SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Beatriz Siqueira
Rodrigo Cassemiro
Samir Eid
Vinícius Kumazawa
Responsável por cerca de 22% do uso mundial de

água

Países desenvolvidos o índice é de cerca de 59%
Países não desenvolvidos é de apenas 8%

Principal responsável pela crescente dificuldade na

obtenção de água para atendimento das necessidades
da sociedade
Crescimento da demanda industrial
Efluentes aquosos (qualidade inferior à original)
A disponibilidade de dados precisos sobre o consumo

industrial da água é muito restrita

por receio de ações tanto de agências ambientais quanto

de empresas públicas
Diferenças técnicas significativas fazem com que
qualquer consolidação de dados seja de validade
duvidosa

Aspectos a serem considerados
Mesmos
produtos
obtidos
por
processos
tecnologicamente distintos
Diferenças
de processo, de equipamento, de
procedimentos operacionais ou até mesmo de escala de
produção
O grau de verticalização do complexo industrial dificulta
a obtenção da informação relativa ao consumo específico
de cada segmento
Outro fator que afeta os dados relativos ao consumo

específico de água pelo setor industrial, é o aspecto
econômico relacionado ao custo deste insumo
Escassez

Aumento do custo da água implica no aumento do

custo final do produto
O consumidor pagará não só pelo seu consumo de
água, como também pelo seu uso
Uso da água no Brasil
Tipos de uso da água na indústria
Duas classes principais
Matéria-prima


Quando fica incorporada ao produto final
 Mantém sua identidade química (cervejas, refrigerantes,
produtos de limpeza e higiene)
 Perde sua identidade química (ácido sulfúrico)

Uso auxiliar

Veículo
 Fluído térmico
 Lavagem
 Geração de energia

Impurezas nas águas naturais e problemas no seu
uso industrial
A contaminação das águas naturais pode ocorrer em

qualquer fase do ciclo hidrológico
Principalmente, cada vez mais,

atividades antropogênicas

em decorrência das

As impurezas presentes na água podem modificar

significativamente suas propriedades
Corrosões
Incrustações
Incrustações
São resultantes da disposição de materiais sólidos nas

paredes dos equipamentos (principalmente de caldeiras)
que estão em contato com a água
Podem ser bastante prejudiciais pelo fato de terem baixa
condutividade térmica
Redução da eficiência térmica do equipamento em virtude dos
gases de combustão saírem em temperatura mais alta
 Superaquecimento do material de construção das caldeiras,
provocando redução de sua resistência mecânica com o
conseqüente risco de deformações ou mesmo de ruptura

Corrosões
É

um fenômeno potencialmente presente em
equipamentos que operam com água em condições de
temperatura e pressão acima das normais


A intensidade depende do material de construção do
equipamento, das impurezas presentes na água usada e das
condições de operação do sistema
As impurezas mais comumente encontradas nas água

naturais são:

Sólidos em suspensão
Gases dissolvidos
Sais solúveis
Sais de sódio
Sais de metais alcalino-terrosos (cálcio e magnésio)
Sílica
Ácidos livres
Contaminação microbiológica (abastecimento público)
Técnicas convencionais

•
•

Técnicas específicas
Técnicas Convencionais
Promovem a adequação das características físicas, químicas e
biológicas da água a padrões econômicos e de higiene.
Aeração ou Pré-cloração;
Coagulação e Floculação;
Decantação;
Filtração;
Desinfecção ;
Controle de corrosão.
Técnicas Específicas
Compensar medidas que a outra técnica não satisfazia
Processo de abrandamento da água;
Degaseificação;
Remoção de sílica gel.
Aeração ou Pré-cloração: Objetiva remover substâncias

orgânicas causadoras de odor e sabor, bem como oxidar
compostos ferrosos e manganosos que poderiam se
precipitar mais adiante, conferindo cor a água.

Coagulação e Floculação: Promover a separação dos

sólidos em suspensão presentes na água, em condições que
permitam se realizar a clarificação efetiva da mesma.

Decantação: Vale-se da ação da gravidade para separar o

material floculado obtido da operação supracitada.
Filtração: Visa complementar o trabalho da decantação

para remover partículas que continuam suspensas. Esse
método faz fluir o efluente da decantação através de um
meio filtrante sobre o qual ficarão retidos os sólidos
suspensos. A água livre de impurezas é coletada no fundo do
equipamento.

Desinfecção:

Eliminação de organismos patogênicos.
Dosagem de agentes desinfetantes (derivados clorados,
ozônio e a emissão de radiação ultravioleta)
Controle de corrosão: Ajuste químico para que não haja

propriedades corrosivas.
Abrandamento da água ou Correção da Dureza:

Consiste na remoção de cátions bivalente de cálcio e
magnésio.
Degaseificação: Remove gases como o oxigênio, gás

carbônico e o sulfeto de hidrogênio dissolvidos na água.
Esse processo pode ser efetuado por dois métodos.
_ Método Físico: compreende ações de aquecimento ou de
pulverização da água.
_ Método Químico: utilizam-se de agentes químicos de
natureza compatível cm os gases a serem removidos.
Remoção da sílica solúvel: Realizada por reações

químicas.
Segmentos industriais e suas peculiaridades quanto ao
uso da água.
Têxtil - consome 15% de toda a água industrial do mundo, totalizando 30 milhões
de m³ ao ano. A água é utilizada nas chamadas etapas úmidas do processo têxtil,
principalmente na fase de tinturaria, onde consome cerca de metade de toda a
água do setor e no pré-tratamento, onde é consumido 41% do total da água.
Carga contaminante:
•desengomagem – 50%
•tinturaria – 37%
•estamparia – 7%
•tingimento – 6%
Mais perigosos:
•halógenos orgânicos absorvíveis (AOX)
•metais pesados (Cu, Ni, Pb)
•alquifenol entoxilado (APEO,tóxico para os peixes)
•hidrocarbonetos voláteis (VHC)
Frigorífica - nesse tipo de indústria o consumo de água por cabeça varia
tradicionalmente de 2.500l no caso de bovinos, 1.200l para suínos e 25l para as
aves. No caso de frangos, as industrias brasileiras já trabalham hoje em dia com
metas de 14l de água por frango.
A tarefa mais complexa desse tipo de indústria é o tratamento dos rejeitos
aquosos dos frigoríficos.
Alta taxas de DBO (800 a 32 mil mg/l) + lodo → processos anaeróbios como
lagoas.
Os sistemas que permitem a purificação mais completa são os mistos, em que
se associam lagoas anaeróbias com aeradas.
Curtumes - após todos os procedimentos como esfola de couro, lavagem,
descarnagem e curtimento, sobram resíduos na águas que constituem-se
basicamente de cal e sulfetos livres, cromo, matéria orgânica diluída ou em
suspensão, elevados teores de sólidos dissolvidos e PH.
Decantação: é uma das formais mais incentivadas de se reduzir o teor de resíduos
nas águas. O produto é aquecido em ácido sulfúrico concentrado, como no caso
do sebo.
Celulose e Papel – nesse tipo de indústria, uma das formas de utilização da água
é na fabricação da pasta mecânica para lavar as fibras retiradas da madeira e
dessa forma, esta fica contaminada pela lignina O maior volume de despejo desse
tipo de indústria está no branqueamento das fibras e nas máquinas de papel, já em
termos de carga poluidora, destaca-se o licor negro (rico em açúcar de madeira).
Sobre o tratamento, costuma-se separar os efluentes por nível de concentração de
sólidos.
Açúcar e Álcool – esse tipo de indústria demanda um grande volume de água,
que é empregada desde a lavagem da cana a uma taxa de aproximadamente
5m³ por tonelada de cana. Na fase seguinte, também utiliza-se muita água para
diluir o açúcar do caldo extraído pelas moendas de cana, no processo
denominado embebição. Essa água deve ser contaminada em maior ou menor
grau pela solução de sacarose e pode ser reutilizada em outras fases do
processo.
Vinhoto - principal ameaça ambiental desse tipo de indústria, presente em mais
de 90% do total de água. No Brasil, seu impacto foi solucionado através da
aspersão do resíduo no próprio canavial, tal seu elevado conteúdo fertilizante.
Como vantagens houve o aumento da população microbiana do solo, aumento
do PH e aumento da capacidade de troca iônica.
Cervejarias: A indústria cervejeira divide a água usada no processo em água cervejeira
(nobre ou de fabricação) e água de serviço. A primeira é a água incorporada ao produto
e utilizada para condicionamento do malte, moagem, carga e descarga de produtos em
elaboração. Já a de serviço, trata-se da água usada em lugares e equipamentos onde não
há contato com o produto. As indústrias cervejeiras possuem instalações relativamente
grandes para tratamento de seus efluentes, devido à carga orgânica dos despejos que
podem variar entre 1,2 a 3 mil mg/l de DBO e também de sua considerável vazão que,
dependendo do porte das instalações, pode atingir a ordem de milhares de m3/dia.
Ferro e aço: O consumo nessas indústrias é de porte elevado, ficando na faixa de 100 a
500 m³ por tonelada de aço. Um dos usos principais é no processo de refrigeração de
equipamentos. Quanto aos poluentes desse ramo industrial, há a contaminação na fase
do resfriamento dos gases de coqueria e nas chaminés.
Petróleo: Já nas primeiras fases do refino muitos são os usos da água. Após a extração,
ela é separada do óleo antes do armazenamento inicial, sendo que o óleo cru é
misturado com a água para a separação de sais e sólidos.
Pólos Petroquímicos e o uso da água
Pólo de Camaçari: O pólo de Camaçari localiza-se no estado da Bahia. A central
petroquímica lá existente – Copene. A água bruta captada por esse pólo é tratada,
obtendo-se a água clarificada, atendendo as necessidades de água de refrigeração das
empresas do pólo, além de alimentar as Unidades de Água Potável e Desmineralizada,
sendo que a aquela é distribuída para o pólo e a água desmineralizada alimenta as
caldeiras dos sistemas de turbo geração.

Pólo de Mauá: Localiza-se no município de Mauá, a cerca de 30 km de São Paulo. Sua
demanda de água bruta é da ordem de 1.260 m³/h, sendo esta captação realizada no rio
Tamanduateí, numa vazão que depende do regime de chuvas (no regime de estiagem a
captação é da ordem de 500 m³/h e em épocas de chuva a captação máxima pode chegar a
945 m³/h.
Tratamento de efluentes aquosos
Ações de controle
Ações de prevenção
Ações de controle
Visa minimizar os efeitos adversos dos despejos antes de
sua disposição no ambiente.
 Métodos físicos
 Métodos físico-químicos
 Métodos biológicos
Métodos físicos

Separação de poluentes sólidos, contaminantes líquidos
imiscíveis e gases dissolvidos presentes em despejos
líquidos.
 Adsorção
 Centrifugação
 Coagulação, floculação, decantação e flotação
 Filtração
 Separação por membranas: Envolve a utilização de

membranas sintéticas, porosas ou semipermeáveis para a
separação de partículas sólidas de pequenas dimensões.
Separados de acordo com o diâmetro dos poros, tipo e a
força motriz utilizados na separação.

Microfiltração, Ultrafiltração, Nanofiltração, Osmose reversa
e Eletrodiálise
 Separação térmica: Os processos

mais comuns no
tratamento de efluentes líquidos sao a evaporação e a
destilação.
 Stripping (ou extração): consiste na remoção das

impurezas por meio do ar ou vapor.
Métodos físico-químicos

Princípios de ação baseiam-se em reações químicas e como
em termos operacionais as técnicas desse grupo agem
alterando as propriedades dos contaminantes, daí o
tratamento físico.
Neutralização
Oxidação e redução química
Precipitação química
Troca iônica
Métodos biológicos

Grande expansão no Brasil por apresentar relevantes
efeitos purificadores. Baseia-se na otimização artificial e
controlada da biodegradação de matéria orgânica.
De acordo com a necessidade de oxigênio:
Digestão aeróbia
Digestão anaeróbia
Ações de prevenção
Não geração ou reaproveitamento dos rejeitos gerados
pelas unidades de qualquer processo de transformação.
Legislação
No Brasil, a mais importante lei ambiental criada é a

Lei 6.938 (17/01/1981), denominada Política Nacional
de Meio Ambiente

Define que o poluidor é obrigado a indenizar os danos

ambientais causados por ele ao meio ambiente e a
terceiros, independentemente de culpa. Este é o
conhecido princípio do poluidor pagador, o que
determinou uma nova postura em relação ao meio
ambiente, no sentido de introduzir a necessidade de
conciliação entre o desenvolvimento econômico-social e
a preservação do meio ambiente
Considerando a Lei 6.938
Para se construir, reformar, ampliar a capacidade de

uma indústria, é necessário inicialmente que o Órgão
Ambiental seja consultado a fim de avaliar a necessidade
ou não de um processo de licenciamento ambiental.
O licenciamento é constituído pela licença prévia,
licença de instalação e licença de operação ou
funcionamento
DESENVOLVIMENTO/BEM
ESTAR/NECESSIDADES BÁSICAS X USO DA ÁGUA

Fonte: Revista Escola
Referências
KULAY, Luiz Alexandre; SILVA, Gil Anderi da. Água

na Indústria. In: BRAGA, Benedito; REBOUÇAS, Aldo
da C.; TUNDISI, José Galizia. (Org.). Águas doces do
Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 3 ed. São
Paulo: Escrituras Editora, 2006. p. 367-398.
http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 19
janeiro 2014.
http://www.mma.gov.br. Acesso em: 20 janeiro 2014.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 2 caracterização qualitativa esgoto
Aula 2   caracterização qualitativa esgotoAula 2   caracterização qualitativa esgoto
Aula 2 caracterização qualitativa esgotoGiovanna Ortiz
 
Modelo de relatório de visita
Modelo de relatório de visitaModelo de relatório de visita
Modelo de relatório de visitaGiovanna Ortiz
 
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminar
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminarAula 3 tratamentos e tratamento preliminar
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminarGiovanna Ortiz
 
Uso racional da água aula
Uso racional da água aulaUso racional da água aula
Uso racional da água aulaprofgon
 
Saneamento básico
Saneamento básicoSaneamento básico
Saneamento básicoThaisRocha05
 
Poluição da água
Poluição da águaPoluição da água
Poluição da águaMaria Paredes
 
Exercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulicaExercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulicaSérgio Lessa
 
Palestra Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Márcia Magalhães
Palestra Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Márcia MagalhãesPalestra Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Márcia Magalhães
Palestra Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Márcia MagalhãesMM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
 
Tratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisTratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisEdir Leite Freire
 
Potencialidades biotecnológicas de microalgas
Potencialidades biotecnológicas de microalgasPotencialidades biotecnológicas de microalgas
Potencialidades biotecnológicas de microalgasCarlos Kramer
 
Modelo de relatório de visita técnica.doc
Modelo de relatório de visita técnica.docModelo de relatório de visita técnica.doc
Modelo de relatório de visita técnica.docLenny Arj
 

Mais procurados (20)

Aula 2 caracterização qualitativa esgoto
Aula 2   caracterização qualitativa esgotoAula 2   caracterização qualitativa esgoto
Aula 2 caracterização qualitativa esgoto
 
Aula 5 reciclagem
Aula 5  reciclagemAula 5  reciclagem
Aula 5 reciclagem
 
Educação ambiental
Educação ambientalEducação ambiental
Educação ambiental
 
Manual Técnico Para Coleta de Amostras de Água
Manual Técnico Para Coleta de Amostras de ÁguaManual Técnico Para Coleta de Amostras de Água
Manual Técnico Para Coleta de Amostras de Água
 
Resumo geral hidraulica
Resumo geral hidraulicaResumo geral hidraulica
Resumo geral hidraulica
 
Gestão da água
Gestão da águaGestão da água
Gestão da água
 
Modelo de relatório de visita
Modelo de relatório de visitaModelo de relatório de visita
Modelo de relatório de visita
 
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminar
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminarAula 3 tratamentos e tratamento preliminar
Aula 3 tratamentos e tratamento preliminar
 
Uso racional da água aula
Uso racional da água aulaUso racional da água aula
Uso racional da água aula
 
Meio ambiente powerpoint
Meio ambiente powerpointMeio ambiente powerpoint
Meio ambiente powerpoint
 
Saneamento básico
Saneamento básicoSaneamento básico
Saneamento básico
 
Pluviometria
PluviometriaPluviometria
Pluviometria
 
Poluição da água
Poluição da águaPoluição da água
Poluição da água
 
Exercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulicaExercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulica
 
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Política Nacional de Resíduos SólidosPolítica Nacional de Resíduos Sólidos
Política Nacional de Resíduos Sólidos
 
Palestra Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Márcia Magalhães
Palestra Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Márcia MagalhãesPalestra Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Márcia Magalhães
Palestra Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Márcia Magalhães
 
Tratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriaisTratamento de efluentes industriais
Tratamento de efluentes industriais
 
Potencialidades biotecnológicas de microalgas
Potencialidades biotecnológicas de microalgasPotencialidades biotecnológicas de microalgas
Potencialidades biotecnológicas de microalgas
 
Modelo de relatório de visita técnica.doc
Modelo de relatório de visita técnica.docModelo de relatório de visita técnica.doc
Modelo de relatório de visita técnica.doc
 
Gerenciamento de resíduos sólidos
Gerenciamento de resíduos sólidosGerenciamento de resíduos sólidos
Gerenciamento de resíduos sólidos
 

Semelhante a Uso da água na indústria brasileira

Semelhante a Uso da água na indústria brasileira (20)

áGua para cosméticos
áGua para cosméticosáGua para cosméticos
áGua para cosméticos
 
ETAR
ETARETAR
ETAR
 
Tar trabalho (1)
Tar trabalho (1)Tar trabalho (1)
Tar trabalho (1)
 
Caldeiras
CaldeirasCaldeiras
Caldeiras
 
Tratamento agua para caldeiras de alta pressão
Tratamento agua   para caldeiras de alta pressãoTratamento agua   para caldeiras de alta pressão
Tratamento agua para caldeiras de alta pressão
 
Tratamento de água industrial
Tratamento de água industrialTratamento de água industrial
Tratamento de água industrial
 
Aula de Efluentes Industriais Copia.pptx
Aula de Efluentes Industriais Copia.pptxAula de Efluentes Industriais Copia.pptx
Aula de Efluentes Industriais Copia.pptx
 
Artigo tratamento
Artigo tratamentoArtigo tratamento
Artigo tratamento
 
Tgi texto
Tgi textoTgi texto
Tgi texto
 
Resíduos sólidos
Resíduos sólidosResíduos sólidos
Resíduos sólidos
 
Abrandamento caio
Abrandamento caioAbrandamento caio
Abrandamento caio
 
Dejetos Na Propriedade Rural
Dejetos Na Propriedade RuralDejetos Na Propriedade Rural
Dejetos Na Propriedade Rural
 
Palestra principais usos da água na indústria e técnicas
Palestra    principais usos da água na indústria e técnicasPalestra    principais usos da água na indústria e técnicas
Palestra principais usos da água na indústria e técnicas
 
Intro SWS-UET - Rev. 1
Intro SWS-UET  - Rev. 1Intro SWS-UET  - Rev. 1
Intro SWS-UET - Rev. 1
 
Teli 1
Teli 1Teli 1
Teli 1
 
Biomassa jorge fernandes e rui cortes
Biomassa jorge fernandes e rui cortesBiomassa jorge fernandes e rui cortes
Biomassa jorge fernandes e rui cortes
 
Agua
AguaAgua
Agua
 
Estudo do caso 2 saneamento
Estudo do caso 2   saneamentoEstudo do caso 2   saneamento
Estudo do caso 2 saneamento
 
Aula 5 residuos
Aula 5 residuosAula 5 residuos
Aula 5 residuos
 
Caldeira
CaldeiraCaldeira
Caldeira
 

Uso da água na indústria brasileira

  • 2. Responsável por cerca de 22% do uso mundial de água Países desenvolvidos o índice é de cerca de 59% Países não desenvolvidos é de apenas 8% Principal responsável pela crescente dificuldade na obtenção de água para atendimento das necessidades da sociedade Crescimento da demanda industrial Efluentes aquosos (qualidade inferior à original)
  • 3. A disponibilidade de dados precisos sobre o consumo industrial da água é muito restrita por receio de ações tanto de agências ambientais quanto de empresas públicas Diferenças técnicas significativas fazem com que qualquer consolidação de dados seja de validade duvidosa Aspectos a serem considerados Mesmos produtos obtidos por processos tecnologicamente distintos Diferenças de processo, de equipamento, de procedimentos operacionais ou até mesmo de escala de produção O grau de verticalização do complexo industrial dificulta a obtenção da informação relativa ao consumo específico de cada segmento
  • 4. Outro fator que afeta os dados relativos ao consumo específico de água pelo setor industrial, é o aspecto econômico relacionado ao custo deste insumo Escassez Aumento do custo da água implica no aumento do custo final do produto O consumidor pagará não só pelo seu consumo de água, como também pelo seu uso
  • 5. Uso da água no Brasil
  • 6. Tipos de uso da água na indústria Duas classes principais Matéria-prima  Quando fica incorporada ao produto final  Mantém sua identidade química (cervejas, refrigerantes, produtos de limpeza e higiene)  Perde sua identidade química (ácido sulfúrico) Uso auxiliar Veículo  Fluído térmico  Lavagem  Geração de energia 
  • 7. Impurezas nas águas naturais e problemas no seu uso industrial A contaminação das águas naturais pode ocorrer em qualquer fase do ciclo hidrológico Principalmente, cada vez mais, atividades antropogênicas em decorrência das As impurezas presentes na água podem modificar significativamente suas propriedades Corrosões Incrustações
  • 8. Incrustações São resultantes da disposição de materiais sólidos nas paredes dos equipamentos (principalmente de caldeiras) que estão em contato com a água Podem ser bastante prejudiciais pelo fato de terem baixa condutividade térmica Redução da eficiência térmica do equipamento em virtude dos gases de combustão saírem em temperatura mais alta  Superaquecimento do material de construção das caldeiras, provocando redução de sua resistência mecânica com o conseqüente risco de deformações ou mesmo de ruptura 
  • 9. Corrosões É um fenômeno potencialmente presente em equipamentos que operam com água em condições de temperatura e pressão acima das normais  A intensidade depende do material de construção do equipamento, das impurezas presentes na água usada e das condições de operação do sistema
  • 10. As impurezas mais comumente encontradas nas água naturais são: Sólidos em suspensão Gases dissolvidos Sais solúveis Sais de sódio Sais de metais alcalino-terrosos (cálcio e magnésio) Sílica Ácidos livres Contaminação microbiológica (abastecimento público)
  • 12. Técnicas Convencionais Promovem a adequação das características físicas, químicas e biológicas da água a padrões econômicos e de higiene. Aeração ou Pré-cloração; Coagulação e Floculação; Decantação; Filtração; Desinfecção ; Controle de corrosão.
  • 13. Técnicas Específicas Compensar medidas que a outra técnica não satisfazia Processo de abrandamento da água; Degaseificação; Remoção de sílica gel.
  • 14. Aeração ou Pré-cloração: Objetiva remover substâncias orgânicas causadoras de odor e sabor, bem como oxidar compostos ferrosos e manganosos que poderiam se precipitar mais adiante, conferindo cor a água. Coagulação e Floculação: Promover a separação dos sólidos em suspensão presentes na água, em condições que permitam se realizar a clarificação efetiva da mesma. Decantação: Vale-se da ação da gravidade para separar o material floculado obtido da operação supracitada.
  • 15. Filtração: Visa complementar o trabalho da decantação para remover partículas que continuam suspensas. Esse método faz fluir o efluente da decantação através de um meio filtrante sobre o qual ficarão retidos os sólidos suspensos. A água livre de impurezas é coletada no fundo do equipamento. Desinfecção: Eliminação de organismos patogênicos. Dosagem de agentes desinfetantes (derivados clorados, ozônio e a emissão de radiação ultravioleta)
  • 16. Controle de corrosão: Ajuste químico para que não haja propriedades corrosivas.
  • 17. Abrandamento da água ou Correção da Dureza: Consiste na remoção de cátions bivalente de cálcio e magnésio. Degaseificação: Remove gases como o oxigênio, gás carbônico e o sulfeto de hidrogênio dissolvidos na água. Esse processo pode ser efetuado por dois métodos. _ Método Físico: compreende ações de aquecimento ou de pulverização da água. _ Método Químico: utilizam-se de agentes químicos de natureza compatível cm os gases a serem removidos.
  • 18. Remoção da sílica solúvel: Realizada por reações químicas.
  • 19. Segmentos industriais e suas peculiaridades quanto ao uso da água.
  • 20. Têxtil - consome 15% de toda a água industrial do mundo, totalizando 30 milhões de m³ ao ano. A água é utilizada nas chamadas etapas úmidas do processo têxtil, principalmente na fase de tinturaria, onde consome cerca de metade de toda a água do setor e no pré-tratamento, onde é consumido 41% do total da água. Carga contaminante: •desengomagem – 50% •tinturaria – 37% •estamparia – 7% •tingimento – 6% Mais perigosos: •halógenos orgânicos absorvíveis (AOX) •metais pesados (Cu, Ni, Pb) •alquifenol entoxilado (APEO,tóxico para os peixes) •hidrocarbonetos voláteis (VHC)
  • 21. Frigorífica - nesse tipo de indústria o consumo de água por cabeça varia tradicionalmente de 2.500l no caso de bovinos, 1.200l para suínos e 25l para as aves. No caso de frangos, as industrias brasileiras já trabalham hoje em dia com metas de 14l de água por frango. A tarefa mais complexa desse tipo de indústria é o tratamento dos rejeitos aquosos dos frigoríficos. Alta taxas de DBO (800 a 32 mil mg/l) + lodo → processos anaeróbios como lagoas. Os sistemas que permitem a purificação mais completa são os mistos, em que se associam lagoas anaeróbias com aeradas.
  • 22. Curtumes - após todos os procedimentos como esfola de couro, lavagem, descarnagem e curtimento, sobram resíduos na águas que constituem-se basicamente de cal e sulfetos livres, cromo, matéria orgânica diluída ou em suspensão, elevados teores de sólidos dissolvidos e PH. Decantação: é uma das formais mais incentivadas de se reduzir o teor de resíduos nas águas. O produto é aquecido em ácido sulfúrico concentrado, como no caso do sebo. Celulose e Papel – nesse tipo de indústria, uma das formas de utilização da água é na fabricação da pasta mecânica para lavar as fibras retiradas da madeira e dessa forma, esta fica contaminada pela lignina O maior volume de despejo desse tipo de indústria está no branqueamento das fibras e nas máquinas de papel, já em termos de carga poluidora, destaca-se o licor negro (rico em açúcar de madeira). Sobre o tratamento, costuma-se separar os efluentes por nível de concentração de sólidos.
  • 23. Açúcar e Álcool – esse tipo de indústria demanda um grande volume de água, que é empregada desde a lavagem da cana a uma taxa de aproximadamente 5m³ por tonelada de cana. Na fase seguinte, também utiliza-se muita água para diluir o açúcar do caldo extraído pelas moendas de cana, no processo denominado embebição. Essa água deve ser contaminada em maior ou menor grau pela solução de sacarose e pode ser reutilizada em outras fases do processo. Vinhoto - principal ameaça ambiental desse tipo de indústria, presente em mais de 90% do total de água. No Brasil, seu impacto foi solucionado através da aspersão do resíduo no próprio canavial, tal seu elevado conteúdo fertilizante. Como vantagens houve o aumento da população microbiana do solo, aumento do PH e aumento da capacidade de troca iônica.
  • 24. Cervejarias: A indústria cervejeira divide a água usada no processo em água cervejeira (nobre ou de fabricação) e água de serviço. A primeira é a água incorporada ao produto e utilizada para condicionamento do malte, moagem, carga e descarga de produtos em elaboração. Já a de serviço, trata-se da água usada em lugares e equipamentos onde não há contato com o produto. As indústrias cervejeiras possuem instalações relativamente grandes para tratamento de seus efluentes, devido à carga orgânica dos despejos que podem variar entre 1,2 a 3 mil mg/l de DBO e também de sua considerável vazão que, dependendo do porte das instalações, pode atingir a ordem de milhares de m3/dia. Ferro e aço: O consumo nessas indústrias é de porte elevado, ficando na faixa de 100 a 500 m³ por tonelada de aço. Um dos usos principais é no processo de refrigeração de equipamentos. Quanto aos poluentes desse ramo industrial, há a contaminação na fase do resfriamento dos gases de coqueria e nas chaminés. Petróleo: Já nas primeiras fases do refino muitos são os usos da água. Após a extração, ela é separada do óleo antes do armazenamento inicial, sendo que o óleo cru é misturado com a água para a separação de sais e sólidos.
  • 25. Pólos Petroquímicos e o uso da água
  • 26. Pólo de Camaçari: O pólo de Camaçari localiza-se no estado da Bahia. A central petroquímica lá existente – Copene. A água bruta captada por esse pólo é tratada, obtendo-se a água clarificada, atendendo as necessidades de água de refrigeração das empresas do pólo, além de alimentar as Unidades de Água Potável e Desmineralizada, sendo que a aquela é distribuída para o pólo e a água desmineralizada alimenta as caldeiras dos sistemas de turbo geração. Pólo de Mauá: Localiza-se no município de Mauá, a cerca de 30 km de São Paulo. Sua demanda de água bruta é da ordem de 1.260 m³/h, sendo esta captação realizada no rio Tamanduateí, numa vazão que depende do regime de chuvas (no regime de estiagem a captação é da ordem de 500 m³/h e em épocas de chuva a captação máxima pode chegar a 945 m³/h.
  • 27.
  • 28. Tratamento de efluentes aquosos Ações de controle Ações de prevenção
  • 29. Ações de controle Visa minimizar os efeitos adversos dos despejos antes de sua disposição no ambiente.  Métodos físicos  Métodos físico-químicos  Métodos biológicos
  • 30. Métodos físicos Separação de poluentes sólidos, contaminantes líquidos imiscíveis e gases dissolvidos presentes em despejos líquidos.  Adsorção  Centrifugação  Coagulação, floculação, decantação e flotação  Filtração
  • 31.  Separação por membranas: Envolve a utilização de membranas sintéticas, porosas ou semipermeáveis para a separação de partículas sólidas de pequenas dimensões. Separados de acordo com o diâmetro dos poros, tipo e a força motriz utilizados na separação. Microfiltração, Ultrafiltração, Nanofiltração, Osmose reversa e Eletrodiálise  Separação térmica: Os processos mais comuns no tratamento de efluentes líquidos sao a evaporação e a destilação.  Stripping (ou extração): consiste na remoção das impurezas por meio do ar ou vapor.
  • 32. Métodos físico-químicos Princípios de ação baseiam-se em reações químicas e como em termos operacionais as técnicas desse grupo agem alterando as propriedades dos contaminantes, daí o tratamento físico. Neutralização Oxidação e redução química Precipitação química Troca iônica
  • 33. Métodos biológicos Grande expansão no Brasil por apresentar relevantes efeitos purificadores. Baseia-se na otimização artificial e controlada da biodegradação de matéria orgânica. De acordo com a necessidade de oxigênio: Digestão aeróbia Digestão anaeróbia
  • 34. Ações de prevenção Não geração ou reaproveitamento dos rejeitos gerados pelas unidades de qualquer processo de transformação.
  • 35. Legislação No Brasil, a mais importante lei ambiental criada é a Lei 6.938 (17/01/1981), denominada Política Nacional de Meio Ambiente Define que o poluidor é obrigado a indenizar os danos ambientais causados por ele ao meio ambiente e a terceiros, independentemente de culpa. Este é o conhecido princípio do poluidor pagador, o que determinou uma nova postura em relação ao meio ambiente, no sentido de introduzir a necessidade de conciliação entre o desenvolvimento econômico-social e a preservação do meio ambiente
  • 36. Considerando a Lei 6.938 Para se construir, reformar, ampliar a capacidade de uma indústria, é necessário inicialmente que o Órgão Ambiental seja consultado a fim de avaliar a necessidade ou não de um processo de licenciamento ambiental. O licenciamento é constituído pela licença prévia, licença de instalação e licença de operação ou funcionamento
  • 37. DESENVOLVIMENTO/BEM ESTAR/NECESSIDADES BÁSICAS X USO DA ÁGUA Fonte: Revista Escola
  • 38. Referências KULAY, Luiz Alexandre; SILVA, Gil Anderi da. Água na Indústria. In: BRAGA, Benedito; REBOUÇAS, Aldo da C.; TUNDISI, José Galizia. (Org.). Águas doces do Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 3 ed. São Paulo: Escrituras Editora, 2006. p. 367-398. http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 19 janeiro 2014. http://www.mma.gov.br. Acesso em: 20 janeiro 2014.