SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 215
Baixar para ler offline
Diagnóstico da Tuberculose
Profª Ana Claudia Camargo Campos
Doutora em Microbiologia IPTSP/UFG
Epidemiologia
 Tuberculose é, atualmente, a doença que mais mata as pessoas que
vivem com HIV. A doença foi declarada prioridade global pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1993.
 Até a sua vinculação com a AIDS, a tuberculose era uma doença
que não interessava à indústria farmacêutica em geral, por não se
tratar de uma doença rentável, uma vez que afeta mais a população
pobre.
 Em termos do investimento público, o Brasil aumentou em 14 vezes
o orçamento para a tuberculose nos últimos dez anos.
Epidemiologia
•
 Sistema Único de Saúde (SUS), onde recebe o tratamento
gratuito. Os medicamentos para tuberculose não estão disponíveis
nas farmácias.
 Enquanto a mortalidade por tuberculose no mundo é 25 mortes
por 100 mil habitantes, o índice no Brasil é 2,4 mortes na mesma
proporção.
 É uma doença antiga, com métodos diagnósticos e
terapêuticos desenvolvidos há mais de 100 anos
 A doença está associada também a concentração
demográfica, o tabagismo, drogas e aos hábitos
alimentares.
 Um dos grandes desafios é o abandono do
tratamento
 Pesquisa feita em 2012 verificou que metade da
população desconhece a tuberculose e acredita que
se trata de uma doença do século passado, que
afetava somente os poetas e boêmios
Epidemiologia
http://agenciabrasil.ebc.com.br Março/2014.
 Segundo a OMS, em relação aos casos chamados de
co-epidemia, que são as pessoas que sofrem de
tuberculose e têm o HIV. Menos de 60% recebem os
medicamentos necessários.
 Objetivo de tratar a doença até 2015 é atendendo
aos 3 milhões de doentes sem acesso aos
medicamentos que não recebem tratamento.
http://agenciabrasil.ebc.com.br Março/2014.
Epidemiologia
Brasil e Moçambique
 Em todo o mundo, 22 países concentram cerca de 80%
dos casos de tuberculose. Das nações de língua portuguesa,
fazem parte desta lista Brasil e Moçambique.
 O relatório calcula que aproximadamente 450 mil
pacientes têm o tipo de tuberculose resistente. A maioria
está na China, na Índia e na Rússia.
 O Brasil ocupa o 16º lugar no ranking de países campeões em casos de
tuberculose. Ano passado foram registradas 71.123 novas infecções, com
coeficiente de incidência de 35,4 pacientes para cada 100 mil habitantes.
 O Amazonas é o Estado que registra maior taxa do país: 70, 6 casos por
100 mil habitantes, seguido pelo Rio (com 61, 7 casos por 100 mil) e Mato
Grosso ( 50, 6 pacientes por 100 mil). Em 2012, foram 4.406 mortes, o que
representa uma taxa de 2,3 mortes por 100 mil.
 Para tentar reduzir essa marca, o governo passa, a partir desta semana a
distribuir 50 equipamentos de teste rápido para diagnosticar a doença.
Edgard Júnior
Da Rádio ONU, em Nova York
23/10/2013
12º lugar
Abandono
PROPRIEDADES GERAIS
 aeróbias estritas, fracamente Gram+, intracelulares
 bacilos, sem flagelos, não formam esporos
 não produzem toxinas e não possuem cápsula
 BAAR (BACILO ÁLCOOL ÁCIDO RESISTENTE)
 parede celular retém fucsina básica,
 contém ácido micólico em sua superfície
Membrana
Citoplasmática
Peptideoglicano
Arabinogalatano
Ác. Micólico ou
Mycomembrana
Cápsula
Espécies de Mycobacterium: patogenia ao homem
Patogênica Patogênicas em
potencial
Saprófitas
M. tubercusosis M. kansasii M. gordonae
M. bovis M. marinum M. flavenscens
M. africanum M. avium M. gastri
M. caprae
M. microti
M. paratuberculosis
M. chelonae
M. nonchromogeicum
M. thermoresistible
M. pinnipeddi M. simiae M. triviale
M. scrofulaceum M. phlei
M. azulgai M. smegmatis
M. leprae M. ammoense M. vaccae
M. abscessus
M. massiliense
Complexo M tuberculosis - MTC
Bacteria; Actinobacteria; Actinobacteria (class); Actinobacteridae; Actinomycetales; Corynebacterineae
Espécies de relevância médica
- Mycobacterium tuberculosis
Tuberculose no homem
- Mycobacterium bovis
Tuberculose em bovinos
- Mycobacterium avium
Tuberculose-like em
Pacientes com AIDS
- Mycobacterium leprae
Hanseníase
Exposição
Sem infecção 85% a 90% Infecção 10% a 15%
Primária TB 5%
HIV 40%
Latência 95%
(PPD +)
Reativação 10% a 15%
Em toda a vida
Reativação 5%
ao ano
Patogenia do M. tuberculosis
Patogenia do M. tuberculosis
Pulmão saudável Pulmão infectado
Lesão característica = tubérculo pulmonar
 Diagnosticar um doente tuberculoso, particularmente um
bacilífero (doente que, ao tossir, elimina bacilos no ar
ambiente), e tratá-lo corretamente, curando-o, é eliminar
uma fonte de infecção.
 Quanto mais precoce o diagnóstico menor a chance de
disseminação da doença que deve ser submetido ao exame
direto do escarro, buscando identificar o bacilo álcool ácido
resistente.
 Evitar contatos de doentes tuberculosos sem o
tratamento.
Profilaxia
Características fenotípas conferida em
parte pela parede das Micobactérias
 Resistência ao ambiente seco
 Pouca resistência aos agentes físicos (calor, luz)
 Resistência aos agentes químicos variável: Fenóis, iodo,
álcool e gluteraldeídos são ativos. Mercúrio, bisfenol,
amônia quaternária não tem atividade. Clorohexidina e
cloro baixa atividade.
 Resistentes a muitas classes de antibióticos usuais
 Quadro clínico arrastado de febre baixa, geralmente
vespertina, sudorese noturna, indisposição, adinamia e
perda de peso. Dependendo da localização da doença,
podem surgir outros sinais e sintomas.
 Quando a lesão é pulmonar, pode haver tosse produtiva
e sangramento respiratório.
Nas formas extrapulmonares, os sinais e os sintomas
dependerão do órgão afetado.
Sintomatologia
Sinais clínicos e sintomas: Tosse, perda de peso, febre
vespertina, sudorese noturna.
Formas Clínicas da tuberculose:
 Pulmonar
 Tuberculose extra pulmonar (TEP)
 Pleural
 Ganglionar
 Renal
 Miliar
 Óssea
 Ganglionar
 Oftálmica
 Cutânea
 Genital
 Intestinal
 Outras
DIAGNÓSTICO TB
Globalmente, os métodos diagnósticos
dividem-se em bacteriológicos,
histopatológicos, imunológicos e radiológico.
 Os bacteriológicos compreendem,
classicamente, exame direto (BAAR) e cultura.
 Bacilo Álcool Ácido Resistente (BAAR)
No primeiro, o material da lesão é corado com uma
técnica específica (coloração de Ziehl-Neelsen), que
permite identificar o BK como uma micobactéria.
 É um método simples, rápido e de baixo custo, que
prescinde de laboratório sofisticado. No entanto, só é
positivo quando há grande número de bactérias no
material examinado; pelo menos 5.000 bacilos por
mililitro.
 Assim, apenas cerca de 50 a 70% dos doentes com
lesão pulmonar são positivos à baciloscopia.
Diagnósticos tradicionais
Coloração: Ziehl Neelsen
Observar ~ 300 campos (200 – 400 X)
Sensibilidade da técnica de esfregaço: 104 céls/mL
Negativo, ausência de BAAR no esfregaço
+ <1 bacilo por campo em 100 campos
++ 1 – 10 bacilos por campo em 50 campos
+++ > 10 bacilos por campo em 20 campos
Falso positivos: Nocardia, Legionella e Rhodococcus
Ziehl-Neelsen
www.free-photos.biz.com
M. bovis
M. tuberculosis
 Cultura
 A cultura, por sua vez, permite identificar o bacilo como o
Mycobacterium tuberculosis e requer menor número de
bacilos no material examinado para ser positiva.
 Além de identificar a espécie da micobactéria, permite,
também, testar sua sensibilidade aos quimioterápicos, mas
requer maior sofisticação laboratorial que a baciloscopia e,
pelo menos, 45 dias para o resultado.
Cultura – Meio Lowenstein-Jensen / 37°C
Diagnósticos tradicionais
Características fenotípas (identificação de espécie)
- Tempo de crescimento (meio Lowestein-Jansen)
- Temperatura
- Fotoreatividade: fotocromógenos, escotocromógenos e não
cromogênicos (M. tuberculosis)
Características fenotípas (identificação de espécie)
Identificação bioquímica:
 Acúmulo de niacina: maioria dos M. tuberculosis +
cloramina + tiocianato de potássio acidificado = cloreto de cianogênio
+ ácido p-aminosalicílico + niacina = coloração amarela
 Redução do nitrato: M. tuberculosis +
 Catalase termolábil (68oC): maioria das espécies +, M. tuberculosis -
Características fenotípas
(identificação de espécie)
Testes inibitórios
- Ácido p-nitrobenzóico (PNB-500 g/mL) inibe crescimento (S)
das micobactérias do complexo tuberculose.
- TCH (hidrazina do ácido tiofeno) distingue M. tuberculosis, que é
resistente, do restante do complexo tuberculosis que são
sensíveis.
- Pirazinamida (PZA-100 g/mL) separa M. bovis e M. bovis BCG,
que são resistentes de M. tuberculosis que é sensível.
Espécie Produção de pigmento Tempo de
crescimento
< 7 dias
PNB TCH EMB PZA CS OFLO MC NaCL
ESCOTO FOTO
M. tuberculosis - - - - + - - - -
M. bovis - - - - - - + -
M. bovis BCG - - - - - - + +
M. kansasii - + - V + - - - -
M. marinum - + V V - -
M. sxulgai + - - + + - + + -
M. gordonae + - - + + - + - -
M. scrofulaceum + - - + + - - -
M. flavescens + - V + + - + - +
Complexo M. avium - - - + + + + - + -
M. fortuitum - - + + + + + + - + +
M. chelonae - - + + + + + + + + -
Fonte: Manual de bacteriologia da Tuberculose. Centro de Referência Hélio Fraga, FNS
Alternativas:
o BACTEC® 460TB, que detecta CO2 radiomarcado liberado no meio
pela replicação bacteriana (Baseia-se na produção de dióxido de carbono
radioactivo marcado com 14C por parte das micobactérias em
desenvolvimento, o que se manifesta por um aumento do índice de
crescimento no sistema).
1º método padronizado automatizado para diagnóstico de
micobactérias.
•Detection - in as little as 4-8 days.
•Differentiation - in as little as 3-6 days.
•Susceptibility - in as little as 4-12 days.
•isoniazid, rifampin, streptomycin, ethambutol and PZA
Diagnósticos modernos
Alternativas:
 Tubo indicador de crescimento bacteriano (MGIT)
é utilizado como um procedimento qualitativo rápido para o teste da
susceptibilidade do Mycobacterium tuberculosis em cultura, à
estreptomicina, isoniazida, rifampicina e etambutol
O teste baseia-se no crescimento de isolados de Mycobacterium
tuberculosis num tubo contendo fármaco, que é comparado com um tubo
isento de fármaco
instrumento BACTEC MGIT monitoriza os tubos relativamente a um
aumento da fluorescência.
A rápida detecção destas estirpes R é essencial para um tratamento
eficaz do doente.
Diagnósticos modernos
Alternativas:
 Reação em cadeia da polimerase (PCR). Ele envolve a amplificação do
DNA do BK e suas sensibilidade e especifidade superam os 90%.
Atualmente, há dois métodos comerciais disponíveis aprovados para a
pesquisa direta do BK, que usam a técnica NAA:
o teste amplificado direto (AMTD) O primeiro utiliza uma sonda de
DNA
o Amplicor™. e o segundo é uma reação colorimétrica.
Ambos têm altas sensibilidade e especificidade em material positivo, mas baixos
valores quando empregados em escarros negativos e em material extrapulmonar;
justamente as situações nas quais eles seriam mais necessários.
Diagnósticos modernos
+ BAAR 88% and specificity of 98% .
- BAAR Sensibility 87% and specificity 98%
16,86 dólares passou a custar US$ 9,98 dólares Custo Equip: $17.000,00
PCR em tempo real, baseada na hibridização dos ácidos
nucléicos amplificados com sondas fluorescentes, que têm
como alvo regiões específicas de interesse do DNA,
monitorada em cicladores térmicos.
A fluorescência aumenta na razão direta da quantidade do
produto amplificado.
Sua sensibilidade e sua especificidade são
próximas a 100% e os resultados são conhecidos
em 1,5 a 2 horas após a extração do DNA.
Tuberculose pulmonar com ou sem tosse produtiva - exame
direto negativo
 PCR de lavado broncoalveolar - positivo
BK em material não-pulmonar (líquido pleural, ascítico,
pericárdico ou cérebro-espinhal; urina e exudato de
linfonodo),
 PCR detecção de 100% e a (S) 93-94%, mais rápido que a
cultura e permitir a identificação da espécie.
Superiores a dos métodos convencionais
(exame direto e cultura)
É possível fazer diagnóstico baseado na resposta do
hospedeiro?
Inicialmente, tentou-se usar antígenos parcialmente
purificados mas com baixa especificidade.
Passou a usar antígenos altamente purificados ou
recombinantes, a especificidade aumentou, mas a
sensibilidade diminuiu.
O grau da resposta humoral à tuberculose é heterogêneo,
fazendo com que passasse a ser proposto o emprego de
misturas de múltiplos antígenos do M. tuberculosis.
Até o momento nenhum dos testes sorológicos mostrou-se
preditivo o suficiente para ser usado rotineiramente.
O exame histopatológico permite identificar a lesão
granulomatosa, a necrose de caseificação e outras
apresentações da lesão tecidual causada pelo BK.
patognomônica da tuberculose
Granulomatoses, sarcoidose e micose
lesão granulomatosa é tuberculosa,
identificar o BK em seu interior.
Tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR).
Qual o valor diagnóstico da prova tuberculínica?
A prova tuberculínica (PPD) indica se o organismo foi
infectado pelo BK. Embora não permita distinguir entre
infecção e doença tuberculosa, em algumas situações, como na
criança, ajuda na definição diagnóstica.
Em áreas onde a vacinação BCG é feita rotineiramente, sua
interpretação pode ser prejudicada.
Seu valor diagnóstico é maior em pessoas não vacinadas com
BCG ou naquelas vacinadas há longa data, já que a memória
linfócitária diminui com o tempo.
Qual o valor diagnóstico da prova tuberculínica?
A tuberculina utilizada no Brasil (PPD-Rt23) é aplicada
segundo técnica e material preconizados pela OMS, por via
intradérmica, na parte anterior do antebraço esquerdo, na
dose de 0,1ml equivalente a 2UT (unidade tuberculínica).
A leitura da prova tuberculínica é realizada de 72 a 96 horas
após a aplicação, devendo-se medir o diâmetro transverso da
área endurecida no local da aplicação em milímetros,
desprezando-se o eritema circundante.
Técnica
Aplicação
4 Horas
48 Horas
Leitura
Mantoux test 48hrs
Strongly positive Mantoux test in a patient with active tuberculosis.
Intradermal injection of M. tuberculosis antigen has induced a
florid type IV hypersensitivity reaction with some blistering.
Com base nessa medida, o indivíduo
é classificado como:
- “Não-reator”, se o tamanho da área endurecida estiver
entre 0 e 4mm;
- Reator fraco, se estiver entre 5 e 9mm
- Reator forte se o diâmetro for igual ou superior a 10mm.
- Ser “não-reator” pode ser interpretado como não
infectado pelo BK, anérgico ou infectado há longo período
de tempo, quando já teria sido perdida a “memória
imunológica”.
- Reação fraca pode representar infecção pelo BK ou por
micobactérias não tuberculosas, ou vacinação com BCG.
- Reator forte tanto pode espelhar infecção tuberculosa
ou vacinação com BCG recentes, como doença em
atividade.
Nos infectados pelo HIV, uma medida >5mm é
considerado reatora.
Diversos fatores, como neoplasias (principalmente
linfoma de Hodgkin), tuberculose disseminada, derrame
pleural tuberculoso, meningoencefalite tuberculosa,
sarcoidose, viroses (sarampo, febre amarela),
amiloidose, hipotiroidismo, lepra lepromatosa, AIDS,
desnutrição, uso de corticosteróides, citostáticos e
vacinas virais (sarampo, pólio, febre amarela), uso de
contraceptivos orais, entre outros...
podem ser causa de diminuição da reação ao PPD.
O diagnóstico da infecção latente é
importante?
Devido à vacinação em massa com BCG, o PPD tem sensibilidade
e especificidade limitadas.
O conhecimento sobre o papel do linfócito T e do interferon-
gama (IFN-γ) na patogenia da tuberculose levou ao
desenvolvimento de um teste in vitro para detectar a infecção
tuberculosa, o ELISPOT.
Se baseia no uso de antígenos do BK não presentes no BCG,
nem na maior parte das outras micobactérias, não é afetado
pela vacinação BCG, o que o torna mais acurado que o PPD.
As células T sensibilizadas por antígenos tuberculosos
produzirão IFN-γ, quando forem novamente expostas aos
antígenos.
Os kits de IFN-γ usados atualmente usam antígenos
específicos do BK, tais como o ESAT6 e o CFP10, mais
específicos que o PPD, já que esses antígenos não existem
no BCG e na maior parte das demais micobactérias.
Como fazer o diagnóstico das
formas pulmonares da tuberculose?
 O exame direto e a cultura para BK
 As pessoas com sinais/sintomas compatíveis com tuberculose, que nunca
foram tratadas e que não têm história de contato com doentes com formas
resistentes, BAAR + é suficiente para selar o diagnóstico e iniciar o
tratamento.
 Possibilidade de o agente etiológico não ser o M. tuberculosis e sim uma
outra micobactéria
 Na presença de sintomas sugestivos da doença, mas com baciloscopia
negativa, há indicação de cultura e exame radiológico do tórax.
O que fazer quando há suspeita clínica e
radiológica de tuberculose pulmonar e o
indivíduo não consegue fornecer escarro para
exame bacteriológico?
 Lançar mão do escarro induzido ou da broncoscopia.
 O rendimento de ambos os métodos é equivalente, tornando
desnecessária a realização da broncoscopia na maior parte dos
casos.
 Ou a tomografia computadorizada do tórax. Determinadas
características das imagens são muito sugestivas de
tuberculose.
Como fazer o diagnóstico das formas
extrapulmonares da tuberculose?
A cultura e os exames histopatológico e radiográfico tenham
papel de destaque.
O aspecto histopatológico clássico é o granuloma que, na
tuberculose, tem a característica da necrose de caseificação.
Nos indivíduos infectados pelo HIV pode não haver a formação
do granuloma, em função do comprometimento imune.
Na investigação etiológica do derrame pleural,
após o estudo radiológico do tórax, deve-se
fazer, sempre que possível, a toracocentese com biópsia
pleural.
Como fazer o diagnóstico das formas
extrapulmonares da tuberculose?
.
Na tuberculose pleuropulmonar, geralmente o derrame é unilateral e seu
volume vai de pequeno a grande. O fragmento pleural revela a presença de
granuloma na maior parte (>80%) dos casos.
O líquido pleural é um exsudato amarelo citrino, mas pode ter aspecto sero-
hemorrágico.
A baciloscopia do líquido pleural é, geralmente, negativa e a cultura para BK
no líquido pleural costuma ser positiva em apenas cerca de 15% dos casos.
A determinação da atividade da ADA atividade da adenosina desaminase é
um excelente método auxiliar do diagnóstico; valores acima de 30U/l têm
sensibilidade e especificidade em torno de 90%. Se associada à idade do
doente (menos que 45 anos), à concentração de proteínas (maior que
4mg/ml).
Como fazer o diagnóstico das formas extrapulmonares da
tuberculose?
A tuberculose ganglionar é a segunda forma mais comum de tuberculose
extrapulmonar e compromete, principalmente, a cadeia cervical. Deve-
se obter material do gânglio afetado para o exame bacteriológico e
histopatológico, seja por biópsia ou por punção aspirativa.
Este último método, que tem rendimento semelhante ao da biópsia, é
menos invasivo e pode ser realizado em ambulatório. O achado do
granuloma específico ou do BK sela o diagnóstico.
Disúria e poliúria são os achados clínicos mais frequentes na
tuberculose do aparelho urinário. Nas formas mais avançadas, pode
haver dor lombar. O exame da urina pode mostrar desde poucos
leucócitos até piúria maciça em urina ácida, com cultura negativa para
germes inespecíficos e hematúria.
Como fazer o diagnóstico das formas extrapulmonares da
tuberculose?
A baciloscopia da urina é normalmente negativa.
A cultura de urina no meio de Lowenstein Jensen é o exame mais
importante para o diagnóstico. Sua positividade depende do tamanho da
população de germes.
A tomografia computadorizada e a citoscopia podem ser úteis no
diagnóstico. Dor e aumento do volume articular são os achados mais
frequentes na tuberculose óssea, podendo evoluir para impotência
funcional.
O exame radiológico fornece informações úteis para o diagnóstico. Nas
formas iniciais, podem ser vistos sinais de osteoporose, distensão
capsular e aumento de partes moles.
Como fazer o diagnóstico da forma
meningoencefálica da tuberculose?
Processo inflamatório que se desenvolve na córtex ou nas meninges.
O início dos sintomas é insidioso, exceto em crianças pequenas, quando a doença
parece assumir característica aguda.
Em geral, incluem febre, anorexia, adinamia, cefaléia, alterações de
comportamento, diminuição do nível de consciência e confusão mental.
Nas formas mais graves, podem surgir convulsões, vômitos, alterações visuais e da
fala.
O comprometimento progressivo e difuso do SNC pode levar à hipertensão
intracraniana, à decorticação e à descerebração. O exame do líquido
cefaloraquidia no (LCR) é fundamental. Na meningoencefalite tuberculosa é
comum observar-se pleocitose, predomínio de linfomononucleares, embora possa
haver neutrófilos em maior número no início da doença, proteína alta e glicose
baixa.
Como fazer o diagnóstico da forma
meningoencefálica da tuberculose?
A bacterioscopia geralmente é negativa e a cultura, embora mais sensível, não
costuma ser positiva em mais do que 15% dos casos. Além disso, o longo tempo
necessário para saber seu resultado faz com que ela não seja usada para o início
do esquema terapêutico.
Técnicas de lise centrifugação do material, realizadas previamente à cultura,
permitem rendimento maior do método. A determinação da atividade da ADA,
embora tenha acurácia menor do que na tubérculos e pleural, é um exame
importante no diagnóstico diferencial com as outras etiologias da
menigoencefalite linfomonocitária.
Outras testes, como a pesquisa de antígenos do bacilo e de anticorpos, mostram
resultados ainda pouco promissores.
A tomografia computadorizada pode mostrar sinais de pequenos infartos,
devidos a tromboses vasculares pelo processo inflamatório.
Hanseníase
Definição:
“ É uma doença infecto-contagiosa,
sistêmica, provocada por um bacilo
(bacilo de Hansen).É de evolução lenta e
se manifesta por sinais e sintomas
dermatoneurológicos”
Agente Etiológico
 A Hanseníase é causada pelo Mycobacterium
leprae, que é um parasita intracelular com
afinidade por células cutâneas e por células
dos nervos periféricos (células de Schwann),
onde se multiplica (11 – 16 dias).
 O M. leprae tem alta infectividade e baixa
patogenicidade
Transmissão
 Vias aéreas
 Contato com feridas abertas de doentes não tratados
Apenas 10% das pessoas não são resistentes.
Após a inalação:
 Destruição
 Defesa
 Disseminação
 As manifestações clínicas dependem das condições
imunológicas do hospedeiro
Período de Incubação : 2 a 7 anos
Índia, Brasil, Indonésia, Bangladesh e Nigéria,
A hanseníase no mundo - 2002
País Prevalência
(casos por 10.000)
Detecção de casos novos
(casos por 100.000)
India 384.240 (3,8) 559.938 (55,2)
Brasil 77.676 (4,6) 41.070 (24.,1)
Myanmar 10.389 (2,3) 10.286 (22,1)
Madagascar 8.662 ( 5,4) 8.445 (53,0)
Nepal 7.984 (3,4) 8.020 (34,4)
Moçambique 7.834 (4,0) 6.617 (33,6)
TOTAL 496.785 (3,9) 634.376 (49,2)
Fonte: Relevé Epidemiologique Hebdomadaire, nº 1,4 Janvier 2002
1/5
Níveis endêmicos Brasil/2008
Prevalência
3,8/10000
Exercem influencia no adoecimento:
 fatores ligados ao bacilo (exposição e quantidade),
 fatores ligados ao doente (resposta imunológica
frente ao bacilo)
 fatores ambientais (condições sócioeconômicas,
populacionais e sanitárias).
Formas Clínicas
 Formas Paucibacilares (não contagiosa)
1. Hanseníase Indeterminada
2. Hanseníase Tuberculóide
 Formas Multibacilares (contagiosas)
1. Hanseníase Virchowiana
2. Hanseníase Dimorfa
As classificações adotadas para as formas clínicas da hanseníase, a de Madri, a
de Ridley & Jopling e a da OMS, podem ser correlacionadas
Hanseníase
Indeterminada
 É a forma inicial da doença, caracterizada
por área circunscrita hipoestésica ou
mancha, em torno de uma até cinco,
hipocrômica ou com periferia eritematosa,
com diminuição das sensibilidades térmica
e dolorosa, da sudorese e dos pêlos.
Hanseníase Indeterminada
 Máculas circunscritas
hipocrômicas (braços,
nádegas, coxa e tronco)
 Anestesia
 Aumento da sudorese
 Curável
 Não há comprometimento de tronco nervoso.
 As baciloscopias de pele não revelam bacilos,
portanto, é forma paucibacilar e não-contagiante
 A hanseníase indeterminada pode evoluir com cura
espontânea, desenvolver-se lentamente, ou, ainda,
involuir, ressurgindo, tardiamente, com
características clínicas definidas, dentro do aspecto
da doença, de acordo com sua capacidade de
resposta imune ao M.leprae.
Hanseníase
Tuberculoide
 Representa a forma de
forte resposta imune
celular, ou seja, os
macrófagos e linfócitos
organizam-se em
granulomas, localizando a
doença e determinando a
morte bacilar.
 Lesões em placa (elevadas e totalmente preenchidas)
 borda papulosa,
 limites bem nítidos,
 eritêmato-acastanhadas,
 alterações da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil,
ausência de suor e rarefação de pêlos.
.
Aparece de forma assimétrica com poucas
lesões.
As baciloscopias de pele não revelam bacilos,
portanto, é forma paucibacilar.
Pode comprometer troncos nervosos,
evidenciado por espessamento e, às vezes, dor
ou choque.
Hanseníase Tuberculóide
 Lesões avermelhadas, assimétricas e
circunscritas.
 Sensibilidade abolida
 Alopécia
 É estável, benigna com bom prognóstico
•A resposta imune ao M. leprae, através da intradermorreação
de Mitsuda, observa-se uma reação fortemente positiva, sempre
maior que 5 mm, atingido até 8 a 15 mm de diâmetro,
frequentemente com ulceração central.
•A baciloscopia, via de regra, é negativa; em alguns casos,
encontram-se raros bacilos na histopatologia de cortes de pele
paucibacilares, observando-se infiltração de células
epitelióides, gigantócitos circundados por linfócitos, na periferia,
constituindo granuloma bem definido, que invade a derme e, por
vezes, a epiderme, além de comprometer filetes nervosos, e
anexos cutâneos, como glândulas sudoríparas e aparelho
pilossebáceo.
Hanseníase
Virchowiana
Representa a forma de fraca
resposta imune celular.
 Manchas hipocrômicas tornam-se infiltradas por
macrófagos repletos de bacilos, formando as pápulas,
 Placas e nódulos (hansenomas),
 Eritêmato-ferruginosas, mal delimitadas,
 Diminuição das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil.
 A disseminação difusa na pele determina:
- queda do terço externo da sobrancelha(madarose),
- congestão nasal,
- diminuição da sudorese,
- rarefação dos pêlos,
- comprometimento de mucosas, ossos, olhos e nervos
periféricos.
 As baciloscopias de pele são positivas, sendo a forma
contagiante, multibacilar
•De início insidioso e progressão lenta. A progressão da doença
resulta em acentuação do eritema e infiltração, pele luzidia, com
poros dilatados, tipo “casca de laranja”, e sobre estas áreas se
sobrepõem pápulas, nódulos e tubérculos, fácies leonina.
•Comprometimento de antebraços, dorso das mãos e extremidades,
tanto dos membros superiores, como dos inferiores, observando-se
articulações e dígitos edemaciados.
•Lesão troncos nervosos com perda da função, atrofia muscular,
paralisias, deformidades e contraturas.
•Além de perfuração septal e desabamento Nasal.
Hanseníase Virchowiana
 Extremamente
contagiosa
 O bacilo vai se
localizar em regiões
mais frias
 Máculas e nódulos
 Lesões assimétricas no
tronco e na face (facies
leonina)
Manifestações neurológicas
 Diminuição da sensibilidade local
 Sensação de anestesia (dolorosa e térmica)
O comprometimento dos nervos provoca:
 Diminuição da força muscular
 Atrofia e contratura dos pés e mãos (inclusive dedos)
 Ressecamento dos olhos
 Lesões de mucosas
Sinais e Sintomas Neurológicos
Lesões no nervos periféricos.
 Dor e espessamento dos nervos periféricos
 Perda de sensibilidade (principalmente olhos,
mãos e pés)
 Perda de força muscular (principalmente
pálpebras, MMSS e MMII)
Hanseníase Virchowiana
 Comprometimento dos
ns. Periféricos
 Ulcerações
 Mãos em garras
 Auto-amputação
 Olhos: Logoftalmo,
Ectrópio e Entrópio
Mal perfurante plantar
Deformidades nas mãos
– Pode envolver todas as áreas da pele e possuem uma
aparência de ensebado, nodular.
– Há perda dos cílios e sombrancelhas
– Histopatologia da pele, observa-se epiderme atrófica com
células espumosas, volumosas, e multivacuoladas,
denominadas células de Virchow;
– A biópsia de pele revela poucos linfócitos e muitas células
epiteliais cheias de BAAR.
– O teste de Mitsuda é negativo
– 109 bacilos/grama de tecido e contínua bacilemia de 105
organismos/mm3 de sangue
Hanseníase dimorfa
 Dentro do espectro da doença, esta
forma está caracterizada por
instabilidade imunológica, e caminha
entre os pólos tuberculóide e
virchoviano.
 lesões eritemato-acastanhadas, em
placas,
 acometimento neurológico, áreas de
anestesia.
A evolução da doença e a ausência de tratamento poderiam
conduzir alguns pacientes ao pólo virchoviano.
Hanseníase Dimorfa
 É instável
 Acometimento dos
nervos periféricos
 Lesões em placas
delimitadas e
avermelhadas por todo
o corpo
 Nódulos pardacentos
 Orelha lepromatosa
Principais ns.periféricos acometidos
 FACE: Trigêmio e facial
 BRAÇOS: Radial, Ulnar e Mediano
 PERNAS: Fibular comum e tibial posterior
Palpação dos troncos dos nervos periféricos
Diagnóstico – Exame Clínico
Uma pessoa com Hanseníase apresenta uma ou
mais das características:
 Lesão(ões) de pele com alteração de
sensibilidade
 Acometimento de nervo(s) com espessamento
neural
 Baciloscopia positiva
Roteiro de diagnóstico clínico
 Anamnese- história clínica e epidemiológica
 Avaliação dermatológica (face, orelhas,
nádegas, braços, pernas e costas)
 Avaliação neurológica: identificação de
neurites, incapacidades e deformidades.
 Classificação do grau de incapacidade física
 Testes de sensibilidade (tátil, térmica e
dolorosa)
Diagnóstico
 Exames laboratoriais
1. Baciloscopia
2. Teste de Mitsuda
 Avaliação clínica:
1. Tátil
2. Térmica
3. Dolorosa.
Teste de Mitsuda = 0,1 ml
Aplicação do antígeno de Mitsuda Teste de Mitsuda positivo
Diagnóstico: Clínico, BAAR, Mitsuda.
M. leprae não é cultivável.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS FORMAS
CLÍNICAS DA HANSENÍASE
1. Lesões Maculares - Podemos listar, entre os diagnósticos
diferenciais, nevos hipocrômicos e anêmicos, vitiligo, pitiríase versicolor,
treponemoses, como sífilis e pinta, hipocromia residual pós-inflamatória,
dermatite seborréica e a pitiríase alba.
2. Placas Infiltradas - Constituem diagnóstico diferencial
destas lesões a psoríase, dermatite seborréica, pitiríase rósea de Gibert,
esclerodermia localizada, líquen plano, líquen mixedematoso, sarcoidose, lúpus
eritematoso, tinea corporis, leishmaniose, cromomicose, esporotricose,
tuberculose, paracoccidioidomicose e parapsoríase.
3. Lesões anulares - Estão entre os diagnósticos diferenciais
a tinea corporis, o granuloma anular, a necrobiose lipoídica, o eritema anular
centrífugo e o eritema multiforme.
4. Lesões papulares a nodulares - Neurofibromatose
de von Recklinghausen, sarcoma de Kaposi, leishmaniose, sífilis,
paracoccidioidomicose, lobomicose, xantomatoses, farmacodermias, e
hematodermias.
5. Infitltração difusa disseminada - Leishmaniose
difusa anérgica, linfoma cutâneo de células T (micose fungóide), síndrome de
Sezary, leucoses com disseminação cutânea e mixedema generalizado, associado
ao hipotireoidismo.
6. Neuropatias - Além da hanseníase, o espessamento
de nervos periféricos é encontrado em neuropatias, muito pouco frequentes,
como a de Charcot-Marie- Tooth, a doença de Déjérine-Sottas e a doença de
Refsum, que podem ser consideradas no diagnóstico diferencial. As
polineuropatias, com alterações sensitivas, motoras, ou ambas, também são
incluídas nesta lista. Doenças com perda predominante da função motora incluem
a difteria, o botulismo, a mononucleose infecciosa, a brucelose, a porfiria,
intoxicação por ouro, além da doença de Déjérine- Sottas. A disfunção
predominantemente sensorial pode ocorrer na leucemia, doença de Hodgkin e na
isquemia neuropática. A perda mista, motora e sensorial, semelhante à da
hanseníase, ocorre na intoxicação por arsênico, brômio, tálio ou mercúrio, por
uso de drogas, como isoniazida e talidomida, e nas doenças como o diabetes
mellitus, amiloidose, lúpus eritematoso sistêmico e esclerodermia.
FERIDAS
Sífilis Recente (primária) - Cancro duro
Úlcera em pênis: lesão única, bem definida; fundo limpo;
bordas elevadas. Geralmente indolor.
Sífilis
 CONCEITO: Doença infecciosa, sistêmica, de evolução
crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência.
 AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum.
 TRANSMISSÃO
 Contato sexual,
 Via placentária (sífilis congênita),
 Contato íntimo com uma lesão ativa
 Transfusão de sangue ou derivado,
 Inoculação acidental direta,
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO
 Média 21 dias, podendo variar de 3 a 90 dias.
Sinônimos
Lues,
Peste
sexual,
Doença
gálica,
Sifilose,
Doença
britânica,
Doença
venérea.
Sífilis Primária
A sífilis primária
caracteriza-se por
apresentar lesão inicial
denominada cancro duro
ou protossifiloma, que
surge em 1 a 2 semanas,
ocorrendo adenite
satélite.
O cancro duro,
usualmente, desaparece
em 4 semanas, sem
deixar cicatrizes.
As reações sorológicas
para sífilis tornam-se
positivas entre a 2ª e a 4ª
semanas do
aparecimento do cancro.
Cancro duro da sífilis primária no dedo da mão
Fase 1ª - lesão clássica nos genitais, porta de entrada da bactéria
(local penetração), chamada de cancro  base lisa e limpa, bordas
endurecidas e profundas com o fundo macio e pouco dolorida ou
assintomática.
 10 a 20% lesão 1ª intra-retal, perianal ou oral
Mucosas intactas ou solução continuidade
Sintomas: SÍFILIS PRIMÁRIA OU CANCRO DURO
Fase 1ª
Cancro – replicação inicial – PMN
Exsudação escassa * infecção 2ª
Único ou Múltiplos cancros * HIV+
Gânglios regionais aumentados, indolores e firmes– vasos linfáticos e
circulatório - disseminação
Cicatrização espontânea* 3 a 6 semanas
Sintomas
Sífilis Recente (primária) - Cancro duro
Úlcera em períneo: lesão única no períneo. Úlcera em boca
Sífilis
Sífilis
Sífilis Secundária
A sífilis secundária é
marcada pela disseminação
dos treponemas pelo
organismo. Suas
manifestações ocorrem de 4
a 8 semanas do
aparecimento do cancro.
A lesão mais precoce é
constituída por exantema
morbiliforme não
pruruginoso: a roséola.
Posteriormente, podem
surgir lesões papulosas
palmo-plantares, placas
mucosas, adenopatia
generalizada, alopécia em
clareira e os condilomas
planos.
As reações sorológicas são
sempre positivas.
A apresentação típica da sífilis secundária é uma erupção
cutânea nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Fase 2ª - após 4 a 8 semanas do surgimento do
cancro. Maior quantidade de treponemas
circulantes.
Erupção disseminada – Macular, Maculopapular ou
Pustulosa (mão e pés)
Áreas Intertriginosas – branco acinzentadas -
Condilomas planos
Queda cabelo e sobrancelhas
No período de sífilis recente latente, não existem
manifestações visíveis, mas há treponemas
localizados em determinados tecidos.
Assim, o diagnóstico só é obtido pelas reações
sorológicas. Pode ocorrer com frequência polimicro-
adenopatia, particularmente de linfonodos
cervicais, epitrocleanos e inguinais.
SÍFILIS SECUNDÁRIA
Fase 2ª
Sintomas sistêmicos:
1. linfadenopatia generalizada, mal-estar, febre,
2. cefaléia,
3. dor-de-garganta,
4. perda de apetite e peso,
5. Queratite, osteíte, hepatite, SNC, meningite asséptica.
SÍFILIS SECUNDÁRIA
Fase Latente – resolução espontânea exantema e dos sintomas
doença subclínica mas não inativa, pode haver recaída
1º ano
Pode evoluir sem complicações
Sífilis Secundária
Sífilis Recente (secundária) – Fase exantemática
Roséolas palmares e plantares: lesões exantemáticas em pele do corpo,
acompanhadas dessas lesões em palmas de mãos e/ou plantas dos pés.
Sífilis
Sífilis
SÍFILIS TERCIÁRIA
 Os sinais e sintomas geralmente
ocorrem após 3 a 12 anos de infecção
com lesões cutâneo-mucosas,
neurológicas, cardiovasculares e
articulares.
Fase 3ª ou tardia
Tabes dorsal 25 a 30%
SNC com alterações neurônios, problemas psiquiátricos
cardiovasculares
Tumores (gomas) qualquer órgão
Neurovascular (pleiocitose, proteína, glicose no LCR.
Meningovascular  inflamação nervo craniano – surdez, alterações
visuais, aletrações medula espinhal com paralisia, dor coluna
Sintomas
Sífilis
Sífilis Adquirida Tardia
Pápula e nódulos no corpo devidos à sífilis terciária Lesão sifilítica de grau avançado
Sífilis
1. Osteogênica – deformações ósseas
1. Cardiovascular - comprometimento de valvas cardíacas (insuficiência e
estenose)
Sífilis
Neurosífilis
Meningite e paralisia de
nervos ou o
comprometimento de vasos
cerebrais, trombose ou
derrames cerebrais.
Neurosífilis
TC- atrofia e infarto no lobo E região parietal
Sífilis
Sífilis Congênita
• É consequente à infecção do feto pelo Treponema pallidum, por via
placentária. A transmissão faz-se no período fetal a partir de 4 a 5 meses
de gestação. Antes dessa fase, a membrana celular das vilosidades coriais
parece constituir obstáculo intransponível para o treponema. Após sua
passagem transplacentária, o treponema ganha os vasos do cordão
umbilical e se multiplica rapidamente em todo o organismo fetal. Pode ser
classificada como precoce e tardia.
Sífilis Congênita
• Sífilis congênita precoce - É aquela em que as manifestações
clínicas se apresentam logo após o nascimento ou pelo menos
durante os primeiros 2 anos. Assume diversos graus de gravidade,
sendo sua forma mais grave a sepse maciça com anemia intensa,
icterícia e hemorragia.
• Sífilis congênita tardia - É a denominação reservada para a sífilis
que se declara após o segundo ano de vida. Corresponde, em linhas
gerais, à sífilis terciária do adulto, por se caracterizar por lesões
gomosas ou de esclerose delimitada a um órgão ou a pequeno
número de órgãos: fronte olímpica, mandíbula curva, arco palatino
elevado, nariz em sela e tíbia em lâmina de sabre.
 10 a 15 semanas gestação – placenta
 cegueira, comprometimento SNC,
 deformações ósseas,
 fenda palatina,
 Óbito
 nascer assintomático
 Há infecção fetal via hematogênica, em geral a partir do
4º mês de gravidez.
Sífilis Congênita
Sífilis Congênita
Síndrome de Hutchinson= queratite intersticial, 8º nervo craniano, ausência de dente incisivo
Sífilis Congênita
Nariz, dentição e córnea afetados
Sífilis Congênita
Lesões bolhosas
Sífilis Congênita Precoce
.
Recém-nascido com sífilis:
recém-nascido com hepatoesplenomegalia, lesões cutâneo-mucosas, coriza
serosanguinolenta, icterícia.
Sífilis
Condiloma plano acinzentado
Sífilis Congênita
Rinite sífilis congênita Descamação perioral
Sífilis Congênita
Lesões bolhosas em pés Lesões palmares sífilis 2ª
Sífilis Congênita
Fenda palatina
Transmissão
Contato sexual,
Via placentária (sífilis congênita, o feto adquire na vida
intra-uterina),
Beijo, ou outro contato íntimo com uma lesão ativa (que
contenha a bactéria Treponema),
Transfusão de sangue ou derivado,
Inoculação acidental direta, por exemplo, em
profissionais da área da saúde (raro).
A grande maioria dos casos de transmissão ocorre por
relações sexuais desprotegidas (sem preservativos).
Sintomas
Período Incubação – média de 21 dias, podendo variar de 3
até 90 dias.
Fase primária - lesão clássica nos genitais, porta de entrada
do Treponema, chamada de cancro  bordas endurecidas e
profundas com o fundo macio e pouco dolorida ou
assintomática.
Fase secundária - após 4 a 8 semanas do surgimento do
cancro, podendo inclusive esta lesão, ainda, estar presente.
Maior quantidade de treponemas circulantes.
Sintomas:
1. mal-estar,
2. febre,
3. dor-de-cabeça,
4. dor-de-garganta,
5. perda de apetite e peso
6. ínguas (linfoadenomegalias) pelo corpo todo.
Sintomas
Fase terciária - inflamação progressiva e lenta (crônica) com
sintomas relacionados aos órgãos predominantemente
comprometidos.
1. neurosífilis - meningite e paralisia de nervos ou o
comprometimento de vasos cerebrais, trombose ou derrames
cerebrais.
2. osteogênica – deformações ósseas
3. cardiovascular - comprometimento de valvas cardíacas
(insuficiência e estenose)
Congênita – cegueira, comprometimento SNC, deformações
ósseas, fenda palatina
Diagnóstico
Laboratorial da Sífilis
Diagnóstico
Bacterioscopia
(Fontana)
Campo escuro
IFD
PCR
VDRL
FTA-ABS
IgG e IgM
ELISA
Agente Etiológico:
Causada pelo espiroqueta
Treponema pallidum
subespécie pallidum
Bactéria não cultivável
in vitro.
Sífilis – Diagnóstico colorações
Fontana - Tribondeaux = Impregnação pela prata
Imunidade humoral após infecção pelo T. pallidum
– produção de anticorpos como IgM, IgG, IgA e IgE.
 IgM - presente na sífilis recente, fase de latência.
 IgG - resposta secundária do hospedeiro ao
processo infeccioso.
Pode ser observada em todas as fases da doença.
Detectadas durante toda a vida do paciente.
Aspectos imunológicos da infecção sifilítica
 Após aparecimento do
cancro - Pesq Anticorpo:
- 5 a 10 dias positiva-se o
FTA-Abs;
- 10 a 20 dias positiva-se
o ELISA e TPHA;
- ao redor de 20 dias o
VDRL.
Diagnóstico Imunológico da Sífilis
 Fase primária – pesquisa direta do agente
Diagnóstico da sífilis
Pesquisa direta do agente etiológico
Material das lesões primárias e secundárias
suspeitas
 Cutâneo mucosa
 Biópsia
 Necrópsia
 Placenta
 Cordão umbilical
Diagnóstico da sífilis
Pesquisa direta do agente etiológico
Microscopia óptica em campo escuro: exame do
exsudato da lesão, observando a fresco o
espiroqueta.
Sensibilidade -74 a 86 %
Especificidade-até 97%
Desvantagem: requer treinamento adequado do
técnico para analisar a motilidade e a morfologia do
T. pallidum.
Diagnóstico da sífilis
 Pesquisa direta do agente etiológico
Imunofluorescência direta:
Ac anti-T.pallidum produzidos em coelhos e conjugados
à FITC, adicionado ao esfregaço do exsudato da lesão,
fixado em lâmina.
Sensibilidade-73-100%
Especificidade- 89-100%
Imunofluorescência direta:
FITC = Fluoresceína
Isotiocianato
Diagnóstico da sífilis
 Pesquisa direta do agente etiológico
Sensibilidade- irá variar de acordo com a
coleta das espécimes, condição da lesão,
tempo de evolução - carga bacteriana - se
tratamento específico anterior.
Diagnóstico da sífilis
 Pesquisa direta do agente etiológico
Estudo histológico
Diagnóstico da sífilis
 Pesquisa direta do agente
etiológico
PCR - testes para amplificação de
ácidos nucléicos com reação em
cadeia de polimerase
Sensibilidade-91%
Treponema pallidum é isolado a partir do ADN da amostra e,
em seguida, levada a cabo uma amplificação específica de
um fragmento do gene de T. pallidum TMPA por PCR. O
produto de PCR é, em seguida, identificados por eletroforese
em gel.
Diagnóstico da Sífilis
Detecção de anticorpos circulantes anti- T. pallidum
Testes sorológicos
 Testes não treponêmicos
Não são antígenos específicos.
Importantes para monitoramento do tratamento
e evolução da doença.
Ex: VDRL e RPR
 Testes treponêmicos
- Importantes para o diagnóstico da doença
- Aparecem mais precocemente e persistem
por vários anos- após tratamento.
Ex: FTA ABS; ELISA-QUIMIOL. e TPHA
Testes não Treponêmicos
VDRL (Veneral Disease Research Laboratory)
 RPR (Rapid Plasma Reagin)
Detectam anticorpos da classe IgG e IgM
Limitações
Reações falso-positivas- reações cruzadas: tuberculose,
hepatite, endocardite bacteriana, sarampo, varicela, flilariose,
Hansen,malária, lupus.
Reações falso-negativas → efeito de prozona- quantidade
em excesso de anticorpo anticardiolipina- inibi a floculação.
Necessidade de efetuar diluição.
Técnica Manual e de interpretação subjetiva
Testes não Treponêmicos
Reação de floculação VDRL
– Utiliza como Ag cardiolipina, colesterol e lecitina
Ag → Ac: forma grumos;
Toda amostra reagente no teste qualitativo
deve ser testada quantitativamente para
determinar o título de Acs.
Sífilis – Diagnóstico VDRL (floculação)
Reagente Não
Reagente
5ul
 RPR (Rapid Plasma Reagin)
Ag = Cardiolipina + lecitina + colesterol adsorvido sobre
partículas de carbão
Ac = soro do paciente
Sífilis – Diagnóstico – Teste Aglutinação
 RPR (Rapid Plasma Reagin)
Testes Treponêmicos
 Testes classicamente utilizados:
FTA-Abs (teste de imunofluorescência indireta);
TPHA (teste de hemaglutinação para T. pallidum);
ELISA (ensaioimuoenzimático) Quimioluminescência
Maior especificidade e sensibilidade quando
comparados aos testes não treponêmicos.
Testes Treponêmicos
FTA-Abs Baseia-se na técnica de imunofluorescência
indireta (IFI) humana. Os anticorpos anti treponema
presentes no soro ligam-se ao antigeno fixado na lâmina e
são revelados por uma antigamaglobulina humana
marcada com isotiocianato de fluoresceina
Sífilis – Diagnóstico FTA-ABS
Treponema
fluorescente
em
Microscópio
de fluorescência
Teste Treponêmico
ELISA – Emprega diferentes tipos de antígenos e conjugados
Quimioluninescência ( Anti-Trep ) é um ELISA
Possibilita a detecção de anticorpos específicos das classes
IgG e IgM
- Método ELISA
- Reagentes prontos para uso
- Fácil procedimento técnico
- Fácil leitura de resultados
- Realização de diversas amostras em uma única rotina
Leitura objetiva
VANTAGENS
→
Teste Treponêmico
ELISA – Emprega diferentes tipos de antígenos e conjugados
Testes Treponêmicos
 TPHA - Hemaglutinação indireta treponêmica.
Baseia-se na aglutinação dos Acs treponêmicos do
soro com hemácias de aves, previamente
sensibilizadas com Ag de T. pallidum.
Possibilidade de execução de
grande número de amostras e
facilidade de leitura visual
VANTAGENS →
Testes Treponêmicos TPHA
++ - -
Fases
Testes
Primária Secundária Latente Terciária
VDRL 78%
(74-87%)
100% 95%
(71-100%)
71%
(37-94%)
FTA 84%
(93-100%)
100% 100% 96%
TPHA 84%
(84-100%)
100% 100% 96%
Percentual de positividade nos testes em relação as
fases da doença
Fonte: Curso Básico de Vigilância Epidemiológica. MS, PNDST/AIDS, 2006.
ALGORITIMO CONVENCIONAL
Nota 1: Em caso de
suspeita clínica e/ou
epidemiológica de
infecção pelo TP,
solicitar nova coleta
de amostra após21
(30)dias.
Nota 2:Em caso de
suspeita clínica e/ou
epidemiológica de
infecção pelo TP,
solicitar nova coleta
de amostra em até21
(30)dias.
-Teste treponêmico
(qual/is)
indeterminado, se
possível realizar
FTA-Abs
VDRL
TPHA
ALGORITIMO ALTERNATIVO
Nota 1: Em caso de suspeita
clínica e/ou epidemiológica de
infecção pelo TP, solicitar
nova coleta de amostra
após21(30) dias.
Nota 2:Em caso de suspeita
clínica e/ou epidemiológica de
infecção pelo TP, solicitar
nova coleta de amostra em até
21(30) dias.
Nota 3: Pode se tratar de sífilis
latente ou recente, onde os
anticorpos anti-cardiolipina
estão indetectáveis. Investigar
história de tratamento anterior,
pois também pode indicar
infecção anterior.
-Teste treponêmico
indeterminado, se possível
realizar FTA-Abs
Anti-trep (quimiol.)
VDRL
TPHA
Interpretação da Sorologia
ELISA/ TPHA/
FTA-Abs
VDRL/RPR Interpretação
Ausência de infecção ou
período de incubação
Sífilis recente ou prévia
Sífilis primária ou
latente. Previamente
tratada ou não tratada
Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica
de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de
amostra em até21 dias
Falso positivo. Em caso de
suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção
pelo TP, solicitar nova coleta de amostra em
até21 dias
- -
+ +
+ -
- +
Interpretação Diagnóstica é...
Clínica + Epidemiologia + Resultado sorológico
Resultados laboratoriais fornecem subsídios aos
diagnósticos clínicos e epidemiológicos
Obrigada!!
institutohealth@gmail.com
anaucg@yahoo.com.br
www.facebook.com/institutohealth

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
TUBERCULOSE
TUBERCULOSETUBERCULOSE
TUBERCULOSE
 
Apresentação aids
Apresentação aidsApresentação aids
Apresentação aids
 
Tuberculose pulmonar
Tuberculose pulmonarTuberculose pulmonar
Tuberculose pulmonar
 
Tuberculose slide
Tuberculose slideTuberculose slide
Tuberculose slide
 
Investigação Epidemiológica de Casos, Surtos e Epidemias
Investigação Epidemiológica de Casos, Surtos e EpidemiasInvestigação Epidemiológica de Casos, Surtos e Epidemias
Investigação Epidemiológica de Casos, Surtos e Epidemias
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Apresenta..
Apresenta..Apresenta..
Apresenta..
 
HIV vs. AIDS
HIV vs. AIDSHIV vs. AIDS
HIV vs. AIDS
 
Política nacional de humanização
Política nacional de humanizaçãoPolítica nacional de humanização
Política nacional de humanização
 
7- HIV e aids.pptx
7- HIV e aids.pptx7- HIV e aids.pptx
7- HIV e aids.pptx
 
Apresentação TCC - Flores Guerreiras
Apresentação TCC  - Flores GuerreirasApresentação TCC  - Flores Guerreiras
Apresentação TCC - Flores Guerreiras
 
Política Nacional de Atenção Integral à SAÚDE do HOMEM
Política Nacional de Atenção Integral à SAÚDE do HOMEM Política Nacional de Atenção Integral à SAÚDE do HOMEM
Política Nacional de Atenção Integral à SAÚDE do HOMEM
 
Tratamento da tuberculose
Tratamento da tuberculoseTratamento da tuberculose
Tratamento da tuberculose
 
Caso clinico hanseníase
Caso clinico hanseníaseCaso clinico hanseníase
Caso clinico hanseníase
 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Doença Pulmonar Obstrutiva CrônicaDoença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
 
Aula tuberculose
Aula tuberculoseAula tuberculose
Aula tuberculose
 
COVID-19: a infecção respiratória causada pelo Coronavírus. Cartilha com dica...
COVID-19: a infecção respiratória causada pelo Coronavírus. Cartilha com dica...COVID-19: a infecção respiratória causada pelo Coronavírus. Cartilha com dica...
COVID-19: a infecção respiratória causada pelo Coronavírus. Cartilha com dica...
 

Destaque

Trab Pronto D Tuberculose
Trab Pronto D TuberculoseTrab Pronto D Tuberculose
Trab Pronto D TuberculoseITPAC PORTO
 
Aula de hanseníase
Aula de hanseníaseAula de hanseníase
Aula de hanseníaseIsmael Costa
 
Tuberculose (trabalho/apresentação ppt) - Ana Margarida Pinto
Tuberculose (trabalho/apresentação ppt) - Ana Margarida PintoTuberculose (trabalho/apresentação ppt) - Ana Margarida Pinto
Tuberculose (trabalho/apresentação ppt) - Ana Margarida PintoAMLDRP
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dotsDessa Reis
 
Seminário de manejo clínico da tuberculose
Seminário de manejo clínico da tuberculoseSeminário de manejo clínico da tuberculose
Seminário de manejo clínico da tuberculoseProfessor Robson
 
Tuberculose pulmonar
Tuberculose pulmonarTuberculose pulmonar
Tuberculose pulmonarErick Bragato
 
Hanseníase do conceito ao tratamento SLIDS
Hanseníase do conceito ao tratamento SLIDSHanseníase do conceito ao tratamento SLIDS
Hanseníase do conceito ao tratamento SLIDSsara moura
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dotsCms Nunes
 

Destaque (18)

Tuberculose Aula
Tuberculose   AulaTuberculose   Aula
Tuberculose Aula
 
Trab Pronto D Tuberculose
Trab Pronto D TuberculoseTrab Pronto D Tuberculose
Trab Pronto D Tuberculose
 
Hanseniase
HanseniaseHanseniase
Hanseniase
 
Tuberculose - 12ºano Biologia
Tuberculose - 12ºano BiologiaTuberculose - 12ºano Biologia
Tuberculose - 12ºano Biologia
 
Aula de hanseníase
Aula de hanseníaseAula de hanseníase
Aula de hanseníase
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Tuberculose (trabalho/apresentação ppt) - Ana Margarida Pinto
Tuberculose (trabalho/apresentação ppt) - Ana Margarida PintoTuberculose (trabalho/apresentação ppt) - Ana Margarida Pinto
Tuberculose (trabalho/apresentação ppt) - Ana Margarida Pinto
 
Hanseniase slide
Hanseniase   slideHanseniase   slide
Hanseniase slide
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dots
 
Seminário de manejo clínico da tuberculose
Seminário de manejo clínico da tuberculoseSeminário de manejo clínico da tuberculose
Seminário de manejo clínico da tuberculose
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Tuberculose pulmonar
Tuberculose pulmonarTuberculose pulmonar
Tuberculose pulmonar
 
Hanseníase do conceito ao tratamento SLIDS
Hanseníase do conceito ao tratamento SLIDSHanseníase do conceito ao tratamento SLIDS
Hanseníase do conceito ao tratamento SLIDS
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dots
 
Hanseníase
HanseníaseHanseníase
Hanseníase
 
Hanseníase
HanseníaseHanseníase
Hanseníase
 
Kaio
KaioKaio
Kaio
 

Semelhante a Diagnóstico da Tuberculose

Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesMycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesRenato Varges - UFF
 
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.pptTUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.pptomer30297
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoFlávia Salame
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoFlávia Salame
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Flávia Salame
 
Pne 2 - Tuberculose_ Micoses Pulmonares.pdf
Pne 2 - Tuberculose_ Micoses Pulmonares.pdfPne 2 - Tuberculose_ Micoses Pulmonares.pdf
Pne 2 - Tuberculose_ Micoses Pulmonares.pdfNielsonFrota
 
Aula em slides de Tuberculose 2023 v.2.pdf
Aula em slides de Tuberculose 2023 v.2.pdfAula em slides de Tuberculose 2023 v.2.pdf
Aula em slides de Tuberculose 2023 v.2.pdfJosiasLuna3
 
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosaMicobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosaEuripedes A Barbosa
 
Informativo sobre tuberculose 2011
Informativo sobre tuberculose   2011Informativo sobre tuberculose   2011
Informativo sobre tuberculose 2011cipasap
 
Aprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserhAprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserhIsmael Costa
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dotsDessa Reis
 
1degplano_de_ensino_parasitologia_e_microbiologia.pdf
1degplano_de_ensino_parasitologia_e_microbiologia.pdf1degplano_de_ensino_parasitologia_e_microbiologia.pdf
1degplano_de_ensino_parasitologia_e_microbiologia.pdfGabrielOliveiraSilva12
 
Apostila microbiologia i
Apostila microbiologia iApostila microbiologia i
Apostila microbiologia iFredericoMMN
 
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdfFlaviaAlves91
 
Aprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirioAprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirioIsmael Costa
 
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasosMônica Firmida
 

Semelhante a Diagnóstico da Tuberculose (20)

Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesMycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
 
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.pptTUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
 
Aula 1_Tuberculose.pdf
Aula 1_Tuberculose.pdfAula 1_Tuberculose.pdf
Aula 1_Tuberculose.pdf
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01
 
Pne 2 - Tuberculose_ Micoses Pulmonares.pdf
Pne 2 - Tuberculose_ Micoses Pulmonares.pdfPne 2 - Tuberculose_ Micoses Pulmonares.pdf
Pne 2 - Tuberculose_ Micoses Pulmonares.pdf
 
Tuberculose
Tuberculose  Tuberculose
Tuberculose
 
Aula em slides de Tuberculose 2023 v.2.pdf
Aula em slides de Tuberculose 2023 v.2.pdfAula em slides de Tuberculose 2023 v.2.pdf
Aula em slides de Tuberculose 2023 v.2.pdf
 
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosaMicobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Informativo sobre tuberculose 2011
Informativo sobre tuberculose   2011Informativo sobre tuberculose   2011
Informativo sobre tuberculose 2011
 
Aprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserhAprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserh
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dots
 
1degplano_de_ensino_parasitologia_e_microbiologia.pdf
1degplano_de_ensino_parasitologia_e_microbiologia.pdf1degplano_de_ensino_parasitologia_e_microbiologia.pdf
1degplano_de_ensino_parasitologia_e_microbiologia.pdf
 
Apostila microbiologia i
Apostila microbiologia iApostila microbiologia i
Apostila microbiologia i
 
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
 
Aprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirioAprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirio
 
Capacitação dos ACS sobre Tb em Santa Maria - RS
Capacitação dos ACS sobre Tb em Santa Maria - RSCapacitação dos ACS sobre Tb em Santa Maria - RS
Capacitação dos ACS sobre Tb em Santa Maria - RS
 
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
 

Último

INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 

Último (7)

INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 

Diagnóstico da Tuberculose

  • 1. Diagnóstico da Tuberculose Profª Ana Claudia Camargo Campos Doutora em Microbiologia IPTSP/UFG
  • 2.
  • 3. Epidemiologia  Tuberculose é, atualmente, a doença que mais mata as pessoas que vivem com HIV. A doença foi declarada prioridade global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1993.  Até a sua vinculação com a AIDS, a tuberculose era uma doença que não interessava à indústria farmacêutica em geral, por não se tratar de uma doença rentável, uma vez que afeta mais a população pobre.  Em termos do investimento público, o Brasil aumentou em 14 vezes o orçamento para a tuberculose nos últimos dez anos.
  • 4. Epidemiologia •  Sistema Único de Saúde (SUS), onde recebe o tratamento gratuito. Os medicamentos para tuberculose não estão disponíveis nas farmácias.  Enquanto a mortalidade por tuberculose no mundo é 25 mortes por 100 mil habitantes, o índice no Brasil é 2,4 mortes na mesma proporção.  É uma doença antiga, com métodos diagnósticos e terapêuticos desenvolvidos há mais de 100 anos
  • 5.  A doença está associada também a concentração demográfica, o tabagismo, drogas e aos hábitos alimentares.  Um dos grandes desafios é o abandono do tratamento  Pesquisa feita em 2012 verificou que metade da população desconhece a tuberculose e acredita que se trata de uma doença do século passado, que afetava somente os poetas e boêmios Epidemiologia http://agenciabrasil.ebc.com.br Março/2014.
  • 6.  Segundo a OMS, em relação aos casos chamados de co-epidemia, que são as pessoas que sofrem de tuberculose e têm o HIV. Menos de 60% recebem os medicamentos necessários.  Objetivo de tratar a doença até 2015 é atendendo aos 3 milhões de doentes sem acesso aos medicamentos que não recebem tratamento. http://agenciabrasil.ebc.com.br Março/2014. Epidemiologia
  • 7. Brasil e Moçambique  Em todo o mundo, 22 países concentram cerca de 80% dos casos de tuberculose. Das nações de língua portuguesa, fazem parte desta lista Brasil e Moçambique.  O relatório calcula que aproximadamente 450 mil pacientes têm o tipo de tuberculose resistente. A maioria está na China, na Índia e na Rússia.
  • 8.  O Brasil ocupa o 16º lugar no ranking de países campeões em casos de tuberculose. Ano passado foram registradas 71.123 novas infecções, com coeficiente de incidência de 35,4 pacientes para cada 100 mil habitantes.  O Amazonas é o Estado que registra maior taxa do país: 70, 6 casos por 100 mil habitantes, seguido pelo Rio (com 61, 7 casos por 100 mil) e Mato Grosso ( 50, 6 pacientes por 100 mil). Em 2012, foram 4.406 mortes, o que representa uma taxa de 2,3 mortes por 100 mil.  Para tentar reduzir essa marca, o governo passa, a partir desta semana a distribuir 50 equipamentos de teste rápido para diagnosticar a doença. Edgard Júnior Da Rádio ONU, em Nova York 23/10/2013
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 25. PROPRIEDADES GERAIS  aeróbias estritas, fracamente Gram+, intracelulares  bacilos, sem flagelos, não formam esporos  não produzem toxinas e não possuem cápsula  BAAR (BACILO ÁLCOOL ÁCIDO RESISTENTE)  parede celular retém fucsina básica,  contém ácido micólico em sua superfície
  • 27. Espécies de Mycobacterium: patogenia ao homem Patogênica Patogênicas em potencial Saprófitas M. tubercusosis M. kansasii M. gordonae M. bovis M. marinum M. flavenscens M. africanum M. avium M. gastri M. caprae M. microti M. paratuberculosis M. chelonae M. nonchromogeicum M. thermoresistible M. pinnipeddi M. simiae M. triviale M. scrofulaceum M. phlei M. azulgai M. smegmatis M. leprae M. ammoense M. vaccae M. abscessus M. massiliense Complexo M tuberculosis - MTC Bacteria; Actinobacteria; Actinobacteria (class); Actinobacteridae; Actinomycetales; Corynebacterineae
  • 28. Espécies de relevância médica - Mycobacterium tuberculosis Tuberculose no homem - Mycobacterium bovis Tuberculose em bovinos - Mycobacterium avium Tuberculose-like em Pacientes com AIDS - Mycobacterium leprae Hanseníase
  • 29. Exposição Sem infecção 85% a 90% Infecção 10% a 15% Primária TB 5% HIV 40% Latência 95% (PPD +) Reativação 10% a 15% Em toda a vida Reativação 5% ao ano
  • 30. Patogenia do M. tuberculosis
  • 31. Patogenia do M. tuberculosis
  • 32. Pulmão saudável Pulmão infectado Lesão característica = tubérculo pulmonar
  • 33.  Diagnosticar um doente tuberculoso, particularmente um bacilífero (doente que, ao tossir, elimina bacilos no ar ambiente), e tratá-lo corretamente, curando-o, é eliminar uma fonte de infecção.  Quanto mais precoce o diagnóstico menor a chance de disseminação da doença que deve ser submetido ao exame direto do escarro, buscando identificar o bacilo álcool ácido resistente.  Evitar contatos de doentes tuberculosos sem o tratamento. Profilaxia
  • 34. Características fenotípas conferida em parte pela parede das Micobactérias  Resistência ao ambiente seco  Pouca resistência aos agentes físicos (calor, luz)  Resistência aos agentes químicos variável: Fenóis, iodo, álcool e gluteraldeídos são ativos. Mercúrio, bisfenol, amônia quaternária não tem atividade. Clorohexidina e cloro baixa atividade.  Resistentes a muitas classes de antibióticos usuais
  • 35.  Quadro clínico arrastado de febre baixa, geralmente vespertina, sudorese noturna, indisposição, adinamia e perda de peso. Dependendo da localização da doença, podem surgir outros sinais e sintomas.  Quando a lesão é pulmonar, pode haver tosse produtiva e sangramento respiratório. Nas formas extrapulmonares, os sinais e os sintomas dependerão do órgão afetado. Sintomatologia
  • 36. Sinais clínicos e sintomas: Tosse, perda de peso, febre vespertina, sudorese noturna.
  • 37. Formas Clínicas da tuberculose:  Pulmonar  Tuberculose extra pulmonar (TEP)  Pleural  Ganglionar  Renal  Miliar  Óssea  Ganglionar  Oftálmica  Cutânea  Genital  Intestinal  Outras
  • 38. DIAGNÓSTICO TB Globalmente, os métodos diagnósticos dividem-se em bacteriológicos, histopatológicos, imunológicos e radiológico.  Os bacteriológicos compreendem, classicamente, exame direto (BAAR) e cultura.
  • 39.  Bacilo Álcool Ácido Resistente (BAAR) No primeiro, o material da lesão é corado com uma técnica específica (coloração de Ziehl-Neelsen), que permite identificar o BK como uma micobactéria.  É um método simples, rápido e de baixo custo, que prescinde de laboratório sofisticado. No entanto, só é positivo quando há grande número de bactérias no material examinado; pelo menos 5.000 bacilos por mililitro.  Assim, apenas cerca de 50 a 70% dos doentes com lesão pulmonar são positivos à baciloscopia. Diagnósticos tradicionais
  • 40. Coloração: Ziehl Neelsen Observar ~ 300 campos (200 – 400 X) Sensibilidade da técnica de esfregaço: 104 céls/mL Negativo, ausência de BAAR no esfregaço + <1 bacilo por campo em 100 campos ++ 1 – 10 bacilos por campo em 50 campos +++ > 10 bacilos por campo em 20 campos Falso positivos: Nocardia, Legionella e Rhodococcus
  • 43.  Cultura  A cultura, por sua vez, permite identificar o bacilo como o Mycobacterium tuberculosis e requer menor número de bacilos no material examinado para ser positiva.  Além de identificar a espécie da micobactéria, permite, também, testar sua sensibilidade aos quimioterápicos, mas requer maior sofisticação laboratorial que a baciloscopia e, pelo menos, 45 dias para o resultado. Cultura – Meio Lowenstein-Jensen / 37°C Diagnósticos tradicionais
  • 44. Características fenotípas (identificação de espécie) - Tempo de crescimento (meio Lowestein-Jansen) - Temperatura - Fotoreatividade: fotocromógenos, escotocromógenos e não cromogênicos (M. tuberculosis)
  • 45. Características fenotípas (identificação de espécie) Identificação bioquímica:  Acúmulo de niacina: maioria dos M. tuberculosis + cloramina + tiocianato de potássio acidificado = cloreto de cianogênio + ácido p-aminosalicílico + niacina = coloração amarela  Redução do nitrato: M. tuberculosis +  Catalase termolábil (68oC): maioria das espécies +, M. tuberculosis -
  • 46. Características fenotípas (identificação de espécie) Testes inibitórios - Ácido p-nitrobenzóico (PNB-500 g/mL) inibe crescimento (S) das micobactérias do complexo tuberculose. - TCH (hidrazina do ácido tiofeno) distingue M. tuberculosis, que é resistente, do restante do complexo tuberculosis que são sensíveis. - Pirazinamida (PZA-100 g/mL) separa M. bovis e M. bovis BCG, que são resistentes de M. tuberculosis que é sensível.
  • 47. Espécie Produção de pigmento Tempo de crescimento < 7 dias PNB TCH EMB PZA CS OFLO MC NaCL ESCOTO FOTO M. tuberculosis - - - - + - - - - M. bovis - - - - - - + - M. bovis BCG - - - - - - + + M. kansasii - + - V + - - - - M. marinum - + V V - - M. sxulgai + - - + + - + + - M. gordonae + - - + + - + - - M. scrofulaceum + - - + + - - - M. flavescens + - V + + - + - + Complexo M. avium - - - + + + + - + - M. fortuitum - - + + + + + + - + + M. chelonae - - + + + + + + + + - Fonte: Manual de bacteriologia da Tuberculose. Centro de Referência Hélio Fraga, FNS
  • 48. Alternativas: o BACTEC® 460TB, que detecta CO2 radiomarcado liberado no meio pela replicação bacteriana (Baseia-se na produção de dióxido de carbono radioactivo marcado com 14C por parte das micobactérias em desenvolvimento, o que se manifesta por um aumento do índice de crescimento no sistema). 1º método padronizado automatizado para diagnóstico de micobactérias. •Detection - in as little as 4-8 days. •Differentiation - in as little as 3-6 days. •Susceptibility - in as little as 4-12 days. •isoniazid, rifampin, streptomycin, ethambutol and PZA Diagnósticos modernos
  • 49. Alternativas:  Tubo indicador de crescimento bacteriano (MGIT) é utilizado como um procedimento qualitativo rápido para o teste da susceptibilidade do Mycobacterium tuberculosis em cultura, à estreptomicina, isoniazida, rifampicina e etambutol O teste baseia-se no crescimento de isolados de Mycobacterium tuberculosis num tubo contendo fármaco, que é comparado com um tubo isento de fármaco instrumento BACTEC MGIT monitoriza os tubos relativamente a um aumento da fluorescência. A rápida detecção destas estirpes R é essencial para um tratamento eficaz do doente. Diagnósticos modernos
  • 50. Alternativas:  Reação em cadeia da polimerase (PCR). Ele envolve a amplificação do DNA do BK e suas sensibilidade e especifidade superam os 90%. Atualmente, há dois métodos comerciais disponíveis aprovados para a pesquisa direta do BK, que usam a técnica NAA: o teste amplificado direto (AMTD) O primeiro utiliza uma sonda de DNA o Amplicor™. e o segundo é uma reação colorimétrica. Ambos têm altas sensibilidade e especificidade em material positivo, mas baixos valores quando empregados em escarros negativos e em material extrapulmonar; justamente as situações nas quais eles seriam mais necessários. Diagnósticos modernos
  • 51. + BAAR 88% and specificity of 98% . - BAAR Sensibility 87% and specificity 98% 16,86 dólares passou a custar US$ 9,98 dólares Custo Equip: $17.000,00
  • 52. PCR em tempo real, baseada na hibridização dos ácidos nucléicos amplificados com sondas fluorescentes, que têm como alvo regiões específicas de interesse do DNA, monitorada em cicladores térmicos. A fluorescência aumenta na razão direta da quantidade do produto amplificado. Sua sensibilidade e sua especificidade são próximas a 100% e os resultados são conhecidos em 1,5 a 2 horas após a extração do DNA.
  • 53. Tuberculose pulmonar com ou sem tosse produtiva - exame direto negativo  PCR de lavado broncoalveolar - positivo BK em material não-pulmonar (líquido pleural, ascítico, pericárdico ou cérebro-espinhal; urina e exudato de linfonodo),  PCR detecção de 100% e a (S) 93-94%, mais rápido que a cultura e permitir a identificação da espécie. Superiores a dos métodos convencionais (exame direto e cultura)
  • 54. É possível fazer diagnóstico baseado na resposta do hospedeiro? Inicialmente, tentou-se usar antígenos parcialmente purificados mas com baixa especificidade. Passou a usar antígenos altamente purificados ou recombinantes, a especificidade aumentou, mas a sensibilidade diminuiu. O grau da resposta humoral à tuberculose é heterogêneo, fazendo com que passasse a ser proposto o emprego de misturas de múltiplos antígenos do M. tuberculosis. Até o momento nenhum dos testes sorológicos mostrou-se preditivo o suficiente para ser usado rotineiramente.
  • 55. O exame histopatológico permite identificar a lesão granulomatosa, a necrose de caseificação e outras apresentações da lesão tecidual causada pelo BK. patognomônica da tuberculose Granulomatoses, sarcoidose e micose lesão granulomatosa é tuberculosa, identificar o BK em seu interior. Tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR).
  • 56. Qual o valor diagnóstico da prova tuberculínica? A prova tuberculínica (PPD) indica se o organismo foi infectado pelo BK. Embora não permita distinguir entre infecção e doença tuberculosa, em algumas situações, como na criança, ajuda na definição diagnóstica. Em áreas onde a vacinação BCG é feita rotineiramente, sua interpretação pode ser prejudicada. Seu valor diagnóstico é maior em pessoas não vacinadas com BCG ou naquelas vacinadas há longa data, já que a memória linfócitária diminui com o tempo.
  • 57. Qual o valor diagnóstico da prova tuberculínica? A tuberculina utilizada no Brasil (PPD-Rt23) é aplicada segundo técnica e material preconizados pela OMS, por via intradérmica, na parte anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1ml equivalente a 2UT (unidade tuberculínica). A leitura da prova tuberculínica é realizada de 72 a 96 horas após a aplicação, devendo-se medir o diâmetro transverso da área endurecida no local da aplicação em milímetros, desprezando-se o eritema circundante.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 67. Strongly positive Mantoux test in a patient with active tuberculosis. Intradermal injection of M. tuberculosis antigen has induced a florid type IV hypersensitivity reaction with some blistering.
  • 68.
  • 69. Com base nessa medida, o indivíduo é classificado como: - “Não-reator”, se o tamanho da área endurecida estiver entre 0 e 4mm; - Reator fraco, se estiver entre 5 e 9mm - Reator forte se o diâmetro for igual ou superior a 10mm.
  • 70. - Ser “não-reator” pode ser interpretado como não infectado pelo BK, anérgico ou infectado há longo período de tempo, quando já teria sido perdida a “memória imunológica”. - Reação fraca pode representar infecção pelo BK ou por micobactérias não tuberculosas, ou vacinação com BCG. - Reator forte tanto pode espelhar infecção tuberculosa ou vacinação com BCG recentes, como doença em atividade.
  • 71. Nos infectados pelo HIV, uma medida >5mm é considerado reatora. Diversos fatores, como neoplasias (principalmente linfoma de Hodgkin), tuberculose disseminada, derrame pleural tuberculoso, meningoencefalite tuberculosa, sarcoidose, viroses (sarampo, febre amarela), amiloidose, hipotiroidismo, lepra lepromatosa, AIDS, desnutrição, uso de corticosteróides, citostáticos e vacinas virais (sarampo, pólio, febre amarela), uso de contraceptivos orais, entre outros... podem ser causa de diminuição da reação ao PPD.
  • 72. O diagnóstico da infecção latente é importante? Devido à vacinação em massa com BCG, o PPD tem sensibilidade e especificidade limitadas. O conhecimento sobre o papel do linfócito T e do interferon- gama (IFN-γ) na patogenia da tuberculose levou ao desenvolvimento de um teste in vitro para detectar a infecção tuberculosa, o ELISPOT. Se baseia no uso de antígenos do BK não presentes no BCG, nem na maior parte das outras micobactérias, não é afetado pela vacinação BCG, o que o torna mais acurado que o PPD.
  • 73. As células T sensibilizadas por antígenos tuberculosos produzirão IFN-γ, quando forem novamente expostas aos antígenos. Os kits de IFN-γ usados atualmente usam antígenos específicos do BK, tais como o ESAT6 e o CFP10, mais específicos que o PPD, já que esses antígenos não existem no BCG e na maior parte das demais micobactérias.
  • 74. Como fazer o diagnóstico das formas pulmonares da tuberculose?  O exame direto e a cultura para BK  As pessoas com sinais/sintomas compatíveis com tuberculose, que nunca foram tratadas e que não têm história de contato com doentes com formas resistentes, BAAR + é suficiente para selar o diagnóstico e iniciar o tratamento.  Possibilidade de o agente etiológico não ser o M. tuberculosis e sim uma outra micobactéria  Na presença de sintomas sugestivos da doença, mas com baciloscopia negativa, há indicação de cultura e exame radiológico do tórax.
  • 75. O que fazer quando há suspeita clínica e radiológica de tuberculose pulmonar e o indivíduo não consegue fornecer escarro para exame bacteriológico?  Lançar mão do escarro induzido ou da broncoscopia.  O rendimento de ambos os métodos é equivalente, tornando desnecessária a realização da broncoscopia na maior parte dos casos.  Ou a tomografia computadorizada do tórax. Determinadas características das imagens são muito sugestivas de tuberculose.
  • 76. Como fazer o diagnóstico das formas extrapulmonares da tuberculose? A cultura e os exames histopatológico e radiográfico tenham papel de destaque. O aspecto histopatológico clássico é o granuloma que, na tuberculose, tem a característica da necrose de caseificação. Nos indivíduos infectados pelo HIV pode não haver a formação do granuloma, em função do comprometimento imune. Na investigação etiológica do derrame pleural, após o estudo radiológico do tórax, deve-se fazer, sempre que possível, a toracocentese com biópsia pleural.
  • 77. Como fazer o diagnóstico das formas extrapulmonares da tuberculose? . Na tuberculose pleuropulmonar, geralmente o derrame é unilateral e seu volume vai de pequeno a grande. O fragmento pleural revela a presença de granuloma na maior parte (>80%) dos casos. O líquido pleural é um exsudato amarelo citrino, mas pode ter aspecto sero- hemorrágico. A baciloscopia do líquido pleural é, geralmente, negativa e a cultura para BK no líquido pleural costuma ser positiva em apenas cerca de 15% dos casos. A determinação da atividade da ADA atividade da adenosina desaminase é um excelente método auxiliar do diagnóstico; valores acima de 30U/l têm sensibilidade e especificidade em torno de 90%. Se associada à idade do doente (menos que 45 anos), à concentração de proteínas (maior que 4mg/ml).
  • 78. Como fazer o diagnóstico das formas extrapulmonares da tuberculose? A tuberculose ganglionar é a segunda forma mais comum de tuberculose extrapulmonar e compromete, principalmente, a cadeia cervical. Deve- se obter material do gânglio afetado para o exame bacteriológico e histopatológico, seja por biópsia ou por punção aspirativa. Este último método, que tem rendimento semelhante ao da biópsia, é menos invasivo e pode ser realizado em ambulatório. O achado do granuloma específico ou do BK sela o diagnóstico. Disúria e poliúria são os achados clínicos mais frequentes na tuberculose do aparelho urinário. Nas formas mais avançadas, pode haver dor lombar. O exame da urina pode mostrar desde poucos leucócitos até piúria maciça em urina ácida, com cultura negativa para germes inespecíficos e hematúria.
  • 79. Como fazer o diagnóstico das formas extrapulmonares da tuberculose? A baciloscopia da urina é normalmente negativa. A cultura de urina no meio de Lowenstein Jensen é o exame mais importante para o diagnóstico. Sua positividade depende do tamanho da população de germes. A tomografia computadorizada e a citoscopia podem ser úteis no diagnóstico. Dor e aumento do volume articular são os achados mais frequentes na tuberculose óssea, podendo evoluir para impotência funcional. O exame radiológico fornece informações úteis para o diagnóstico. Nas formas iniciais, podem ser vistos sinais de osteoporose, distensão capsular e aumento de partes moles.
  • 80. Como fazer o diagnóstico da forma meningoencefálica da tuberculose? Processo inflamatório que se desenvolve na córtex ou nas meninges. O início dos sintomas é insidioso, exceto em crianças pequenas, quando a doença parece assumir característica aguda. Em geral, incluem febre, anorexia, adinamia, cefaléia, alterações de comportamento, diminuição do nível de consciência e confusão mental. Nas formas mais graves, podem surgir convulsões, vômitos, alterações visuais e da fala. O comprometimento progressivo e difuso do SNC pode levar à hipertensão intracraniana, à decorticação e à descerebração. O exame do líquido cefaloraquidia no (LCR) é fundamental. Na meningoencefalite tuberculosa é comum observar-se pleocitose, predomínio de linfomononucleares, embora possa haver neutrófilos em maior número no início da doença, proteína alta e glicose baixa.
  • 81. Como fazer o diagnóstico da forma meningoencefálica da tuberculose? A bacterioscopia geralmente é negativa e a cultura, embora mais sensível, não costuma ser positiva em mais do que 15% dos casos. Além disso, o longo tempo necessário para saber seu resultado faz com que ela não seja usada para o início do esquema terapêutico. Técnicas de lise centrifugação do material, realizadas previamente à cultura, permitem rendimento maior do método. A determinação da atividade da ADA, embora tenha acurácia menor do que na tubérculos e pleural, é um exame importante no diagnóstico diferencial com as outras etiologias da menigoencefalite linfomonocitária. Outras testes, como a pesquisa de antígenos do bacilo e de anticorpos, mostram resultados ainda pouco promissores. A tomografia computadorizada pode mostrar sinais de pequenos infartos, devidos a tromboses vasculares pelo processo inflamatório.
  • 83. Definição: “ É uma doença infecto-contagiosa, sistêmica, provocada por um bacilo (bacilo de Hansen).É de evolução lenta e se manifesta por sinais e sintomas dermatoneurológicos”
  • 84. Agente Etiológico  A Hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, que é um parasita intracelular com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos (células de Schwann), onde se multiplica (11 – 16 dias).  O M. leprae tem alta infectividade e baixa patogenicidade
  • 85. Transmissão  Vias aéreas  Contato com feridas abertas de doentes não tratados Apenas 10% das pessoas não são resistentes. Após a inalação:  Destruição  Defesa  Disseminação  As manifestações clínicas dependem das condições imunológicas do hospedeiro Período de Incubação : 2 a 7 anos
  • 86. Índia, Brasil, Indonésia, Bangladesh e Nigéria,
  • 87. A hanseníase no mundo - 2002 País Prevalência (casos por 10.000) Detecção de casos novos (casos por 100.000) India 384.240 (3,8) 559.938 (55,2) Brasil 77.676 (4,6) 41.070 (24.,1) Myanmar 10.389 (2,3) 10.286 (22,1) Madagascar 8.662 ( 5,4) 8.445 (53,0) Nepal 7.984 (3,4) 8.020 (34,4) Moçambique 7.834 (4,0) 6.617 (33,6) TOTAL 496.785 (3,9) 634.376 (49,2) Fonte: Relevé Epidemiologique Hebdomadaire, nº 1,4 Janvier 2002 1/5
  • 89. Exercem influencia no adoecimento:  fatores ligados ao bacilo (exposição e quantidade),  fatores ligados ao doente (resposta imunológica frente ao bacilo)  fatores ambientais (condições sócioeconômicas, populacionais e sanitárias).
  • 90.
  • 91. Formas Clínicas  Formas Paucibacilares (não contagiosa) 1. Hanseníase Indeterminada 2. Hanseníase Tuberculóide  Formas Multibacilares (contagiosas) 1. Hanseníase Virchowiana 2. Hanseníase Dimorfa As classificações adotadas para as formas clínicas da hanseníase, a de Madri, a de Ridley & Jopling e a da OMS, podem ser correlacionadas
  • 92. Hanseníase Indeterminada  É a forma inicial da doença, caracterizada por área circunscrita hipoestésica ou mancha, em torno de uma até cinco, hipocrômica ou com periferia eritematosa, com diminuição das sensibilidades térmica e dolorosa, da sudorese e dos pêlos.
  • 93. Hanseníase Indeterminada  Máculas circunscritas hipocrômicas (braços, nádegas, coxa e tronco)  Anestesia  Aumento da sudorese  Curável
  • 94.  Não há comprometimento de tronco nervoso.  As baciloscopias de pele não revelam bacilos, portanto, é forma paucibacilar e não-contagiante  A hanseníase indeterminada pode evoluir com cura espontânea, desenvolver-se lentamente, ou, ainda, involuir, ressurgindo, tardiamente, com características clínicas definidas, dentro do aspecto da doença, de acordo com sua capacidade de resposta imune ao M.leprae.
  • 95.
  • 96. Hanseníase Tuberculoide  Representa a forma de forte resposta imune celular, ou seja, os macrófagos e linfócitos organizam-se em granulomas, localizando a doença e determinando a morte bacilar.
  • 97.  Lesões em placa (elevadas e totalmente preenchidas)  borda papulosa,  limites bem nítidos,  eritêmato-acastanhadas,  alterações da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, ausência de suor e rarefação de pêlos.
  • 98. . Aparece de forma assimétrica com poucas lesões. As baciloscopias de pele não revelam bacilos, portanto, é forma paucibacilar. Pode comprometer troncos nervosos, evidenciado por espessamento e, às vezes, dor ou choque.
  • 99.
  • 100. Hanseníase Tuberculóide  Lesões avermelhadas, assimétricas e circunscritas.  Sensibilidade abolida  Alopécia  É estável, benigna com bom prognóstico
  • 101.
  • 102. •A resposta imune ao M. leprae, através da intradermorreação de Mitsuda, observa-se uma reação fortemente positiva, sempre maior que 5 mm, atingido até 8 a 15 mm de diâmetro, frequentemente com ulceração central. •A baciloscopia, via de regra, é negativa; em alguns casos, encontram-se raros bacilos na histopatologia de cortes de pele paucibacilares, observando-se infiltração de células epitelióides, gigantócitos circundados por linfócitos, na periferia, constituindo granuloma bem definido, que invade a derme e, por vezes, a epiderme, além de comprometer filetes nervosos, e anexos cutâneos, como glândulas sudoríparas e aparelho pilossebáceo.
  • 103. Hanseníase Virchowiana Representa a forma de fraca resposta imune celular.
  • 104.  Manchas hipocrômicas tornam-se infiltradas por macrófagos repletos de bacilos, formando as pápulas,  Placas e nódulos (hansenomas),  Eritêmato-ferruginosas, mal delimitadas,  Diminuição das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil.
  • 105.
  • 106.
  • 107.  A disseminação difusa na pele determina: - queda do terço externo da sobrancelha(madarose), - congestão nasal, - diminuição da sudorese, - rarefação dos pêlos, - comprometimento de mucosas, ossos, olhos e nervos periféricos.  As baciloscopias de pele são positivas, sendo a forma contagiante, multibacilar
  • 108. •De início insidioso e progressão lenta. A progressão da doença resulta em acentuação do eritema e infiltração, pele luzidia, com poros dilatados, tipo “casca de laranja”, e sobre estas áreas se sobrepõem pápulas, nódulos e tubérculos, fácies leonina. •Comprometimento de antebraços, dorso das mãos e extremidades, tanto dos membros superiores, como dos inferiores, observando-se articulações e dígitos edemaciados. •Lesão troncos nervosos com perda da função, atrofia muscular, paralisias, deformidades e contraturas. •Além de perfuração septal e desabamento Nasal.
  • 109.
  • 110. Hanseníase Virchowiana  Extremamente contagiosa  O bacilo vai se localizar em regiões mais frias  Máculas e nódulos  Lesões assimétricas no tronco e na face (facies leonina)
  • 111. Manifestações neurológicas  Diminuição da sensibilidade local  Sensação de anestesia (dolorosa e térmica) O comprometimento dos nervos provoca:  Diminuição da força muscular  Atrofia e contratura dos pés e mãos (inclusive dedos)  Ressecamento dos olhos  Lesões de mucosas
  • 112. Sinais e Sintomas Neurológicos Lesões no nervos periféricos.  Dor e espessamento dos nervos periféricos  Perda de sensibilidade (principalmente olhos, mãos e pés)  Perda de força muscular (principalmente pálpebras, MMSS e MMII)
  • 113. Hanseníase Virchowiana  Comprometimento dos ns. Periféricos  Ulcerações  Mãos em garras  Auto-amputação  Olhos: Logoftalmo, Ectrópio e Entrópio
  • 115.
  • 116.
  • 118. – Pode envolver todas as áreas da pele e possuem uma aparência de ensebado, nodular. – Há perda dos cílios e sombrancelhas – Histopatologia da pele, observa-se epiderme atrófica com células espumosas, volumosas, e multivacuoladas, denominadas células de Virchow; – A biópsia de pele revela poucos linfócitos e muitas células epiteliais cheias de BAAR. – O teste de Mitsuda é negativo – 109 bacilos/grama de tecido e contínua bacilemia de 105 organismos/mm3 de sangue
  • 119. Hanseníase dimorfa  Dentro do espectro da doença, esta forma está caracterizada por instabilidade imunológica, e caminha entre os pólos tuberculóide e virchoviano.  lesões eritemato-acastanhadas, em placas,  acometimento neurológico, áreas de anestesia.
  • 120. A evolução da doença e a ausência de tratamento poderiam conduzir alguns pacientes ao pólo virchoviano.
  • 121. Hanseníase Dimorfa  É instável  Acometimento dos nervos periféricos  Lesões em placas delimitadas e avermelhadas por todo o corpo  Nódulos pardacentos  Orelha lepromatosa
  • 122.
  • 123.
  • 124.
  • 125.
  • 126. Principais ns.periféricos acometidos  FACE: Trigêmio e facial  BRAÇOS: Radial, Ulnar e Mediano  PERNAS: Fibular comum e tibial posterior Palpação dos troncos dos nervos periféricos
  • 127. Diagnóstico – Exame Clínico Uma pessoa com Hanseníase apresenta uma ou mais das características:  Lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade  Acometimento de nervo(s) com espessamento neural  Baciloscopia positiva
  • 128. Roteiro de diagnóstico clínico  Anamnese- história clínica e epidemiológica  Avaliação dermatológica (face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas)  Avaliação neurológica: identificação de neurites, incapacidades e deformidades.  Classificação do grau de incapacidade física  Testes de sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa)
  • 129. Diagnóstico  Exames laboratoriais 1. Baciloscopia 2. Teste de Mitsuda  Avaliação clínica: 1. Tátil 2. Térmica 3. Dolorosa.
  • 130.
  • 131.
  • 132.
  • 133.
  • 134.
  • 135.
  • 136.
  • 137.
  • 138.
  • 139. Teste de Mitsuda = 0,1 ml Aplicação do antígeno de Mitsuda Teste de Mitsuda positivo Diagnóstico: Clínico, BAAR, Mitsuda. M. leprae não é cultivável.
  • 140.
  • 141. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS FORMAS CLÍNICAS DA HANSENÍASE 1. Lesões Maculares - Podemos listar, entre os diagnósticos diferenciais, nevos hipocrômicos e anêmicos, vitiligo, pitiríase versicolor, treponemoses, como sífilis e pinta, hipocromia residual pós-inflamatória, dermatite seborréica e a pitiríase alba. 2. Placas Infiltradas - Constituem diagnóstico diferencial destas lesões a psoríase, dermatite seborréica, pitiríase rósea de Gibert, esclerodermia localizada, líquen plano, líquen mixedematoso, sarcoidose, lúpus eritematoso, tinea corporis, leishmaniose, cromomicose, esporotricose, tuberculose, paracoccidioidomicose e parapsoríase. 3. Lesões anulares - Estão entre os diagnósticos diferenciais a tinea corporis, o granuloma anular, a necrobiose lipoídica, o eritema anular centrífugo e o eritema multiforme. 4. Lesões papulares a nodulares - Neurofibromatose de von Recklinghausen, sarcoma de Kaposi, leishmaniose, sífilis, paracoccidioidomicose, lobomicose, xantomatoses, farmacodermias, e hematodermias.
  • 142. 5. Infitltração difusa disseminada - Leishmaniose difusa anérgica, linfoma cutâneo de células T (micose fungóide), síndrome de Sezary, leucoses com disseminação cutânea e mixedema generalizado, associado ao hipotireoidismo. 6. Neuropatias - Além da hanseníase, o espessamento de nervos periféricos é encontrado em neuropatias, muito pouco frequentes, como a de Charcot-Marie- Tooth, a doença de Déjérine-Sottas e a doença de Refsum, que podem ser consideradas no diagnóstico diferencial. As polineuropatias, com alterações sensitivas, motoras, ou ambas, também são incluídas nesta lista. Doenças com perda predominante da função motora incluem a difteria, o botulismo, a mononucleose infecciosa, a brucelose, a porfiria, intoxicação por ouro, além da doença de Déjérine- Sottas. A disfunção predominantemente sensorial pode ocorrer na leucemia, doença de Hodgkin e na isquemia neuropática. A perda mista, motora e sensorial, semelhante à da hanseníase, ocorre na intoxicação por arsênico, brômio, tálio ou mercúrio, por uso de drogas, como isoniazida e talidomida, e nas doenças como o diabetes mellitus, amiloidose, lúpus eritematoso sistêmico e esclerodermia.
  • 144.
  • 145. Sífilis Recente (primária) - Cancro duro Úlcera em pênis: lesão única, bem definida; fundo limpo; bordas elevadas. Geralmente indolor.
  • 146.
  • 147. Sífilis  CONCEITO: Doença infecciosa, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência.  AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum.  TRANSMISSÃO  Contato sexual,  Via placentária (sífilis congênita),  Contato íntimo com uma lesão ativa  Transfusão de sangue ou derivado,  Inoculação acidental direta,  PERÍODO DE INCUBAÇÃO  Média 21 dias, podendo variar de 3 a 90 dias. Sinônimos Lues, Peste sexual, Doença gálica, Sifilose, Doença britânica, Doença venérea.
  • 148.
  • 149. Sífilis Primária A sífilis primária caracteriza-se por apresentar lesão inicial denominada cancro duro ou protossifiloma, que surge em 1 a 2 semanas, ocorrendo adenite satélite. O cancro duro, usualmente, desaparece em 4 semanas, sem deixar cicatrizes. As reações sorológicas para sífilis tornam-se positivas entre a 2ª e a 4ª semanas do aparecimento do cancro. Cancro duro da sífilis primária no dedo da mão
  • 150. Fase 1ª - lesão clássica nos genitais, porta de entrada da bactéria (local penetração), chamada de cancro  base lisa e limpa, bordas endurecidas e profundas com o fundo macio e pouco dolorida ou assintomática.  10 a 20% lesão 1ª intra-retal, perianal ou oral Mucosas intactas ou solução continuidade Sintomas: SÍFILIS PRIMÁRIA OU CANCRO DURO
  • 151. Fase 1ª Cancro – replicação inicial – PMN Exsudação escassa * infecção 2ª Único ou Múltiplos cancros * HIV+ Gânglios regionais aumentados, indolores e firmes– vasos linfáticos e circulatório - disseminação Cicatrização espontânea* 3 a 6 semanas Sintomas
  • 152. Sífilis Recente (primária) - Cancro duro Úlcera em períneo: lesão única no períneo. Úlcera em boca
  • 155. Sífilis Secundária A sífilis secundária é marcada pela disseminação dos treponemas pelo organismo. Suas manifestações ocorrem de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. A lesão mais precoce é constituída por exantema morbiliforme não pruruginoso: a roséola. Posteriormente, podem surgir lesões papulosas palmo-plantares, placas mucosas, adenopatia generalizada, alopécia em clareira e os condilomas planos. As reações sorológicas são sempre positivas. A apresentação típica da sífilis secundária é uma erupção cutânea nas palmas das mãos e plantas dos pés.
  • 156. Fase 2ª - após 4 a 8 semanas do surgimento do cancro. Maior quantidade de treponemas circulantes. Erupção disseminada – Macular, Maculopapular ou Pustulosa (mão e pés) Áreas Intertriginosas – branco acinzentadas - Condilomas planos Queda cabelo e sobrancelhas No período de sífilis recente latente, não existem manifestações visíveis, mas há treponemas localizados em determinados tecidos. Assim, o diagnóstico só é obtido pelas reações sorológicas. Pode ocorrer com frequência polimicro- adenopatia, particularmente de linfonodos cervicais, epitrocleanos e inguinais. SÍFILIS SECUNDÁRIA
  • 157. Fase 2ª Sintomas sistêmicos: 1. linfadenopatia generalizada, mal-estar, febre, 2. cefaléia, 3. dor-de-garganta, 4. perda de apetite e peso, 5. Queratite, osteíte, hepatite, SNC, meningite asséptica. SÍFILIS SECUNDÁRIA
  • 158. Fase Latente – resolução espontânea exantema e dos sintomas doença subclínica mas não inativa, pode haver recaída 1º ano Pode evoluir sem complicações Sífilis Secundária
  • 159. Sífilis Recente (secundária) – Fase exantemática Roséolas palmares e plantares: lesões exantemáticas em pele do corpo, acompanhadas dessas lesões em palmas de mãos e/ou plantas dos pés.
  • 162. SÍFILIS TERCIÁRIA  Os sinais e sintomas geralmente ocorrem após 3 a 12 anos de infecção com lesões cutâneo-mucosas, neurológicas, cardiovasculares e articulares.
  • 163. Fase 3ª ou tardia Tabes dorsal 25 a 30% SNC com alterações neurônios, problemas psiquiátricos cardiovasculares Tumores (gomas) qualquer órgão Neurovascular (pleiocitose, proteína, glicose no LCR. Meningovascular  inflamação nervo craniano – surdez, alterações visuais, aletrações medula espinhal com paralisia, dor coluna Sintomas
  • 165. Sífilis Adquirida Tardia Pápula e nódulos no corpo devidos à sífilis terciária Lesão sifilítica de grau avançado
  • 166. Sífilis 1. Osteogênica – deformações ósseas 1. Cardiovascular - comprometimento de valvas cardíacas (insuficiência e estenose)
  • 167. Sífilis Neurosífilis Meningite e paralisia de nervos ou o comprometimento de vasos cerebrais, trombose ou derrames cerebrais.
  • 168. Neurosífilis TC- atrofia e infarto no lobo E região parietal
  • 170. Sífilis Congênita • É consequente à infecção do feto pelo Treponema pallidum, por via placentária. A transmissão faz-se no período fetal a partir de 4 a 5 meses de gestação. Antes dessa fase, a membrana celular das vilosidades coriais parece constituir obstáculo intransponível para o treponema. Após sua passagem transplacentária, o treponema ganha os vasos do cordão umbilical e se multiplica rapidamente em todo o organismo fetal. Pode ser classificada como precoce e tardia.
  • 171. Sífilis Congênita • Sífilis congênita precoce - É aquela em que as manifestações clínicas se apresentam logo após o nascimento ou pelo menos durante os primeiros 2 anos. Assume diversos graus de gravidade, sendo sua forma mais grave a sepse maciça com anemia intensa, icterícia e hemorragia. • Sífilis congênita tardia - É a denominação reservada para a sífilis que se declara após o segundo ano de vida. Corresponde, em linhas gerais, à sífilis terciária do adulto, por se caracterizar por lesões gomosas ou de esclerose delimitada a um órgão ou a pequeno número de órgãos: fronte olímpica, mandíbula curva, arco palatino elevado, nariz em sela e tíbia em lâmina de sabre.
  • 172.  10 a 15 semanas gestação – placenta  cegueira, comprometimento SNC,  deformações ósseas,  fenda palatina,  Óbito  nascer assintomático  Há infecção fetal via hematogênica, em geral a partir do 4º mês de gravidez. Sífilis Congênita
  • 173. Sífilis Congênita Síndrome de Hutchinson= queratite intersticial, 8º nervo craniano, ausência de dente incisivo
  • 176. Sífilis Congênita Precoce . Recém-nascido com sífilis: recém-nascido com hepatoesplenomegalia, lesões cutâneo-mucosas, coriza serosanguinolenta, icterícia.
  • 178. Sífilis Congênita Rinite sífilis congênita Descamação perioral
  • 179. Sífilis Congênita Lesões bolhosas em pés Lesões palmares sífilis 2ª
  • 181. Transmissão Contato sexual, Via placentária (sífilis congênita, o feto adquire na vida intra-uterina), Beijo, ou outro contato íntimo com uma lesão ativa (que contenha a bactéria Treponema), Transfusão de sangue ou derivado, Inoculação acidental direta, por exemplo, em profissionais da área da saúde (raro). A grande maioria dos casos de transmissão ocorre por relações sexuais desprotegidas (sem preservativos).
  • 182. Sintomas Período Incubação – média de 21 dias, podendo variar de 3 até 90 dias. Fase primária - lesão clássica nos genitais, porta de entrada do Treponema, chamada de cancro  bordas endurecidas e profundas com o fundo macio e pouco dolorida ou assintomática. Fase secundária - após 4 a 8 semanas do surgimento do cancro, podendo inclusive esta lesão, ainda, estar presente. Maior quantidade de treponemas circulantes. Sintomas: 1. mal-estar, 2. febre, 3. dor-de-cabeça, 4. dor-de-garganta, 5. perda de apetite e peso 6. ínguas (linfoadenomegalias) pelo corpo todo.
  • 183. Sintomas Fase terciária - inflamação progressiva e lenta (crônica) com sintomas relacionados aos órgãos predominantemente comprometidos. 1. neurosífilis - meningite e paralisia de nervos ou o comprometimento de vasos cerebrais, trombose ou derrames cerebrais. 2. osteogênica – deformações ósseas 3. cardiovascular - comprometimento de valvas cardíacas (insuficiência e estenose) Congênita – cegueira, comprometimento SNC, deformações ósseas, fenda palatina
  • 186. Agente Etiológico: Causada pelo espiroqueta Treponema pallidum subespécie pallidum Bactéria não cultivável in vitro.
  • 187. Sífilis – Diagnóstico colorações Fontana - Tribondeaux = Impregnação pela prata
  • 188. Imunidade humoral após infecção pelo T. pallidum – produção de anticorpos como IgM, IgG, IgA e IgE.  IgM - presente na sífilis recente, fase de latência.  IgG - resposta secundária do hospedeiro ao processo infeccioso. Pode ser observada em todas as fases da doença. Detectadas durante toda a vida do paciente. Aspectos imunológicos da infecção sifilítica
  • 189.  Após aparecimento do cancro - Pesq Anticorpo: - 5 a 10 dias positiva-se o FTA-Abs; - 10 a 20 dias positiva-se o ELISA e TPHA; - ao redor de 20 dias o VDRL. Diagnóstico Imunológico da Sífilis  Fase primária – pesquisa direta do agente
  • 190. Diagnóstico da sífilis Pesquisa direta do agente etiológico Material das lesões primárias e secundárias suspeitas  Cutâneo mucosa  Biópsia  Necrópsia  Placenta  Cordão umbilical
  • 191. Diagnóstico da sífilis Pesquisa direta do agente etiológico Microscopia óptica em campo escuro: exame do exsudato da lesão, observando a fresco o espiroqueta. Sensibilidade -74 a 86 % Especificidade-até 97% Desvantagem: requer treinamento adequado do técnico para analisar a motilidade e a morfologia do T. pallidum.
  • 192. Diagnóstico da sífilis  Pesquisa direta do agente etiológico Imunofluorescência direta: Ac anti-T.pallidum produzidos em coelhos e conjugados à FITC, adicionado ao esfregaço do exsudato da lesão, fixado em lâmina. Sensibilidade-73-100% Especificidade- 89-100%
  • 193. Imunofluorescência direta: FITC = Fluoresceína Isotiocianato
  • 194. Diagnóstico da sífilis  Pesquisa direta do agente etiológico Sensibilidade- irá variar de acordo com a coleta das espécimes, condição da lesão, tempo de evolução - carga bacteriana - se tratamento específico anterior.
  • 195. Diagnóstico da sífilis  Pesquisa direta do agente etiológico Estudo histológico
  • 196. Diagnóstico da sífilis  Pesquisa direta do agente etiológico PCR - testes para amplificação de ácidos nucléicos com reação em cadeia de polimerase Sensibilidade-91% Treponema pallidum é isolado a partir do ADN da amostra e, em seguida, levada a cabo uma amplificação específica de um fragmento do gene de T. pallidum TMPA por PCR. O produto de PCR é, em seguida, identificados por eletroforese em gel.
  • 197. Diagnóstico da Sífilis Detecção de anticorpos circulantes anti- T. pallidum Testes sorológicos  Testes não treponêmicos Não são antígenos específicos. Importantes para monitoramento do tratamento e evolução da doença. Ex: VDRL e RPR  Testes treponêmicos - Importantes para o diagnóstico da doença - Aparecem mais precocemente e persistem por vários anos- após tratamento. Ex: FTA ABS; ELISA-QUIMIOL. e TPHA
  • 198. Testes não Treponêmicos VDRL (Veneral Disease Research Laboratory)  RPR (Rapid Plasma Reagin) Detectam anticorpos da classe IgG e IgM Limitações Reações falso-positivas- reações cruzadas: tuberculose, hepatite, endocardite bacteriana, sarampo, varicela, flilariose, Hansen,malária, lupus. Reações falso-negativas → efeito de prozona- quantidade em excesso de anticorpo anticardiolipina- inibi a floculação. Necessidade de efetuar diluição. Técnica Manual e de interpretação subjetiva
  • 199. Testes não Treponêmicos Reação de floculação VDRL – Utiliza como Ag cardiolipina, colesterol e lecitina Ag → Ac: forma grumos; Toda amostra reagente no teste qualitativo deve ser testada quantitativamente para determinar o título de Acs.
  • 200. Sífilis – Diagnóstico VDRL (floculação) Reagente Não Reagente 5ul
  • 201.  RPR (Rapid Plasma Reagin) Ag = Cardiolipina + lecitina + colesterol adsorvido sobre partículas de carbão Ac = soro do paciente
  • 202. Sífilis – Diagnóstico – Teste Aglutinação  RPR (Rapid Plasma Reagin)
  • 203. Testes Treponêmicos  Testes classicamente utilizados: FTA-Abs (teste de imunofluorescência indireta); TPHA (teste de hemaglutinação para T. pallidum); ELISA (ensaioimuoenzimático) Quimioluminescência Maior especificidade e sensibilidade quando comparados aos testes não treponêmicos.
  • 204. Testes Treponêmicos FTA-Abs Baseia-se na técnica de imunofluorescência indireta (IFI) humana. Os anticorpos anti treponema presentes no soro ligam-se ao antigeno fixado na lâmina e são revelados por uma antigamaglobulina humana marcada com isotiocianato de fluoresceina
  • 205. Sífilis – Diagnóstico FTA-ABS Treponema fluorescente em Microscópio de fluorescência
  • 206. Teste Treponêmico ELISA – Emprega diferentes tipos de antígenos e conjugados Quimioluninescência ( Anti-Trep ) é um ELISA Possibilita a detecção de anticorpos específicos das classes IgG e IgM - Método ELISA - Reagentes prontos para uso - Fácil procedimento técnico - Fácil leitura de resultados - Realização de diversas amostras em uma única rotina Leitura objetiva VANTAGENS →
  • 207. Teste Treponêmico ELISA – Emprega diferentes tipos de antígenos e conjugados
  • 208. Testes Treponêmicos  TPHA - Hemaglutinação indireta treponêmica. Baseia-se na aglutinação dos Acs treponêmicos do soro com hemácias de aves, previamente sensibilizadas com Ag de T. pallidum. Possibilidade de execução de grande número de amostras e facilidade de leitura visual VANTAGENS →
  • 210. Fases Testes Primária Secundária Latente Terciária VDRL 78% (74-87%) 100% 95% (71-100%) 71% (37-94%) FTA 84% (93-100%) 100% 100% 96% TPHA 84% (84-100%) 100% 100% 96% Percentual de positividade nos testes em relação as fases da doença Fonte: Curso Básico de Vigilância Epidemiológica. MS, PNDST/AIDS, 2006.
  • 211. ALGORITIMO CONVENCIONAL Nota 1: Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra após21 (30)dias. Nota 2:Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra em até21 (30)dias. -Teste treponêmico (qual/is) indeterminado, se possível realizar FTA-Abs VDRL TPHA
  • 212. ALGORITIMO ALTERNATIVO Nota 1: Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra após21(30) dias. Nota 2:Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra em até 21(30) dias. Nota 3: Pode se tratar de sífilis latente ou recente, onde os anticorpos anti-cardiolipina estão indetectáveis. Investigar história de tratamento anterior, pois também pode indicar infecção anterior. -Teste treponêmico indeterminado, se possível realizar FTA-Abs Anti-trep (quimiol.) VDRL TPHA
  • 213. Interpretação da Sorologia ELISA/ TPHA/ FTA-Abs VDRL/RPR Interpretação Ausência de infecção ou período de incubação Sífilis recente ou prévia Sífilis primária ou latente. Previamente tratada ou não tratada Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra em até21 dias Falso positivo. Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra em até21 dias - - + + + - - +
  • 214. Interpretação Diagnóstica é... Clínica + Epidemiologia + Resultado sorológico Resultados laboratoriais fornecem subsídios aos diagnósticos clínicos e epidemiológicos