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Desde que recebi a solicitação de Crisolino, meu benfeitor espiritual, estou
empenhado na abolição das armas de morte; dizia Dantas, num jantar
íntimo. Creio que a guerra desaparecerá do mundo, quando cada um de nós
esteja disposto a expulsá-la do seu próprio circulo.
E falava entusiástico. Rememorava a estatística de muitas guerras.
Salientava os programas bélicos de muitos povos. Detinha-se
apaixonadamente em Napoleão, chamando-lhe “gênio carniceiro”.
Não se poupava. Onde aparecesse oportunidade, aí estava Dantas para a
cruzada a que se propunha. Pedia movimentos renovadores, para que os
canhões se fizessem arados.
Adquiriu boa máquina cinematográfica e exibia quadros curiosos.
Revolveres provocando desastres. Sabres em mãos de legionários da
antiguidade ao invadirem territórios pacíficos. Telas mostrando o efeito de
bombardeios destruidores. Estudo sobre adagas e baionetas, trabucos e
punhais. E, diante dos pais, pedia sempre não dessem aos pequeninos,
brinquedos que simulassem armas de morte. Todavia, estimava as alegrias
da mesa, depois das instruções. Alegava que uma boa conversação, após
um assunto sério em conferência, consolidava impressões. E toca a devorar
as viandas que aparecessem. Com semelhante regime, Dantas, aos quarenta
e dois de idade, sofria obesidade característica e era campeão de moléstias
do estômago. Chamado certa feita, o Dr. Neves Lima para examiná-lo,
numa crise de gastralgia, admirou-se o médico da pressão alta.
Dantas, se você não tiver cuidado, acaba estourando. Ele, porém, zombou
do facultativo e repetiu o que costumava dizer: Crisolino, o meu protetor
espiritual, declarou que chegarei aos setenta, desde que me mantenha
combatendo as armas de morte.
Aconteceu, porém, o esperado. O Dr. Neves acordou, noite alta, por
insistência do telefone. Da residência de Dantas chamavam-no. Encontrou
o cliente em coma.
Depois de grande ceia, Dantas acusara súbito mal-estar. Recolhido ao leito,
perdera a palavra e o controle dos movimentos. Prostração. Espasmo
cerebral. Complicações sérias.
O Dr. Neves faz o possível, durante quatro dias e quatro noites de
vigilância e exaustão. Apesar de tudo, Dantas foi compelido a deixar o
corpo físico. A família chorava. No Plano Espiritual, Dantas acordou no
regaço de Crisolino, que o amparava, paternalmente. Informou-se quanto à
libertação de que fora objeto. Mas, considerando os problemas que lhe
requisitavam a presença no mundo, clamou desapontado para os ouvidos do
guardião: Mas você não me prometeu setenta anos, se eu permanecesse em
combate contra as armas de morte? E que fiz toda a minha existência senão
isso? Crisolino, porém, replicou sem vacilação: Sim, sim, mas você se
esqueceu de que o garfo também mata.
COMENTÁRIO:
O homem difere dos animais por sua capacidade de pensar continuamente,
isto é, um ser dotado de inteligência. Com ela, ele é capaz de observar a
Natureza; aprender a fazer e a procriar, modificando os elementos que Deus
lhe emprestou, para construir coisas, inventar dispositivos, artefatos e
equipamentos destinados a facilitar sua vida neste planeta de provas e
expiações. Com sua inteligência, ele é capaz de desenvolver teorias,
praticar e produzir obras de arte. Mas também é capaz de gerar destruição à
sua volta pelo emprego inadequado da tecnologia que desenvolveu.
Deus criou o homem para que ele soubesse equilibrar o uso de seus
recursos intelectuais com suas necessidades morais.
Tudo o que constitui excesso volta-se contra o próprio homem,
desequilibrando ou desestabilizando a sua vida. O Pai criador de todas as
coisas, inteligência suprema, permite a seus filhos, com o uso do livre-
arbítrio, a escolha de seus próprios caminhos. Assim, aquilo que o homem
faz para poder facilitar a sua vida, se não for utilizado de forma adequada e
equilibrada, pode complicá-lo. Poderíamos enumerar uma série de
exemplos de boa ou má utilização da tecnologia desenvolvida pelo ser
humano. Mas, será, realmente, que o mal está na tecnologia ou na moral do
homem que a utiliza? O mal está na arma produzida ou naquela mão que a
utiliza?
Mas os males dos homens não residem apenas na população armada ou na
capacidade de uns destruírem os outros, através de artefatos e instrumentos
de morte. Os males do homem residem dentro de si mesmo, nos excessos
que são capazes de cometerem. Dinheiro em excesso, sem uso proveitoso;
bebida em excesso, sem finalidade justificável; comida em excesso, sem a
necessidade real; descanso em excesso, gerando preguiça e inutilidade;
sexo desequilibrado, sem o amor que o complemente; trabalho em excesso,
sem justificativa ou necessidade; vício de toda ordem, que aniquilam a vida
do homem. Tudo o que se faz por excesso gera males para a vida, e podem
constituir-se em instrumento de morte.
A estória relatada aqui nos fala de um desses excessos que todos, em maior
ou menor escala, nos permitimos cometer.
O corpo humano foi desenvolvido pelo Criador para abrigar o princípio
espiritual que já atingiu a capacidade de pensar e de discernir, e constitui-se
num santuário de perfeição e pureza. Todos os desajustes formados no
corpo humano são frutos dos desequilíbrios presentes ou passados. Seja
este um passado recente ou não. A saúde do corpo é função única e
exclusiva do bom uso que fazemos dos nossos órgãos. Alimentação
adequada, sono reparador, equilíbrio psicológico, controle de si mesmo,
ausência de vícios, são premissas sem as quais não nos é possível atingir a
plena saúde física e, portanto, a plena saúde mental.
O Espírito, que dirige o corpo, nada pode fazer quando essa máquina é
acometida por doenças oriundas das falhas e dos desequilíbrios,
consequência do uso inadequado.
Assim, sendo, meditemos um pouco: de que forma levamos nossa vida;
cuidamos de maneira adequada de nosso corpo? E da nossa mente? Ainda
nos permitimos vícios nocivos à nossa saúde? Quantas pessoas nós
conhecemos que reclamam de sua saúde e de sua forma física? Apesar do
nosso corpo ser um santuário que Deus nos proporcionou para o
aprendizado e experiência na carne, muitas vezes não o respeitamos como
devíamos. Apenas nos servimos dele e reclamamos quando já não consegue
nos conceder aquilo que desejamos.
Que Deus nos permita entender estas verdades, trazendo-as para a
experiência diária, e nos ensine como combater a fraqueza moral, que ainda
reside em nós.
Muita Paz!
Meu blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br

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O excesso do garfo que matou Dantas

  • 1.
  • 2. Desde que recebi a solicitação de Crisolino, meu benfeitor espiritual, estou empenhado na abolição das armas de morte; dizia Dantas, num jantar íntimo. Creio que a guerra desaparecerá do mundo, quando cada um de nós esteja disposto a expulsá-la do seu próprio circulo. E falava entusiástico. Rememorava a estatística de muitas guerras. Salientava os programas bélicos de muitos povos. Detinha-se apaixonadamente em Napoleão, chamando-lhe “gênio carniceiro”. Não se poupava. Onde aparecesse oportunidade, aí estava Dantas para a cruzada a que se propunha. Pedia movimentos renovadores, para que os canhões se fizessem arados.
  • 3. Adquiriu boa máquina cinematográfica e exibia quadros curiosos. Revolveres provocando desastres. Sabres em mãos de legionários da antiguidade ao invadirem territórios pacíficos. Telas mostrando o efeito de bombardeios destruidores. Estudo sobre adagas e baionetas, trabucos e punhais. E, diante dos pais, pedia sempre não dessem aos pequeninos, brinquedos que simulassem armas de morte. Todavia, estimava as alegrias da mesa, depois das instruções. Alegava que uma boa conversação, após um assunto sério em conferência, consolidava impressões. E toca a devorar as viandas que aparecessem. Com semelhante regime, Dantas, aos quarenta e dois de idade, sofria obesidade característica e era campeão de moléstias do estômago. Chamado certa feita, o Dr. Neves Lima para examiná-lo, numa crise de gastralgia, admirou-se o médico da pressão alta.
  • 4. Dantas, se você não tiver cuidado, acaba estourando. Ele, porém, zombou do facultativo e repetiu o que costumava dizer: Crisolino, o meu protetor espiritual, declarou que chegarei aos setenta, desde que me mantenha combatendo as armas de morte. Aconteceu, porém, o esperado. O Dr. Neves acordou, noite alta, por insistência do telefone. Da residência de Dantas chamavam-no. Encontrou o cliente em coma. Depois de grande ceia, Dantas acusara súbito mal-estar. Recolhido ao leito, perdera a palavra e o controle dos movimentos. Prostração. Espasmo cerebral. Complicações sérias.
  • 5. O Dr. Neves faz o possível, durante quatro dias e quatro noites de vigilância e exaustão. Apesar de tudo, Dantas foi compelido a deixar o corpo físico. A família chorava. No Plano Espiritual, Dantas acordou no regaço de Crisolino, que o amparava, paternalmente. Informou-se quanto à libertação de que fora objeto. Mas, considerando os problemas que lhe requisitavam a presença no mundo, clamou desapontado para os ouvidos do guardião: Mas você não me prometeu setenta anos, se eu permanecesse em combate contra as armas de morte? E que fiz toda a minha existência senão isso? Crisolino, porém, replicou sem vacilação: Sim, sim, mas você se esqueceu de que o garfo também mata.
  • 6. COMENTÁRIO: O homem difere dos animais por sua capacidade de pensar continuamente, isto é, um ser dotado de inteligência. Com ela, ele é capaz de observar a Natureza; aprender a fazer e a procriar, modificando os elementos que Deus lhe emprestou, para construir coisas, inventar dispositivos, artefatos e equipamentos destinados a facilitar sua vida neste planeta de provas e expiações. Com sua inteligência, ele é capaz de desenvolver teorias, praticar e produzir obras de arte. Mas também é capaz de gerar destruição à sua volta pelo emprego inadequado da tecnologia que desenvolveu. Deus criou o homem para que ele soubesse equilibrar o uso de seus recursos intelectuais com suas necessidades morais.
  • 7. Tudo o que constitui excesso volta-se contra o próprio homem, desequilibrando ou desestabilizando a sua vida. O Pai criador de todas as coisas, inteligência suprema, permite a seus filhos, com o uso do livre- arbítrio, a escolha de seus próprios caminhos. Assim, aquilo que o homem faz para poder facilitar a sua vida, se não for utilizado de forma adequada e equilibrada, pode complicá-lo. Poderíamos enumerar uma série de exemplos de boa ou má utilização da tecnologia desenvolvida pelo ser humano. Mas, será, realmente, que o mal está na tecnologia ou na moral do homem que a utiliza? O mal está na arma produzida ou naquela mão que a utiliza?
  • 8. Mas os males dos homens não residem apenas na população armada ou na capacidade de uns destruírem os outros, através de artefatos e instrumentos de morte. Os males do homem residem dentro de si mesmo, nos excessos que são capazes de cometerem. Dinheiro em excesso, sem uso proveitoso; bebida em excesso, sem finalidade justificável; comida em excesso, sem a necessidade real; descanso em excesso, gerando preguiça e inutilidade; sexo desequilibrado, sem o amor que o complemente; trabalho em excesso, sem justificativa ou necessidade; vício de toda ordem, que aniquilam a vida do homem. Tudo o que se faz por excesso gera males para a vida, e podem constituir-se em instrumento de morte.
  • 9. A estória relatada aqui nos fala de um desses excessos que todos, em maior ou menor escala, nos permitimos cometer. O corpo humano foi desenvolvido pelo Criador para abrigar o princípio espiritual que já atingiu a capacidade de pensar e de discernir, e constitui-se num santuário de perfeição e pureza. Todos os desajustes formados no corpo humano são frutos dos desequilíbrios presentes ou passados. Seja este um passado recente ou não. A saúde do corpo é função única e exclusiva do bom uso que fazemos dos nossos órgãos. Alimentação adequada, sono reparador, equilíbrio psicológico, controle de si mesmo, ausência de vícios, são premissas sem as quais não nos é possível atingir a plena saúde física e, portanto, a plena saúde mental.
  • 10. O Espírito, que dirige o corpo, nada pode fazer quando essa máquina é acometida por doenças oriundas das falhas e dos desequilíbrios, consequência do uso inadequado. Assim, sendo, meditemos um pouco: de que forma levamos nossa vida; cuidamos de maneira adequada de nosso corpo? E da nossa mente? Ainda nos permitimos vícios nocivos à nossa saúde? Quantas pessoas nós conhecemos que reclamam de sua saúde e de sua forma física? Apesar do nosso corpo ser um santuário que Deus nos proporcionou para o aprendizado e experiência na carne, muitas vezes não o respeitamos como devíamos. Apenas nos servimos dele e reclamamos quando já não consegue nos conceder aquilo que desejamos.
  • 11. Que Deus nos permita entender estas verdades, trazendo-as para a experiência diária, e nos ensine como combater a fraqueza moral, que ainda reside em nós. Muita Paz! Meu blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br