Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Signos Vazios e Signos Plenos
1. Claudiene Diniz da Silva (UFPI)
Email: diennedinniz@hotmail.com
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2.
Signos vazios – aqueles que remetem a enunciação,
refletindo seu próprio emprego. Seu papel consiste
em fornecer o instrumento de conversão da
linguagem em discurso. Todos os indicadores de
subjetividade são signos vazios.
Signos plenos – correspondem a conceitos, sem
marca de unicidade. São representados pela não-
pessoa. Vale ressaltar que a noção de pessoa,
considerada vazia, se plenifica na enunciação.
Signos Vazios e Signos Plenos (p.62)
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3.
Signos – é a unidade mínima distintiva do sistema
língua. (conceito de Saussure tomado por
Benveniste)
Para Benveniste, há signos que implicam
subjetividade (tem indicação de atividade de
discurso) e existem signos que indicam conceitos,
uma noção ampla, uma ideia relativa ao “mundo”,
implicando objetividade.
Língua- sistema de signos diferenciais que contém a
enunciação.
Subjetividade e Objetividade (p.63)
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4.
Ao estudar os pronomes, Benveniste apresenta o EU
e o Tu como dêiticos, que tem referência na
enunciação. Já o ELE é um anafórico, pois serve
como um substituto abreviativo, uma vez que
pertence a esfera cognitiva da linguagem, adequado
para designar coisas da realidade subjetiva.
O par eu/tu são aos indicadores vinculados ao
discurso. A vinculação da dêixis ao sujeito que
assume a língua ao falar, ou como quis Benveniste,
um indicador da subjetividade no discurso, em que
as formas pronominais remetem à enunciação.
Dêixis e não-dêixis (p. 64)
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5.
Conforme Benveniste:
Poremos em evidência a sua relação com eu definindo-
os: aqui e agora delimitam a instância espacial e temporal
coextensiva e contemporânea da presente instância de
discurso que contém eu. Essa série não se limita a aqui
e agora: é acrescida de grande número de termos simples ou
complexos que procedem da mesma
relação: hoje, ontem, amanhã, em três dias, etc.
(BENVENISTE, 1988: 279).
Dêixis e não-dêixis
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6.
Anáfora – é o segmento que remete a um
antecedente, estabelecendo uma relação substitutiva
ou representativa.
Pergunta: Por que o pronome ELE pode sob um
ponto de vista ser dêitico e em outro anafórico?
Dêixis e não-dêixis (p. 65)
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7.
Frase - é a unidade do discurso. Também chamada
de enunciado. É o dizer do sujeito, é a ideia
materializada. Não tem extensão limitada.
Não se pode confundir frase/enunciado com
enunciação, pois a enunciação é a língua posta em
ação por um ato individual de utilização, o
enunciado é produto da enunciação.
Ato individual – o sujeito se apropria da língua, e a
atualiza, exprimindo sua atitude e seu contexto
discursivo.
A noção de frase (p.67)
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8.
Palavra – são signos comportando empregos, noções
sempre particulares, especificas, circunstanciais, nas
acepções do discurso.
A noção de frase (p.68)
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9.
Benveniste apresenta duas maneiras de ser língua:
semiótica e semântica.
Semiótico – corresponde a ordem do signo, unidade
composta por significante e por significado. É da
esfera paradigmática da língua.
Significante – forma sonora que condiciona e
determina o significado, aspecto formal da unidade.
Significado – o que o signo significa não dá pra ser
definido (...) Significar é ter sentido e nada mais.
(BENVENISTE, 1989, p. 227)
As noções de forma e sentido (p.69)
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10.
Semântico - é o campo do discurso. O sujeito, ao
tomar a palavra, se insere na língua, dela se apropria,
reconhece signos e com eles constitui a frase.
O semiótico e o semântico são complementares.
Os signos da língua significam conceito, noção
ampla e genérica. Ao se materializar na frase, o signo
abandona seu caráter genérico, e expressa uma noção
particular, circunstancial relativa a eu-tu-aqui-agora.
As noções de forma e sentido (p.69)
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11.
Palavra não é Signo. A palavra é a materialização da
língua no enunciado. Retiradas do enunciado, são signos.
Discurso - é forma e sentido, forma para reconhecimento
da língua e sentido para compreensão do que se expressa
em uma situação de uso da língua. A língua tem as
capacidades de dissociação e integração.
Níveis da língua
Primeiro nível: fonemas
Segundo nível: signos
Terceiro nível: frase
As noções de forma e sentido (p.70-71)
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12.
O sentido da palavra é dado por inter-relações que se
estabelecem no enunciado. O enunciado não é um
somatório de significados, é uma unidade de
significação, que é sempre único, por se estabelecer
no discurso.
Sintaxe é um termo próximo a atualização, ou seja,
língua em uso, palavra no enunciado convivendo
com outras palavras. É também uma organização de
palavras promovida pelo sujeito que expressa uma
ideia.
Uma sintaxe a serviço do sentido (p.72-73)
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13.
Para Benveniste, a língua é expressão de dupla
articulação: significância semiótica e significância
semântica.
Significância semiótica - relativa a língua como
sistema de signos virtuais, compartilhado por todos
os membros de uma comunidade linguística.
Significância semântica – relativa a língua em uso.
Pergunta: Por que a língua é um sistema
interpretado e interpretante?
Linguística da Enunciação:
a unidade, o objeto, a noção fundante (p.73)
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14.
Para Benveniste, a língua é expressão de dupla
articulação: significância semiótica e significância
semântica.
Significância semiótica - relativa a língua como
sistema de signos virtuais, compartilhado por todos
os membros de uma comunidade linguística.
Significância semântica – relativa a língua em uso.
Pergunta: Por que a língua é um sistema
interpretado e interpretante?
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Linguística da Enunciação:
a unidade, o objeto, a noção fundante (p.73)
15.
Perguntas
Qual unidade estudada pela Linguística da
Enunciação?
Qual é o seu objeto de estudo?
Qual a noção fundante dessa linguística?
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Linguística da Enunciação:
a unidade, o objeto, a noção fundante (p.73)
16. Claudiene Diniz da Silva
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