2. QUESTÃO: Desigualdade de quê?
Resposta: Desigualdade social é função, em grande medida,
da DESIGUALDADE ECONÔMICA (RIQUEZA e renda)
3. 1) Concentração de riqueza e renda prejudica o
crescimento econômico.
2) Crescimento econômico pode provocar
aumento da concentração de riqueza e renda.
3) Brasil tem uma das maiores concentrações de
riqueza do mundo e, portanto, é um dos países
de maior desigualdade de renda.
4. Desigualdade e crescimento
"Com pequenas variações, tais desigualdades
pouco se alteram quando se trata de indicadores
educacionais, de saneamento básico ou de
diferenças étnicas, independentemente do fato das
melhorias ocorridas durante os anos 90." (ALS)
6. Distribuição funcional da renda, 1994-99
(percentual do PIB)
Discriminação 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Excedente operacional bruto 38,4 40,3 41,0 42,8 42,3 41,4
Remuneração dos empregados 40,1 38,3 38,5 37,5 38,2 37,5
Salários 32,0 29,6 28,8 27,8 27,5 26,5
Rendimento de autônomos 5,7 5,9 5,7 5,6 5,5 5,1
Impostos líquidos de subsídios 15,8 15,6 14,8 14,2 13,9 16,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Contas Nacionais.
7. Renda do trabalho e do capital, 1994-2000
Discriminação 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Média
1995-
2000
Trabalhador
Rendimento médio do pessoal 100,4 106,7 118,0 126,7 129,3 128,7 121,6 3,4*
ocupado (índice IBGE julho 1994 =
100)
Massa de salários reais (índice 92,5 98,4 105,5 101,6 102,9 102,0 94,8 0,5*
FIESP junho 1994 = 100)
Total de horas pagas (índice FIESP 100,5 100,2 90,7 86,3 80,0 75,3 76,5 -4,4*
junho 1994 = 100)
Capitalista, lucro
Rentabilidade do patrimônio das 500 10,7 6,1 5,0 4,8 4,2 -2,7 7,3 4,1
maiores empresas(%)
Rentista, juro
Rentabilidade real anual dos títulos 24,2 33,4 16,5 16,1 26,6 4,7 7,0 17,4
públicos (%)
Rentabilidade anual do patrimônio 13,7 12,2 14,6 13,8 18,7 20,8 13,8 15,7
dos maiores bancos privados
nacionais
A rentabilidade anual do patrimônio dos maiores bancos privados nacionais refere-se à média dos 9 maiores bancos.
(*) Média aritmética das taxas anuais de crescimento.
8. O Brasil tem uma das maiores
concentrações de riqueza do mundo
e, portanto, é um dos países de
maior desigualdade de renda
9. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO MUNDO, SEGUNDO OS PAÍSES
País / Indicador Índice de Gini Participação dos 10% mais
ricos na renda
África do Sul 58.4 47.3
Alemanha 28.1 22.6
Argélia 35.3 26.8
Austrália 33.7 24.8
Áustria 23.1 19.3
Bangladesh 28.3 23.7
Belarus 21.6 19.4
Bélgica 25.0 20.2
Bolívia 42.0 31.7
Brasil 60.1 47.9
Bulgária 30.8 24.7
Canadá 31.5 23.8
Casaquistão 32.7 24.9
Checa, Rep. 26.6 23.5
Chile 56.5 46.1
China 41.5 30.9
Colômbia 57.2 46.9
Costa do Marfim 36.9 28.5
Costa Rica 47.0 34.1
Dinamarca 24.7 20.5
Dominicana, Rep. 50.5 39.6
Egito 32.0 26.7
El Salvador 49.9 38.3
Equador 46.6 37.6
Eslovaca, Rep. 19.5 18.2
Eslovênia 29.2 24.5
10. continuação TABELA
País / Indicador Índice de Gini Participação dos 10% mais
ricos na renda
Espanha 32.5 25.2
Estados Unidos 40.1 28.5
Estônia 39.5 31.3
Filipinas 42.9 33.5
Finlândia 25.6 21.6
França 32.7 24.9
Gana 33.9 27.3
Guatemala 59.6 46.6
Guiana 40.2 32.0
Guiné 46.8 31.7
Guiné-Bissau 56.2 42.4
Holanda 31.5 24.7
Honduras 53.7 42.1
Hungria 27.9 24.0
Iemen, Rep. 39.5 30.8
Índia 29.7 25.0
Indonésia 34.2 28.3
Irlanda 35.9 27.4
Israel 35.5 26.9
Itália 31.2 23.7
Jamaica 41.1 31.9
Jordânia 43.4 34.7
Quênia 57.5 47.7
Latvia 27.0 22.1
15. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E POBREZA: PAÍSES SELECIONADOS
País / Variável População Área PNB PNB Coeficiente de
milhões milhares km2 PPP PPP 1996 Gini
$ bilhões per capita
1996 $
África do Sul 38 1221 280 7450 58.4
Argentina 35 2737 336 9530 43.9
Austrália 18 7682 364 19870 33.7
Brasil 161 8457 1023 6340 60.1
Casaquistão 16 2671 53 3230 32.7
China 1215 9326 4047 3330 41.5
Egito 59 995 170 2860 32.0
Estados Unidos 265 9159 7433 28020 40.1
França 58 660 1256 21510 32.7
Índia 945 2973 1493 1580 29.7
Indonésia 197 1812 652 3310 34.2
México 93 1909 714 7660 50.3
Mongólia 3 1567 5 1820 33.2
Paquistão 134 771 214 1600 31.2
Reino Unido 59 242 1173 19960 32.6
Rússia 148 16889 619 4190 31.0
16. Até mesmo pelos padrões
latino-americanos, o Brasil
tem uma elevada
concentração de renda
17.
18. DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL, SEGUNDO OS DECIS: 1960-1990
(em porcentagem)
Decil 1960 1970 1980 1990
Primeiro 1.17 1.16 1.18 0.81
Segundo 2.32 2.05 2.03 1.80
Terceiro 3.42 3.00 2.95 2.20
Quarto 4.65 3.81 3.57 3.04
Quinto 6.15 5.02 4.41 4.06
Sexto 7.66 6.17 5.58 5.47
Sétimo 9.41 7.21 7.17 7.35
Oitavo 10.85 9.95 9.88 10.32
Nono 14.69 15.15 15.36 16.27
Décimo 39.66 46.47 47.89 48.69
19. MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL: 1960-1990
(em porcentagem)
Critério / Ano 1960 1970 1980 1990
Participação dos 10% 39.66 46.47 47.89 48.69
mais ricos
Participação dos 40% 6.92 10.02 9.73 7.85
mais pobres
Razão entre a renda 5.73 4.64 4.92 6.20
dos 10% mais ricos e
a renda dos 40%
mais pobres
Critério / Período 1960-1970 1970-1980 1980-1990 1960-1990
Taxa de crescimento 2.2 7.0 -1.5 2.5
médio anual do PIB
Mudança na fração
da renda apropriada
pelos
10% mais ricos 6.81 1.42 0.80 9.03
40% mais pobres 3.10 -0.29 -1.88 -0.93
20.
21. DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL, SEGUNDO OS DECIS E REGIÕES: 1990
(em porcentagem)
Decil Norte Meio- Nordest Leste Sudeste Rio de São Paraná Sul Centro-
(1) Norte e- (4) (5) Janeiro Paulo (6) Oeste
(2) Central (7)
(3)
Primeiro 1.03 0.77 0.78 0.75 0.93 1.21 1.20 1.13 1.26 0.90
Segundo 1.79 1.56 1.79 1.61 1.99 1.86 2.16 1.98 1.87 1.59
Terceiro 2.39 2.31 2.75 2.36 2.17 2.38 3.09 2.62 2.69 2.09
Quarto 3.27 3.13 3.04 2.51 2.85 3.25 3.95 3.48 3.60 2.93
Quinto 4.36 3.77 3.78 3.22 3.87 4.20 4.99 4.48 4.59 3.94
Sexto 5.69 5.14 4.98 4.40 5.08 5.55 6.44 5.98 5.86 5.27
Sétimo 7.53 7.19 6.64 6.17 6.97 7.25 8.12 7.83 7.76 7.21
Oitavo 10.22 10.14 9.48 8.99 9.86 10.18 10.88 10.71 10.53 10.10
Nono 15.42 16.05 15.60 15.20 15.93 15.98 16.35 16.15 16.49 16.61
Décimo 48.29 49.95 51.17 54.80 50.36 48.14 42.83 45.63 45.34 49.36
Notas: Proporção da renda total apropriada por cada décimo da distribuição da população economicamente ativa com renda positiva.
(1) Roraima, Acre, Amapá, Rondônia, Amazonas e Pará.
(2) Maranhão, Piauí.
(3) Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Fernando de Noronha.
(4) Sergipe, Bahia.
(5) Minas Gerais, Espírito Santo.
(6) Santa Catarina, rio Grande do Sul.
(7) Mato Grosso (Mato Grosso + Mato Grosso do Sul), Goiás, Distrito Federal.
22. DISTRIBUIÇÃO INTER-REGIONAL E INTRA-REGIONAL DA RENDA NO BRASIL: 1970-1995
(índice de desigualdade)
Ano Desigualdade Desigualdade intra-regional
inter-regional
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
1970 14.82 2.12 3.95 10.66 2.57 9.65
1975 14.81 3.07 3.97 8.06 1.13 8.30
1980 12.31 2.77 4.53 4.71 0.89 6.54
1985 9.16 3.15 5.30 3.48 0.33 6.06
1990 8.54 2.57 3.29 3.76 0.31 7.99
1995 8.70 0.74 2.86 3.49 0.06 7.90
Fonte: A. H. B. Ferreira, “Evolução recente das rendas per capita estaduais no Brasil”, Revista de Economia Política, vol. 18, n. 1, março 1998, p. 93.
23. RENDAS PER CAPITA ESTADUAIS E REGIONAIS NO BRASIL: 1970-1995
(como proporção da renda per capita do Brasil)
Ano Norte Nordeste Sudeste São Rio de Sul Paraná Centro-
Paulo Janeiro Oeste
1970 0.58 0.40 1.52 2.06 1.66 0.96 0.74 0.68
1975 0.51 0.39 1.47 1.95 1.53 1.08 0.95 0.73
1980 0.67 0.41 1.43 1.80 1.40 1.08 0.91 0.81
1985 0.76 0.48 1.37 1.69 1.28 1.11 1.01 0.81
1990 0.79 0.48 1.36 1.69 1.27 1.05 0.96 0.96
1995 0.72 0.48 1.34 1.65 1.22 1.16 1.16 0.97
24.
25. EVOLUÇÃO DA POBREZA NO BRASIL
Ano Percentual de Número de
pobres pobres
1983 51.0 64.2
1985 43.5 57.0
1986 31.1 41.5
1987 43.5 59.2
1993 41.7 62.9
1995 33.9 52.6
1996 33.5 52.7
1997 33.9 53.9
1998* 34.1 55
1999* 35-37 58-60
(*) Estimativa
26.
27. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E RIQUEZA
(em porcentagem)
País Brasil Grã-Bretanha Estados Unidos
Renda Riqueza Renda Riqueza Renda Riqueza
O 1% mais rico 17 53 8 29 8 26
Os 5% mais ricos 39 nd 18 54 21 nd
Os 10% mais 53 nd
23 67 24 64
ricos
28. GRUPOS SOCIAIS E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL
Grupo social Percentagem da Número em Percentagem da Relação entre a
população milhões renda renda média
(pobre = 1000)
Miseráveis 15 24 1 400
Pobres 20 30 5 1000
Quase pobres 35 60 20 2300
Classe média 29 50 60 9000
Ricos 1 2 14 60000
Total 100 166 100 4300
29. DESIGUALDADE DA RENDA NO BRASIL
Ano 10% mais Coeficiente de Coeficiente de Razão da Razão da
ricos Gini Theil renda média renda média
entre os 20% entre os 10%
mais ricos e mais ricos e
os 20% mais os 40% mais
pobres pobres
1995 47.9 60.1 73.6 28.1 24.1
1996 47.6 60.2 73.3 29.9 24.6
1997 47.7 60.2 73.8 29.2 24.5
30. ESTOQUE LÍQUIDO DE RIQUEZA PRIVADA NO BRASIL: 1970-95
(valores em R$ bilhões de 1995)
Ano Riqueza privada Riqueza privada/PIB
(%)
1970 418.8 1.97
1975 682.0 1.99
1980 1025.2 2.09
1985 1265.9 2.42
1990 1577.8 2.75
1995 1856.5 2.82
31. ESTOQUE LÍQUIDO DE RIQUEZA PRIVADA NO BRASIL, COMPOSIÇÃO: 1995
(valores em R$ bilhões de 1995)
Item Estoque líquido Participação
(%)
1. Bens de capital 1691.9 91.1
1.1. Construção 1370.3 73.8
1.1.1. Estruturas residenciais 697.8 37.6
1.1.2. Estruturas não-residenciais 672.5 36.2
1.2. Máquinas e equipamentos 321.6 17.3
2. Bens de consumo 112.9 6.1
2.1. Automóveis 92.2 5.0
2.2 Eletro-domésticos 20.7 1.1
3. Ativos monetários e financeiros 51.8 2.8
3.1. Base monetária 15.1 0.8
3.2. Títulos públicos em poder do público 102.7 5.5
3. Dívida externa líquida (66.0) (3.6)
Total 1856.5 100.0
33. Desigualdade e crescimento
"Com pequenas variações, tais desigualdades pouco se alteram quando se
trata de indicadores educacionais, de saneamento básico ou de diferenças
étnicas, independentemente do fato das melhorias ocorridas durante os anos
90." (ALS)
34. Gráfico 1 - Curva de Lorenz - Brasil - 1990/1995/2001
100,0
90,0
Proporção acumulada da renda (%)
80,0
70,0
60,0
1990
50,0 1995
40,0 2001
30,0
20,0
10,0
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Proporção acumulada da população (% )
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
35. Gráfico 2 - Curva de Lorenz - Brasil e Grandes Regiões - 2001
100
90
Proporção acumulada da renda (%)
80
70
Nordeste
60
50 Sudeste
40 Sul
30
Centro-
20 Oeste
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Proporção acumulada da população (% )
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
36. Análise da evolução do rendimento médio
Tabela 2 - Rendimento médio mensal real, em reais, das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento, segundo as
classes de percentual das pessoas de 10 anos ou mais de idade, em ordem crescente de rendimento - Brasil - 1990/2001
Rendimento médio mensal real das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com
Classes de percentual Taxa de Taxa de Taxa de
rendimento (R$) (1)
em ordem crescente Crescimento Cresciment o Crescimento
de rendimento 1990-1993 1995-2001 1990-2001
1990 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001
(% ) (% ) (% ) (% )
Simples
Total 518 467 501 645 655 649 651 610 599 -3,2 -7,1 15,7
Até 10 40 37 35 71 77 72 77 72 61 -12,5 -14,2 50,2
Mais de 10 a 20 80 93 99 144 144 146 152 149 152 22,8 5,6 89,6
Mais de 20 a 30 114 160 155 152 150 152 160 158 180 35,2 18,4 57,4
Mais de 30 a 40 140 171 157 207 206 205 211 204 201 12,3 -2,9 43,7
Mais de 40 a 50 200 199 196 269 277 279 283 270 270 -1,8 0,1 34,8
Mais de 50 a 60 270 261 268 341 359 356 357 342 340 -1,0 -0,4 25,9
Mais de 60 a 70 373 350 346 462 475 473 475 450 436 -7,2 -5,7 16,8
Mais de 70 a 80 535 490 488 654 670 665 660 622 599 -8,8 -8,5 12,0
Mais de 80 a 90 850 757 775 1 038 1 059 1 050 1 043 980 943 -8,8 -9,1 11,0
Mais de 90 a 100 2 572 2 154 2 494 3 106 3 135 3 092 3 090 2 856 2 807 -3,1 -9,6 9,1
Acumulado
Até 20 60 65 67 107 111 109 114 110 107 11,0 -0,9 76,4
Até 40 94 115 111 144 144 144 150 146 149 18,9 3,5 58,4
Mais de 80 1 711 1 455 1 634 2 072 2 097 2 071 2 067 1 918 1 875 -4,5 -9,5 9,6
Mais de 90 2 572 2 154 2 494 3 106 3 135 3 092 3 090 2 856 2 807 -3,1 -9,6 9,1
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amost ra de Domicílios 1990-2001.
Not a: Exclusive o rendiment o da população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
(1) Valores inflacionados pelo INPC com base em setembro de 2001.
37. Tabela 3 - Distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento, segundo as
classes de percentual das pessoas de 10 anos ou mais de idade, em ordem crescente de rendimento - Brasil -
1990/2001
Classes de percent ual Dist ribuição do rendimento mensal das pessoas de 10 anos ou mais de Taxa de Taxa de Taxa de
em ordem crescent e idade, com rendiment o (% ) Cresciment o Cresciment o Cresciment o
de rendimento 1990-1993 1995-2001 1990-2001
1990 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001
(% ) (% ) (% ) (% )
Simples
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 10 0,0 100,0 100,0 100,0
Até 10 0,8 0,8 0,7 1,1 1,2 1,1 1,2 1,2 1,0 -12 ,5 -9,1 25,0
Mais de 10 a 20 1,6 2,0 2,0 2,2 2,2 2,2 2,3 2,4 2,5 25,0 13,6 56,3
Mais de 20 a 30 2,2 3,4 3,1 2,3 2,3 2,3 2,5 2,6 3,0 40,9 30,4 36,4
Mais de 30 a 40 2,7 3,6 3,1 3,2 3,1 3,2 3,2 3,3 3,4 14,8 6,2 25,9
Mais de 40 a 50 3,9 4,3 3,9 4,2 4,2 4,3 4,3 4,4 4,5 0,0 7,1 15,4
Mais de 50 a 60 5,2 5,6 5,3 5,3 5,5 5,5 5,5 5,6 5,7 1,9 7,5 9,6
Mais de 60 a 70 7,2 7,5 6,9 7,2 7,2 7,3 7,3 7,4 7,3 -4,2 1,4 1,4
Mais de 70 a 80 10,3 10,5 9,7 10,2 10,2 10,3 10,2 10,2 10,0 -5,8 -2,0 -2,9
Mais de 80 a 90 16,4 16,2 15,5 16,1 16,2 16,2 16,0 16,1 15,7 -5,5 -2,5 -4,3
Mais de 90 a 100 49,7 46,1 49,8 48,2 47,9 47,6 47,5 46,8 46,9 0,2 -2,7 -5,6
Acumulado
Até 20 2,4 2,8 2,7 3,3 3,4 3,3 3,5 3,6 3,5 12,5 6,1 45,8
Até 40 7,3 9,8 8,9 8,8 8,8 8,8 9,2 9,5 9,9 21,9 12,5 35,6
Mais de 80 a 100 66,1 62,3 65,3 64,3 64,1 63,8 63,5 62,9 62,6 -1,2 -2,6 -5,3
Mais de 90 a 100 49,7 46,1 49,8 48,2 47,9 47,6 47,5 46,8 46,9 0,2 -2,7 -5,6
Font e: IBGE, Pesquisa Nacional por Amost ra de Domicílios 1990-2001.
Nota: Exclusive o rendimento da população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
38. Gráfico 3 - Razão entre os rendimentos médios dos 10% "mais ricos" e 40%
"mais pobres" (10/40) e dos 20% "mais ricos" e 20% mais pobres (20/20)
Brasil - 1990-2001
28,3
24,4
27,4 22,4 21,6 21,7 21,5 20,6
19,6 18,9
22,4
18,7 19,3 19,0 18,9 18,1 17,4 17,6
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
razão 10/40 razão 20/20
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
39. Gráfico 4 - Razão entre os rendimentos médios dos 10% "mais ricos" e 40%
"mais pobres" (10/40) e dos 20% "mais ricos" e 20% mais pobres (20/20) -
Brasil e Grandes Regiões - 2001
20,0 19,8
18,9
17,6 17,1
16,9 16,8
15,5 15,7 16,0
14,6
13,8
BRASIL Norte urbana Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Razão 10/40 Razão 20/20
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
40. Gráfico 6 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10
anos ou mais de idade, com rendimento - Brasil - 1992-2001
0,603 0,592 0,590 0,588 0,584 0,576 0,572
0,575
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
41. Gráfico 7 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10
anos ou mais de idade, com rendimento - Brasil e Grandes Regiões - 1992/2001
0,575 0,572 0,576 0,594 0,585
0,552 0,543 0,566 0,554 0,554 0,554
0,543
BRASIL Norte urbana Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
1992 2001
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
42. Gráfico 8 - Proporção de pessoas por classes de rendimento familiar per capita em
salários mínimos. Brasil, Nordeste e Sudeste - 2001
% 50,9
29,0
25,1
24,3
23,5
23,6
21,0
17,8
11,7
10,6
8,6
8,2
8,1
6,4
6,0
3,7
3,4
3,1
2,9
2,6
2,4
Até 1/2 De 1/2 até 1 De 1 até 2 De 2 até 3 De 3 até 5 Mais de 5 Sem rendimento
Brasil Nordeste Sudeste
Fonte: IBGE, PNAD - 2001.
43. Gráfico 9 - Proporção de pessoas com até 1/2 SM e mais de 2 SM de rendimento
familiar per capita que vivem em domicílios com saneamento adequado.
% Brasil, Nordeste e Sudeste - 2001
93,4
85,7
77,0
55,8
31,6
21,6
Brasil Nordeste Sudeste
Até 1/2 SM Mais de 2 SM
Fonte: IBGE, PNAD - 2001.
44. Tabela 7 - Proporção da população ocupada, por rendimento mensal familiar per capita e
posição na ocupação - Nordeste e Sudeste - 2001
Nordeste Sudeste
Posição na ocupação Até 1/2 SM Mais de 2 SM Até 1/2 SM Mais de 2 SM
(%) (%) (%) (%)
Empregados com carteira 25,0 17,5 6,6 37,0
Empregados sem carteira 49,4 7,3 17,4 25,4
Militar e estatutários 13,2 35,6 3,0 61,1
Trabalhador doméstico 59,4 1,4 21,9 11,2
Conta-própria 46,4 8,4 11,9 34,9
Empregadores 11,1 47,3 1,4 70,4
Fonte: IBGE, PNAD 2001
45. Gráfico 15 - Proporção de jovens de 18 a 19 anos de idade, por condição de atividade
e por classes de rendimento mensal familiar per capita. Brasil - 2001
%
43,3
29,4
24,7 25,6
22,9 21,2
17,1
6,9 6,8
2,2
Só estuda Trabalha e estuda Só trabalha Afazeres Não realiza
domésticos nenhuma atividade
até 1/2 SM mais de 2 SM
Fonte: IBGE, PNAD - 2001.
46. áfico 16 - Proporção de jovens de 20 a 24 anos de idade, por condição de atividad
e por classes de rendimento mensal familiar per capita. Brasil - 2001
%
46,6
41,6
32,5
25,0
18,2
10,4 8,7 7,4 6,8
2,8
Só estuda Trabalha e estuda Só trabalha Afazeres Não realiza
domésticos nenhuma atividade
até 1/2 SM mais de 2 SM
Fonte: IBGE, PNAD - 2001.
47. Concentração de riqueza e concentração de renda
•DUAS DIMENSÕES E DOIS CAMINHOS:
•1) Estoque: Desconcentração de Riqueza
•2) Fluxo: Desconcentração de Renda
49. DESCONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA: ATIVOS PRINCIPAIS
1) Terra => aluguel-renda
2) Estruturas residenciais (moradia) => aluguel-renda
3 )Estruturas não-residenciais (fábricas, lojas, escritórios, etc) => lucro-renda
4) Máquinas e equipamento => lucro-renda
5) Capital financeiro => juro-renda
6) Bens de consumo duráveis (veículos, eletrodomésticos) => satisfação; renda
7) Educação => cidadania; satisfação; salário-renda
50. DESCONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA: SOLUÇÕES PARA O BRASIL
1) Reforma agrária abrangente e radical
2) Reforma urbana e regularização territorial (Projeto moradia)
3) Imposto sobre estoque de riqueza (once-for-all capital levy – imposto de
solidariedade)
4) Progressividade fiscal aguda, assentada na taxação sobre o capital
(lucro, juro) (e.g., imposto sobre grandes fortunas, herança)
5) Juros baixos
6) Política de crédito discriminatória (micro, pequeno, médio versus grande
empresa) (e.g., “catraca” no BNDES, BB etc)
7) Financiamento para bens de consumo duráveis (banco do povo)
8) Investimento em educação (escola pública, gratuita)
51. EDUCAÇÃO, CULTURA E HEGEMONIA NO BRASIL
1) Deus ex-machina? Atenção com o desvio neoconservador.
2) Retorno caindo em média (principalmente, ensino médio)
3) Retorno da educação superior elevado
4) Futuro retorno na educação superior no modelo neoliberal “sem futuro”?
5) O que fazer com o estoque de quase-pobres, pobres, miseráveis e indigentes
com baixo nível educacional?
6) Elite ignorante e rica versus povo educado pobre?
7) Hegemonia e dimensão cultural (síndrome de casa grande & senzala)
8) Reformas políticas e institucionais (Código Civil versus Penal)
53. Estoque líquido de riqueza privada no Brasil, 1970-95
(valores em R$ bilhões de 1995)
Ano Riqueza privada Riqueza privada/PIB
(%)
1970 418,8 1,97
1975 682,0 1,99
1980 1025,2 2,09
1985 1265,9 2,42
1989 1607,1 2,68
1990 1577,8 2,75
1995 1856,5 2,82
54. Composição do estoque líquido de riqueza privada no Brasil: 1989 e 1995
(valores em R$ bilhões de 1995; participação em %)
Item Estoque Participação Estoque Participação
1989 1989 1995 1995
1. Ativos fixos 1464 91,1 1692 91,1
1.1. Construção 1130 70,3 1370 73,8
1.1.1. Estruturas residenciais 529 32,9 698 37,6
1.1.2. Estruturas não-residenciais 601 37,4 673 36,2
1.2. Máquinas e equipamentos 334 20,8 322 17,3
2. Bens de consumo 114 7,1 113 6,1
2.1. Automóveis 97 6,0 92 5,0
2.2 Eletrodomésticos 17 1,1 21 1,1
3. Ativos monetários e financeiros 29 1,8 52 2,8
3.1. Base monetária 6 0,4 15 0,8
3.2. Títulos públicos em poder do público 83 5,2 103 5,5
3.3. Dívida externa líquida (60) (3,7) (66,0) (3,6)
Total 1607 100,0 1857 100,0
55. Distribuição da riqueza no Brasil, 1999
(valores em US$ bilhões, participação em %)
Ativo Total Participação 1,0% mais rico Participação do
relativa 1% mais rico
Ativos Fixos: total (A) 1295 53,7 567 43,8
Terras 276 11,5 173 62,7
Imóveis Rurais 363 15,1 229 62,9
Imóveis Urbanos 655 27,1 165 25,2
Ativos Financeiros (B) 523 21,7 352 67,2
Moeda 34 1,4 11 33,3
Depósitos de poupança e a prazo 131 5,4 55 42,2
Títulos públicos federais/público 208 8,6 150 72,0
Outros 151 6,2 135 90,0
Patrimônio Líquido das Empresas Privadas (C) 502 20,8 427 85,1
Bens de Consumo Duráveis (D) 91 3,8 15 16,3
Total (A+B+C+D) 2411 100,0 1361 56,5
56. Impacto do imposto de solidariedade (capital levy) na Europa
País/Ano Imposto como uma percentagem da
Receita Oferta Dívida Renda
Fiscal Monetária Pública Nacional
Alemanha (1952) 403,6 338,0 805,5 71,4
Áustria (1948) 17,1 10,8 10,9 3,4
Bélgica (1945) 113,2 33,6 23,1 24,9
Dinamarca (1946) 53,4 10,8 9,0 7,2
Finlândia (1945) 41,8 86,7 24,9 18,9
França (1945) 25,3 9,0 5,5 4,7
Holanda (1946) 78,3 44,8 14,4 27,6
Itália (1947) 88,8 19,5 21,6 5,5
Luxemburgo (1946) 65,4 25,1 26,0 13,4
Noruega (1946) 38,5 8,3 7,0 5,7
57. Impacto do imposto de solidariedade no Brasil, 2001
(impacto como percentagem do valor das variáveis)
Variáveis Variáveis Imposto médio efetivo
(R$ bilhões)
Hipótese I Hipótese II
(10%) (15%)
Estoque de Moeda (M4) 759 12 18
Estoque de títulos públicos federais (poder 624 14 21
público)
Produto Interno Bruto 1185 8 11
Receita Fiscal 272 33 49