Prof. VICTOR ALAN
Sentido e Contexto
A leitura de um texto se dá primeiramente a partir do
processo de decodificação, quando temos contato com o
“conteúdo” e buscamos compreendê-lo.
Existem elementos que nos ajudam a interpretar os textos
que estão a nossa volta, mas para que se possa compreender
bem um texto é necessário identificar o contexto (social, cultural,
estético, político) no qual ele está inserido.
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Sentido e Contexto
O contexto nos ajuda, por exemplo, a entender se devemos
interpretar um enunciado no sentido conotativo ou denotativo.
esse é apenas um dos muitos problemas que podemos evitar
quando entendemos o contexto.
O contexto pode oferecer elementos para que o leitor
compreenda a mensagem.
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Sentido literal e sentido figurado
A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio
da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu
significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia
original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos
a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua
colocação numa determinada frase.
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A interação verbal pode ocorrer de maneira oral (fala) ou
escrita. Tanto na fala quanto na escrita, os usuários da língua
podem recorrer a dois planos de sentidos para as palavras e
enunciados, os quais são bastantes distintos entre si: o
denotativo, que é o sentido literal/real/dicionarizado das
palavras, e o conotativo, que é o sentido figurado, simbólico das
palavras, não literal das palavras.
Sentido literal e sentido figurado
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Denotação
Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo
utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico
das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido
denotativo é o sentido real, dicionarizado das palavras.
De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que
tenham função referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar,
orientar a respeito de diversos assuntos, como é o caso da reportagem, editorial,
artigo de opinião, resenha, artigo científico, ata, memorando, receita, manual de
instrução, bula de remédios, entre outros. Nesses gêneros discursivos textuais, as
palavras são utilizadas para fazer referência a conceitos, fatos, ações em seu sentido
literal.
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Conotação
Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada
em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham
um novo significado em situações e contextos particulares de uso. O sentido conotativo
modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e expressões, ressignificando-as.
De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros
discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são
nos textos secundários, ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários,
que a linguagem conotativa aparece com maior expressividade. A utilização da linguagem
conotativa nos gêneros discursivos literários e publicitários ocorre para que se possa atribuir
mais expressividade às palavras, enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de
sentido nos leitores/ouvintes.
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Fatores de textualidade
Elementos linguísticos: “são pistas para a ativação dos conhecimentos armazenados na
memória, constituem o ponto de partida para a elaboração de inferências, ajudam a captar
a orientação argumentativa dos enunciados que compõem o texto etc.” (KOCH/TRAVAGLIA,
1992, p. 59)
Conhecimento de mundo: conhecimentos armazenados na memória em blocos
denominados modelos cognitivos (frames, esquemas, planos, scripts, superestruturas
textuais). Os modelos cognitivos são culturalmente determinados e aprendidos através de
nossa vivência em dada sociedade. Além deles, há o conhecimento científico, aprendido
nos livros e nas escolas.
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Fatores de textualidade
Conhecimento partilhado: conhecimentos partilhados entre o produtor e o receptor que
permitem uma maior ou menor explicitude do texto.
Inferências: operação de estabelecimento de uma relação não-explícita entre dois
elementos do texto, com a ajuda do conhecimento de mundo.
Fatores de contextualização: elementos que ancoram o texto em uma situação
comunicativa determinada. Podem ser de dois tipos: os contextualizadores propriamente
ditos (data, local, assinatura, elementos gráficos etc) e os prospectivos que avançam
expectativas sobre o conteúdo do texto (título, autor, início do texto etc.).
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Fatores de textualidade
Informatividade – grau de previsibilidade (ou expectabilidade) da informação contida no
texto. Um texto será tanto menos informativo, quanto mais previsível ou esperada for a
informação por ele trazida.
Focalização – concentração dos usuários (produtor e receptor) em apenas uma parte do
seu conhecimento e com a perspectiva da qual são vistos os componentes do mundo
textual.
Intertextualidade – conhecimento prévio de outros textos necessário ao processamentos
cognitivo (produção/recepção). Pode ser de forma ou de conteúdo e esta implícita ou
explícita.
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Fatores de textualidade
Intencionalidade –refere-se ao modo como os emissores usam textos para perseguir e
realizar suas intenções, produzindo, para tanto, textos adequados à obtenção dos efeitos
desejados.
Intencionalidade e aceitabilidade – a aceitabilidade constitui a contraparte da
intencionalidade, segundo o princípio da cooperação.