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Lições Adultos Missionários
Lição 8 - Missões transculturais 15 a 22 de agosto
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: Jr 17–19
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis aqui o Meu Servo, que escolhi, o Meu amado, em quem a Minha alma
Se compraz. Farei repousar sobre Ele o Meu Espírito, e Ele anunciará juízo aos gentios”. Mt 12:18.
Leituras da Semana: Jo 4:4-30; Mt 8:5-13; Mc 5:1-20; Mt 15:21-28; Lc 17:11-19; Jo 12:20-32
É interessante que Jesus tenha passado tanto tempo de Seus primeiros anos na Galileia, que era conhecida
como a Galileia dos gentios (Mt 4:15), sem dúvida devido à influência não judaica na província. Nessa região,
em Nazaré, Jesus passou a maior parte dos anos que precederam Seu ministério. Graças à sua localização,
Nazaré ficava próxima às principais rotas usadas pelas unidades do exército romano, bem como pelas
caravanas de mercadores. Consequentemente, Jesus deve ter tido contato com não judeus durante os primeiros
anos de Sua vida (sem mencionar o tempo que Ele passou no Egito).
Depois de ter sido rejeitado em Nazaré (Lc 4:16-31), Jesus centralizou Seu ministério em Cafarnaum, cidade
galileia cosmopolita. Esses contatos com os gentios e com seu mundo impactaram significativamente Seu
ministério e ensino. Embora Ele Se concentrasse em Israel, Sua preocupação era o mundo. Durante os mais de
três anos de Seu ministério, entre o batismo e a ascensão, em pelo menos seis ocasiões Jesus teve contato
direto com pessoas de outras nações. Nesta semana, examinaremos esses contatos nos relatos dos evangelhos.
Desenvolva o hábito de realizar o culto diário em seu lar. Ajude sua família a viver uma maravilhosa
experiência com Deus!
❉ Domingo - A mulher samaritana Ano Bíblico: Jr 20–23
No tempo de Jesus, o antigo Israel estava dividido em três províncias: Galileia, Samaria e Judeia. Samaria
estava situada entre a Galileia e a Judeia. Os samaritanos adoravam o Deus de Israel, mas também adoravam
deuses importados de terras pagãs. Como campo missionário inicial, Samaria era ideal para os apóstolos
porque ficava geograficamente próxima de Israel.
● 1. Leia João 4:4-30. O que podemos aprender dessa história sobre a forma pela qual Jesus testemunhava aos
não judeus? De que maneira Jesus ultrapassou os limites da tradição para alcançar essa mulher?
Jo 4:4-30, (JFA-RC); 4 E era-lhe necessário passar por Samaria. 5 Foi, pois, a uma cidade de Samaria,
chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. 6 E estava ali a fonte de Jacó. Jesus,
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pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta. 7 Veio uma mulher de
Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. 8 Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar
comida. 9 Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou
mulher samaritana ( porque os judeus não se comunicam com os samaritanos )? 10 Jesus respondeu e disse-
lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água
viva. 11 Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água
viva? 12 És tu maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e
o seu gado? 13 Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, 14 mas aquele
que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água
a jorrar para a vida eterna. 15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e
não venha aqui tirá-la. 16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá. 17 A mulher respondeu e disse:
Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido, 18 porque tiveste cinco maridos e o que
agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. 19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. 20
Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. 21 Disse-lhe
Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22 Vós
adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. 23 Mas a hora vem,
e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a
tais que assim o adorem. 24 Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade. 25 A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias ( que se chama o Cristo ) vem; quando ele vier, nos
anunciará tudo. 26 Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. 27 E nisso vieram os seus discípulos e
maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? ou:
Por que falas com ela? 28 Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: 29
Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo? 30 Saíram,
pois, da cidade e foram ter com ele.
A mulher samaritana era cautelosa, estava bem informada sobre a história de seu povo e fazia perguntas
inteligentes. Ela conduziu a conversa com suas perguntas. Jesus, contudo, escolheu, dentre as perguntas e as
declarações que ela fez, as coisas que a beneficiariam espiritualmente. O único ponto em que Jesus mudou a
conversa foi quando disse a ela que trouxesse seu marido, sabendo que ela não era casada, mas havia tido
vários maridos. Naturalmente, pedir-lhe que fizesse isso abriu caminho para que Ele a alcançasse, por mais
desconfortável que ela tivesse se sentido. Contudo, ao agir dessa forma, Ele conseguiu testemunhar para ela de
maneira poderosa.
Além disso, não devemos passar por alto o que aconteceu em João 4:27. Os discípulos ficaram surpresos
porque Jesus estava falando com uma estrangeira. Ele transgrediu alguns dos costumes judaicos: primeiro,
pedindo a uma mulher samaritana que Lhe desse água; segundo, ficando sozinho com ela. Em Israel um
homem não podia ser visto sozinho com uma mulher, a menos que ela fosse membro de sua família. Jesus
seguia os costumes judaicos quando estava em Israel. No entanto, em Samaria Ele estava fora do território
judeu, e não Se prendeu às tradições judaicas, embora, como vemos em outra parte, Jesus fizesse distinção
entre as tradições criadas pelo homem e as ordens e preceitos de Deus.
Você está disposto a sair de sua “zona de conforto” para ministrar a outros? Até que ponto você deve ir para
cumprir essa missão?
❉ Segunda - O oficial do exército romano Ano Bíblico: Jr 24–26
● 2. Leia Mateus 8:5-13 e Lucas 7:1-10. O que essa história ensina sobre o fato de que até mesmo os maiores
pontos de divisão cultural podem ser superados pelo evangelho?
Mt 8:5-13, (JFA-RC); 5 E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe 6 e
dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico e violentamente atormentado. 7 E Jesus lhe disse: Eu irei
e lhe darei saúde. 8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu
telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará, 9 pois também eu sou homem sob autoridade e
tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze
isto, e ele o faz. 10 E maravilhou-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que
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nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. 11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e
assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus; 12 E os filhos do Reino serão lançados
nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. 13 Então, disse Jesus ao centurião: Vai, e como
creste te seja feito. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou.
Lc 7:1-10, (JFA-RC); 1 E, depois de concluir todos esses discursos perante o povo, entrou em Cafarnaum. 2 E
o servo de um certo centurião, a quem este muito estimava, estava doente e moribundo. 3 E, quando ouviu
falar de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo. 4 E, chegando eles
junto de Jesus, rogaram-lhe muito, dizendo: É digno de que lhe concedas isso. 5 Porque ama a nossa nação e
ele mesmo nos edificou a sinagoga. 6 E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o
centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do
meu telhado; 7 e, por isso, nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu
criado sarará. 8 Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo
a este: vai; e ele vai; e a outro: vem; e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz. 9 E, ouvindo isso, Jesus
maravilhou-se dele e, voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho
achado tanta fé. 10 E, voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo enfermo.
Em Cafarnaum um oficial romano da categoria dos centuriões (comandantes de 100 homens) procurou Jesus.
Os judeus tinham ódio do exército romano, e muitos romanos odiavam os judeus. Apesar dessa grande divisão
cultural e política, podemos ver aqui a estreita relação entre os romanos e os judeus.
Lucas escreveu que o centurião foi até os “anciãos dos judeus” (Lc 7:3) para pedir que eles trouxessem Jesus
para curar seu servo. É fascinante que eles fizeram exatamente isso, pedindo a Jesus que fosse curar o servo do
homem. Quem eram esses anciãos? Os versos não dizem, mas parece que eles tinham um relacionamento
diferente com Jesus em comparação com alguns outros líderes judeus. Entretanto, o centurião era, obviamente,
um homem de fé. As palavras que ele disse a Jesus: “Apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será
curado”
(Mt 8:8) foram um admirável testemunho de sua fé nEle. O centurião “não esperou para ver se os próprios
judeus receberiam Aquele que dizia ser seu Messias. Ao brilhar sobre ele ‘a luz verdadeira, que alumia a todo
o homem que vem ao mundo’ (Jo 1:9, ARC), havia, embora à distância, discernido a glória do Filho de Deus”
(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 317).
O centurião entendia e respeitava os pontos delicados da religião judaica. Ele sabia que, segundo a lei, não era
permitido que um judeu entrasse na casa de um pagão; portanto, pediu que Jesus atuasse de longe. O servo foi
curado. A fé do centurião pagão foi recompensada. Jesus mostrou que a experiência do centurião era um
modelo do que ocorrerá no grande dia em que pessoas do mundo todo se unirão aos patriarcas judeus no
banquete messiânico.
Além das outras lições tiradas dessa cura, vemos que grandes pontos de divisão cultural não conseguiram
manter a separação entre os judeus e esse romano. Que lições podemos obter quanto à necessidade de superar
todas as diferenças culturais, mantendo a consciência limpa, a fim de alcançar outros?
❉ Terça - Lidando com demônios Ano Bíblico: Jr 27–29
● 3. Leia Marcos 5:1-20 e Mateus 15:21-28. De que maneira Jesus Se relacionava com os não judeus? Qual é
o significado das Suas palavras à mulher cananeia? Que lições os discípulos deviam aprender, vendo Jesus
ministrar àqueles que não faziam parte do povo da aliança?
Mc 5:1-20, (JFA-RC); 1 E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos. 2 E, saindo ele do
barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, 3 o qual tinha a sua
morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender. 4 Porque, tendo sido muitas vezes
preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e
ninguém o podia amansar. 5 E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e
ferindo-se com pedras. 6 E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. 7 E, clamando com grande voz,
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disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. 8
( Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo. ) 9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe
respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 E rogava-lhe muito que os não enviasse
para fora daquela província. 11 E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. 12 E todos
aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. 13 E Jesus
logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um
despenhadeiro no mar ( eram quase dois mil ) e afogou-se no mar. 14 E os que apascentavam os porcos
fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido.
15 E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito
juízo, e temeram. 16 E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca
dos porcos. 17 E começaram a rogar-lhe que saísse do seu território. 18 E, entrando ele no barco, rogava-lhe o
que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. 19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai
para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti.
20 E ele foi e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se
maravilhavam.
Mt 15:21-28, (JFA-RC); 21 E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom. 22 E eis que uma
mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de
mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada. 23 Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus
discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. 24 E ele,
respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Então, chegou ela e
adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me. 26 Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar o pão dos filhos
e deitá-lo aos cachorrinhos. 27 E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas
que caem da mesa dos seus senhores. 28 Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé. Seja
isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã.
A região dos gadarenos ficava na praia oriental do Mar da Galileia. Era uma área que antes havia sido
dominada pela Grécia, mas que tinha se tornado parte da província romana da Judeia. O homem de Gadara
estava obviamente possuído, e sua possessão se manifestava de forma horrível. Ele precisava verdadeiramente
da ajuda divina, e a obteve.
O fato de que essa libertação tenha ocorrido em território pagão é confirmado pela presença dos porcos. É
interessante notar a reação à perda econômica quando os porcos se afogaram; o povo da cidade pediu a Jesus
que saísse de seu território. Jesus, por Sua vez, pediu ao homem curado que ficasse. Ele devia testemunhar ao
seu povo sobre Jesus; sem dúvida, sua vida transformada, ainda mais que suas palavras, seriam um poderoso
testemunho.
No incidente seguinte, a criança sidônia estava “endemoninhada e [...] sofrendo muito” (Mt 15:22, NVI). Sua
mãe, que era cananeia, ilustrava a mistura cultural que havia naquela região. Seus ancestrais cananeus haviam
sido desalojados de sua terra quando Israel a herdou, sob a liderança de Josué. Nesse episódio, novamente,
vemos Jesus interagindo com aqueles que não pertenciam a Israel. Ao falar com ela, Jesus usou uma
linguagem um tanto áspera, comparando o povo dela a cães, mas isso provou a fé da mulher e mostrou sua
humilde disposição de obter a ajuda de que necessitava.
“O Salvador ficou satisfeito. Provou-lhe a fé nEle. Por Seu trato com ela, mostrou que aquela que era tida
como rejeitada de Israel, não mais era estranha, mas uma filha na família de Deus. Como filha, teve o
privilégio de partilhar das dádivas do Pai. Cristo assegurou-lhe então o que pediu, e concluiu a lição dada aos
discípulos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 401).
A lição foi que, contrariamente ao que os judeus pensavam, a obra do evangelho não se destinava apenas a
eles, mas devia ir também a outras nações.
❉ Quarta - Dez leprosos Ano Bíblico: Is 49–51
● 4. Leia Lucas 17:11-19. Que lições há nesse relato, independentemente de nossa nacionalidade ou origem?
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Lc 17:11-19, (JFA-RC); 11 E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia;
12 e, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe. 13
E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós! 14 E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e
mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. 15 E um deles, vendo que estava são,
voltou glorificando a Deus em alta voz. 16 E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este
era samaritano. 17 E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? 18 Não
houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? 19 E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé
te salvou.
Note, primeiro, que todos aqueles homens conheciam Jesus. Chamaram-No tanto pelo nome quanto pelo
título, suplicando Sua intervenção. O que é igualmente fascinante é que eles não foram purificados ali, naquele
momento. Simplesmente lhes foi dito que fossem se apresentar aos sacerdotes, como é especificado em
Levítico 14:2. O fato de que eles simplesmente se viraram e foram mostra que creram em Jesus e em Seu
poder para curá-los.
Porém, somente o samaritano expressou apreciação pelo que Jesus havia feito. Os outros nove não se
esqueceram de ir aos sacerdotes, mas negligenciaram a gratidão para com Aquele que os havia curado. O
samaritano, segundo o texto, voltou antes mesmo de chegar aos sacerdotes. Embora o texto não diga que os
outros nove fossem judeus, o local torna isso muito provável; além disso, o fato de que Lucas mencionou
especificamente que ele era um samaritano e que Jesus Se referiu a ele como “este estrangeiro” (Lc 17:18),
torna provável que os outros nove fossem, de fato, judeus. Embora os judeus normalmente não se associassem
com os samaritanos, a doença deles transcendeu essas barreiras. O infortúnio e a tragédia em comum, o que
Albert Schweitzer denominou de “a comunhão do sofrimento”, havia derrubado uma divisão étnica. Sua
necessidade comum de purificação, cura e salvação os havia aproximado coletivamente de Jesus.
Contudo, os samaritanos e outros estrangeiros não eram o alvo imediato do ministério de Jesus: “Não fui
enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15:24). Primeiro Ele planejava estabelecer uma base
missionária forte entre os judeus. Ao longo de todo o Seu ministério, porém, deu evidências a Seus seguidores
de que o evangelho devia ir ao mundo todo. Embora esse ponto tenha se tornado claro somente após Sua
ressurreição, mesmo antes disso Jesus fez coisas que deviam abrir a mente dos discípulos para a ideia de que a
missão mundial se tornaria a principal tarefa deles.
Embora todos esses homens tivessem mostrado fé, somente um deles voltou e agradeceu ao Senhor pelo que
havia recebido. Por que o louvor e a ação de graças são tão importantes para a fé? Quais são as coisas pelas
quais você deve ser grato? Você seria mais feliz se as conservasse sempre em mente? Existe maneira melhor
de fazer isso do que agradecer a Deus por tudo que Ele faz em sua vida a cada momento?
❉ Quinta - Os gregos e Jesus Ano Bíblico: Jr 33–35
● 5. “Ora, entre os que subiram para adorar durante a festa, havia alguns gregos; estes, pois, se dirigiram a
Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi dizê-lo a André, e
André e Filipe o comunicaram a Jesus. Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do
homem” (Jo 12:20-23). Como esse incidente nos ajuda a compreender o sincero clamor das pessoas, em toda
parte, por salvação, esperança e respostas que só podem ser encontradas em Jesus?
Esses gregos eram provavelmente conversos ao judaísmo, uma vez que lhes foi permitido entrar na área do
templo, pelo menos até ao pátio dos gentios. Comentaristas têm notado que os gregos foram até Filipe, que,
embora judeu, tinha nome grego, o que talvez os tivesse atraído a ele. Assim, embora uma obra cristã pioneira
possa ser realizada por missionários estrangeiros que tenham sensibilidade cultural e uma solidária
compreensão das pessoas que desejam ganhar para Cristo, o trabalho inicial mais eficaz é feito por pessoas
que têm a mesma cultura ou experiência das pessoas a serem alcançadas.
Os gregos vieram somente alguns dias antes da crucifixão de Jesus. Sem dúvida ficaram impressionados com
Suas palavras sobre Seu sofrimento, morte e vitória final. Além disso, a voz do Céu lhes deu o que pensar.
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Jesus teria sido encorajado pelo desejo deles de vê-Lo. A chegada deles assinalou o início da evangelização
mundial. Ela foi predita até pelos fariseus, que exclamaram: “Eis aí vai o mundo após Ele” (Jo 12:19).
O que vemos nessa narrativa são homens de fora do judaísmo que desejavam ir a Jesus. Que sinal de que o
mundo estava pronto para Sua morte expiatória! Esses gregos, representando as nações, tribos e povos do
mundo, estavam sendo atraídos para Ele. Em breve a cruz do Salvador atrairia a Ele as pessoas de todas as
terras e de todas as épocas subsequentes (v. 32). Os discípulos encontrariam o mundo pronto para receber o
evangelho.
Leia João 12:20-32. O que Jesus estava querendo dizer ao falar sobre perder a vida para preservá-la? Dentro
do contexto imediato da passagem, por que Ele disse isso? Você já experimentou isso?
Jo 12:20-32, (JFA-RC); 20 Ora, havia alguns gregos entre os que tinham subido a adorar no dia da festa. 21
Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos
ver a Jesus. 22 Filipe foi dizê-lo a André, e, então, André e Filipe o disseram a Jesus. 23 E Jesus lhes
respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado. 24 Na verdade, na
verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito
fruto. 25 Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem, neste mundo, aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida
eterna. 26 Se alguém me serve, siga-me; e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me
servir, meu Pai o honrará. 27 Agora, a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora;
mas para isso vim a esta hora. 28 Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho
glorificado e outra vez o glorificarei. 29 Ora, a multidão que ali estava e que a tinha ouvido dizia que havia
sido um trovão. Outros diziam: Um anjo lhe falou. 30 Respondeu Jesus e disse: Não veio esta voz por amor de
mim, mas por amor de vós. 31 Agora, é o juízo deste mundo; agora, será expulso o príncipe deste mundo. 32 E
eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.
❉ Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: Jr 36–38
“Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no
reino dos Céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger
de dentes” (Mt 8:11, 12). Embora essas palavras tenham sido ditas num contexto específico, em referência a
pessoas específicas, não devemos perder de vista o princípio. Aqueles que receberam grandes privilégios,
grandes vantagens em termos de verdades espirituais e teológicas, precisam tomar cuidado. É fácil
desenvolver a satisfação própria em relação a verdades que nos foram dadas, verdades que, em alguns casos,
ninguém mais está pregando e ensinando. Primeiro, precisamos nos certificar de que permanecemos
fundamentados nessas verdades; então, em segundo lugar, precisamos estar dispostos a ensiná-las àqueles que
não as conhecem.
Perguntas para reflexão
1. A cruz nos mostra a universalidade dos seres humanos. Diante de Deus somos todos pecadores e precisamos
da graça para salvação. Contudo, muitos grupos, ao longo da História, se consideraram superiores. Isso ocorre
com você e com seu grupo étnico, social, financeiro ou cultural? De que forma você abriga um senso de
superioridade em relação a outros diferentes de você? O que está errado com essa atitude, e como você pode
aprender, ao pé da cruz, a mudá-la?
2. A mulher junto ao poço voltou e testemunhou ao seu povo sobre Jesus. O que isso nos ensina sobre as
missões e a importância de usar as pessoas de uma determinada cultura para alcançar seu povo?
3. Os gregos desejavam ver Jesus. Sem dúvida ouviram falar dEle ou testemunharam algumas das coisas que
Ele havia feito. Jesus, é claro, está no Céu agora, e a igreja, Seu povo, O representa na Terra. O que isso
significa para nós em termos de estilo de vida e do testemunho que damos?
Respostas sugestivas: 1. Jesus não tinha preconceitos nem Se restringia a tradições. Ele ultrapassou os limites
da tradição ao iniciar um diálogo com uma pessoa do sexo oposto, algo que não estava de acordo com os
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costumes sociais judaicos. 2. Um romano, julgando-se indigno, pediu a intercessão de alguns judeus para que
seu pedido fosse levado até Jesus e, em resultado, veio a experimentar o poder de Cristo. Os judeus ajudaram
um romano, membro de um povo inimigo, a receber Cristo, porque a divisão cultural foi superada. 3. Embora
tivesse Seu ministério centralizado nos judeus, Jesus não deixou de atender aos pedidos e às necessidades dos
não judeus, nem os deixou sem testemunho. As palavras de Jesus tinham o objetivo de provar a fé da mulher e
dar uma lição aos discípulos, pois eles consideravam os gentios como cães. Os discípulos deviam aprender a
lição de que o evangelho também precisava ser levado aos pagãos. 4. Em primeiro lugar, entre os leprosos
havia judeus e não judeus, e todos foram a Cristo, pois tinham uma necessidade comum de cura; em segundo
lugar, Jesus não fez distinção, mas curou todos. Todos precisam de Jesus, e Ele deseja salvar e curar todos,
sem distinção. Portanto, a missão do evangelho é mundial. 5. Pessoas de outras nações desejavam conhecer
Jesus, e pediram aos discípulos que os levassem a Ele. Da mesma forma, há muitos hoje em dia que anseiam
encontrá-Lo.
Auxiliar - Resumo
Texto-chave: Mateus 21:42, 43
O aluno deverá:
Conhecer: Os princípios bíblicos fundamentais que devem guiar a missão transcultural.
Sentir: Compaixão pelas pessoas de outras culturas que não ouviram as boas-novas sobre Jesus.
Fazer: Encontrar maneiras de apoiar a missão transcultural por meio da oração, ajuda financeira e, onde for
possível, envolvimento pessoal.
Esboço
I. Conhecer: Como alcançar todas as culturas
A. Embora Jesus tenha passado a maior parte de Seu tempo trabalhando em Israel, em várias ocasiões Ele Se
aventurou em território não judaico e ministrou aos gentios. Que princípios do ministério transcultural você
descobre na maneira pela qual Jesus falou com a mulher samaritana (Jo 4:4-30)?
B. É possível compartilhar as boas-novas em outro contexto cultural sem levar a própria bagagem cultural?
Quais passos podemos dar para que o evangelho seja expresso de uma forma que faça sentido para o contexto
cultural das pessoas?
II. Sentir: Participar da missão com o coração aberto
A. Quais sentimentos poderiam tornar alguém relutante em se envolver na missão transcultural? Que
princípios bíblicos poderiam ajudar a mudar esses sentimentos?
B. Qual é a importância da empatia pelas pessoas numa missão transcultural, e por que não é suficiente apenas
comunicar verdades doutrinárias?
III. Fazer: A minha parte na missão
A. Você não tem que viajar para outros países a fim de encontrar uma cultura diferente. Quais são algumas das
culturas diferentes que você encontra em sua vizinhança?
B. Que medidas práticas você pode tomar para se envolver na missão transcultural?
Resumo: As boas-novas da salvação não foram planejadas para se limitarem apenas ao povo judeu; elas são
boas-novas para todas as pessoas. Como seguidores de Cristo, somos convidados a nos unir a Ele em Sua
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missão em favor de todos os povos.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Mateus 8:11
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A comissão evangélica é um chamado para que todos os cristãos
se envolvam na tarefa de fazer discípulos em todos os grupos de pessoas. A ordem de Jesus para ir não é uma
sugestão, mas deve ser um modo de vida para todos os Seus seguidores.
Para o professor: O apóstolo João pintou um quadro comovente dos resultados da missão transcultural em
Apocalipse 7:9. Analise com a classe a visão transcultural ampla que Deus tem, da qual cada um de nós é
convidado a participar.
Discussão de abertura
“Tudo aquilo que você tem a certeza de que é certo pode ser errado em outro lugar”, diz um personagem do
livro de Barbara Kingsolver, The Poisoned Bible [A Bíblia Envenenada], no qual ela descreve uma família
batista que era missionária no Congo Belga no fim da década de 1950. Em uma das cenas, Nathan, o pastor
missionário, tentou pregar no dialeto local. Ele declarou: “Tata Jesus é bangala!”, querendo dizer: “Jesus é
precioso”. O problema é que, na língua kikongo, a entonação tem importância fundamental. Infelizmente, ele
não conseguiu dar a entonação correta, e seu sotaque americano mudou o significado de bangala, de
“precioso” para “árvore venenosa”. O livro é um impiedoso ataque aos missionários que exportam sua cultura
juntamente com o cristianismo. Esse livro é apenas um dos muitos exemplos em que a missão cristã é criticada
na cultura popular.
Até que ponto palavras como “conversão”, “evangelização” e “missionário” acabaram se tornando
desagradáveis para as pessoas do lugar em que você mora? Por que algo tão maravilhoso como falar às
pessoas sobre o plano de Deus para a salvação delas pode ser, muitas vezes, tratado com suspeita e
hostilidade? Quais são algumas medidas básicas que devemos tomar para nos guardar contra a insensibilidade,
quer nossa missão seja num país estrangeiro ou em nossa vizinhança?
Compreensão
Para o professor: A encarnação de Cristo indica uma mudança radical de foco e de atividade no plano
missionário divino. Ao coordenar a lição hoje, tente comunicar estas duas ideias: (1) Cristo veio para
confirmar e continuar a missão do Pai, e (2) A vinda de Cristo também colocou esse plano missionário numa
era completamente nova. E o que é mais importante: Leve a classe a refletir sobre o fato de que Cristo nos
convida a colaborar com Ele em Sua missão.
Comentário Bíblico
I. Jesus derruba as barreiras culturais (Recapitule com a classe Mateus 8:5-13.)
A fé do centurião gentio deixou Jesus admirado, levando-O a dizer: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e
do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus” (Mt 8:11). No relato de
Lucas sobre essa declaração de Jesus, ele dá ainda mais destaque ao fato de que a salvação se estende em todas
as direções: “Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul”, e “há últimos que virão a ser
primeiros, e primeiros que serão últimos” (Lc 13:29, 30).
Estarão sentados no banquete celestial os gigantes da fé: Abraão, Isaque e Jacó. Como sabemos, Abraão é o
pai de muitas nações (Gn 17:4-6), e é apropriado que ele se sente com pessoas de todas as línguas, tribos e
povos.
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Ao longo de Seu ministério, Jesus deixou claro que as boas-novas se estendiam a todos os povos, e Ele
prefigurava o banquete celestial cada vez que Se assentava para comer com os pecadores. A política de Cristo
de franquear a mesa a todos irritou os líderes judeus. Além disso, quando Ele expulsou os cambistas do
templo, citou Isaías 56:7: “A Minha casa será chamada casa de oração para todas os povos” (Mc 11:17, NVI),
não apenas para os judeus.
Embora Deus tenha chamado um povo especial nos tempos do Antigo Testamento, sempre foi Sua intenção
que eles levassem Sua Palavra e Seu amor até os confins da Terra. Como Seus seguidores, somos chamados a
alcançar Seus filhos e filhas em todas as culturas, tribos, línguas e povos. Na carta aos romanos, o apóstolo
Paulo falou sobre sua ideia de que a salvação deve ir às pessoas que vivem em locais não alcançados pela
mensagem do evangelho. Para demonstrar a validade dessa ideia, ele retrocedeu cerca de 800 anos e citou
Oseias: “Chamarei povo Meu ao que não era Meu povo; e amada, à que não era amada; e no lugar em que se
lhes disse: Vós não sois Meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo” (Rm 9:25, 26).
Pense nisto: De que forma essas passagens são um meio de corrigir a arrogância cultural ou espiritual? Os
primeiros seguidores de Jesus evidentemente precisavam ter uma visão mais ampla da missão. Mas de que
forma nós, hoje, precisamos ser lembrados do fato de que Jesus é o Salvador de todas as pessoas, em toda
parte?
II. Jesus é para todos (Recapitule com a classe Lucas 4:21-28.)
Na sinagoga da cidade onde foi criado, Nazaré, Jesus citou a história da viúva de Sarepta (1Rs 17:7-24) e a
história de Naamã (2Rs 5). Ele usou essas histórias para ilustrar como Deus havia encontrado fé fora de Israel,
e argumentou que, da mesma forma, Ele não encontraria fé em Sua própria cidade. Isso deixou as pessoas tão
iradas que tentaram matá-Lo.
Pense nisto: De que forma as palavras de Jesus nessa passagem servem de advertência a nós, adventistas do
sétimo dia?
Aplicação
Para o professor: “Contextualização” é um termo usado pelos missiologistas e é, em grande parte, entendido
de maneira incorreta. Quando veem essa palavra, muitas pessoas pensam que ela se refere a fazer concessões e
diluir a verdade. Contudo, corretamente entendida, ela é um princípio fundamental e essencial da missão,
demonstrado por Jesus, pelo apóstolo Paulo e por outros na Bíblia. Basicamente, significa “vestir” a
mensagem de tal forma que ela seja entendida por pessoas de diferentes contextos culturais e que tenha
significado para elas. Isso nos lembra de que um método de partilhar o evangelho que funciona na América do
Norte, por exemplo, talvez não seja apropriado para a China, e vice-versa.
Ellen G. White declarou: “O povo de cada país tem suas peculiaridades distintas, e é necessário que as pessoas
sejam sábias para se adaptarem às ideias peculiares do povo, e de tal maneira introduzir a verdade que lhes
possa fazer bem” (Testemunhos para Ministros, p. 213).
Aplicação prática
Jesus desafiou Seus ouvintes quando Se concentrou nos “camelos” da fé e relegou os “mosquitos” a uma
posição inferior. Essa é também uma parte essencial da contextualização: identificar princípios eternos que
possam ser aplicados ao contexto cultural, não importando qual seja ele. Pergunte aos membros da classe:
“Você já se sentiu confuso entre o que é vital para sua fé e o que é motivado pela cultura?” Peça, àqueles que
quiserem, que falem de sua experiência. De que forma eles resolveram a questão e chegaram a uma
compreensão mais profunda sobre o que a obediência a Deus requer?
Perguntas para reflexão
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1. Os educadores têm discutido se os professores devem adaptar seus esforços em sala de aula ao estudante
(dedicando atenção às necessidades individuais e aos estilos de aprendizado) ou se devem se concentrar no
currículo (dedicando atenção principalmente ao conteúdo do que o estudante precisa aprender). Será que não
existe uma analogia espiritual aqui? Como encontrar equilíbrio entre a adaptação de nosso método missionário
ao “estudante” (sendo sensíveis ao contexto cultural e à compreensão deles) e o ensino do “currículo” (as
verdades bíblicas)?
2. Ao tentar contextualizar nosso método missionário, como tornar a mensagem compreensível e significativa,
mas sem cair na armadilha do sincretismo, isto é, sem permitir que a mensagem fique tão mergulhada nas
crenças e práticas do público ouvinte a ponto de perder o significado?
Criatividade e atividades práticas
Para o professor: Don e Caroline Richardson, missionários enviados ao povo Sawi, de Irian Jaya (Papua)
descobriram que simplesmente “pregar Jesus” como fariam na América não iria funcionar. Eles descobriram
que os Sawi consideravam a traição uma virtude. Portanto, na história de Jesus, Judas emergia como o herói
(Don Richardson, Peace Child [O Filho da paz]. Ventura, Califórnia: Regal Books, 4a edição, 2005).
Aparentemente frustrados, os Richardson descobriram finalmente que os Sawi conseguiam a paz entre duas
tribos fazendo com que um pai, em cada uma das aldeias em luta, desse para seus inimigos um de seus filhos
como filho da paz. Imediatamente viram a oportunidade de contar a história do evangelho em termos que as
pessoas podiam entender: Jesus, o Filho da paz, dado pelo amoroso Pai. Os missionários contextualizaram a
mensagem sem comprometê-la, e finalmente conseguiram transmitir o significado do sacrifício de Jesus. Na
atividade seguinte, analise o processo de contextualização com a classe.
Atividade
Recapitule com os alunos algumas das parábolas que Jesus contou. Oriente-os a observar a maneira pela qual
Ele adaptava Suas histórias de acordo com o público específico. Por exemplo, quando falava para fazendeiros,
contava histórias sobre trigo, animais e semeadura. Aos pescadores, contava histórias sobre peixes e redes.
Convide a classe a considerar o tipo de parábola que Jesus contaria hoje. Se você tiver acesso a um quadro
para escrever, faça uma lista de diferentes públicos, como os seguintes (sinta-se livre para adaptar à sua
região):
1. Encanadores
2. Professores
3. Programadores de computador
4. Contadores
5. Médicos
6. Carpinteiros
7. Atletas
Peça à classe que analise o tipo de parábola que Jesus contaria a cada um desses públicos para associar as
verdades espirituais à vida deles.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?
É proibida a reprodução, total ou parcial, do conteúdo sem prévia autorização da Casa Publicadora Brasileira.
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Missões transculturais_Liç_Orig_832015 + textos

  • 1. Lições Adultos Missionários Lição 8 - Missões transculturais 15 a 22 de agosto ❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: Jr 17–19 VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis aqui o Meu Servo, que escolhi, o Meu amado, em quem a Minha alma Se compraz. Farei repousar sobre Ele o Meu Espírito, e Ele anunciará juízo aos gentios”. Mt 12:18. Leituras da Semana: Jo 4:4-30; Mt 8:5-13; Mc 5:1-20; Mt 15:21-28; Lc 17:11-19; Jo 12:20-32 É interessante que Jesus tenha passado tanto tempo de Seus primeiros anos na Galileia, que era conhecida como a Galileia dos gentios (Mt 4:15), sem dúvida devido à influência não judaica na província. Nessa região, em Nazaré, Jesus passou a maior parte dos anos que precederam Seu ministério. Graças à sua localização, Nazaré ficava próxima às principais rotas usadas pelas unidades do exército romano, bem como pelas caravanas de mercadores. Consequentemente, Jesus deve ter tido contato com não judeus durante os primeiros anos de Sua vida (sem mencionar o tempo que Ele passou no Egito). Depois de ter sido rejeitado em Nazaré (Lc 4:16-31), Jesus centralizou Seu ministério em Cafarnaum, cidade galileia cosmopolita. Esses contatos com os gentios e com seu mundo impactaram significativamente Seu ministério e ensino. Embora Ele Se concentrasse em Israel, Sua preocupação era o mundo. Durante os mais de três anos de Seu ministério, entre o batismo e a ascensão, em pelo menos seis ocasiões Jesus teve contato direto com pessoas de outras nações. Nesta semana, examinaremos esses contatos nos relatos dos evangelhos. Desenvolva o hábito de realizar o culto diário em seu lar. Ajude sua família a viver uma maravilhosa experiência com Deus! ❉ Domingo - A mulher samaritana Ano Bíblico: Jr 20–23 No tempo de Jesus, o antigo Israel estava dividido em três províncias: Galileia, Samaria e Judeia. Samaria estava situada entre a Galileia e a Judeia. Os samaritanos adoravam o Deus de Israel, mas também adoravam deuses importados de terras pagãs. Como campo missionário inicial, Samaria era ideal para os apóstolos porque ficava geograficamente próxima de Israel. ● 1. Leia João 4:4-30. O que podemos aprender dessa história sobre a forma pela qual Jesus testemunhava aos não judeus? De que maneira Jesus ultrapassou os limites da tradição para alcançar essa mulher? Jo 4:4-30, (JFA-RC); 4 E era-lhe necessário passar por Samaria. 5 Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. 6 E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 2. pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta. 7 Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. 8 Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. 9 Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana ( porque os judeus não se comunicam com os samaritanos )? 10 Jesus respondeu e disse- lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. 11 Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? 12 És tu maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? 13 Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, 14 mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna. 15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la. 16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá. 17 A mulher respondeu e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido, 18 porque tiveste cinco maridos e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. 19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. 20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. 21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22 Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. 23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. 24 Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. 25 A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias ( que se chama o Cristo ) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. 26 Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. 27 E nisso vieram os seus discípulos e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela? 28 Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: 29 Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo? 30 Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele. A mulher samaritana era cautelosa, estava bem informada sobre a história de seu povo e fazia perguntas inteligentes. Ela conduziu a conversa com suas perguntas. Jesus, contudo, escolheu, dentre as perguntas e as declarações que ela fez, as coisas que a beneficiariam espiritualmente. O único ponto em que Jesus mudou a conversa foi quando disse a ela que trouxesse seu marido, sabendo que ela não era casada, mas havia tido vários maridos. Naturalmente, pedir-lhe que fizesse isso abriu caminho para que Ele a alcançasse, por mais desconfortável que ela tivesse se sentido. Contudo, ao agir dessa forma, Ele conseguiu testemunhar para ela de maneira poderosa. Além disso, não devemos passar por alto o que aconteceu em João 4:27. Os discípulos ficaram surpresos porque Jesus estava falando com uma estrangeira. Ele transgrediu alguns dos costumes judaicos: primeiro, pedindo a uma mulher samaritana que Lhe desse água; segundo, ficando sozinho com ela. Em Israel um homem não podia ser visto sozinho com uma mulher, a menos que ela fosse membro de sua família. Jesus seguia os costumes judaicos quando estava em Israel. No entanto, em Samaria Ele estava fora do território judeu, e não Se prendeu às tradições judaicas, embora, como vemos em outra parte, Jesus fizesse distinção entre as tradições criadas pelo homem e as ordens e preceitos de Deus. Você está disposto a sair de sua “zona de conforto” para ministrar a outros? Até que ponto você deve ir para cumprir essa missão? ❉ Segunda - O oficial do exército romano Ano Bíblico: Jr 24–26 ● 2. Leia Mateus 8:5-13 e Lucas 7:1-10. O que essa história ensina sobre o fato de que até mesmo os maiores pontos de divisão cultural podem ser superados pelo evangelho? Mt 8:5-13, (JFA-RC); 5 E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe 6 e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico e violentamente atormentado. 7 E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde. 8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará, 9 pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz. 10 E maravilhou-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 3. nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. 11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus; 12 E os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. 13 Então, disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E, naquela mesma hora, o seu criado sarou. Lc 7:1-10, (JFA-RC); 1 E, depois de concluir todos esses discursos perante o povo, entrou em Cafarnaum. 2 E o servo de um certo centurião, a quem este muito estimava, estava doente e moribundo. 3 E, quando ouviu falar de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo. 4 E, chegando eles junto de Jesus, rogaram-lhe muito, dizendo: É digno de que lhe concedas isso. 5 Porque ama a nossa nação e ele mesmo nos edificou a sinagoga. 6 E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; 7 e, por isso, nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará. 8 Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: vai; e ele vai; e a outro: vem; e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz. 9 E, ouvindo isso, Jesus maravilhou-se dele e, voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé. 10 E, voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo enfermo. Em Cafarnaum um oficial romano da categoria dos centuriões (comandantes de 100 homens) procurou Jesus. Os judeus tinham ódio do exército romano, e muitos romanos odiavam os judeus. Apesar dessa grande divisão cultural e política, podemos ver aqui a estreita relação entre os romanos e os judeus. Lucas escreveu que o centurião foi até os “anciãos dos judeus” (Lc 7:3) para pedir que eles trouxessem Jesus para curar seu servo. É fascinante que eles fizeram exatamente isso, pedindo a Jesus que fosse curar o servo do homem. Quem eram esses anciãos? Os versos não dizem, mas parece que eles tinham um relacionamento diferente com Jesus em comparação com alguns outros líderes judeus. Entretanto, o centurião era, obviamente, um homem de fé. As palavras que ele disse a Jesus: “Apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado” (Mt 8:8) foram um admirável testemunho de sua fé nEle. O centurião “não esperou para ver se os próprios judeus receberiam Aquele que dizia ser seu Messias. Ao brilhar sobre ele ‘a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo’ (Jo 1:9, ARC), havia, embora à distância, discernido a glória do Filho de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 317). O centurião entendia e respeitava os pontos delicados da religião judaica. Ele sabia que, segundo a lei, não era permitido que um judeu entrasse na casa de um pagão; portanto, pediu que Jesus atuasse de longe. O servo foi curado. A fé do centurião pagão foi recompensada. Jesus mostrou que a experiência do centurião era um modelo do que ocorrerá no grande dia em que pessoas do mundo todo se unirão aos patriarcas judeus no banquete messiânico. Além das outras lições tiradas dessa cura, vemos que grandes pontos de divisão cultural não conseguiram manter a separação entre os judeus e esse romano. Que lições podemos obter quanto à necessidade de superar todas as diferenças culturais, mantendo a consciência limpa, a fim de alcançar outros? ❉ Terça - Lidando com demônios Ano Bíblico: Jr 27–29 ● 3. Leia Marcos 5:1-20 e Mateus 15:21-28. De que maneira Jesus Se relacionava com os não judeus? Qual é o significado das Suas palavras à mulher cananeia? Que lições os discípulos deviam aprender, vendo Jesus ministrar àqueles que não faziam parte do povo da aliança? Mc 5:1-20, (JFA-RC); 1 E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos. 2 E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, 3 o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender. 4 Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar. 5 E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras. 6 E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. 7 E, clamando com grande voz, Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 4. disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. 8 ( Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo. ) 9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província. 11 E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. 12 E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. 13 E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar ( eram quase dois mil ) e afogou-se no mar. 14 E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. 15 E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram. 16 E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca dos porcos. 17 E começaram a rogar-lhe que saísse do seu território. 18 E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. 19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti. 20 E ele foi e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam. Mt 15:21-28, (JFA-RC); 21 E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom. 22 E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada. 23 Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. 24 E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Então, chegou ela e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me. 26 Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. 27 E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. 28 Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã. A região dos gadarenos ficava na praia oriental do Mar da Galileia. Era uma área que antes havia sido dominada pela Grécia, mas que tinha se tornado parte da província romana da Judeia. O homem de Gadara estava obviamente possuído, e sua possessão se manifestava de forma horrível. Ele precisava verdadeiramente da ajuda divina, e a obteve. O fato de que essa libertação tenha ocorrido em território pagão é confirmado pela presença dos porcos. É interessante notar a reação à perda econômica quando os porcos se afogaram; o povo da cidade pediu a Jesus que saísse de seu território. Jesus, por Sua vez, pediu ao homem curado que ficasse. Ele devia testemunhar ao seu povo sobre Jesus; sem dúvida, sua vida transformada, ainda mais que suas palavras, seriam um poderoso testemunho. No incidente seguinte, a criança sidônia estava “endemoninhada e [...] sofrendo muito” (Mt 15:22, NVI). Sua mãe, que era cananeia, ilustrava a mistura cultural que havia naquela região. Seus ancestrais cananeus haviam sido desalojados de sua terra quando Israel a herdou, sob a liderança de Josué. Nesse episódio, novamente, vemos Jesus interagindo com aqueles que não pertenciam a Israel. Ao falar com ela, Jesus usou uma linguagem um tanto áspera, comparando o povo dela a cães, mas isso provou a fé da mulher e mostrou sua humilde disposição de obter a ajuda de que necessitava. “O Salvador ficou satisfeito. Provou-lhe a fé nEle. Por Seu trato com ela, mostrou que aquela que era tida como rejeitada de Israel, não mais era estranha, mas uma filha na família de Deus. Como filha, teve o privilégio de partilhar das dádivas do Pai. Cristo assegurou-lhe então o que pediu, e concluiu a lição dada aos discípulos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 401). A lição foi que, contrariamente ao que os judeus pensavam, a obra do evangelho não se destinava apenas a eles, mas devia ir também a outras nações. ❉ Quarta - Dez leprosos Ano Bíblico: Is 49–51 ● 4. Leia Lucas 17:11-19. Que lições há nesse relato, independentemente de nossa nacionalidade ou origem? Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 5. Lc 17:11-19, (JFA-RC); 11 E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia; 12 e, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe. 13 E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós! 14 E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. 15 E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz. 16 E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. 17 E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? 18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? 19 E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou. Note, primeiro, que todos aqueles homens conheciam Jesus. Chamaram-No tanto pelo nome quanto pelo título, suplicando Sua intervenção. O que é igualmente fascinante é que eles não foram purificados ali, naquele momento. Simplesmente lhes foi dito que fossem se apresentar aos sacerdotes, como é especificado em Levítico 14:2. O fato de que eles simplesmente se viraram e foram mostra que creram em Jesus e em Seu poder para curá-los. Porém, somente o samaritano expressou apreciação pelo que Jesus havia feito. Os outros nove não se esqueceram de ir aos sacerdotes, mas negligenciaram a gratidão para com Aquele que os havia curado. O samaritano, segundo o texto, voltou antes mesmo de chegar aos sacerdotes. Embora o texto não diga que os outros nove fossem judeus, o local torna isso muito provável; além disso, o fato de que Lucas mencionou especificamente que ele era um samaritano e que Jesus Se referiu a ele como “este estrangeiro” (Lc 17:18), torna provável que os outros nove fossem, de fato, judeus. Embora os judeus normalmente não se associassem com os samaritanos, a doença deles transcendeu essas barreiras. O infortúnio e a tragédia em comum, o que Albert Schweitzer denominou de “a comunhão do sofrimento”, havia derrubado uma divisão étnica. Sua necessidade comum de purificação, cura e salvação os havia aproximado coletivamente de Jesus. Contudo, os samaritanos e outros estrangeiros não eram o alvo imediato do ministério de Jesus: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15:24). Primeiro Ele planejava estabelecer uma base missionária forte entre os judeus. Ao longo de todo o Seu ministério, porém, deu evidências a Seus seguidores de que o evangelho devia ir ao mundo todo. Embora esse ponto tenha se tornado claro somente após Sua ressurreição, mesmo antes disso Jesus fez coisas que deviam abrir a mente dos discípulos para a ideia de que a missão mundial se tornaria a principal tarefa deles. Embora todos esses homens tivessem mostrado fé, somente um deles voltou e agradeceu ao Senhor pelo que havia recebido. Por que o louvor e a ação de graças são tão importantes para a fé? Quais são as coisas pelas quais você deve ser grato? Você seria mais feliz se as conservasse sempre em mente? Existe maneira melhor de fazer isso do que agradecer a Deus por tudo que Ele faz em sua vida a cada momento? ❉ Quinta - Os gregos e Jesus Ano Bíblico: Jr 33–35 ● 5. “Ora, entre os que subiram para adorar durante a festa, havia alguns gregos; estes, pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram a Jesus. Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem” (Jo 12:20-23). Como esse incidente nos ajuda a compreender o sincero clamor das pessoas, em toda parte, por salvação, esperança e respostas que só podem ser encontradas em Jesus? Esses gregos eram provavelmente conversos ao judaísmo, uma vez que lhes foi permitido entrar na área do templo, pelo menos até ao pátio dos gentios. Comentaristas têm notado que os gregos foram até Filipe, que, embora judeu, tinha nome grego, o que talvez os tivesse atraído a ele. Assim, embora uma obra cristã pioneira possa ser realizada por missionários estrangeiros que tenham sensibilidade cultural e uma solidária compreensão das pessoas que desejam ganhar para Cristo, o trabalho inicial mais eficaz é feito por pessoas que têm a mesma cultura ou experiência das pessoas a serem alcançadas. Os gregos vieram somente alguns dias antes da crucifixão de Jesus. Sem dúvida ficaram impressionados com Suas palavras sobre Seu sofrimento, morte e vitória final. Além disso, a voz do Céu lhes deu o que pensar. Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 6. Jesus teria sido encorajado pelo desejo deles de vê-Lo. A chegada deles assinalou o início da evangelização mundial. Ela foi predita até pelos fariseus, que exclamaram: “Eis aí vai o mundo após Ele” (Jo 12:19). O que vemos nessa narrativa são homens de fora do judaísmo que desejavam ir a Jesus. Que sinal de que o mundo estava pronto para Sua morte expiatória! Esses gregos, representando as nações, tribos e povos do mundo, estavam sendo atraídos para Ele. Em breve a cruz do Salvador atrairia a Ele as pessoas de todas as terras e de todas as épocas subsequentes (v. 32). Os discípulos encontrariam o mundo pronto para receber o evangelho. Leia João 12:20-32. O que Jesus estava querendo dizer ao falar sobre perder a vida para preservá-la? Dentro do contexto imediato da passagem, por que Ele disse isso? Você já experimentou isso? Jo 12:20-32, (JFA-RC); 20 Ora, havia alguns gregos entre os que tinham subido a adorar no dia da festa. 21 Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus. 22 Filipe foi dizê-lo a André, e, então, André e Filipe o disseram a Jesus. 23 E Jesus lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado. 24 Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. 25 Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem, neste mundo, aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna. 26 Se alguém me serve, siga-me; e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará. 27 Agora, a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isso vim a esta hora. 28 Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado e outra vez o glorificarei. 29 Ora, a multidão que ali estava e que a tinha ouvido dizia que havia sido um trovão. Outros diziam: Um anjo lhe falou. 30 Respondeu Jesus e disse: Não veio esta voz por amor de mim, mas por amor de vós. 31 Agora, é o juízo deste mundo; agora, será expulso o príncipe deste mundo. 32 E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. ❉ Sexta - Estudo adicional Ano Bíblico: Jr 36–38 “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 8:11, 12). Embora essas palavras tenham sido ditas num contexto específico, em referência a pessoas específicas, não devemos perder de vista o princípio. Aqueles que receberam grandes privilégios, grandes vantagens em termos de verdades espirituais e teológicas, precisam tomar cuidado. É fácil desenvolver a satisfação própria em relação a verdades que nos foram dadas, verdades que, em alguns casos, ninguém mais está pregando e ensinando. Primeiro, precisamos nos certificar de que permanecemos fundamentados nessas verdades; então, em segundo lugar, precisamos estar dispostos a ensiná-las àqueles que não as conhecem. Perguntas para reflexão 1. A cruz nos mostra a universalidade dos seres humanos. Diante de Deus somos todos pecadores e precisamos da graça para salvação. Contudo, muitos grupos, ao longo da História, se consideraram superiores. Isso ocorre com você e com seu grupo étnico, social, financeiro ou cultural? De que forma você abriga um senso de superioridade em relação a outros diferentes de você? O que está errado com essa atitude, e como você pode aprender, ao pé da cruz, a mudá-la? 2. A mulher junto ao poço voltou e testemunhou ao seu povo sobre Jesus. O que isso nos ensina sobre as missões e a importância de usar as pessoas de uma determinada cultura para alcançar seu povo? 3. Os gregos desejavam ver Jesus. Sem dúvida ouviram falar dEle ou testemunharam algumas das coisas que Ele havia feito. Jesus, é claro, está no Céu agora, e a igreja, Seu povo, O representa na Terra. O que isso significa para nós em termos de estilo de vida e do testemunho que damos? Respostas sugestivas: 1. Jesus não tinha preconceitos nem Se restringia a tradições. Ele ultrapassou os limites da tradição ao iniciar um diálogo com uma pessoa do sexo oposto, algo que não estava de acordo com os Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 7. costumes sociais judaicos. 2. Um romano, julgando-se indigno, pediu a intercessão de alguns judeus para que seu pedido fosse levado até Jesus e, em resultado, veio a experimentar o poder de Cristo. Os judeus ajudaram um romano, membro de um povo inimigo, a receber Cristo, porque a divisão cultural foi superada. 3. Embora tivesse Seu ministério centralizado nos judeus, Jesus não deixou de atender aos pedidos e às necessidades dos não judeus, nem os deixou sem testemunho. As palavras de Jesus tinham o objetivo de provar a fé da mulher e dar uma lição aos discípulos, pois eles consideravam os gentios como cães. Os discípulos deviam aprender a lição de que o evangelho também precisava ser levado aos pagãos. 4. Em primeiro lugar, entre os leprosos havia judeus e não judeus, e todos foram a Cristo, pois tinham uma necessidade comum de cura; em segundo lugar, Jesus não fez distinção, mas curou todos. Todos precisam de Jesus, e Ele deseja salvar e curar todos, sem distinção. Portanto, a missão do evangelho é mundial. 5. Pessoas de outras nações desejavam conhecer Jesus, e pediram aos discípulos que os levassem a Ele. Da mesma forma, há muitos hoje em dia que anseiam encontrá-Lo. Auxiliar - Resumo Texto-chave: Mateus 21:42, 43 O aluno deverá: Conhecer: Os princípios bíblicos fundamentais que devem guiar a missão transcultural. Sentir: Compaixão pelas pessoas de outras culturas que não ouviram as boas-novas sobre Jesus. Fazer: Encontrar maneiras de apoiar a missão transcultural por meio da oração, ajuda financeira e, onde for possível, envolvimento pessoal. Esboço I. Conhecer: Como alcançar todas as culturas A. Embora Jesus tenha passado a maior parte de Seu tempo trabalhando em Israel, em várias ocasiões Ele Se aventurou em território não judaico e ministrou aos gentios. Que princípios do ministério transcultural você descobre na maneira pela qual Jesus falou com a mulher samaritana (Jo 4:4-30)? B. É possível compartilhar as boas-novas em outro contexto cultural sem levar a própria bagagem cultural? Quais passos podemos dar para que o evangelho seja expresso de uma forma que faça sentido para o contexto cultural das pessoas? II. Sentir: Participar da missão com o coração aberto A. Quais sentimentos poderiam tornar alguém relutante em se envolver na missão transcultural? Que princípios bíblicos poderiam ajudar a mudar esses sentimentos? B. Qual é a importância da empatia pelas pessoas numa missão transcultural, e por que não é suficiente apenas comunicar verdades doutrinárias? III. Fazer: A minha parte na missão A. Você não tem que viajar para outros países a fim de encontrar uma cultura diferente. Quais são algumas das culturas diferentes que você encontra em sua vizinhança? B. Que medidas práticas você pode tomar para se envolver na missão transcultural? Resumo: As boas-novas da salvação não foram planejadas para se limitarem apenas ao povo judeu; elas são boas-novas para todas as pessoas. Como seguidores de Cristo, somos convidados a nos unir a Ele em Sua Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 8. missão em favor de todos os povos. Ciclo do Aprendizado Motivação Focalizando as Escrituras: Mateus 8:11 Conceito-chave para o crescimento espiritual: A comissão evangélica é um chamado para que todos os cristãos se envolvam na tarefa de fazer discípulos em todos os grupos de pessoas. A ordem de Jesus para ir não é uma sugestão, mas deve ser um modo de vida para todos os Seus seguidores. Para o professor: O apóstolo João pintou um quadro comovente dos resultados da missão transcultural em Apocalipse 7:9. Analise com a classe a visão transcultural ampla que Deus tem, da qual cada um de nós é convidado a participar. Discussão de abertura “Tudo aquilo que você tem a certeza de que é certo pode ser errado em outro lugar”, diz um personagem do livro de Barbara Kingsolver, The Poisoned Bible [A Bíblia Envenenada], no qual ela descreve uma família batista que era missionária no Congo Belga no fim da década de 1950. Em uma das cenas, Nathan, o pastor missionário, tentou pregar no dialeto local. Ele declarou: “Tata Jesus é bangala!”, querendo dizer: “Jesus é precioso”. O problema é que, na língua kikongo, a entonação tem importância fundamental. Infelizmente, ele não conseguiu dar a entonação correta, e seu sotaque americano mudou o significado de bangala, de “precioso” para “árvore venenosa”. O livro é um impiedoso ataque aos missionários que exportam sua cultura juntamente com o cristianismo. Esse livro é apenas um dos muitos exemplos em que a missão cristã é criticada na cultura popular. Até que ponto palavras como “conversão”, “evangelização” e “missionário” acabaram se tornando desagradáveis para as pessoas do lugar em que você mora? Por que algo tão maravilhoso como falar às pessoas sobre o plano de Deus para a salvação delas pode ser, muitas vezes, tratado com suspeita e hostilidade? Quais são algumas medidas básicas que devemos tomar para nos guardar contra a insensibilidade, quer nossa missão seja num país estrangeiro ou em nossa vizinhança? Compreensão Para o professor: A encarnação de Cristo indica uma mudança radical de foco e de atividade no plano missionário divino. Ao coordenar a lição hoje, tente comunicar estas duas ideias: (1) Cristo veio para confirmar e continuar a missão do Pai, e (2) A vinda de Cristo também colocou esse plano missionário numa era completamente nova. E o que é mais importante: Leve a classe a refletir sobre o fato de que Cristo nos convida a colaborar com Ele em Sua missão. Comentário Bíblico I. Jesus derruba as barreiras culturais (Recapitule com a classe Mateus 8:5-13.) A fé do centurião gentio deixou Jesus admirado, levando-O a dizer: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus” (Mt 8:11). No relato de Lucas sobre essa declaração de Jesus, ele dá ainda mais destaque ao fato de que a salvação se estende em todas as direções: “Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul”, e “há últimos que virão a ser primeiros, e primeiros que serão últimos” (Lc 13:29, 30). Estarão sentados no banquete celestial os gigantes da fé: Abraão, Isaque e Jacó. Como sabemos, Abraão é o pai de muitas nações (Gn 17:4-6), e é apropriado que ele se sente com pessoas de todas as línguas, tribos e povos. Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 9. Ao longo de Seu ministério, Jesus deixou claro que as boas-novas se estendiam a todos os povos, e Ele prefigurava o banquete celestial cada vez que Se assentava para comer com os pecadores. A política de Cristo de franquear a mesa a todos irritou os líderes judeus. Além disso, quando Ele expulsou os cambistas do templo, citou Isaías 56:7: “A Minha casa será chamada casa de oração para todas os povos” (Mc 11:17, NVI), não apenas para os judeus. Embora Deus tenha chamado um povo especial nos tempos do Antigo Testamento, sempre foi Sua intenção que eles levassem Sua Palavra e Seu amor até os confins da Terra. Como Seus seguidores, somos chamados a alcançar Seus filhos e filhas em todas as culturas, tribos, línguas e povos. Na carta aos romanos, o apóstolo Paulo falou sobre sua ideia de que a salvação deve ir às pessoas que vivem em locais não alcançados pela mensagem do evangelho. Para demonstrar a validade dessa ideia, ele retrocedeu cerca de 800 anos e citou Oseias: “Chamarei povo Meu ao que não era Meu povo; e amada, à que não era amada; e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois Meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo” (Rm 9:25, 26). Pense nisto: De que forma essas passagens são um meio de corrigir a arrogância cultural ou espiritual? Os primeiros seguidores de Jesus evidentemente precisavam ter uma visão mais ampla da missão. Mas de que forma nós, hoje, precisamos ser lembrados do fato de que Jesus é o Salvador de todas as pessoas, em toda parte? II. Jesus é para todos (Recapitule com a classe Lucas 4:21-28.) Na sinagoga da cidade onde foi criado, Nazaré, Jesus citou a história da viúva de Sarepta (1Rs 17:7-24) e a história de Naamã (2Rs 5). Ele usou essas histórias para ilustrar como Deus havia encontrado fé fora de Israel, e argumentou que, da mesma forma, Ele não encontraria fé em Sua própria cidade. Isso deixou as pessoas tão iradas que tentaram matá-Lo. Pense nisto: De que forma as palavras de Jesus nessa passagem servem de advertência a nós, adventistas do sétimo dia? Aplicação Para o professor: “Contextualização” é um termo usado pelos missiologistas e é, em grande parte, entendido de maneira incorreta. Quando veem essa palavra, muitas pessoas pensam que ela se refere a fazer concessões e diluir a verdade. Contudo, corretamente entendida, ela é um princípio fundamental e essencial da missão, demonstrado por Jesus, pelo apóstolo Paulo e por outros na Bíblia. Basicamente, significa “vestir” a mensagem de tal forma que ela seja entendida por pessoas de diferentes contextos culturais e que tenha significado para elas. Isso nos lembra de que um método de partilhar o evangelho que funciona na América do Norte, por exemplo, talvez não seja apropriado para a China, e vice-versa. Ellen G. White declarou: “O povo de cada país tem suas peculiaridades distintas, e é necessário que as pessoas sejam sábias para se adaptarem às ideias peculiares do povo, e de tal maneira introduzir a verdade que lhes possa fazer bem” (Testemunhos para Ministros, p. 213). Aplicação prática Jesus desafiou Seus ouvintes quando Se concentrou nos “camelos” da fé e relegou os “mosquitos” a uma posição inferior. Essa é também uma parte essencial da contextualização: identificar princípios eternos que possam ser aplicados ao contexto cultural, não importando qual seja ele. Pergunte aos membros da classe: “Você já se sentiu confuso entre o que é vital para sua fé e o que é motivado pela cultura?” Peça, àqueles que quiserem, que falem de sua experiência. De que forma eles resolveram a questão e chegaram a uma compreensão mais profunda sobre o que a obediência a Deus requer? Perguntas para reflexão Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com
  • 10. 1. Os educadores têm discutido se os professores devem adaptar seus esforços em sala de aula ao estudante (dedicando atenção às necessidades individuais e aos estilos de aprendizado) ou se devem se concentrar no currículo (dedicando atenção principalmente ao conteúdo do que o estudante precisa aprender). Será que não existe uma analogia espiritual aqui? Como encontrar equilíbrio entre a adaptação de nosso método missionário ao “estudante” (sendo sensíveis ao contexto cultural e à compreensão deles) e o ensino do “currículo” (as verdades bíblicas)? 2. Ao tentar contextualizar nosso método missionário, como tornar a mensagem compreensível e significativa, mas sem cair na armadilha do sincretismo, isto é, sem permitir que a mensagem fique tão mergulhada nas crenças e práticas do público ouvinte a ponto de perder o significado? Criatividade e atividades práticas Para o professor: Don e Caroline Richardson, missionários enviados ao povo Sawi, de Irian Jaya (Papua) descobriram que simplesmente “pregar Jesus” como fariam na América não iria funcionar. Eles descobriram que os Sawi consideravam a traição uma virtude. Portanto, na história de Jesus, Judas emergia como o herói (Don Richardson, Peace Child [O Filho da paz]. Ventura, Califórnia: Regal Books, 4a edição, 2005). Aparentemente frustrados, os Richardson descobriram finalmente que os Sawi conseguiam a paz entre duas tribos fazendo com que um pai, em cada uma das aldeias em luta, desse para seus inimigos um de seus filhos como filho da paz. Imediatamente viram a oportunidade de contar a história do evangelho em termos que as pessoas podiam entender: Jesus, o Filho da paz, dado pelo amoroso Pai. Os missionários contextualizaram a mensagem sem comprometê-la, e finalmente conseguiram transmitir o significado do sacrifício de Jesus. Na atividade seguinte, analise o processo de contextualização com a classe. Atividade Recapitule com os alunos algumas das parábolas que Jesus contou. Oriente-os a observar a maneira pela qual Ele adaptava Suas histórias de acordo com o público específico. Por exemplo, quando falava para fazendeiros, contava histórias sobre trigo, animais e semeadura. Aos pescadores, contava histórias sobre peixes e redes. Convide a classe a considerar o tipo de parábola que Jesus contaria hoje. Se você tiver acesso a um quadro para escrever, faça uma lista de diferentes públicos, como os seguintes (sinta-se livre para adaptar à sua região): 1. Encanadores 2. Professores 3. Programadores de computador 4. Contadores 5. Médicos 6. Carpinteiros 7. Atletas Peça à classe que analise o tipo de parábola que Jesus contaria a cada um desses públicos para associar as verdades espirituais à vida deles. Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição? É proibida a reprodução, total ou parcial, do conteúdo sem prévia autorização da Casa Publicadora Brasileira. Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões:Pedidos, Dúvidas, Críticas, Sugestões: Gerson G. Ramos.Gerson G. Ramos. e-mail:e-mail: ramos@advir.comramos@advir.com