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Mostra o ecocidadão que há em ti!
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O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da
Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e
Comissão Europeia, através da Representação em Portugal.
Iniciativa: Conceção e desenvolvimento:
MOBILIDADE
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Índice
Transportes: benefício ou ameaça? 3
A deterioração da qualidade do ar 5
O combustível 7
O impacte da escolha 9
O carro 10
A compra 12
Conselhos para uma ecocondução 14
Os transportes públicos 15
O avião: uma necessidade? 16
Impacto ambiental do aeroporto 18
Como reduzir as deslocações? 19
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A sociedade de hoje é cada vez
mais exigente com a mobilidade de
pessoas e mercadorias, e isto deve-se tanto ao
desenvolvimento económico como ao social. Neste
ebook mostramos como é possível fazer opções mais
sustentáveis, não só do ponto de vista económico mas
também ambiental.
Transportes: benefício ou ameaça?
Nos países industrializados, é difícil imaginarmo-nos a
viver sem um meio particular de transporte motorizado.
O carro, por exemplo, faz parte do nosso modo de vida e
contribui para o nosso conforto.
É inegável que o setor dos transportes tem
desempenhado um papel importantíssimo no
crescimento económico da Europa nas últimas décadas,
devido essencialmente ao desenvolvimento da
construção, das compras e do turismo. Contudo, este é
também um dos principais responsáveis pelo aumento
das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), pela
exposição ao ruído resultante da circulação automóvel,
pela poluição do ar e pelas alterações nos habitats.
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Apesar da crescente consciência deste impacto sobre o
ambiente, na União Europeia ainda não se fazem notar
os efeitos do melhor desempenho dos sistemas de
transporte nem a desejável mudança para transportes
sustentáveis.
Nos países da União Europeia, os transportes são
responsáveis por mais de 30 por cento do consumo de
energia. É preciso encontrar um equilíbrio que permita
tirar partido do conforto dos meios de transporte que
usamos sem colocar em perigo o legado natural para as
gerações futuras.
Ainda que não possamos planear as nossas vidas se não
houver liberdade de movimento, há formas de atuação
que podem ser benéficas, para nós e para o ambiente
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A deterioração da qualidade do ar
A crescente utilização do veículo privado, nos últimos
anos, levou a um aumento considerável nas emissões de
dióxido de carbono (CO2). Este gás, ao ser libertado
deliberadamente para a atmosfera, contribui para o
efeito de estufa artificial e, por isso, para o indesejado
sobreaquecimento do planeta. E não é tudo. O aumento
do tráfego agrava a poluição atmosférica e, por isso, é
muito nocivo para a saúde.
O tráfego automóvel é, aliás, segundo vários estudos,
responsável por, pelo menos, metade da poluição
atmosférica. Além do CO2, os carros libertam monóxido
de carbono (CO), óxidos de azoto (NOx), vários
compostos orgânicos voláteis e partículas finas que
facilmente se alojam nos pulmões. E se é verdade que os
carros são mais eficientes e consomem menos do que há
25 anos, entretanto, o parque automóvel aumentou e,
hoje, circula-se bem mais. Portanto, o que se ganha de
um lado perde-se do outro.
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SABIAS QUE?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2000 e 2010, a
poluição do ar (contaminação do ar ambiente e do ar interior das
habitações) causou 3,2 milhões de mortes, sendo já a segunda causa de
morte no mundo. A par da obesidade, este é o fator com maior
crescimento (aumentou 300 por cento) entre os dez que mais mortes
causam no mundo.
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O combustível
Em 2010, cada consumidor português gastou uma média
de 2075 euros em combustível. É importante relembrar
que o petróleo é um recurso finito e não renovável, pelo
menos a curto prazo. Mais cedo ou mais tarde, ao ritmo
atual de consumo, vai-se chegar ao limite de extração.
Isto dependerá da descoberta de novas reservas de
petróleo, da eficiência nos métodos de exploração das
jazidas atuais, da extração profunda ou da exploração de
novas formas de petróleo não convencionais. Com a
procura deste recurso limitado a crescer, a Agência
Internacional de Energia prevê que os preços do gasóleo
e da gasolina continuem a subir.
Além do impacto que tem na carteira do consumidor, o
sobreconsumo de petróleo apresenta um custo
crescente no ambiente. Os transportes, não só os
particulares mas principalmente os comerciais, são o
setor que, aliás, tem a principal responsabilidade no
perigo de esgotamento deste recurso não renovável.
As viagens por estrada e ar continuam a aumentar em
todos os países. No que diz respeito aos carros, a
tendência é para os condutores europeus percorrerem
cada vez mais quilómetros.
Atenta a esta evolução, a União Europeia já tinha
definido que, em 2015, as emissões de cada automóvel
não deveriam ultrapassar os 130 gramas por quilómetro.
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Agora, vai mais longe e propõe um máximo de 95 gramas
de emissões de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro
para 2020. Estima-se, por isso, uma redução do consumo
de combustível e, consequentemente, das despesas dos
condutores, entre 344 e 465 euros por ano, consoante se
trate de um automóvel a gasolina ou a gasóleo,
respetivamente.
Segundo o Bureau Européen des Unions de
Consommateurs (organização europeia de
consumidores), esta imposição de limites máximos cada
vez mais restritos às emissões de dióxido de carbono
permite não só reduzir consecutivamente as emissões de
gases com efeito de estufa no setor dos transportes
como a dependência das importações de petróleo. Além
disso, a probabilidade de se manterem os aumentos
constantes no preço dos combustíveis diminui. De
acordo com esta organização, uma redução de um por
cento no consumo de combustíveis representa igual
diminuição nas emissões de gases com efeito de estufa.
Para 2025 e 2030, esperam-se metas mais ambiciosas.
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O impacte da escolha
Hoje, e porque houve uma grande pressão por parte da
Comissão Europeia nesse sentido, os fabricantes
apostam no desenvolvimento de motores mais
eficientes, isto é, capazes de obter o mesmo rendimento
com menos combustível. Apesar disso, no período de
1990 a 2009, o consumo e as emissões de dióxido de
carbono aumentaram mais de 20 por cento. E isso deve-
se ao facto de haver cada vez mais veículos em
circulação, o que resultou do aumento do rendimento
das famílias nesse período.
Para inverter esta tendência, todos temos de adotar um
comportamento mais responsável, organizando as
deslocações de forma mais racional.
Por exemplo, devemos ponderar deixar o carro na
garagem para os pequenos trajetos que se podem fazer a
pé ou de bicicleta. Além de benéficas para o ambiente,
por não gerarem poluição, estas atividades são também
boas para a sua saúde, económicas, relaxantes,
conviviais, silenciosas... Mais: por vezes, andar a pé ou
de bicicleta permite chegar mais depressa ao destino,
pelo menos, na cidade e para percursos de poucos
quilómetros.
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O carro
O carro deve ser utilizado apenas quando não há mesmo
outra solução. É muito importante reduzir as emissões e
consumir menos combustível (e, logo, poupar dinheiro).
Ou seja, todos ficamos a ganhar: os cidadãos e o
ambiente.
A evitar em trajetos curtos
Muitas vezes por força do hábito, recorremos com mais
frequência do que devido ao carro para deslocações que
poderiam perfeitamente ser feitas a pé. Ora, recorrer ao
carro para trajetos pequenos (por exemplo, inferiores a
dois quilómetros) contribui para engarrafamentos nas
estradas e consome muito.
De facto, são precisos, pelo menos, cinco minutos para
que o motor atinja a temperatura ideal; por outro lado, o
motor frio gasta 50 por cento mais no primeiro
quilómetro e 25 por cento mais no segundo.
Resultado? Poluímos três vezes mais antes de atingir a
boa temperatura, pois a combustão do motor é
incompleta, o que gera uma maior quantidade de
poluentes como monóxido de carbono (CO) e
hidrocarbonetos não queimados (HC).
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SABIAS QUE?
Um autocarro ou um comboio produz, em média, duas a três vezes
menos dióxido de carbono por pessoa e por quilómetro do que um carro.
Cada quilómetro percorrido a pé ou de bicicleta, em vez de usar o carro,
evita a emissão de cerca de 120 gramas de dióxido de carbono.
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A compra
Segundo um inquérito de fiabilidade automóvel que
publicado ma revista PROTESTE de fevereiro de 2012, 62
por cento dos portugueses indicaram fazer, com
frequência, viagens curtas ou muito curtas (no máximo,
50 quilómetros). Assim, a maioria das deslocações de
automóvel pode ser assegurada por modelos citadinos,
de preferência com motores de máxima eficiência
(híbridos, elétricos ou os novos motores a gasóleo), que
têm baixos consumos e emissões.
Ponto de partida, importantíssimo: será que precisamos
mesmo de um carro? É essencial analisar o uso que se
vai dar ao veículo. E se basicamente precisamos dele
para pequenas deslocações na cidade, não devemos
escolher um carro grande e potente: consome mais,
produz mais emissões para o meio ambiente e tem um
custo elevado de compra e de manutenção.
Os argumentos de venda dos automóveis atualmente
baseiam-se não só nas questões de segurança como na
componente ambiental. A publicidade ao automóvel
surge de um ângulo que visa salientar a diminuição do
respetivo dano para o ambiente. Ora, é certo que alguns
veículos apresentam menos emissões do que outros,
mas todos poluem!
Certas marcas anunciam que plantam uma árvore por
cada carro vendido, procurando convencer o consumidor
de que, assim, as emissões que o veículo produzirá ao
longo da sua vida serão recompensadas, mas tal não é,
claro, suficiente.
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A publicidade mais ecológica deveria residir, sim, na
promoção de uma condução tranquila, sem acelerações
nem travagens bruscas: a chamada “ecocondução”, a que
nos referiremos a seguir.
Para ajudar o consumidor a escolher, a lei obriga a
divulgar, nos standes e na publicidade, informação sobre
o consumo e as emissões de dióxido de carbono de cada
modelo. O consumidor deve consultar essa informação
antes de decidir o carro que vai comprar. Essa
informação é mais objetiva do que certas frases
publicitárias, como “por um mundo melhor”, “amigo do
ambiente”, “eco”, etc.
Quanto ao retorno do investimento feito num carro novo
que incorpore tecnologias de redução de emissões de
gases com efeito de estufa, calcula-se que seja de um
ano e nove meses para veículos a gasolina e de um ano e
quatro meses para veículos a gasóleo. Para estes
cálculos, considera-se que um cidadão europeu troca de
carro, em média, a cada cinco anos e que, por isso,
apenas acarretará um terço das despesas da tecnologia.
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Conselhos para uma ecocondução
Um condutor ecológico pode poupar até 82 por cento
em comparação a uma condução agressiva na cidade.
Deixamos aqui alguns conselhos muito úteis:
• Uma manutenção adequada evita grandes
reparações, confere maior segurança, contribui para
a emissão de menos ruído, a redução dos consumos
de combustível e produção de menos poluentes.
• Verificar regularmente a pressão dos pneus. Um
valor abaixo do necessário pode aumentar o
consumo e os pneus desgastam-se mais depressa.
• Sempre que possível, evitar transportar cargas no
tejadilho e não utilizar a mala para guardar coisas
que não precisamos de levar. Cada quilo suplementar
desnecessário aumenta também os consumos.
• Conduzir de forma suave. Por exemplo, evitar
conduzir constantemente a travar e a acelerar. Além
de ser mais seguro, gastasse menos combustível, não
causa desgastes mecânicos inúteis e polui menos.
• Desligar o motor sempre que se preveja paragens
superiores a um minuto. O motor au ralenti durante
três minutos consome mais ou menos o mesmo que
um carro que percorre um quilómetro a 50
quilómetros por hora!
• No ar condicionado, evitar regular a temperatura
para níveis excessivamente baixos. Antes de ligar
devemos primeiro arejar o carro. Usar a ventilação
mecânica para refrescar o ambiente em vez de abrir
as janelas, para evitar aumentar a resistência do
carro.
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Os transportes públicos
Para conquistar quem ainda prefere o automóvel nas
deslocações diárias, é preciso adequar o serviço às
necessidades dos cidadãos, em termos de percursos, da
quantidade de veículos e da frequência de passagem. O
mesmo se aplica à ligação entre diferentes tipos de
transporte: é essencial coordenar percursos, horários e
local das paragens, para garantir deslocações rápidas e
confortáveis.
Para a maioria dos cidadãos, os meios de transporte
mais rápidos (como o comboio e o metro) não estão
perto de casa o suficiente para que possam ir a pé, e
nem sempre os autocarros são uma boa solução, devido
à quantidade de paragens. O carro torna-se a alternativa.
Contudo, não precisamos de o levar sempre para dentro
das cidades! Os parques de estacionamento perto das
estações e principais ligações de transportes públicos
podem, muitas vezes, resolver o problema.
É, assim, importante que o número de parques aumente,
bem como a sua capacidade, com um preço diário
convidativo. Só assim os cidadãos podem usar
transportes públicos com maior frequência.
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O avião: uma necessidade?
De todos os meios de transporte, o avião é,
incontestavelmente, o que mais combustível consome e
o que mais polui. É também aquele que se desenvolveu
de forma mais impressionante nos últimos 20 anos. E,
como é óbvio, este aumento amplificou muitos
problemas, como o ruído e as emissões de gases nocivos
ou que contribuem para o aumento do efeito de estufa.
As emissões diretas do setor da aviação contribuem com
três por cento do total de gases com efeito de estufa
originados na Europa. A esmagadora maioria provém dos
voos internacionais. Contudo, estima-se que, em 2020,
este valor possa ser 70 por cento mais elevado do que
em 2005, mesmo caso a eficiência no consumo de
combustível melhore a um ritmo de dois por cento ao
ano. Para 2050, o cenário é muito pior, pois as emissões
poderão vir a aumentar em 300 a 700 por cento.
As emissões de dióxido de carbono, de óxidos de azoto,
de vapor de água e de partículas de sulfato e de fuligem
resultantes da circulação aérea apresentam um impacto
evidente no clima, que é atualmente duas a quatro vezes
superior ao provocado apenas pelas suas emissões de
dióxido de carbono!
É importante agir de forma responsável, ponderando
alternativas para o transporte aéreo (como o comboio)
ou até evitando a deslocação, por exemplo, propondo
videoconferências ou outras formas de comunicação se
houver a necessidade de uma reunião de trabalho.
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SABIAS QUE?
Uma viagem de ida e volta entre Lisboa e Nova Iorque gera sensivelmente
a mesma quantidade de emissões de dióxido de carbono que o
aquecimento da casa de um cidadão europeu num ano.
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Impacto ambiental do aeroporto:
• Grande concentração de passageiros e cargas
Aumenta o tráfego nas imediações do aeroporto e a
produção de resíduos
• Produção de resíduos
Limpeza dos aviões e das instalações aeroportuárias;
manutenção dos equipamentos com substâncias
químicas, tais como anticongelantes
• Emissão de poluentes
Sobretudo na descolagem e na aterragem
• Ruído
Resultante dos motores das aeronaves e das unidades
auxiliares de energia
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Como reduzir as deslocações?
É preciso tomar medidas para melhorar a qualidade de
vida nas cidades e reduzir os riscos para a saúde. Não
basta melhorar a eficiência energética dos meios de
transporte, diminuir o uso de combustíveis fósseis e as
emissões de gases poluentes.
É necessário promover uma mobilidade sustentável, pois
só assim se consegue diminuir o uso crescente do carro.
Para isso, há que promover o recurso a meios de
deslocação alternativos, garantir que os meios de
transporte públicos respondem às necessidades
económicas, sociais e ambientais das pessoas e reduzir
as repercussões negativas que advêm da sua utilização.
Muitos percursos podem ser feitos a pé, de bicicleta ou
de transportes públicos: tal melhora a forma física e
diminui as despesas relacionadas com o automóvel. Isto
não significa que o cidadão tenha de arrumar o carro
definitivamente na garagem: devemos usá-lo apenas
quando for mesmo preciso e dividir as viagens com
colegas de trabalho ou amigos – é o chamado car
pooling.
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SABIAS QUE?
Em Lisboa e no Porto, é já possível recorrer ao car sharing. Trata-se de um
serviço prestado por empresas que dispõem de uma frota de veículos
repartidos pela cidade. Uma vez inscrito, é possível usar estes veículos
sempre que se tiver necessidade e desde que haja algum disponível,
bastando ter um cartão magnético específico que o habilita a usá-lo.
Existem vários parques espalhados pelas cidades, onde é possível aceder
ao carro, e é também num desses parques que tem de o devolver. O
pagamento depende da duração e da distância percorrida.
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Também as empresas têm um papel importante na
redução do volume de deslocações: está ao alcance
destas facilitar o teletrabalho, disponibilizar autocarros
para transportar os trabalhadores, incentivar a partilha
do automóvel ou fomentar as jornadas contínuas e os
horários flexíveis, para evitar aglomerações nas horas de
ponta e atrasos frequentes.
É ainda importante repensar o ordenamento das cidades
e novas urbanizações, para reduzir as grandes
deslocações. Por exemplo, a concentração de atividades
(residencial e empresarial) em áreas muito separadas
obriga a constantes deslocações. Além disso, quando se
decide o local de zonas comerciais e de trabalho, devem
ser considerados os tipos de transporte público
existentes e a facilidade de acessos. O aumento de áreas
com ciclovias e zonas pedonais também pode motivar o
cidadão a deixar o carro em casa.
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CONSUMO ECOLÓGICO
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EBOOK ECOCIDADÃO MOBILIDADE

  • 1. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e Comissão Europeia, através da Representação em Portugal. Iniciativa: Conceção e desenvolvimento: MOBILIDADE
  • 2. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt Índice Transportes: benefício ou ameaça? 3 A deterioração da qualidade do ar 5 O combustível 7 O impacte da escolha 9 O carro 10 A compra 12 Conselhos para uma ecocondução 14 Os transportes públicos 15 O avião: uma necessidade? 16 Impacto ambiental do aeroporto 18 Como reduzir as deslocações? 19
  • 3. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt A sociedade de hoje é cada vez mais exigente com a mobilidade de pessoas e mercadorias, e isto deve-se tanto ao desenvolvimento económico como ao social. Neste ebook mostramos como é possível fazer opções mais sustentáveis, não só do ponto de vista económico mas também ambiental. Transportes: benefício ou ameaça? Nos países industrializados, é difícil imaginarmo-nos a viver sem um meio particular de transporte motorizado. O carro, por exemplo, faz parte do nosso modo de vida e contribui para o nosso conforto. É inegável que o setor dos transportes tem desempenhado um papel importantíssimo no crescimento económico da Europa nas últimas décadas, devido essencialmente ao desenvolvimento da construção, das compras e do turismo. Contudo, este é também um dos principais responsáveis pelo aumento das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), pela exposição ao ruído resultante da circulação automóvel, pela poluição do ar e pelas alterações nos habitats.
  • 4. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt Apesar da crescente consciência deste impacto sobre o ambiente, na União Europeia ainda não se fazem notar os efeitos do melhor desempenho dos sistemas de transporte nem a desejável mudança para transportes sustentáveis. Nos países da União Europeia, os transportes são responsáveis por mais de 30 por cento do consumo de energia. É preciso encontrar um equilíbrio que permita tirar partido do conforto dos meios de transporte que usamos sem colocar em perigo o legado natural para as gerações futuras. Ainda que não possamos planear as nossas vidas se não houver liberdade de movimento, há formas de atuação que podem ser benéficas, para nós e para o ambiente
  • 5. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt A deterioração da qualidade do ar A crescente utilização do veículo privado, nos últimos anos, levou a um aumento considerável nas emissões de dióxido de carbono (CO2). Este gás, ao ser libertado deliberadamente para a atmosfera, contribui para o efeito de estufa artificial e, por isso, para o indesejado sobreaquecimento do planeta. E não é tudo. O aumento do tráfego agrava a poluição atmosférica e, por isso, é muito nocivo para a saúde. O tráfego automóvel é, aliás, segundo vários estudos, responsável por, pelo menos, metade da poluição atmosférica. Além do CO2, os carros libertam monóxido de carbono (CO), óxidos de azoto (NOx), vários compostos orgânicos voláteis e partículas finas que facilmente se alojam nos pulmões. E se é verdade que os carros são mais eficientes e consomem menos do que há 25 anos, entretanto, o parque automóvel aumentou e, hoje, circula-se bem mais. Portanto, o que se ganha de um lado perde-se do outro.
  • 6. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt SABIAS QUE? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2000 e 2010, a poluição do ar (contaminação do ar ambiente e do ar interior das habitações) causou 3,2 milhões de mortes, sendo já a segunda causa de morte no mundo. A par da obesidade, este é o fator com maior crescimento (aumentou 300 por cento) entre os dez que mais mortes causam no mundo.
  • 7. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt O combustível Em 2010, cada consumidor português gastou uma média de 2075 euros em combustível. É importante relembrar que o petróleo é um recurso finito e não renovável, pelo menos a curto prazo. Mais cedo ou mais tarde, ao ritmo atual de consumo, vai-se chegar ao limite de extração. Isto dependerá da descoberta de novas reservas de petróleo, da eficiência nos métodos de exploração das jazidas atuais, da extração profunda ou da exploração de novas formas de petróleo não convencionais. Com a procura deste recurso limitado a crescer, a Agência Internacional de Energia prevê que os preços do gasóleo e da gasolina continuem a subir. Além do impacto que tem na carteira do consumidor, o sobreconsumo de petróleo apresenta um custo crescente no ambiente. Os transportes, não só os particulares mas principalmente os comerciais, são o setor que, aliás, tem a principal responsabilidade no perigo de esgotamento deste recurso não renovável. As viagens por estrada e ar continuam a aumentar em todos os países. No que diz respeito aos carros, a tendência é para os condutores europeus percorrerem cada vez mais quilómetros. Atenta a esta evolução, a União Europeia já tinha definido que, em 2015, as emissões de cada automóvel não deveriam ultrapassar os 130 gramas por quilómetro.
  • 8. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt Agora, vai mais longe e propõe um máximo de 95 gramas de emissões de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro para 2020. Estima-se, por isso, uma redução do consumo de combustível e, consequentemente, das despesas dos condutores, entre 344 e 465 euros por ano, consoante se trate de um automóvel a gasolina ou a gasóleo, respetivamente. Segundo o Bureau Européen des Unions de Consommateurs (organização europeia de consumidores), esta imposição de limites máximos cada vez mais restritos às emissões de dióxido de carbono permite não só reduzir consecutivamente as emissões de gases com efeito de estufa no setor dos transportes como a dependência das importações de petróleo. Além disso, a probabilidade de se manterem os aumentos constantes no preço dos combustíveis diminui. De acordo com esta organização, uma redução de um por cento no consumo de combustíveis representa igual diminuição nas emissões de gases com efeito de estufa. Para 2025 e 2030, esperam-se metas mais ambiciosas.
  • 9. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt O impacte da escolha Hoje, e porque houve uma grande pressão por parte da Comissão Europeia nesse sentido, os fabricantes apostam no desenvolvimento de motores mais eficientes, isto é, capazes de obter o mesmo rendimento com menos combustível. Apesar disso, no período de 1990 a 2009, o consumo e as emissões de dióxido de carbono aumentaram mais de 20 por cento. E isso deve- se ao facto de haver cada vez mais veículos em circulação, o que resultou do aumento do rendimento das famílias nesse período. Para inverter esta tendência, todos temos de adotar um comportamento mais responsável, organizando as deslocações de forma mais racional. Por exemplo, devemos ponderar deixar o carro na garagem para os pequenos trajetos que se podem fazer a pé ou de bicicleta. Além de benéficas para o ambiente, por não gerarem poluição, estas atividades são também boas para a sua saúde, económicas, relaxantes, conviviais, silenciosas... Mais: por vezes, andar a pé ou de bicicleta permite chegar mais depressa ao destino, pelo menos, na cidade e para percursos de poucos quilómetros.
  • 10. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt O carro O carro deve ser utilizado apenas quando não há mesmo outra solução. É muito importante reduzir as emissões e consumir menos combustível (e, logo, poupar dinheiro). Ou seja, todos ficamos a ganhar: os cidadãos e o ambiente. A evitar em trajetos curtos Muitas vezes por força do hábito, recorremos com mais frequência do que devido ao carro para deslocações que poderiam perfeitamente ser feitas a pé. Ora, recorrer ao carro para trajetos pequenos (por exemplo, inferiores a dois quilómetros) contribui para engarrafamentos nas estradas e consome muito. De facto, são precisos, pelo menos, cinco minutos para que o motor atinja a temperatura ideal; por outro lado, o motor frio gasta 50 por cento mais no primeiro quilómetro e 25 por cento mais no segundo. Resultado? Poluímos três vezes mais antes de atingir a boa temperatura, pois a combustão do motor é incompleta, o que gera uma maior quantidade de poluentes como monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos não queimados (HC).
  • 11. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt SABIAS QUE? Um autocarro ou um comboio produz, em média, duas a três vezes menos dióxido de carbono por pessoa e por quilómetro do que um carro. Cada quilómetro percorrido a pé ou de bicicleta, em vez de usar o carro, evita a emissão de cerca de 120 gramas de dióxido de carbono.
  • 12. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt A compra Segundo um inquérito de fiabilidade automóvel que publicado ma revista PROTESTE de fevereiro de 2012, 62 por cento dos portugueses indicaram fazer, com frequência, viagens curtas ou muito curtas (no máximo, 50 quilómetros). Assim, a maioria das deslocações de automóvel pode ser assegurada por modelos citadinos, de preferência com motores de máxima eficiência (híbridos, elétricos ou os novos motores a gasóleo), que têm baixos consumos e emissões. Ponto de partida, importantíssimo: será que precisamos mesmo de um carro? É essencial analisar o uso que se vai dar ao veículo. E se basicamente precisamos dele para pequenas deslocações na cidade, não devemos escolher um carro grande e potente: consome mais, produz mais emissões para o meio ambiente e tem um custo elevado de compra e de manutenção. Os argumentos de venda dos automóveis atualmente baseiam-se não só nas questões de segurança como na componente ambiental. A publicidade ao automóvel surge de um ângulo que visa salientar a diminuição do respetivo dano para o ambiente. Ora, é certo que alguns veículos apresentam menos emissões do que outros, mas todos poluem! Certas marcas anunciam que plantam uma árvore por cada carro vendido, procurando convencer o consumidor de que, assim, as emissões que o veículo produzirá ao longo da sua vida serão recompensadas, mas tal não é, claro, suficiente.
  • 13. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt A publicidade mais ecológica deveria residir, sim, na promoção de uma condução tranquila, sem acelerações nem travagens bruscas: a chamada “ecocondução”, a que nos referiremos a seguir. Para ajudar o consumidor a escolher, a lei obriga a divulgar, nos standes e na publicidade, informação sobre o consumo e as emissões de dióxido de carbono de cada modelo. O consumidor deve consultar essa informação antes de decidir o carro que vai comprar. Essa informação é mais objetiva do que certas frases publicitárias, como “por um mundo melhor”, “amigo do ambiente”, “eco”, etc. Quanto ao retorno do investimento feito num carro novo que incorpore tecnologias de redução de emissões de gases com efeito de estufa, calcula-se que seja de um ano e nove meses para veículos a gasolina e de um ano e quatro meses para veículos a gasóleo. Para estes cálculos, considera-se que um cidadão europeu troca de carro, em média, a cada cinco anos e que, por isso, apenas acarretará um terço das despesas da tecnologia.
  • 14. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt Conselhos para uma ecocondução Um condutor ecológico pode poupar até 82 por cento em comparação a uma condução agressiva na cidade. Deixamos aqui alguns conselhos muito úteis: • Uma manutenção adequada evita grandes reparações, confere maior segurança, contribui para a emissão de menos ruído, a redução dos consumos de combustível e produção de menos poluentes. • Verificar regularmente a pressão dos pneus. Um valor abaixo do necessário pode aumentar o consumo e os pneus desgastam-se mais depressa. • Sempre que possível, evitar transportar cargas no tejadilho e não utilizar a mala para guardar coisas que não precisamos de levar. Cada quilo suplementar desnecessário aumenta também os consumos. • Conduzir de forma suave. Por exemplo, evitar conduzir constantemente a travar e a acelerar. Além de ser mais seguro, gastasse menos combustível, não causa desgastes mecânicos inúteis e polui menos. • Desligar o motor sempre que se preveja paragens superiores a um minuto. O motor au ralenti durante três minutos consome mais ou menos o mesmo que um carro que percorre um quilómetro a 50 quilómetros por hora! • No ar condicionado, evitar regular a temperatura para níveis excessivamente baixos. Antes de ligar devemos primeiro arejar o carro. Usar a ventilação mecânica para refrescar o ambiente em vez de abrir as janelas, para evitar aumentar a resistência do carro.
  • 15. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt Os transportes públicos Para conquistar quem ainda prefere o automóvel nas deslocações diárias, é preciso adequar o serviço às necessidades dos cidadãos, em termos de percursos, da quantidade de veículos e da frequência de passagem. O mesmo se aplica à ligação entre diferentes tipos de transporte: é essencial coordenar percursos, horários e local das paragens, para garantir deslocações rápidas e confortáveis. Para a maioria dos cidadãos, os meios de transporte mais rápidos (como o comboio e o metro) não estão perto de casa o suficiente para que possam ir a pé, e nem sempre os autocarros são uma boa solução, devido à quantidade de paragens. O carro torna-se a alternativa. Contudo, não precisamos de o levar sempre para dentro das cidades! Os parques de estacionamento perto das estações e principais ligações de transportes públicos podem, muitas vezes, resolver o problema. É, assim, importante que o número de parques aumente, bem como a sua capacidade, com um preço diário convidativo. Só assim os cidadãos podem usar transportes públicos com maior frequência.
  • 16. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt O avião: uma necessidade? De todos os meios de transporte, o avião é, incontestavelmente, o que mais combustível consome e o que mais polui. É também aquele que se desenvolveu de forma mais impressionante nos últimos 20 anos. E, como é óbvio, este aumento amplificou muitos problemas, como o ruído e as emissões de gases nocivos ou que contribuem para o aumento do efeito de estufa. As emissões diretas do setor da aviação contribuem com três por cento do total de gases com efeito de estufa originados na Europa. A esmagadora maioria provém dos voos internacionais. Contudo, estima-se que, em 2020, este valor possa ser 70 por cento mais elevado do que em 2005, mesmo caso a eficiência no consumo de combustível melhore a um ritmo de dois por cento ao ano. Para 2050, o cenário é muito pior, pois as emissões poderão vir a aumentar em 300 a 700 por cento. As emissões de dióxido de carbono, de óxidos de azoto, de vapor de água e de partículas de sulfato e de fuligem resultantes da circulação aérea apresentam um impacto evidente no clima, que é atualmente duas a quatro vezes superior ao provocado apenas pelas suas emissões de dióxido de carbono! É importante agir de forma responsável, ponderando alternativas para o transporte aéreo (como o comboio) ou até evitando a deslocação, por exemplo, propondo videoconferências ou outras formas de comunicação se houver a necessidade de uma reunião de trabalho.
  • 17. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt SABIAS QUE? Uma viagem de ida e volta entre Lisboa e Nova Iorque gera sensivelmente a mesma quantidade de emissões de dióxido de carbono que o aquecimento da casa de um cidadão europeu num ano.
  • 18. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt Impacto ambiental do aeroporto: • Grande concentração de passageiros e cargas Aumenta o tráfego nas imediações do aeroporto e a produção de resíduos • Produção de resíduos Limpeza dos aviões e das instalações aeroportuárias; manutenção dos equipamentos com substâncias químicas, tais como anticongelantes • Emissão de poluentes Sobretudo na descolagem e na aterragem • Ruído Resultante dos motores das aeronaves e das unidades auxiliares de energia
  • 19. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt Como reduzir as deslocações? É preciso tomar medidas para melhorar a qualidade de vida nas cidades e reduzir os riscos para a saúde. Não basta melhorar a eficiência energética dos meios de transporte, diminuir o uso de combustíveis fósseis e as emissões de gases poluentes. É necessário promover uma mobilidade sustentável, pois só assim se consegue diminuir o uso crescente do carro. Para isso, há que promover o recurso a meios de deslocação alternativos, garantir que os meios de transporte públicos respondem às necessidades económicas, sociais e ambientais das pessoas e reduzir as repercussões negativas que advêm da sua utilização. Muitos percursos podem ser feitos a pé, de bicicleta ou de transportes públicos: tal melhora a forma física e diminui as despesas relacionadas com o automóvel. Isto não significa que o cidadão tenha de arrumar o carro definitivamente na garagem: devemos usá-lo apenas quando for mesmo preciso e dividir as viagens com colegas de trabalho ou amigos – é o chamado car pooling.
  • 20. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt SABIAS QUE? Em Lisboa e no Porto, é já possível recorrer ao car sharing. Trata-se de um serviço prestado por empresas que dispõem de uma frota de veículos repartidos pela cidade. Uma vez inscrito, é possível usar estes veículos sempre que se tiver necessidade e desde que haja algum disponível, bastando ter um cartão magnético específico que o habilita a usá-lo. Existem vários parques espalhados pelas cidades, onde é possível aceder ao carro, e é também num desses parques que tem de o devolver. O pagamento depende da duração e da distância percorrida.
  • 21. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt Também as empresas têm um papel importante na redução do volume de deslocações: está ao alcance destas facilitar o teletrabalho, disponibilizar autocarros para transportar os trabalhadores, incentivar a partilha do automóvel ou fomentar as jornadas contínuas e os horários flexíveis, para evitar aglomerações nas horas de ponta e atrasos frequentes. É ainda importante repensar o ordenamento das cidades e novas urbanizações, para reduzir as grandes deslocações. Por exemplo, a concentração de atividades (residencial e empresarial) em áreas muito separadas obriga a constantes deslocações. Além disso, quando se decide o local de zonas comerciais e de trabalho, devem ser considerados os tipos de transporte público existentes e a facilidade de acessos. O aumento de áreas com ciclovias e zonas pedonais também pode motivar o cidadão a deixar o carro em casa.
  • 22. Mostra o ecocidadão que há em ti! www.ecocidadao.pt O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e Comissão Europeia, através da Representação em Portugal. Iniciativa: Conceção e desenvolvimento: Faz tua cena e concorre. Podes ganhar uma viagem a COPENHAGA, a Capital Verde da Europa! CONTEÚDOS ADAPTADOS DA PUBLICAÇÃO: CONSUMO ECOLÓGICO Poupar o ambiente e a carteira © 2013 DECO PROTESTE, Editores, Lda.