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Conheça a importância da unitização e paletização de carga, e modelo a ser especificado relativo à operação. 
Nas últimas décadas a utilização de paletes têm sido crescente. Eles surgiram como solução de movimentação de materiais na logística militar, no período das grandes guerras mundiais. Na área comercial sua primeira utilização foi nos portos, onde a movimentação de carga manual foi gradativamente sendo substituída pela movimentação mecânica. 
O palete surgiu junto com as empilhadeiras, dando suporte aos equipamentos de movimentação. Com isso a movimentação mecânica cada vez mais foi superando a manual, permitindo agilidade nas operações de carga e descarga, reduzindo o tempo das embarcações paradas, gerando economia e evitando desperdício dos equipamentos de transporte. 
Após a utilização nos portos como equipamento de movimentação, os Baixe os ebooks: Organização de Armazéns Estudo de Caso 
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paletes passaram a ser na indústria em geral e na de bens de consumo em particular um importante equipamento de movimentação e armazenagem de cargas unitizada. Os paletes das indústrias são e foram sempre fabricados com madeira de primeira qualidade. Um tipo de madeira muito utilizada para fabricação destes paletes foi a peroba. Hoje, a peroba existe em pequenas reservas e até pode-se dizer que ela é artigo de luxo. Esses paletes das indústrias, devido a sua qualidade são considerados como paletes cativos das empresas. Os investimentos na área foram e são elevados devido ao custo do palete que foi fabricado para durar. Isso representa um significativo patrimônio da empresa, que ela mantém e cuida para não serem deteriorados. Tem empresa que chega a possuir 40 mil paletes no seu parque industrial. Quando debate-se a questão paletes, debate-se sobre o transporte de carga paletizada. Considerando a movimentação a primeira fase do palete, a movimentação e armazenagem a segunda fase, temos na combinação da movimentação, armazenagem e transporte a terceira fase do palete ou da paletização. Na utilização do palete cativo o problema que tem surgido é a necessidade de despaletizar as cargas no momento de carregamento dos caminhões. Devido ao custo do palete cativo as indústrias não podem dispor para o transporte desses paletes devido à complicação no retorno. A alternativa que fica é desfazer as unidades de carga e carregar os caminhões manualmente de forma fracionada. Isso acarretava demora, prejuízo e fila de caminhões parados. Diante do problema as indústrias de bens de consumo têm debatido três alternativas: A primeira alternativa seria a utilização de um sistema de palete circulante, que funciona como as garrafas de cerveja retornáveis. Entrega-se uma garrafa cheia e recebe-se a vazia. 
Isto causa uma série de transtorno, relativo ao padrão dos paletes. Os paletes como verão mais adiante devem ser projetados de acordo com as características da carga e dos equipamentos de movimentação, de transporte e de armazenagem. Cada empresa possuindo diferentes equipamentos e características de carga enfrentam dificuldades para se submeterem a um único padrão de paletes. Baixe os ebooks: Organização de Armazéns Estudo de Caso 
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Até dentro de uma mesma indústria é comum encontrar vários modelos de paletes, em um grupo de empresas a variedade ainda é maior. Outro aspecto é a higiene dos paletes, pois empresas que produz soda utiliza o mesmo palete que a indústria que produz alimentos, provocando dessa forma contaminação da plataforma. A segunda alternativa seria a locação dos estrados em empresas especializadas em logística. No momento que a empresa usuária necessita entregar suas cargas paletizadas contata o banco de paletes. A locadora fornece os dispositivos por um preço de locação pré-determinado. Cabe a locadora identificar os diferentes depósitos onde estão espalhados. Existem várias empresas atuando neste mercado com diferentes padrões de atendimento e preços; A terceira alternativa é a utilização de descartáveis. O palete descartável deve ser de baixo custo, boa qualidade e reciclável. A logística é semelhante às das embalagens descartáveis. Na combinação de diferentes materiais deve estar à maior possibilidade de custo/benefício dos paletes. Característica do palete relativo ao tipo de carga Para o desenvolvimento deste novo palete é necessário refletir um pouco sobre ele. Um primeiro aspecto que poderia ser abordado é relativo aos esforços que estão sujeitos. a) existem cargas auto-estruturadas e/ou não fracionadas, onde o palete não necessita de resistência a flexão na face superior. Exemplos desse tipo de carga são máquinas mono-blocadas, feixes de madeira ou qualquer outra barra, chapa de papelão ondulado, determinado tipos de cartão entre outras. Nestes casos o painel superior não necessita ser estrutural e funciona apenas como proteção ao produto. Os blocos devem possuir uma resistência compatível com o peso da carga, ou seja, o palete para uma máquina auto-sustentada de 20 t não precisa possuir resistência a flexão na face superior, mas precisa de blocos que possuam uma resistência maior que 20 t a compressão. 
Os blocos dos paletes atualmente existentes no mercado são dimensionados em função da área de pregagem e não em função do peso da carga a ser suportada. Isso acarreta um maior peso e Baixe os ebooks: Organização de Armazéns Estudo de Caso 
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volume de madeira no palete, implicando num aumento do custo do palete e do frete. b) quando as cargas são fracionadas ou não possuem auto-sustentação, elas precisam de paletes que tenham resistência a flexão na face superior. Neste caso, os paletes usados são fabricados totalmente em um único material, encarecendo bastante o produto e perdendo a característica de descartável. Característica do palete relativo ao tipo de armazenagem Quanto a armazenagem o palete deve atender aos seguintes aspectos: a) quando a carga é armazenada em paletes e dispostas em porta- paletes surgem esforços de flexão no palete relativos ao tipo de apoio. Geralmente o porta-palete caracteriza-se como sendo uma estrutura que possui um conjunto duas vigas longitudinais aos corredores dos armazéns onde são descarregados os paletes. A flexão neste caso é transversal ao palete. b) Quando a carga é armazenada em paletes e dispostas em "drive - in" surgem esforços de flexão no palete relativos ao tipo de apoio. Geralmente o "drive - in" caracteriza-se por ser uma estrutura que possui um conjunto duas vigas transversais aos corredores dos armazéns onde são depositadas as cargas paletizadas. A flexão neste caso é longitudinal ao palete. c) quando a carga é armazenada em paletes e dispostas em "Racks" surgem esforços de flexão em ambos os sentidos. Os "Racks" são montantes ou pilares que permitem o empilhamento das cargas sem comprimi-las, pois suportam e apóiam nas arestas dos paletes e não nas cargas. d) quando a carga é armazenada em paletes e as unidades de cargas estão dispostas uma sobre as outras em blocos o palete não fica sujeito a esforços de flexão. Porém é necessário que haja a maior área de contato possível do plano inferior do palete superior com o plano superior da unidade de carga do palete inferior. Característica do Palete Relativo ao Tipo de Movimentação Quanto aos equipamentos de movimentação o palete deve atender aos seguintes aspectos: 
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a) quando o palete for movimentado por garfo de empilhadeira, gancho "C" ou paleteira o palete estará sendo submetido a esforços de flexão. Tais esforços são menos rigorosos que quando o palete está apoiado em "drive-in" ou porta-palete, pois o vão entre apoios é menor. Na utilização do garfo de empilhadeira o palete poderá ter vigas na parte inferior do palete. Quando se utiliza a paleteira tal viga não é desejada pois dificulta o acesso das roldanas existentes no equipamento. Em alguns casos onde a utilização da viga inferior do palete é indispensável costuma-se chanfrar essa viga. b) na movimentação horizontal do palete muitas vezes são utilizadas correntes transportadoras. É importante nesse caso que os paletes possuam vigas inferiores, porém em muitos casos podem ser dispensados. Característica do palete relativo ao tipo de transporte Quando o caminhão é carregado de forma paletizada existem as seguintes condições de contorno: a) carregamento com existência de docas de embarque onde é possível adentrar na carroceria do caminhão com a empilhadeira e paleteira, dessa forma o palete deve possuir os pré-requisitos relativos à movimentação das cargas movimentáveis por paleteira, empilhadeira ou gancho "C". b) quando no carregamento não existem docas e não é possível adentrar na carroceria do caminhão com nenhum equipamento de movimentação ficam duas possibilidades de carregamento paletizado: - a carroceria roletada, onde é desejável a viga inferior do palete para facilitar o deslizamento da carga. - outra é a carroceria "Sider" onde toda a lateral do veículo pode ser aberta. Nesse caso, o carregamento deve ser via empilhadeira dado a necessidade de içamento da carga. As vigas inferiores do palete aqui só atrapalhariam. Dado o número de variáveis em que o palete está submetido existe no mercado uma grande gama de modelo de paletes. Entretanto, o desenho proposto limita o palete a duas entradas de garfo de empilhadeira e/ou paleteira. No desenvolvimento de mercado do produto verificou-se: 
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- dificuldade de deslizamento do palete carregado nos roletes das carrocerias e na produção. - impossibilidade de amarração das cargas, através de cintas, nos dois sentidos das unidades de cargas. - pouca versatilidade na movimentação das cargas pela limitação de acessos pelos garfos de empilhadeira. Conclusão: As empresas têm utilizado o palete padrão ABRAS nas suas operações em função de menor preço ofertado pelo produto, porém uma avaliação mais criteriosa na escolha do palete pode permitir ganhos em todo processo logístico, no tocante a aproveitamento de espaços e recursos. Fernando Henrique de Almeida Sobral Fone: (0xx11) 3862 5670 Móvel: (0xx11) 9 9978 7529 Email: interlogis@interlogis.com.br 
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  • 1. Conheça a importância da unitização e paletização de carga, e modelo a ser especificado relativo à operação. Nas últimas décadas a utilização de paletes têm sido crescente. Eles surgiram como solução de movimentação de materiais na logística militar, no período das grandes guerras mundiais. Na área comercial sua primeira utilização foi nos portos, onde a movimentação de carga manual foi gradativamente sendo substituída pela movimentação mecânica. O palete surgiu junto com as empilhadeiras, dando suporte aos equipamentos de movimentação. Com isso a movimentação mecânica cada vez mais foi superando a manual, permitindo agilidade nas operações de carga e descarga, reduzindo o tempo das embarcações paradas, gerando economia e evitando desperdício dos equipamentos de transporte. Após a utilização nos portos como equipamento de movimentação, os Baixe os ebooks: Organização de Armazéns Estudo de Caso www.interlogis.com.br 1
  • 2. paletes passaram a ser na indústria em geral e na de bens de consumo em particular um importante equipamento de movimentação e armazenagem de cargas unitizada. Os paletes das indústrias são e foram sempre fabricados com madeira de primeira qualidade. Um tipo de madeira muito utilizada para fabricação destes paletes foi a peroba. Hoje, a peroba existe em pequenas reservas e até pode-se dizer que ela é artigo de luxo. Esses paletes das indústrias, devido a sua qualidade são considerados como paletes cativos das empresas. Os investimentos na área foram e são elevados devido ao custo do palete que foi fabricado para durar. Isso representa um significativo patrimônio da empresa, que ela mantém e cuida para não serem deteriorados. Tem empresa que chega a possuir 40 mil paletes no seu parque industrial. Quando debate-se a questão paletes, debate-se sobre o transporte de carga paletizada. Considerando a movimentação a primeira fase do palete, a movimentação e armazenagem a segunda fase, temos na combinação da movimentação, armazenagem e transporte a terceira fase do palete ou da paletização. Na utilização do palete cativo o problema que tem surgido é a necessidade de despaletizar as cargas no momento de carregamento dos caminhões. Devido ao custo do palete cativo as indústrias não podem dispor para o transporte desses paletes devido à complicação no retorno. A alternativa que fica é desfazer as unidades de carga e carregar os caminhões manualmente de forma fracionada. Isso acarretava demora, prejuízo e fila de caminhões parados. Diante do problema as indústrias de bens de consumo têm debatido três alternativas: A primeira alternativa seria a utilização de um sistema de palete circulante, que funciona como as garrafas de cerveja retornáveis. Entrega-se uma garrafa cheia e recebe-se a vazia. Isto causa uma série de transtorno, relativo ao padrão dos paletes. Os paletes como verão mais adiante devem ser projetados de acordo com as características da carga e dos equipamentos de movimentação, de transporte e de armazenagem. Cada empresa possuindo diferentes equipamentos e características de carga enfrentam dificuldades para se submeterem a um único padrão de paletes. Baixe os ebooks: Organização de Armazéns Estudo de Caso www.interlogis.com.br 2
  • 3. Até dentro de uma mesma indústria é comum encontrar vários modelos de paletes, em um grupo de empresas a variedade ainda é maior. Outro aspecto é a higiene dos paletes, pois empresas que produz soda utiliza o mesmo palete que a indústria que produz alimentos, provocando dessa forma contaminação da plataforma. A segunda alternativa seria a locação dos estrados em empresas especializadas em logística. No momento que a empresa usuária necessita entregar suas cargas paletizadas contata o banco de paletes. A locadora fornece os dispositivos por um preço de locação pré-determinado. Cabe a locadora identificar os diferentes depósitos onde estão espalhados. Existem várias empresas atuando neste mercado com diferentes padrões de atendimento e preços; A terceira alternativa é a utilização de descartáveis. O palete descartável deve ser de baixo custo, boa qualidade e reciclável. A logística é semelhante às das embalagens descartáveis. Na combinação de diferentes materiais deve estar à maior possibilidade de custo/benefício dos paletes. Característica do palete relativo ao tipo de carga Para o desenvolvimento deste novo palete é necessário refletir um pouco sobre ele. Um primeiro aspecto que poderia ser abordado é relativo aos esforços que estão sujeitos. a) existem cargas auto-estruturadas e/ou não fracionadas, onde o palete não necessita de resistência a flexão na face superior. Exemplos desse tipo de carga são máquinas mono-blocadas, feixes de madeira ou qualquer outra barra, chapa de papelão ondulado, determinado tipos de cartão entre outras. Nestes casos o painel superior não necessita ser estrutural e funciona apenas como proteção ao produto. Os blocos devem possuir uma resistência compatível com o peso da carga, ou seja, o palete para uma máquina auto-sustentada de 20 t não precisa possuir resistência a flexão na face superior, mas precisa de blocos que possuam uma resistência maior que 20 t a compressão. Os blocos dos paletes atualmente existentes no mercado são dimensionados em função da área de pregagem e não em função do peso da carga a ser suportada. Isso acarreta um maior peso e Baixe os ebooks: Organização de Armazéns Estudo de Caso www.interlogis.com.br 3
  • 4. volume de madeira no palete, implicando num aumento do custo do palete e do frete. b) quando as cargas são fracionadas ou não possuem auto-sustentação, elas precisam de paletes que tenham resistência a flexão na face superior. Neste caso, os paletes usados são fabricados totalmente em um único material, encarecendo bastante o produto e perdendo a característica de descartável. Característica do palete relativo ao tipo de armazenagem Quanto a armazenagem o palete deve atender aos seguintes aspectos: a) quando a carga é armazenada em paletes e dispostas em porta- paletes surgem esforços de flexão no palete relativos ao tipo de apoio. Geralmente o porta-palete caracteriza-se como sendo uma estrutura que possui um conjunto duas vigas longitudinais aos corredores dos armazéns onde são descarregados os paletes. A flexão neste caso é transversal ao palete. b) Quando a carga é armazenada em paletes e dispostas em "drive - in" surgem esforços de flexão no palete relativos ao tipo de apoio. Geralmente o "drive - in" caracteriza-se por ser uma estrutura que possui um conjunto duas vigas transversais aos corredores dos armazéns onde são depositadas as cargas paletizadas. A flexão neste caso é longitudinal ao palete. c) quando a carga é armazenada em paletes e dispostas em "Racks" surgem esforços de flexão em ambos os sentidos. Os "Racks" são montantes ou pilares que permitem o empilhamento das cargas sem comprimi-las, pois suportam e apóiam nas arestas dos paletes e não nas cargas. d) quando a carga é armazenada em paletes e as unidades de cargas estão dispostas uma sobre as outras em blocos o palete não fica sujeito a esforços de flexão. Porém é necessário que haja a maior área de contato possível do plano inferior do palete superior com o plano superior da unidade de carga do palete inferior. Característica do Palete Relativo ao Tipo de Movimentação Quanto aos equipamentos de movimentação o palete deve atender aos seguintes aspectos: Baixe os ebooks: Organização de Armazéns Estudo de Caso www.interlogis.com.br 4
  • 5. a) quando o palete for movimentado por garfo de empilhadeira, gancho "C" ou paleteira o palete estará sendo submetido a esforços de flexão. Tais esforços são menos rigorosos que quando o palete está apoiado em "drive-in" ou porta-palete, pois o vão entre apoios é menor. Na utilização do garfo de empilhadeira o palete poderá ter vigas na parte inferior do palete. Quando se utiliza a paleteira tal viga não é desejada pois dificulta o acesso das roldanas existentes no equipamento. Em alguns casos onde a utilização da viga inferior do palete é indispensável costuma-se chanfrar essa viga. b) na movimentação horizontal do palete muitas vezes são utilizadas correntes transportadoras. É importante nesse caso que os paletes possuam vigas inferiores, porém em muitos casos podem ser dispensados. Característica do palete relativo ao tipo de transporte Quando o caminhão é carregado de forma paletizada existem as seguintes condições de contorno: a) carregamento com existência de docas de embarque onde é possível adentrar na carroceria do caminhão com a empilhadeira e paleteira, dessa forma o palete deve possuir os pré-requisitos relativos à movimentação das cargas movimentáveis por paleteira, empilhadeira ou gancho "C". b) quando no carregamento não existem docas e não é possível adentrar na carroceria do caminhão com nenhum equipamento de movimentação ficam duas possibilidades de carregamento paletizado: - a carroceria roletada, onde é desejável a viga inferior do palete para facilitar o deslizamento da carga. - outra é a carroceria "Sider" onde toda a lateral do veículo pode ser aberta. Nesse caso, o carregamento deve ser via empilhadeira dado a necessidade de içamento da carga. As vigas inferiores do palete aqui só atrapalhariam. Dado o número de variáveis em que o palete está submetido existe no mercado uma grande gama de modelo de paletes. Entretanto, o desenho proposto limita o palete a duas entradas de garfo de empilhadeira e/ou paleteira. No desenvolvimento de mercado do produto verificou-se: Baixe os ebooks: Organização de Armazéns Estudo de Caso www.interlogis.com.br 5
  • 6. - dificuldade de deslizamento do palete carregado nos roletes das carrocerias e na produção. - impossibilidade de amarração das cargas, através de cintas, nos dois sentidos das unidades de cargas. - pouca versatilidade na movimentação das cargas pela limitação de acessos pelos garfos de empilhadeira. Conclusão: As empresas têm utilizado o palete padrão ABRAS nas suas operações em função de menor preço ofertado pelo produto, porém uma avaliação mais criteriosa na escolha do palete pode permitir ganhos em todo processo logístico, no tocante a aproveitamento de espaços e recursos. Fernando Henrique de Almeida Sobral Fone: (0xx11) 3862 5670 Móvel: (0xx11) 9 9978 7529 Email: interlogis@interlogis.com.br Baixe os ebooks: Organização de Armazéns Estudo de Caso www.interlogis.com.br 6