SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 32
2 Reinado
D. Pedro II e o governo mais longo da
     História do Brasil (1840 – 1889)




    2º Ano – Ens. Médio
    Prof. Carlos   Teles




              Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier
                  de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga ou Dom Pedro II.
• O novo Imperador, D. Pedro II,
  tornou-se símbolo de um
  Estado que, na visão dos
  grupos dirigentes, tinha como
  tarefas principais preservar a
  unidade do país e garantir a
  ordem política e social.
• Como o longo reinado de D.
  Pedro II deu conta dessas
  tarefas? Quais as principais
  transformações
  socioeconômicas do período?


                                   2
Pedro de Alcântara foi conduzido ao trono
com 14 anos de idade. A imagem do
imperador seria difundida como o símbolo de
um Estado centralizado.
A coroação de D. Pedro II representava a
perspectiva da manutenção dos privilégios
dos grupos que haviam dominado o cenário
político e econômico brasileiro até então, com
força simbólica e militar para acabar com as
rebeliões     provinciais,  submetendo       os
revoltosos e descontentes à ordem pública do
Império.




                                                  3
Política Interna
Liberais versus Conservadores: O contexto político do Brasil no 2 Reinado, foi
capitalizado por dois Partidos (ambos vindos do antigo Partido Liberal Moderado):
O Partido Conservador (antigo grupo regressista) e o Partido Liberal (antigo
grupo progressista).
                                    Esboço do cenário político do período
                          Partido               Representava                       Defendia
                       Conservador      •   Proprietários rurais das          •   Governo imperial
                       Apelido:             grandes lavouras de                   forte e centralizador
                       Saquarema            exportação.
                                        •   Burocratas do serviço público,
                                            com destaque para os
                                            bacharéis em Direito.
                                        •   Grandes comerciantes.
                       Liberal          •   Profissionais liberais urbanos.   •   Governo imperial
                                        •   Proprietários rurais que              não tão
                       Apelido: Luzia
                                                                                  centralizado, com a
                                            produziam para o mercado
                                                                                  concessão de certa
                                            interno ou de áreas de                autonomia às
                                            colonização mais recente.             províncias




                                                                                                    4
D. Pedro II assumiu o trono em 23 de junho de 1840. No
  dia 13 de outubro do mesmo ano aconteceram as
  primeiras eleições para a Câmara dos Deputados, onde
  vemos o início de um estilo (infelizmente) de fazer
  política, baseados na violência e na fraude.




 Esse episódio ficou conhecido como “Eleições do Cacete” e que se
   tornaram corriqueiras em eleições no Brasil por muitos anos...




                                                                    5
Um Parlamentarismo às avessas...
• O primeiro gabinete (governo) de D. Pedro II foi
  composto pelos liberais e o sistema parlamentarista foi
  adotado com o detalhe do retorno do PODER
  MODERADOR.




                                                        6
Um Brasil “diferente” estava nascendo...

• A segunda metade do século
  XIX foi marcada por uma
  certa modernização do país,
  vinculada basicamente ao
  crescimento da população e a
  exportação de café, ao final
  da importação de escravos e
  promoção da atividade
  industrial. Vejamos algumas
  dessas transformações...



                                                7
• A produção do café
  cresceu por causa do
  sucesso da bebida na
  Europa e nos EUA,
  superando a todos os
  demais produtos agrícolas
  (açúcar, tabaco, cacau e
  algodão)

• Os cafezais expandiram-
  se no sudeste brasileiro e
  o centro econômico do
  país    deslocou-se    das
  antigas áreas agrícolas do
  nordeste para essa região.



                               8
• Nas fazendas de café de São Paulo, o trabalho escravo foi
  substituído gradativamente pelo trabalho assalariado com o
  predomínio dos imigrantes europeus (italianos, alemães...).




                                                                9
Várias novelas, minisséries e
alguns filmes de produção
nacional, tiveram como cenário
a    imigração    de    famílias
européias para o Brasil




                                   10
• Parte do dinheiro conseguido com a exportação do café foi
  investido na industrialização do país. Surgiram inicialmente
  indústrias de produtos alimentícios, de vestuário, madeireiras,
  entre outras.




                                                               11
• Nas cidades mais importantes, como Recife, Rio de Janeiro,
  Salvador, São Paulo e Belém, foram surgindo novos serviços
  públicos: iluminação das ruas, bondes, ferrovias, bancos,
  teatros , etc.
 Tarifa Alves Branco (1844): aumento das taxas de importação
 dos antigos 15% (do período joanino) para 30%.
 Como resultado, na última década do império (1880 – 1889),
 o Brasil já contava com 600 indústrias, que empregavam
 quase 55.000 operários nos setores têxtil, de alimentos,
 madeireiro, metalúrgico e de vestuário.




                                                               12
Visconde de Mauá
•   Nesse período de crescimento,industrial e
    modernização econômica do Brasil, merece
    destaque a figura de Irineu Evangelista de Souza,
    barão e, depois, Visconde de Mauá (1813 - 1889).
•   Homem de iniciativa e visão empresarial, Mauá foi
    responsável por grandes empreendimentos
    econômicos no 2 Reinado. Fundou empresas de
    construção de navios a vapor e fundição de ferro.
    Construiu a primeira ferrovia brasileira, ligando o
    Rio de Janeiro a Petrópolis e a primeira linha de
    bondes do Rio de Janeiro. Foi responsável pela
    instalação da iluminação a gás nessa cidade, e de
    um cabo submarino intercontinental, ligando
    Europa e o Brasil.




                                                          13
14
Política Externa
   Conflitos Internacionais no 2 Reinado

Questão Christie – Durante os últimos anos o Brasil sempre esteve dependente
economicamente da Inglaterra, seja por empréstimos ou por demanda de produtos.
Contudo, com a lucratividade das exportações de café essa demanda diminuiu. A
pressão inglesa para por fim a escravidão, azedaram as relações diplomáticas com
a elite brasileira. Isso foi o cenário de fundo que resultou no rompimento das
relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra, a princípio por um motivo banal. No
ano de 1861, o diplomata britânico William Dougal Christie, foi protagonista de
diversos desentendimentos acerca dos assuntos acima, somados em 1862 a prisão
de marinheiros ingleses presos por promoverem tumultos nas ruas do centro do Rio.
                                           http://www.brasilescola.com/historiab/a-questao-christie.htm




                                                                                                          15
Inconformados com o episódio, os marinheiros britânicos
                                                    recorreram à ajuda do embaixador inglês, que exigiu uma
                                                    multa a ser paga pelo Estado Brasileiro. Em meio à tensão
                                                    política já instalada entre os dois países, o imperador Dom
                                                    Pedro II não concordou com as exigências britânicas e,
                                                    dessa forma, não cumpriu com o pedido do diplomata
                                                    inglês. No ano seguinte, a situação piorou com a prisão de
                                                    três marinheiros ingleses que promoviam arruaças na
                                                    cidade do Rio de Janeiro.

                                                    Mesmo após a soltura dos oficiais britânicos, o
                                                    embaixador Christie insistia na indenização do navio
                                                    saqueado, a demissão dos policiais brasileiros envolvidos
Quadro em que D. Pedro II é aclamado pelo povo ao
romper aa relações com a Inglaterra.
                                                    no caso e um pedido de desculpas oficial. Mais uma vez, o
                                                    governo brasileiro se negou a atender as exigências
                                                    inglesas. No ano de 1863, buscando retaliar as ações
                                                    brasileiras, uma esquadra britânica realizou a prisão de
                                                    um conjunto de embarcações brasileiras que estavam em
                                                    alto-mar.     http://www.brasilescola.com/historiab/a-questao-christie.htm


           Inconformado com as ações da diplomacia britânica, o imperador Dom Pedro II decidiu romper
           relações diplomáticas com a Inglaterra. Mediante o problema, o governo brasileiro requereu a
           intermediação do rei Leopoldo II da Bélgica. Após avaliar toda a situação, o monarca decidiu dar
           ganho de causa ao governo brasileiro. Contudo, somente com a deflagração da Guerra do Paraguai,
           no ano de 1865, Brasil e Inglaterra reataram suas relações.
                                                                                                                      16
Questão Platina
Guerra contra Aguirre
No ano de 1864, a Argentina cortou relações com o presidente nacionalista uruguaio Anastácio da Cruz
Aguirre. Esta rixa diplomática elevou os ânimos dos uruguaios. Como resultado, propriedades de brasileiros
no Rio Grande do Sul eram invadidas e saqueadas por revoltosos, e os brasileiros que viviam no Uruguai
também eram perseguidos. Buscando uma saída diplomática, D. Pedro II tentou negociações com o
presidente uruguaio, mas não houve sucesso. Este negou inclusive o ultimato que o Brasil deu, e ameaçou
quebrar o Tratado de Limites de 1852, assinado entre os dois países.
Desistindo das saídas diplomáticas, o Imperador buscou entendimentos com o general Venâncio Flores,
que disputava o poder no Uruguai. Assim, ele deu apoio a uma invasão brasileira. Em março de 1864 a
Divisão de Observação do Exército (mais tarde, Divisão Auxiliadora) cruzou a fronteira, passaram a invadir o
Uruguai. A invasão durou 11 meses. Em 15 de Fevereiro de 1865, após alguns dias de sítio na capital do
Uruguai, Montevidéu, o presidente Aguirre rendeu-se, e foi deposto do cargo. Em seu lugar, foi nomeado
Venâncio Flores, que assinou o acordo de paz com o Brasil em 20 de Fevereiro.
A invasão do Uruguai, bem como a deposição de Aguirre, foram algumas das causas que levaram à Guerra
do Paraguai, pois o presidente paraguaio, Solano Lopez, era aliado de Aguirre e do Partido Blanco no
Uruguai.                                                                     http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado




                                                                                                                17
A Guerra do Paraguai




                       18
causas
No século XIX, o Paraguai buscava uma saída para o mar, graças às políticas de Francisco




                                                                                                http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinad
Solano López. O presidente paraguaio defendia a reação as intervenções militares dos
vizinhos, e especialmente, a influência brasileira, como já havia ocorrido nas questões
platinas. López investia em linhas de trem, no telégrafo, e na industrialização pesada.
Mas esse aquecimento econômico que o Paraguai vivia, exigia uma forma de contato com o
mundo exterior, e o Paraguai não tem saída para o mar. Sempre que desejasse exportar
produtos para a Europa precisava navegar por rios que não eram seus, como o Rio Uruguai
e o Rio da Prata. Assim, o ditador Solano López passou a bolar planos para anexar territórios
argentinos e brasileiros, que dessem ao Paraguai uma saída para o Atlântico (o chamado
Paraguai Maior). Desse modo, López passou a investir na militarização de seu país. Também




                                                                                                o
aliou-se ao Partido Blanco uruguaio (que, na época, estava no poder do Uruguai). O Partido
Blanco é rival do Partido Colorado, que tinha alianças com Argentina e Brasil.




                                                                                        19
O conflito
No início do embate, devido ao efeito surpresa da invasão ao território brasileiro,a




                                                                                       http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado
guerra estava claramente favorável ao Paraguai, que tinha um exército muito mais
numeroso. Os paraguaios tinham um exército que contava com aproximadamente
60 mil homens, contra 18 mil brasileiros (dos quais apenas 8 mil estavam na região
sul do Brasil), 8 mil argentinos e 5 mil uruguaios. O Paraguai iniciou a guerra no
ataque, conquistando rapidamente a província de Mato Grosso, que estava
despreparada para uma invasão. Mas López não ordenou a invasão da capital
mato-grossense, Cuiabá, pois seus planos eram no sul do Paraguai. As tropas
paraguaias invadiram a província argentina de Corrientes em Março de 1865. Em
Maio, tropas cruzaram a Argentina e invadiram São Borja, no Rio Grande do Sul.




                                                                                20
Apesar da superioridade terrestre paraguaia, a Marinha brasileira era
muito maior (principalmente por causa da extensão litorânea do Brasil). E,
graças à invasão do Uruguai, boa parte da Marinha brasileira estava no
Rio da Prata, e a esquadra brasileira engajou-se na Batalha de Riachuelo,
em Junho de 1865. A batalha praticamente destruiu a Marinha paraguaia.
Sem navios que controlassem o rio Uruguai e Paraguai, os paraguaios
não poderiam manter seus homens na Argentina (não havia estradas na
época; os contatos eram feitos pelos rios).
   Mesmo assim, as tropas que estavam no Brasil avançaram, tomando
mais cidades brasileiras. Tentaram inclusive invadir o Uruguai, mas
perderam a batalha, ao tentarem cruzar o Rio Uruguai. Em poucos meses
as forças que invadiram o Brasil haviam sido derrotadas. Logo depois, as
tropas aliadas reconquistaram as cidades argentinas invadidas. Em 1866,
a ofensiva passou a ser da Tríplice Aliança.
   A invasão no Paraguai foi demorada e violenta, e contou com muitas
baixas. A maioria, porém, era causa de epidemias e subnutrição, pois a
saúde era precária nas frentes de batalhas. Foi nessa época que o líder
das tropas da Tríplice Aliança tornou-se o marquês de Caxias. Mas a
batalha tornava-se lenta e difícil, pois enquanto os aliados ocupavam-se
em se reorganizar para manter a investida, López ganhava tempo, e se
refortalecia para tentar rechaçar mais um ataque.




                                                                             21
consequências
Após quase 3 anos de invasão, Assunção, capital paraguaia, foi tomada, em 1º de Janeiro de
1869. Solano López fugiu com alguns comandantes para o noroeste paraguaio, uma região de
relevo acidentado. O Imperador D. Pedro II fez questão de prender ou matar López, temendo
uma revolta armada por ele.
Como Duque de Caxias negou-se a perseguir o ditador, o genro do Imperador, Luís Filipe
Gastão de Orleáns, o Conde D'Eu, assumiu a liderança das tropas, e invadiu o interior
paraguaio, enfrentando uma verdadeira guerrilha. Nessas batalhas, o resto das tropas
paraguaias foram massacradas pelos brasileiros, enquanto não achavam Lópes. Ele morreu
na batalha de Cerro Corá, em 1870.
                      http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado


     Mesmo vitorioso, o Brasil saiu com diversos problemas econômicos, pois
     teve que pedir grandes somas de dinheiro emprestadas para a Inglaterra, o
     que aumentou sua dívida externa. As dificuldades financeiras do Império
     apressaram a queda de D. Pedro II.
     Os únicos brasileiros que se beneficiaram com a guerra foram os militares
     do Exército, que se tornaram importantes no cenário nacional, sendo
     decisivos para diversos episódios históricos, como a proclamação da
     República, o golpe de Getúlio Vargas e a Ditadura Militar.


                                                                                     22
23
24
O Fim da Monarquia
• Após a vitoriosa campanha da Guerra
  contra o Paraguai, o Brasil voltava a
  mergulhar em dívidas externas públicas
  contraídas para com a Inglaterra e com
  sérias insatisfações em cada setor das
  elites brasileiras que minaram a até então
  inabalável      autoridade  autocrata   do
  Imperador que já estava começando a
  sentir os efeitos da saúde por causa do
  desgaste da guerra e da sua já avançada
  idade. Seus herdeiros (Isabel e seu marido
  o conde D’Eu) não inspiravam a confiança
  da população.


                                               25
A Questão Abolicionista
Os cafeicultores não se conformaram com a abolição da
escravidão e com o fato de não terem sido indenizados.
Sentindo-se abandonados pela monarquia passaram a
apoiar a causa republicana, surgindo os chamados
republicanos de 13 de maio (chamada assim por causa da
data em que a Lei Áurea foi assinada, 13 de maio de 1888).

As principais leis que contribuíram para o fim da escravidão
no Brasil foram:
• 1850 (Lei Eusébio de Queirós): extinguiu o tráfico
   negreiro;
• 1871 (Lei do Ventre Livre): os filhos de escravos são
   considerados livres, devendo aos proprietários criá-los até
   os oito anos;
• 1885 (Lei dos Sexagenários): quando o escravo
   completasse 65 anos estaria liberto;
• 13 de maio de 1888 (Lei Áurea): abolição total da
   escravidão, assinada pela princesa Isabel, que substituía
   provisoriamente o imperador, que nesta época estava na
   França cuidando da sua saúde. http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado



                                                                                26
O movimento Republicano
• Intensifica o movimento republicanista no
  Brasil, após o fim da Guerra do Paraguai.
  O Partido Republicano que era
  inexpressivo ganha força entre os jovens
  estudantes e militares insatisfeitos com o
  quadro político e econômico .
• Manifestos como o que dizia: “vivemos na
  América e não somos americanos”, alusivo
  ao Brasil ser a única monarquia em solo
  americano são efeitos da campanha.
• Porém foi o abraço dos militares a causa e
  o posterior golpe contra o Imperador foi o
  fator que instaurou a república sem o
  devido apoio popular.



                                               27
Conflito com a Igreja
                                               Desde o período colonial a Igreja Católica era uma instituição submetida ao estado,
                                               pelo regime do padroado, que dava ao imperador controle sobre o clero e assuntos
                                               eclesiásticos. O imperador tinha o direito de exercer o "beneplácito", ou seja,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado




                                               nenhuma ordem do papa poderia vigorar no Brasil sem antes ter sido aprovada por
                                               ele.
                                               Mas, em 1872, D. Vital e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belém, respectivamente,
                                               resolveram seguir ordens do papa Pio IX, punindo os religiosos que apoiavam os
                                               maçonismo (membros da maçonaria). D. Pedro II, influenciado pela maçonaria,
                                               solicitou aos bispos que suspendessem as punições. Como eles se recusaram a
                                               obedecer ao imperador, foram condenados a quatro anos de prisão. Em 1875
                                               receberam o perdão imperial e foram libertados, mas o episódio abalou as relações
                                               entre a Igreja e o Imperador...




                                                                                                                             28
Durante o império havia sido aprovado o projeto




                                                    http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado
montepio, pelo qual as famílias dos militares
mortos ou mutilados na Guerra do Paraguai
recebiam uma pensão. A guerra terminara em
1870 e, em 1883 o montepio ainda não estava
pago. Os militares encarregaram então o
tenente-coronel Sena Madureira de defender os
seus direitos. Este, depois de se pronunciar pela
imprensa, atacando o projeto montepio, foi
punido. A partir de então os militares foram
proibidos de dar declarações à imprensa sem
prévia autorização imperial.
O descaso que alguns políticos e ministros
conservadores tinham pelo Exército levava-os a
punir elevados oficiais, por motivos qualificados
como      indisciplina  militar.  As    punições
disciplinares conferidas ao tenente-coronel
Sena Madureira e ao coronel Ernesto Augusto
da Cunha Matos provocaram revolta em
importantes chefes de Exército, como o
Marechal Deodoro da Fonseca.
                                                                                                   29
A Proclamação da República
O Governo Imperial, percebendo, embora tardiamente, a difícil situação em que se encontrava
com o isolamento da monarquia, apresentou à Câmara dos Deputados um programa de
reformas políticas, do qual constavam: liberdade de fé religiosa, liberdade de ensino e seu
aperfeiçoamento, autonomia das Províncias e mandato temporário dos senadores.
Entretanto, as reformas chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal
Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o Quartel General
do Rio de Janeiro. Na noite do dia 15 de novembro constituiu-se o Governo Provisório da
República dos Estados Unidos do Brasil. D. Pedro II, que estava em Petrópolis durante esses
acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um documento do novo Governo, solicitando que se
retirasse do País, juntamente com sua família.
Proclamada a república, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se um governo
provisório, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do
Brasil, acabando assim com o segundo reinado e com o Período Imperial do Brasil.




                                                                                     30
31
Licença CC
•   Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
•   Você pode:
•   copiar, distribuir, exibir e executar a obra
•   criar obras derivadas
•   Sob as seguintes condições:
•   Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada
    pelo autor ou licenciante.
•   Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com finalidades
    comerciais.
•   Compartilhamento pela mesma Licença. Se você alterar, transformar, ou
    criar outra obra com base nesta, você somente poderá distribuir a obra
    resultante sob uma licença idêntica a esta.
•   Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para outros os
    termos da licença desta obra.
•   Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, desde que Você
    obtenha permissão do autor.
                                                                              32
•   Nothing in this license impairs or restricts the author's moral rights.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

A abolição da escravatura e o fim do império
A abolição da escravatura e o fim do impérioA abolição da escravatura e o fim do império
A abolição da escravatura e o fim do impérioAuxiliadora
 
Guerra civil americana
Guerra civil americanaGuerra civil americana
Guerra civil americanaVagner Roberto
 
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASILABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASILIsabel Aguiar
 
Brasil Império: Primeiro Reinado (1822-1831)
Brasil Império:   Primeiro Reinado (1822-1831)Brasil Império:   Primeiro Reinado (1822-1831)
Brasil Império: Primeiro Reinado (1822-1831)Edenilson Morais
 
A Formação dos Estados Nacionais
A Formação dos Estados NacionaisA Formação dos Estados Nacionais
A Formação dos Estados NacionaisDouglas Barraqui
 
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da ÁsiaImperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da ÁsiaPortal do Vestibulando
 
Imperialismo e Neocolonialismo
Imperialismo e NeocolonialismoImperialismo e Neocolonialismo
Imperialismo e Neocolonialismoisameucci
 
Primeira Revolução Industrial - Inglaterra - Século XVIII - Prof. Medeiros
Primeira Revolução Industrial - Inglaterra - Século XVIII - Prof. MedeirosPrimeira Revolução Industrial - Inglaterra - Século XVIII - Prof. Medeiros
Primeira Revolução Industrial - Inglaterra - Século XVIII - Prof. MedeirosJoão Medeiros
 
Colonização Espanhola
Colonização EspanholaColonização Espanhola
Colonização EspanholaDenis Gasco
 

La actualidad más candente (20)

O Iluminismo
O IluminismoO Iluminismo
O Iluminismo
 
A abolição da escravatura e o fim do império
A abolição da escravatura e o fim do impérioA abolição da escravatura e o fim do império
A abolição da escravatura e o fim do império
 
Segundo Reinado
Segundo ReinadoSegundo Reinado
Segundo Reinado
 
A crise no império romano
A crise no império romanoA crise no império romano
A crise no império romano
 
Revoluções inglesas
Revoluções inglesasRevoluções inglesas
Revoluções inglesas
 
Guerra civil americana
Guerra civil americanaGuerra civil americana
Guerra civil americana
 
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASILABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
ABOLIÇÃO E REPÚBLICA NO BRASIL
 
Neocolonialismo
NeocolonialismoNeocolonialismo
Neocolonialismo
 
Brasil Império: Primeiro Reinado (1822-1831)
Brasil Império:   Primeiro Reinado (1822-1831)Brasil Império:   Primeiro Reinado (1822-1831)
Brasil Império: Primeiro Reinado (1822-1831)
 
A Formação dos Estados Nacionais
A Formação dos Estados NacionaisA Formação dos Estados Nacionais
A Formação dos Estados Nacionais
 
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da ÁsiaImperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia
 
Expansão Marítima
Expansão MarítimaExpansão Marítima
Expansão Marítima
 
Imperialismo e Neocolonialismo
Imperialismo e NeocolonialismoImperialismo e Neocolonialismo
Imperialismo e Neocolonialismo
 
Brasil Holandês
Brasil HolandêsBrasil Holandês
Brasil Holandês
 
Mercantilismo
MercantilismoMercantilismo
Mercantilismo
 
A guerra do paraguai
A guerra do paraguaiA guerra do paraguai
A guerra do paraguai
 
Imperialismo
ImperialismoImperialismo
Imperialismo
 
Civilização Romana
Civilização RomanaCivilização Romana
Civilização Romana
 
Primeira Revolução Industrial - Inglaterra - Século XVIII - Prof. Medeiros
Primeira Revolução Industrial - Inglaterra - Século XVIII - Prof. MedeirosPrimeira Revolução Industrial - Inglaterra - Século XVIII - Prof. Medeiros
Primeira Revolução Industrial - Inglaterra - Século XVIII - Prof. Medeiros
 
Colonização Espanhola
Colonização EspanholaColonização Espanhola
Colonização Espanhola
 

Destacado

Segundo Reinado Brasileiro
Segundo Reinado BrasileiroSegundo Reinado Brasileiro
Segundo Reinado BrasileiroCaJ uNa
 
Slide de republica democratica do congo
Slide de republica democratica do congoSlide de republica democratica do congo
Slide de republica democratica do congocongoo
 
A republica em Portugal
A republica em PortugalA republica em Portugal
A republica em PortugalAlexandra Paz
 
Conflicto República Democrática del Congo
Conflicto República Democrática del CongoConflicto República Democrática del Congo
Conflicto República Democrática del CongoWillito1495
 
Apresentação segundo reinado 2011
Apresentação segundo reinado 2011Apresentação segundo reinado 2011
Apresentação segundo reinado 2011ProfessoresColeguium
 
República Democrática do Congo
República Democrática do CongoRepública Democrática do Congo
República Democrática do CongoPedro Peixoto
 
Congo Belga: Independência e Guerras Civis
Congo Belga: Independência e Guerras CivisCongo Belga: Independência e Guerras Civis
Congo Belga: Independência e Guerras CivisValéria Shoujofan
 
África o reino do congo
África o reino do congoÁfrica o reino do congo
África o reino do congoVania Acosta
 
A colonização da áfrica
A colonização da áfricaA colonização da áfrica
A colonização da áfricaelengamarski
 
O imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfricaO imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfricahistoriando
 

Destacado (20)

Segundo Reinado Brasileiro
Segundo Reinado BrasileiroSegundo Reinado Brasileiro
Segundo Reinado Brasileiro
 
Leopoldo II e il Congo
Leopoldo II e il CongoLeopoldo II e il Congo
Leopoldo II e il Congo
 
Slide de republica democratica do congo
Slide de republica democratica do congoSlide de republica democratica do congo
Slide de republica democratica do congo
 
Reino do congo
Reino do congoReino do congo
Reino do congo
 
O reino do congo
O reino do congoO reino do congo
O reino do congo
 
A republica em Portugal
A republica em PortugalA republica em Portugal
A republica em Portugal
 
Guerra do canal de suez
Guerra do canal de suezGuerra do canal de suez
Guerra do canal de suez
 
República Democrática do Congo
República Democrática do CongoRepública Democrática do Congo
República Democrática do Congo
 
HistóRia Do Congo
HistóRia Do CongoHistóRia Do Congo
HistóRia Do Congo
 
Conflicto República Democrática del Congo
Conflicto República Democrática del CongoConflicto República Democrática del Congo
Conflicto República Democrática del Congo
 
Reino do congo
Reino do congoReino do congo
Reino do congo
 
Apresentação segundo reinado 2011
Apresentação segundo reinado 2011Apresentação segundo reinado 2011
Apresentação segundo reinado 2011
 
República Democrática do Congo
República Democrática do CongoRepública Democrática do Congo
República Democrática do Congo
 
Congo Belga: Independência e Guerras Civis
Congo Belga: Independência e Guerras CivisCongo Belga: Independência e Guerras Civis
Congo Belga: Independência e Guerras Civis
 
África o reino do congo
África o reino do congoÁfrica o reino do congo
África o reino do congo
 
Fim Da Monarquia
Fim Da MonarquiaFim Da Monarquia
Fim Da Monarquia
 
A colonização da áfrica
A colonização da áfricaA colonização da áfrica
A colonização da áfrica
 
Imperialismo
ImperialismoImperialismo
Imperialismo
 
O imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfricaO imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfrica
 
2° ano Primeiro Reinado e Regências
2° ano   Primeiro Reinado e Regências2° ano   Primeiro Reinado e Regências
2° ano Primeiro Reinado e Regências
 

Similar a D. Pedro II e o longo reinado que transformou o Brasil

Revisão 8º ano - Família Real até Independência
Revisão 8º ano - Família Real até Independência Revisão 8º ano - Família Real até Independência
Revisão 8º ano - Família Real até Independência Janaína Bindá
 
Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)Edenilson Morais
 
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)Gretiane Pinheiro
 
Hist 3-aula012011-110710164412-phpapp02
Hist 3-aula012011-110710164412-phpapp02Hist 3-aula012011-110710164412-phpapp02
Hist 3-aula012011-110710164412-phpapp02eebcjn
 
A Corte portuguesa no Brasil o Reino Unido.ppt
A Corte portuguesa no Brasil o Reino Unido.pptA Corte portuguesa no Brasil o Reino Unido.ppt
A Corte portuguesa no Brasil o Reino Unido.pptRenataRodrigues504820
 
Brasil - Segundo Reinado
Brasil - Segundo ReinadoBrasil - Segundo Reinado
Brasil - Segundo ReinadoJosé Levy
 
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASILEMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASILIsabel Aguiar
 
Revisão de história 2º ano 2º bimestre
Revisão de história 2º ano 2º bimestreRevisão de história 2º ano 2º bimestre
Revisão de história 2º ano 2º bimestreeunamahcado
 
2° ano - Brasil Império: Segundo Reinado
2° ano  - Brasil Império: Segundo Reinado2° ano  - Brasil Império: Segundo Reinado
2° ano - Brasil Império: Segundo ReinadoDaniel Alves Bronstrup
 
Koneski Independencia, primeiro e segundo reinado no brasil
Koneski Independencia, primeiro e segundo reinado no brasilKoneski Independencia, primeiro e segundo reinado no brasil
Koneski Independencia, primeiro e segundo reinado no brasilTavinho Koneski Westphal
 
Segundo Reinado Módulo
Segundo Reinado  Módulo Segundo Reinado  Módulo
Segundo Reinado Módulo CarlosNazar1
 

Similar a D. Pedro II e o longo reinado que transformou o Brasil (20)

O 2º reinado 1840 - 1889
O 2º reinado   1840 - 1889O 2º reinado   1840 - 1889
O 2º reinado 1840 - 1889
 
independencia do brasil .pptx
independencia do brasil .pptxindependencia do brasil .pptx
independencia do brasil .pptx
 
Resumo o segundo reinado
Resumo   o segundo reinadoResumo   o segundo reinado
Resumo o segundo reinado
 
Resumo o segundo reinado
Resumo   o segundo reinadoResumo   o segundo reinado
Resumo o segundo reinado
 
Revisão 8º ano - Família Real até Independência
Revisão 8º ano - Família Real até Independência Revisão 8º ano - Família Real até Independência
Revisão 8º ano - Família Real até Independência
 
Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)Segundo Reinado (1840-1889)
Segundo Reinado (1840-1889)
 
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
Segundoreinadomestresdahistoria 110501080754-phpapp02 (1)
 
Brasil da independencia ao 2 reianado
Brasil  da independencia ao 2 reianadoBrasil  da independencia ao 2 reianado
Brasil da independencia ao 2 reianado
 
Hist 3-aula012011-110710164412-phpapp02
Hist 3-aula012011-110710164412-phpapp02Hist 3-aula012011-110710164412-phpapp02
Hist 3-aula012011-110710164412-phpapp02
 
A Corte portuguesa no Brasil o Reino Unido.ppt
A Corte portuguesa no Brasil o Reino Unido.pptA Corte portuguesa no Brasil o Reino Unido.ppt
A Corte portuguesa no Brasil o Reino Unido.ppt
 
A Corte portuguesa ppt.ppt
A Corte portuguesa ppt.pptA Corte portuguesa ppt.ppt
A Corte portuguesa ppt.ppt
 
Brasil - Segundo Reinado
Brasil - Segundo ReinadoBrasil - Segundo Reinado
Brasil - Segundo Reinado
 
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASILEMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
 
Revisão de história 2º ano 2º bimestre
Revisão de história 2º ano 2º bimestreRevisão de história 2º ano 2º bimestre
Revisão de história 2º ano 2º bimestre
 
2° ano - Brasil Império: Segundo Reinado
2° ano  - Brasil Império: Segundo Reinado2° ano  - Brasil Império: Segundo Reinado
2° ano - Brasil Império: Segundo Reinado
 
Família real no brasil
Família real no brasilFamília real no brasil
Família real no brasil
 
Período Joanino (1808-1821)
Período Joanino (1808-1821)Período Joanino (1808-1821)
Período Joanino (1808-1821)
 
Koneski Independencia, primeiro e segundo reinado no brasil
Koneski Independencia, primeiro e segundo reinado no brasilKoneski Independencia, primeiro e segundo reinado no brasil
Koneski Independencia, primeiro e segundo reinado no brasil
 
Segundo Reinado Módulo
Segundo Reinado  Módulo Segundo Reinado  Módulo
Segundo Reinado Módulo
 
Independência dos EUA
Independência dos EUAIndependência dos EUA
Independência dos EUA
 

Más de Carlos Teles de Menezes Junior

Más de Carlos Teles de Menezes Junior (20)

O Brasil holandês
O Brasil holandêsO Brasil holandês
O Brasil holandês
 
1º Reinado no Brasil
1º Reinado no Brasil1º Reinado no Brasil
1º Reinado no Brasil
 
ESCRAVIDÃO
ESCRAVIDÃOESCRAVIDÃO
ESCRAVIDÃO
 
Processo de independência do brasil
Processo de independência do brasilProcesso de independência do brasil
Processo de independência do brasil
 
Brasil Colonial
Brasil ColonialBrasil Colonial
Brasil Colonial
 
O impacto da conquista da américa
O impacto da conquista da américaO impacto da conquista da américa
O impacto da conquista da américa
 
Estudando o filme Amistad
Estudando o filme AmistadEstudando o filme Amistad
Estudando o filme Amistad
 
As Grandes Navegações
As Grandes NavegaçõesAs Grandes Navegações
As Grandes Navegações
 
O Que é Historia
O Que é HistoriaO Que é Historia
O Que é Historia
 
Civilização & Sociedade III
Civilização & Sociedade III Civilização & Sociedade III
Civilização & Sociedade III
 
As Sete Maravilhas Do Mundo Antigo
As Sete Maravilhas Do Mundo AntigoAs Sete Maravilhas Do Mundo Antigo
As Sete Maravilhas Do Mundo Antigo
 
Civilização & Sociedade II
Civilização & Sociedade II Civilização & Sociedade II
Civilização & Sociedade II
 
Civilização & Sociedade
Civilização & Sociedade Civilização & Sociedade
Civilização & Sociedade
 
Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial
 
Periodo Entre Guerras
Periodo Entre Guerras Periodo Entre Guerras
Periodo Entre Guerras
 
As Principais Revoluções Liberais
As Principais Revoluções Liberais As Principais Revoluções Liberais
As Principais Revoluções Liberais
 
L I B E R A L I S M O
L I B E R A L I S M O L I B E R A L I S M O
L I B E R A L I S M O
 
Revolução
Revolução  Revolução
Revolução
 
HistóRia E Conhecimento
HistóRia E Conhecimento HistóRia E Conhecimento
HistóRia E Conhecimento
 
Primeira Guerra Mundial
Primeira Guerra MundialPrimeira Guerra Mundial
Primeira Guerra Mundial
 

D. Pedro II e o longo reinado que transformou o Brasil

  • 1. 2 Reinado D. Pedro II e o governo mais longo da História do Brasil (1840 – 1889) 2º Ano – Ens. Médio Prof. Carlos Teles Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga ou Dom Pedro II.
  • 2. • O novo Imperador, D. Pedro II, tornou-se símbolo de um Estado que, na visão dos grupos dirigentes, tinha como tarefas principais preservar a unidade do país e garantir a ordem política e social. • Como o longo reinado de D. Pedro II deu conta dessas tarefas? Quais as principais transformações socioeconômicas do período? 2
  • 3. Pedro de Alcântara foi conduzido ao trono com 14 anos de idade. A imagem do imperador seria difundida como o símbolo de um Estado centralizado. A coroação de D. Pedro II representava a perspectiva da manutenção dos privilégios dos grupos que haviam dominado o cenário político e econômico brasileiro até então, com força simbólica e militar para acabar com as rebeliões provinciais, submetendo os revoltosos e descontentes à ordem pública do Império. 3
  • 4. Política Interna Liberais versus Conservadores: O contexto político do Brasil no 2 Reinado, foi capitalizado por dois Partidos (ambos vindos do antigo Partido Liberal Moderado): O Partido Conservador (antigo grupo regressista) e o Partido Liberal (antigo grupo progressista). Esboço do cenário político do período Partido Representava Defendia Conservador • Proprietários rurais das • Governo imperial Apelido: grandes lavouras de forte e centralizador Saquarema exportação. • Burocratas do serviço público, com destaque para os bacharéis em Direito. • Grandes comerciantes. Liberal • Profissionais liberais urbanos. • Governo imperial • Proprietários rurais que não tão Apelido: Luzia centralizado, com a produziam para o mercado concessão de certa interno ou de áreas de autonomia às colonização mais recente. províncias 4
  • 5. D. Pedro II assumiu o trono em 23 de junho de 1840. No dia 13 de outubro do mesmo ano aconteceram as primeiras eleições para a Câmara dos Deputados, onde vemos o início de um estilo (infelizmente) de fazer política, baseados na violência e na fraude. Esse episódio ficou conhecido como “Eleições do Cacete” e que se tornaram corriqueiras em eleições no Brasil por muitos anos... 5
  • 6. Um Parlamentarismo às avessas... • O primeiro gabinete (governo) de D. Pedro II foi composto pelos liberais e o sistema parlamentarista foi adotado com o detalhe do retorno do PODER MODERADOR. 6
  • 7. Um Brasil “diferente” estava nascendo... • A segunda metade do século XIX foi marcada por uma certa modernização do país, vinculada basicamente ao crescimento da população e a exportação de café, ao final da importação de escravos e promoção da atividade industrial. Vejamos algumas dessas transformações... 7
  • 8. • A produção do café cresceu por causa do sucesso da bebida na Europa e nos EUA, superando a todos os demais produtos agrícolas (açúcar, tabaco, cacau e algodão) • Os cafezais expandiram- se no sudeste brasileiro e o centro econômico do país deslocou-se das antigas áreas agrícolas do nordeste para essa região. 8
  • 9. • Nas fazendas de café de São Paulo, o trabalho escravo foi substituído gradativamente pelo trabalho assalariado com o predomínio dos imigrantes europeus (italianos, alemães...). 9
  • 10. Várias novelas, minisséries e alguns filmes de produção nacional, tiveram como cenário a imigração de famílias européias para o Brasil 10
  • 11. • Parte do dinheiro conseguido com a exportação do café foi investido na industrialização do país. Surgiram inicialmente indústrias de produtos alimentícios, de vestuário, madeireiras, entre outras. 11
  • 12. • Nas cidades mais importantes, como Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Belém, foram surgindo novos serviços públicos: iluminação das ruas, bondes, ferrovias, bancos, teatros , etc. Tarifa Alves Branco (1844): aumento das taxas de importação dos antigos 15% (do período joanino) para 30%. Como resultado, na última década do império (1880 – 1889), o Brasil já contava com 600 indústrias, que empregavam quase 55.000 operários nos setores têxtil, de alimentos, madeireiro, metalúrgico e de vestuário. 12
  • 13. Visconde de Mauá • Nesse período de crescimento,industrial e modernização econômica do Brasil, merece destaque a figura de Irineu Evangelista de Souza, barão e, depois, Visconde de Mauá (1813 - 1889). • Homem de iniciativa e visão empresarial, Mauá foi responsável por grandes empreendimentos econômicos no 2 Reinado. Fundou empresas de construção de navios a vapor e fundição de ferro. Construiu a primeira ferrovia brasileira, ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis e a primeira linha de bondes do Rio de Janeiro. Foi responsável pela instalação da iluminação a gás nessa cidade, e de um cabo submarino intercontinental, ligando Europa e o Brasil. 13
  • 14. 14
  • 15. Política Externa Conflitos Internacionais no 2 Reinado Questão Christie – Durante os últimos anos o Brasil sempre esteve dependente economicamente da Inglaterra, seja por empréstimos ou por demanda de produtos. Contudo, com a lucratividade das exportações de café essa demanda diminuiu. A pressão inglesa para por fim a escravidão, azedaram as relações diplomáticas com a elite brasileira. Isso foi o cenário de fundo que resultou no rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra, a princípio por um motivo banal. No ano de 1861, o diplomata britânico William Dougal Christie, foi protagonista de diversos desentendimentos acerca dos assuntos acima, somados em 1862 a prisão de marinheiros ingleses presos por promoverem tumultos nas ruas do centro do Rio. http://www.brasilescola.com/historiab/a-questao-christie.htm 15
  • 16. Inconformados com o episódio, os marinheiros britânicos recorreram à ajuda do embaixador inglês, que exigiu uma multa a ser paga pelo Estado Brasileiro. Em meio à tensão política já instalada entre os dois países, o imperador Dom Pedro II não concordou com as exigências britânicas e, dessa forma, não cumpriu com o pedido do diplomata inglês. No ano seguinte, a situação piorou com a prisão de três marinheiros ingleses que promoviam arruaças na cidade do Rio de Janeiro. Mesmo após a soltura dos oficiais britânicos, o embaixador Christie insistia na indenização do navio saqueado, a demissão dos policiais brasileiros envolvidos Quadro em que D. Pedro II é aclamado pelo povo ao romper aa relações com a Inglaterra. no caso e um pedido de desculpas oficial. Mais uma vez, o governo brasileiro se negou a atender as exigências inglesas. No ano de 1863, buscando retaliar as ações brasileiras, uma esquadra britânica realizou a prisão de um conjunto de embarcações brasileiras que estavam em alto-mar. http://www.brasilescola.com/historiab/a-questao-christie.htm Inconformado com as ações da diplomacia britânica, o imperador Dom Pedro II decidiu romper relações diplomáticas com a Inglaterra. Mediante o problema, o governo brasileiro requereu a intermediação do rei Leopoldo II da Bélgica. Após avaliar toda a situação, o monarca decidiu dar ganho de causa ao governo brasileiro. Contudo, somente com a deflagração da Guerra do Paraguai, no ano de 1865, Brasil e Inglaterra reataram suas relações. 16
  • 17. Questão Platina Guerra contra Aguirre No ano de 1864, a Argentina cortou relações com o presidente nacionalista uruguaio Anastácio da Cruz Aguirre. Esta rixa diplomática elevou os ânimos dos uruguaios. Como resultado, propriedades de brasileiros no Rio Grande do Sul eram invadidas e saqueadas por revoltosos, e os brasileiros que viviam no Uruguai também eram perseguidos. Buscando uma saída diplomática, D. Pedro II tentou negociações com o presidente uruguaio, mas não houve sucesso. Este negou inclusive o ultimato que o Brasil deu, e ameaçou quebrar o Tratado de Limites de 1852, assinado entre os dois países. Desistindo das saídas diplomáticas, o Imperador buscou entendimentos com o general Venâncio Flores, que disputava o poder no Uruguai. Assim, ele deu apoio a uma invasão brasileira. Em março de 1864 a Divisão de Observação do Exército (mais tarde, Divisão Auxiliadora) cruzou a fronteira, passaram a invadir o Uruguai. A invasão durou 11 meses. Em 15 de Fevereiro de 1865, após alguns dias de sítio na capital do Uruguai, Montevidéu, o presidente Aguirre rendeu-se, e foi deposto do cargo. Em seu lugar, foi nomeado Venâncio Flores, que assinou o acordo de paz com o Brasil em 20 de Fevereiro. A invasão do Uruguai, bem como a deposição de Aguirre, foram algumas das causas que levaram à Guerra do Paraguai, pois o presidente paraguaio, Solano Lopez, era aliado de Aguirre e do Partido Blanco no Uruguai. http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado 17
  • 18. A Guerra do Paraguai 18
  • 19. causas No século XIX, o Paraguai buscava uma saída para o mar, graças às políticas de Francisco http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinad Solano López. O presidente paraguaio defendia a reação as intervenções militares dos vizinhos, e especialmente, a influência brasileira, como já havia ocorrido nas questões platinas. López investia em linhas de trem, no telégrafo, e na industrialização pesada. Mas esse aquecimento econômico que o Paraguai vivia, exigia uma forma de contato com o mundo exterior, e o Paraguai não tem saída para o mar. Sempre que desejasse exportar produtos para a Europa precisava navegar por rios que não eram seus, como o Rio Uruguai e o Rio da Prata. Assim, o ditador Solano López passou a bolar planos para anexar territórios argentinos e brasileiros, que dessem ao Paraguai uma saída para o Atlântico (o chamado Paraguai Maior). Desse modo, López passou a investir na militarização de seu país. Também o aliou-se ao Partido Blanco uruguaio (que, na época, estava no poder do Uruguai). O Partido Blanco é rival do Partido Colorado, que tinha alianças com Argentina e Brasil. 19
  • 20. O conflito No início do embate, devido ao efeito surpresa da invasão ao território brasileiro,a http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado guerra estava claramente favorável ao Paraguai, que tinha um exército muito mais numeroso. Os paraguaios tinham um exército que contava com aproximadamente 60 mil homens, contra 18 mil brasileiros (dos quais apenas 8 mil estavam na região sul do Brasil), 8 mil argentinos e 5 mil uruguaios. O Paraguai iniciou a guerra no ataque, conquistando rapidamente a província de Mato Grosso, que estava despreparada para uma invasão. Mas López não ordenou a invasão da capital mato-grossense, Cuiabá, pois seus planos eram no sul do Paraguai. As tropas paraguaias invadiram a província argentina de Corrientes em Março de 1865. Em Maio, tropas cruzaram a Argentina e invadiram São Borja, no Rio Grande do Sul. 20
  • 21. Apesar da superioridade terrestre paraguaia, a Marinha brasileira era muito maior (principalmente por causa da extensão litorânea do Brasil). E, graças à invasão do Uruguai, boa parte da Marinha brasileira estava no Rio da Prata, e a esquadra brasileira engajou-se na Batalha de Riachuelo, em Junho de 1865. A batalha praticamente destruiu a Marinha paraguaia. Sem navios que controlassem o rio Uruguai e Paraguai, os paraguaios não poderiam manter seus homens na Argentina (não havia estradas na época; os contatos eram feitos pelos rios). Mesmo assim, as tropas que estavam no Brasil avançaram, tomando mais cidades brasileiras. Tentaram inclusive invadir o Uruguai, mas perderam a batalha, ao tentarem cruzar o Rio Uruguai. Em poucos meses as forças que invadiram o Brasil haviam sido derrotadas. Logo depois, as tropas aliadas reconquistaram as cidades argentinas invadidas. Em 1866, a ofensiva passou a ser da Tríplice Aliança. A invasão no Paraguai foi demorada e violenta, e contou com muitas baixas. A maioria, porém, era causa de epidemias e subnutrição, pois a saúde era precária nas frentes de batalhas. Foi nessa época que o líder das tropas da Tríplice Aliança tornou-se o marquês de Caxias. Mas a batalha tornava-se lenta e difícil, pois enquanto os aliados ocupavam-se em se reorganizar para manter a investida, López ganhava tempo, e se refortalecia para tentar rechaçar mais um ataque. 21
  • 22. consequências Após quase 3 anos de invasão, Assunção, capital paraguaia, foi tomada, em 1º de Janeiro de 1869. Solano López fugiu com alguns comandantes para o noroeste paraguaio, uma região de relevo acidentado. O Imperador D. Pedro II fez questão de prender ou matar López, temendo uma revolta armada por ele. Como Duque de Caxias negou-se a perseguir o ditador, o genro do Imperador, Luís Filipe Gastão de Orleáns, o Conde D'Eu, assumiu a liderança das tropas, e invadiu o interior paraguaio, enfrentando uma verdadeira guerrilha. Nessas batalhas, o resto das tropas paraguaias foram massacradas pelos brasileiros, enquanto não achavam Lópes. Ele morreu na batalha de Cerro Corá, em 1870. http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado Mesmo vitorioso, o Brasil saiu com diversos problemas econômicos, pois teve que pedir grandes somas de dinheiro emprestadas para a Inglaterra, o que aumentou sua dívida externa. As dificuldades financeiras do Império apressaram a queda de D. Pedro II. Os únicos brasileiros que se beneficiaram com a guerra foram os militares do Exército, que se tornaram importantes no cenário nacional, sendo decisivos para diversos episódios históricos, como a proclamação da República, o golpe de Getúlio Vargas e a Ditadura Militar. 22
  • 23. 23
  • 24. 24
  • 25. O Fim da Monarquia • Após a vitoriosa campanha da Guerra contra o Paraguai, o Brasil voltava a mergulhar em dívidas externas públicas contraídas para com a Inglaterra e com sérias insatisfações em cada setor das elites brasileiras que minaram a até então inabalável autoridade autocrata do Imperador que já estava começando a sentir os efeitos da saúde por causa do desgaste da guerra e da sua já avançada idade. Seus herdeiros (Isabel e seu marido o conde D’Eu) não inspiravam a confiança da população. 25
  • 26. A Questão Abolicionista Os cafeicultores não se conformaram com a abolição da escravidão e com o fato de não terem sido indenizados. Sentindo-se abandonados pela monarquia passaram a apoiar a causa republicana, surgindo os chamados republicanos de 13 de maio (chamada assim por causa da data em que a Lei Áurea foi assinada, 13 de maio de 1888). As principais leis que contribuíram para o fim da escravidão no Brasil foram: • 1850 (Lei Eusébio de Queirós): extinguiu o tráfico negreiro; • 1871 (Lei do Ventre Livre): os filhos de escravos são considerados livres, devendo aos proprietários criá-los até os oito anos; • 1885 (Lei dos Sexagenários): quando o escravo completasse 65 anos estaria liberto; • 13 de maio de 1888 (Lei Áurea): abolição total da escravidão, assinada pela princesa Isabel, que substituía provisoriamente o imperador, que nesta época estava na França cuidando da sua saúde. http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado 26
  • 27. O movimento Republicano • Intensifica o movimento republicanista no Brasil, após o fim da Guerra do Paraguai. O Partido Republicano que era inexpressivo ganha força entre os jovens estudantes e militares insatisfeitos com o quadro político e econômico . • Manifestos como o que dizia: “vivemos na América e não somos americanos”, alusivo ao Brasil ser a única monarquia em solo americano são efeitos da campanha. • Porém foi o abraço dos militares a causa e o posterior golpe contra o Imperador foi o fator que instaurou a república sem o devido apoio popular. 27
  • 28. Conflito com a Igreja Desde o período colonial a Igreja Católica era uma instituição submetida ao estado, pelo regime do padroado, que dava ao imperador controle sobre o clero e assuntos eclesiásticos. O imperador tinha o direito de exercer o "beneplácito", ou seja, http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado nenhuma ordem do papa poderia vigorar no Brasil sem antes ter sido aprovada por ele. Mas, em 1872, D. Vital e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belém, respectivamente, resolveram seguir ordens do papa Pio IX, punindo os religiosos que apoiavam os maçonismo (membros da maçonaria). D. Pedro II, influenciado pela maçonaria, solicitou aos bispos que suspendessem as punições. Como eles se recusaram a obedecer ao imperador, foram condenados a quatro anos de prisão. Em 1875 receberam o perdão imperial e foram libertados, mas o episódio abalou as relações entre a Igreja e o Imperador... 28
  • 29. Durante o império havia sido aprovado o projeto http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_reinado montepio, pelo qual as famílias dos militares mortos ou mutilados na Guerra do Paraguai recebiam uma pensão. A guerra terminara em 1870 e, em 1883 o montepio ainda não estava pago. Os militares encarregaram então o tenente-coronel Sena Madureira de defender os seus direitos. Este, depois de se pronunciar pela imprensa, atacando o projeto montepio, foi punido. A partir de então os militares foram proibidos de dar declarações à imprensa sem prévia autorização imperial. O descaso que alguns políticos e ministros conservadores tinham pelo Exército levava-os a punir elevados oficiais, por motivos qualificados como indisciplina militar. As punições disciplinares conferidas ao tenente-coronel Sena Madureira e ao coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos provocaram revolta em importantes chefes de Exército, como o Marechal Deodoro da Fonseca. 29
  • 30. A Proclamação da República O Governo Imperial, percebendo, embora tardiamente, a difícil situação em que se encontrava com o isolamento da monarquia, apresentou à Câmara dos Deputados um programa de reformas políticas, do qual constavam: liberdade de fé religiosa, liberdade de ensino e seu aperfeiçoamento, autonomia das Províncias e mandato temporário dos senadores. Entretanto, as reformas chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o Quartel General do Rio de Janeiro. Na noite do dia 15 de novembro constituiu-se o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil. D. Pedro II, que estava em Petrópolis durante esses acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um documento do novo Governo, solicitando que se retirasse do País, juntamente com sua família. Proclamada a república, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se um governo provisório, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil, acabando assim com o segundo reinado e com o Período Imperial do Brasil. 30
  • 31. 31
  • 32. Licença CC • Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. • Você pode: • copiar, distribuir, exibir e executar a obra • criar obras derivadas • Sob as seguintes condições: • Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante. • Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com finalidades comerciais. • Compartilhamento pela mesma Licença. Se você alterar, transformar, ou criar outra obra com base nesta, você somente poderá distribuir a obra resultante sob uma licença idêntica a esta. • Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para outros os termos da licença desta obra. • Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, desde que Você obtenha permissão do autor. 32 • Nothing in this license impairs or restricts the author's moral rights.