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A Guerra Colonial Portuguesa
Portugal antes da guerra…
• Entrada para a NATO em 1949 e ONU em 1955.
• Pressão da ONU através das conferências relativas à
  independência das colónias portuguesas e renúncia de
  Portugal da existência de colónias em território português.
  Existem antes „territórios ultramarinos‟.
• Atrito entre o regime de Salazar e a administração Kennedy.
Relativo isolamento internacional – “orgulhosamente sós”

Objetivo para às colónias: mantê-las dentro do Império
 português.
Nas ‘províncias ultramarinas’….
Crescem os movimentos nacionalistas nas colónias (Figs.1,2 e 3) devido a:
• Influência dos países participantes na Conferência de Bandung
  (1955);
• Ideologia do Pan-Africanismo;
• Insatisfação com a situação que viviam (pobreza sob o estatuto de
  portugueses de segunda);
• Apoios financeiros e bélicos dos E.U.A.,da U.R.S.S e da China.

Objetivo para as colónias: conquistar a independência por meio de
 força já que a diplomacia não surtira efeito.




  Figs.1,2 e 3 – (da esquerda para a direita) símbolos da FRELIMO, do P.A.I.G.C. e do
  M.P.L.A..
O início da Guerra…
Angola
Fevereiro e março de 1961 –
  ataques a povoações e edifícios
  do Estado por parte da UPA
  (União das Populações de
  Angola)(Fig.4) .
                                    Fig.4 - bandeira oficial da U.P.A.


Guiné-Bissau
Janeiro de 1963 – ocupação de
  territórios no Noroeste e Sul
  do país por parte do PAIGC
  (Partido Africano para a
  Independência de Guiné e
                                    Fig.5 - bandeira oficial do P.A.I.G.C.
  Cabo-Verde)(Fig.5) .
O início da Guerra…

 Moçambique
 Setembro    de    1964     –
   ocupação de territórios do
   Norte pela FRELIMO
   (FREnte de LIbertação de
   MOçambique)(Fig.6).
                                Fig.6 - bandeira oficial da FRELIMO
No Estado Português da Índia…
Estado Português da Índia (Goa, Damão e Diu)
Dezembro de 1961 – invasão de grande coordenação (terra, ar e mar) e em
  grande escala (40.000 homens) das províncias por parte da União
  Indiana.

Resultado: Capitulação das forças portuguesas (3.000 homens) em apenas
  36 horas – uma atitude rebelde face às as ordens de Salazar (“Não
  prevejo possibilidade de tréguas nem prisioneiros portugueses, como
  não haverá navios rendidos, pois sinto que apenas pode haver
  soldados e marinheiros vitoriosos ou mortos”).
                                              Fig.6   –   Aviso Afonso de
                                              Albuquerque – com cerca de 30
                                              anos, era o único navio, para
                                              além das três lanchas de patrulha
                                              marítima, que constituía a força
                                              naval portuguesa no Estado
                                              Português da Índia. “…foi a
                                              pique…”      parecendo     “…um
                                              passador”.
Problemas das forças portuguesas nos
teatros de guerra…
Numa resposta característica da ditadura conservadora de
  Salazar e tardia para, à altura, presente conjuntura
  internacional, as forças portuguesas encontraram as
  seguintes dificuldades nos teatros de guerra em que
  operaram:
• Contingente permanente insuficiente e - segundo
  diretrizes dos novos dirigentes das forças armadas
  portuguesas treinados pela NATO (“geração NATO”) -
  preparado para uma eventual invasão soviética às
  grandes cidades (por exemplo em Angola: Luanda, Nova
  Lisboa, Silva Porto e Sá da Bandeira);

• Incapacidade de responder aos ataques devido às pobres
  ou inexistentes vias de comunicação;

• Impreparação das tropas quer para a guerra de guerrilha
  quer para teatros de guerra de tais dimensões;
Problemas das forças portuguesas nos
teatros de guerra…
• Clima tropical de terreno de selva densa e
  savana lamacentas em épocas de chuva – “A
  Mata” – que desmoraliza e desorienta as
  tropas (Fig.7) ;

• Por volta de 1972 o envio de armamento anti-
  aéreo soviético (mísseis Strela-2) para
  suportar os “turras” (guerrilheiros) limita a
  superioridade aérea portuguesa;

• O embargo de venda de armas a Portugal
  emitido em 1973 pela ONU (Resolução 3117)
  levou à compra de veículos e armas em 2ª mão
                                                  Fig.7 – Militar português
  e desmantelados. Isto se não fosse possível a   comunicando via rádio
  produção por parte da Fábrica Braço de Prata.   dentro da erva alta.
A Guerra…




É observável o aumento do contingente português no teatros de guerra em África
já que este cresce gradualmente desde 1961 até que, em 1973, atinge o triplo do
número total inicial de militares.
O impacto da Guerra…
• Desvio de 40% do Orçamento de Estado para o conflito
  (fig.8);


• Cerca de 8,000 militares mortos e de 100,000 feridos e
  incapacitados permanentes (físicos ou psicológicos).




Fig.8 – Gráfico representativo das despesas extraordinárias (DE) - respeitantes à defesa da
ordem pública em circunstâncias excepcionais – sendo que o carmim representa a
despesa feita com as Forças Militares Extraordinárias no Ultramar (OFMEU). Uma
despesa astronómica face às outras despesas extraordinárias representadas a branco.
(Mesmo depois do início da „Primavera Marcelista‟)
O Fim da guerra…
O  „Vietname português‟ tem
 como fim 25 de Abril de 1974.
 O Estado Novo é derrubado,
 põe-se fim à guerra e o novo
 Portugal         concede    a
 independência às colónias.
Surgem os novos países de
 Angola, Moçambique, Guiné-
 Bissau, São Tomé e Príncipe,
 Cabo-Verde, Timor-Leste e
                                 Fig.9 – “O fim do Império”, fotografia
 cerca de 500,000 retornados     por Arlindo Cunha, 1975 – junto do
 portugueses (Fig.9).            padrão      dos     Descobrimentos,
                                 amontoaram-se, sem qualquer ordem,
                                 os pertences dos milhares de
                                 retornados portugueses.
Elaborado por:
Davide Santos
12ºJ




Escola Secundária Almeida Garrett
11/02/2012

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A Guerra Colonial Portuguesa

  • 1. A Guerra Colonial Portuguesa
  • 2. Portugal antes da guerra… • Entrada para a NATO em 1949 e ONU em 1955. • Pressão da ONU através das conferências relativas à independência das colónias portuguesas e renúncia de Portugal da existência de colónias em território português. Existem antes „territórios ultramarinos‟. • Atrito entre o regime de Salazar e a administração Kennedy. Relativo isolamento internacional – “orgulhosamente sós” Objetivo para às colónias: mantê-las dentro do Império português.
  • 3. Nas ‘províncias ultramarinas’…. Crescem os movimentos nacionalistas nas colónias (Figs.1,2 e 3) devido a: • Influência dos países participantes na Conferência de Bandung (1955); • Ideologia do Pan-Africanismo; • Insatisfação com a situação que viviam (pobreza sob o estatuto de portugueses de segunda); • Apoios financeiros e bélicos dos E.U.A.,da U.R.S.S e da China. Objetivo para as colónias: conquistar a independência por meio de força já que a diplomacia não surtira efeito. Figs.1,2 e 3 – (da esquerda para a direita) símbolos da FRELIMO, do P.A.I.G.C. e do M.P.L.A..
  • 4. O início da Guerra… Angola Fevereiro e março de 1961 – ataques a povoações e edifícios do Estado por parte da UPA (União das Populações de Angola)(Fig.4) . Fig.4 - bandeira oficial da U.P.A. Guiné-Bissau Janeiro de 1963 – ocupação de territórios no Noroeste e Sul do país por parte do PAIGC (Partido Africano para a Independência de Guiné e Fig.5 - bandeira oficial do P.A.I.G.C. Cabo-Verde)(Fig.5) .
  • 5. O início da Guerra… Moçambique Setembro de 1964 – ocupação de territórios do Norte pela FRELIMO (FREnte de LIbertação de MOçambique)(Fig.6). Fig.6 - bandeira oficial da FRELIMO
  • 6. No Estado Português da Índia… Estado Português da Índia (Goa, Damão e Diu) Dezembro de 1961 – invasão de grande coordenação (terra, ar e mar) e em grande escala (40.000 homens) das províncias por parte da União Indiana. Resultado: Capitulação das forças portuguesas (3.000 homens) em apenas 36 horas – uma atitude rebelde face às as ordens de Salazar (“Não prevejo possibilidade de tréguas nem prisioneiros portugueses, como não haverá navios rendidos, pois sinto que apenas pode haver soldados e marinheiros vitoriosos ou mortos”). Fig.6 – Aviso Afonso de Albuquerque – com cerca de 30 anos, era o único navio, para além das três lanchas de patrulha marítima, que constituía a força naval portuguesa no Estado Português da Índia. “…foi a pique…” parecendo “…um passador”.
  • 7. Problemas das forças portuguesas nos teatros de guerra… Numa resposta característica da ditadura conservadora de Salazar e tardia para, à altura, presente conjuntura internacional, as forças portuguesas encontraram as seguintes dificuldades nos teatros de guerra em que operaram: • Contingente permanente insuficiente e - segundo diretrizes dos novos dirigentes das forças armadas portuguesas treinados pela NATO (“geração NATO”) - preparado para uma eventual invasão soviética às grandes cidades (por exemplo em Angola: Luanda, Nova Lisboa, Silva Porto e Sá da Bandeira); • Incapacidade de responder aos ataques devido às pobres ou inexistentes vias de comunicação; • Impreparação das tropas quer para a guerra de guerrilha quer para teatros de guerra de tais dimensões;
  • 8. Problemas das forças portuguesas nos teatros de guerra… • Clima tropical de terreno de selva densa e savana lamacentas em épocas de chuva – “A Mata” – que desmoraliza e desorienta as tropas (Fig.7) ; • Por volta de 1972 o envio de armamento anti- aéreo soviético (mísseis Strela-2) para suportar os “turras” (guerrilheiros) limita a superioridade aérea portuguesa; • O embargo de venda de armas a Portugal emitido em 1973 pela ONU (Resolução 3117) levou à compra de veículos e armas em 2ª mão Fig.7 – Militar português e desmantelados. Isto se não fosse possível a comunicando via rádio produção por parte da Fábrica Braço de Prata. dentro da erva alta.
  • 9. A Guerra… É observável o aumento do contingente português no teatros de guerra em África já que este cresce gradualmente desde 1961 até que, em 1973, atinge o triplo do número total inicial de militares.
  • 10. O impacto da Guerra… • Desvio de 40% do Orçamento de Estado para o conflito (fig.8); • Cerca de 8,000 militares mortos e de 100,000 feridos e incapacitados permanentes (físicos ou psicológicos). Fig.8 – Gráfico representativo das despesas extraordinárias (DE) - respeitantes à defesa da ordem pública em circunstâncias excepcionais – sendo que o carmim representa a despesa feita com as Forças Militares Extraordinárias no Ultramar (OFMEU). Uma despesa astronómica face às outras despesas extraordinárias representadas a branco. (Mesmo depois do início da „Primavera Marcelista‟)
  • 11. O Fim da guerra… O „Vietname português‟ tem como fim 25 de Abril de 1974. O Estado Novo é derrubado, põe-se fim à guerra e o novo Portugal concede a independência às colónias. Surgem os novos países de Angola, Moçambique, Guiné- Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo-Verde, Timor-Leste e Fig.9 – “O fim do Império”, fotografia cerca de 500,000 retornados por Arlindo Cunha, 1975 – junto do portugueses (Fig.9). padrão dos Descobrimentos, amontoaram-se, sem qualquer ordem, os pertences dos milhares de retornados portugueses.
  • 12. Elaborado por: Davide Santos 12ºJ Escola Secundária Almeida Garrett 11/02/2012