-se com fatores maturacionais, desenvolvimentais, sociais ou biológicos. • Cessa no final da adolescência = maturação (Negreiros, 2002).
  • 4. Adolescência • Ao longo da sua vida, as pessoas, como seres sociais, passam por diversas fases e transformações (físicas, psicológicas e sociais). São as fases da infância e adolescência as mais importantes para o desenvolvimento da socialização. • Durante a infância, as figuras de referência são os pais ou familiares diretos, na adolescência são o grupo de pares e todo o ambiente escolar (Born, 2005).
  • 5. Exclusão Vs Inclusão Social • A exclusão opõe-se à inclusão social, pois resulta de uma desconexão entre as pessoas e as diferentes partes da sociedade, inibindo-os de participar num conjunto mínimo de benefícios, que caraterizam um membro de pleno direito dessa sociedade (Serrano, 2008). • À inclusão social compete garantir que todas as crianças e adultos sejam capazes de participar ativamente na sociedade, onde serão valorizados e respeitados (Clavel, 1998).
  • 6. Legitimação • A possibilidade de desvio na fase da adolescência é bastante evidente; é a fase de experimentação e da necessidade de desafiar os adultos (Macedo & Silveira, 2012). • Apoiar os jovens no desenvolvimento de competências pessoais, educacionais e sociais.
  • 7. Metodologia • Observação participante; • Informação facultada pela SportBosco sobre os jovens (familiares e escolares); • Avaliação de necessidades – jovens.
  • 8. Objetivos Gerais do Programa • Desenvolvimento de competências pessoais e motivacionais, trabalhando autoestima, confiança, comunicação e assertividade; • Competências educacionais, no âmbito da promoção educacional, dando-lhes empowerment e orientação vocacional; • Competências sociais, dotando-os de medidas inclusivas, sentimento de pertença e regras de conduta.
  • 9. População-alvo e Contexto de Aplicação • Adolescentes com idades entre os doze e os dezasseis anos; • Contexto escolar - espaço privilegiado de intervenção, apresenta-se como um dos principais contextos de socialização na adolescência, e onde existem inúmeros exemplos de adolescentes com problemas (Teixeira, 2008).
  • 10. Consórcio e Parcerias • Salesianos de Manique; • Câmara Municipal de Cascais; • Escola de Psicologia e Ciências da Vida da ULHT; • Barraqueiro; Junta de Freguesia de São Domingos de Rana; Junta de Freguesia de Alcabideche; Centro Comunitário de Tires; Atendimento e Acompanhamento Social - Gabinete + Perto da Adroana; CUF; AHBVA; Sogenave.
  • 11. Equipa • 2 Psicólogas (os) Forenses e da Exclusão Social; • 1 Animador (a) Sociocultural; • 1 Psicólogo (a) Educacional; • 1 Professor (a) de Educação física. • Acrescem professores voluntários ou remunerados, para o estudo, e os instrutores de Aikido e Yoga (mediante verbas disponibilizadas).
  • 12. Avaliação do Programa • Supervisão: Salesianos de Manique e Câmara Municipal de Cascais; • Avaliação Interna: folha de presenças, grelha de observação, grelha de autoavaliação e fichas de avaliação do programa. • Avaliação Externa: Escola de Psicologia e Ciências da Vida da ULHT
  • 13. O Programa “PES” • Apoio Psicológico diário; • Apoio Escolar diário após as aulas; • Atividades Semanais – desenvolvimento de; competências pessoais, educacionais e sociais (33 s). • Sextas-feiras – curta-metragem; • Orientação vocacional; • Workshops – c/ famílias e/ou funcionários da escola; • Atividades extracurriculares desportivas – desportos de cariz harmonioso como o Aikido e o Yoga.
  • 14. O programa irá decorrer durante o ano letivo vigente; • I módulo, “A magia de ser quem somos” • 13 sessões • Objetivos: trabalhar competências pessoais: autoestima, autoconfiança, inteligência emocional e empatia, comunicação verbal e não-verbal e gestão de conflitos.
  • 15. • II módulo, “A escola que temos e a escola que gostávamos de ter. O que somos e o que queremos ser!” • 11 sessões • Objetivos: Trabalhar as competências motivacionais, gestão do tempo, objetivos de vida, criar um melhor espaço escolar, integração social, tipos de violência e como podem intervir.
  • 16. • III módulo, “Quero ser saudável e assim permanecer!” • 10 sessões • Objetivos: desenvolver competências pessoais e sociais, promoção à saúde e técnicas que permitam aos jovens ser parte ativa na sociedade. • Duração das sessões: 1 hora. • O programa poderá sofrer modificações, sendo ajustado às necessidades dos jovens.
  • 17. Considerações Finais • Facilmente adaptado a outro contexto escolar; • Consideramos que o desenvolvimento pessoal e social dos adolescentes que será promovido ao longo do programa, a reflexão sobre si, a constituição de um projeto de vida, e o reforço das ligações com os sistemas que os cercam, são fundamentais para o sucesso do programa.
  • 18.
  • 19. Referências: • Born, M. (2005). Psicologia da Delinquência . Lisboa: Climepsi. • Costa, A. B. (1998). Exclusões Sociais. Cadernos Democráticos - Fundação Mário Soares. Ano de edição: 1998. ISBN: 978-972-662-612-1. • Dias, F. J. de, Andrade, C. M. da (1997) Criminologia: O Homem Delinquente e a Sociedade Criminógena. Coimbra: Coimbra Editora • Giddens, A. (2004) Sociologia. (4ª edição.) Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian • Jessor, R., Jessor, S. (1977). Problem behavior and psychosocial development: a longitudinal study of youth. New York: Academic Press. • Macedo, L. S. R. De, & Silveira, A. D. C. Da. (2012). Self: um conceito em desenvolvimento. Paidéia (Ribeirão Preto), 22(52), 281–290. doi:10.1590/S0103- 863X2012000200014 • Negreiros, J. (2002) Estimativas da prevalência e padrões de consumo problemático de drogas em Portugal. Repositório Aberto da Universidade do Porto. http://hdl.handle.net/10216/21287 • Prazeres, V. (2002). Adolescentes, Pais e Tudo o Mais. 1ª Ed. Lisboa: Texto Editora. • Silva, V. (2008). Adolescência: Um bicho de sete cabeças? Retirado a 20 de Maio de 2014 de http://psicologia.com.pt/artigos/textos/A0449.pdf • Teixeira, C. (2008). O jovem delinquente em contexto escolar. Tese de mestrado não publicada. Universidade Portucalense, Porto.
  • 20. • Ana Sofia Costa – A21200450 • Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias • Escola de Psicologia e Ciências da Vida • Lisboa, 2015 Obrigada!

Notas do Editor

  1. Compreender a teoria que fundamenta o programa Procedimentos desenvolvidos para a elaboração do programa Apresentação do programa “PES”
  2. procura de originalidade, Procura autonomia em relação à família, aproximação ou identificação com o grupo de pares, é um momento de autodescoberta, avaliação das suas próprias capacidades e de sentir o risco pode ser uma forma de encarar a ansiedade e frustração; afirmação da personalidade e demais maturidade
  3. + precoce > a probabilidade na idade adulta; + tarde < a probabilidade pela vida adulta
  4. desenvolve a sua identidade e personalidade, com base nas suas vivências, experiências e história pessoal Adquire maior autonomia, sai do controlo familiar, insere-se num grupo de pares, que será, o foco + importante para o seu processo de socialização e construção da sua identidade, substituindo assim os valores familiares pelos do novo grupo A delinquência, entre os adolescentes e os jovens adultos, está profundamente relacionada com a dificuldade que o jovem teve em estabelecer relações com os pares na infância
  5. A exclusão é um fenómeno multidimensional. Nestes fenómenos sociais cabem o desemprego, a pobreza, a marginalidade, a discriminação, entre outros. inclusão social assenta em cinco pilares: o reconhecimento valorizado; o desenvolvimento humano; o envolvimento e compromisso; a proximidade; bem-estar material.
  6. para que, face às adversidades com que são confrontados diariamente, consigam manobra-las de forma positiva, saindo vencedores e tornando-se parte ativa e integrante da sociedade.
  7. observação participante: com grelha de observação de grupo. método de estudo utilizado para a captação da realidade, sendo esta a primeira fase da intervenção Psicoinclusiva. observou-se e interagiu-se com os adolescentes, no seu contexto natural (sala de estudo, refeitório, tempos livres e aulas de desporto), possibilitando a perceção da falta de desenvolvimento de competências pessoais, educacionais e sociais, sendo este o objeto principal desta intervenção. quais os temas/informações que estes sentem mais falta de receber, para se poder desenvolver um programa que vá além das necessidades observadas
  8. Indicadores para esta população: O número de jovens que está presente durante o programa; Os conhecimentos manifestados pelos jovens sobre as temáticas; A perceção que eles têm da sua situação; O número de jovens que mencionou a intensão de abandonar os estudos; O número de jovens que se apresentou desmotivado para continuar a estudar; O número de jovens que aumentam as suas competências.
  9. As parcerias estabelecidas, com as Juntas de Freguesia e o Centro Comunitário, apresentam-se fundamentais para a reinserção social dos jovens. A existência de estratégias conjuntas visará um apoio reforçado, junto dos jovens e das suas famílias, permitindo analisar mais pormenorizadamente as necessidades de cada família, incluindo-a neste processo de empowerment dos adolescentes.
  10. Um psicólogo responsável pela coordenação e aplicação do programa, outra irá aplicar as sessões do programa, O animador sociocultural terá como função auxiliar na dinâmica das sessões. Os professores irão estar presentes no apoio ao estudo aos alunos. O professor de educação física e os instrutores ficarão encarregues de dinamizar as atividades extracurriculares.
  11. música, de molde a cultivar a variedade musical e a permitir que o estudo tenha um ambiente tranquilo Curta-metragem – educar valores: solidariedade, consumismo, rivalidades, amizade, estilos de vida, respeito, entre outros ... Aikido e o Yoga. artes fundamentais para uma melhor interiorização de princípios fundamentais, para o bom relacionamento com o Self e com o mundo que nos rodeia. Regem-se por princípios de harmonia, energia, felicidade e amor
  12. Técnicas de Relaxamento (Mindfulness) e Yoga do Riso Identificar as diversidades entre cada pessoa valorizando-as; desconstruir conceitos e preconceitos Estimular a confiança em si e nos pares. Como te comunicas? desinibição perante o público Emoções e sentimentos, sabes reconhece-los?
  13. Uma intervenção individual, em conjunto com as sessões de grupo, torna-se essencial para o processo de motivação dos participantes.