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SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO
Antonio Marcos Souza de Oliveira
Edson Leal de Sousa
Erika dos Santos Araújo
Jose Leal da Silva
Sumaia dos Santos Curi
Theago Teles Souza
Prof. Rodrigo Fróes
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Historia (HID O390) – Desenvolvimento da Prática
16/03/2015
RESUMO
Neste Paper abordamos que com a chegada dos negros trazidos da África nos anos coloniais,
ocorreu uma mistura e a formação de religiões, no entanto, com todas as dificuldades a que foram
submetidos, eles não perderam sua fé em suas crenças, proibidos de usa-las, pois infringiam as leis
religiosas da época, que era soberana, não tendo como cultuar suas divindades ou entidades,
assimilaram estar cultuando os deuses católicos em seus altares, mas que na verdade, escondidos
debaixo dos altares dos santos católicos, estavam suas entidades, no qual faziam a verdadeira
adoração de suas crenças, para não serem perseguidos pela igreja, que poderia acusa-los de
hereges, e sentencia-los a morte. Essa cultura só foi aceita a partir do Século XX. E a partir de um
decreto que saiu em 2003 tornou-se obrigatório em escolas brasileiras como cultura afro-
brasileira no ensino fundamental e médio.
Palavras-chave: Sincretismo, Religião, África.
1 INTRODUÇÃO
Sincretismo o termo veio da ilha grega Creta, significa mistura de crenças ou elementos de
uma religião na outra. Com a vinda dos escravos africanos para o Brasil, os europeus decidiram
doutrina-los, não somente nas questões sociais, mas também, na religiosidade. Os europeus
elaboraram uma serie de matérias para a catequização ao catolicismo, e aplicaram a força na cultura
dos escravos.
Porém os escravos foram mais espertos, e com sutileza, encontraram um jeito para continuar
seus ritos de berço, o que deu origem ao sincretismo no Brasil. Os escravos rezavam diante de uma
2
imagem de santo católico, porem em dialeto iorubá, quando na verdade prestavam suas devoções
aos deuses africanos, e os europeus eram ludibriados, e acabavam acreditando mesmo na
catequização dos negros.
3 CAMDOMBLE E UMBANDA: RELIGIOES AFRICANAS E SINCRETISMO
RELIGIOSO
Em pouco mais de quinhentos anos de história, praticamente quatrocentos foram de
escravidão no Brasil. Por isso, parte da história arte afro-brasileira trás consigo a banzo1, a opressão
e o anseio pela liberdade.
Quando os negros chegaram ao Brasil traziam consigo sua cultura religiosa com o nome de
Candomblé.
Entre eles se destacavam dois grupos; os bantos (que vinham de regiões como o Congo,
Angola e Moçambique) e os sudaneses, que vinham da Nigéria e do Benin (e que são os iorubas, ou
nagôs, e os jejês).
O candomblé era encarado como bruxaria, por isso era proibido e sua prática era reprimida
pelas autoridades policiais. Assim os negros passavam a cultuar suas divindades e seguir seus
costumes religiosos secretamente, para disfarçar, identificavam seus deuses com os santos da
religião católica. Exemplo: quando rezavam em sua língua para Santa Barbara, estavam cultuando
Iansã, quando se dirigiam a Nossa Senhora da Conceição estavam falando com Iemanjá. Esse
processo foi chamado de sincretismo religioso.
Dentro dos rituais do candomblé, existe muita beleza em suas realizações nos ritmos de
atabaques, cantos em idioma ioruba ou nagô, que variam conforme o Orixá que esta sendo cultuado.
As cerimônias do Candomblé são realizadas nos terreiros que hoje são casas ou templos, mas
expressam no nome suas origens.
4 CANDOMBLE E SEUS ORIXAS:
1
«Processo psicológico causado pela desculturação, que levava os negros africanos escravizados, transportados para
terras distantes, a um estado inicial de forte excitação, seguido de ímpetos de destruição e depois de uma nostalgia
profunda, que induzia à apatia, à inanição e, por vezes, à loucura ou à morte». («Banzo», 2012)
3
Logum, Obá, Ogum, Oxalá, Oxum, Tempo, Xangô, Nanã, Obalauê, Ossae, Oxóssi,
Oxumare, Vunji. Os ritos são dirigidos por um pai de santo que tem o nome africano de babalorixa
ou mãe de santo ialorixa.
Também são feitas oferendas e consultas espirituais, através do jogo de búzios um tipo de
concha do mar que e usado como um oráculo para orientar e fazer precisões.
Atualmente os terreiros de candomblé mais próximos estão na Bahia2, no ano de 1897 a
imprensa de alguns dos principais estados marginalizaram a religião dos escravos trazidos para o
Brasil.
Candomblé, durante todo o dia de ontem houve infernal candomblé em uma casa de africanos a rua
do poço, como, infelizmente, não existe lei que garanta o sossego publico, não e de admirar que
dentro da cidade tenham lugar vergonhosos espetáculos que depõem contra os costumes.
APÊNDICE
2
A Bahia, de 04 de janeiro de 1900:
“No gantois, 02 distritos da vitoria, há dias esta funcionando um selvagem candomblé que ate às 11 horas da noite
incomoda o sossego publico, dizem que há ordens expressas do chefe da policia contra semelhante divertimento
africano. Contudo, a orgia vai por diante a quase sempre se repete ali, no gantois”.
4
Ajalá: orixá da Criação responsável pela cabeça dos seres humanos.
Erinlé: orixá da mata que margeia os rios; caçador pai de Logum Edé.
Euá: orixá das fontes, guardiã dos segredos.
Exu: orixá mensageiro; dono das encruzilhadas e guardião da porta de entrada das casas.
Iansã ou Oiá: orixá dos ventos, do raio, da tempestade, uma das esposas de Xangô.
Ibejis: orixás gêmeos, protetores da infância.
Iemanjá: orixá do mar, mãe dos orixás e mãe da humanidade.
Ifá ou Orunmilá: orixá do jogo de búzios, o senhor do oráculo.
Iroco: orixá da gameleira branca.
Logum Edé: orixá da caça e da pesca; filho de Erinlé com Oxum.
Nanã: orixá da lama, a mais antiga divindade do candomblé, mãe de Omulu e Oxumarê.
Obá: orixá dos serviços domésticos, uma das esposas de Xangô.
Odudua: orixá criador da Terra.
Ogum: orixá do ferro, da metalurgia, da agricultura e da guerra.
Omulu ou Obaluaê: orixá da varíola, protetor contra as pestes.
Oquê: orixá da montanha.
Oraniã: orixá das profundezas da Terra.
Orixá Ocô: orixá da agricultura.
Ossaim: orixá das folhas; herborista que cura com as ervas.
Oxaguiã: orixá criador da cultura material; Oxalá quando jovem.
Oxalá ou Obatalá: orixá da Criação, o que criou a humanidade.
Oxalufã: Oxalá quando velho.
Oxóssi: orixá da caça e da fartura.
Oxum: orixá das águas doces, da fertilidade e da beleza; uma das esposas de Xangô.
Oxumarê: orixá do arco-íris.
Xangô: orixá do trovão e da justiça.
5 ORIXÁS E SANTOS NO SINCRETISMO:
Orixá Santo católico Em que se relacionam o que há de comum entre eles
Exu O diabo Os traços sexuais explícitos de Exu, sua liberdade em aceitar qualquer
pedido de devotos e clientes, e seu gosto em provocar confusão,criaram
uma imagem errônea, que o associou ao mal e ao diabo cristão.
5
Ogum SantoAntonio Sãoduas as facesdo santoguerreiro,lembrandoque santo
AntoniodefendeuaBahiadas invasõesestrangeiras.
SãoJorge Os doisguerreirosarmadosse identificamnummesmoherói que
derrotaos dragõesde todoo dia.
Oxóssi SãoJorge Porque SãoJorge matouo dragão da maldade,e Oxóssi matouo
pássaromaléfico,osdoisheróisse fizeramum.
SãoSebastião As flechasdoOrixá caçadore as flechasdosanto mártirse
confundemnumacoisasó.
Ossaim SantoOnofre Santoe Orixá se juntampor causa dasfolhas,que Ossaimusa
para curar, e o santo,para cobrir sua nudezeremita.
Omulu SãoRoque e
SãoLázaro
Doençasterríveisque corroema pele sãoa marca comumde
Omulu,SãoRoque e SãoLázaro.
Xangô SãoJerônimo O poderde defenderohomemdastempestades é oatributo
compartilhadoporXangôe SãoJerônimo.
SãoJoão O fogo,elementode Xangô,estapresente nafogueiradafesta
juninade SãoJoão.
Ibejis SãoCosme e
SãoDamião
Os santosCosme e DamiãodividemcomosIbejisosagrado
mistériodosgêmeos.
Iansã Santa Bárbara A proteçãocontrao raiopode ser alcançadainvocando-seIansã
ou Santa Bárbara.
Oxum NossaSenhora
da Conceição
Oxumé umadas grandesmãesdoCandomblé,assimcomoa
NossaSenhoraé a grande mãe doscatólicos.
Nanã Santana A idade avançadade Nanã e de Santana,mãe da virgemMariae
avó de Jesus,fezdelasumasó.
Iemanjá NossaSenhora
da Conceição
Iemanjá,agrande mãe dosOrixáse da humanidade,se confunde
com NossaSenhora, mãe de Deuse mãe dos homens.
NossaSenhora
dos Navegantes
O mar aproximao Orixá e a santa, igualmente padroeiras dos
navegantese pescadores.
Oxaguiã MeninoJesus Oxaguiã,consideradoOxalá quandojovem,sópodiaacabar
identificadocomJesusquando menino.
Oxalá JesusCristo Oxalá é o maiordos Orixás,ocriadordo homeme filhomaisvelho
de Olorum, O deussupremo,Jesus é ofilhode DeusPai,ocriador.
6
6 UMBANDA
Décadas depois da abolição da escravatura, no início do Século XX neste país, na cidade de
Niterói, originou se no Rio de Janeiro, um culto afro-brasileiro muito importante: A Umbanda, ela
inclui práticas de Candomblé, do Catolicismo, e do espiritismo. É um culto mais brasileiro, mais
simples e mais popular, até porque seu idioma é o português, e não a língua, ou dialetos africanos.
A Umbanda também sofreu perseguições, muitos terreiros foram invadidos pela policia e
seus praticantes foram presos, e todos os objetos de seus rituais apreendidos, muitos tiveram pena
de morte, outros prisão perpetua. Com a proclamação da republica, a igreja e o estado se separaram,
a partir daí, tornou se um contrassenso a policia discriminar uma religião, desse modo a Umbanda
deixou de ser perseguida e foi conquistando muitos seguidores.
Para a Umbanda, o Universo esta povoado de entidades espirituais que são chamadas de
guias e se comunicam através de uma pessoa iniciada, o médium. As guias se apresentam como
pomba-gira ou preto-velho, caboclo. O caboclo é a representação do índio brasileiro, o preto-velho
representa o negro no cativeiro. Existem muitas diferenças na maneira como a religião é praticada
nos diversos templos e terreiros de Umbanda, e nas diversas regiões do Brasil.
Princípios: amor, caridade, respeito ao próximo e fé. Os Orixás da Umbanda: Iansã,
Iemanjá, Nanã, Ogum, Oxalá, Obalaué, Oxossi, Oxum, Xangô.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo dos séculos, os negros africanos eram escravizados e trazidos para o Brasil,
cruzando o oceano numa viagem sem retorno, com eles também vinham seus Deuses, seus rituais
suas crenças, um universo que sobreviveria mantendo um historia no Brasil, muitas vezes
clandestina e se adequando ao contato com o cristianismo e à cultura indígena, transformando se em
uma das religiões populares do Brasil e deixando algum legado no Brasil e assim desde então é
conhecida como sincretismo mistura de religiões chamada sincretismo afro-brasileira.
8 REFERENCIAS
As religiões africanas do Brasil. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1989.
7
SILVA, VAGNER GONÇALVES. Candomblé e Umbanda. Caminhos da devoção brasileira.
São Paulo, Ática 1994.
GALVAO, OTÁVIO N. As faces da devoção no tambor de criolo: um estudo nos terreiros de
tambor de mina e no catolicismo, monografia em C. Sociais, Uma, 2008.
RODRIGUES N. Os africanos no Brasil. 4. ED. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1976.
WWW.brasilescola.com/religião/candomblé.html

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Paper sobre Sincretismo Afro Brasileiro

  • 1. SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO Antonio Marcos Souza de Oliveira Edson Leal de Sousa Erika dos Santos Araújo Jose Leal da Silva Sumaia dos Santos Curi Theago Teles Souza Prof. Rodrigo Fróes Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Licenciatura em Historia (HID O390) – Desenvolvimento da Prática 16/03/2015 RESUMO Neste Paper abordamos que com a chegada dos negros trazidos da África nos anos coloniais, ocorreu uma mistura e a formação de religiões, no entanto, com todas as dificuldades a que foram submetidos, eles não perderam sua fé em suas crenças, proibidos de usa-las, pois infringiam as leis religiosas da época, que era soberana, não tendo como cultuar suas divindades ou entidades, assimilaram estar cultuando os deuses católicos em seus altares, mas que na verdade, escondidos debaixo dos altares dos santos católicos, estavam suas entidades, no qual faziam a verdadeira adoração de suas crenças, para não serem perseguidos pela igreja, que poderia acusa-los de hereges, e sentencia-los a morte. Essa cultura só foi aceita a partir do Século XX. E a partir de um decreto que saiu em 2003 tornou-se obrigatório em escolas brasileiras como cultura afro- brasileira no ensino fundamental e médio. Palavras-chave: Sincretismo, Religião, África. 1 INTRODUÇÃO Sincretismo o termo veio da ilha grega Creta, significa mistura de crenças ou elementos de uma religião na outra. Com a vinda dos escravos africanos para o Brasil, os europeus decidiram doutrina-los, não somente nas questões sociais, mas também, na religiosidade. Os europeus elaboraram uma serie de matérias para a catequização ao catolicismo, e aplicaram a força na cultura dos escravos. Porém os escravos foram mais espertos, e com sutileza, encontraram um jeito para continuar seus ritos de berço, o que deu origem ao sincretismo no Brasil. Os escravos rezavam diante de uma
  • 2. 2 imagem de santo católico, porem em dialeto iorubá, quando na verdade prestavam suas devoções aos deuses africanos, e os europeus eram ludibriados, e acabavam acreditando mesmo na catequização dos negros. 3 CAMDOMBLE E UMBANDA: RELIGIOES AFRICANAS E SINCRETISMO RELIGIOSO Em pouco mais de quinhentos anos de história, praticamente quatrocentos foram de escravidão no Brasil. Por isso, parte da história arte afro-brasileira trás consigo a banzo1, a opressão e o anseio pela liberdade. Quando os negros chegaram ao Brasil traziam consigo sua cultura religiosa com o nome de Candomblé. Entre eles se destacavam dois grupos; os bantos (que vinham de regiões como o Congo, Angola e Moçambique) e os sudaneses, que vinham da Nigéria e do Benin (e que são os iorubas, ou nagôs, e os jejês). O candomblé era encarado como bruxaria, por isso era proibido e sua prática era reprimida pelas autoridades policiais. Assim os negros passavam a cultuar suas divindades e seguir seus costumes religiosos secretamente, para disfarçar, identificavam seus deuses com os santos da religião católica. Exemplo: quando rezavam em sua língua para Santa Barbara, estavam cultuando Iansã, quando se dirigiam a Nossa Senhora da Conceição estavam falando com Iemanjá. Esse processo foi chamado de sincretismo religioso. Dentro dos rituais do candomblé, existe muita beleza em suas realizações nos ritmos de atabaques, cantos em idioma ioruba ou nagô, que variam conforme o Orixá que esta sendo cultuado. As cerimônias do Candomblé são realizadas nos terreiros que hoje são casas ou templos, mas expressam no nome suas origens. 4 CANDOMBLE E SEUS ORIXAS: 1 «Processo psicológico causado pela desculturação, que levava os negros africanos escravizados, transportados para terras distantes, a um estado inicial de forte excitação, seguido de ímpetos de destruição e depois de uma nostalgia profunda, que induzia à apatia, à inanição e, por vezes, à loucura ou à morte». («Banzo», 2012)
  • 3. 3 Logum, Obá, Ogum, Oxalá, Oxum, Tempo, Xangô, Nanã, Obalauê, Ossae, Oxóssi, Oxumare, Vunji. Os ritos são dirigidos por um pai de santo que tem o nome africano de babalorixa ou mãe de santo ialorixa. Também são feitas oferendas e consultas espirituais, através do jogo de búzios um tipo de concha do mar que e usado como um oráculo para orientar e fazer precisões. Atualmente os terreiros de candomblé mais próximos estão na Bahia2, no ano de 1897 a imprensa de alguns dos principais estados marginalizaram a religião dos escravos trazidos para o Brasil. Candomblé, durante todo o dia de ontem houve infernal candomblé em uma casa de africanos a rua do poço, como, infelizmente, não existe lei que garanta o sossego publico, não e de admirar que dentro da cidade tenham lugar vergonhosos espetáculos que depõem contra os costumes. APÊNDICE 2 A Bahia, de 04 de janeiro de 1900: “No gantois, 02 distritos da vitoria, há dias esta funcionando um selvagem candomblé que ate às 11 horas da noite incomoda o sossego publico, dizem que há ordens expressas do chefe da policia contra semelhante divertimento africano. Contudo, a orgia vai por diante a quase sempre se repete ali, no gantois”.
  • 4. 4 Ajalá: orixá da Criação responsável pela cabeça dos seres humanos. Erinlé: orixá da mata que margeia os rios; caçador pai de Logum Edé. Euá: orixá das fontes, guardiã dos segredos. Exu: orixá mensageiro; dono das encruzilhadas e guardião da porta de entrada das casas. Iansã ou Oiá: orixá dos ventos, do raio, da tempestade, uma das esposas de Xangô. Ibejis: orixás gêmeos, protetores da infância. Iemanjá: orixá do mar, mãe dos orixás e mãe da humanidade. Ifá ou Orunmilá: orixá do jogo de búzios, o senhor do oráculo. Iroco: orixá da gameleira branca. Logum Edé: orixá da caça e da pesca; filho de Erinlé com Oxum. Nanã: orixá da lama, a mais antiga divindade do candomblé, mãe de Omulu e Oxumarê. Obá: orixá dos serviços domésticos, uma das esposas de Xangô. Odudua: orixá criador da Terra. Ogum: orixá do ferro, da metalurgia, da agricultura e da guerra. Omulu ou Obaluaê: orixá da varíola, protetor contra as pestes. Oquê: orixá da montanha. Oraniã: orixá das profundezas da Terra. Orixá Ocô: orixá da agricultura. Ossaim: orixá das folhas; herborista que cura com as ervas. Oxaguiã: orixá criador da cultura material; Oxalá quando jovem. Oxalá ou Obatalá: orixá da Criação, o que criou a humanidade. Oxalufã: Oxalá quando velho. Oxóssi: orixá da caça e da fartura. Oxum: orixá das águas doces, da fertilidade e da beleza; uma das esposas de Xangô. Oxumarê: orixá do arco-íris. Xangô: orixá do trovão e da justiça. 5 ORIXÁS E SANTOS NO SINCRETISMO: Orixá Santo católico Em que se relacionam o que há de comum entre eles Exu O diabo Os traços sexuais explícitos de Exu, sua liberdade em aceitar qualquer pedido de devotos e clientes, e seu gosto em provocar confusão,criaram uma imagem errônea, que o associou ao mal e ao diabo cristão.
  • 5. 5 Ogum SantoAntonio Sãoduas as facesdo santoguerreiro,lembrandoque santo AntoniodefendeuaBahiadas invasõesestrangeiras. SãoJorge Os doisguerreirosarmadosse identificamnummesmoherói que derrotaos dragõesde todoo dia. Oxóssi SãoJorge Porque SãoJorge matouo dragão da maldade,e Oxóssi matouo pássaromaléfico,osdoisheróisse fizeramum. SãoSebastião As flechasdoOrixá caçadore as flechasdosanto mártirse confundemnumacoisasó. Ossaim SantoOnofre Santoe Orixá se juntampor causa dasfolhas,que Ossaimusa para curar, e o santo,para cobrir sua nudezeremita. Omulu SãoRoque e SãoLázaro Doençasterríveisque corroema pele sãoa marca comumde Omulu,SãoRoque e SãoLázaro. Xangô SãoJerônimo O poderde defenderohomemdastempestades é oatributo compartilhadoporXangôe SãoJerônimo. SãoJoão O fogo,elementode Xangô,estapresente nafogueiradafesta juninade SãoJoão. Ibejis SãoCosme e SãoDamião Os santosCosme e DamiãodividemcomosIbejisosagrado mistériodosgêmeos. Iansã Santa Bárbara A proteçãocontrao raiopode ser alcançadainvocando-seIansã ou Santa Bárbara. Oxum NossaSenhora da Conceição Oxumé umadas grandesmãesdoCandomblé,assimcomoa NossaSenhoraé a grande mãe doscatólicos. Nanã Santana A idade avançadade Nanã e de Santana,mãe da virgemMariae avó de Jesus,fezdelasumasó. Iemanjá NossaSenhora da Conceição Iemanjá,agrande mãe dosOrixáse da humanidade,se confunde com NossaSenhora, mãe de Deuse mãe dos homens. NossaSenhora dos Navegantes O mar aproximao Orixá e a santa, igualmente padroeiras dos navegantese pescadores. Oxaguiã MeninoJesus Oxaguiã,consideradoOxalá quandojovem,sópodiaacabar identificadocomJesusquando menino. Oxalá JesusCristo Oxalá é o maiordos Orixás,ocriadordo homeme filhomaisvelho de Olorum, O deussupremo,Jesus é ofilhode DeusPai,ocriador.
  • 6. 6 6 UMBANDA Décadas depois da abolição da escravatura, no início do Século XX neste país, na cidade de Niterói, originou se no Rio de Janeiro, um culto afro-brasileiro muito importante: A Umbanda, ela inclui práticas de Candomblé, do Catolicismo, e do espiritismo. É um culto mais brasileiro, mais simples e mais popular, até porque seu idioma é o português, e não a língua, ou dialetos africanos. A Umbanda também sofreu perseguições, muitos terreiros foram invadidos pela policia e seus praticantes foram presos, e todos os objetos de seus rituais apreendidos, muitos tiveram pena de morte, outros prisão perpetua. Com a proclamação da republica, a igreja e o estado se separaram, a partir daí, tornou se um contrassenso a policia discriminar uma religião, desse modo a Umbanda deixou de ser perseguida e foi conquistando muitos seguidores. Para a Umbanda, o Universo esta povoado de entidades espirituais que são chamadas de guias e se comunicam através de uma pessoa iniciada, o médium. As guias se apresentam como pomba-gira ou preto-velho, caboclo. O caboclo é a representação do índio brasileiro, o preto-velho representa o negro no cativeiro. Existem muitas diferenças na maneira como a religião é praticada nos diversos templos e terreiros de Umbanda, e nas diversas regiões do Brasil. Princípios: amor, caridade, respeito ao próximo e fé. Os Orixás da Umbanda: Iansã, Iemanjá, Nanã, Ogum, Oxalá, Obalaué, Oxossi, Oxum, Xangô. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo dos séculos, os negros africanos eram escravizados e trazidos para o Brasil, cruzando o oceano numa viagem sem retorno, com eles também vinham seus Deuses, seus rituais suas crenças, um universo que sobreviveria mantendo um historia no Brasil, muitas vezes clandestina e se adequando ao contato com o cristianismo e à cultura indígena, transformando se em uma das religiões populares do Brasil e deixando algum legado no Brasil e assim desde então é conhecida como sincretismo mistura de religiões chamada sincretismo afro-brasileira. 8 REFERENCIAS As religiões africanas do Brasil. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1989.
  • 7. 7 SILVA, VAGNER GONÇALVES. Candomblé e Umbanda. Caminhos da devoção brasileira. São Paulo, Ática 1994. GALVAO, OTÁVIO N. As faces da devoção no tambor de criolo: um estudo nos terreiros de tambor de mina e no catolicismo, monografia em C. Sociais, Uma, 2008. RODRIGUES N. Os africanos no Brasil. 4. ED. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1976. WWW.brasilescola.com/religião/candomblé.html