2. Responsável por cerca de 22% do uso mundial de
água
Países desenvolvidos o índice é de cerca de 59%
Países não desenvolvidos é de apenas 8%
Principal responsável pela crescente dificuldade na
obtenção de água para atendimento das necessidades
da sociedade
Crescimento da demanda industrial
Efluentes aquosos (qualidade inferior à original)
3. A disponibilidade de dados precisos sobre o consumo
industrial da água é muito restrita
por receio de ações tanto de agências ambientais quanto
de empresas públicas
Diferenças técnicas significativas fazem com que
qualquer consolidação de dados seja de validade
duvidosa
Aspectos a serem considerados
Mesmos
produtos
obtidos
por
processos
tecnologicamente distintos
Diferenças
de processo, de equipamento, de
procedimentos operacionais ou até mesmo de escala de
produção
O grau de verticalização do complexo industrial dificulta
a obtenção da informação relativa ao consumo específico
de cada segmento
4. Outro fator que afeta os dados relativos ao consumo
específico de água pelo setor industrial, é o aspecto
econômico relacionado ao custo deste insumo
Escassez
Aumento do custo da água implica no aumento do
custo final do produto
O consumidor pagará não só pelo seu consumo de
água, como também pelo seu uso
6. Tipos de uso da água na indústria
Duas classes principais
Matéria-prima
Quando fica incorporada ao produto final
Mantém sua identidade química (cervejas, refrigerantes,
produtos de limpeza e higiene)
Perde sua identidade química (ácido sulfúrico)
Uso auxiliar
Veículo
Fluído térmico
Lavagem
Geração de energia
7. Impurezas nas águas naturais e problemas no seu
uso industrial
A contaminação das águas naturais pode ocorrer em
qualquer fase do ciclo hidrológico
Principalmente, cada vez mais,
atividades antropogênicas
em decorrência das
As impurezas presentes na água podem modificar
significativamente suas propriedades
Corrosões
Incrustações
8. Incrustações
São resultantes da disposição de materiais sólidos nas
paredes dos equipamentos (principalmente de caldeiras)
que estão em contato com a água
Podem ser bastante prejudiciais pelo fato de terem baixa
condutividade térmica
Redução da eficiência térmica do equipamento em virtude dos
gases de combustão saírem em temperatura mais alta
Superaquecimento do material de construção das caldeiras,
provocando redução de sua resistência mecânica com o
conseqüente risco de deformações ou mesmo de ruptura
9. Corrosões
É
um fenômeno potencialmente presente em
equipamentos que operam com água em condições de
temperatura e pressão acima das normais
A intensidade depende do material de construção do
equipamento, das impurezas presentes na água usada e das
condições de operação do sistema
10. As impurezas mais comumente encontradas nas água
naturais são:
Sólidos em suspensão
Gases dissolvidos
Sais solúveis
Sais de sódio
Sais de metais alcalino-terrosos (cálcio e magnésio)
Sílica
Ácidos livres
Contaminação microbiológica (abastecimento público)
12. Técnicas Convencionais
Promovem a adequação das características físicas, químicas e
biológicas da água a padrões econômicos e de higiene.
Aeração ou Pré-cloração;
Coagulação e Floculação;
Decantação;
Filtração;
Desinfecção ;
Controle de corrosão.
14. Aeração ou Pré-cloração: Objetiva remover substâncias
orgânicas causadoras de odor e sabor, bem como oxidar
compostos ferrosos e manganosos que poderiam se
precipitar mais adiante, conferindo cor a água.
Coagulação e Floculação: Promover a separação dos
sólidos em suspensão presentes na água, em condições que
permitam se realizar a clarificação efetiva da mesma.
Decantação: Vale-se da ação da gravidade para separar o
material floculado obtido da operação supracitada.
15. Filtração: Visa complementar o trabalho da decantação
para remover partículas que continuam suspensas. Esse
método faz fluir o efluente da decantação através de um
meio filtrante sobre o qual ficarão retidos os sólidos
suspensos. A água livre de impurezas é coletada no fundo do
equipamento.
Desinfecção:
Eliminação de organismos patogênicos.
Dosagem de agentes desinfetantes (derivados clorados,
ozônio e a emissão de radiação ultravioleta)
17. Abrandamento da água ou Correção da Dureza:
Consiste na remoção de cátions bivalente de cálcio e
magnésio.
Degaseificação: Remove gases como o oxigênio, gás
carbônico e o sulfeto de hidrogênio dissolvidos na água.
Esse processo pode ser efetuado por dois métodos.
_ Método Físico: compreende ações de aquecimento ou de
pulverização da água.
_ Método Químico: utilizam-se de agentes químicos de
natureza compatível cm os gases a serem removidos.
20. Têxtil - consome 15% de toda a água industrial do mundo, totalizando 30 milhões
de m³ ao ano. A água é utilizada nas chamadas etapas úmidas do processo têxtil,
principalmente na fase de tinturaria, onde consome cerca de metade de toda a
água do setor e no pré-tratamento, onde é consumido 41% do total da água.
Carga contaminante:
•desengomagem – 50%
•tinturaria – 37%
•estamparia – 7%
•tingimento – 6%
Mais perigosos:
•halógenos orgânicos absorvíveis (AOX)
•metais pesados (Cu, Ni, Pb)
•alquifenol entoxilado (APEO,tóxico para os peixes)
•hidrocarbonetos voláteis (VHC)
21. Frigorífica - nesse tipo de indústria o consumo de água por cabeça varia
tradicionalmente de 2.500l no caso de bovinos, 1.200l para suínos e 25l para as
aves. No caso de frangos, as industrias brasileiras já trabalham hoje em dia com
metas de 14l de água por frango.
A tarefa mais complexa desse tipo de indústria é o tratamento dos rejeitos
aquosos dos frigoríficos.
Alta taxas de DBO (800 a 32 mil mg/l) + lodo → processos anaeróbios como
lagoas.
Os sistemas que permitem a purificação mais completa são os mistos, em que
se associam lagoas anaeróbias com aeradas.
22. Curtumes - após todos os procedimentos como esfola de couro, lavagem,
descarnagem e curtimento, sobram resíduos na águas que constituem-se
basicamente de cal e sulfetos livres, cromo, matéria orgânica diluída ou em
suspensão, elevados teores de sólidos dissolvidos e PH.
Decantação: é uma das formais mais incentivadas de se reduzir o teor de resíduos
nas águas. O produto é aquecido em ácido sulfúrico concentrado, como no caso
do sebo.
Celulose e Papel – nesse tipo de indústria, uma das formas de utilização da água
é na fabricação da pasta mecânica para lavar as fibras retiradas da madeira e
dessa forma, esta fica contaminada pela lignina O maior volume de despejo desse
tipo de indústria está no branqueamento das fibras e nas máquinas de papel, já em
termos de carga poluidora, destaca-se o licor negro (rico em açúcar de madeira).
Sobre o tratamento, costuma-se separar os efluentes por nível de concentração de
sólidos.
23. Açúcar e Álcool – esse tipo de indústria demanda um grande volume de água,
que é empregada desde a lavagem da cana a uma taxa de aproximadamente
5m³ por tonelada de cana. Na fase seguinte, também utiliza-se muita água para
diluir o açúcar do caldo extraído pelas moendas de cana, no processo
denominado embebição. Essa água deve ser contaminada em maior ou menor
grau pela solução de sacarose e pode ser reutilizada em outras fases do
processo.
Vinhoto - principal ameaça ambiental desse tipo de indústria, presente em mais
de 90% do total de água. No Brasil, seu impacto foi solucionado através da
aspersão do resíduo no próprio canavial, tal seu elevado conteúdo fertilizante.
Como vantagens houve o aumento da população microbiana do solo, aumento
do PH e aumento da capacidade de troca iônica.
24. Cervejarias: A indústria cervejeira divide a água usada no processo em água cervejeira
(nobre ou de fabricação) e água de serviço. A primeira é a água incorporada ao produto
e utilizada para condicionamento do malte, moagem, carga e descarga de produtos em
elaboração. Já a de serviço, trata-se da água usada em lugares e equipamentos onde não
há contato com o produto. As indústrias cervejeiras possuem instalações relativamente
grandes para tratamento de seus efluentes, devido à carga orgânica dos despejos que
podem variar entre 1,2 a 3 mil mg/l de DBO e também de sua considerável vazão que,
dependendo do porte das instalações, pode atingir a ordem de milhares de m3/dia.
Ferro e aço: O consumo nessas indústrias é de porte elevado, ficando na faixa de 100 a
500 m³ por tonelada de aço. Um dos usos principais é no processo de refrigeração de
equipamentos. Quanto aos poluentes desse ramo industrial, há a contaminação na fase
do resfriamento dos gases de coqueria e nas chaminés.
Petróleo: Já nas primeiras fases do refino muitos são os usos da água. Após a extração,
ela é separada do óleo antes do armazenamento inicial, sendo que o óleo cru é
misturado com a água para a separação de sais e sólidos.
26. Pólo de Camaçari: O pólo de Camaçari localiza-se no estado da Bahia. A central
petroquímica lá existente – Copene. A água bruta captada por esse pólo é tratada,
obtendo-se a água clarificada, atendendo as necessidades de água de refrigeração das
empresas do pólo, além de alimentar as Unidades de Água Potável e Desmineralizada,
sendo que a aquela é distribuída para o pólo e a água desmineralizada alimenta as
caldeiras dos sistemas de turbo geração.
Pólo de Mauá: Localiza-se no município de Mauá, a cerca de 30 km de São Paulo. Sua
demanda de água bruta é da ordem de 1.260 m³/h, sendo esta captação realizada no rio
Tamanduateí, numa vazão que depende do regime de chuvas (no regime de estiagem a
captação é da ordem de 500 m³/h e em épocas de chuva a captação máxima pode chegar a
945 m³/h.
29. Ações de controle
Visa minimizar os efeitos adversos dos despejos antes de
sua disposição no ambiente.
Métodos físicos
Métodos físico-químicos
Métodos biológicos
30. Métodos físicos
Separação de poluentes sólidos, contaminantes líquidos
imiscíveis e gases dissolvidos presentes em despejos
líquidos.
Adsorção
Centrifugação
Coagulação, floculação, decantação e flotação
Filtração
31. Separação por membranas: Envolve a utilização de
membranas sintéticas, porosas ou semipermeáveis para a
separação de partículas sólidas de pequenas dimensões.
Separados de acordo com o diâmetro dos poros, tipo e a
força motriz utilizados na separação.
Microfiltração, Ultrafiltração, Nanofiltração, Osmose reversa
e Eletrodiálise
Separação térmica: Os processos
mais comuns no
tratamento de efluentes líquidos sao a evaporação e a
destilação.
Stripping (ou extração): consiste na remoção das
impurezas por meio do ar ou vapor.
32. Métodos físico-químicos
Princípios de ação baseiam-se em reações químicas e como
em termos operacionais as técnicas desse grupo agem
alterando as propriedades dos contaminantes, daí o
tratamento físico.
Neutralização
Oxidação e redução química
Precipitação química
Troca iônica
33. Métodos biológicos
Grande expansão no Brasil por apresentar relevantes
efeitos purificadores. Baseia-se na otimização artificial e
controlada da biodegradação de matéria orgânica.
De acordo com a necessidade de oxigênio:
Digestão aeróbia
Digestão anaeróbia
34. Ações de prevenção
Não geração ou reaproveitamento dos rejeitos gerados
pelas unidades de qualquer processo de transformação.
35. Legislação
No Brasil, a mais importante lei ambiental criada é a
Lei 6.938 (17/01/1981), denominada Política Nacional
de Meio Ambiente
Define que o poluidor é obrigado a indenizar os danos
ambientais causados por ele ao meio ambiente e a
terceiros, independentemente de culpa. Este é o
conhecido princípio do poluidor pagador, o que
determinou uma nova postura em relação ao meio
ambiente, no sentido de introduzir a necessidade de
conciliação entre o desenvolvimento econômico-social e
a preservação do meio ambiente
36. Considerando a Lei 6.938
Para se construir, reformar, ampliar a capacidade de
uma indústria, é necessário inicialmente que o Órgão
Ambiental seja consultado a fim de avaliar a necessidade
ou não de um processo de licenciamento ambiental.
O licenciamento é constituído pela licença prévia,
licença de instalação e licença de operação ou
funcionamento
38. Referências
KULAY, Luiz Alexandre; SILVA, Gil Anderi da. Água
na Indústria. In: BRAGA, Benedito; REBOUÇAS, Aldo
da C.; TUNDISI, José Galizia. (Org.). Águas doces do
Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 3 ed. São
Paulo: Escrituras Editora, 2006. p. 367-398.
http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 19
janeiro 2014.
http://www.mma.gov.br. Acesso em: 20 janeiro 2014.