1) A história econômica evoluiu de uma visão positivista para interpretações mais críticas e subjetivas, onde não há verdades neutras.
2) Existem diferentes concepções sobre o que é economia, variando de um estudo objetivo de leis a uma ciência política e ideológica.
3) A figura do "Homo Economicus" como agente racional que busca maximizar prazer e minimizar dor é questionada por ignorar aspectos sociais e inconscientes no comportamento humano.
2. História
“Uma das primeiras funções da história econômica é a de ser um fórum
onde vários profissionais podem se encontrar para trocar impressões”.
HICKS, John. Uma história da história econômica.
5. “É que não existe, em toda a sua
pureza, o fato econômico, o fato
político, o fato artístico ou religioso.
O que existe é o fato social, que se
decompõe em diferentes aspectos
que vão constituir campo de
atenção de um outro estudioso [...]
com o desenvolvimento das
pesquisas históricas tornou-se
evidente a necessidade de
especialização. Era impossível a
alguém dominar toda a matéria que
se compreende sob os títulos
ambiciosos de História Universal,
História Geral ou História da
Civilização”.
Francisco Iglésias.
Introdução à historiografia Econômica.
6. O que é
HISTÓRIA?
A História Geral realmente é geral?
“O que se chama História Universal é uma escolha e
combinação de elementos, feita de modo arbitrário e
com critérios subjetivos”
7. Pré-História
Idade Antiga
Idade Medieval
Idade Moderno
Idade
Contemporânea
Comunism
o Primitivo
M.P.
Escravagista
M.P.
Feudal
“O rosto de uma época é uma
construção homogeneizada”
Foucault.
M.P.
Capitalista
M.P.
Comunista
SOCIEDADE
AGRÍCOLA
SOCIEDADE
INDUSTRIAL
SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO
A tarefa é mostrar como foi construída a coerência e
a unidade de sentido onde só existia o caos e a dispersão.
8. CAÇA COLETA PASTOREIO Agricultura Comércio
ADAM SMITH
Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da
Riqueza das Nações
9. “Todas as formas de
evolução cultural tratam o
tempo do passado como
algo homogêneo, de modo
que permita a comparação
de diferentes sociedades,
pregando etiquetas nas
sociedades de acordo com
uma sequência tipológica
previamente definida. Isso
não é um processo neutro:
é a politização do tempo”
10. “Pretendo escrever a presente história a
fim de que as ações dos homens não se
deixem apagar pelo tempo e que os
grandes e admiráveis empreendimentos
tanto dos gregos quanto dos bárbaros
(Persas) não fiquem sem a admiração e
os elogios merecidos”.
“Contar o que realmente aconteceu”
- Objetivo da história: tornar imortal os
grandes feitos. Narrar o extraordinário.
- “Historie” – ver, procurar, pesquisar
sobre.
- “Histor” – aquele que vê, aquele que é
testemunha.
Heródoto
(484-420 a.C)
11. a) Ciência Social é da mesma grandeza das
Ciências Naturais.
-Idéia de conhecimento científico como verdade;
-A Razão capacidade do homem em julgar e descobrir a
verdade.
-A verdade é algo que está fora do sujeito e o sujeito é capaz
de apanhá-la. Pesquisar as LEIS que regem os fenômenos.
História como reprodução fiel e confiável do que aconteceu.
12. b) Crença na capacidade de neutralidade do sujeito
“É possível o conhecimento sem juízo de valor”
“A história deve ser escrita tal qual”
“Os fatos falam por si mesmo”
IMPARCIALIDADE/ NEUTRALIDADE
c) Objeto de pesquisa
O POSITIVO = é sujeito ao método da observação e
experimentação; verificável. “Onde não há documentos, não
há história”
A sociedade é regida por
Invariáveis passíveis de observação (causa e efeito)
13. “Nas Ciências Sociais, o fenômeno
ideológico é intrínseco, pois está
no sujeito e no objeto. A própria
realidade social é ideológica”.
“A neutralidade é um truque, é um
golpe do cientista social que
pretende viver tranquilamente à
sobra do poder”.
“Qualquer modelo que se pretende
criar a partir da observação de
uma dada realidade é sempre
simplificador. Tenta cristalizar,
apreender a essência de algo que
é complexo, dinâmico e instável”
14. “No conhecimento histórico não se
quer neutralidade, passividade,
serenidade e universalidade. A
verdade universal se pulverizou em
análises pessoais. Não se busca
mais o absoluto e não se quer mais
produzir uma obra de valor universal.
O conhecimento histórico é múltiplo
e não definitivo: são interpretações
de interpretações. A realidade é
produzida por jogos de linguagem.
O ser é um diferença constante, isto
é, temporal e inessencial”.
15. “Narrar uma
história, mesmo
que ela tenha
acontecido, é
reinventá-la”
De Certeau.
(1925 - 1985)
16. “Não há saber neutro, todo saber
é político [...] os discursos que
não são em si nem verdadeiros
nem falsos [...] a ciência é um
depósito de discursos com status
privilegiados, pois são atingidos
por efeitos de verdade, rituais
que o fazem aceitos sem
questionamento”.
Microfísica do Poder.
17. “Entre a Ciência e a Ideologia não
há espaços demarcatórios”.
“Não há saber neutro,
todo saber é político”
“As verdades não são descobertas pelo
homem, mas construídas por ele”
“A verdade não existe
fora do poder ou sem
poder”.
“Ao lermos não resgatamos sentidos,
mas o produzimos”.
21. “A Economia é o estudo de
como o homem ganha o
pão de cada dia [...] A
economia é o estudo de
como o homem garante sua
suficiência material, ou de
como as sociedades fazem
para obter recursos
materiais”.
22. “Economia é a ciência que
estuda as relações sociais
de produção, circulação e
distribuição de bens
materiais, definindo as leis
que regem tais relações”.
23.
24. “Economia é uma
ciência social que estuda
a administração dos
recursos escassos entre
usos alternativos e fins
competitivos”.
(Livro “Economia”)
26. “Economia é o estudo
de como a sociedade
administra seus
recursos escassos”
27. “Os economistas atribuem-se
a missão, quer de pesquisar,
quer de ensinar a natureza da
riqueza e as leis de sua
produção e de distribuição”
1848
Inglês (1806-1873)
28.
29. “Propiciar ao povo um rendimento abundante e
fornecer ao Estado um rendimento suficiente é,
seguramente, um duplo objeto muito sério e, se a
Economia Política nos faz atingi-lo, presta-nos
relevante serviço. Entretanto, não vejo que isso
seja o objeto de uma ciência propriamente dita
[...] se a Economia Política fosse o que diz A.
Smith e se não passasse disso, seria seguramente
um estudo muito interessante, mas não seria
uma ciência propriamente dita. Dessa maneira, é
preciso afirmá-lo: a Economia Política é coisa
diferente do que A. Smith diz. Antes de pensar
em propiciar ao povo um rendimento abundante
e antes de ocupar-se em fornecer ao Estado um
rendimento suficiente, o economista busca e
descobre verdades puramente científicas [...] A
utilidade e a equidade, o interesse e a justiça, são
duas ordens de considerações muito diferentes”
30.
31. Ciência Econômica
Economia Aplicada
(objetividade, exatidão)
Razão = Verdade
Economia
Político-Social
(Subjetividade, relatividade)
Não existe verdades, ao
menos, temporariamente.
Matemática,
Engenharia,
Estatística
Econometria
História,
Sociologia,
Política.
História
Econômica
- “TEORIA DAS ELITES”
León Walras
“A distribuição de riqueza não é um tema econômico e sim sociológico”
“A história revela que as LEIS ECONOMICAS sofrem variações, portanto, não relativas”
Ceteris Paribus
As Leis Econômicas são
indiferentes aos Pobres e às
“lutas entre classes sociais”.
32. “A Economia adquiriu
progressivamente status de ciência
depois da publicação, em 1776, de A
Riqueza das Nações, de Adam Smith.
No século XIX, uma vasta produção de
estudos da então chamada Economia
Política consolidou-a como disciplina
socialmente reconhecida [...] A partir
de 1870, houve uma mudança
substancial no pensamento
econômico dominante: a chamada
revolução marginalista alterou o foco
da análise econômica, sendo
sintomática a troca do nome da
disciplina de Economia Política para
Economia” p. 3
34. 1879
- A Teoria Pura do Comércio
Exterior.
- A Teoria Pura dos Valores
Domésticos.
1890: Princípios de Economia.
PERIGO COMUNISTA: melhor
eliminar a história e a
sociologia do debate
econômico.
Poder do monopólio: ainda
não era tão sentida, por isso,
acreditavam na concorrência
perfeita e na harmonia
econômica. Não há espaço
para crise.
1842 e 1924
35. Inimigo declarado do Comunismo.
Foi apoiador do fascismo italiano.
O instrumental analítico do equilíbrio
geral é uma lei na qual fundamenta
muito mais a não intervenção do Estado
em questões distributivas, do que nas
produtivas.
Ótimo de Pareto: mensura a satisfação
máxima do agente econômico. O ponto
em que não há como ganhar mais.
(é um louvor à concentração de renda).
Princípio de Pareto: Estudos mostram
que 20% dos clientes respondem por
mais de 80% dos lucros de qualquer
negócio.
PRAZER: consumo de
utilidades econômicas.
36.
37. “O homem nasce
bom, a sociedade é
que o corrompe”
Rousseau
“O homem é lobo (predador) do homem” Thomas Hobbes
38. “A Economia estuda o comportamento de agentes racionais na
alocação de recursos escassos entre fins alternativos”.
“A Economia estuda a alocação de recursos escassos (dinheiro,
capacidade de trabalho, energia, etc.) entre fins alternativos (lazer,
segurança, sucesso, etc.) por parte dos proprietários de recursos
que buscam obter o máximo benefício por unidade de dispêndio”.
39. “O prazer e o sofrimento são
indiscutivelmente o objeto último
do cálculo da Economia.
Satisfazer ao máximo as nossas
necessidades com o mínimo de
esforço – obter o máximo do
desejável à custa do mínimo
indesejável – em outras
palavras, maximizar o prazer é
o problema da Economia” p. 47.
“É óbvio que a Economia se baseia
de fato nas leis do prazer humano”
p. 48
40. HOMO ECONOMICUS:
Egoísta,
Individualista,
Interesseiro, etc.
A base da Conduta Econômica do Homem é: maximizar o
prazer e minimizar a dor. Seus Desejos e Vontades estão em
prol de seu bem-estar.
O prazer individual é a finalidade da vida. O trabalho tem
a ver com as necessidades deles, portanto, com interesses.
Parte dos marxistas não está em acordo sobre a existência
de uma natureza humana, já que o trabalho faz o homem.
41. “O homem não age
racionalmente sempre
[...] o inconsciente se
manifesta sem o
controle da razão”
“A nossa civilização
racional é em grande
parte responsável pelas
nossas desgraças.
Seríamos muito mais
felizes se a
abandonássemos e
retornássemos às
condições primitivas”.
FREUD (1856/ 1939)
42. “A espécie humana teve sabedoria para criar
a ciência e a arte, por que não criou a
justiça e a paz? [...] No capitalismo, uma
boa safra é um desastre; o sistema não
funciona bem na paz, produzir armamento
traz equilíbrio econômico”
“Nos países de primeiro mundo, 90% são
alfabetizados, como compreender que eles
foram os atores das guerras [...] a educação
não livra ninguém da barbárie [...] a
Sociedade Moderna é carente de
sanidade mental , não podemos dizê-la
que é raciona.l”
“Este livro trata da patologia da normalidade,
particularmente, da patologia da sociedade
ocidental contemporânea”
Erich Fromm
(Alemanha, 1900-1980).
43. O fracasso das sociedades baseadas no interesse próprio e na ganância.