4. O fim do século XIX marca o início da “República
do café-com-leite”, na qual os grandes
proprietários rurais exerciam enorme influência.
Caricatura de Osvaldo Storni sobre as eleições de 1910
5. Nossa
urbanização, ai
nda
incipiente, não
produzia o
quadro de
tensão no qual
vivia a
Europa, mas já
dava sinais de
crescimento
principalmente
em São Paulo. Rua 15 de Novembro - 1915
6. O ciclo da borracha desloca para o norte a riqueza do
país, acentuando os contrastes sociais: algumas regiões
prosperavam em meio ao atraso irremediável de outras.
7. As tensões geraram
inúmeras
revoltas, como a
Revolta de
Canudos, na Bahia;
a série de conflitos
no Ceará em torno
do religioso Padre
Cícero; e o
cangaço, em pleno
sertão
nordestino, que nos
apresentou a figura
de Virgulino
Ferreira, o
Lampião. O bando de cangaceiros de Lampião
8. A capital, Rio de Janeiro, sangrava seus problemas sociais. A
insurreição ao poder constituído foi desde a Revolta da Vacina –
uma rebelião popular contra a vacinação obrigatória, mas que
guardava suas reivindicações sociais – até a Revolta da Chibata –
uma rebelião de marinheiros contra os castigos físicos.
Charge
de
Leônidas
sobre a
Revolta
da
Vacina
9. Não se pode dizer que
o Pré-modernismo
constitui-se em uma
escola literária em si.
É, em verdade, um
conjunto de
manifestações do
espírito de uma
época, que
apresentava o
novo, rompia com o
velho, mas ainda não
possuía um rumo certo
ou uma clara intenção
estética.
10.
11.
12.
13.
14. Lima
Barreto
Euclides da
Monteiro Cunha
Lobato
Pré-modernistas
Augusto
dos Graça Aranha
Anjos
16. 1- Ruptura com o
passado;
2- Denúncia da
realidade brasileira;
3- Regionalismo;
4- Tipos humanos
marginalizados.
17. Augusto dos Anjos Monteiro Lobato Lima Barreto
Graça Aranha Euclides da Cunha
18. Esses novos autores
demonstram um grande
interesse pela realidade
nacional, contrariando o
universalismo dos modelos
realista-naturalistas. O
cotidiano brasileiro passa
a ser exposto nas páginas
dos livros, dando espaço a
criação de obras de nítida
preocupação social. Os
tipos marginalizados, as
lutas inglórias e as
mazelas do povo passam a
ser os temas da prosa pré-
modernista.
19. A aproximação com a
realidade brasileira traz
como consequência
formal a busca por uma
linguagem mais
simples, mais
direta, coloquial, próxima
da população. Os textos
apresentam linguagem
jornalística, aproximando
-se, por vezes, mais da
realidade que de um
estilo artístico
propriamente dito.
20. “O sertanejo
é, antes de
tudo, um forte.
Não tem o
raquitismo
exaustivo dos
mestiços do
litoral. A sua
aparência, entr
etanto, ao
primeiro lance
de vista, revela
o contrário.”
Os sertões
21. “E era assim todos os
dias, há quase trinta
anos. Vivendo em casa
própria e tendo outros
rendimentos além do
seu ordenado, o Major
Quaresma podia levar
um trem de vida
superior ao seus
recursos
burocráticos, gozando,
por parte da
vizinhança, da
consideração e respeito
de homem abastado.”
Triste Fim de Policarpo
Quaresma
22. “- Upa! Cavalgo e parto.
Por estes dias de março
a natureza acorda
tarde. Passa as manhãs
embrulhada num roupão
de neblina e é com
espreguiçamentos de
mulher vadia que despe
os véus da cerração para
o banho de sol.
A névoa esmaia o relevo
da paisagem, desbota-
lhe as cores. Tudo
parece coado através
dum cristal despolido.”
Urupês
23. Versos Íntimos
(...)
Toma um fósforo.
Acende teu
cigarro!
O beijo, amigo, é a
véspera
do escarro,
A mão que afaga é a
mesma
que apedreja.
Se a alguém causa
inda pena
a tua chaga,
Apedreja essa mão vil
que te
afaga,
Escarra nessa boca
que te
beija!
24.
25. Abaixo você encontra um vídeo da mini-série Desejo, escrita por Glória
Perez e produzida pela Rede Globo de Televisão em 1990. Nos papeis
principais, Tarcísio Meira (como Euclides da Cunha), Vera Fischer (como
Anna de Assis) e Guilherme Fontes (como Dilermando de Assis).
http://www.youtube.com/watch?v=N2m0v7DcvMA