O documento discute as principais correntes pedagógicas modernas segundo J.C. Libaneo, incluindo construtivismo, teoria histórico-cultural e sociocríticas. Também aborda o uso de tecnologia na educação e como as novas tecnologias podem melhorar a qualidade do ensino se usadas corretamente, de acordo com Regina Lúcia S. Marinato de Resende.
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Teorias pedagógicas modernas e uso da tecnologia
1. TEORIAS PEDAGÓGICAS
MODERNAS E UTILIZAÇÃO
DE TECNOLOGIA
SEGUNDO J. C. LIBANEO (enxertos de Regina Lúcia S.
Marinato de Resende)
2. Correntes pedagógicas contemporâneas
*SEGUNDO J. C. LIBANEO
Correntes Modalidades
1. Racional-tecnológica Ensino de Excelência
Ensino tecnológico
2. Neocognitivistas Construtivismo pós-piagetiano
Ciências cognitivas
3. Sociocríticas Sociologia crítica do currículo
Teoria histórico-cultural
Teoria sociocultural
Teoria sociocognitiva
Teoria da ação comunicativa
4. “Holísticas” Holismo
Teoria da Complexidade
Ecopedagogia
Conhecimento em rede
5. “Pós-modernas” Pós-estruturalismo
Neo-pragmatismo
3. Correntes Sociocríticas
• Designação utilizada para ampliar o sentido de
“crítica” e abrange teorias e correntes a partir de
referenciais marxistas e pós marxistas.
• Frequentemente divergem entre sí quanto a
premissas epistemológicas.
• Convergem na concepção de Educação
compreensão da realidade para transformá-la ,
visando novas relações sociais / superação de
desigualdades sociais e econômicas.
4. Teoria Histórico-Cultural
• As bases teóricas apoiam-se em Vygotsky e
seguidores.
• Aprendizagem resulta na interação sujeito-
objeto e a ação do sujeito sobre o meio é
socialmente mediada.
• Funções mentais superiores ações
interiorizadas de algo socialmente mediado a
partir da cultura constituída.
5. Sociedade do Conhecimento
• Novas Tecnologias - Qualidade da Educação
• Impacto do desenvolvimento tecnológico na vida
social / processo de formação das pessoas.
• Formação Global condição de humanização
e tarefa de Pedagogia, onde se inclui o
desenvolvimento da razão.
6. Construtivismo
Sociointeracionista
Resende, Regina L. S. M. de, 2005
• Duas correntes interacionistas se
destacam no meio educacional: a
Epistemologia Genética de Piaget e a
Teoria Sócio-histórica de Vygotsky.
• O conhecimento é construído pelo
indivíduo durante toda sua vida.
7. Construtivismo pós-piagetiano
• A aprendizagem é resultado de uma
construção mental realizada pelos sujeitos
em interação com os fenômenos naturais
e sociais.
• A faculdade de pensar não é inata nem é
provida de fora.
• A noção-chave é o conflito sociocognitivo
em situações de interação, envolvendo
experiências sociais e culturais
8. Reconhecimento ao uso das
Tecnologias
• Lógica do mundo técnico-informacional
pode ajudar (sem subsumir). J.C. Libaneo
• Uso da Internet e outras ferramentas
tecnológicas na Educação presencial e à
distância. Regina Lúcia S. Marinato de Resende
9. Bibliografia
• As teorias pedagógicas modernas
resignificadas pelo debate contemporâneo
na educação. Libaneo, J.C., Goiânia, 2005.
• Fundamentos Teórico-Pedagógicos para
EAD. Resende, Regina L. S. M. de, Rio de Janeiro,
2005.
10. Bibliografia
• As teorias pedagógicas modernas
resignificadas pelo debate contemporâneo
na educação. Libaneo, J.C., Goiânia, 2005.
• Fundamentos Teórico-Pedagógicos para
EAD. Resende, Regina L. S. M. de, Rio de Janeiro,
2005.
Notas del editor
Conforme J.C. Libaneo, no documento em estudo: AS TEORIAS PEDAGÓGICAS MODERNAS RESIGINIFICADAS PELO DEBATE CONTEMPORÂNEO NA EDUCAÇÃO, pág.s 10 e 11, este quadro representa bem “Um esboço das teorias e correntes pedagógicas contemporâneas.
A designação “sóciocrítica” está sendo utilizada para ampliar o sentido de “crítica” e abranger teorias e correntes que se desenvolvem a partir de referenciais marxistas ou neo-marxistas e mesmo, apenas, de inspiração marxista e que são, frequentemente, divergentes entre si principalmente quanto a premissas epistemológicas.
As abordagens sociocríticas convergem na concepção de educação como compreensão da realidade para transformá-la, visando a construção de novas relações sociais para superação de desigualdades sociais e econômicas.
A designação “sóciocrítica” está sendo utilizada para ampliar o sentido de “crítica” e abranger teorias e correntes que se desenvolvem a partir de referenciais marxistas ou neo-marxistas e mesmo, apenas, de inspiração marxista e que são, frequentemente, divergentes entre si principalmente quanto a premissas epistemológicas.
As abordagens sociocríticas convergem na concepção de educação como compreensão da realidade para transformá-la, visando a construção de novas relações sociais para superação de desigualdades sociais e econômicas.
A idéia de sociedade do conhecimento está ligada à de intelectualização do processo produtivo. Os profissionais necessitariam um alto grau de desenvolvimento das capacidades intelectuais: abstração, rapidez de raciocínio, visão global do processo de trabalho.
As pedagogias modernas reconhecem o impacto do desenvolvimento tecnológico na vida social e, em particular, nos processos de formação das pessoas. Mas não aceita que haja uma crise da noção de formação geral. A democratização da sociedade supõe uma educação básica como necessidade imperativa de desenvolver nos jovens capacidades cognitivas, de modo que aprendam a expressar-se, a compreender diferentes contextos da realidade, a relativizar certezas, a pensar estrategicamente.
Não há uma crise de formação; há um contexto concreto de transformações sociais, econômicas, políticas que tendem a privar a humanidade e, portanto, os processos formativos, de perspectivas de existência individual e social. A formação global do ser humano, portanto, continua sendo condição de humanização e tarefa da pedagogia, onde se inclui certamente o desenvolvimento da razão.
- Duas correntes interacionistas se destacam no meio educacional: a
Teoria Sócio-histórica de Vygotsky e a Epistemologia genética de
Piaget, que apresentam pontos de contato e algumas diferenças. A
análise das teorias interacionistas apresentada, parte do pressuposto
que a interação provoca mudanças recíprocas (indivíduo e meio) e que
dessa interação, entre fatores internos e externos, vão resultando as
características do indivíduo.
- características do indivíduo, de acordo com Lobo Neto (2000).
Na concepção interacionista, o conhecimento é construído pelo
indivíduo durante toda a sua vida. Atribuindo importância especial ao
fator humano no meio social, considera que o indivíduo vai se
construindo, através da interação com o outro.
- De acordo com os pressupostos teóricos da denominada
Epistemologia Genética ou Teoria Psicogenética de Jean Piaget, o
conhecimento é definido como o resultado da interdependência entre o
sujeito e o objeto de conhecimento, onde a atividade organizadora do
sujeito é fundamental, respondendo e agindo sobre os estímulos
externos para construir e organizar o seu próprio conhecimento
(CASTORINA, 1998).
Para Piaget, (1973), a aprendizagem ocorre através de um
processo operatório, reflexivo e criativo, onde o sujeito é capaz de
elaborar problemas recorrendo às possibilidades de sua estrutura
cognitiva. O desenvolvimento mental se dá como uma sucessão de
períodos ou estágios, e a aprendizagem se produz no próprio processo
de interação do sujeito com o objeto de conhecimento, quando aquele
assimila este às suas estruturas e as acomoda às modificações ou
ações do meio. A noção de invenção (criação/novidade) é uma das
hipóteses centrais dessa teoria.
A democratização da sociedade supõe uma educação básica como necessidade imperativa de desenvolver nos jovens capacidades cognitivas, de modo que aprendam a expressar-se, a compreender diferentes contextos da realidade, a relativizar certezas, a pensar estrategicamente. Aspectos em que a lógica do mundo técnico-informacional pode ajudar, mas sem subsumir nela todo o processo formativo que implica o crescimento do ser humano, domínio gradativo de conhecimentos, técnicas, habilidades, o desenvolvimento da capacidade de apropriar-se da realidade.
- Numa perspectiva que pretende analisar as TIs como instrumentos
culturais no processo educativo, identifica-se especialmente o uso da
Internet, como uma ferramenta potencial na mediação do processo de
ensino e aprendizagem.
Pode-se considerar que o uso da Internet e de outras ferramentas
tecnológicas na Educação presencial e à Distância, propiciam uma
experiência de aprendizagem que pode privilegiar a aprendizagem
significativa, a interação com o ambiente social, a formação de
comunidades virtuais, favorecendo enfim a aprendizagem, através da
criação de zonas ‘virtuais’ de desenvolvimento proximal e a construção
do conhecimento, apoiadas nas teorias Sócio- histórico- cultural e
Construtivista.