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Liderança cristã
Índice
Liderança Cristã – Aprendendo com a Bíblia
1. - O que é liderança 1
1. – A Administração 1
2. - Dicas Gerais de Administração 3
2. - A liderança em Jesus e outros personagens 3
1. - O maior exemplo de todos 3
2. – Outros exemplos de liderança 4
3. - Aspectos Teológicos da liderança cristã 6
1. – O líder cristão é um condutor 6
2. – O líder cristão é servo 6
3. – O líder cristão e o poder 7
4. - A pessoa do Líder 7
1. – Conceito de líder 7
2. – Conceito de liderança 8
3. – Qualidades necessárias ao líder 9
4. – As principais funções do líder 10
1. - Liderança Cristã 11
1. – Qualidades de um líder cristão 11
2. – Regras para motivar seus liderados 12
3. – O modelo de liderança de Jesus 13
2. - Liderança Cristã 14
1. - O líder e as Críticas 14
2. - Fazendo Críticas 14
3. - Recebendo Críticas 16
3. – O líder e a supervisão constante 17
1. – A vida cristã – Conduta e devocional de um líder 17
2. – O pastoreio de pastores 18
3. – A necessidade da teologia para novos líderes19
- Bibliografia sobre a liderança.........................................................20
Reflexão...
 Há uma proposta para nós, uma proposta que
nos é apresentada por Jesus: Reino de Deus
 O que é este Reino?
 Quem chega até ele? Quem somos nós diante
dele?
 Há uma condição apontada por Jesus: a
condição do serviço – o serviço ao Reino.
 E nós, a quem servimos? Como servimos?
 Há uma perspectiva: do seguimento. O
seguimento de Jesus e do seu serviço ao Reino.
LIDERANÇA CRISTÃ
Aprendendo com a Bíblia
1.- O QUE É LIDERANÇA
Segundo o dicionário:
Algo ou alguém que está ou vem ocupando o primeiro lugar em;
Ofício, lugar ocupado ou natureza de líder;
Autoridade; tendência para chefiar ou para demonstrar autoridade;
Alguém ou grupo de indivíduos que exerce algum tipo de chefia:
Ser líder é uma posição de destaque de alguém em relação
a um grupo ou situação. Assim, faz-se necessário pensar sobre
esta posição e suas consequências quando se trata de seguir o
exemplo de Cristo como líder.
A Bíblia é nossa regra de fé e prática. Cremos e praticamos o que
aprendemos nela. Assim para iniciar qualquer estudo teológico
com base cristã, devemos mergulhar nas páginas de nosso livro e
para falar de liderança, como falar em Jesus Cristo e nas histórias
de homens e mulheres ali descritas.
Vamos aos exemplos:
1. A ADMINISTRAÇÃO
Falar da liderança de Jesus com certeza traz alguns pontos importantes de
sua vida, de sua missão e é claro da forma como agiu aqui na Terra. Um
verdadeiro líder por excelência, um exemplo a ser estudado, seguido, e
ensinado a todos e em todas as áreas. Para entender a liderança de Jesus,
devemos entender alguns conceitos de liderança e associá-los a missão
cristã.
A Administração é um tipo de ciência com foco na
gestão dos recursos humanos e materiais de um
negócio. O que conhecemos hoje como administração de
empresas é devido ao trabalho de Frederick Taylor, ele foi o
idealizador da teoriada administração científica.
O taylorismo, que tem em sua principal característica a ênfase nas
tarefas, com o objetivo de otimizar a eficiência delas a um nível
operacional.
O taylorismo trabalha com cinco princípios, são eles:
substituição de métodos baseados na experiência por metodologias
cientificamente testadas;
seleção e treinamento rigoroso dos trabalhadores,
de modo a descobrir suas melhores competências, as quais devem ser
continuamente aperfeiçoadas;
supervisão contínua do trabalho;
execução disciplinada das tarefas, de modo a evitar desperdícios;
fracionamento do trabalho na linha de montagem para singularizar as
funções produtivas de cada trabalhador.
Outras técnicas importantes de administração tambem devem ser
aprendidas por aqueles que querem exercer a liderança. Dentre elas
podemos citar:
Análise SWOT (em inglês) ou FOFA (Sigla em português)
Técnica usada para identificar e propor ações que ao mesmo tempo
corrijam vulnerabilidades e destaquem potencialidades.
Significando, Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.
A sua aplicação permite ao gestor identificar pontos positivos e negativos
atuais e também projetar uma visão de futuro, entendendo o que se
coloca como tendência. Basicamente, as conclusões da análise são
obtidas a partir de quatro questionamentos:
Forças: Quais são os reais pontos fortes do negócio? Fraquezas: Quais os
reais pontos fracos do negócio? Oportunidades: Quais são as
oportunidades para o negócio? Ameaças: Quais são os riscos para o
negócio?
Árvore de Decisão
Esta técnica é muito eficiente para tomada de decisões importantes
dentro do negócio. Basicamente, ela lida com probabilidades de
custos, riscos e benefícios de cada decisão e, a partir desses
fatores, escolhe qual é a mais adequada para a realidade do
negócio.
Elaborar uma árvore de decisão exige uma análise prévia da
instituição, com seus dados mais recentes de crescimento, além
das metas que pretende atingir dentro de um prazo determinado. A
partir dessas informações, as decisões podem ser definidas com
mais clareza, bem como as probabilidades cabíveis dentro dela.
1. DICAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO
Capacitação profissional é o conjunto de iniciativas (cursos,
treinamentos) que contribuem para o desenvolvimento de habilidades.
Podendo ser em competências técnicas ou comportamentais. Mas isto não
significa capacitar de forma aleatória, mas criar iniciativas para conseguir
melhores resultados.
Forme multiplicadores na instituição. Escolha pessoas comunicativas,
com perfil pró-ativo e que sejam formadores de opiniões para transmitir
de forma precisa as informações que você deseja. Seu papel é receber de
Deus a visão e repassá-la a estas pessoas que vão multiplicar sua visão.
Identifique o cliente interno. Quem é seu cliente interno e o externo.
Este conceito é extremamente importante para que você possa liderar e
levar sua equipe a fazer o melhor entregando de forma correta para a
pessoa certa.
Levante as necessidades. Não há nada de errado em realizar
entrevistas, questionários, coletar informações, fazer uma pesquisa de
satisfação e de avaliações de desempenho ainda que informal, para
identificar os principais problemas e as forças. É muito importante
prevenir os futuros problemas através do processo de desenvolvimento.
Tenha o controle sobre o processo. Como entender as realidades de
cada área, se você não tem ferramentas para se orientar na tomada de
decisão. Se você não conhece as necessidades, não tem registro da
situação da instituição, isto significa que você não tem mais controle sobre
sua entidade. Tenha sempre de forma clara e organizada todas as
informações para seu controle.
Avalie os resultados. Sempre avalie sua liderança. Busque sempre
entender sua posição, e de toda sua equipe. Tenha sempre informações se
sua liderança está trazendo resultados ou não.
1. - A LIDERANÇA EM JESUS E OUTROS PERSONAGENS
1.- O maior exemplo de todos
I – Liderança em serviço
Aquele que está disposto a servir (Mc. 10:42-44).
Muitos desejam o posto de líder para ficar em evidência, mas Jesus se
preocupou com as pessoas e a com a melhor forma de atender as suas
necessidades. Ele não procurou posição, mas, situações em que pudesse
ser útil ao ser humano.
II - A liderança de Jesus não foi exercício de poder.
Jesus poderia ter abusado do poder. Ele era Deus-
homem e o sabia disso, mas em cada situação de conflito
entre os discípulos, na qual poderia tirar proveito próprio,
ele estava pronto a passar um ensinamento ao grupo, de
modo que a experiência fosse um ponto a mais na vida de
cada um. A liderança de Jesus não era autoritária. Em Lucas
22.25, temos a reação dos discípulos lutando entre si para
saber qual era o maior deles. Naquela hora, Jesus poderia
ter sido áspero e autoritário, mandando-lhes que se
calassem, mas não foi assim. Ele teve controle da situação,
sem, entretanto, se exceder para o autoritarismo.
III. - A liderança de Jesus estava centrada no indivíduo.
Cada pessoa que a ele se achegava recebia uma palavra pessoal, de
carinho e atenção. Temos em nosso meio o perigo de enfatizarmos
demais estruturas e programas em detrimento das pessoas. Para
muitos líderes o importante é o programa realizado. Não interessa
como estão as pessoas.
III. - A liderança de Jesus estava centrada nas escrituras.
O líder Cristão não pode ser um neófito no conhecimento das
Escrituras, mas alguém que além de conhecê-las, vive-as
diariamente, tornando-se uma autoridade pelo viver na verdade.
1.- Outros exemplos de liderança I - Moisés
É notável a liderança de Moisés porque era um homem que apesar
de estar tão bem no palácio, cercado de mordomias, aceitou o
desafio de Deus para renunciar a tudo e conduzir o seu povo. Tinha
dificuldades em falar, veja Ex 4.10, mas colocou-se nas mãos de
Deus para o desempenho da tarefa. Mais tarde, quando o trabalho
aumenta, aceita o conselho de seu sogro Jetro, veja Ex. 18:27, E
DAÍ PODEMOS TIRAR ALGUMAS LIÇÕES:
 Moisés ouviu conselhos:
Um verdadeiro líder é humilde para aceitar opiniões de outros que estão ao seu
redor. Isto não significa que vai abaixar a cabeça para qualquer palavra,
demonstrando uma humildade inexistente. O ouvir de Moisés foi no sentido de ser
sensível à visão que o outro tinha do trabalho e quanto representou de benefício ao
povo.
 Moises deveria treinar os líderes escolhidos antes de entrarem
em contato com o povo:
Ex.18.20 diz... “Ensinar-lhe-ás os estatutos e as leis, e lhes mostrarás o caminho
... e a obra”. Para delegar responsabilidade é preciso antes treinar os futuros
líderes, fornecer recursos de forma que a atividade de liderar seja uma experiência
enriquecedora tanto para quem está à frente do grupo como para o próprio grupo
participante.
 Moisés teve critério para a escolha de líderes:
Não bastou treinar, eram necessárias qualidades pessoais, para os líderes
terem autoridade perante o povo, as qualidades eram:
Homens de capacidade: Ex 18.21.
O líder tem de ser competente, capaz, capacidade é aptidão. Você tem ou
não tem. Um líder capaz pode levar o grupo a concretizar grandes ideias,
pois não se sente ameaçado, mas é seguro em sua maneira de ser.
Conhece seu potencial e suas limitações.
Homens tementes a Deus:
Um líder cristão autêntico é alguém que vive a vida Cristã e não fala apenas sobre
ela. Temer a Deus é viver segundo os seus ensinamentos. O problema é que só
aprendemos os ensinos bíblicos que nos convêm. Os outros ignoramos.
Homens verazes:
Não confundir com vorazes. Veraz é alguém de confiança, voraz é alguém
que destrói o outro. Líderes que inspirem confiança no grupo e não que
traiam essa mesma confiança. Homens verazes eram homens de verdade,
que tinham palavra de peso, como quem se podia contar, quantos líderes
estão falhando nesta característica, pois não são pessoas que falam a
verdade. Vivem no mundo de mentiras. Matem aparências. Um efeito na
formação de sua auto-imagem, quando crianças, que carregam pelo resto
da vida, prejudicando aqueles que os cercam.
Homens devem aborrecer a avareza:
Líderes ciumentos, mesquinhos ou interessados somente no dinheiro não
eram considerados por Moisés. Líderes que aceitam suborno não fazem
parte da lista de homens escolhidos por Deus para o exercício da
liderança.
II - Josué
Com ele aprendemos algumas lições práticas:
Líder submisso á vontade de Deus (Js 6.2).
Na liderança Cristã este passo é fundamental.
Líder que distribui tarefas (Js 6.6-7)
Tal como Moisés, Josué distribui tarefas para facilitar o trabalho.
Não centralizou o poder. Era uma pessoa madura emocionalmente.
Não tinha temores ocultos.
Líder que soube dar ordens claras ao povo (Js 6.10).
Muitas vezes o grupo não reage positivamente porque não
entendeu o que quis o líder. As colocações e intenções do líder
devem ser claras, para que o grupo tenha confiança nele e aceite
os desafios e metas propósitos.
 Josué foi à frente (Js 6.10).
Se você quer, que seu grupo participe, vá na frente o líder Cristão e o
exemplo, o modelo. Não é como alguns pais que deixam as crianças na
porta da igreja é depois voltam para apanhá-las. Quando crescem,
saem da igreja e os pais não entendem o porquê. Esqueceram que o
exemplo é o mais importante.
 Josué estava no comando (Js 6.16).
Apesar de delegar tarefas, Josué não cruzou os braços, mas estava atento
a tudo que acontecia.
 Josué não se esqueceu do compromisso assumido antes (Js
6.22). Salvou Raabe, pois ela havia escondido os dois espias da terra
mandados por ele. Não perdeu sua moral de líder, porque cumpriu uma
promessa. “Esquecer” compromissos mancha a imagem do líder.
 Josué foi um líder que assumiu o erro do grupo (Js 7.6).
Por causa do pecado de Acã. O líder deve compreender que as vitórias
conseguidas são honras do grupo, e os fracassos o líder assume. Isto é
difícil e normalmente acusamos o causador dos transtornos, mas é o
líder que precisa ter maturidade emocional para enfrentar essa
situação.
 Josué resolve o problema (Js 7.13-14).
Após se lamentar com o Senhor, Josué tomou providência para resolver o
problema. Foi buscar a causa. Há líderes que têm medo de enfrentar os
problemas e os deixam passar, alegando que o tempo apaga tudo. É
um risco alto que se corre, pois você pode ir armazenando problemas
que um dia explodirão qual uma bomba. É melhor tratá-los um a um,
ainda quando no nascedouro.
 Josué dá repreensão com amor (Js 7.19).
Apesar de todo o transtorno provocado por Acã, Josué lhe diz: “Filho
meu...” é um líder que chama atenção, é firme, mas é amoroso. Não
machuca a pessoa. Ama a pessoa, apesar do ato praticado.
1. - O líder Cristão é um Condutor:
O rebanho de Deus é grande e ele poderia conduzi-lo sozinho, mas delega
responsabilidade e respeita a nossa liberdade. Como líderes somos
condutores do povo de Deus. “Conduzir com amor, porque o amor não se
contenta com um simples começar; alegra-se com o crescimento do outro
e colabora intensamente para que esse crescimento se concretize”.
Como líderes cristãos, somos condutores do povo de Deus, conscientes e
amadurecidos na fé, buscando o pleno conhecimento de Cristo em nossas
vidas. Além disso, somos mordomos e não donos do grupo. Muitos há que
se julgam donos do grupo que lideram e as pessoas têm que entrar nos
seus moldes. Como líderes Cristãos, é preciso entender que Deus nos
entrega às pessoas e nós somos responsáveis pelo crescimento delas. É
como no caso dos filhos. Eles nos são emprestados por Deus para serem
criados e educados, a fim de cumprirem a tarefa para a qual vieram ao
mundo. Quando os pais são dominadores ou superprotetores não deixam a
crianças desenvolver-se naturalmente.
Ao mesmo, eles têm sérias dificuldades em notar e aceitar quando os
filhos cresceram e precisam tomar o seu rumo. Não entendem que nós,
como pais, somos simplesmente mordomos dos filhos, e não donos.
1. - O líder Cristão é Servo:
Líder e servo parece um paradoxo, parece estranho, mas não o é. É um princípio
bíblico (Mt. 23.11). O Servo é alguém que está entre e não acima daqueles que ele
lidera. Num relacionamento hierárquico, facilita a transmissão de tarefas, mas
dificulta as informações pessoais. Geralmente a comunicação. Nesse caso, tem
uma só via. Um manda, o outro obedece. Já no caso de um relacionamento
nivelado às pessoas são colocadas num mesmo nível, tanto líder como liderados.
Quando o grupo percebe que o líder é como qualquer dos componentes, um ser
humano com falhas e limitações, um ser humano buscando melhorar seu trabalho,
que tem problemas, alegrias e vitórias, é claro que a comunicação se dará em duas
vias. Quando o líder tem a visão de servo em sua liderança, é natural que a
comunicação será bilateral.
A tarefa do servo tem como modelo Jesus Cristo. Ele gastou a sua vida pelos
outros. O líder Cristão gasta a sua vida para o crescimento de seus liderados como
pessoas, visando a edificação do corpo de Cristo.
O método do servo não e de ordens, ele faz com.
1. - O líder Cristão e o Poder:
A narrativa de Lucas 12:41-48 demonstra a preocupação do autor com o
problema permanente no meio Cristão, o Poder. O poder tem a tendência
de corromper especialmente em círculos religiosos, onde o seu uso pode
ser santificado, em nome de Deus. Pedro, ao dirigir a pergunta a Jesus,
dá-lhe oportunidade de falar sobre o abuso de liderança. Na realidade,
Deus espera do mordomo (do Líder) fidelidade e prudência. O mordomo
fiel e prudente usa os bens a ele confiados conforme o desejo do seu
Senhor e é interessante notar que como recompensa Deus dá mais
responsabilidades. Quanto mais fiel é o líder Cristão, mais
responsabilidade Deus lhe acrescenta. É a forma de Deus premiar.
Na parábola referida, o engano por falsa segurança leva o líder a maltratar
as pessoas (Lc 12:45). É o abuso de sua posição, e contra isso Jesus
adverte os seus discípulos.
Muitas vezes, por não compreender a posição que ocupa, o líder pode, em
nome de Deus, exercer poder em demasia, prejudicando as pessoas que
lhe são confiadas. É o líder que conhece a vontade de Deus e não a
cumpre é mais culpado do que aquele que age por ignorância. Ser líder do
povo de Deus não é honra que se procura, mas tremenda responsabilidade
da qual se deve desincumbir com “Temor e Tremor”.
Convém lembrar que a referida parábola contém uma advertência especial
para líderes que usam a sua posição para adquirir vantagens pessoas,
tentando ser senhores e não servos.
Isto se revela no exercício de uma tirania sobre os que não os apoiam e
sendo indulgentes para com os que os apoiam.
Não se esqueça que o cargo que você ocupa é importante porque as
pessoas que estão sob a sua responsabilidade são importantes e merecem
todo respeito e consideração. Que Deus o abençoe nessa caminhada.
1. - A PESSOA DO LÍDER
1. – Conceito de líder
Segundo o dicionário, “líder é o chefe, o condutor, o representante de uma sociedade, de um
partido político ou grupo qualquer”. É um aportuguesamento do inglês ”leader” que foi
adotada por A. Binet a partir de 1900 para designar a pessoa que tem autoridade e
influência num grupo. Há, no entanto que se observar à diferença entre chefiar e liderar.
_Chefiar é atingir objetivos através de recursos humanos e materiais.
_Liderar é levar as pessoas a agir com esforço e dedicação para atingir os objetivos desejados.
O chefe é instituído formalmente. Nasce de um ato burocrático, de alguém de que nomeia, já o
líder nem sempre possui autoridade formal. O chefe se contenta com tarefas; o líder
consegue entusiasmo, interesse pelo trabalho e cooperação. O chefe tem subordinados, o
líder tem seguidores. Uma boa carga genética favorável, pelo tipo de personalidade que
possui, e por outro conhecimento geral de tudo que implica na direção de um grupo e na
arte de liderar. Um líder pode
nascer feito, mas terá de aprimorar técnicas para melhor desempenho da função. Uma pessoa
só com técnicas e não tenha personalidade de liderança terá dificuldades no desempenho da
tarefa. Por isso, ambas são importantes.
Já liderança é a função do líder. O que o líder é torna-se um atributo, mas o que ele faz, uma
relação dele com o grupo, é uma função.
Nicolas M. Butler, antigo presidente da universidade de Columbia
nos Estados Unidos disse que há três tipos de pessoas no mundo:
a)As que não sabem o que está acontecendo.
b)As que observam o que está acontecendo.
c)As que fazem com que as coisas aconteçam.
1.– Conceito de Liderança
é a capacidade de fazer com que as coisas aconteçam. Uma
liderança eficiente também significa liderança responsável. Para
isso é preciso estabelecer alvos e metas a serem alcançados.
I. - A escolha de líderes é assunto grave quando não se considera o grupo nem a
capacidade de líder. A conscientização dessa gravidade é o primeiro passo. É
impressionante a facilidade com que colocamos pessoas liderando grupos sem
preparo devido. Temos que reconhecer que todos nós temos nosso grau de
incompetência. Um excelente líder de adolescentes, pode se perder diante de
adultos. Um eficiente líder de adultos pode traumatizar crianças, ainda em
formação, com maneiras erradas de transmitir conceitos sobre Deus, Pecado,
Salvação, etc. Uma pessoa que trabalha com Crianças precisa conhecer bem
como funciona o desenvolvimento do raciocínio lógico da criança, a fim de
transmitir as verdades bíblicas no grau certo e na hora certa, para que a
“formação de Cristo” na mente infantil seja algo progressivo e adequado,
evitando-se criar nos pequeninos consciência de culpa por não entenderem a
realidade do amor e da graça de Deus.
I. - Estilos
Estilos de liderança é a maneira como o líder desempenha as funções ou os
métodos de administração. Mas esse estilo está preso a fatores como a
personalidade, o caráter, as necessidades do grupo e a situação imediata. O líder
precisa estar atento a isso tudo. O líder além de dirigir o grupo social deve ter a
participação espontânea de seus membros. O líder tanto pode ser estímulo como
reação ao grupo. Está provado que as pessoas interessadas rendem muito mais
em participações.
Os três tipos fundamentais de Liderança são:
_ Autocrática
_ Liberal
_ Democrática
Há variações, mas nos detemos nestas três.
O líder autocrático não se importa em saber o que seus liderados
pensam. Apenas os trata como simples ordenanças. Em geral, é uma
pessoa irritável, brutal, colérica, egoísta e incapaz de compreender os
outros. Às vezes assume papel paternalista tratando as pessoas de forma
que só ele sabe fazer as coisas e os demais são incompetentes, mas fica
por sentir que dependem dele. Outras vezes age de forma a não permitir a
interferência dos outros, infundindo em seus seguidores um temor de
contradizê-lo. Uma equipe consciente não
permanecerá por muito tempo ao lado de um líder totalitário, mesmo que
seja uma boa pessoa. O pior, é que o grupo não estará preparado para
assumir a direção por si mesmo e ocorrerá risco de ter que se submeter à
nova liderança autocrática.
A liderança liberal ou como é chamada “Laissez-faire”. Esta palavra é de origem
francesa que em português significa “deixa-fazer”. O lema desse líder é “deixar como
está para ver como é que fica”. Pode acontecer, por vezes, que este tipo de líder seja
uma pessoa insegura que tem receio de assumir responsabilidades.
Também é muito comum em nosso meio, pessoas que não queiram ser eleitas, mas
o grupo insiste e o final é um desastre. Outras vezes, são pessoas que usam todos
os meios para se elegerem, mas ao adquirir o cargo nada fazem e atrasam o
crescimento do grupo.
Já a liderança democrática é participativa. É resultado de um líder seguro de si
mesmo, que tem uma excelente autoimagem, que conhece os tipos de pessoas e
que tenta trabalhar com cada uma respeitando e descobrindo novas possibilidades.
É uma pessoa que dá exemplo, estimula o grupo e procura manter sua competência,
paciência, tolerância e honestidade. Esse tipo de líder se encontra em pessoas que
possuem um senso positivo de estar bem consigo mesma e por isso é fácil ela
entender e compreender seus liderados além de equilíbrio ao ouvir opiniões e
sugestões.
1. – Qualidades necessárias ao líder:
Cientistas na área de administração elaboram listas sobre qualidades que um líder
deve possuir. Anotamos as mais comuns.
Competência:
O líder precisa conhecer o conteúdo do seu trabalho bem como o grupo com o qual
trabalha. Também precisa descobrir as aspirações do grupo e ter capacidade par
conduzi-lo a atingi-las. Para tanto é necessário que o líder esteja em constante
aprimoramento de conhecimentos para melhor atender aos problemas e situações
novas do grupo.
Visão:
Adquirindo conhecimentos a fim de melhor controlar os fatos, o líder poderá ter
melhor visão de conjunto e de particularidades. O líder precisa ter visão dos
objetivos e dos porquês dos mesmos. Quando um líder perde a visão do trabalho, o
grupo perece, ou o líder é substituído.
Iniciativa:
Esta é coragem de assumir responsabilidade. Lembre-se que iniciativa implica em
tomada de decisões e para isso o líder deve estar preparado para assumi-las. O
líder precisa de capacidade de ação. Ora ele “Puxa” o grupo. Ora “Empurra”.
Serenidade:
É o autocontrole. É saber enfrentar os problemas com a devida calma e segurança
mesmo quando houve alguma incerteza. O líder não pode demonstrar dúvidas e
preocupação em determinadas situações. “Perder o domínio de si próprio é sempre o
meio mais seguro de perder a autoridade sobre os demais. Uma postura tranquila, que
nasce não do temperamento fleumático, mas da disciplina pessoal, exerce sobre o mundo
nervoso e desordenado uma influência irresistível”.
Entusiasmo:
Esta é uma atitude positiva de esperança nas pessoas e na tarefa a que se propõe. Um
líder não pode ser pessimista, ele tem de “vestir a camisa” dos objetivos a serem
alcançados. O entusiasmo é contagiante e é claro que o grupo reage positivamente a um
líder entusiasta.
Funções
É preciso lembrar, antes de tudo, que o líder Cristão também é um administrador.
Lembre-se de Pv. 11.14, “Onde não existe administração sábia, o povo perece”.
Administrar é dom dado por Deus. Um líder Cristão sem a visão de administração na sua
tarefa vai deixar o grupo se sentir desorientado. Um bom administrador tem planos,
metas específicas e sabe aonde quer chegar.
1. - As principais funções do líder são:
_ Planejar
_ Executar
_ Avaliar
São três os passos importantes que estão interligados, um dependendo do outro.
Planejar:
Planejar é a “arte de fazer com que as coisas acontecem”. Para planejar é preciso
estabelecer alvos definidos a curto, médio e longo prazo. Para estabelecê-los, você
precisa conhecer tanto o potencial do grupo como as metas de que deseja chegar. Para
planejar mais o grupo devem responder às perguntas:
_ O que fazer?
_ Onde fazer?
_ Quando fazer?
_ Com que fazer?
_ Por que fazer?
O planejamento deve ser realizado em conjunto, Líder e liderado, pois quando se
determina sem participação, o grupo pode reagir de forma negativa e todo o trabalho ser
um fracasso. Um líder seguro dá a vez para os outros opinarem e saber o que será
realizado.
Executar:
Com o planejamento feito é mais fácil executar.
Executar é colocar o grupo em ação. Ao fazê-lo, o líder servirá de coordenador.
Coordenar é harmonizar. Um bom planejamento feito não permite ao líder se perder
em pormenores desnecessários ao executar o trabalho porque tudo já foi pensado
nestes com cautela.
Avaliar:
Ah! Avaliar “É muito fácil planejar e executar. Mas, avaliar Como é difícil” Não
queremos nos defrontar com algumas verdades que podem nos aborrecer, pois
avaliar é determinar o valor que se realizou; é fazer apreciação, é ajuizar. Faça
avaliação a partir dos objetivos traçados e analise-os para ver por que foram ou não
foram alcançados. A avaliação é passo importante para melhorar no próximo
planejamento. Lembre-se que avaliar é um ato de humanidade. Novamente o
equilíbrio é necessário para não cairmos no orgulho ou na depressão. Ou nos
valorizarmos demais e depreciarmos demais nossas realizações.
1. - Liderança Cristã – O Papel do Líder em Relação às Pessoas que lidera
Diz provérbios 18.19, “Um irmão ajudado pelo irmão é como uma cidade
fortificada, é forte como os ferrolhos dum castelo”. O sucesso de nosso trabalho
como líderes Cristão depende muito do clima de camaradagem e amor Cristão
reinante no meio do grupo. Não adiantam técnicas e grandes reuniões se as
pessoas não se sentem bem no grupo.
O líder precisa compreender as pessoas. Conhecer os tipos de personalidades e
porque as pessoas se comportam desta ou daquela maneira. Ler e conhecer o
máximo que se pode sobre comportamento humano é o que se espera do líder
Cristão bem-sucedido no trato com as pessoas além de um profundo amor por
cada liderado.
1. - Qualidades de um líder cristão
Algumas qualidades aqui desenvolvidas devem ser comuns ao líder de liderados
para que haja um ambiente gostoso, alegre e franco no grupo. Para isso é
preciso que o líder as possua primeiro.
I. - Empatia.
A habilidade de sentir com os outros, a colocar-se na situação dos
outros. Isto não significa que o líder vai se abater de tal forma
que não possa ajudar o outro. Sentir como o outro não é
envolver-se emocionalmente de modo que não haja uma linha
divisória entre o problema e a sua capacidade de analisar
friamente a situação. O outro deve sentir que o líder sofre com
ele, mas tem a certeza que este tem uma cabeça fria para dar
sugestões e opiniões.
I. - Interesse.
É um interesse calmo que inspira confiança e ao mesmo tempo bem
definido para com aqueles que estão no grupo. O líder Cristão que
sempre tem em mente a seriedade de sua missão, demonstra
profundo interesse pelas pessoas que lidera. Isso traz segurança e
estabilidade ao grupo.
I. - Intra-percepção.
É um interesse na razão por que as pessoas fazem as coisas, em vez
de o quê elas fazem; uma motivação básica com motivação da
pessoa e não tanto com as ações.
É ir além do que as pessoas aparentam. É conhecer as razões que as
levam a tomar este ou aquele tipo de comportamento. Não é
julgar, mas ajudar, “Para compreender as pessoas devo tentar
escutar o que elas não estão dizendo, o que elas talvez nunca
venham a dizer” (John Powell).
I. - Perspicácia Crescente.
Um líder Cristão capaz está sempre descobrindo novas ideias. Ele
não para no tempo e no espaço, mas está sempre procurando
oferecer ao grupo, algo com conteúdo e criativo para crescimento
espiritual e emocional de cada um.
I. - Disciplina.
A vida religiosa do líder deve ser tão boa e eficaz quanto dos melhores membros do
grupo. Um líder cristão não pode ficar atrás em matéria de vida Cristã. Ele é um
exemplo de todos.
Mas, para que o ambiente seja agradável no grupo, o amor é peça fundamental.
Cultivar o amor ao próximo como nos ensina Jesus Cristo é algo desafiador, pois
exige de nós um equilíbrio emocional e maturidade espiritual. Não amamos o
próximo para ganhar o céu, mas porque ganhamos o céu, nós amamos o
próximo. (Leia os textos Marcos 12:30-31 e Lucas 10:25-37).
“A falência dos relacionamentos interpessoais reflete a falência na aceitação de si
mesmo” (John Powell). Um bom relacionamento está vinculado à maneira como
nós nos aceitamos como pessoas, como somos e também a uma boa
comunicação. A honestidade em dizer quem somos, pensamos, sentimos, etc. é
um fato importante para o crescimento em nossos relacionamentos com outras
pessoas.
1. - Regras para motivar seus liderados
Para isso algumas regras básicas são importantes de se observar. Segundo Floriano
Serra, para você motivar seus liderados deve: I - Respeitar os Liderados
Todas as pessoas gostam de ser valorizadas. Aprenda a desenvolver o potencial
positivo de cada um reconhecendo e estimulando o bom desempenho. Mesmo que
alguém cometa um erro não o humilhe, nem critique diante dos outros. Converse
com ele com amor.
II.- Não tenha favoritismo pessoais
Poucas coisas desmotivam tanto uma pessoa como saber que seu líder “prefere um
outro”. Isso o levará a desanimar. Seja atencioso com todos. Evite preferências
pessoais.
II.- Reconhecer e divulgar os méritos do grupo
Alguns técnicos de futebol usam a expressão: “Eu venço, nós empatamos, eles
perdem”. Da mesma forma há líderes que se apoderam de ótima ideias ou trabalhos
de outros e divulgam como sendo seus, enquanto os fracassos são atribuídos. Deixe
os outros saberem que você tem uma equipe competente e criativa.
II. Manter o pessoal bem informado
Os boatos são comuns, principalmente em situações de crise. Informe o seu grupo
do que está ocorrendo (é claro que detalhes confidenciais devem ser
respeitados), para que não haja especulações e fantasias criadas em torno de
fatos inexpressivos. E mais, um dos melhores meios de motivar as pessoas é
deixá-las participar na tomada de decisões. Nada desmotiva mais uma pessoa do
que ela sentir que as decisões são tomadas e a ela só cabe cumprir. Não lhe dão
o direito de sugerir ou opinar.
1.
- O modelo de liderança de Jesus
Tenho para mim que o trabalho mais difícil num grupo é tentar manter um espírito
Cristão como líderes Cristãos. Qualquer estrutura, programas, excelentes
planejamentos, poderão se tornar frios se não reinar no grupo o verdadeiro
espírito Cristão na Koinonia (da comunhão).
O nosso exemplo em lidar com as pessoas é Jesus Cristo, que além de valorizá- las também as
ajudou a crescerem espiritualmente e a se aceitarem como pessoas inteiras. Jesus conhecia
muito bem a natureza humana. Ele sabia que atrás de cada atitude havia um “eu” que
precisava ser trabalhado, melhorando para que aquela pessoa pudesse usufruir melhor da
vida abundante que ele oferecia e oferece hoje para nós.
I.- O endemoninhado Gadareno.
Ver Lucas 8.26 a 39, no verso 38, o homem queria ficar perto de Jesus depois de ter sido
curado. A insegurança o obrigava a ficar dependendo de Jesus, mas o mestre viu o seu
potencial e mandou-o para casa (v.39). Jesus desafiou-o a voltar para os seus.
Devolveulhe o sentimento de segurança e coragem. Ele precisava disso, Jesus o entendeu
e o ajudou.
I.- A cura da mulher com hemorragia.
Ver Lucas 8.40-48. Aquela mulher sofrera durante doze anos. Foi em todos os médicos e
a sua fé, confiança e interesse estavam em Cristo como a última esperança para todo o
seu sofrimento. A resposta de Jesus quando a mulher se declarou foi, “filha...” Uma
pessoa no desespero que tinha de receber uma palavra de carrinho, pois ela demonstrou
ser uma pessoa bastante carente de afeto numa sociedade machista e discriminatória.
Além disso, no meio da multidão, Jesus a tratou como se fosse uma única pessoa. Temos
a facilidade de categorizar as pessoas e tratá-las de acordo com sua importância relativa.
Para Jesus isto não existia. Quase todos viram a mulher na multidão como algo sem
importância, mas para Jesus, ela era alguém em necessidade que precisava de atenção e
ajuda. Jesus, além de curar o seu físico, restabeleceu-lhe a saúde emocional.
I. - Marta e Maria.
Lucas 10:38-42. Marta era uma pessoa independente, de iniciativa, preocupada. O
que Jesus chama a atenção é que a preocupação de Marta estava certa, mas na
hora errada. Chamou-lhe atenção para a troca de prioridades. É difícil para uma
pessoa ativa compreender alguém que pode se sentar e ouvir. Jesus compreendeu
o tipo de personalidade de ambas as irmãs, mas com voz amorosa, porém, firme,
ajudou Marta a pensar.
I. - O jovem rico.
Ver Lucas 18.18-39. O jovem via Jesus com a expressão “Bom Mestre” (V.18). Era
um tipo de pessoa que julga boa achando que tudo que faz é correto, mas se
descontrola quando percebe que não é tão completo e precisa se reestruturar.
Jesus atingiu o seu “eu”. Era jovem com grande potencial, mas que precisava
amadurecer bastante a sua personalidade. Jesus percebeu isto e na conversa que
teve com o jovem fez várias colocações importantes para o jovem se questionar.
Ele era imaturo e Jesus queria que ele amadurecesse em suas ideias e opiniões.
I. - A mulher Samaritana.
Ver João 4.1-30. Jesus manteve uma longa conversa com a mulher samaritana, mesmo tendo de
enfrentar todos os preconceitos e barreiras sociais da época. Ela era uma pessoa que
precisava de alguém para desabafar, contar as suas misérias e Jesus deu tempo a ela. O “eu”
da mulher Samaritana cresceu em contato com Jesus porque ela foi honesta.
Não escondeu nada. Conversou de coração aberto. Ela tirou as máscaras e pode ver-se tal como
era e dessa forma foi atingida pela graça do perdão de Deus. Convém notar que ao tirar as
máscaras, ela não se sentiu menosprezada perante Jesus, pois sentiu todo o seu amor por
ela e sua situação.
Outros exemplos ricos podemos tirar das Escrituras, onde sentimos o interesse de Jesus em
tornar o ser humano completo, conhecendo-se a si mesmo na sua totalidade e convergindo
esse conhecimento para o crescimento pessoal.
As pessoas que estão ao nosso redor têm as mesmas carências daqueles que estavam com
Jesus. Ele foi às suas necessidades. E nós, como líderes e como Cristãos, qual tem sido a
nossa atitude?
Liderança Cristã é tarefa de grande responsabilidade. Para desempenhá-la e necessário
submissão a Deus e interesse pelas pessoas. Afinal, somos responsáveis por aqueles que
Deus coloca em nossas mãos para serem liderados. Sentir a responsabilidade e a alegria de
servir são tônicas básicas na vida do líder Cristão.
1.- Liderança Cristã
1. – O líder e as Críticas
A posição de líder é estratégica para as Críticas. Como está em evidência, facilmente se vê os
seus defeitos e virtudes e daí nascem às críticas. Mas temos de aprender que as críticas são
necessárias para o crescimento como pessoa. Há líderes que não conseguem receber críticas,
pois, se desestruturam facilmente, perdem autocontrole e partem para agressão quer verbal ou
mesmo física.
A crítica pode ser positiva ou negativa. Ela é positiva quando identifica os pontos fracos e fortes
e a partir deles procura-se melhorar. É preciso tomar cuidado para ir aos extremos: fazer pouca
apreciação a ponto de desanimar a pessoa ou louvor demasiado, ambos são prejudiciais.
Já a crítica negativa avalia fraquezas e erros. Ela é saudável quando transformamos os erros em
pontos positivos. Mas isto nem sempre é possível. Ela pode ser destrutiva quando é baseada em
rancores e analisada de modo inadequado.
Quantos crentes sofrem com feridas causadas por críticas negativas destrutivas feitas por
pessoas sem amor Cristão. A crítica deve ser feita “em amor” de forma que o outro entenda que
é o seu bem. É preciso ter maturidade espiritual e emocional para fazer e receber críticas.
Para fazer ou receber críticas é necessário considerar alguns princípios básicos que John W.
Alexander colocou em seu artigo “Crítica prática: dando-a e recebendo-a”. Por achá-las
oportunas, compartilhamos com você.
1. - Fazendo Críticas
_ Ore:
Ao dirigir uma crítica a alguém, primeiro ore para que o Senhor lhe dê as palavras certas na hora certa,
de modo que você seja uma bênção para o outro.
Não use a oração como pretexto para lhe dar álibi e derramar todo o ser rancor sobre seu irmão.
Lembre-se de provérbios 25.11 “A palavra dita a seu tempo é como maças de ouro em salvas de prata”.
_ Seja Direto:
Leia Mt 18.15, seja quem for, fale com a pessoa, mas, não use tabelas, isto é, não lance mãos de
terceiros para mandar recados. Ir diretamente á pessoa criticada elimina de princípio uma série de mal
entendidos.
_ Faça em particular:
Criticar uma pessoa perante os outros é falta de educação, além de enfraquecer a autoimagem do nosso
irmão e arrasá-lo como pessoa.
Líderes genuinamente cristãos jamais criticam o outro pelas costas, o que é mais fácil, mas o fazem
pessoalmente. Se tiver dificuldades de expressar oralmente, escreva, mas o faça á pessoa envolvida.
_ busque orientar-se com perguntas positivas Perguntas como:
“Como você chegou a essa conclusão?”. “Quer-me contar o por quê?”.
São positivos e levam o criticado a sentir o direito de explicar o seu ponto de vista sem primeiro ser
julgado. Muitas vezes as respostas vão oferecer informações que nós desconhecemos.
_ Verifique os Motivos:
Pergunte-se:
“Por que estou expressando uma crítica negativa?”. “Estou ferido e desejo descontar no outro?”.
“Qual o verdadeiro motivo?”.
O motivo central da crítica deve ser o sentimento de ajuda ao outro e nunca de projeção dos próprios erros.
_ Seja Honesto:
Nada é tão desagradável quanto uma crítica desonesta. A comunicação não verbal diz muita coisa.
Quantas vezes você pode estar criticando alguém, mas suas expressões não verbais com relação à pessoa não
estão sendo honestas. Por exemplo:
Posição dos braços, das mãos, tom de voz, olhar de ironia, etc.
_ Fale a verdade em amor:
“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo” (Ef 4:15). Não
adianta seguir as seis primeiras regras se não for feito no espírito de amor. O verdadeiro amor ameniza o
impacto da Crítica.
_ Seja objetivo e Específico:
Ao fazer uma crítica esteja seguro do que vai falar. Começa a conversa com “Ouvi dizer”, “Alguém me contou”,
não é o melhor caminho. Não rodeie como quem está com receio de falar, mas abra o “jogo” de maneira franca,
objetiva, honesta e com educação.
_ Cultive o direito de ser ouvido.
Para fazer uma crítica é preciso que alguém ouça. “Ouvir” significa que o outro confia em você.
Essa confiança e respeito só têm um caminho para adquirir: uma vida moral exemplar. Isto não é imposto, mas
adquirido. Quando você adquire o direito de ser ouvido, mais facilmente poderá ajudar o outro.
_ Ofereça alternativas.
Quando criticar, ofereça alternativa de soluções. É imaturidade dirigir uma crítica
desacompanhada de novas ideias. Quando não puder acrescentar nada, é melhor não fazer a
crítica. Além de fornecer alternativas, prontifique-se a orar pela pessoa e o faça realmente. Isso
vai fortalecer os laços de amizade entre vocês.
A crítica sem amor é própria de pessoas não crentes. Mas, quem conhece os princípios do
evangelho de Jesus não tem razão de criticar sem fazer acompanhar o espírito de amor
fraternal.
1. - Recebendo Críticas.
Se é preciso certo preparo para se dirigir uma crítica a alguém, não menos verdade é a de que
carecemos do mesmo preparo ou até maior, para receber as críticas que nos são dirigidas. Não
é fácil recebê-las. Já dissemos anteriormente que só pessoas maduras emocional e
espiritualmente podem receber críticas sem que estas as perturbem. Da mesma forma
oferecemos alguns princípios a serem observados ao receber uma crítica.
_ Ore.
Peça ao Senhor que o ajude a aceitar o que está ouvindo e a não agredir verbalmente, caso não
goste do que está a ouvir ou mesmo reconhecendo que a pessoa que está lhe dirigindo a crítica
não tem condições morais e espirituais de o fazer. Não é um aceitar passivo, mas de alguém
que se controla para não agredi.
_ Não fique na defensiva.
É o caminho mais comum e o mais fácil. É uma reação natural e compreensiva. Mas, ficar
somente na defensiva pode lhe tirar a oportunidade de ver o ângulo do críticador e você não
consegue visualizar os erros para corrigi-los.
_ Deixe o outro completar seu pensamento.
Quantas vezes a pessoa começa a falar e nós interferimos impedindo-a de continuar,
procurando dar explicações. Aprenda a deixar o outro completar seu pensamento, isto além de
lhe dar tempo para organizar as ideais, também faz parte da boa educação.
_ Peça evidências sobre em que se baseia a crítica.
É um direito do criticado procurar saber se as bases em que estão erguidas as críticas são
válidas. Muitas vezes, somos criticados baseados em boatos. Procure primeiro saber as fontes.
Se elas são falsas aproveite a ocasião para chamar a atenção do críticador pela inadequação da
crítica. Se for verdadeira, peça a Deus um coração dócil e compreensivo de mente aberta para
receber tal crítica.
_ Questione-se.
Pergunte ao Senhor qual a lição que ele quer lhe mostrar permitindo tal crítica. Possivelmente,
Deus deseja uma mudança de atitudes que só pode acontecer depois de ouvir uma crítica.
Aproveite a oportunidade para crescer.
Verifique se o crítico está expressando suas próprias necessidades através da crítica a
você.
Muitas vezes a pessoa apenas quer chegar perto de você para solicitar ajuda e a única forma de
conseguir é através de uma crítica. Peça ajuda divina para perceber isto e atingir as
necessidades da pessoa carente. Mas, cuidado para não generalizar, achando que todos que
vêm lhe criticar estão com problemas, isto pode ser um mecanismo de defesa do eu.
Tenha real consciência de que não está defendendo, mas deseja ajudar o outro de verdade.
_ Verifique qual o verdadeiro problema.
A crítica está expressando o problema central ou apenas o considera superficialmente?
Quem recebe a crítica precisa observar isto, para não se sentir injustiçado.
_ Decida cuidadosamente como responder.
Em Provérbios 19.2. lemos, “Não é bom agir sem refletir, o que se apressa com seus pés erra o
caminho”. Ao responder uma crítica, decida a forma como fazê- la. Uma palavra mal colocada
poderá trazer grandes prejuízos e para consertar fica tão difícil e às vezes é quase
irrecuperável.
_ Fale sobre o que aconteceu.
Primeiro converse com Deus sobre o que aconteceu. Depois peça ajuda a
alguém de confiança para aclarar certos pontos. Uma pessoa não envolvida
emocionalmente no problema conseguirá ver mais facilmente pontos obscuros para
nós.
Como líderes Cristãos, somos constantemente alvos de críticas e colocados em
situação de criticar outros para o bom desempenho do trabalho. Tanto uma, quanto
outra posição, são incômodas e difíceis, mas temos certezas de que Deus nos
fortalece e nos dá condições para desempenharmos tarefas tão árduas, mas tão
necessárias. Além disso, o grupo está observando. Ele estará aprendendo ou não
sobre a arte de fazer e receber crítica pela nossa comunicação não verbal. Qualquer
atitude, reação ou palavra estaremos comunicando o que realmente
estamossentindo. Se quisermos uma equipe coesa, amadurecendo espiritualmente a
cada dia, é necessário que em primeiro lugar nós como líderes estejamos buscando
essa maturidade em nossa vida. Não podemos dar ao grupo o que não temos em
nossa vida pessoal. Somos sacerdotes de Deus perante o nosso grupo.
1.– O Líder e a supervisão constante
1. – A vida cristã – conduta e devocional de um líder
O líder cristão precisa entender a importância de sua conexão constante com Deus e com seus
princípios. Viver uma vida sob os cuidados de uma instituição séria pautada nos princípios
bíblicos. Viver a vida devocional para estar cada vez mais perto da estatura de Cristo.
O CÓDIGO DE ÉTICA DA ORMIBAN – (A ORDEM DOS MINISTROS BATISTAS
NACIONAIS) menciona em seu código de ética:
... Portanto, confiado no Senhor (Fl 4.13), voluntariamente, subscrevo os seguintes princípios,
visando também dar um bom exemplo para aqueles a quem lidero e com quem trabalho.
I – MINHA CONDUTA PESSOAL
1.Desenvolverei minha espiritualidade e comunhão com Deus lendo e estudando a Bíblia,
meditando e orando diariamente, além de conservar-me física e emocionalmente em condições
para a obra que me foi confiada.
1. Serei justo para com minha família, fazendo o possível para lhe dar o tempo e a consideração que
merece, dedicando ao menos, um dia por semana, atenção especial em atividades recreativa, social e
familiar.
2. Buscarei viver dentro dos limites dos meus honorários, sendo pontual no pagamento de meus
compromissos, evitando comprar a prestação, exceto quando se tratar de investimento, e não
assumindo compromissos financeiros através de aval.
3. Não permitirei que o fator financeiro seja decisivo na aceitação de um novo pastorado.
4. Lutarei para progredir intelectual e espiritualmente através de leituras e estudos cuidadosos, da teologia
e conhecimento gerais, participando, na medida das minhas condições, em encontros e conferências,
que contribuam para o crescimento do meu ministério.
5. Não plagiarei. Ao usar material de fonte alheia, farei a devida citação.
6. Não vacilarei na fé por causa do mau comportamento de crentes, particularmente de líderes. Minha
confiança estará continuamente firmada em Jesus, que é meu Supremo Exemplo.
7. Procurarei nas minhas visitas aos lares, portar-me com discrição, absoluto respeito e dignidade cristã.
8. Serei exemplo em minhas conversações e atitudes.
9. Não forçarei a minha entrada em qualquer pastorado, sob pretexto algum.
10. Não deixarei meu pastorado sem prévio conhecimento da igreja e a Ordem dos Ministros. Em harmonia
com a igreja, procurarei ajudá-la a conseguir novo pastor.
11. Procurarei não me ausentar do campo da igreja, sem lhe dar ciência.
12. Ao administrar as finanças da igreja, usarei da confiança que o cargo me dá, mas de tudo lhe darei
conhecimento.
1. – O pastoreio de pastores
BASE BÍBLICA DO PASTOREIO DE PASTORES
A seguir indicamos quatro textos clássicos na área de pastoreio de pastores:
Atos 20.28-31
28 Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou
como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue.
29 Sei que, depois de minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não
pouparão o rebanho. 30 E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade,
a fim de atrair os discípulos. 31 Por isso, vigiem! Lembrem-se de que durante três anos jamais
cessei de advertir cada um de vocês disso, noite e dia, com lágrimas.
O que o pastoreio de pastores proporciona?
Possibilita aos pastores que dele participam, receber atenção de/a outros pastores nas
seguintes áreas:
1)Cuidado pastoral da vida;
2)Assessoria ou mentoria ministerial;
3)Ouvir a Deus Juntos;
4)Sequência de estudos juntos, num assunto ou tema no qual o grupo quer crescer.
1. A necessidade de teologia para novos líderes
Por que muitos cristãos deixaram de fazer o curso teológico? E na mesma
proporção muitos pastores autônomos surgiram? Existe uma grande necessidade de
voltar a estudar teologia. Nossos seminários precisam ser utilizados por nosso povo
para crescimento espiritual. Não podemos deixar que a modernidade tire a beleza e
a importância de se sentar para estudar sobre nosso Deus e nossa fé.
A editora Sepal traz um texto muito importante sobre a relação da teologia e a vida
pastoral.
Oito marcas de um pastor-teólogo
“O pastor-teólogo entende os tempos e épocas. A teologia não acontece no vácuo,
do nada. Um púlpito e educação cristã sem realismo e realidade conjuntural é
desprovido de sentido para as pessoas. Pastores precisam levar a sério o hoje, os
fatos, os acontecimentos, os noticiários. A palavra do Senhor precisa vir para esses
contextos. Deus nos chama para termos palavra para o nosso tempo. Pastores que
não sabem fazer pontes entre os tempos bíblicos e os tempos presentes precisam
prestar atenção à hermenêutica!”
“O pastor-teólogo entende o plano de Deus para o mundo. “A reflexão
teológica que não está a serviço da missão de Deus é um despropósito. A
missiologia é a mãe da teologia. Não estudamos teologia por causa da
teologia. Estudamos para entender e para desenvolver a missão de Deus
no mundo. Sem missão, a teologia se trunca, disse Orlando Costas. Por
isso, todo pastor deve ser um teólogo da missão. O ministério pastoral não
é um fim em si mesmo; é um meio para equipar o povo de Deus para
cumprir a missão de Deus!”
“O pastor é um geógrafo social, alguém que deseja “escrever” o evangelho na
mente e no coração de um povo reunido em um determinado lugar. “O pastor de
uma igreja local é um construtor de lugares cuja missão é transformar uma
congregação em um lugar adequado para o Espírito de Cristo, um lugar no qual
certas atividades promoverão a cidadania celestial coletiva sob condições terrenas
históricas. O pastor deseja ajudar cada membro do rebanho a encontrar seu lugar
no mundo, a saber seguir a Cristo aqui e agora como discípulo dele.”
“Os pastores devem conduzir seus rebanhos a águas mais profundas do
batismo, mais profundas naquilo que o Deus trino está fazendo na – e por
meio da – morte e ressurreição de Jesus. É assim que eles cumprem a
Grande Comissão: ‘Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-
os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a
obedecer a tudo o que eu lhes ordenei’ (Mt 28.19-20). Pastores fazem
discípulos ao conduzirem as pessoas ao que o Deus trino está fazendo em
Cristo.”
“Pastores são teólogos públicos porque trabalham com pessoas para pôr a
teologia em prática. Esse é um trabalho árduo; é mais difícil trabalhar com
pessoas do que com ideias. Se você quiser um desafi-o real, não vá
estudar teologia acadêmica; vá para o pastorado. Mas o povo de Deus –
as igrejas locais
– são os locais públicos onde a vida de Cristo é lembrada, celebrada,
examinada e exibida.”
8 - BIBLIOGRAFIA
J. Oswald. Sanders, Liderança Espiritual – Editora Mundo Cristão.
J.Oswald.Sanders, Paulo o líder – Editora vida.
Nascy Gonçalves Dusilek, Liderança Cristã, A arte de Crescer com as
Pessoas, Editora vida.
Kenneth Blanchard e Spencer Johnson, O gerente Minuto – Editora Record.
Kenneth Blanchard e Robert Lorber, O gerente Minuto em Ação – Editora
Record https://ormiban.org.br/docs_2017/codigo_de_etica.pdf acesso em
30-06-2022 https://sepal.org.br/texto-e-contexto-todo-pastor-e-ou-
deveria-ser-teologo/ acesso em 30-06-2022
Edwards, Gene, 1932 – Perfil de três reis: cura e esperança para corações
quebrantados; tradução Jorge César Mota – 2 ed.rev. e atual. – São Paulo:
Editora Vida, 2007
Liderança cristã: aprendendo com exemplos bíblicos

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Liderança cristã: aprendendo com exemplos bíblicos

  • 2. Índice Liderança Cristã – Aprendendo com a Bíblia
  • 3. 1. - O que é liderança 1 1. – A Administração 1 2. - Dicas Gerais de Administração 3 2. - A liderança em Jesus e outros personagens 3 1. - O maior exemplo de todos 3 2. – Outros exemplos de liderança 4 3. - Aspectos Teológicos da liderança cristã 6 1. – O líder cristão é um condutor 6 2. – O líder cristão é servo 6 3. – O líder cristão e o poder 7 4. - A pessoa do Líder 7 1. – Conceito de líder 7 2. – Conceito de liderança 8 3. – Qualidades necessárias ao líder 9 4. – As principais funções do líder 10
  • 4. 1. - Liderança Cristã 11 1. – Qualidades de um líder cristão 11 2. – Regras para motivar seus liderados 12 3. – O modelo de liderança de Jesus 13 2. - Liderança Cristã 14 1. - O líder e as Críticas 14 2. - Fazendo Críticas 14 3. - Recebendo Críticas 16 3. – O líder e a supervisão constante 17 1. – A vida cristã – Conduta e devocional de um líder 17 2. – O pastoreio de pastores 18 3. – A necessidade da teologia para novos líderes19 - Bibliografia sobre a liderança.........................................................20
  • 5. Reflexão...  Há uma proposta para nós, uma proposta que nos é apresentada por Jesus: Reino de Deus  O que é este Reino?  Quem chega até ele? Quem somos nós diante dele?  Há uma condição apontada por Jesus: a condição do serviço – o serviço ao Reino.  E nós, a quem servimos? Como servimos?  Há uma perspectiva: do seguimento. O seguimento de Jesus e do seu serviço ao Reino.
  • 6. LIDERANÇA CRISTÃ Aprendendo com a Bíblia 1.- O QUE É LIDERANÇA Segundo o dicionário: Algo ou alguém que está ou vem ocupando o primeiro lugar em; Ofício, lugar ocupado ou natureza de líder; Autoridade; tendência para chefiar ou para demonstrar autoridade; Alguém ou grupo de indivíduos que exerce algum tipo de chefia:
  • 7. Ser líder é uma posição de destaque de alguém em relação a um grupo ou situação. Assim, faz-se necessário pensar sobre esta posição e suas consequências quando se trata de seguir o exemplo de Cristo como líder. A Bíblia é nossa regra de fé e prática. Cremos e praticamos o que aprendemos nela. Assim para iniciar qualquer estudo teológico com base cristã, devemos mergulhar nas páginas de nosso livro e para falar de liderança, como falar em Jesus Cristo e nas histórias de homens e mulheres ali descritas. Vamos aos exemplos:
  • 8. 1. A ADMINISTRAÇÃO Falar da liderança de Jesus com certeza traz alguns pontos importantes de sua vida, de sua missão e é claro da forma como agiu aqui na Terra. Um verdadeiro líder por excelência, um exemplo a ser estudado, seguido, e ensinado a todos e em todas as áreas. Para entender a liderança de Jesus, devemos entender alguns conceitos de liderança e associá-los a missão cristã. A Administração é um tipo de ciência com foco na gestão dos recursos humanos e materiais de um negócio. O que conhecemos hoje como administração de empresas é devido ao trabalho de Frederick Taylor, ele foi o idealizador da teoriada administração científica.
  • 9. O taylorismo, que tem em sua principal característica a ênfase nas tarefas, com o objetivo de otimizar a eficiência delas a um nível operacional. O taylorismo trabalha com cinco princípios, são eles: substituição de métodos baseados na experiência por metodologias cientificamente testadas; seleção e treinamento rigoroso dos trabalhadores, de modo a descobrir suas melhores competências, as quais devem ser continuamente aperfeiçoadas; supervisão contínua do trabalho; execução disciplinada das tarefas, de modo a evitar desperdícios; fracionamento do trabalho na linha de montagem para singularizar as funções produtivas de cada trabalhador. Outras técnicas importantes de administração tambem devem ser aprendidas por aqueles que querem exercer a liderança. Dentre elas podemos citar:
  • 10. Análise SWOT (em inglês) ou FOFA (Sigla em português) Técnica usada para identificar e propor ações que ao mesmo tempo corrijam vulnerabilidades e destaquem potencialidades. Significando, Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. A sua aplicação permite ao gestor identificar pontos positivos e negativos atuais e também projetar uma visão de futuro, entendendo o que se coloca como tendência. Basicamente, as conclusões da análise são obtidas a partir de quatro questionamentos: Forças: Quais são os reais pontos fortes do negócio? Fraquezas: Quais os reais pontos fracos do negócio? Oportunidades: Quais são as oportunidades para o negócio? Ameaças: Quais são os riscos para o negócio?
  • 11. Árvore de Decisão Esta técnica é muito eficiente para tomada de decisões importantes dentro do negócio. Basicamente, ela lida com probabilidades de custos, riscos e benefícios de cada decisão e, a partir desses fatores, escolhe qual é a mais adequada para a realidade do negócio. Elaborar uma árvore de decisão exige uma análise prévia da instituição, com seus dados mais recentes de crescimento, além das metas que pretende atingir dentro de um prazo determinado. A partir dessas informações, as decisões podem ser definidas com mais clareza, bem como as probabilidades cabíveis dentro dela.
  • 12. 1. DICAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO Capacitação profissional é o conjunto de iniciativas (cursos, treinamentos) que contribuem para o desenvolvimento de habilidades. Podendo ser em competências técnicas ou comportamentais. Mas isto não significa capacitar de forma aleatória, mas criar iniciativas para conseguir melhores resultados. Forme multiplicadores na instituição. Escolha pessoas comunicativas, com perfil pró-ativo e que sejam formadores de opiniões para transmitir de forma precisa as informações que você deseja. Seu papel é receber de Deus a visão e repassá-la a estas pessoas que vão multiplicar sua visão. Identifique o cliente interno. Quem é seu cliente interno e o externo. Este conceito é extremamente importante para que você possa liderar e levar sua equipe a fazer o melhor entregando de forma correta para a pessoa certa.
  • 13. Levante as necessidades. Não há nada de errado em realizar entrevistas, questionários, coletar informações, fazer uma pesquisa de satisfação e de avaliações de desempenho ainda que informal, para identificar os principais problemas e as forças. É muito importante prevenir os futuros problemas através do processo de desenvolvimento. Tenha o controle sobre o processo. Como entender as realidades de cada área, se você não tem ferramentas para se orientar na tomada de decisão. Se você não conhece as necessidades, não tem registro da situação da instituição, isto significa que você não tem mais controle sobre sua entidade. Tenha sempre de forma clara e organizada todas as informações para seu controle. Avalie os resultados. Sempre avalie sua liderança. Busque sempre entender sua posição, e de toda sua equipe. Tenha sempre informações se sua liderança está trazendo resultados ou não.
  • 14. 1. - A LIDERANÇA EM JESUS E OUTROS PERSONAGENS 1.- O maior exemplo de todos I – Liderança em serviço Aquele que está disposto a servir (Mc. 10:42-44). Muitos desejam o posto de líder para ficar em evidência, mas Jesus se preocupou com as pessoas e a com a melhor forma de atender as suas necessidades. Ele não procurou posição, mas, situações em que pudesse ser útil ao ser humano.
  • 15. II - A liderança de Jesus não foi exercício de poder. Jesus poderia ter abusado do poder. Ele era Deus- homem e o sabia disso, mas em cada situação de conflito entre os discípulos, na qual poderia tirar proveito próprio, ele estava pronto a passar um ensinamento ao grupo, de modo que a experiência fosse um ponto a mais na vida de cada um. A liderança de Jesus não era autoritária. Em Lucas 22.25, temos a reação dos discípulos lutando entre si para saber qual era o maior deles. Naquela hora, Jesus poderia ter sido áspero e autoritário, mandando-lhes que se calassem, mas não foi assim. Ele teve controle da situação, sem, entretanto, se exceder para o autoritarismo.
  • 16. III. - A liderança de Jesus estava centrada no indivíduo. Cada pessoa que a ele se achegava recebia uma palavra pessoal, de carinho e atenção. Temos em nosso meio o perigo de enfatizarmos demais estruturas e programas em detrimento das pessoas. Para muitos líderes o importante é o programa realizado. Não interessa como estão as pessoas. III. - A liderança de Jesus estava centrada nas escrituras. O líder Cristão não pode ser um neófito no conhecimento das Escrituras, mas alguém que além de conhecê-las, vive-as diariamente, tornando-se uma autoridade pelo viver na verdade.
  • 17. 1.- Outros exemplos de liderança I - Moisés É notável a liderança de Moisés porque era um homem que apesar de estar tão bem no palácio, cercado de mordomias, aceitou o desafio de Deus para renunciar a tudo e conduzir o seu povo. Tinha dificuldades em falar, veja Ex 4.10, mas colocou-se nas mãos de Deus para o desempenho da tarefa. Mais tarde, quando o trabalho aumenta, aceita o conselho de seu sogro Jetro, veja Ex. 18:27, E DAÍ PODEMOS TIRAR ALGUMAS LIÇÕES:
  • 18.  Moisés ouviu conselhos: Um verdadeiro líder é humilde para aceitar opiniões de outros que estão ao seu redor. Isto não significa que vai abaixar a cabeça para qualquer palavra, demonstrando uma humildade inexistente. O ouvir de Moisés foi no sentido de ser sensível à visão que o outro tinha do trabalho e quanto representou de benefício ao povo.  Moises deveria treinar os líderes escolhidos antes de entrarem em contato com o povo: Ex.18.20 diz... “Ensinar-lhe-ás os estatutos e as leis, e lhes mostrarás o caminho ... e a obra”. Para delegar responsabilidade é preciso antes treinar os futuros líderes, fornecer recursos de forma que a atividade de liderar seja uma experiência enriquecedora tanto para quem está à frente do grupo como para o próprio grupo participante.
  • 19.  Moisés teve critério para a escolha de líderes: Não bastou treinar, eram necessárias qualidades pessoais, para os líderes terem autoridade perante o povo, as qualidades eram: Homens de capacidade: Ex 18.21. O líder tem de ser competente, capaz, capacidade é aptidão. Você tem ou não tem. Um líder capaz pode levar o grupo a concretizar grandes ideias, pois não se sente ameaçado, mas é seguro em sua maneira de ser. Conhece seu potencial e suas limitações. Homens tementes a Deus: Um líder cristão autêntico é alguém que vive a vida Cristã e não fala apenas sobre ela. Temer a Deus é viver segundo os seus ensinamentos. O problema é que só aprendemos os ensinos bíblicos que nos convêm. Os outros ignoramos.
  • 20. Homens verazes: Não confundir com vorazes. Veraz é alguém de confiança, voraz é alguém que destrói o outro. Líderes que inspirem confiança no grupo e não que traiam essa mesma confiança. Homens verazes eram homens de verdade, que tinham palavra de peso, como quem se podia contar, quantos líderes estão falhando nesta característica, pois não são pessoas que falam a verdade. Vivem no mundo de mentiras. Matem aparências. Um efeito na formação de sua auto-imagem, quando crianças, que carregam pelo resto da vida, prejudicando aqueles que os cercam. Homens devem aborrecer a avareza: Líderes ciumentos, mesquinhos ou interessados somente no dinheiro não eram considerados por Moisés. Líderes que aceitam suborno não fazem parte da lista de homens escolhidos por Deus para o exercício da liderança.
  • 21. II - Josué Com ele aprendemos algumas lições práticas: Líder submisso á vontade de Deus (Js 6.2). Na liderança Cristã este passo é fundamental. Líder que distribui tarefas (Js 6.6-7) Tal como Moisés, Josué distribui tarefas para facilitar o trabalho. Não centralizou o poder. Era uma pessoa madura emocionalmente. Não tinha temores ocultos. Líder que soube dar ordens claras ao povo (Js 6.10). Muitas vezes o grupo não reage positivamente porque não entendeu o que quis o líder. As colocações e intenções do líder devem ser claras, para que o grupo tenha confiança nele e aceite os desafios e metas propósitos.
  • 22.  Josué foi à frente (Js 6.10). Se você quer, que seu grupo participe, vá na frente o líder Cristão e o exemplo, o modelo. Não é como alguns pais que deixam as crianças na porta da igreja é depois voltam para apanhá-las. Quando crescem, saem da igreja e os pais não entendem o porquê. Esqueceram que o exemplo é o mais importante.  Josué estava no comando (Js 6.16). Apesar de delegar tarefas, Josué não cruzou os braços, mas estava atento a tudo que acontecia.  Josué não se esqueceu do compromisso assumido antes (Js 6.22). Salvou Raabe, pois ela havia escondido os dois espias da terra mandados por ele. Não perdeu sua moral de líder, porque cumpriu uma promessa. “Esquecer” compromissos mancha a imagem do líder.
  • 23.  Josué foi um líder que assumiu o erro do grupo (Js 7.6). Por causa do pecado de Acã. O líder deve compreender que as vitórias conseguidas são honras do grupo, e os fracassos o líder assume. Isto é difícil e normalmente acusamos o causador dos transtornos, mas é o líder que precisa ter maturidade emocional para enfrentar essa situação.  Josué resolve o problema (Js 7.13-14). Após se lamentar com o Senhor, Josué tomou providência para resolver o problema. Foi buscar a causa. Há líderes que têm medo de enfrentar os problemas e os deixam passar, alegando que o tempo apaga tudo. É um risco alto que se corre, pois você pode ir armazenando problemas que um dia explodirão qual uma bomba. É melhor tratá-los um a um, ainda quando no nascedouro.  Josué dá repreensão com amor (Js 7.19). Apesar de todo o transtorno provocado por Acã, Josué lhe diz: “Filho meu...” é um líder que chama atenção, é firme, mas é amoroso. Não machuca a pessoa. Ama a pessoa, apesar do ato praticado.
  • 24. 1. - O líder Cristão é um Condutor: O rebanho de Deus é grande e ele poderia conduzi-lo sozinho, mas delega responsabilidade e respeita a nossa liberdade. Como líderes somos condutores do povo de Deus. “Conduzir com amor, porque o amor não se contenta com um simples começar; alegra-se com o crescimento do outro e colabora intensamente para que esse crescimento se concretize”. Como líderes cristãos, somos condutores do povo de Deus, conscientes e amadurecidos na fé, buscando o pleno conhecimento de Cristo em nossas vidas. Além disso, somos mordomos e não donos do grupo. Muitos há que se julgam donos do grupo que lideram e as pessoas têm que entrar nos seus moldes. Como líderes Cristãos, é preciso entender que Deus nos entrega às pessoas e nós somos responsáveis pelo crescimento delas. É como no caso dos filhos. Eles nos são emprestados por Deus para serem criados e educados, a fim de cumprirem a tarefa para a qual vieram ao mundo. Quando os pais são dominadores ou superprotetores não deixam a crianças desenvolver-se naturalmente. Ao mesmo, eles têm sérias dificuldades em notar e aceitar quando os filhos cresceram e precisam tomar o seu rumo. Não entendem que nós, como pais, somos simplesmente mordomos dos filhos, e não donos.
  • 25. 1. - O líder Cristão é Servo: Líder e servo parece um paradoxo, parece estranho, mas não o é. É um princípio bíblico (Mt. 23.11). O Servo é alguém que está entre e não acima daqueles que ele lidera. Num relacionamento hierárquico, facilita a transmissão de tarefas, mas dificulta as informações pessoais. Geralmente a comunicação. Nesse caso, tem uma só via. Um manda, o outro obedece. Já no caso de um relacionamento nivelado às pessoas são colocadas num mesmo nível, tanto líder como liderados. Quando o grupo percebe que o líder é como qualquer dos componentes, um ser humano com falhas e limitações, um ser humano buscando melhorar seu trabalho, que tem problemas, alegrias e vitórias, é claro que a comunicação se dará em duas vias. Quando o líder tem a visão de servo em sua liderança, é natural que a comunicação será bilateral. A tarefa do servo tem como modelo Jesus Cristo. Ele gastou a sua vida pelos outros. O líder Cristão gasta a sua vida para o crescimento de seus liderados como pessoas, visando a edificação do corpo de Cristo. O método do servo não e de ordens, ele faz com.
  • 26. 1. - O líder Cristão e o Poder: A narrativa de Lucas 12:41-48 demonstra a preocupação do autor com o problema permanente no meio Cristão, o Poder. O poder tem a tendência de corromper especialmente em círculos religiosos, onde o seu uso pode ser santificado, em nome de Deus. Pedro, ao dirigir a pergunta a Jesus, dá-lhe oportunidade de falar sobre o abuso de liderança. Na realidade, Deus espera do mordomo (do Líder) fidelidade e prudência. O mordomo fiel e prudente usa os bens a ele confiados conforme o desejo do seu Senhor e é interessante notar que como recompensa Deus dá mais responsabilidades. Quanto mais fiel é o líder Cristão, mais responsabilidade Deus lhe acrescenta. É a forma de Deus premiar. Na parábola referida, o engano por falsa segurança leva o líder a maltratar as pessoas (Lc 12:45). É o abuso de sua posição, e contra isso Jesus adverte os seus discípulos.
  • 27. Muitas vezes, por não compreender a posição que ocupa, o líder pode, em nome de Deus, exercer poder em demasia, prejudicando as pessoas que lhe são confiadas. É o líder que conhece a vontade de Deus e não a cumpre é mais culpado do que aquele que age por ignorância. Ser líder do povo de Deus não é honra que se procura, mas tremenda responsabilidade da qual se deve desincumbir com “Temor e Tremor”. Convém lembrar que a referida parábola contém uma advertência especial para líderes que usam a sua posição para adquirir vantagens pessoas, tentando ser senhores e não servos. Isto se revela no exercício de uma tirania sobre os que não os apoiam e sendo indulgentes para com os que os apoiam. Não se esqueça que o cargo que você ocupa é importante porque as pessoas que estão sob a sua responsabilidade são importantes e merecem todo respeito e consideração. Que Deus o abençoe nessa caminhada.
  • 28. 1. - A PESSOA DO LÍDER 1. – Conceito de líder Segundo o dicionário, “líder é o chefe, o condutor, o representante de uma sociedade, de um partido político ou grupo qualquer”. É um aportuguesamento do inglês ”leader” que foi adotada por A. Binet a partir de 1900 para designar a pessoa que tem autoridade e influência num grupo. Há, no entanto que se observar à diferença entre chefiar e liderar. _Chefiar é atingir objetivos através de recursos humanos e materiais. _Liderar é levar as pessoas a agir com esforço e dedicação para atingir os objetivos desejados. O chefe é instituído formalmente. Nasce de um ato burocrático, de alguém de que nomeia, já o líder nem sempre possui autoridade formal. O chefe se contenta com tarefas; o líder consegue entusiasmo, interesse pelo trabalho e cooperação. O chefe tem subordinados, o líder tem seguidores. Uma boa carga genética favorável, pelo tipo de personalidade que possui, e por outro conhecimento geral de tudo que implica na direção de um grupo e na arte de liderar. Um líder pode nascer feito, mas terá de aprimorar técnicas para melhor desempenho da função. Uma pessoa só com técnicas e não tenha personalidade de liderança terá dificuldades no desempenho da tarefa. Por isso, ambas são importantes. Já liderança é a função do líder. O que o líder é torna-se um atributo, mas o que ele faz, uma relação dele com o grupo, é uma função.
  • 29. Nicolas M. Butler, antigo presidente da universidade de Columbia nos Estados Unidos disse que há três tipos de pessoas no mundo: a)As que não sabem o que está acontecendo. b)As que observam o que está acontecendo. c)As que fazem com que as coisas aconteçam. 1.– Conceito de Liderança é a capacidade de fazer com que as coisas aconteçam. Uma liderança eficiente também significa liderança responsável. Para isso é preciso estabelecer alvos e metas a serem alcançados.
  • 30. I. - A escolha de líderes é assunto grave quando não se considera o grupo nem a capacidade de líder. A conscientização dessa gravidade é o primeiro passo. É impressionante a facilidade com que colocamos pessoas liderando grupos sem preparo devido. Temos que reconhecer que todos nós temos nosso grau de incompetência. Um excelente líder de adolescentes, pode se perder diante de adultos. Um eficiente líder de adultos pode traumatizar crianças, ainda em formação, com maneiras erradas de transmitir conceitos sobre Deus, Pecado, Salvação, etc. Uma pessoa que trabalha com Crianças precisa conhecer bem como funciona o desenvolvimento do raciocínio lógico da criança, a fim de transmitir as verdades bíblicas no grau certo e na hora certa, para que a “formação de Cristo” na mente infantil seja algo progressivo e adequado, evitando-se criar nos pequeninos consciência de culpa por não entenderem a realidade do amor e da graça de Deus.
  • 31. I. - Estilos Estilos de liderança é a maneira como o líder desempenha as funções ou os métodos de administração. Mas esse estilo está preso a fatores como a personalidade, o caráter, as necessidades do grupo e a situação imediata. O líder precisa estar atento a isso tudo. O líder além de dirigir o grupo social deve ter a participação espontânea de seus membros. O líder tanto pode ser estímulo como reação ao grupo. Está provado que as pessoas interessadas rendem muito mais em participações. Os três tipos fundamentais de Liderança são: _ Autocrática _ Liberal _ Democrática Há variações, mas nos detemos nestas três.
  • 32. O líder autocrático não se importa em saber o que seus liderados pensam. Apenas os trata como simples ordenanças. Em geral, é uma pessoa irritável, brutal, colérica, egoísta e incapaz de compreender os outros. Às vezes assume papel paternalista tratando as pessoas de forma que só ele sabe fazer as coisas e os demais são incompetentes, mas fica por sentir que dependem dele. Outras vezes age de forma a não permitir a interferência dos outros, infundindo em seus seguidores um temor de contradizê-lo. Uma equipe consciente não permanecerá por muito tempo ao lado de um líder totalitário, mesmo que seja uma boa pessoa. O pior, é que o grupo não estará preparado para assumir a direção por si mesmo e ocorrerá risco de ter que se submeter à nova liderança autocrática.
  • 33. A liderança liberal ou como é chamada “Laissez-faire”. Esta palavra é de origem francesa que em português significa “deixa-fazer”. O lema desse líder é “deixar como está para ver como é que fica”. Pode acontecer, por vezes, que este tipo de líder seja uma pessoa insegura que tem receio de assumir responsabilidades. Também é muito comum em nosso meio, pessoas que não queiram ser eleitas, mas o grupo insiste e o final é um desastre. Outras vezes, são pessoas que usam todos os meios para se elegerem, mas ao adquirir o cargo nada fazem e atrasam o crescimento do grupo. Já a liderança democrática é participativa. É resultado de um líder seguro de si mesmo, que tem uma excelente autoimagem, que conhece os tipos de pessoas e que tenta trabalhar com cada uma respeitando e descobrindo novas possibilidades. É uma pessoa que dá exemplo, estimula o grupo e procura manter sua competência, paciência, tolerância e honestidade. Esse tipo de líder se encontra em pessoas que possuem um senso positivo de estar bem consigo mesma e por isso é fácil ela entender e compreender seus liderados além de equilíbrio ao ouvir opiniões e sugestões.
  • 34. 1. – Qualidades necessárias ao líder: Cientistas na área de administração elaboram listas sobre qualidades que um líder deve possuir. Anotamos as mais comuns. Competência: O líder precisa conhecer o conteúdo do seu trabalho bem como o grupo com o qual trabalha. Também precisa descobrir as aspirações do grupo e ter capacidade par conduzi-lo a atingi-las. Para tanto é necessário que o líder esteja em constante aprimoramento de conhecimentos para melhor atender aos problemas e situações novas do grupo. Visão: Adquirindo conhecimentos a fim de melhor controlar os fatos, o líder poderá ter melhor visão de conjunto e de particularidades. O líder precisa ter visão dos objetivos e dos porquês dos mesmos. Quando um líder perde a visão do trabalho, o grupo perece, ou o líder é substituído. Iniciativa: Esta é coragem de assumir responsabilidade. Lembre-se que iniciativa implica em tomada de decisões e para isso o líder deve estar preparado para assumi-las. O líder precisa de capacidade de ação. Ora ele “Puxa” o grupo. Ora “Empurra”.
  • 35. Serenidade: É o autocontrole. É saber enfrentar os problemas com a devida calma e segurança mesmo quando houve alguma incerteza. O líder não pode demonstrar dúvidas e preocupação em determinadas situações. “Perder o domínio de si próprio é sempre o meio mais seguro de perder a autoridade sobre os demais. Uma postura tranquila, que nasce não do temperamento fleumático, mas da disciplina pessoal, exerce sobre o mundo nervoso e desordenado uma influência irresistível”. Entusiasmo: Esta é uma atitude positiva de esperança nas pessoas e na tarefa a que se propõe. Um líder não pode ser pessimista, ele tem de “vestir a camisa” dos objetivos a serem alcançados. O entusiasmo é contagiante e é claro que o grupo reage positivamente a um líder entusiasta. Funções É preciso lembrar, antes de tudo, que o líder Cristão também é um administrador. Lembre-se de Pv. 11.14, “Onde não existe administração sábia, o povo perece”. Administrar é dom dado por Deus. Um líder Cristão sem a visão de administração na sua tarefa vai deixar o grupo se sentir desorientado. Um bom administrador tem planos, metas específicas e sabe aonde quer chegar.
  • 36. 1. - As principais funções do líder são: _ Planejar _ Executar _ Avaliar São três os passos importantes que estão interligados, um dependendo do outro. Planejar: Planejar é a “arte de fazer com que as coisas acontecem”. Para planejar é preciso estabelecer alvos definidos a curto, médio e longo prazo. Para estabelecê-los, você precisa conhecer tanto o potencial do grupo como as metas de que deseja chegar. Para planejar mais o grupo devem responder às perguntas: _ O que fazer? _ Onde fazer? _ Quando fazer? _ Com que fazer? _ Por que fazer? O planejamento deve ser realizado em conjunto, Líder e liderado, pois quando se determina sem participação, o grupo pode reagir de forma negativa e todo o trabalho ser um fracasso. Um líder seguro dá a vez para os outros opinarem e saber o que será realizado.
  • 37. Executar: Com o planejamento feito é mais fácil executar. Executar é colocar o grupo em ação. Ao fazê-lo, o líder servirá de coordenador. Coordenar é harmonizar. Um bom planejamento feito não permite ao líder se perder em pormenores desnecessários ao executar o trabalho porque tudo já foi pensado nestes com cautela. Avaliar: Ah! Avaliar “É muito fácil planejar e executar. Mas, avaliar Como é difícil” Não queremos nos defrontar com algumas verdades que podem nos aborrecer, pois avaliar é determinar o valor que se realizou; é fazer apreciação, é ajuizar. Faça avaliação a partir dos objetivos traçados e analise-os para ver por que foram ou não foram alcançados. A avaliação é passo importante para melhorar no próximo planejamento. Lembre-se que avaliar é um ato de humanidade. Novamente o equilíbrio é necessário para não cairmos no orgulho ou na depressão. Ou nos valorizarmos demais e depreciarmos demais nossas realizações.
  • 38. 1. - Liderança Cristã – O Papel do Líder em Relação às Pessoas que lidera Diz provérbios 18.19, “Um irmão ajudado pelo irmão é como uma cidade fortificada, é forte como os ferrolhos dum castelo”. O sucesso de nosso trabalho como líderes Cristão depende muito do clima de camaradagem e amor Cristão reinante no meio do grupo. Não adiantam técnicas e grandes reuniões se as pessoas não se sentem bem no grupo. O líder precisa compreender as pessoas. Conhecer os tipos de personalidades e porque as pessoas se comportam desta ou daquela maneira. Ler e conhecer o máximo que se pode sobre comportamento humano é o que se espera do líder Cristão bem-sucedido no trato com as pessoas além de um profundo amor por cada liderado. 1. - Qualidades de um líder cristão Algumas qualidades aqui desenvolvidas devem ser comuns ao líder de liderados para que haja um ambiente gostoso, alegre e franco no grupo. Para isso é preciso que o líder as possua primeiro.
  • 39. I. - Empatia. A habilidade de sentir com os outros, a colocar-se na situação dos outros. Isto não significa que o líder vai se abater de tal forma que não possa ajudar o outro. Sentir como o outro não é envolver-se emocionalmente de modo que não haja uma linha divisória entre o problema e a sua capacidade de analisar friamente a situação. O outro deve sentir que o líder sofre com ele, mas tem a certeza que este tem uma cabeça fria para dar sugestões e opiniões. I. - Interesse. É um interesse calmo que inspira confiança e ao mesmo tempo bem definido para com aqueles que estão no grupo. O líder Cristão que sempre tem em mente a seriedade de sua missão, demonstra profundo interesse pelas pessoas que lidera. Isso traz segurança e estabilidade ao grupo.
  • 40. I. - Intra-percepção. É um interesse na razão por que as pessoas fazem as coisas, em vez de o quê elas fazem; uma motivação básica com motivação da pessoa e não tanto com as ações. É ir além do que as pessoas aparentam. É conhecer as razões que as levam a tomar este ou aquele tipo de comportamento. Não é julgar, mas ajudar, “Para compreender as pessoas devo tentar escutar o que elas não estão dizendo, o que elas talvez nunca venham a dizer” (John Powell). I. - Perspicácia Crescente. Um líder Cristão capaz está sempre descobrindo novas ideias. Ele não para no tempo e no espaço, mas está sempre procurando oferecer ao grupo, algo com conteúdo e criativo para crescimento espiritual e emocional de cada um.
  • 41. I. - Disciplina. A vida religiosa do líder deve ser tão boa e eficaz quanto dos melhores membros do grupo. Um líder cristão não pode ficar atrás em matéria de vida Cristã. Ele é um exemplo de todos. Mas, para que o ambiente seja agradável no grupo, o amor é peça fundamental. Cultivar o amor ao próximo como nos ensina Jesus Cristo é algo desafiador, pois exige de nós um equilíbrio emocional e maturidade espiritual. Não amamos o próximo para ganhar o céu, mas porque ganhamos o céu, nós amamos o próximo. (Leia os textos Marcos 12:30-31 e Lucas 10:25-37). “A falência dos relacionamentos interpessoais reflete a falência na aceitação de si mesmo” (John Powell). Um bom relacionamento está vinculado à maneira como nós nos aceitamos como pessoas, como somos e também a uma boa comunicação. A honestidade em dizer quem somos, pensamos, sentimos, etc. é um fato importante para o crescimento em nossos relacionamentos com outras pessoas.
  • 42. 1. - Regras para motivar seus liderados Para isso algumas regras básicas são importantes de se observar. Segundo Floriano Serra, para você motivar seus liderados deve: I - Respeitar os Liderados Todas as pessoas gostam de ser valorizadas. Aprenda a desenvolver o potencial positivo de cada um reconhecendo e estimulando o bom desempenho. Mesmo que alguém cometa um erro não o humilhe, nem critique diante dos outros. Converse com ele com amor. II.- Não tenha favoritismo pessoais Poucas coisas desmotivam tanto uma pessoa como saber que seu líder “prefere um outro”. Isso o levará a desanimar. Seja atencioso com todos. Evite preferências pessoais. II.- Reconhecer e divulgar os méritos do grupo Alguns técnicos de futebol usam a expressão: “Eu venço, nós empatamos, eles perdem”. Da mesma forma há líderes que se apoderam de ótima ideias ou trabalhos de outros e divulgam como sendo seus, enquanto os fracassos são atribuídos. Deixe os outros saberem que você tem uma equipe competente e criativa.
  • 43. II. Manter o pessoal bem informado Os boatos são comuns, principalmente em situações de crise. Informe o seu grupo do que está ocorrendo (é claro que detalhes confidenciais devem ser respeitados), para que não haja especulações e fantasias criadas em torno de fatos inexpressivos. E mais, um dos melhores meios de motivar as pessoas é deixá-las participar na tomada de decisões. Nada desmotiva mais uma pessoa do que ela sentir que as decisões são tomadas e a ela só cabe cumprir. Não lhe dão o direito de sugerir ou opinar. 1. - O modelo de liderança de Jesus Tenho para mim que o trabalho mais difícil num grupo é tentar manter um espírito Cristão como líderes Cristãos. Qualquer estrutura, programas, excelentes planejamentos, poderão se tornar frios se não reinar no grupo o verdadeiro espírito Cristão na Koinonia (da comunhão). O nosso exemplo em lidar com as pessoas é Jesus Cristo, que além de valorizá- las também as ajudou a crescerem espiritualmente e a se aceitarem como pessoas inteiras. Jesus conhecia muito bem a natureza humana. Ele sabia que atrás de cada atitude havia um “eu” que precisava ser trabalhado, melhorando para que aquela pessoa pudesse usufruir melhor da vida abundante que ele oferecia e oferece hoje para nós.
  • 44. I.- O endemoninhado Gadareno. Ver Lucas 8.26 a 39, no verso 38, o homem queria ficar perto de Jesus depois de ter sido curado. A insegurança o obrigava a ficar dependendo de Jesus, mas o mestre viu o seu potencial e mandou-o para casa (v.39). Jesus desafiou-o a voltar para os seus. Devolveulhe o sentimento de segurança e coragem. Ele precisava disso, Jesus o entendeu e o ajudou. I.- A cura da mulher com hemorragia. Ver Lucas 8.40-48. Aquela mulher sofrera durante doze anos. Foi em todos os médicos e a sua fé, confiança e interesse estavam em Cristo como a última esperança para todo o seu sofrimento. A resposta de Jesus quando a mulher se declarou foi, “filha...” Uma pessoa no desespero que tinha de receber uma palavra de carrinho, pois ela demonstrou ser uma pessoa bastante carente de afeto numa sociedade machista e discriminatória. Além disso, no meio da multidão, Jesus a tratou como se fosse uma única pessoa. Temos a facilidade de categorizar as pessoas e tratá-las de acordo com sua importância relativa. Para Jesus isto não existia. Quase todos viram a mulher na multidão como algo sem importância, mas para Jesus, ela era alguém em necessidade que precisava de atenção e ajuda. Jesus, além de curar o seu físico, restabeleceu-lhe a saúde emocional.
  • 45. I. - Marta e Maria. Lucas 10:38-42. Marta era uma pessoa independente, de iniciativa, preocupada. O que Jesus chama a atenção é que a preocupação de Marta estava certa, mas na hora errada. Chamou-lhe atenção para a troca de prioridades. É difícil para uma pessoa ativa compreender alguém que pode se sentar e ouvir. Jesus compreendeu o tipo de personalidade de ambas as irmãs, mas com voz amorosa, porém, firme, ajudou Marta a pensar. I. - O jovem rico. Ver Lucas 18.18-39. O jovem via Jesus com a expressão “Bom Mestre” (V.18). Era um tipo de pessoa que julga boa achando que tudo que faz é correto, mas se descontrola quando percebe que não é tão completo e precisa se reestruturar. Jesus atingiu o seu “eu”. Era jovem com grande potencial, mas que precisava amadurecer bastante a sua personalidade. Jesus percebeu isto e na conversa que teve com o jovem fez várias colocações importantes para o jovem se questionar. Ele era imaturo e Jesus queria que ele amadurecesse em suas ideias e opiniões.
  • 46. I. - A mulher Samaritana. Ver João 4.1-30. Jesus manteve uma longa conversa com a mulher samaritana, mesmo tendo de enfrentar todos os preconceitos e barreiras sociais da época. Ela era uma pessoa que precisava de alguém para desabafar, contar as suas misérias e Jesus deu tempo a ela. O “eu” da mulher Samaritana cresceu em contato com Jesus porque ela foi honesta. Não escondeu nada. Conversou de coração aberto. Ela tirou as máscaras e pode ver-se tal como era e dessa forma foi atingida pela graça do perdão de Deus. Convém notar que ao tirar as máscaras, ela não se sentiu menosprezada perante Jesus, pois sentiu todo o seu amor por ela e sua situação. Outros exemplos ricos podemos tirar das Escrituras, onde sentimos o interesse de Jesus em tornar o ser humano completo, conhecendo-se a si mesmo na sua totalidade e convergindo esse conhecimento para o crescimento pessoal. As pessoas que estão ao nosso redor têm as mesmas carências daqueles que estavam com Jesus. Ele foi às suas necessidades. E nós, como líderes e como Cristãos, qual tem sido a nossa atitude? Liderança Cristã é tarefa de grande responsabilidade. Para desempenhá-la e necessário submissão a Deus e interesse pelas pessoas. Afinal, somos responsáveis por aqueles que Deus coloca em nossas mãos para serem liderados. Sentir a responsabilidade e a alegria de servir são tônicas básicas na vida do líder Cristão.
  • 47. 1.- Liderança Cristã 1. – O líder e as Críticas A posição de líder é estratégica para as Críticas. Como está em evidência, facilmente se vê os seus defeitos e virtudes e daí nascem às críticas. Mas temos de aprender que as críticas são necessárias para o crescimento como pessoa. Há líderes que não conseguem receber críticas, pois, se desestruturam facilmente, perdem autocontrole e partem para agressão quer verbal ou mesmo física. A crítica pode ser positiva ou negativa. Ela é positiva quando identifica os pontos fracos e fortes e a partir deles procura-se melhorar. É preciso tomar cuidado para ir aos extremos: fazer pouca apreciação a ponto de desanimar a pessoa ou louvor demasiado, ambos são prejudiciais. Já a crítica negativa avalia fraquezas e erros. Ela é saudável quando transformamos os erros em pontos positivos. Mas isto nem sempre é possível. Ela pode ser destrutiva quando é baseada em rancores e analisada de modo inadequado. Quantos crentes sofrem com feridas causadas por críticas negativas destrutivas feitas por pessoas sem amor Cristão. A crítica deve ser feita “em amor” de forma que o outro entenda que é o seu bem. É preciso ter maturidade espiritual e emocional para fazer e receber críticas. Para fazer ou receber críticas é necessário considerar alguns princípios básicos que John W. Alexander colocou em seu artigo “Crítica prática: dando-a e recebendo-a”. Por achá-las oportunas, compartilhamos com você.
  • 48. 1. - Fazendo Críticas _ Ore: Ao dirigir uma crítica a alguém, primeiro ore para que o Senhor lhe dê as palavras certas na hora certa, de modo que você seja uma bênção para o outro. Não use a oração como pretexto para lhe dar álibi e derramar todo o ser rancor sobre seu irmão. Lembre-se de provérbios 25.11 “A palavra dita a seu tempo é como maças de ouro em salvas de prata”. _ Seja Direto: Leia Mt 18.15, seja quem for, fale com a pessoa, mas, não use tabelas, isto é, não lance mãos de terceiros para mandar recados. Ir diretamente á pessoa criticada elimina de princípio uma série de mal entendidos. _ Faça em particular: Criticar uma pessoa perante os outros é falta de educação, além de enfraquecer a autoimagem do nosso irmão e arrasá-lo como pessoa. Líderes genuinamente cristãos jamais criticam o outro pelas costas, o que é mais fácil, mas o fazem pessoalmente. Se tiver dificuldades de expressar oralmente, escreva, mas o faça á pessoa envolvida. _ busque orientar-se com perguntas positivas Perguntas como: “Como você chegou a essa conclusão?”. “Quer-me contar o por quê?”. São positivos e levam o criticado a sentir o direito de explicar o seu ponto de vista sem primeiro ser julgado. Muitas vezes as respostas vão oferecer informações que nós desconhecemos.
  • 49. _ Verifique os Motivos: Pergunte-se: “Por que estou expressando uma crítica negativa?”. “Estou ferido e desejo descontar no outro?”. “Qual o verdadeiro motivo?”. O motivo central da crítica deve ser o sentimento de ajuda ao outro e nunca de projeção dos próprios erros. _ Seja Honesto: Nada é tão desagradável quanto uma crítica desonesta. A comunicação não verbal diz muita coisa. Quantas vezes você pode estar criticando alguém, mas suas expressões não verbais com relação à pessoa não estão sendo honestas. Por exemplo: Posição dos braços, das mãos, tom de voz, olhar de ironia, etc. _ Fale a verdade em amor: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo” (Ef 4:15). Não adianta seguir as seis primeiras regras se não for feito no espírito de amor. O verdadeiro amor ameniza o impacto da Crítica. _ Seja objetivo e Específico: Ao fazer uma crítica esteja seguro do que vai falar. Começa a conversa com “Ouvi dizer”, “Alguém me contou”, não é o melhor caminho. Não rodeie como quem está com receio de falar, mas abra o “jogo” de maneira franca, objetiva, honesta e com educação. _ Cultive o direito de ser ouvido. Para fazer uma crítica é preciso que alguém ouça. “Ouvir” significa que o outro confia em você. Essa confiança e respeito só têm um caminho para adquirir: uma vida moral exemplar. Isto não é imposto, mas adquirido. Quando você adquire o direito de ser ouvido, mais facilmente poderá ajudar o outro.
  • 50. _ Ofereça alternativas. Quando criticar, ofereça alternativa de soluções. É imaturidade dirigir uma crítica desacompanhada de novas ideias. Quando não puder acrescentar nada, é melhor não fazer a crítica. Além de fornecer alternativas, prontifique-se a orar pela pessoa e o faça realmente. Isso vai fortalecer os laços de amizade entre vocês. A crítica sem amor é própria de pessoas não crentes. Mas, quem conhece os princípios do evangelho de Jesus não tem razão de criticar sem fazer acompanhar o espírito de amor fraternal. 1. - Recebendo Críticas. Se é preciso certo preparo para se dirigir uma crítica a alguém, não menos verdade é a de que carecemos do mesmo preparo ou até maior, para receber as críticas que nos são dirigidas. Não é fácil recebê-las. Já dissemos anteriormente que só pessoas maduras emocional e espiritualmente podem receber críticas sem que estas as perturbem. Da mesma forma oferecemos alguns princípios a serem observados ao receber uma crítica. _ Ore. Peça ao Senhor que o ajude a aceitar o que está ouvindo e a não agredir verbalmente, caso não goste do que está a ouvir ou mesmo reconhecendo que a pessoa que está lhe dirigindo a crítica não tem condições morais e espirituais de o fazer. Não é um aceitar passivo, mas de alguém que se controla para não agredi.
  • 51. _ Não fique na defensiva. É o caminho mais comum e o mais fácil. É uma reação natural e compreensiva. Mas, ficar somente na defensiva pode lhe tirar a oportunidade de ver o ângulo do críticador e você não consegue visualizar os erros para corrigi-los. _ Deixe o outro completar seu pensamento. Quantas vezes a pessoa começa a falar e nós interferimos impedindo-a de continuar, procurando dar explicações. Aprenda a deixar o outro completar seu pensamento, isto além de lhe dar tempo para organizar as ideais, também faz parte da boa educação. _ Peça evidências sobre em que se baseia a crítica. É um direito do criticado procurar saber se as bases em que estão erguidas as críticas são válidas. Muitas vezes, somos criticados baseados em boatos. Procure primeiro saber as fontes. Se elas são falsas aproveite a ocasião para chamar a atenção do críticador pela inadequação da crítica. Se for verdadeira, peça a Deus um coração dócil e compreensivo de mente aberta para receber tal crítica. _ Questione-se. Pergunte ao Senhor qual a lição que ele quer lhe mostrar permitindo tal crítica. Possivelmente, Deus deseja uma mudança de atitudes que só pode acontecer depois de ouvir uma crítica. Aproveite a oportunidade para crescer.
  • 52. Verifique se o crítico está expressando suas próprias necessidades através da crítica a você. Muitas vezes a pessoa apenas quer chegar perto de você para solicitar ajuda e a única forma de conseguir é através de uma crítica. Peça ajuda divina para perceber isto e atingir as necessidades da pessoa carente. Mas, cuidado para não generalizar, achando que todos que vêm lhe criticar estão com problemas, isto pode ser um mecanismo de defesa do eu. Tenha real consciência de que não está defendendo, mas deseja ajudar o outro de verdade. _ Verifique qual o verdadeiro problema. A crítica está expressando o problema central ou apenas o considera superficialmente? Quem recebe a crítica precisa observar isto, para não se sentir injustiçado. _ Decida cuidadosamente como responder. Em Provérbios 19.2. lemos, “Não é bom agir sem refletir, o que se apressa com seus pés erra o caminho”. Ao responder uma crítica, decida a forma como fazê- la. Uma palavra mal colocada poderá trazer grandes prejuízos e para consertar fica tão difícil e às vezes é quase irrecuperável.
  • 53. _ Fale sobre o que aconteceu. Primeiro converse com Deus sobre o que aconteceu. Depois peça ajuda a alguém de confiança para aclarar certos pontos. Uma pessoa não envolvida emocionalmente no problema conseguirá ver mais facilmente pontos obscuros para nós. Como líderes Cristãos, somos constantemente alvos de críticas e colocados em situação de criticar outros para o bom desempenho do trabalho. Tanto uma, quanto outra posição, são incômodas e difíceis, mas temos certezas de que Deus nos fortalece e nos dá condições para desempenharmos tarefas tão árduas, mas tão necessárias. Além disso, o grupo está observando. Ele estará aprendendo ou não sobre a arte de fazer e receber crítica pela nossa comunicação não verbal. Qualquer atitude, reação ou palavra estaremos comunicando o que realmente estamossentindo. Se quisermos uma equipe coesa, amadurecendo espiritualmente a cada dia, é necessário que em primeiro lugar nós como líderes estejamos buscando essa maturidade em nossa vida. Não podemos dar ao grupo o que não temos em nossa vida pessoal. Somos sacerdotes de Deus perante o nosso grupo.
  • 54. 1.– O Líder e a supervisão constante 1. – A vida cristã – conduta e devocional de um líder O líder cristão precisa entender a importância de sua conexão constante com Deus e com seus princípios. Viver uma vida sob os cuidados de uma instituição séria pautada nos princípios bíblicos. Viver a vida devocional para estar cada vez mais perto da estatura de Cristo. O CÓDIGO DE ÉTICA DA ORMIBAN – (A ORDEM DOS MINISTROS BATISTAS NACIONAIS) menciona em seu código de ética: ... Portanto, confiado no Senhor (Fl 4.13), voluntariamente, subscrevo os seguintes princípios, visando também dar um bom exemplo para aqueles a quem lidero e com quem trabalho. I – MINHA CONDUTA PESSOAL 1.Desenvolverei minha espiritualidade e comunhão com Deus lendo e estudando a Bíblia, meditando e orando diariamente, além de conservar-me física e emocionalmente em condições para a obra que me foi confiada.
  • 55. 1. Serei justo para com minha família, fazendo o possível para lhe dar o tempo e a consideração que merece, dedicando ao menos, um dia por semana, atenção especial em atividades recreativa, social e familiar. 2. Buscarei viver dentro dos limites dos meus honorários, sendo pontual no pagamento de meus compromissos, evitando comprar a prestação, exceto quando se tratar de investimento, e não assumindo compromissos financeiros através de aval. 3. Não permitirei que o fator financeiro seja decisivo na aceitação de um novo pastorado. 4. Lutarei para progredir intelectual e espiritualmente através de leituras e estudos cuidadosos, da teologia e conhecimento gerais, participando, na medida das minhas condições, em encontros e conferências, que contribuam para o crescimento do meu ministério. 5. Não plagiarei. Ao usar material de fonte alheia, farei a devida citação. 6. Não vacilarei na fé por causa do mau comportamento de crentes, particularmente de líderes. Minha confiança estará continuamente firmada em Jesus, que é meu Supremo Exemplo. 7. Procurarei nas minhas visitas aos lares, portar-me com discrição, absoluto respeito e dignidade cristã. 8. Serei exemplo em minhas conversações e atitudes. 9. Não forçarei a minha entrada em qualquer pastorado, sob pretexto algum. 10. Não deixarei meu pastorado sem prévio conhecimento da igreja e a Ordem dos Ministros. Em harmonia com a igreja, procurarei ajudá-la a conseguir novo pastor. 11. Procurarei não me ausentar do campo da igreja, sem lhe dar ciência. 12. Ao administrar as finanças da igreja, usarei da confiança que o cargo me dá, mas de tudo lhe darei conhecimento.
  • 56. 1. – O pastoreio de pastores BASE BÍBLICA DO PASTOREIO DE PASTORES A seguir indicamos quatro textos clássicos na área de pastoreio de pastores: Atos 20.28-31 28 Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. 29 Sei que, depois de minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. 30 E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos. 31 Por isso, vigiem! Lembrem-se de que durante três anos jamais cessei de advertir cada um de vocês disso, noite e dia, com lágrimas. O que o pastoreio de pastores proporciona? Possibilita aos pastores que dele participam, receber atenção de/a outros pastores nas seguintes áreas: 1)Cuidado pastoral da vida; 2)Assessoria ou mentoria ministerial; 3)Ouvir a Deus Juntos; 4)Sequência de estudos juntos, num assunto ou tema no qual o grupo quer crescer.
  • 57. 1. A necessidade de teologia para novos líderes Por que muitos cristãos deixaram de fazer o curso teológico? E na mesma proporção muitos pastores autônomos surgiram? Existe uma grande necessidade de voltar a estudar teologia. Nossos seminários precisam ser utilizados por nosso povo para crescimento espiritual. Não podemos deixar que a modernidade tire a beleza e a importância de se sentar para estudar sobre nosso Deus e nossa fé. A editora Sepal traz um texto muito importante sobre a relação da teologia e a vida pastoral. Oito marcas de um pastor-teólogo “O pastor-teólogo entende os tempos e épocas. A teologia não acontece no vácuo, do nada. Um púlpito e educação cristã sem realismo e realidade conjuntural é desprovido de sentido para as pessoas. Pastores precisam levar a sério o hoje, os fatos, os acontecimentos, os noticiários. A palavra do Senhor precisa vir para esses contextos. Deus nos chama para termos palavra para o nosso tempo. Pastores que não sabem fazer pontes entre os tempos bíblicos e os tempos presentes precisam prestar atenção à hermenêutica!”
  • 58. “O pastor-teólogo entende o plano de Deus para o mundo. “A reflexão teológica que não está a serviço da missão de Deus é um despropósito. A missiologia é a mãe da teologia. Não estudamos teologia por causa da teologia. Estudamos para entender e para desenvolver a missão de Deus no mundo. Sem missão, a teologia se trunca, disse Orlando Costas. Por isso, todo pastor deve ser um teólogo da missão. O ministério pastoral não é um fim em si mesmo; é um meio para equipar o povo de Deus para cumprir a missão de Deus!” “O pastor é um geógrafo social, alguém que deseja “escrever” o evangelho na mente e no coração de um povo reunido em um determinado lugar. “O pastor de uma igreja local é um construtor de lugares cuja missão é transformar uma congregação em um lugar adequado para o Espírito de Cristo, um lugar no qual certas atividades promoverão a cidadania celestial coletiva sob condições terrenas históricas. O pastor deseja ajudar cada membro do rebanho a encontrar seu lugar no mundo, a saber seguir a Cristo aqui e agora como discípulo dele.”
  • 59. “Os pastores devem conduzir seus rebanhos a águas mais profundas do batismo, mais profundas naquilo que o Deus trino está fazendo na – e por meio da – morte e ressurreição de Jesus. É assim que eles cumprem a Grande Comissão: ‘Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando- os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei’ (Mt 28.19-20). Pastores fazem discípulos ao conduzirem as pessoas ao que o Deus trino está fazendo em Cristo.” “Pastores são teólogos públicos porque trabalham com pessoas para pôr a teologia em prática. Esse é um trabalho árduo; é mais difícil trabalhar com pessoas do que com ideias. Se você quiser um desafi-o real, não vá estudar teologia acadêmica; vá para o pastorado. Mas o povo de Deus – as igrejas locais – são os locais públicos onde a vida de Cristo é lembrada, celebrada, examinada e exibida.”
  • 60. 8 - BIBLIOGRAFIA J. Oswald. Sanders, Liderança Espiritual – Editora Mundo Cristão. J.Oswald.Sanders, Paulo o líder – Editora vida. Nascy Gonçalves Dusilek, Liderança Cristã, A arte de Crescer com as Pessoas, Editora vida. Kenneth Blanchard e Spencer Johnson, O gerente Minuto – Editora Record. Kenneth Blanchard e Robert Lorber, O gerente Minuto em Ação – Editora Record https://ormiban.org.br/docs_2017/codigo_de_etica.pdf acesso em 30-06-2022 https://sepal.org.br/texto-e-contexto-todo-pastor-e-ou- deveria-ser-teologo/ acesso em 30-06-2022 Edwards, Gene, 1932 – Perfil de três reis: cura e esperança para corações quebrantados; tradução Jorge César Mota – 2 ed.rev. e atual. – São Paulo: Editora Vida, 2007

Notas do Editor

  1. Análise SWOT (em inglês) ou FOFA (Sigla em português) Técnica usada para identificar e propor ações que ao mesmo tempo corrijam vulnerabilidades e destaquem potencialidades.   Significando, Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. A sua aplicação permite ao gestor identificar pontos positivos e negativos atuais e também projetar uma visão de futuro, entendendo o que se coloca como tendência. Basicamente, as conclusões da análise são obtidas a partir de quatro questionamentos:   Forças: Quais são os reais pontos fortes do negócio? Fraquezas: Quais os reais pontos fracos do negócio? Oportunidades: Quais são as oportunidades para o negócio? Ameaças: Quais são os riscos para o negócio?