SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 25
Descargar para leer sin conexión
FACULDADES ANGLO--AMERIICANO – FAA
              FACULDADES ANGLO AMER CANO – FAA

                     CURSO DE FIISIIOTERAPIIA
                     CURSO DE F S OTERAP A




Avaliação da Capacidade Funcional em Idosos com Fatores de Risco
                        Cardiovascular




                   DAIANY DA SILVA VILELA
           KAMILLA LUDMILLA SANTOS BUSANELLO
                 SIMONE DASPET DE OLIVEIRA




                        FOZ DO IGUAÇU
                              2010
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS COM
                    FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR
        Evaluation of functionality in elderly patients with cardiovascular risk factors




  Daiany da Silva Vilela¹, Kamilla Ludmilla Santos Busanello¹, Simone Daspet de Oliveira¹
                                     Christiane Riedi²

       ¹ Discentes do curso de Fisioterapia da Faculdade Anglo Americano da Cidade de Foz
do Iguaçu, PR, Brasil. daianyvilela@hotmail.com, ludnha_k@hotmail.com,
tia_si@hotmail.com.

       ² Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Anglo Americano da Cidade de Foz
do Iguaçu, PR, Brasil. christiane@riedi.org.



Resumo


Introdução: São inerentes ao envelhecimento as alterações em todos os sistemas que compõem o ser
humano e essas alterações podem determinar o desempenho motor de cada indivíduo, demonstrando
sua real capacidade funcional. Objetivo: identificar como os fatores de risco para doenças cardíacas
podem influenciar na execução das atividades básicas de vida diária (AVD´s) e atividades
instrumentais de vida diária (AIVD´s) em um grupo de idosos que freqüentam um Centro de
Convivência do Idoso. Método: pesquisa foi do tipo transversal, aleatória e teve a participação de 78
idosos (67 mulheres e 11 homens). Utilizou-se um primeiro questionário com objetivo de coletar os
dados pessoais e antropométricos. A capacidade para execução das AVD´s foi pesquisada pela
aplicação Índice de Katz, que investiga a capacidade do indivíduo realizar tarefas ligadas ao auto-
cuidado. Já a condição de execução das AIVD´s foi investigada através da aplicação da Escala de
Lawton e Brody, que avalia a capacidade de execução de tarefas ligadas à independência do indivíduo
na sociedade em que vive. Para avaliação da correlação entre a idade, questionário de AVD´s e
AIVD´s foi utilizado o teste de correlação de Spearman com nível de significância estipulado em p<
0,05. Resultados: os testes de correlação não apresentaram significância estatística, mas foi
encontrado um alto grau de independência tanto para AVD`s quanto para AIVD`s, que se acredita
estar ligado ao fato de grande parte dos entrevistados (80%) praticarem atividade física regularmente.
Conclusão: os idosos praticantes de atividade física regular se consideram independentes, apesar de
possuírem doenças associadas.


Palavras-chave: Senescência. Atividades cotidianas. Avaliação da Deficiência.
Abstract
Introduction: Are inherent to ageing the amendments that occur throughout the physic system and
these amendments can determine the motor development of each individual, presenting their real
functionality. Objectives: Identify how the risk factors of heart disease can act upon the execution of
basic activities of daily living (ADL) and instrumental activities of daily living (IADL) in a group of
elderly patients from a community social center. Methods: The research was done as random and
transverse kind with 78 elderly patients (eleven men and sixty-seven women). At first they have
answered a questionnaire about personal and anthropometric data. To investigate the ability to perform
the activities of daily living (ADL) was used the Katz Index, which assess the individual capacity to
carry out the self-care tasks. To investigate the ability to perform instrumental activities of daily living
(IADL) was used the Lawton & Brody Scale, which assess the individual capacity to carry out tasks of
independent living. To find a correlation coefficient between age and both questionnaire answers was
used the Spearman’s Rank, with a significance level determined in p<0,05. Results: Despite the
correlation test did not demonstrate any statistic relevance, yet a high level of independence in ADL as
in IADL was found, which is believed to be connected to regular workout, pleaded by 80% of the
interviewed. Conclusions: The elderly patients who regularly workout consider themselves as
independent despite having associated diseases.

Key words: Aging. Activities of Daily Living. Disability Evaluation.




INTRODUÇÃO


        O processo de envelhecimento traz como conseqüências alterações nos sistemas:
respiratório, cardiovascular, nervoso e musculoesquelético resultando em uma diminuição da
capacidade vital pulmonar, no fluxo sanguíneo cerebral, além do déficit da agilidade,
coordenação, equilíbrio e flexibilidade (1, 2, 3, 4, 5, 6).
        A última Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD, 2008) confirmou a
tendência ao envelhecimento da população brasileira, com mais de 60 anos de idade até o ano
2025 passará de 9,98% para 16,23%.
        Andreotti e Okuma (6) e Lino et al (7) afirmam que em função do processo de
envelhecimento, o individuo apresenta uma diminuição da capacidade funcional no
desempenho motor para realização das atividades de vida diária (AVD), o que, entretanto, não
os tornam necessariamente dependentes de outros.
        Capacidade funcional é definida como o potencial que os idosos apresentam para
decidir e atuar em sua vida de forma independente. Já a incapacidade funcional é definida
pela presença de dificuldade no desempenho de certos gestos e de certas atividades da vida
cotidiana, (indispensáveis para uma vida independente na comunidade) ou mesmo pela
impossibilidade de desempenhá-las (8, 2).
Uma das escalas mais utilizadas para avaliação funcional das atividades de vida diária
é a Escala de Katz, que foi desenvolvida para avaliação de resultados em tratamentos de
idosos e predizer o prognóstico em pacientes crônicos. Esta escala consta de seis itens que
mensuram o desempenho do indivíduo nas atividades de auto-cuidado, os quais obedecem a
uma hierarquia de complexidade, abrangendo: alimentação, controle de esfíncteres,
transferência, higiene pessoal, capacidade para vestir-se e banhar-se (7).
       Para Bonardi et al (9), a incapacidade funcional ou desabilidade limita a autonomia do
idoso na execução das suas AVDS, reduz a qualidade de vida e aumenta o risco de
dependência, institucionalização, cuidados e morte prematura do indivíduo idoso. Com isso
utiliza-se como ferramenta de avaliação, a escala desenvolvida por Lawton e Brody, em 1969,
segundo Santos e Junior (10).
       Entretanto o presente estudo tem como objetivo identificar como os fatores de risco
associados às doenças cardíacas, interferem nas atividades de vida diária e nas atividades
instrumentais de vida diária dos idosos que freqüentam o Centro de Convivência do Idoso
(CCI) no bairro Jardim São Paulo da cidade de Foz do Iguaçu.


MATERIAIS E MÉTODOS


       Participaram deste estudo 78 idosos de ambos os sexos com idade acima de 60 anos,
que são freqüentadores do Centro de Convivência do Idoso do Jardim São Paulo, da cidade de
Foz do Iguaçu.
       Tratou-se de uma pesquisa do tipo transversal, aleatória e de demanda espontânea. Os
indivíduos foram informados sobre a natureza do estudo, e assinaram um Termo Livre e
Esclarecido, de acordo com as exigências para pesquisas em seres humanos, sendo o projeto
aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Assis Gurgacz (CEP/FAG) protocolo de número
066/2010 (Anexo I). Os indivíduos foram submetidos a três questionários, um para
levantamento de dados antropométricos, outro para avaliar as atividades de vida diária e por
fim um questionário para avaliar atividades instrumentais de vida diária.
       Foram incluídos no estudo, indivíduos com mais de 60 anos, de ambos os sexos, e que
faziam atividade neste centro.
       Foram excluídos indivíduos com dificuldade de comunicação verbal e escrita que
limitassem a compreensão dos questionários.
Através do primeiro questionário foram investigados fatores de risco como: índice da
massa corpórea (IMC) que se deu através da equação P/E², os indivíduos foram pesados numa
balança da marca Britânia de capacidade de 150 kg e foram orientados a subir na balança
descalços e com pouco traje, a estatura foi obtida através de um estadiômetro de marca WCS
modelo Wood, os voluntários foram orientados a permanecerem na posição ereta, com os
calcanhares, nádegas e cabeça em contato com o estadiômetro que estava fixo na parede. Já a
medida da circunferência abdominal (MCA) foi obtida através de uma fita métrica,
posicionada no menor diâmetro entre as cristas ilíacas ântero superior e as ultimas costelas, a
escolaridade foi representada pela quantidade de anos dedicados ao estudo, por fim doenças
cardíacas (infarto agudo do miocárdio (IAM), Hipertensão, Cirurgias Coronárias,
Aterosclerose, Arritmias Cardíacas e doenças congênitas), doenças associadas (Diabetes
Mellitus, Osteoporose, Artrite, Dislipidemia e Artrose), doenças respiratórias (Asma,
Bronquite e Enfisema Pulmonar) e déficits visuais e auditivos (Anexo II).
       Utilizou-se como ferramenta de avaliação o Questionário de Atividade de Vida Diária
(Anexo III) avaliado através do índice de Katz (11), que foi aplicado em forma de entrevista.
Este questionário buscou avaliar a dificuldade do idoso em realizar suas tarefas do dia-a-dia,
relacionadas com o cuidado corporal, tais como, vestir-se, banhar-se, transferir-se, usar o
banheiro, controlar esfíncter e alimentar-se. O quesito controlar esfíncter foi dividido em
controle de micção e evacuação.
       Para a pontuação do questionário foi utilizado o formato de Likert, onde indivíduos
independentes recebiam pontuação 0; se necessitassem de alguma ajuda material, pontuação
1; se precisassem de ajuda humana, pontuação 2 e dependentes totais receberiam pontuação
3.
       Para a avaliação de atividades instrumentais de vida diária (Anexo IV), que também se
deu em forma de entrevista, foi utilizada a escala de Lawton e Brody (10), que se diferencia
do índice de Katz, por avaliar o grau de limitação individual, em atividades instrumentais,
como: usar meios de transporte, manipular medicamentos, realizar compras, tarefas
domésticas leves e pesadas, utilizar telefone, preparar refeições e cuidar das próprias finanças.
Contendo sete questões, com três alternativas cada uma, na qual a última alternativa de cada
item, recebeu duas pontuações, pois, diferencia se o idoso não tem o hábito de realizar a tarefa
proposta ou é incapaz de realizá-la. Sendo assim, o individuo é classificado como
independente quando alcança a pontuação 3, se necessita de alguma ajuda 2, não tendo o
hábito será pontuado como 1, e se é incapaz de realizar a tarefa proposta terá 0 pontos.
Vale ressaltar a diferença de pontuação entre os questionários. Na forma de pontuação
de Katz, o individuo que obtém um escore menor é classificado como independente, já na
avaliação do Lawton, quanto maior o escore final maior será o grau de independência do
idoso.


ANÁLISE ESTATISTICA


         Os dados foram apresentados em média, desvio-padrão e porcentagem.
         Para avaliação da correlação entre a idade, questionário de AVD´s e AIVD´s foi
utilizado o teste de correlação de Spearman com nível de significância estipulado em p< 0,05,
para tal fui utilizado o programa estatístico InStat 3.4 da Graph Pad.


RESULTADOS


         Participaram do estudo 78 idosos, de ambos os sexos, sendo 67 mulheres (86%) e 11
homens (14%), com idade média de 69,69 ± 5,58 anos. A escolaridade dos entrevistados foi
representada pela quantidade de anos dedicados ao estudo, e a média de tempo encontrada foi
de 3,51 anos, sendo que somente um indivíduo tinha formação completa de ensino superior.
         Quando avaliados os dados antropométricos, verificou-se que os entrevistados
apresentam IMC média de 28,16 ± 5,37 para as mulheres e, entre os homens, foi de 27,80 ±
4,19. Já a média da circunferência abdominal feminina foi de 92,29 ± 12,25 e da masculina
foi de 91,88 ± 11,08. (Tabela I)


         Tabela I: Perfil dos voluntários entrevistados

          Voluntários             n           %           IMC (Kg/m²)       MCA (cm)
          Homens                  11          14          27,80 ± 4,19      91,88 ± 11,08
          Mulheres                67          86          28,16 ± 5,37      92,29 ± 12,25
         IMC: Índice de Massa Corpórea; MCA: Medida da Circunferência Abdominal


         Foi observado que 63 (80%) dos entrevistados são praticantes de alguma atividade
física, com freqüência mínima de 3 vezes na semana, por, no mínimo 45 minutos.
Em relação ao tabagismo, verifica-se que 48 idosos (61%) são não-tabagistas,
enquanto 28 (36%) declararam-se ex-tabagistas e apenas 2 entrevistados (2%) são tabagistas
ativos.
O déficit visual é presente em 74 (95%) dos entrevistados, já o déficit auditivo não foi
encontrado em larga escala, representando apenas a realidade de 17 (22%) dos entrevistados.
          Apenas 15 voluntários declararam sofrer de patologia respiratória sendo a bronquite
crônica a patologia apresentada por 12 voluntários (15%).
          Dos entrevistados, 42 (54%) declararam possuir alguma doença associada, e, destas, a
diabetes mellitus é a patologia presente em 20 (26%) dos entrevistados, seguida pela
osteoporose em 17 (22%), dislipidemia 10 (13%), artrite 7 (9%) e artrose 5 (6%).
          Verificou-se que 58 indivíduos (74%) apresentaram doenças cardíacas, sendo 47
hipertensos (60%), 6 foram submetidos a cirurgias coronarianas (8%) e 5 sofrem de arritmia
cardíaca controlada por medicação (6%). Dentre os idosos pesquisados, não foram
encontrados pacientes com histórico de infarto agudo do miocárdio, aterosclerose ou doenças
congênitas. (Tabela II)


                 Tabela II: Doenças associadas investigadas
                                                         N    %
                      Atividade Física                   63   80
                      Déficit visual                     74   95
                      Déficit auditivo                   17   22
                      TABAGISMO
                      Fumante                            2 2
                      Ex-fumante                         28 36
                      Nunca fumou                        48 61
                      DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
                      Bronquite crônica                  12 15
                      Asma                               5 6
                      Enfisema pulmonar                  0
                      DOENÇAS ASSOCIADAS
                      Diabetes mellitus                  20   26
                      Osteoporose                        17   22
                      Dislipidemia                       10   13
                      Artrite                            7    9
                      Artrose                            5    6
                      DOENÇAS CARDÍACAS
                      Hipertensão                        47 60
                      Cirurgias Coronarianas             6 8
                      Arritmias Cardíacas                5 6
                      Doenças Congênitas                 0
                      IAM                                0
                      Aterosclerose                      0
Dos entrevistados, 66 (85%) já se hospitalizou alguma vez em sua vida, sendo 22
(28%) por pequenos procedimentos como parto e intervenções ligadas ao sistema reprodutor
ou por afecções ligadas ao sistema digestório 22 (28%).
       Já utilizaram o serviço da fisioterapia 47 idosos (60%), com uma média de 47,82
atendimentos, na maioria das vezes tratando de doenças crônicas.
       Quando investigado os resultados do questionário que avalia as AVD´s, o Índice de
Katz, deve-se considerar que a pontuação máxima do teste é 21 pontos o que caracteriza
indivíduos com maior dependência. Nos voluntários investigados verificou que 77 (99%)
indivíduos obtiveram escore final de 2 pontos e apenas 1 participante obteve escore final de 5
pontos classificando-os como independentes.
       Para o questionário de AIVD´s foi considerado independente o indivíduo com maior
pontuação foi possível verificar que da mesma forma que para as AVD´s os voluntários eram
considerados independentes.
       Quando avaliada cada questão do questionário de AIVD´s, foi observado que na
questão 1, referente ao uso do telefone, 64 entrevistados (82%) declararam receber e fazer
ligações sem nenhum tipo de assistência extra; na questão 2, referente à viagens, 59
indivíduos (76%) afirmaram que viajam sozinhos e 13 (17%) relataram que só viajam quando
têm companhia; em relação a questão 3 que se refere às compras, 61 (78%) entrevistados
realizam as compras, quando é fornecido o transporte e 11 (14%) voluntários somente fazem
compras quando têm companhia; na questão 4, o quesito preparo das refeições, 71 (91%)
idosos dizem planejar e cozinhar refeições completas; já na questão 5, entre os entrevistados
apenas 51 (65%) realizam tarefas domésticas pesadas, e 20 (26%) apenas realizam tarefas
leves; na questão 6, 72 entrevistados (92%) fazem uso de medicamento sem assistência, e a
ultima questão que abrange o manuseio do dinheiro 65 (83%) declararam preencher cheques e
pagar contas sem auxílio. (Tabela III)
       Considerando o escore final, verificou-se que 31 idosos (40%) são consideradas
independentes totais, pois obtiveram escore igual a 21 pontos,        47    indivíduos (60%)
atingiram um escore > 5 < 21 sendo assim classificados como dependentes parciais para as
AIVDS e nenhum indivíduo obteve escore menor que 5 pontos, portanto não foram
encontrados dependentes totais
Tabela III: Ìndice de Lawton e Brody
               AIVDS          3 PONTOS      2 PONTOS       1 PONTO
               Uso telefone   64 (82%)      11 (14%)       3 (4%)
               Viagens        59 (76%)      13 (17%)       6 (8%)
               Compras        61 (78%)      11 (14%)       6 (8%)
               Refeições      71 (91%)      1 (1%)         6 (8%)
               Tarefas
               domésticas     51 (65%)      20 (26%)       7 (9%)
               Medicamento    72 (92%)      5 (6%)         1 (1%)
               Manuseio
               dinheiro       65 (83%)      8 (10%)        5 (6%)


       Foi realizado também um estudo que buscava correlacionar a idade dos indivíduos
com as AVD´s (p=0,52) e as AIVD´s (p=0,54) bem como a correlação entre os escores
(p>0,57), porém não foi observado qualquer relação estatisticamente significativa.


DISCUSSÃO


       Os resultados obtidos neste estudo devem ser interpretados levando-se em
consideração que a população estudada é restrita à freqüentadores de um Centro de
Convivência de Idosos, com demanda espontânea e abrangendo diferentes níveis sociais.
Além disso, o estudo se propôs a utilizar testes de auto-percepção em relação às AVD´s e
AIVD´s, não sendo possível a averiguação da execução das atividades relatadas.
       Participaram do estudo, idosos que freqüentam uma das três unidades disponíveis dos
Centros de Convivência dos Idosos disponíveis em Foz do Iguaçu cuja média de idade dos
entrevistados é de 70 anos. Dados do IBGE (12) confirmam o crescimento e a longevidade da
população idosa ao indicar que entre 1980 e 2000, a esperança de vida ao nascer da população
masculina passou de 58,5 anos para 67,5 e a das mulheres aumentou de 64,6 para 75,9 anos.
Soma-se a isso a rápida queda da fecundidade iniciada na segunda metade dos anos 1960 e a
redução da mortalidade, especialmente nas idades mais avançadas. Segundo Spirduso (13), as
previsões apontam que a população com mais de 65 anos deverá ter seu maior crescimento
geral entre 2010 e 2020, quando os baby boomers alcançarão a idade de aposentadoria, com
previsão de crescimento entre 29,7% e 36,4%.
       No presente estudo verificou-se que a maioria da população estudada (86%) é de
mulheres. Esta é a confirmação de um evento demográfico relatado por Neri (14) denominado
Feminização da Velhice, que representa o aumento significativo de mulheres na população
idosa. Ainda segundo Neri (14) esta vantagem pode ser parcialmente atribuída às diferenças
entre as doenças que acometem homens e mulheres; a taxa de doenças letais é muito maior
entre os homens idosos do que entre as mulheres idosas, nas quais predominam as doenças
não-fatais, mas incapacitantes e crônicas, entre elas artrite e hipertensão. Mas segundo
Figueiredo (15) a ausência dos indivíduos do gênero masculino na atenção à saúde não deve
ser pensada exclusivamente como uma falta de responsabilidade dos homens com sua saúde,
nem especificamente como uma falha na organização dos modelos de atenção primária à
saúde; em vez disso, a idéia é compreender o problema no contexto de uma complexa teia
cultural e comportamental.
       Ainda Figueredo (15) observou que o “ser homem” pode aprisionar o indivíduo
masculino em amarras culturais, pois à medida que o homem é visto como viril, invulnerável
e forte, procurar o serviço de saúde, numa perspectiva preventiva, poderia associá-lo à
fraqueza, medo e insegurança; portanto, poderia aproximá-lo das representações do universo
feminino. E Gomes et al. (16) observou que os serviços públicos costumam ser percebidos
como um espaço feminilizado, freqüentado principalmente por mulheres e composto por uma
equipe de profissionais formada, em sua maioria, também por mulheres e essa situação
provocaria nos homens, a sensação de não pertencimento àquele espaço.
       Com o envelhecimento, ocorrem transformações que particularizam o uso da
antropometria na análise da obesidade entre os idosos. O emprego do IMC apresenta
dificuldades em função do acúmulo de tecido adiposo, decréscimo de estatura (resultado da
cifose torácica, escoliose, osteoporose e compressão dos discos intervertebrais), diminuição
da quantidade de água no organismo e redução da massa corporal magra (17, 18).
       Caso o IMC, preditor internacional de obesidade adotado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS), indique um resultado ≤ 18,5 o peso do indivíduo é considerado abaixo do
normal, entre 18,5 e 24,9 o peso é normal, de 25 a 29,9 o indivíduo é considerado com
sobrepeso e a obesidade é representada por resultados de 30 a 34,9 para Grau l, 35 a 39,9 para
Grau ll e ≥ a 40 para Grau lII. Já Najas e Yamato (19) sugeriram, em 1994, um corte
diferenciado para IMC que leva em consideração as modificações na composição corporal
que ocorrem com o envelhecimento, no qual o baixo peso é indicado por IMC<22, eutrofia
por IMC entre 22 e 27 e sobrepeso IMC>27. Levando em consideração esta classificação, os
indivíduos pesquisados estão em sobrepeso, tanto os homens quanto as mulheres, pois
apresentam índices de média de 27,80 e 28,16 respectivamente. Uma realidade compatível ao
estudo de Cabrera e Jacob Filho (20) que indica que 23,8% das mulheres estudadas e 9,3%
dos homens são considerados obesos grau l e de Tavares e Anjos (21) encontraram IMC
superior a 25 em 50,2% de suas entrevistadas e 30,4% dos entrevistados.
       O IMC é uma medida amplamente utilizada por seu baixo custo, fácil aplicação e
reprodutibilidade, além de indicar o grau de obesidade de uma população, Olinto et al (22)
afirma que o envelhecimento promove uma redistribuição da gordura corporal, com
diminuição nos membros e acúmulo preferencialmente na região abdominal e a medida da
circunferência da cintura tem sido proposta como um dos melhores preditores
antropométricos de gordura visceral, e essa obesidade abdominal (ou obesidade andróide) é
fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemias e síndrome metabólica.
       A OMS sugere que os pontos de corte para o MCA que indicam riscos de doenças
cardiovasculares ou associadas à obesidade sejam mulheres com cintura ≥ 80 cm apresentam
um risco elevado, assim como homens com cintura superior a 94 cm; já mulheres que tenham
cintura superior a 88 cm e homens com cintura superior a 102 cm apresentam riscos muito
altos dessas patologias.
       Cabrera et al (23), em 2005, numa pesquisa com 575 mulheres encontrou como média
de circunferência abdominal 91 cm, já Santos e Sichieri (17) encontraram que dos 699 idosos
estudados a média da circunferência abdominal foi de 90 cm para os homens e 85 cm para as
mulheres. O presente estudo encontrou semelhança entre o resultado obtido pela média dos
homens e das mulheres, ambos aproximadamente 92 cm. O que, segundo a OMS, representa
que os homens estão com uma propensão menor a adquirir doenças cardiovasculares,
enquanto as mulheres apresentam risco bastante elevado.
       Segundo as pesquisas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) que é o órgão auxiliar
do Ministério da Saúde no desenvolvimento de ações integradas para a prevenção e o controle
do câncer no Brasil, a prevalência do tabagismo em 1989 foi de 32,56% e em 2004 o último
inquérito domiciliar nacional, apontou queda na prevalência dos dados para 18,8% (24, 25). Já
Halty et al (26), encontraram que na região Sul do Brasil, a prevalência de fumantes com
idade ≥ 60 anos foi de 10,6% e diminuiu com o aumento da faixa etária, assim o presente
estudo obteve um resultado positivo, no qual 61% dos entrevistados nunca fumou, e 36%
eram ex-tabagistas e apenas 2% eram tabagistas ativos.
        Pois, como relata Bratzler et al (27), o tabagismo é uma das causas de aceleração no
processo de envelhecimento, comprometendo não apenas a expectativa de vida, mas também
a qualidade de vida dos mesmos, já indivíduos que abandonam o fumo apresentam um
aumento de sobrevida decorrente da redução de danos biológicos produzidos pelo tabagismo.
       Como afirmam alguns autores, indivíduos não fumantes postergam o processo de
envelhecimento e o surgimento de doenças, tendo assim, uma vida mais longa e com boa
qualidade (28, 29, 30). Sachs (31) concluiu que ao abandonar o tabaco ocorre um aumento de
dois a três anos na expectativa de vida, entre idosos com 65 anos ou mais de idade.
       Segundo Corredor (32) durante o processo de envelhecimento ocorrem mudanças
fisiológicas no organismo que contribuem para o declínio de varias funções; o estilo de vida
que o individuo leva pode acelerar ou diminuir estes processos, deste modo os idosos perdem
ou mantêm sua capacidade funcional conforme o estilo de vida adotado.
       No Brasil, uma pesquisa realizada em 1996 e 1997, nos estados do nordeste e sudeste
(33), apenas 13% dos entrevistados informaram estar praticando atividades físicas em horas
de lazer por pelo menos 30 minutos, em um ou dias na semana. Neste estudo foi observado
que 80% dos idosos são praticantes de alguma atividade física. Paterson et al (34) afirmam
que exercícios físicos ou programas de atividades físicas podem atenuar os declínios
relacionados à idade, contribuindo então, para a manutenção de independência e qualidade de
vida. Já, Franchi (35) observou que um estilo de vida fisicamente inativo pode ser uma das
primeiras causas de incapacidade para realizar as AVDs,
       A prática de atividades físicas regulares produz uma série de adaptações morfológicas
e funcionais no organismo (cardiovasculares, osteomusculares e pulmonares) claramente
benéfico (36). E Okuma (37) demonstrou em seu estudo que um programa de exercícios
físicos regulares pode promover mais mudanças qualitativas do que quantitativas, como por
exemplo, a alteração na forma de execução dos movimentos e o aumento da velocidade na
realização da tarefa, tornando o idoso mais ágil, em comparação com idosos sedentários.
       A senescência é um processo intrínseco, progressivo e irreversível (38). Mas os ditos
“preditores de envelhecimento” são ainda influenciados grandemente pela prática de
exercícios regulares, por exemplo, a capacidade aeróbica entre indivíduos fisicamente ativos é
aproximadamente 25% mais alta em cada categoria etária, de forma que um homem ou
mulher de 50 anos ativo costuma manter o nível funcional de uma pessoa de 20 anos (39).
       Em 2007 Alves et al (40) constatou que aumentam em 39% as chances de um idoso
hipertenso ser dependente nas AIVD´s, e já para doenças cardíacas as chances aumentam para
82%. Em contrapartida Giacomin et al (41) demonstra que indivíduos portadores destas
patologias apresentam associações com a incapacidade leve ou moderada.
Este estudo demonstra que as doenças crônicas como hipertensão, diabetes mellitus e
bronquite não influenciaram na capacidade funcional dos idosos pesquisados. Pois mesmo a
hipertensão estando presente em 60% dos idosos entrevistados, a diabetes mellitus em 20% e
a bronquite em apenas 15%, em nada impossibilitou a total independência da execução das
AVD´s para 99% dos entrevistados e das AIVD´s para 40 %. Já para os 60% que são
considerados dependentes parciais por terem apresentado escore maior que cinco pontos, mas
menor que 21.Vale ressaltar que o menor escore obtido de 13 pontos, ainda bastante
longínquo do escore de dependência total (menor que 5 pontos).
       Ferrer (42) observou que a perda da independência e autonomia começa de forma
discreta, com a diminuição gradativa da participação social do idoso, muitas vezes atribuída à
idade, até que a perda das AVD´s se instale e o processo de fragilidade agrave o estado de
saúde do indivíduo.
       Num estudo específico da população idosa de São Paulo, comandado por Ramos et al
(43), concluiu-se que a perda de independência funcional obedeceu a uma hierarquia cujo
início se dá com a perda de atividades que envolvem, a interação do indivíduo com o meio
(participação social) para depois haver a perda da capacidade de execução das AVD´s e
seguiu a seguinte hierarquia de perda de funções: capacidade para fazer compras, dependência
para pegar ônibus, cuidar das finanças e tomar remédios adequadamente. Após a perda dessas
AIVD´s os idosos apresentariam uma perda da independência em continência, deambulação,
vestimenta, banho, alimentação e, finalmente, transferência de e para a cama. Já Vieira (44)
considera que as AIVD´s são uma maneira menos objetiva de medir a independência do
idoso, pois se refere à integração entre pessoa e meio ambiente (geralmente pela utilização de
um instrumento, o telefone, por exemplo); portanto se relaciona com capacidades aprendidas,
que dependem tanto do ambiente (fator extrínseco) como das características fisiológicas
individuais (fator intrínseco).
       Neste estudo houve a confirmação da hierarquização das perdas funcionais,
principalmente se for observado que a independência total entre as AVDS e as AIVDS
apresentou uma queda de 59%, uma vez que 99% são independentes para AVDS e apenas
40% o são para AIVDS.
       Kono et al (45) e Visser et al (46) referenciaram que sair de casa depende de uma
combinação de capacidades físicas e mentais que incluem controle de marcha, função
cognitiva, sensação de bem-estar, comunicação, relacionamento com os outros e autonomia. E
vale ressaltar que todos os entrevistados freqüentam o Centro de Convivência espontânea e
regularmente, inclusive para a prática da Ginástica Comunitária, o que se acredita estar
intimamente relacionado à alta taxa de independência para AVD´s e AIVD´s.
CONCLUSÃO


       Através deste estudo, que utiliza questionário de auto percepção para avaliação
funcional, conclui-se que idosos praticantes de atividade física, apesar de possuírem doenças
associadas, se consideram independentes tanto para execução de atividades de vida diária
quanto para atividades instrumentais de vida diária.
       Sugere-se a comparação destes questionários de auto percepção com testes específicos
para avaliação da capacidade funcional, bem como a comparação com idosos sedentários.
REFERÊNCIAS

 1. Moragas RM. Gerontologia social: envelhecimento e qualidade de vida. São Paulo:
    Paulinas 2004.
 2. Matsudo SM, Keihan V, Matsudo R, Neto TLB. Impacto do envelhecimento nas
    variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Rev Bras
    Cien e Mov 2000; 8(4): 21-32.
 3. Baumgartner RN, Koehler KM, Gallagher D, Romero L, Heymsfield SB, Ross RR, et
    al Epidemiology of sarcopenia among the elderly in new México. Am J Epidmiol
    1998; 1(47): 755-763.
 4. Porter MM, Vandervoort AA, Lexell J. Aging of muscle: structure, function and
    adaptability. Scand Jorn. Med Sci Sports 1995; 5(3): 129-142.
 5. Matsudo S, Matsudo V. Prescrição e benefícios da atividade física na terceira idade.
    Rev Bras Ciên Mov 1992; 6:16-30.
 6. Andreotti RA, Okuma SS. Validação de uma bateria de testes de atividades da vida
    diária para idosos fisicamente independentes. Rev Paul Educ Fis 1999; 13(1): 46-66.
 7. Lino VTS, Pereira SEM, Camacho LAB, Filho STR, Buksman S. Adaptação
    transcultural da escala de independência em atividades de vida diária (escala de Katz).
    Cad Saud Publ 2008; 24(1): 103-112.
 8. Rosa TEC, Benicio MHD, Latorre MRDO, Ramos LR. Fatores determinantes da
    capacidade funcional entre idosos. Rev Saúde Pública 2003; 37(1): 40-48.
 9. Bonardi G, Souza VBA, Morae JFD. Incapacidade funcional e idosos: um desafio para
    os profissionais de saúde. Scientia Med 2007; 17(3): 138-144.
 10. Santos R, Junior JSV. Confiabilidade da versão brasileira da escala de atividades
    instrumentais da vida diária. RBPS 2008; 21(4): 290-96.
 11. Oliveira   DLC,   Goretti     LC,   Pereira   LSM.    O   desempenho      de   idosos
    institucionalizados com alterações cognitivas em atividades de vida diária e
    mobilidade: estudo piloto. Rev Bras Fisio 2006; 10(1): 91-96.
 12. Beltrão KI, Caramano AA, Kanso S. Dinâmica populacional brasileira na virada do
    século XX: testo para discussão número 1034. Brasil Ministério do Planejamento e
    orçamento e gestão 2004; 16.
 13. Spirduso WW. Dimensões físicas do envelhecimento. Barueri, SP: Manole; 2005.
14. Neri AL. Envelhecimento e qualidade de vida na mulher. Anais do 2° congresso
   paulista de Geriatria e Gerontologia. Campinas, Brasil 2001.
15. Figueredo W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção
   primaria. Cien e Saud Colet 2005; 10(1): 105-09.
16. Gomes R, Nascimento EF, Araújo FC. Por que os homens buscam menos os serviços
   de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e
   homens com ensino superior. Cad Saud Publ 2007; 23(3): 565-74.
17. Santos DM, Sicheri R. Índice de massa corporal e indicadores antropométricos de
   adiposidade em idosos. Rev Saud Publ 2005; 39(2): 163-8.
18. Cervi A, Franceschini SCC, Priore SE. Análise critica do uso do índice de massa
   corporal para idosos. Rev Nutri, Campinas 2005; 18(6): 765-75.
19. Najas M, Yamato TH. Implicações nutricionais na funcionalidade do idoso. In:
   Perracini MR, Fló CM, editor. Fisioterapia: teoria e prática clínica Funcionalidade e
   envelhecimento. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2009. p. 231-39.
20. Cabrera MAS, Filho WJ. Obesidade em idosos: prevalência, distribuição e associação
   com hábitos e co-morbidades. Arq Bras Endocrinol Metab 2001; 45(5): 494-501.
21. Tavares EL, Anjos LA. Perfil antropométrico da população idosa brasileira.
   Resultados da pesquisa nacional sobre saúde e nutrição. Cad Saud Publ 1999; 15(4):
   759-68.
22. Olinto MTA, Nácul LC, Costa JSD, Gigante DP, Menezes AMB, Macedo S. Níveis
   de intervenção para obesidade abdominal: prevalência e fatores associados. Cad Saud
   Publ 2006; 22(6): 1207-15.
23. Cabrera MAS, Wajngarten M, Gebara OCE, Diament J. Relação do índice de massa
   corporal, da relação cintura-quadril e da circunferência abdominal com a mortalidade
   em mulheres idosas: seguimento de 5 anos. Cad Saud Publ 2005; 21(3): 767-75.
24. Ministério da Saúde: Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Nacional de Controle
   do tabagismo e prevenção primaria de câncer: Falando sobre tabagismo. 3ª ed. Rio de
   Janeiro: INCA 1996.
25. Ministério da Saúde: Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de prevenção e
   vigilância: Prevalência de tabagismo no Brasil: Dados do inquérito epidemiológico em
   capitais brasileiras. Rio de Janeiro: INCA 2004.
26. Halty LS, Hunttner MD, Santos A, Coelho C, Gruber R. Tabagismo em Rio Grande.
   RS. J Pneumol1994; 20(3): 18-391.
27. Bratzler DW, Oehlert WH, Austelle A. Smoking in the elderly: it´s never too late to
   quit. J Okla State Med Assoc 2002; 95(3): 185-91.
28. Barbanti VJ. Aptidão física: um convite à saúde. São Paulo: Manole 1990. p146.
29. Cox JL. Smoking cessation in the elderly patient. Clin. Chest. Med 1993; 14(3): 423-
   8.
30. Sunyer J, Lamarca R, Alonso J. Smoking after age 65 years and mortality in
   Barcelona, Spain. Am J Epidemiol 1998; 148(6): 575-80.
31. Sachs DPL. Cigarette smoking: health effects and cessation strategies. Clin Geriatr
   Med 1986; 2(2):337-62.
32. Corredor NC. Efeito de um programa de condicionamento físico sobre flexibilidade de
   idosas [Dissertação]. Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciência Campos
   Bauru 2006.
33. Stewark KJ, Bacher AC, Turner KL, Fleg JL, Hees PS, Shapiro EP, et al. Effect of
   exercise on blood pressure in older persons: a randomized controlled trial. Arch Intern
   Med 2005; 165(7): 756-62.
34. Paterson D, Jones G, Rice C. Ageing and physical activity: evidence to develop
   exercise recommendations for older adults. Appl Physiol Nutr Metab 2007; 32: 108-
   69.
35. Franchi KMB, Monteiro LZ, Almeida SB, Pinheiro MHNP, Medeiros AIA,
   Montenegro RM, et al. Capacidade funcional e atividade física de idosos com diabetes
   tipo 2. Rev Bras Ativ Fisic e Saud. 2008; 13(3): 158-66.
36. Reichert CL. Associação entre fatores metabólicos, antropométricos e clínicos e
   atividade física em idosos [Dissertação]. Pontifica Universidade Católica do Rio
   Grande do Sul 2006.
37. Okuma SS. O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. Campinas SP:
   papirus 2° ed: 2002.
38. Pickles B, Compton A, Cott C, Simpson J, Vandervoort A. Fisioterapia na Terceira
   idade. 2º ed. São Paulo. Santos 2002.
39. McArdle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e
   desempenho humano. 4° ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan 1998.
40. Alves LC, Leimann BCO, Vasconcelos MEL, Carvalho MS, Vasconcelos AGG,
   Fonseca TCO, et al. A influência das doenças crônicas na capacidade funcional dos
   idosos do Município de São Paulo 2007; 23(8) 1924-30.
41. Giacomin KC, Peixoto SV, Uchoa E, Costa MFL. Estudo de base populacional dos
   fatores associados à incapacidade funcional entre idosos na Região Metropolitana de
   Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad Saud Publ 2008; 24(6): 1260-70.
42. Ferrer MLP. Mobilidade no idoso. In: Perracini MR, Fló CM, Editor. Fisioterapia:
   Teoria e Pratica clinica Funcionalidade e envelhecimento: Rio de Janeiro. Guanabara
   Koogan 2009. p.181-90.
43. Ramos LR, Perracini M, Rosa T, Kalache A. Significance and Management of
   disability among urban elderly residents in Brazil. J Cross Cult Geront 1993; 8(4):
   313-23.
44. Vieira EB. Manual de gerontologia: um guia teórico prático para profissionais,
   cuidadores e familiares. 2º ed. Rio de Janeiro. Revinter 2004.
45. Kono A, Kai I, Sakato C, Rubenstein LZ. Frequency of going out doors predicts long
   range functional change among ambulatory frail elders living at home. Arch Geront
   Geriatr 2007; 45(3): 233-42.
46. Visser M, Simonsick EM, Colbert LH, Brach J, Rubin SM, Kritchevsky JB, et al.
   Type and intensity of activity and risk of mobility limitation: the mediating role of
   muscle parameters. J Am Geriatr Soc 2005; 53(5):762-70.
ANEXOS
Anexo I
ANEXO II

               QUESTIONARIO LEVANTAMENTO DE DADOS: PRE SELEÇAO.

NOME: _____________________________________________________________

SEXO: ( )F (
)M              IDADE: _______        TELEFONE:_____________

PESO:
________        ALTURA: ________        M.C.A: ___________cm.

ESCOLARIDADE: _________________________

ATV. FISICA:( ) SIM ( ) NAO QUANTAS VEZES POR SEMANA ( ) 3X ou mais.

QUANTO TEMPO: ______________

TABAGISTA: ( ) NAO ( ) SIM ( ) EX-FUMANTE

QUANTOS CIGARROS POR DIA:______ QUANTO TEMPO:_____________

DEFICIT VISUAL:( )SIM   ( )NAO   DEFICIT AUDITIVO:( )SIM ( )NAO

DOENÇAS RESPIRATORIAS
( )ASMA  ( ) BRONQUITE ( ) ENFISEMA

DOENÇAS ASSOCIADAS
( )DIABETES ( )OSTEOPOROSE

DOENÇAS CARDIACAS
( )IAM   ( )ATEROSCLEROSE ( )HIPERTENSAO ( )CIR. CORONARIAS
( )ARRITMIA CARDIACA ( )DOENÇAS CONGENITAS

JA FOI INTERNADO ( )SIM ( )NAO
QUANTO TEMPO FICOU INTERNADO: _________________________________

MUDOU HABITOS DE VIDA: ( )SIM ( )NAO
( )ALIMENTAÇAO  ( )EXERCICIOS ( )OUTROS

JA FEZ FISIOTERAPIA: ( )SIM ( )NAO    QUANTO TEMPO:_______________




LOCAL DA PESQUISA

_______________________________________ DATA:________________________
ANEXO III


                             AVALIÇÃO FUNCIONAL
               Escala de Atividades de Vida Diária: Índice de KATZ
1) Banhar-se
( ) Independente para entrar e sair do banheiro.
( ) Necessidade de ajuda através do uso de órtese ou algum apoio material para
o banho.
(   ) Necessidade de ajuda humana para lavar algumas partes do corpo ou
supervisão.
( ) Recebe assistência no banho para mais de uma parte do corpo.


2) Vestir-se
( ) Independente para pegar a roupa e se vestir.
( ) Necessidade de apoio de algum objeto para se vestir.
( ) Necessidade de ajuda humana para pegar a roupa.
( ) Dependência total para se vestir.


3) Uso do banheiro
( ) Independente para ir ao banheiro e se limpar.
( ) Necessidade de ajuda através do uso de órtese ou marreco, comadre e urinol
para a higiene.
( ) Necessidade de ajuda humana para ir ao banheiro ou se limpar.
( ) Não vai ao banheiro para o processo de eliminação.


4) Transferir-se
( ) Independente para entrar ou sair do leito, sentar e levantar da cadeira.
(   ) Necessidade de ajuda de através do uso de órtese ou de algum apoio
material para realizar
a transferência.
( ) Necessidade de ajuda humana parcial para entrar e sair do leito, sentar e
levantar da cadeira.
( ) Não sai da cama, restrito ao leito.
5) Controle Esfincteriano
Micção
( ) Independência para controlar a micção.
( ) Necessidade de ajuda através do uso regular de urinol, comadre ou marreco
para controle
da micção e defecação.
( ) Necessidade de ajuda humana para controle da micção ou usa fralda noturna
somente.
( ) Dependência total através do uso constante de cateteres ou fraldas.
Evacuação
( ) Independência para controlar os movimentos intestinais.
( ) Necessidade de ajuda através do uso regular de urinol, comadre ou marreco
para controle
da defecação.
( ) Necessidade de ajuda humana para controle da defecação ou usa fralda
noturna somente.
( ) Dependência total através do uso constante de fraldas.


6) Alimentar-se
( ) Independente para pegar o alimento e levá-lo até a boca.
( ) Necessidade de ajuda através do uso de adaptadores para a alimentação.
( ) Alimenta-se sozinho exceto pela assistência para cortar a carne e passar
manteiga no pão.
( ) Dependência total para a alimentação.




CLASSIFICAÇÃO

Quanto menor o escore final, maior a independência do individuo.
ANEXO IV

Escala de Atividades instrumentais de vida diária índice de: LAWTON E BRODY


1-Em relação ao uso do telefone
( ) Recebe e faz ligações sem assistência
( ) Necessita de assistência para realizar ligações telefônicas
( ) Não tem o hábito ou é incapaz de usar o telefone


2-Em relação às viagens
( ) Realiza viagens sozinho
( ) Somente viaja quando tem companhia
( ) Não tem o hábito ou é incapaz de viajar


3-Em relação à realização de compras
( ) Realiza compras, quando é fornecido transporte
( ) Somente faz compras quando tem companhia
( ) Não tem o hábito ou é incapaz de realizar compras


4-Em relação ao preparo das refeições
( ) Planeja e cozinha as refeições completas
( ) Prepara somente refeições pequenas ou quando recebe ajuda
( ) Não tem o hábito ou é incapaz de realizar


5-Em relação ao trabalho doméstico
( ) Realiza tarefas pesadas
( ) Realiza tarefas leves, necessitando de ajuda nas pesadas
( ) Não tem o hábito ou é incapaz de realizar trabalhos domésticos


6-Em relação ao uso de medicamentos
( ) Faz uso de medicamentos sem assistência
( ) Necessita de lembretes ou assistência
( ) É incapaz de controlar sozinho o uso dos medicamentos
7-Em relação ao manuseio de dinheiros
( ) Preenche cheque e paga conta sem auxílio
( ) Necessita de assistência para o uso de cheques e contas
( ) Não tem o hábito de lidar com o dinheiro ou é incapaz de manusear dinheiro,
contas.




CLASSIFICAÇÃO:
Dependência total: ≤ 5
Dependência parcial: > 5 < 21
Independência: 21

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

01 a pesquisa clínica no brasil 2004
01   a pesquisa clínica no brasil 200401   a pesquisa clínica no brasil 2004
01 a pesquisa clínica no brasil 2004gisa_legal
 
03 delianeamento de estudos científicos
03   delianeamento de estudos científicos03   delianeamento de estudos científicos
03 delianeamento de estudos científicosgisa_legal
 
Apresentação Oral - Trabalho 45 (19/09/2012 - Tarde)
Apresentação Oral - Trabalho 45 (19/09/2012 - Tarde)Apresentação Oral - Trabalho 45 (19/09/2012 - Tarde)
Apresentação Oral - Trabalho 45 (19/09/2012 - Tarde)Anais IV CBED
 
Template manuais textos apoio 8930
Template manuais textos apoio 8930Template manuais textos apoio 8930
Template manuais textos apoio 8930Benedita Osswald
 
E-Books 06 - Revolução do Cuidar
E-Books 06 - Revolução do CuidarE-Books 06 - Revolução do Cuidar
E-Books 06 - Revolução do CuidarRevolucao do Cuidar
 
Escola da postura no tratamento da dor lombar
Escola da postura no tratamento da dor lombarEscola da postura no tratamento da dor lombar
Escola da postura no tratamento da dor lombarAgatha Christie
 
Ponto ótimo cardiorespiratório
Ponto ótimo cardiorespiratórioPonto ótimo cardiorespiratório
Ponto ótimo cardiorespiratórioPajolin
 
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sob...
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida   um enfoque pontual sob...Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida   um enfoque pontual sob...
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sob...Guilherme Jantara
 
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sobre...
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sobre...Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sobre...
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sobre...Guilherme Jantara
 
Artigos mais saude obesidade abdominal e risco cardiovascular
Artigos mais saude   obesidade abdominal e risco cardiovascularArtigos mais saude   obesidade abdominal e risco cardiovascular
Artigos mais saude obesidade abdominal e risco cardiovasculargvirtual
 
INFLUÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM...
INFLUÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM...INFLUÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM...
INFLUÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM...Larrissa Mariana B. França
 
Joelho - Diferenças biomecânicas entre os gêneros x lesões
Joelho - Diferenças biomecânicas entre os gêneros x lesõesJoelho - Diferenças biomecânicas entre os gêneros x lesões
Joelho - Diferenças biomecânicas entre os gêneros x lesõesmarcelosilveirazero1
 
Tese de Doutorado. Velhice Bem Sucedida e Percepção de Controle
Tese de Doutorado. Velhice Bem Sucedida e Percepção de ControleTese de Doutorado. Velhice Bem Sucedida e Percepção de Controle
Tese de Doutorado. Velhice Bem Sucedida e Percepção de ControleHilma Khoury
 
Bases Conceituais da Saúde 5
Bases Conceituais da Saúde 5Bases Conceituais da Saúde 5
Bases Conceituais da Saúde 5Atena Editora
 

La actualidad más candente (19)

2013 cif novamente linear
2013   cif novamente linear2013   cif novamente linear
2013 cif novamente linear
 
01 a pesquisa clínica no brasil 2004
01   a pesquisa clínica no brasil 200401   a pesquisa clínica no brasil 2004
01 a pesquisa clínica no brasil 2004
 
cif em fisioterapia
cif em fisioterapiacif em fisioterapia
cif em fisioterapia
 
03 delianeamento de estudos científicos
03   delianeamento de estudos científicos03   delianeamento de estudos científicos
03 delianeamento de estudos científicos
 
Caso controle
Caso controleCaso controle
Caso controle
 
Caso Controle
Caso ControleCaso Controle
Caso Controle
 
Apresentação Oral - Trabalho 45 (19/09/2012 - Tarde)
Apresentação Oral - Trabalho 45 (19/09/2012 - Tarde)Apresentação Oral - Trabalho 45 (19/09/2012 - Tarde)
Apresentação Oral - Trabalho 45 (19/09/2012 - Tarde)
 
Template manuais textos apoio 8930
Template manuais textos apoio 8930Template manuais textos apoio 8930
Template manuais textos apoio 8930
 
E-Books 06 - Revolução do Cuidar
E-Books 06 - Revolução do CuidarE-Books 06 - Revolução do Cuidar
E-Books 06 - Revolução do Cuidar
 
Escola da postura no tratamento da dor lombar
Escola da postura no tratamento da dor lombarEscola da postura no tratamento da dor lombar
Escola da postura no tratamento da dor lombar
 
Ponto ótimo cardiorespiratório
Ponto ótimo cardiorespiratórioPonto ótimo cardiorespiratório
Ponto ótimo cardiorespiratório
 
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sob...
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida   um enfoque pontual sob...Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida   um enfoque pontual sob...
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sob...
 
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sobre...
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sobre...Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sobre...
Prática do brazilian jiu jitsu e a qualidade de vida um enfoque pontual sobre...
 
Artigos mais saude obesidade abdominal e risco cardiovascular
Artigos mais saude   obesidade abdominal e risco cardiovascularArtigos mais saude   obesidade abdominal e risco cardiovascular
Artigos mais saude obesidade abdominal e risco cardiovascular
 
INFLUÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM...
INFLUÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM...INFLUÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM...
INFLUÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO EM...
 
Joelho - Diferenças biomecânicas entre os gêneros x lesões
Joelho - Diferenças biomecânicas entre os gêneros x lesõesJoelho - Diferenças biomecânicas entre os gêneros x lesões
Joelho - Diferenças biomecânicas entre os gêneros x lesões
 
Tese de Doutorado. Velhice Bem Sucedida e Percepção de Controle
Tese de Doutorado. Velhice Bem Sucedida e Percepção de ControleTese de Doutorado. Velhice Bem Sucedida e Percepção de Controle
Tese de Doutorado. Velhice Bem Sucedida e Percepção de Controle
 
Situação de saúde em idosos acometidos pelo avc
Situação de saúde em idosos acometidos pelo avcSituação de saúde em idosos acometidos pelo avc
Situação de saúde em idosos acometidos pelo avc
 
Bases Conceituais da Saúde 5
Bases Conceituais da Saúde 5Bases Conceituais da Saúde 5
Bases Conceituais da Saúde 5
 

Destacado

12 graus-de_dependencia
12  graus-de_dependencia12  graus-de_dependencia
12 graus-de_dependenciaJohnny Martins
 
Escala de lawton y brody
Escala de lawton y brodyEscala de lawton y brody
Escala de lawton y brodyGeraldin Torres
 
Avaliação funcional
Avaliação funcionalAvaliação funcional
Avaliação funcionalHugo Almeida
 
Slide violência contra o idoso
Slide violência contra o idosoSlide violência contra o idoso
Slide violência contra o idosoKarolina Peixoto
 
Modelo de questionário
Modelo de questionárioModelo de questionário
Modelo de questionárioramonfarma
 
80 planejamento de atividades para desenvolver a linguagem do autista
80 planejamento de  atividades para desenvolver a linguagem do autista80 planejamento de  atividades para desenvolver a linguagem do autista
80 planejamento de atividades para desenvolver a linguagem do autistaSimoneHelenDrumond
 

Destacado (10)

Avaliação do Idoso
Avaliação do IdosoAvaliação do Idoso
Avaliação do Idoso
 
Aplicação da medida de independência funcional mif
Aplicação da medida de independência funcional   mifAplicação da medida de independência funcional   mif
Aplicação da medida de independência funcional mif
 
12 graus-de_dependencia
12  graus-de_dependencia12  graus-de_dependencia
12 graus-de_dependencia
 
Jose_Clemente_Avaliacao_funcional
Jose_Clemente_Avaliacao_funcionalJose_Clemente_Avaliacao_funcional
Jose_Clemente_Avaliacao_funcional
 
Gigantes Da Geriatria
Gigantes Da GeriatriaGigantes Da Geriatria
Gigantes Da Geriatria
 
Escala de lawton y brody
Escala de lawton y brodyEscala de lawton y brody
Escala de lawton y brody
 
Avaliação funcional
Avaliação funcionalAvaliação funcional
Avaliação funcional
 
Slide violência contra o idoso
Slide violência contra o idosoSlide violência contra o idoso
Slide violência contra o idoso
 
Modelo de questionário
Modelo de questionárioModelo de questionário
Modelo de questionário
 
80 planejamento de atividades para desenvolver a linguagem do autista
80 planejamento de  atividades para desenvolver a linguagem do autista80 planejamento de  atividades para desenvolver a linguagem do autista
80 planejamento de atividades para desenvolver a linguagem do autista
 

Similar a Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco

quedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdf
quedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdfquedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdf
quedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdfDeividSergio
 
Função motora e qualidade de vida de indivíduos com paralisia cerebral
Função motora e qualidade de vida de indivíduos com paralisia cerebralFunção motora e qualidade de vida de indivíduos com paralisia cerebral
Função motora e qualidade de vida de indivíduos com paralisia cerebralFisioterapeuta
 
Artigo revista de terapia manual
Artigo revista de terapia manualArtigo revista de terapia manual
Artigo revista de terapia manualAline Abreu Lando
 
Influência da tecnologia assistiva no desempenho funcional e na qualidade de ...
Influência da tecnologia assistiva no desempenho funcional e na qualidade de ...Influência da tecnologia assistiva no desempenho funcional e na qualidade de ...
Influência da tecnologia assistiva no desempenho funcional e na qualidade de ...Universidade Ferderal do Triângulo Mineiro
 
Cuidadados em idosos com alzheimer
Cuidadados em idosos com alzheimerCuidadados em idosos com alzheimer
Cuidadados em idosos com alzheimerfeliperils
 
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdfCapítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdfssuser1c7b51
 
Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.
Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.
Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.RenataPinto44
 
Apresentação CONEX - UEPG Natividade - Perfil físico e funcional de idosas da...
Apresentação CONEX - UEPG Natividade - Perfil físico e funcional de idosas da...Apresentação CONEX - UEPG Natividade - Perfil físico e funcional de idosas da...
Apresentação CONEX - UEPG Natividade - Perfil físico e funcional de idosas da...RamonJacopetti1
 
Apresentação Oral - Trabalho 46 (19/09/2012 - Tarde)
Apresentação Oral - Trabalho 46 (19/09/2012 - Tarde)Apresentação Oral - Trabalho 46 (19/09/2012 - Tarde)
Apresentação Oral - Trabalho 46 (19/09/2012 - Tarde)Anais IV CBED
 
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios estudo tr...
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios   estudo tr...Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios   estudo tr...
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios estudo tr...Temas para TCC
 
Artigo atividade física e envelhecimento
Artigo atividade física e envelhecimentoArtigo atividade física e envelhecimento
Artigo atividade física e envelhecimentoEvitom de Sousa
 

Similar a Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco (20)

quedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdf
quedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdfquedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdf
quedadoidoso-121123073639-phpapp02.pdf
 
Demencia idoso 2009
Demencia idoso 2009Demencia idoso 2009
Demencia idoso 2009
 
Demência do idoso
Demência do idosoDemência do idoso
Demência do idoso
 
Função motora e qualidade de vida de indivíduos com paralisia cerebral
Função motora e qualidade de vida de indivíduos com paralisia cerebralFunção motora e qualidade de vida de indivíduos com paralisia cerebral
Função motora e qualidade de vida de indivíduos com paralisia cerebral
 
Artigo revista de terapia manual
Artigo revista de terapia manualArtigo revista de terapia manual
Artigo revista de terapia manual
 
Influência da tecnologia assistiva no desempenho funcional e na qualidade de ...
Influência da tecnologia assistiva no desempenho funcional e na qualidade de ...Influência da tecnologia assistiva no desempenho funcional e na qualidade de ...
Influência da tecnologia assistiva no desempenho funcional e na qualidade de ...
 
Cuidadados em idosos com alzheimer
Cuidadados em idosos com alzheimerCuidadados em idosos com alzheimer
Cuidadados em idosos com alzheimer
 
Queda do idoso
Queda do idosoQueda do idoso
Queda do idoso
 
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdfCapítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
Capítulo 89- Saúde do Idoso - (TMFC -Gusso).pdf
 
Anais cbnpg
Anais cbnpgAnais cbnpg
Anais cbnpg
 
Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.
Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.
Geriatria, saúde do idoso, avaliação geriatra.
 
Apresentação CONEX - UEPG Natividade - Perfil físico e funcional de idosas da...
Apresentação CONEX - UEPG Natividade - Perfil físico e funcional de idosas da...Apresentação CONEX - UEPG Natividade - Perfil físico e funcional de idosas da...
Apresentação CONEX - UEPG Natividade - Perfil físico e funcional de idosas da...
 
Apresentação Oral - Trabalho 46 (19/09/2012 - Tarde)
Apresentação Oral - Trabalho 46 (19/09/2012 - Tarde)Apresentação Oral - Trabalho 46 (19/09/2012 - Tarde)
Apresentação Oral - Trabalho 46 (19/09/2012 - Tarde)
 
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios estudo tr...
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios   estudo tr...Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios   estudo tr...
Relacao da cognicao e qualidade de vida entre idosos comunitarios estudo tr...
 
V15n1a05
V15n1a05V15n1a05
V15n1a05
 
Sindrome da fragilidade uerj - 2013
Sindrome da fragilidade   uerj - 2013Sindrome da fragilidade   uerj - 2013
Sindrome da fragilidade uerj - 2013
 
Artigo atividade física e envelhecimento
Artigo atividade física e envelhecimentoArtigo atividade física e envelhecimento
Artigo atividade física e envelhecimento
 
Sindrome da fragilidade UERJ - 2013
Sindrome da fragilidade   UERJ - 2013Sindrome da fragilidade   UERJ - 2013
Sindrome da fragilidade UERJ - 2013
 
metodologia do trabalho científico 2
metodologia do trabalho científico 2metodologia do trabalho científico 2
metodologia do trabalho científico 2
 
Pdf dalila de sousa rodrigues
Pdf   dalila de sousa rodriguesPdf   dalila de sousa rodrigues
Pdf dalila de sousa rodrigues
 

Más de Faculdade Anglo-Americano

Mobilização neural como tratamento da dor em pacientes
Mobilização neural como tratamento da dor em pacientesMobilização neural como tratamento da dor em pacientes
Mobilização neural como tratamento da dor em pacientesFaculdade Anglo-Americano
 
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de riscoAvaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de riscoFaculdade Anglo-Americano
 
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...Faculdade Anglo-Americano
 
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...Faculdade Anglo-Americano
 
Comportamento da pressão arterial e do vo2 max
Comportamento da pressão arterial e do vo2 maxComportamento da pressão arterial e do vo2 max
Comportamento da pressão arterial e do vo2 maxFaculdade Anglo-Americano
 
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...Faculdade Anglo-Americano
 
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...Faculdade Anglo-Americano
 
Proposta de protocolo de tratamento para tendinopatias do ombro
Proposta de protocolo de tratamento para tendinopatias do ombroProposta de protocolo de tratamento para tendinopatias do ombro
Proposta de protocolo de tratamento para tendinopatias do ombroFaculdade Anglo-Americano
 
Levantamento de requisitos para automacao de controle de museu
Levantamento de requisitos para automacao de controle de museuLevantamento de requisitos para automacao de controle de museu
Levantamento de requisitos para automacao de controle de museuFaculdade Anglo-Americano
 
Desenvolvimento de software de simulacao de aprendizagem
Desenvolvimento de software de simulacao de aprendizagemDesenvolvimento de software de simulacao de aprendizagem
Desenvolvimento de software de simulacao de aprendizagemFaculdade Anglo-Americano
 

Más de Faculdade Anglo-Americano (20)

Convitepti
ConviteptiConvitepti
Convitepti
 
Julho
JulhoJulho
Julho
 
Junho
JunhoJunho
Junho
 
Maio
MaioMaio
Maio
 
Maio
MaioMaio
Maio
 
Abril
AbrilAbril
Abril
 
Março
MarçoMarço
Março
 
Projeto paciente virtual_by_daniel4
Projeto paciente virtual_by_daniel4Projeto paciente virtual_by_daniel4
Projeto paciente virtual_by_daniel4
 
Proposta de protocolo de tratamento para
Proposta de protocolo de tratamento paraProposta de protocolo de tratamento para
Proposta de protocolo de tratamento para
 
Mobilização neural como tratamento da dor em pacientes
Mobilização neural como tratamento da dor em pacientesMobilização neural como tratamento da dor em pacientes
Mobilização neural como tratamento da dor em pacientes
 
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de riscoAvaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco
 
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
 
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
 
Comportamento da pressão arterial e do vo2 max
Comportamento da pressão arterial e do vo2 maxComportamento da pressão arterial e do vo2 max
Comportamento da pressão arterial e do vo2 max
 
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amput...
 
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qu...
 
Proposta de protocolo de tratamento para tendinopatias do ombro
Proposta de protocolo de tratamento para tendinopatias do ombroProposta de protocolo de tratamento para tendinopatias do ombro
Proposta de protocolo de tratamento para tendinopatias do ombro
 
Anais 2010 FAA
Anais 2010 FAAAnais 2010 FAA
Anais 2010 FAA
 
Levantamento de requisitos para automacao de controle de museu
Levantamento de requisitos para automacao de controle de museuLevantamento de requisitos para automacao de controle de museu
Levantamento de requisitos para automacao de controle de museu
 
Desenvolvimento de software de simulacao de aprendizagem
Desenvolvimento de software de simulacao de aprendizagemDesenvolvimento de software de simulacao de aprendizagem
Desenvolvimento de software de simulacao de aprendizagem
 

Avaliação da capacidade funcional em idosos com fatores de risco

  • 1. FACULDADES ANGLO--AMERIICANO – FAA FACULDADES ANGLO AMER CANO – FAA CURSO DE FIISIIOTERAPIIA CURSO DE F S OTERAP A Avaliação da Capacidade Funcional em Idosos com Fatores de Risco Cardiovascular DAIANY DA SILVA VILELA KAMILLA LUDMILLA SANTOS BUSANELLO SIMONE DASPET DE OLIVEIRA FOZ DO IGUAÇU 2010
  • 2. AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS COM FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR Evaluation of functionality in elderly patients with cardiovascular risk factors Daiany da Silva Vilela¹, Kamilla Ludmilla Santos Busanello¹, Simone Daspet de Oliveira¹ Christiane Riedi² ¹ Discentes do curso de Fisioterapia da Faculdade Anglo Americano da Cidade de Foz do Iguaçu, PR, Brasil. daianyvilela@hotmail.com, ludnha_k@hotmail.com, tia_si@hotmail.com. ² Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Anglo Americano da Cidade de Foz do Iguaçu, PR, Brasil. christiane@riedi.org. Resumo Introdução: São inerentes ao envelhecimento as alterações em todos os sistemas que compõem o ser humano e essas alterações podem determinar o desempenho motor de cada indivíduo, demonstrando sua real capacidade funcional. Objetivo: identificar como os fatores de risco para doenças cardíacas podem influenciar na execução das atividades básicas de vida diária (AVD´s) e atividades instrumentais de vida diária (AIVD´s) em um grupo de idosos que freqüentam um Centro de Convivência do Idoso. Método: pesquisa foi do tipo transversal, aleatória e teve a participação de 78 idosos (67 mulheres e 11 homens). Utilizou-se um primeiro questionário com objetivo de coletar os dados pessoais e antropométricos. A capacidade para execução das AVD´s foi pesquisada pela aplicação Índice de Katz, que investiga a capacidade do indivíduo realizar tarefas ligadas ao auto- cuidado. Já a condição de execução das AIVD´s foi investigada através da aplicação da Escala de Lawton e Brody, que avalia a capacidade de execução de tarefas ligadas à independência do indivíduo na sociedade em que vive. Para avaliação da correlação entre a idade, questionário de AVD´s e AIVD´s foi utilizado o teste de correlação de Spearman com nível de significância estipulado em p< 0,05. Resultados: os testes de correlação não apresentaram significância estatística, mas foi encontrado um alto grau de independência tanto para AVD`s quanto para AIVD`s, que se acredita estar ligado ao fato de grande parte dos entrevistados (80%) praticarem atividade física regularmente. Conclusão: os idosos praticantes de atividade física regular se consideram independentes, apesar de possuírem doenças associadas. Palavras-chave: Senescência. Atividades cotidianas. Avaliação da Deficiência.
  • 3. Abstract Introduction: Are inherent to ageing the amendments that occur throughout the physic system and these amendments can determine the motor development of each individual, presenting their real functionality. Objectives: Identify how the risk factors of heart disease can act upon the execution of basic activities of daily living (ADL) and instrumental activities of daily living (IADL) in a group of elderly patients from a community social center. Methods: The research was done as random and transverse kind with 78 elderly patients (eleven men and sixty-seven women). At first they have answered a questionnaire about personal and anthropometric data. To investigate the ability to perform the activities of daily living (ADL) was used the Katz Index, which assess the individual capacity to carry out the self-care tasks. To investigate the ability to perform instrumental activities of daily living (IADL) was used the Lawton & Brody Scale, which assess the individual capacity to carry out tasks of independent living. To find a correlation coefficient between age and both questionnaire answers was used the Spearman’s Rank, with a significance level determined in p<0,05. Results: Despite the correlation test did not demonstrate any statistic relevance, yet a high level of independence in ADL as in IADL was found, which is believed to be connected to regular workout, pleaded by 80% of the interviewed. Conclusions: The elderly patients who regularly workout consider themselves as independent despite having associated diseases. Key words: Aging. Activities of Daily Living. Disability Evaluation. INTRODUÇÃO O processo de envelhecimento traz como conseqüências alterações nos sistemas: respiratório, cardiovascular, nervoso e musculoesquelético resultando em uma diminuição da capacidade vital pulmonar, no fluxo sanguíneo cerebral, além do déficit da agilidade, coordenação, equilíbrio e flexibilidade (1, 2, 3, 4, 5, 6). A última Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD, 2008) confirmou a tendência ao envelhecimento da população brasileira, com mais de 60 anos de idade até o ano 2025 passará de 9,98% para 16,23%. Andreotti e Okuma (6) e Lino et al (7) afirmam que em função do processo de envelhecimento, o individuo apresenta uma diminuição da capacidade funcional no desempenho motor para realização das atividades de vida diária (AVD), o que, entretanto, não os tornam necessariamente dependentes de outros. Capacidade funcional é definida como o potencial que os idosos apresentam para decidir e atuar em sua vida de forma independente. Já a incapacidade funcional é definida pela presença de dificuldade no desempenho de certos gestos e de certas atividades da vida cotidiana, (indispensáveis para uma vida independente na comunidade) ou mesmo pela impossibilidade de desempenhá-las (8, 2).
  • 4. Uma das escalas mais utilizadas para avaliação funcional das atividades de vida diária é a Escala de Katz, que foi desenvolvida para avaliação de resultados em tratamentos de idosos e predizer o prognóstico em pacientes crônicos. Esta escala consta de seis itens que mensuram o desempenho do indivíduo nas atividades de auto-cuidado, os quais obedecem a uma hierarquia de complexidade, abrangendo: alimentação, controle de esfíncteres, transferência, higiene pessoal, capacidade para vestir-se e banhar-se (7). Para Bonardi et al (9), a incapacidade funcional ou desabilidade limita a autonomia do idoso na execução das suas AVDS, reduz a qualidade de vida e aumenta o risco de dependência, institucionalização, cuidados e morte prematura do indivíduo idoso. Com isso utiliza-se como ferramenta de avaliação, a escala desenvolvida por Lawton e Brody, em 1969, segundo Santos e Junior (10). Entretanto o presente estudo tem como objetivo identificar como os fatores de risco associados às doenças cardíacas, interferem nas atividades de vida diária e nas atividades instrumentais de vida diária dos idosos que freqüentam o Centro de Convivência do Idoso (CCI) no bairro Jardim São Paulo da cidade de Foz do Iguaçu. MATERIAIS E MÉTODOS Participaram deste estudo 78 idosos de ambos os sexos com idade acima de 60 anos, que são freqüentadores do Centro de Convivência do Idoso do Jardim São Paulo, da cidade de Foz do Iguaçu. Tratou-se de uma pesquisa do tipo transversal, aleatória e de demanda espontânea. Os indivíduos foram informados sobre a natureza do estudo, e assinaram um Termo Livre e Esclarecido, de acordo com as exigências para pesquisas em seres humanos, sendo o projeto aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Assis Gurgacz (CEP/FAG) protocolo de número 066/2010 (Anexo I). Os indivíduos foram submetidos a três questionários, um para levantamento de dados antropométricos, outro para avaliar as atividades de vida diária e por fim um questionário para avaliar atividades instrumentais de vida diária. Foram incluídos no estudo, indivíduos com mais de 60 anos, de ambos os sexos, e que faziam atividade neste centro. Foram excluídos indivíduos com dificuldade de comunicação verbal e escrita que limitassem a compreensão dos questionários.
  • 5. Através do primeiro questionário foram investigados fatores de risco como: índice da massa corpórea (IMC) que se deu através da equação P/E², os indivíduos foram pesados numa balança da marca Britânia de capacidade de 150 kg e foram orientados a subir na balança descalços e com pouco traje, a estatura foi obtida através de um estadiômetro de marca WCS modelo Wood, os voluntários foram orientados a permanecerem na posição ereta, com os calcanhares, nádegas e cabeça em contato com o estadiômetro que estava fixo na parede. Já a medida da circunferência abdominal (MCA) foi obtida através de uma fita métrica, posicionada no menor diâmetro entre as cristas ilíacas ântero superior e as ultimas costelas, a escolaridade foi representada pela quantidade de anos dedicados ao estudo, por fim doenças cardíacas (infarto agudo do miocárdio (IAM), Hipertensão, Cirurgias Coronárias, Aterosclerose, Arritmias Cardíacas e doenças congênitas), doenças associadas (Diabetes Mellitus, Osteoporose, Artrite, Dislipidemia e Artrose), doenças respiratórias (Asma, Bronquite e Enfisema Pulmonar) e déficits visuais e auditivos (Anexo II). Utilizou-se como ferramenta de avaliação o Questionário de Atividade de Vida Diária (Anexo III) avaliado através do índice de Katz (11), que foi aplicado em forma de entrevista. Este questionário buscou avaliar a dificuldade do idoso em realizar suas tarefas do dia-a-dia, relacionadas com o cuidado corporal, tais como, vestir-se, banhar-se, transferir-se, usar o banheiro, controlar esfíncter e alimentar-se. O quesito controlar esfíncter foi dividido em controle de micção e evacuação. Para a pontuação do questionário foi utilizado o formato de Likert, onde indivíduos independentes recebiam pontuação 0; se necessitassem de alguma ajuda material, pontuação 1; se precisassem de ajuda humana, pontuação 2 e dependentes totais receberiam pontuação 3. Para a avaliação de atividades instrumentais de vida diária (Anexo IV), que também se deu em forma de entrevista, foi utilizada a escala de Lawton e Brody (10), que se diferencia do índice de Katz, por avaliar o grau de limitação individual, em atividades instrumentais, como: usar meios de transporte, manipular medicamentos, realizar compras, tarefas domésticas leves e pesadas, utilizar telefone, preparar refeições e cuidar das próprias finanças. Contendo sete questões, com três alternativas cada uma, na qual a última alternativa de cada item, recebeu duas pontuações, pois, diferencia se o idoso não tem o hábito de realizar a tarefa proposta ou é incapaz de realizá-la. Sendo assim, o individuo é classificado como independente quando alcança a pontuação 3, se necessita de alguma ajuda 2, não tendo o hábito será pontuado como 1, e se é incapaz de realizar a tarefa proposta terá 0 pontos.
  • 6. Vale ressaltar a diferença de pontuação entre os questionários. Na forma de pontuação de Katz, o individuo que obtém um escore menor é classificado como independente, já na avaliação do Lawton, quanto maior o escore final maior será o grau de independência do idoso. ANÁLISE ESTATISTICA Os dados foram apresentados em média, desvio-padrão e porcentagem. Para avaliação da correlação entre a idade, questionário de AVD´s e AIVD´s foi utilizado o teste de correlação de Spearman com nível de significância estipulado em p< 0,05, para tal fui utilizado o programa estatístico InStat 3.4 da Graph Pad. RESULTADOS Participaram do estudo 78 idosos, de ambos os sexos, sendo 67 mulheres (86%) e 11 homens (14%), com idade média de 69,69 ± 5,58 anos. A escolaridade dos entrevistados foi representada pela quantidade de anos dedicados ao estudo, e a média de tempo encontrada foi de 3,51 anos, sendo que somente um indivíduo tinha formação completa de ensino superior. Quando avaliados os dados antropométricos, verificou-se que os entrevistados apresentam IMC média de 28,16 ± 5,37 para as mulheres e, entre os homens, foi de 27,80 ± 4,19. Já a média da circunferência abdominal feminina foi de 92,29 ± 12,25 e da masculina foi de 91,88 ± 11,08. (Tabela I) Tabela I: Perfil dos voluntários entrevistados Voluntários n % IMC (Kg/m²) MCA (cm) Homens 11 14 27,80 ± 4,19 91,88 ± 11,08 Mulheres 67 86 28,16 ± 5,37 92,29 ± 12,25 IMC: Índice de Massa Corpórea; MCA: Medida da Circunferência Abdominal Foi observado que 63 (80%) dos entrevistados são praticantes de alguma atividade física, com freqüência mínima de 3 vezes na semana, por, no mínimo 45 minutos.
  • 7. Em relação ao tabagismo, verifica-se que 48 idosos (61%) são não-tabagistas, enquanto 28 (36%) declararam-se ex-tabagistas e apenas 2 entrevistados (2%) são tabagistas ativos. O déficit visual é presente em 74 (95%) dos entrevistados, já o déficit auditivo não foi encontrado em larga escala, representando apenas a realidade de 17 (22%) dos entrevistados. Apenas 15 voluntários declararam sofrer de patologia respiratória sendo a bronquite crônica a patologia apresentada por 12 voluntários (15%). Dos entrevistados, 42 (54%) declararam possuir alguma doença associada, e, destas, a diabetes mellitus é a patologia presente em 20 (26%) dos entrevistados, seguida pela osteoporose em 17 (22%), dislipidemia 10 (13%), artrite 7 (9%) e artrose 5 (6%). Verificou-se que 58 indivíduos (74%) apresentaram doenças cardíacas, sendo 47 hipertensos (60%), 6 foram submetidos a cirurgias coronarianas (8%) e 5 sofrem de arritmia cardíaca controlada por medicação (6%). Dentre os idosos pesquisados, não foram encontrados pacientes com histórico de infarto agudo do miocárdio, aterosclerose ou doenças congênitas. (Tabela II) Tabela II: Doenças associadas investigadas N % Atividade Física 63 80 Déficit visual 74 95 Déficit auditivo 17 22 TABAGISMO Fumante 2 2 Ex-fumante 28 36 Nunca fumou 48 61 DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Bronquite crônica 12 15 Asma 5 6 Enfisema pulmonar 0 DOENÇAS ASSOCIADAS Diabetes mellitus 20 26 Osteoporose 17 22 Dislipidemia 10 13 Artrite 7 9 Artrose 5 6 DOENÇAS CARDÍACAS Hipertensão 47 60 Cirurgias Coronarianas 6 8 Arritmias Cardíacas 5 6 Doenças Congênitas 0 IAM 0 Aterosclerose 0
  • 8. Dos entrevistados, 66 (85%) já se hospitalizou alguma vez em sua vida, sendo 22 (28%) por pequenos procedimentos como parto e intervenções ligadas ao sistema reprodutor ou por afecções ligadas ao sistema digestório 22 (28%). Já utilizaram o serviço da fisioterapia 47 idosos (60%), com uma média de 47,82 atendimentos, na maioria das vezes tratando de doenças crônicas. Quando investigado os resultados do questionário que avalia as AVD´s, o Índice de Katz, deve-se considerar que a pontuação máxima do teste é 21 pontos o que caracteriza indivíduos com maior dependência. Nos voluntários investigados verificou que 77 (99%) indivíduos obtiveram escore final de 2 pontos e apenas 1 participante obteve escore final de 5 pontos classificando-os como independentes. Para o questionário de AIVD´s foi considerado independente o indivíduo com maior pontuação foi possível verificar que da mesma forma que para as AVD´s os voluntários eram considerados independentes. Quando avaliada cada questão do questionário de AIVD´s, foi observado que na questão 1, referente ao uso do telefone, 64 entrevistados (82%) declararam receber e fazer ligações sem nenhum tipo de assistência extra; na questão 2, referente à viagens, 59 indivíduos (76%) afirmaram que viajam sozinhos e 13 (17%) relataram que só viajam quando têm companhia; em relação a questão 3 que se refere às compras, 61 (78%) entrevistados realizam as compras, quando é fornecido o transporte e 11 (14%) voluntários somente fazem compras quando têm companhia; na questão 4, o quesito preparo das refeições, 71 (91%) idosos dizem planejar e cozinhar refeições completas; já na questão 5, entre os entrevistados apenas 51 (65%) realizam tarefas domésticas pesadas, e 20 (26%) apenas realizam tarefas leves; na questão 6, 72 entrevistados (92%) fazem uso de medicamento sem assistência, e a ultima questão que abrange o manuseio do dinheiro 65 (83%) declararam preencher cheques e pagar contas sem auxílio. (Tabela III) Considerando o escore final, verificou-se que 31 idosos (40%) são consideradas independentes totais, pois obtiveram escore igual a 21 pontos, 47 indivíduos (60%) atingiram um escore > 5 < 21 sendo assim classificados como dependentes parciais para as AIVDS e nenhum indivíduo obteve escore menor que 5 pontos, portanto não foram encontrados dependentes totais
  • 9. Tabela III: Ìndice de Lawton e Brody AIVDS 3 PONTOS 2 PONTOS 1 PONTO Uso telefone 64 (82%) 11 (14%) 3 (4%) Viagens 59 (76%) 13 (17%) 6 (8%) Compras 61 (78%) 11 (14%) 6 (8%) Refeições 71 (91%) 1 (1%) 6 (8%) Tarefas domésticas 51 (65%) 20 (26%) 7 (9%) Medicamento 72 (92%) 5 (6%) 1 (1%) Manuseio dinheiro 65 (83%) 8 (10%) 5 (6%) Foi realizado também um estudo que buscava correlacionar a idade dos indivíduos com as AVD´s (p=0,52) e as AIVD´s (p=0,54) bem como a correlação entre os escores (p>0,57), porém não foi observado qualquer relação estatisticamente significativa. DISCUSSÃO Os resultados obtidos neste estudo devem ser interpretados levando-se em consideração que a população estudada é restrita à freqüentadores de um Centro de Convivência de Idosos, com demanda espontânea e abrangendo diferentes níveis sociais. Além disso, o estudo se propôs a utilizar testes de auto-percepção em relação às AVD´s e AIVD´s, não sendo possível a averiguação da execução das atividades relatadas. Participaram do estudo, idosos que freqüentam uma das três unidades disponíveis dos Centros de Convivência dos Idosos disponíveis em Foz do Iguaçu cuja média de idade dos entrevistados é de 70 anos. Dados do IBGE (12) confirmam o crescimento e a longevidade da população idosa ao indicar que entre 1980 e 2000, a esperança de vida ao nascer da população masculina passou de 58,5 anos para 67,5 e a das mulheres aumentou de 64,6 para 75,9 anos. Soma-se a isso a rápida queda da fecundidade iniciada na segunda metade dos anos 1960 e a redução da mortalidade, especialmente nas idades mais avançadas. Segundo Spirduso (13), as previsões apontam que a população com mais de 65 anos deverá ter seu maior crescimento geral entre 2010 e 2020, quando os baby boomers alcançarão a idade de aposentadoria, com previsão de crescimento entre 29,7% e 36,4%. No presente estudo verificou-se que a maioria da população estudada (86%) é de mulheres. Esta é a confirmação de um evento demográfico relatado por Neri (14) denominado
  • 10. Feminização da Velhice, que representa o aumento significativo de mulheres na população idosa. Ainda segundo Neri (14) esta vantagem pode ser parcialmente atribuída às diferenças entre as doenças que acometem homens e mulheres; a taxa de doenças letais é muito maior entre os homens idosos do que entre as mulheres idosas, nas quais predominam as doenças não-fatais, mas incapacitantes e crônicas, entre elas artrite e hipertensão. Mas segundo Figueiredo (15) a ausência dos indivíduos do gênero masculino na atenção à saúde não deve ser pensada exclusivamente como uma falta de responsabilidade dos homens com sua saúde, nem especificamente como uma falha na organização dos modelos de atenção primária à saúde; em vez disso, a idéia é compreender o problema no contexto de uma complexa teia cultural e comportamental. Ainda Figueredo (15) observou que o “ser homem” pode aprisionar o indivíduo masculino em amarras culturais, pois à medida que o homem é visto como viril, invulnerável e forte, procurar o serviço de saúde, numa perspectiva preventiva, poderia associá-lo à fraqueza, medo e insegurança; portanto, poderia aproximá-lo das representações do universo feminino. E Gomes et al. (16) observou que os serviços públicos costumam ser percebidos como um espaço feminilizado, freqüentado principalmente por mulheres e composto por uma equipe de profissionais formada, em sua maioria, também por mulheres e essa situação provocaria nos homens, a sensação de não pertencimento àquele espaço. Com o envelhecimento, ocorrem transformações que particularizam o uso da antropometria na análise da obesidade entre os idosos. O emprego do IMC apresenta dificuldades em função do acúmulo de tecido adiposo, decréscimo de estatura (resultado da cifose torácica, escoliose, osteoporose e compressão dos discos intervertebrais), diminuição da quantidade de água no organismo e redução da massa corporal magra (17, 18). Caso o IMC, preditor internacional de obesidade adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), indique um resultado ≤ 18,5 o peso do indivíduo é considerado abaixo do normal, entre 18,5 e 24,9 o peso é normal, de 25 a 29,9 o indivíduo é considerado com sobrepeso e a obesidade é representada por resultados de 30 a 34,9 para Grau l, 35 a 39,9 para Grau ll e ≥ a 40 para Grau lII. Já Najas e Yamato (19) sugeriram, em 1994, um corte diferenciado para IMC que leva em consideração as modificações na composição corporal que ocorrem com o envelhecimento, no qual o baixo peso é indicado por IMC<22, eutrofia por IMC entre 22 e 27 e sobrepeso IMC>27. Levando em consideração esta classificação, os indivíduos pesquisados estão em sobrepeso, tanto os homens quanto as mulheres, pois apresentam índices de média de 27,80 e 28,16 respectivamente. Uma realidade compatível ao
  • 11. estudo de Cabrera e Jacob Filho (20) que indica que 23,8% das mulheres estudadas e 9,3% dos homens são considerados obesos grau l e de Tavares e Anjos (21) encontraram IMC superior a 25 em 50,2% de suas entrevistadas e 30,4% dos entrevistados. O IMC é uma medida amplamente utilizada por seu baixo custo, fácil aplicação e reprodutibilidade, além de indicar o grau de obesidade de uma população, Olinto et al (22) afirma que o envelhecimento promove uma redistribuição da gordura corporal, com diminuição nos membros e acúmulo preferencialmente na região abdominal e a medida da circunferência da cintura tem sido proposta como um dos melhores preditores antropométricos de gordura visceral, e essa obesidade abdominal (ou obesidade andróide) é fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemias e síndrome metabólica. A OMS sugere que os pontos de corte para o MCA que indicam riscos de doenças cardiovasculares ou associadas à obesidade sejam mulheres com cintura ≥ 80 cm apresentam um risco elevado, assim como homens com cintura superior a 94 cm; já mulheres que tenham cintura superior a 88 cm e homens com cintura superior a 102 cm apresentam riscos muito altos dessas patologias. Cabrera et al (23), em 2005, numa pesquisa com 575 mulheres encontrou como média de circunferência abdominal 91 cm, já Santos e Sichieri (17) encontraram que dos 699 idosos estudados a média da circunferência abdominal foi de 90 cm para os homens e 85 cm para as mulheres. O presente estudo encontrou semelhança entre o resultado obtido pela média dos homens e das mulheres, ambos aproximadamente 92 cm. O que, segundo a OMS, representa que os homens estão com uma propensão menor a adquirir doenças cardiovasculares, enquanto as mulheres apresentam risco bastante elevado. Segundo as pesquisas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) que é o órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento de ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, a prevalência do tabagismo em 1989 foi de 32,56% e em 2004 o último inquérito domiciliar nacional, apontou queda na prevalência dos dados para 18,8% (24, 25). Já Halty et al (26), encontraram que na região Sul do Brasil, a prevalência de fumantes com idade ≥ 60 anos foi de 10,6% e diminuiu com o aumento da faixa etária, assim o presente estudo obteve um resultado positivo, no qual 61% dos entrevistados nunca fumou, e 36% eram ex-tabagistas e apenas 2% eram tabagistas ativos. Pois, como relata Bratzler et al (27), o tabagismo é uma das causas de aceleração no processo de envelhecimento, comprometendo não apenas a expectativa de vida, mas também
  • 12. a qualidade de vida dos mesmos, já indivíduos que abandonam o fumo apresentam um aumento de sobrevida decorrente da redução de danos biológicos produzidos pelo tabagismo. Como afirmam alguns autores, indivíduos não fumantes postergam o processo de envelhecimento e o surgimento de doenças, tendo assim, uma vida mais longa e com boa qualidade (28, 29, 30). Sachs (31) concluiu que ao abandonar o tabaco ocorre um aumento de dois a três anos na expectativa de vida, entre idosos com 65 anos ou mais de idade. Segundo Corredor (32) durante o processo de envelhecimento ocorrem mudanças fisiológicas no organismo que contribuem para o declínio de varias funções; o estilo de vida que o individuo leva pode acelerar ou diminuir estes processos, deste modo os idosos perdem ou mantêm sua capacidade funcional conforme o estilo de vida adotado. No Brasil, uma pesquisa realizada em 1996 e 1997, nos estados do nordeste e sudeste (33), apenas 13% dos entrevistados informaram estar praticando atividades físicas em horas de lazer por pelo menos 30 minutos, em um ou dias na semana. Neste estudo foi observado que 80% dos idosos são praticantes de alguma atividade física. Paterson et al (34) afirmam que exercícios físicos ou programas de atividades físicas podem atenuar os declínios relacionados à idade, contribuindo então, para a manutenção de independência e qualidade de vida. Já, Franchi (35) observou que um estilo de vida fisicamente inativo pode ser uma das primeiras causas de incapacidade para realizar as AVDs, A prática de atividades físicas regulares produz uma série de adaptações morfológicas e funcionais no organismo (cardiovasculares, osteomusculares e pulmonares) claramente benéfico (36). E Okuma (37) demonstrou em seu estudo que um programa de exercícios físicos regulares pode promover mais mudanças qualitativas do que quantitativas, como por exemplo, a alteração na forma de execução dos movimentos e o aumento da velocidade na realização da tarefa, tornando o idoso mais ágil, em comparação com idosos sedentários. A senescência é um processo intrínseco, progressivo e irreversível (38). Mas os ditos “preditores de envelhecimento” são ainda influenciados grandemente pela prática de exercícios regulares, por exemplo, a capacidade aeróbica entre indivíduos fisicamente ativos é aproximadamente 25% mais alta em cada categoria etária, de forma que um homem ou mulher de 50 anos ativo costuma manter o nível funcional de uma pessoa de 20 anos (39). Em 2007 Alves et al (40) constatou que aumentam em 39% as chances de um idoso hipertenso ser dependente nas AIVD´s, e já para doenças cardíacas as chances aumentam para 82%. Em contrapartida Giacomin et al (41) demonstra que indivíduos portadores destas patologias apresentam associações com a incapacidade leve ou moderada.
  • 13. Este estudo demonstra que as doenças crônicas como hipertensão, diabetes mellitus e bronquite não influenciaram na capacidade funcional dos idosos pesquisados. Pois mesmo a hipertensão estando presente em 60% dos idosos entrevistados, a diabetes mellitus em 20% e a bronquite em apenas 15%, em nada impossibilitou a total independência da execução das AVD´s para 99% dos entrevistados e das AIVD´s para 40 %. Já para os 60% que são considerados dependentes parciais por terem apresentado escore maior que cinco pontos, mas menor que 21.Vale ressaltar que o menor escore obtido de 13 pontos, ainda bastante longínquo do escore de dependência total (menor que 5 pontos). Ferrer (42) observou que a perda da independência e autonomia começa de forma discreta, com a diminuição gradativa da participação social do idoso, muitas vezes atribuída à idade, até que a perda das AVD´s se instale e o processo de fragilidade agrave o estado de saúde do indivíduo. Num estudo específico da população idosa de São Paulo, comandado por Ramos et al (43), concluiu-se que a perda de independência funcional obedeceu a uma hierarquia cujo início se dá com a perda de atividades que envolvem, a interação do indivíduo com o meio (participação social) para depois haver a perda da capacidade de execução das AVD´s e seguiu a seguinte hierarquia de perda de funções: capacidade para fazer compras, dependência para pegar ônibus, cuidar das finanças e tomar remédios adequadamente. Após a perda dessas AIVD´s os idosos apresentariam uma perda da independência em continência, deambulação, vestimenta, banho, alimentação e, finalmente, transferência de e para a cama. Já Vieira (44) considera que as AIVD´s são uma maneira menos objetiva de medir a independência do idoso, pois se refere à integração entre pessoa e meio ambiente (geralmente pela utilização de um instrumento, o telefone, por exemplo); portanto se relaciona com capacidades aprendidas, que dependem tanto do ambiente (fator extrínseco) como das características fisiológicas individuais (fator intrínseco). Neste estudo houve a confirmação da hierarquização das perdas funcionais, principalmente se for observado que a independência total entre as AVDS e as AIVDS apresentou uma queda de 59%, uma vez que 99% são independentes para AVDS e apenas 40% o são para AIVDS. Kono et al (45) e Visser et al (46) referenciaram que sair de casa depende de uma combinação de capacidades físicas e mentais que incluem controle de marcha, função cognitiva, sensação de bem-estar, comunicação, relacionamento com os outros e autonomia. E vale ressaltar que todos os entrevistados freqüentam o Centro de Convivência espontânea e
  • 14. regularmente, inclusive para a prática da Ginástica Comunitária, o que se acredita estar intimamente relacionado à alta taxa de independência para AVD´s e AIVD´s. CONCLUSÃO Através deste estudo, que utiliza questionário de auto percepção para avaliação funcional, conclui-se que idosos praticantes de atividade física, apesar de possuírem doenças associadas, se consideram independentes tanto para execução de atividades de vida diária quanto para atividades instrumentais de vida diária. Sugere-se a comparação destes questionários de auto percepção com testes específicos para avaliação da capacidade funcional, bem como a comparação com idosos sedentários.
  • 15. REFERÊNCIAS 1. Moragas RM. Gerontologia social: envelhecimento e qualidade de vida. São Paulo: Paulinas 2004. 2. Matsudo SM, Keihan V, Matsudo R, Neto TLB. Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Rev Bras Cien e Mov 2000; 8(4): 21-32. 3. Baumgartner RN, Koehler KM, Gallagher D, Romero L, Heymsfield SB, Ross RR, et al Epidemiology of sarcopenia among the elderly in new México. Am J Epidmiol 1998; 1(47): 755-763. 4. Porter MM, Vandervoort AA, Lexell J. Aging of muscle: structure, function and adaptability. Scand Jorn. Med Sci Sports 1995; 5(3): 129-142. 5. Matsudo S, Matsudo V. Prescrição e benefícios da atividade física na terceira idade. Rev Bras Ciên Mov 1992; 6:16-30. 6. Andreotti RA, Okuma SS. Validação de uma bateria de testes de atividades da vida diária para idosos fisicamente independentes. Rev Paul Educ Fis 1999; 13(1): 46-66. 7. Lino VTS, Pereira SEM, Camacho LAB, Filho STR, Buksman S. Adaptação transcultural da escala de independência em atividades de vida diária (escala de Katz). Cad Saud Publ 2008; 24(1): 103-112. 8. Rosa TEC, Benicio MHD, Latorre MRDO, Ramos LR. Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos. Rev Saúde Pública 2003; 37(1): 40-48. 9. Bonardi G, Souza VBA, Morae JFD. Incapacidade funcional e idosos: um desafio para os profissionais de saúde. Scientia Med 2007; 17(3): 138-144. 10. Santos R, Junior JSV. Confiabilidade da versão brasileira da escala de atividades instrumentais da vida diária. RBPS 2008; 21(4): 290-96. 11. Oliveira DLC, Goretti LC, Pereira LSM. O desempenho de idosos institucionalizados com alterações cognitivas em atividades de vida diária e mobilidade: estudo piloto. Rev Bras Fisio 2006; 10(1): 91-96. 12. Beltrão KI, Caramano AA, Kanso S. Dinâmica populacional brasileira na virada do século XX: testo para discussão número 1034. Brasil Ministério do Planejamento e orçamento e gestão 2004; 16. 13. Spirduso WW. Dimensões físicas do envelhecimento. Barueri, SP: Manole; 2005.
  • 16. 14. Neri AL. Envelhecimento e qualidade de vida na mulher. Anais do 2° congresso paulista de Geriatria e Gerontologia. Campinas, Brasil 2001. 15. Figueredo W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primaria. Cien e Saud Colet 2005; 10(1): 105-09. 16. Gomes R, Nascimento EF, Araújo FC. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad Saud Publ 2007; 23(3): 565-74. 17. Santos DM, Sicheri R. Índice de massa corporal e indicadores antropométricos de adiposidade em idosos. Rev Saud Publ 2005; 39(2): 163-8. 18. Cervi A, Franceschini SCC, Priore SE. Análise critica do uso do índice de massa corporal para idosos. Rev Nutri, Campinas 2005; 18(6): 765-75. 19. Najas M, Yamato TH. Implicações nutricionais na funcionalidade do idoso. In: Perracini MR, Fló CM, editor. Fisioterapia: teoria e prática clínica Funcionalidade e envelhecimento. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2009. p. 231-39. 20. Cabrera MAS, Filho WJ. Obesidade em idosos: prevalência, distribuição e associação com hábitos e co-morbidades. Arq Bras Endocrinol Metab 2001; 45(5): 494-501. 21. Tavares EL, Anjos LA. Perfil antropométrico da população idosa brasileira. Resultados da pesquisa nacional sobre saúde e nutrição. Cad Saud Publ 1999; 15(4): 759-68. 22. Olinto MTA, Nácul LC, Costa JSD, Gigante DP, Menezes AMB, Macedo S. Níveis de intervenção para obesidade abdominal: prevalência e fatores associados. Cad Saud Publ 2006; 22(6): 1207-15. 23. Cabrera MAS, Wajngarten M, Gebara OCE, Diament J. Relação do índice de massa corporal, da relação cintura-quadril e da circunferência abdominal com a mortalidade em mulheres idosas: seguimento de 5 anos. Cad Saud Publ 2005; 21(3): 767-75. 24. Ministério da Saúde: Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Nacional de Controle do tabagismo e prevenção primaria de câncer: Falando sobre tabagismo. 3ª ed. Rio de Janeiro: INCA 1996. 25. Ministério da Saúde: Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de prevenção e vigilância: Prevalência de tabagismo no Brasil: Dados do inquérito epidemiológico em capitais brasileiras. Rio de Janeiro: INCA 2004. 26. Halty LS, Hunttner MD, Santos A, Coelho C, Gruber R. Tabagismo em Rio Grande. RS. J Pneumol1994; 20(3): 18-391.
  • 17. 27. Bratzler DW, Oehlert WH, Austelle A. Smoking in the elderly: it´s never too late to quit. J Okla State Med Assoc 2002; 95(3): 185-91. 28. Barbanti VJ. Aptidão física: um convite à saúde. São Paulo: Manole 1990. p146. 29. Cox JL. Smoking cessation in the elderly patient. Clin. Chest. Med 1993; 14(3): 423- 8. 30. Sunyer J, Lamarca R, Alonso J. Smoking after age 65 years and mortality in Barcelona, Spain. Am J Epidemiol 1998; 148(6): 575-80. 31. Sachs DPL. Cigarette smoking: health effects and cessation strategies. Clin Geriatr Med 1986; 2(2):337-62. 32. Corredor NC. Efeito de um programa de condicionamento físico sobre flexibilidade de idosas [Dissertação]. Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciência Campos Bauru 2006. 33. Stewark KJ, Bacher AC, Turner KL, Fleg JL, Hees PS, Shapiro EP, et al. Effect of exercise on blood pressure in older persons: a randomized controlled trial. Arch Intern Med 2005; 165(7): 756-62. 34. Paterson D, Jones G, Rice C. Ageing and physical activity: evidence to develop exercise recommendations for older adults. Appl Physiol Nutr Metab 2007; 32: 108- 69. 35. Franchi KMB, Monteiro LZ, Almeida SB, Pinheiro MHNP, Medeiros AIA, Montenegro RM, et al. Capacidade funcional e atividade física de idosos com diabetes tipo 2. Rev Bras Ativ Fisic e Saud. 2008; 13(3): 158-66. 36. Reichert CL. Associação entre fatores metabólicos, antropométricos e clínicos e atividade física em idosos [Dissertação]. Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul 2006. 37. Okuma SS. O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. Campinas SP: papirus 2° ed: 2002. 38. Pickles B, Compton A, Cott C, Simpson J, Vandervoort A. Fisioterapia na Terceira idade. 2º ed. São Paulo. Santos 2002. 39. McArdle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 4° ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan 1998. 40. Alves LC, Leimann BCO, Vasconcelos MEL, Carvalho MS, Vasconcelos AGG, Fonseca TCO, et al. A influência das doenças crônicas na capacidade funcional dos idosos do Município de São Paulo 2007; 23(8) 1924-30.
  • 18. 41. Giacomin KC, Peixoto SV, Uchoa E, Costa MFL. Estudo de base populacional dos fatores associados à incapacidade funcional entre idosos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad Saud Publ 2008; 24(6): 1260-70. 42. Ferrer MLP. Mobilidade no idoso. In: Perracini MR, Fló CM, Editor. Fisioterapia: Teoria e Pratica clinica Funcionalidade e envelhecimento: Rio de Janeiro. Guanabara Koogan 2009. p.181-90. 43. Ramos LR, Perracini M, Rosa T, Kalache A. Significance and Management of disability among urban elderly residents in Brazil. J Cross Cult Geront 1993; 8(4): 313-23. 44. Vieira EB. Manual de gerontologia: um guia teórico prático para profissionais, cuidadores e familiares. 2º ed. Rio de Janeiro. Revinter 2004. 45. Kono A, Kai I, Sakato C, Rubenstein LZ. Frequency of going out doors predicts long range functional change among ambulatory frail elders living at home. Arch Geront Geriatr 2007; 45(3): 233-42. 46. Visser M, Simonsick EM, Colbert LH, Brach J, Rubin SM, Kritchevsky JB, et al. Type and intensity of activity and risk of mobility limitation: the mediating role of muscle parameters. J Am Geriatr Soc 2005; 53(5):762-70.
  • 21. ANEXO II QUESTIONARIO LEVANTAMENTO DE DADOS: PRE SELEÇAO. NOME: _____________________________________________________________ SEXO: ( )F ( )M IDADE: _______ TELEFONE:_____________ PESO: ________ ALTURA: ________ M.C.A: ___________cm. ESCOLARIDADE: _________________________ ATV. FISICA:( ) SIM ( ) NAO QUANTAS VEZES POR SEMANA ( ) 3X ou mais. QUANTO TEMPO: ______________ TABAGISTA: ( ) NAO ( ) SIM ( ) EX-FUMANTE QUANTOS CIGARROS POR DIA:______ QUANTO TEMPO:_____________ DEFICIT VISUAL:( )SIM ( )NAO DEFICIT AUDITIVO:( )SIM ( )NAO DOENÇAS RESPIRATORIAS ( )ASMA ( ) BRONQUITE ( ) ENFISEMA DOENÇAS ASSOCIADAS ( )DIABETES ( )OSTEOPOROSE DOENÇAS CARDIACAS ( )IAM ( )ATEROSCLEROSE ( )HIPERTENSAO ( )CIR. CORONARIAS ( )ARRITMIA CARDIACA ( )DOENÇAS CONGENITAS JA FOI INTERNADO ( )SIM ( )NAO QUANTO TEMPO FICOU INTERNADO: _________________________________ MUDOU HABITOS DE VIDA: ( )SIM ( )NAO ( )ALIMENTAÇAO ( )EXERCICIOS ( )OUTROS JA FEZ FISIOTERAPIA: ( )SIM ( )NAO QUANTO TEMPO:_______________ LOCAL DA PESQUISA _______________________________________ DATA:________________________
  • 22. ANEXO III AVALIÇÃO FUNCIONAL Escala de Atividades de Vida Diária: Índice de KATZ 1) Banhar-se ( ) Independente para entrar e sair do banheiro. ( ) Necessidade de ajuda através do uso de órtese ou algum apoio material para o banho. ( ) Necessidade de ajuda humana para lavar algumas partes do corpo ou supervisão. ( ) Recebe assistência no banho para mais de uma parte do corpo. 2) Vestir-se ( ) Independente para pegar a roupa e se vestir. ( ) Necessidade de apoio de algum objeto para se vestir. ( ) Necessidade de ajuda humana para pegar a roupa. ( ) Dependência total para se vestir. 3) Uso do banheiro ( ) Independente para ir ao banheiro e se limpar. ( ) Necessidade de ajuda através do uso de órtese ou marreco, comadre e urinol para a higiene. ( ) Necessidade de ajuda humana para ir ao banheiro ou se limpar. ( ) Não vai ao banheiro para o processo de eliminação. 4) Transferir-se ( ) Independente para entrar ou sair do leito, sentar e levantar da cadeira. ( ) Necessidade de ajuda de através do uso de órtese ou de algum apoio material para realizar a transferência. ( ) Necessidade de ajuda humana parcial para entrar e sair do leito, sentar e levantar da cadeira. ( ) Não sai da cama, restrito ao leito.
  • 23. 5) Controle Esfincteriano Micção ( ) Independência para controlar a micção. ( ) Necessidade de ajuda através do uso regular de urinol, comadre ou marreco para controle da micção e defecação. ( ) Necessidade de ajuda humana para controle da micção ou usa fralda noturna somente. ( ) Dependência total através do uso constante de cateteres ou fraldas. Evacuação ( ) Independência para controlar os movimentos intestinais. ( ) Necessidade de ajuda através do uso regular de urinol, comadre ou marreco para controle da defecação. ( ) Necessidade de ajuda humana para controle da defecação ou usa fralda noturna somente. ( ) Dependência total através do uso constante de fraldas. 6) Alimentar-se ( ) Independente para pegar o alimento e levá-lo até a boca. ( ) Necessidade de ajuda através do uso de adaptadores para a alimentação. ( ) Alimenta-se sozinho exceto pela assistência para cortar a carne e passar manteiga no pão. ( ) Dependência total para a alimentação. CLASSIFICAÇÃO Quanto menor o escore final, maior a independência do individuo.
  • 24. ANEXO IV Escala de Atividades instrumentais de vida diária índice de: LAWTON E BRODY 1-Em relação ao uso do telefone ( ) Recebe e faz ligações sem assistência ( ) Necessita de assistência para realizar ligações telefônicas ( ) Não tem o hábito ou é incapaz de usar o telefone 2-Em relação às viagens ( ) Realiza viagens sozinho ( ) Somente viaja quando tem companhia ( ) Não tem o hábito ou é incapaz de viajar 3-Em relação à realização de compras ( ) Realiza compras, quando é fornecido transporte ( ) Somente faz compras quando tem companhia ( ) Não tem o hábito ou é incapaz de realizar compras 4-Em relação ao preparo das refeições ( ) Planeja e cozinha as refeições completas ( ) Prepara somente refeições pequenas ou quando recebe ajuda ( ) Não tem o hábito ou é incapaz de realizar 5-Em relação ao trabalho doméstico ( ) Realiza tarefas pesadas ( ) Realiza tarefas leves, necessitando de ajuda nas pesadas ( ) Não tem o hábito ou é incapaz de realizar trabalhos domésticos 6-Em relação ao uso de medicamentos ( ) Faz uso de medicamentos sem assistência ( ) Necessita de lembretes ou assistência ( ) É incapaz de controlar sozinho o uso dos medicamentos
  • 25. 7-Em relação ao manuseio de dinheiros ( ) Preenche cheque e paga conta sem auxílio ( ) Necessita de assistência para o uso de cheques e contas ( ) Não tem o hábito de lidar com o dinheiro ou é incapaz de manusear dinheiro, contas. CLASSIFICAÇÃO: Dependência total: ≤ 5 Dependência parcial: > 5 < 21 Independência: 21