O documento resume um relatório sobre um indicador de confiança para empresários de Belo Horizonte em março de 2016, mostrando que: (1) O indicador continua abaixo de 50 pontos, indicando pouca confiança na economia brasileira e nas finanças de seus próprios negócios; (2) Empresários de micro e pequenas empresas são os mais impactados pela crise e menos confiantes no futuro; (3) A maioria espera piora contínua na economia e queda nas vendas afetando investimentos e empregos.
2. INDICADOR DE CONFIANÇA
TENDO EM VISTA A NECESSIDADE DO VAREJO DE UM INDICADOR DE TENDÊNCIA
ECONÔMICA, QUE SINTETIZE A OPINIÃO DOS EMPRESÁRIOS DE BELO HORIZONTE
QUANTO AOS ASPECTOS DA CONJUNTURA ECONÔMICA ATUAL, E QUE SIRVA DE
NORTEADOR DE DECISÕES FUTURAS, A CDL/BH CRIOU UM INDICADOR DEINDICADOR DE
CONFIANÇACONFIANÇA.
O INDICADOR DE CONFIANÇA TEM COMO OBJETIVO:
ICE-BH: identificar a percepção dos empresários de Belo
Horizonte sobre o cenário macroeconômico atualcenário macroeconômico atual e as
finanças do seu próprio negóciofinanças do seu próprio negócio.
3. INDICADOR DE CONFIANÇA
O INDICADOR DE CONFIANÇAINDICADOR DE CONFIANÇA É COMPOSTO POR SUB-INDICADORES SOBRE A CONDIÇÃOCONDIÇÃO
GERALGERAL (ECONOMIA BRASILEIRA E FINANÇAS EMPRESA) E EXPECTATIVAEXPECTATIVA (ECONOMIA
BRASILEIRA E FINANÇAS EMPRESA) , CONFORME APRESENTADO NO ESQUEMA ABAIXO:
INDICADOR
DE
CONFIANÇA
INDICADOR DE
EXPECTATIVA
INDICADOR DE
CONDIÇÕES
GERAIS
ECONOMIA
BRASILEIRA
FINANÇAS DO
PRÓPRIO NEGÓCIO
ECONOMIA
BRASILEIRA
FINANÇAS DO
PRÓPRIO NEGÓCIO
O INDICADOR DE CONFIANÇAINDICADOR DE CONFIANÇA, BEM COMO OS SUB-INDICADORES VARIAM ENTRE ZERO
E 100, SENDO ZERO A INDICAÇÃO MAIS PESSIMISTA E 100 A MAIS OTIMISTA POSSÍVEL.
4. INDICADOR DE CONFIANÇA
RESULTADO EMPRESÁRIO BELO HORIZONTE
INDICADOR DE
EXPECTATIVA
INDICADOR DE
CONDIÇÕES
GERAIS
INDICADOR
DE
CONFIANÇA
IND. CONDIÇÕES
ECONOMIA
BRASILEIRA
IND. CONDIÇÕES
PRÓPRIO NEGÓCIO
15,5
25,0
IND. EXPECTATIVA
ECONOMIA
BRASILEIRA
IND. EXPECTATIVA
PRÓPRIO NEGÓCIO
40,7
48,7
20,2
44,7
34,2
5. INDICADOR DE CONFIANÇA
INDICADOR DE
CONFIANÇA 34,2
O Indicador de Confiança dos empresários de BH
continua demonstrando que os empresários entrevistados
permanecem pouco confiantes com as condições
econômicas do país e de seus negócios, pois o resultado
segue abaixo do nível neutro de 50 pontos.
RESULTADO EMPRESÁRIO BELO HORIZONTE
6. INDICADOR DE CONFIANÇA
CONDIÇÕES ECONOMIA BRASILEIRA
A percepção sobre a economia brasileira em comparação aos últimos 6 meses, observou-se que a grande
maioria (93,1%) acredita que houve piora na economia, notada principalmente pelo aumento da inflação,
índice de inadimplência dos consumidores e aumento da taxa de juros.
7. INDICADOR DE CONFIANÇA
CONDIÇÕES PRÓPRIO NEGÓCIO
Quando o empresário avalia o próprio negócio. Para a maioria, 74,7% houve piora na condição financeira
da sua empresa nos últimos 6 meses, justificada pela queda nas vendas e nas suas margens de lucro.
8. INDICADOR DE CONFIANÇA
EXPECTATIVA ECONOMIA BRASILEIRA
A maior parte dos empresários de Belo Horizonte (47,4%) está pessimista em relação a expectativa para
ECONOMIA para os próximos 6 meses. A falta de propostas e medidas efetivas do governo para tentar
reverter a crise econômica acaba gerando um ciclo vicioso de descrédito na economia do país.
9. INDICADOR DE CONFIANÇA
EXPECTATIVA PRÓPRIO NEGÓCIO
Em relação à própria empresa o nível de otimismo e pessimismo está equilibrado, 33,7% está otimista e
36,2% pessimista. Isto indica que, apesar da expectativa para economia brasileira não ser tão favorável, boa
parte dos empresários acredita que o quadro irá melhorar nos próximos 6 meses. Isso é explicado pelo fato
de que muitos acreditam que uma gestão eficiente de sua própria empresa, pode ajudar a enfrentar as
dificuldades impostas pela crise.
10. INDICADOR DE CONFIANÇA
Indicador segue demonstrando baixa confiança dos empresários de BH com as condições
econômicas do país. O indicador registou apenas 34,2 pontos, em out/2015 o resultado foi de 39,3
pontos. Apenas 4,9% observaram melhora no desempenho do seu negócio nos últimos seis meses.
RESULTADO EMPRESÁRIO BELO HORIZONTE
out/15 mar/16
Indicador de
Confiança
39,3 34,2
Ind. de Condições Gerais 20,0 20,2
Ind. Condições Gerais -
Brasil
16,8 15,5
Ind. Condições Gerais -
Finanças próprio negócio
23,2 25,0
Indicador de Expectativa 53,7 44,7
Ind. de Expectativa - Brasil 50,1 40,7
Ind. de Expectativa -
Finanças próprio negócio
57,4 48,7
11. INDICADOR DE CONFIANÇA
Os empresários de micro e pequena empresa foram os mais impactados pelas mudanças no
cenário macroeconômico nos últimos seis meses. Além disso, esses empresários estão pouco
confiantes com o futuro do seu negócio em curto prazo.
RESULTADO EMPRESÁRIO BH POR PORTE
12. INDICADOR DE CONFIANÇA
Em out/2015 todos os empresários estavam confiantes com o futuro do seu negócio e o cenário
econômico do pais, porém essa confiança foi abalada nos últimos meses e os que mais sentiram o
impacto foram os empresários de Micro e Pequeno porte. É importante salientar que, os empresários
de médio e grande porte se mantiveram com os mais confiantes.
RESULTADO EMPRESÁRIO BH POR PORTE
13. INDICADOR DE CONFIANÇA
O atual cenário econômico apresenta um recorrente aumento do desemprego, queda na renda das
famílias, aumento da inflação e uma consequente queda das vendas na capital -1,72% (acumulado do ano
2016) o que afeta diretamente a vida dos empresários. Devido a falta de confiança no que se refere ao
ambiente político-econômico, eles optam por cautela antes de qualquer investimento. A falta de
perspectiva a longo prazo causa esse ambiente de incertezas e dentro deste contexto o empresário, com
sua margem de lucro já sacrificada, acaba por “enxugar” os custos. Diminuir investimento e em última
alternativa cortar um percentual do seu quadro de funcionários para aliviar a folha de pagamentos,
acarreta no aumento do índice de desemprego, além da diminuição da renda disponível em circulação.
Deve-se se ressaltar que os empresários de micro e pequenas empresas são os mais impactados pelas
mudanças no cenário macroeconômico nos últimos meses, pois possuem menos recursos para fazer
investimentos e, por isso ficam mais vulneráveis em meio à crise. Além disso, esses empresários estão pouco
confiantes com o futuro do seu negócio em curto prazo, conscientes de uma tendência de vendas menos
aquecida, e consumidores mais cautelosos com as compras.
CONCLUSÃO
14. Setor de Economia,
Pesquisa e Mercado
Equipe Técnica:
Ana Paula Bastos – Economista
Sarah Ribeiro – Estatística
André Correia – Analista de Economia
Amanda Santos – Técnico de Pesquisa