SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 16
Descargar para leer sin conexión
Elasporelas
Dino e CIA
Dina
Era aniversário de Toninho e seus pais
lhe deram uma barraca de presente, do
tipo que se monta rapidinho. Toninho estava
louco para usá-la. O vovô Juca sugeriu que
ele convidasse alguns amigos e armassem a
barraca no quintal. Toninho estava animadís-
simo e convidou Tuca, Patrícia e Dani.
Logo os seus amigos chegaram, com mais
uma barraca, sacos de dormir, lanternas, lan-
chinhos e alguns livros. Vovô Juca os ajudou
a montar as barracas.
Tuca tinha observado uma lanterna grande
que Patrícia levara. Ele achou a lanterna dela
bem mais legal que a sua, e queria ver se fun-
cionava bem. Ele a ligou e desligou algumas
vezes, mas como ainda era dia, não dava
para ver se a luz da lanterna era forte.
Hum... já sei! pensou Tuca. Dentro do
saco de dormir é mais escuro. Entrou no saco
de dormir de Patrícia, e ligou e desligou a
lanterna várias vezes.
Patrícia estava brincando lá fora, e
quando ia em direção a barraca viu uma luz
piscando dentro do seu saco de dormir.
— O que está fazendo dentro do meu
saco de dormir? — perguntou zangada,
a Tuca. — E quem disse que podia usar a
minha lanterna?
50
P
L
A
N
O
S
P
/
B
A
R
-
R
A
C
A
— Eu... eu só queria ver se ela funcio-
nava bem — respondeu Tuca.
Com raiva, Patrícia correu para tirar a
lanterna dele, e percebeu que a luz estava
sumindo; as pilhas tinham acabado!
Patrícia desabou a chorar.
— Agora vou pegar suas pilhas — disse
para Tuca.
Inclinou-se para pegar a lanterna de Tuca,
mas ele foi mais rápido e saiu correndo com
a lanterna na mão.
Patrícia foi contar ao vovô Juca o que
Tuca tinha feito.
— Sinto muito as pilhas terem acabado,
e fico triste por ouvir o que Tuca fez, porque
não foi certo — afirmou o vovô. — Mas tem
um jeito melhor de resolvermos os proble-
mas sem ficarmos zangados. É importante
resolvermos as situações com amor. Talvez
eu possa lhe contar uma história sobre Susi
e Dina, e o que aconteceu com elas quando
estavam numa situação parecida. Que tal?
Dina adorava pintar. O que ela mais
gostava de pintar eram flores e borboletas,
porque usava lindas cores vibrantes! Dina
não pintava só no papel, ela também pintava
em grandes folhas. Usava pedaços de cascas
52
Dina
de árvores e pintava sobre elas ou também
em plástico transparente para fazer decora-
ções imitando vitrais.
Seu Nestor tinha pedido aos alunos
para levarem para a aula algo que tinham
feito. Dina levou algumas de suas pinturas
favoritas, Susi levou vários sabonetes colori-
dos, e Lilico levou uma casinha de palitos de
fósforo. Cada aluno teve sua vez de se apre-
sentar e mostrar suas criações artísticas.
Quando Dina estava saindo da escola, viu
os sabonetes de Susi. De repente, teve uma
idéia. Eu podia pintar um sabonete e decorá-
lo para dar à minha mãe!
Quando ninguém estava olhando, Dina
pegou um deles sem a permissão de Susi.
— Você roubou o meu
sabonete, Dina! — gritou
Susi quando a viu pin-
tando e decorando o sabo-
nete.
Dina não tinha percebido
que Susi tinha ido visitá-
la. Ficou surpresa ao vê-
la bem ali do seu lado e
tentou esconder o sabonete
rapidamente.
54
a
— Foi você quem pegou meu sabonete! E
agora está fazendo uma bagunça nele.
— Não estou bagunçando nada. Estou
decorando.
— Quero que me devolva esse sabonete
agora — exigiu Susi.
Dina sacudiu a cabeça negativamente.
— Dei duro para decorar e pintar nesse
sabonete e vou dá-lo à minha mãe de presente.
Susi ficou muito zangada. Aí viu um saco
de conchas que Dina andava colecionando.
Quando Dina não estava olhando, Susi
pegou o saco e saiu rapidamente.
Vou esconder essas conchas, pensou Susi
enquanto voltava correndo para casa, com o
saco no bolso.
Quando chegou à sua caverna, Susi foi
ao seu quarto procurar um cantinho para
esconder as conchas de Dina. De repente,
ouviu a voz de sua mãe. Colocou logo o
saco de conchas debaixo da colcha da
cama, mas as conchas faziam volume. Ela
então se sentou sobre as conchas justo antes
da mãe entrar no quarto.
Mas quando se sentou, percebeu que
cometera um grave erro.
Crac! Crac!
— Você viu seu irmão? — perguntou a mãe.
Susi sacudiu rapidamente a cabeça.
56
— Se o vir, diga-lhe que ele precisa ter-
minar o dever de casa.
Quando sua mãe saiu do quarto, Susi
abriu o saco cuidadosamente e viu que
várias conchas estavam quebradas. Minha
nossa, que vou fazer? pensou ela. Dina vai
ficar muito brava comigo.
Mas depois Susi pensou: Ela pegou o meu
sabonete sem pedir, então bem feito para ela
que suas conchas se quebraram.
Passaram-se algumas horas. Quanto mais
Susi pensava nas conchas, pior se sentia.
Talvez eu deva falar com Dina, pensava
consigo mesma. Mas cada vez que a idéia
lhe ocorria, mudava de opinião.
Naquela noite quando sua mãe
veio lhe dar boa-noite, Susi estava
muito triste.
— Qual é o problema, querida?
— perguntou a mãe.
Susi contou à mãe o que tinha
acontecido com as conchas de Dina.
— Não sei o que fazer — disse
Susi chorando.
— Sempre vale a pena ser honesto
— respondeu sua mãe. — Dina prova-
velmente vai ficar triste, mas é melhor
você contar para ela. Você ficou zan-
gada por Dina ter pego seu sabonete,
58
mas não deveria ter pego as conchas dela,
porque agora está numa encrenca.
Susi abraçou a mãe.
— Amanhã vou falar com Dina sobre as
conchas.
— Dina, ontem eu peguei suas conchas
do seu quarto quando você não estava
olhando — começou Susi. — Estava zan-
gada por você ter pego meu sabonete e
queria que você se sentisse mal também.
— Você pegou minhas conchas? — per-
guntou Dina com raiva, tomando o saco de
conchas que Susi lhe entregava.
— Peguei, e sinto muito mesmo por que
quebrei algumas sem querer.
Dina abriu o saco de conchas e chorou ao
ver que algumas de suas conchas favoritas
estavam quebradas.
— Oh, Susi, eram algumas das minhas
conchas favoritas — disse ela.
— Sinto muito mesmo — respondeu Susi.
Dina parou um momento para pensar.
— Na verdade eu é que devia pedir des-
culpas — disse ela. — Eu deveria ter lhe
pedido antes de pegar o sabonete, e não
só pensado em mim mesma e no que eu
queria.
60
— Está desculpada — disse Susi.
— Pode ficar com o sabonete e depois lhe
dou outro se você quiser.
— Muito obrigada. Tenho uma idéia do
que fazer com essas conchas quebradas.
Podemos decorar uma caixinha colando as
conchas quebradas do lado de fora dela.
Pode ser nossa caixinha da amizade.
As duas amigas se abraçaram e foram,
felizes, procurar o que precisavam para
fazer sua caixinha da amizade.
— Peço desculpas por gastar suas pilhas
— disse Tuca para Patrícia. — Pode usar
minha lanterna se quiser.
— Está desculpado — disse Patrícia. — E
sinto muito ter ficado zangada com você.
— Assim está bem melhor — disse o vovô
Juca. — Hum, talvez eu tenha umas pilhas
que você possa usar, Patrícia.
— É mesmo?
— É. Certifique-se de usar a lanterna só
quando precisar dela, assim as pilhas vão
durar muito mais.
— Obrigada, vovô, por nos ajudar a
resolver essa situação — disse Patrícia.
— E obrigado pela história — acrescentou
Tuca.
62
Moral: Pense em como os outros se
sentirão com as coisas que você faz. E
tenha consideração pelos outros como
gostaria que tivessem por você. Se tentar
fazer os outros felizes, você também
se sentirá feliz.
64

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

História colectiva final
História colectiva finalHistória colectiva final
História colectiva finalbecrecv
 
Deixe a raiva secar
Deixe a raiva secarDeixe a raiva secar
Deixe a raiva secarjanhan
 
Outro final para uma questão de cor
Outro final para uma questão de corOutro final para uma questão de cor
Outro final para uma questão de corIsabel DA COSTA
 
A historia que_mora_nas_coisas_web
A historia que_mora_nas_coisas_webA historia que_mora_nas_coisas_web
A historia que_mora_nas_coisas_webSérgio Lima
 
17287535 Espiritismo Infantil Historia 52
17287535  Espiritismo  Infantil  Historia 5217287535  Espiritismo  Infantil  Historia 52
17287535 Espiritismo Infantil Historia 52Ana Cristina Freitas
 
O Diário de Juliana
O Diário de JulianaO Diário de Juliana
O Diário de JulianaCybele Meyer
 
O Espírito Natalino - Beth Martins
O Espírito Natalino -  Beth MartinsO Espírito Natalino -  Beth Martins
O Espírito Natalino - Beth MartinsIrene Aguiar
 
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho espírito a...
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho   espírito a...A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho   espírito a...
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho espírito a...Ricardo Akerman
 
Vampire knigth - " Um dia de São Valentim um tanto...complicado!"
Vampire knigth - " Um dia de São Valentim um tanto...complicado!"Vampire knigth - " Um dia de São Valentim um tanto...complicado!"
Vampire knigth - " Um dia de São Valentim um tanto...complicado!"Cantinho_Sayra
 
Evangelho no lar com crianças (42)
Evangelho no lar com crianças (42)Evangelho no lar com crianças (42)
Evangelho no lar com crianças (42)Fatoze
 
Retalhos de historias e memorias
Retalhos de historias e memoriasRetalhos de historias e memorias
Retalhos de historias e memorias10-09-61
 
Ida ao Show da Ivete, segunda versão
Ida ao Show da Ivete, segunda versão Ida ao Show da Ivete, segunda versão
Ida ao Show da Ivete, segunda versão studio silvio selva
 
01 honestidade - para maternal (2)
01   honestidade - para  maternal (2)01   honestidade - para  maternal (2)
01 honestidade - para maternal (2)Alice Lirio
 
Uma Aventura Na AmazóNia 7º B
Uma Aventura Na AmazóNia 7º BUma Aventura Na AmazóNia 7º B
Uma Aventura Na AmazóNia 7º Bbevilarinho
 

La actualidad más candente (20)

Quem sou eu
Quem sou euQuem sou eu
Quem sou eu
 
Amante Liberto - 1
Amante Liberto - 1Amante Liberto - 1
Amante Liberto - 1
 
Resumo da historia
Resumo da historiaResumo da historia
Resumo da historia
 
Brincar do que?
Brincar do que?Brincar do que?
Brincar do que?
 
História colectiva final
História colectiva finalHistória colectiva final
História colectiva final
 
Deixe a raiva secar
Deixe a raiva secarDeixe a raiva secar
Deixe a raiva secar
 
Outro final para uma questão de cor
Outro final para uma questão de corOutro final para uma questão de cor
Outro final para uma questão de cor
 
A historia que_mora_nas_coisas_web
A historia que_mora_nas_coisas_webA historia que_mora_nas_coisas_web
A historia que_mora_nas_coisas_web
 
17287535 Espiritismo Infantil Historia 52
17287535  Espiritismo  Infantil  Historia 5217287535  Espiritismo  Infantil  Historia 52
17287535 Espiritismo Infantil Historia 52
 
O Diário de Juliana
O Diário de JulianaO Diário de Juliana
O Diário de Juliana
 
O Espírito Natalino - Beth Martins
O Espírito Natalino -  Beth MartinsO Espírito Natalino -  Beth Martins
O Espírito Natalino - Beth Martins
 
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho espírito a...
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho   espírito a...A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho   espírito a...
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho espírito a...
 
Vampire knigth - " Um dia de São Valentim um tanto...complicado!"
Vampire knigth - " Um dia de São Valentim um tanto...complicado!"Vampire knigth - " Um dia de São Valentim um tanto...complicado!"
Vampire knigth - " Um dia de São Valentim um tanto...complicado!"
 
Evangelho no lar com crianças (42)
Evangelho no lar com crianças (42)Evangelho no lar com crianças (42)
Evangelho no lar com crianças (42)
 
Retalhos de historias e memorias
Retalhos de historias e memoriasRetalhos de historias e memorias
Retalhos de historias e memorias
 
Ida ao Show da Ivete, segunda versão
Ida ao Show da Ivete, segunda versão Ida ao Show da Ivete, segunda versão
Ida ao Show da Ivete, segunda versão
 
Deixe A Raiva Secar Som
Deixe A Raiva Secar SomDeixe A Raiva Secar Som
Deixe A Raiva Secar Som
 
01 honestidade - para maternal (2)
01   honestidade - para  maternal (2)01   honestidade - para  maternal (2)
01 honestidade - para maternal (2)
 
Parte 9
Parte 9Parte 9
Parte 9
 
Uma Aventura Na AmazóNia 7º B
Uma Aventura Na AmazóNia 7º BUma Aventura Na AmazóNia 7º B
Uma Aventura Na AmazóNia 7º B
 

Similar a Amizade na barraca

Similar a Amizade na barraca (15)

A descoberta da joaninha
A descoberta da joaninhaA descoberta da joaninha
A descoberta da joaninha
 
4 projetos sobre bondade
4 projetos sobre bondade4 projetos sobre bondade
4 projetos sobre bondade
 
A talentosa caixa de madeira
A talentosa caixa de madeiraA talentosa caixa de madeira
A talentosa caixa de madeira
 
Deixe secar
Deixe secarDeixe secar
Deixe secar
 
A gota d'água
A gota d'águaA gota d'água
A gota d'água
 
Deixe a raiva secar
Deixe a raiva secarDeixe a raiva secar
Deixe a raiva secar
 
Um Colar Valioso
Um Colar ValiosoUm Colar Valioso
Um Colar Valioso
 
Deixe A Raiva Secar
Deixe A Raiva SecarDeixe A Raiva Secar
Deixe A Raiva Secar
 
Deixe A Raiva Secar
Deixe A Raiva SecarDeixe A Raiva Secar
Deixe A Raiva Secar
 
Deixearaivasecar
DeixearaivasecarDeixearaivasecar
Deixearaivasecar
 
Deixe a Raiva Secar
Deixe a Raiva SecarDeixe a Raiva Secar
Deixe a Raiva Secar
 
Deixearaivasecar
DeixearaivasecarDeixearaivasecar
Deixearaivasecar
 
Deixearaivasecar
DeixearaivasecarDeixearaivasecar
Deixearaivasecar
 
A menina pidona - adaptação
A menina pidona - adaptaçãoA menina pidona - adaptação
A menina pidona - adaptação
 
A menina pidona
A menina pidona A menina pidona
A menina pidona
 

Más de Freekidstories

Pêche miraculeuse - Cahier de coloriage.pdf
Pêche miraculeuse - Cahier de coloriage.pdfPêche miraculeuse - Cahier de coloriage.pdf
Pêche miraculeuse - Cahier de coloriage.pdfFreekidstories
 
Der wunderbare Fischfang - Malbuch
Der wunderbare Fischfang - MalbuchDer wunderbare Fischfang - Malbuch
Der wunderbare Fischfang - MalbuchFreekidstories
 
Чудесный улов рыбы - книжка-раскраска
Чудесный улов рыбы - книжка-раскраскаЧудесный улов рыбы - книжка-раскраска
Чудесный улов рыбы - книжка-раскраскаFreekidstories
 
Pesca miracolosa - Libro da colorare
Pesca miracolosa - Libro da colorarePesca miracolosa - Libro da colorare
Pesca miracolosa - Libro da colorareFreekidstories
 
Der wunderbare Fischfang
Der wunderbare FischfangDer wunderbare Fischfang
Der wunderbare FischfangFreekidstories
 
Чудесный улов рыбы
Чудесный улов рыбыЧудесный улов рыбы
Чудесный улов рыбыFreekidstories
 
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANOAS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANOFreekidstories
 
Der barmherzige Samariter
Der barmherzige SamariterDer barmherzige Samariter
Der barmherzige SamariterFreekidstories
 
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAINLES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAINFreekidstories
 
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянинИстории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянинFreekidstories
 
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdfAs 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdfFreekidstories
 
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...Freekidstories
 
Biba, sapone e conchiglie
Biba, sapone e conchiglieBiba, sapone e conchiglie
Biba, sapone e conchiglieFreekidstories
 
Le ratel et l'indicateur
Le ratel et l'indicateurLe ratel et l'indicateur
Le ratel et l'indicateurFreekidstories
 
La parabole de la veuve et du juge
La parabole de la veuve et du jugeLa parabole de la veuve et du juge
La parabole de la veuve et du jugeFreekidstories
 
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injustoThe Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injustoFreekidstories
 
Parabola del giudice e della vedova
Parabola del giudice e della vedovaParabola del giudice e della vedova
Parabola del giudice e della vedovaFreekidstories
 
Притча Иисуса о настойчивой вдове
Притча Иисуса о настойчивой вдовеПритча Иисуса о настойчивой вдове
Притча Иисуса о настойчивой вдовеFreekidstories
 

Más de Freekidstories (20)

Pêche miraculeuse - Cahier de coloriage.pdf
Pêche miraculeuse - Cahier de coloriage.pdfPêche miraculeuse - Cahier de coloriage.pdf
Pêche miraculeuse - Cahier de coloriage.pdf
 
Der wunderbare Fischfang - Malbuch
Der wunderbare Fischfang - MalbuchDer wunderbare Fischfang - Malbuch
Der wunderbare Fischfang - Malbuch
 
Чудесный улов рыбы - книжка-раскраска
Чудесный улов рыбы - книжка-раскраскаЧудесный улов рыбы - книжка-раскраска
Чудесный улов рыбы - книжка-раскраска
 
Pesca miracolosa - Libro da colorare
Pesca miracolosa - Libro da colorarePesca miracolosa - Libro da colorare
Pesca miracolosa - Libro da colorare
 
Pêche miraculeuse
Pêche miraculeusePêche miraculeuse
Pêche miraculeuse
 
Der wunderbare Fischfang
Der wunderbare FischfangDer wunderbare Fischfang
Der wunderbare Fischfang
 
Чудесный улов рыбы
Чудесный улов рыбыЧудесный улов рыбы
Чудесный улов рыбы
 
Pesca miracolosa.pdf
Pesca miracolosa.pdfPesca miracolosa.pdf
Pesca miracolosa.pdf
 
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANOAS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
AS HISTÓRIAS QUE JESUS CONTOU - O BOM SAMARITANO
 
Der barmherzige Samariter
Der barmherzige SamariterDer barmherzige Samariter
Der barmherzige Samariter
 
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAINLES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
LES HISTOIRES RACONTÉES PAR JÉSUS - LE BON SAMARITAIN
 
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянинИстории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
Истории, рассказанные Иисусом - Добрый самарянин
 
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdfAs 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
As 12 Pedrinhas do Alicerce Aula 1B para crianças menores - Memorização.pdf
 
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
Les Douze Pierres de Fondation Leçon 1B pour les plus jeunes - La Mémorisatio...
 
Biba, sapone e conchiglie
Biba, sapone e conchiglieBiba, sapone e conchiglie
Biba, sapone e conchiglie
 
Le ratel et l'indicateur
Le ratel et l'indicateurLe ratel et l'indicateur
Le ratel et l'indicateur
 
La parabole de la veuve et du juge
La parabole de la veuve et du jugeLa parabole de la veuve et du juge
La parabole de la veuve et du juge
 
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injustoThe Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
The Parable of the Persistent Widow - Parábola de la viuda y el juez injusto
 
Parabola del giudice e della vedova
Parabola del giudice e della vedovaParabola del giudice e della vedova
Parabola del giudice e della vedova
 
Притча Иисуса о настойчивой вдове
Притча Иисуса о настойчивой вдовеПритча Иисуса о настойчивой вдове
Притча Иисуса о настойчивой вдове
 

Amizade na barraca

  • 2. Era aniversário de Toninho e seus pais lhe deram uma barraca de presente, do tipo que se monta rapidinho. Toninho estava louco para usá-la. O vovô Juca sugeriu que ele convidasse alguns amigos e armassem a barraca no quintal. Toninho estava animadís- simo e convidou Tuca, Patrícia e Dani. Logo os seus amigos chegaram, com mais uma barraca, sacos de dormir, lanternas, lan- chinhos e alguns livros. Vovô Juca os ajudou a montar as barracas. Tuca tinha observado uma lanterna grande que Patrícia levara. Ele achou a lanterna dela bem mais legal que a sua, e queria ver se fun- cionava bem. Ele a ligou e desligou algumas vezes, mas como ainda era dia, não dava para ver se a luz da lanterna era forte. Hum... já sei! pensou Tuca. Dentro do saco de dormir é mais escuro. Entrou no saco de dormir de Patrícia, e ligou e desligou a lanterna várias vezes. Patrícia estava brincando lá fora, e quando ia em direção a barraca viu uma luz piscando dentro do seu saco de dormir. — O que está fazendo dentro do meu saco de dormir? — perguntou zangada, a Tuca. — E quem disse que podia usar a minha lanterna? 50
  • 4. — Eu... eu só queria ver se ela funcio- nava bem — respondeu Tuca. Com raiva, Patrícia correu para tirar a lanterna dele, e percebeu que a luz estava sumindo; as pilhas tinham acabado! Patrícia desabou a chorar. — Agora vou pegar suas pilhas — disse para Tuca. Inclinou-se para pegar a lanterna de Tuca, mas ele foi mais rápido e saiu correndo com a lanterna na mão. Patrícia foi contar ao vovô Juca o que Tuca tinha feito. — Sinto muito as pilhas terem acabado, e fico triste por ouvir o que Tuca fez, porque não foi certo — afirmou o vovô. — Mas tem um jeito melhor de resolvermos os proble- mas sem ficarmos zangados. É importante resolvermos as situações com amor. Talvez eu possa lhe contar uma história sobre Susi e Dina, e o que aconteceu com elas quando estavam numa situação parecida. Que tal? Dina adorava pintar. O que ela mais gostava de pintar eram flores e borboletas, porque usava lindas cores vibrantes! Dina não pintava só no papel, ela também pintava em grandes folhas. Usava pedaços de cascas 52
  • 5.
  • 6. Dina de árvores e pintava sobre elas ou também em plástico transparente para fazer decora- ções imitando vitrais. Seu Nestor tinha pedido aos alunos para levarem para a aula algo que tinham feito. Dina levou algumas de suas pinturas favoritas, Susi levou vários sabonetes colori- dos, e Lilico levou uma casinha de palitos de fósforo. Cada aluno teve sua vez de se apre- sentar e mostrar suas criações artísticas. Quando Dina estava saindo da escola, viu os sabonetes de Susi. De repente, teve uma idéia. Eu podia pintar um sabonete e decorá- lo para dar à minha mãe! Quando ninguém estava olhando, Dina pegou um deles sem a permissão de Susi. — Você roubou o meu sabonete, Dina! — gritou Susi quando a viu pin- tando e decorando o sabo- nete. Dina não tinha percebido que Susi tinha ido visitá- la. Ficou surpresa ao vê- la bem ali do seu lado e tentou esconder o sabonete rapidamente. 54
  • 7. a
  • 8. — Foi você quem pegou meu sabonete! E agora está fazendo uma bagunça nele. — Não estou bagunçando nada. Estou decorando. — Quero que me devolva esse sabonete agora — exigiu Susi. Dina sacudiu a cabeça negativamente. — Dei duro para decorar e pintar nesse sabonete e vou dá-lo à minha mãe de presente. Susi ficou muito zangada. Aí viu um saco de conchas que Dina andava colecionando. Quando Dina não estava olhando, Susi pegou o saco e saiu rapidamente. Vou esconder essas conchas, pensou Susi enquanto voltava correndo para casa, com o saco no bolso. Quando chegou à sua caverna, Susi foi ao seu quarto procurar um cantinho para esconder as conchas de Dina. De repente, ouviu a voz de sua mãe. Colocou logo o saco de conchas debaixo da colcha da cama, mas as conchas faziam volume. Ela então se sentou sobre as conchas justo antes da mãe entrar no quarto. Mas quando se sentou, percebeu que cometera um grave erro. Crac! Crac! — Você viu seu irmão? — perguntou a mãe. Susi sacudiu rapidamente a cabeça. 56
  • 9.
  • 10. — Se o vir, diga-lhe que ele precisa ter- minar o dever de casa. Quando sua mãe saiu do quarto, Susi abriu o saco cuidadosamente e viu que várias conchas estavam quebradas. Minha nossa, que vou fazer? pensou ela. Dina vai ficar muito brava comigo. Mas depois Susi pensou: Ela pegou o meu sabonete sem pedir, então bem feito para ela que suas conchas se quebraram. Passaram-se algumas horas. Quanto mais Susi pensava nas conchas, pior se sentia. Talvez eu deva falar com Dina, pensava consigo mesma. Mas cada vez que a idéia lhe ocorria, mudava de opinião. Naquela noite quando sua mãe veio lhe dar boa-noite, Susi estava muito triste. — Qual é o problema, querida? — perguntou a mãe. Susi contou à mãe o que tinha acontecido com as conchas de Dina. — Não sei o que fazer — disse Susi chorando. — Sempre vale a pena ser honesto — respondeu sua mãe. — Dina prova- velmente vai ficar triste, mas é melhor você contar para ela. Você ficou zan- gada por Dina ter pego seu sabonete, 58
  • 11.
  • 12. mas não deveria ter pego as conchas dela, porque agora está numa encrenca. Susi abraçou a mãe. — Amanhã vou falar com Dina sobre as conchas. — Dina, ontem eu peguei suas conchas do seu quarto quando você não estava olhando — começou Susi. — Estava zan- gada por você ter pego meu sabonete e queria que você se sentisse mal também. — Você pegou minhas conchas? — per- guntou Dina com raiva, tomando o saco de conchas que Susi lhe entregava. — Peguei, e sinto muito mesmo por que quebrei algumas sem querer. Dina abriu o saco de conchas e chorou ao ver que algumas de suas conchas favoritas estavam quebradas. — Oh, Susi, eram algumas das minhas conchas favoritas — disse ela. — Sinto muito mesmo — respondeu Susi. Dina parou um momento para pensar. — Na verdade eu é que devia pedir des- culpas — disse ela. — Eu deveria ter lhe pedido antes de pegar o sabonete, e não só pensado em mim mesma e no que eu queria. 60
  • 13.
  • 14. — Está desculpada — disse Susi. — Pode ficar com o sabonete e depois lhe dou outro se você quiser. — Muito obrigada. Tenho uma idéia do que fazer com essas conchas quebradas. Podemos decorar uma caixinha colando as conchas quebradas do lado de fora dela. Pode ser nossa caixinha da amizade. As duas amigas se abraçaram e foram, felizes, procurar o que precisavam para fazer sua caixinha da amizade. — Peço desculpas por gastar suas pilhas — disse Tuca para Patrícia. — Pode usar minha lanterna se quiser. — Está desculpado — disse Patrícia. — E sinto muito ter ficado zangada com você. — Assim está bem melhor — disse o vovô Juca. — Hum, talvez eu tenha umas pilhas que você possa usar, Patrícia. — É mesmo? — É. Certifique-se de usar a lanterna só quando precisar dela, assim as pilhas vão durar muito mais. — Obrigada, vovô, por nos ajudar a resolver essa situação — disse Patrícia. — E obrigado pela história — acrescentou Tuca. 62
  • 15.
  • 16. Moral: Pense em como os outros se sentirão com as coisas que você faz. E tenha consideração pelos outros como gostaria que tivessem por você. Se tentar fazer os outros felizes, você também se sentirá feliz. 64