Planejamento e dicas para o processo de documentação e controles do seu projeto:
Um guia para ajudar no planejamento e tratamento de toda a documentação para a estruturação de novos empreendedores.
Visão geral dos agentes e caminhos para alavancar o projeto.
2. Documentando o Empreendimento
objetivo
Este documento foi elaborado como base para apresentações em treinamentos e seminários (formato
“pocket”), com o objetivo de apoio e orientação aos novos empreendedores. Está postado no Youtube e
SlideShare para livre consulta e referência aos interessados em empreendedorismo no Brasil e América
Latina.
Estarei à disposição para para suporte e análise na estruturação de novos empreendimentos e, em
parcerias com patrocinadores para projetos de investimentos, ensino, seminários e coaching relacionados
ao tema.
Rio de Janeiro – novembro, 2014
3. Documentando o Empreendimento
objetivo
Independente do porte, área de atuação e o capital investido no projeto, toda a história e cada evento das
empresas devem ser registrados em documentos formais, desde suas ideias mais preliminares da
estruturação do negócio, até os resultados da sua atividade ao longo dos anos de suas atividades.
É o mesmo princípio que mantemos nossas certidões de nascimento, títulos e diplomas escolares,
documentos oficiais (RGs, CTPS, etc), os exames médicos, os documentos de propriedade de nossos bens,
nossas rendas e os famigerados impostos.
Tais registros, serão importantes para ajustes e revisão das metas planejadas, comprovação das premissas
e planejamento aos investidores ou instituições financeiras, além daqueles exigidos pelos órgãos
reguladores e fiscalizadores da atividade mercantil.
Nos próximos slides, estão descritos os documentos mais usuais, sendo alguns opcionais e outros
obrigatórios.
4. Documentando o Empreendimento
introdução:pensandono longoprazo
Em setembro de 2015, o IBGE* divulgou uma pesquisa que apontou o percentual de 47,5%, das empresas
que conseguiram sobreviver, após quatro anos de atividade no país.
A pesquisa tomou como base um grupo de empresas que iniciaram as atividades, entre 2009 a 2013.
Além da alta carga tributária para se manter uma empresa no Brasil e os efeitos iniciais da crise
econômica que contaminou o pais, temos que reconhecer que as empresas que sobreviveram, souberam
superar esses e os outros fatores que interferem no sucesso dos empreendimentos, entre eles:
má gestão financeira
negligência a um planejamento estratégico formal, de longo prazo
desprezo às tendências tecnológicas ou de mercado
conflitos societários, às vezes de gerações sucessoras
falta de preparo empresarial dos empreendedores
Este meu trabalho, visa também auxiliar e chamar atenção dos novos empreendedores de como antecipar
e evitar estes fatores de mortalidade – “gestão de riscos”, desde a fase de planejamento.
*- Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Metodologia das Estatísticas de Empresas, Cadastros e Classificações, Cadastro Central de Empresas 2005-2013.
Artigo relacionado: http://pt.slideshare.net/GilbertoPorto2/pulse-linked-in-ibge-divulga-pesquisa-sobre-a-sobrevivncia-de-empresas-no-brasil
5. Documentando o Empreendimento
sumárioexecutivo
Fase de planejamento
Modelagem do Negócio | Plano de Negócios | Teaser do PN | Termo de Confidencialidade e Não
Competição (NDA)
Memorando de Entendimentos “MoU” | Contrato com Investidores | Acordo de Acionistas
Formalização da empresa
Estruturação fiscal da empresa: MEI, Simples, Lucro Presumido, Lucro Real? | Contrato Social,
CNPJ, Inscrições Estaduais e Municipais | Alvarás e outros registros de funcionamento (Bombeiros,
Anvisa, Conselhos de Classes, etc)
Informes e ferramentas de controles internos
Mapas e planilhas de controles financeiros
Informes contábeis, fiscais e financeiros
Manuais de Procedimentos, Termos de Garantia, Códigos de Conduta, Contratos Operacionais:
vendas, fornecimentos e parcerias, Certificações de Qualidade e credenciamento de fornecimento
Relatórios de performance e os indicadores chaves de produtividade
Acesso ao capital, suporte aos novos empreendedores e o quê será avaliado
6. Documentando o Empreendimento
fase de planejamento
Na fase pré-operacional ou planejamento do empreendimento, a necessidade de formalizar todo o plano
é, principalmente, para que não haja desvio ou esquecimento de detalhes estratégicos e operacionais.
Tal informação, deve ser periodicamente revisada e ajustada, a fim de oferecer a melhor previsibilidade
aos interessados e envolvidos no sucesso do negócio.
Eventualmente, investidores, bancos, parceiros e potenciais sócios, buscarão nos planos de negócios as
argumentações para assegurar-lhes a decisão de entrar ou não no negócio. Usualmente, fazem uma
sabatina muito rigorosa, com inúmeros questionamentos sobre o sucesso do empreendimento:
• E se seu plano financeiro falhar?
• Se um concorrente apresentar um projeto similar?
• Como manter capital de giro suficiente para suportar uma quebra no seu fluxo de recebimentos?
• Como enfrentar falhas ou atrasos de seus fornecedores?
A seguir, comentaremos algumas ferramentas que auxiliarão e orientarão os empreendedores, na
preparação de seus projetos.
7. Documentando o Empreendimento
fase de planejamento
Modelagem do Negócio
Trata-se do documento elaborado para fazer o detalhamento dos ciclos operacionais e de
negócios do projeto. Entre os padrões mais conhecidos estão “BMG Canvas” (Business Model
Generation = modelagem para geração de negócios). Essa ferramenta permite desenvolver e
esboçar modelos de negócio inovadores (novos) ou ajustar existentes.
Plano de Negócios
É um documento que detalha, em linguagem escrita, um negócio que se deseja iniciar ou que já
está em operação. É uma ferramenta que concilia a estratégia com a realidade empresarial, que
deve ser constantemente atualizado para que seja útil na consecução dos objetivos dos
empreendedores e de seus sócios, mas também utilizado para comunicar o conteúdo a
investidores de risco, para analisarem a decisão de aplicar recursos no empreendimento
Teaser do Plano de Negócios
É um resumo, com objetivo de atrair o interesse de investidores, mas sem “abrir” o detalhamento
e conteúdo estratégico.
8. Documentando o Empreendimento
fase de planejamento
Modelagem do Negócio – BMG Canvas
Case Nespresso (tópicos)
• Segmento de Clientes
• Proposta de Valor
• Canais de distribuição
• Relacionamento com Clientes
• Recursos-Chave
• Atividades-Chave
• Parceiros-Chave
• Fontes de Receita
• Estrutura de Custo
9. Documentando o Empreendimento
fase de planejamento
Plano de Negócio (“Business Plan”)
Tópicos:
• Sumário Executivo
• Análise de Mercado
• Plano de Marketing
• Plano Operacional
• Plano Financeiro
NOTA: Em casos de projetos de produtos ou serviços de perfil inovador, é recomendável citar a elaboração de um termo de
confidencialidade, a fim de proteger e limitar a divulgação de suas estratégias e diferenciais de mercado!
10. Documentando o Empreendimento
fase de planejamento
Plano de Negócio (“Business Plan”)
Como montar um plano
de negócio, simples e
prático
Revista PEGN, Ed. Gloobo - José Dornelas
11. Documentando o Empreendimento
fase de planejamento
Teaser do Plano de Negócio
Tópicos:
• Dados cadastrais (razão social, etc), contatos
• Nome do projeto e área de negócios
• Status do plano/ planejamento
• Estudo de mercado realizado
• Plano de desenvolvimento
• Resumo dos investimentos para
implementação e “kick-off” do projeto
• Prazos de implementação
•Previsão de faturamento e resumo das
projeções do fluxo de caixa
12. Documentando o Empreendimento
fase de planejamento
Termo de Confidencialidade e Não Competição (NDA)
É o documento que estabelece importantes medidas jurídicas para que todo o conteúdo de
informações e dados não sejam divulgados ou utilizados, com o intuito de estabelecer concorrência
com a outra parte envolvida.
Contrato com Investidores | Acordo de Acionistas
Estes contratos buscam uma harmonia entre os interesses dos sócios ou investidores temporários,
a fim de estipular as responsabilidades e privilégios (ônus e bônus), não estabelecidos nos
documentos societários oficiais (contrato social, estatutos e regimentos). Neste, compromissos,
prazos, situações especiais e cláusulas relacionadas às bonificações pelos resultados, são definidas
mais detalhadamente.
Costuma-se dizer que funcionam muito bem, especialmente para solucionar embates entre os
sócios, tal como os contratos pré-nupciais (pactos) que são muito adotados por celebridades e
atletas, que buscam estabelecer critérios pouco usuais para a “duração” do matrimônio.
13. Documentando o Empreendimento
formalizaçãoda empresa
A modalidade e estrutura de todos os empreendimentos mercantis, devem ter seu registro e declarações
de sua composição societária e objetivos, estabelecidos em documento oficial e certificado na Junta
Comercial ou Registro Civil.
Tais documentos asseguram aos sócios que o capital da empresa será utilizado conforme os melhores
interesses da sociedade a ser constituída. No âmbito contábil, é uma forma direta para se acompanhar e
fiscalizar o capital investido pelos sócios, que na estrutura de um balanço patrimonial se distingue como
capital subscrito e capital a integralizar.
No momento desta formalização empresarial deverá ser também estabelecido o modelo fiscal, conforme
sua estrutura societária (individual, sociedade uni-profissional, participação de estrangeiros, a estimativa
do lucro auferido, capital limitada ou S/A, etc) e a adequação à estimativa de faturamento anual.
Os registros são nos âmbitos federal, estaduais e municipais, além dos órgãos específicos onde a atividade
se enquadrará.
14. Documentando o Empreendimento
formalizaçãoda empresa – regimetributário
Estruturação fiscal da empresa:
MEI: Microempreendedor individual
É o empresário que atua por conta própria, com estimativa de faturamento máximo
até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular.
Simples: Microempresa optante do sistema Simples Nacional de tributação
É um regime tributário diferenciado, aplicável às microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP),
simplificando o recolhimento de tributos, pela aplicação de percentuais progressivos, sobre uma única base de
cálculo, a receita bruta. Os percentuais de arrecadação são definidos por categoria de atividade e faixa de
faturamento. Aplicado a empresas com faturamento anual até R$ 3.600.000,00.
Regime fiscal pelo Lucro Presumido
Tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da Contribuição Social Sobre o
Lucro Líquido - CSLL das empresas.
Regime fiscal pelo Lucro Real
É próprio lucro tributável, para fins da legislação do imposto de renda, distinto do lucro líquido apurado
contabilmente. É ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal.
15. Documentando o Empreendimento
formalizaçãoda empresa – documentaçãopara-legal
Contrato Social
É o contrato que os sócios assinam e assumem, mediante a formação de uma empresa, seus
objetivos empresariais e a atividade mercantis. Suas cláusulas devem seguir o padrão e termos
estabelecidos pelo Código Civil. Deverão ser registrados na Junta Comercial ou Registro Civil.
Cartão do CNPJ
Significa Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, administrado pela Receita Federal que registra as
informações cadastrais das pessoas jurídicas. É representado pela sua numeração e em forma de
“cartão” (formulário eletrônico)
Inscrição Estadual
Trata-se do registro do contribuinte no cadastro do ICMS, que rege e controla a tributação em
âmbito estadual pela circulação de mercadorias. Se a atividade não envolve a circulação de
mercadorias, considera-se ISENTO.
16. Documentando o Empreendimento
formalizaçãoda empresa – documentaçãopara-legal
Inscrição Municipal
É o número de identificação do contribuinte no Cadastro Tributário Municipal, constante no alvará
de localização do estabelecimento e que está inscrita na prefeitura como prestador de serviços. Se
a atividade não envolver a prestação de serviços, torna-se ISENTO.
Alvarás de funcionamento
O Alvará de Localização e Funcionamento é a licença concedida pelo Município para que uma
determinada atividade seja exercida em local específico.
Registros Acessórios
São as licenças das entidades competentes pela regulamentação, operação e garantias da
atividade empresarial. Entre as principais estão as licenças do Corpo de Bombeiros, Anvisa,
Conselhos de Classes, órgãos ambientais, reguladores civis e militares, além do registro da marca e
propriedade industrial.
17. Documentando o Empreendimento
formalizaçãoda empresa – modelode roteiropara abertura de empresa
Definir composição acionária, endereço da sede, objeto
social (atividade mercantil) e o(s) representante(s) legal
a serem formalizados no Contrato Social;
Com base na estrutura da nova sociedade e atividade,
definir o regime tributário: simples, lucro presumido ou
lucro real;
Busca prévia de nome (razão social) e viabilidade do
endereço da sede;
Delegação de poderes (procuradores que assinam pela
empresa): abertura de firmas em cartório e, se
aplicável, definição de alçadas de autoridades
constituídas;
Abertura da empresa perante a SRF: pedido de inscrição
(DBE, via web) para emissão do CNPJ;
Registro na Junta Comercial ou em Cartório de Registro
Civil, do contrato social da empresa;
Registro Prefeituras (SMF): Inscrição Municipal e Alvará
– atentar se o endereço esta adequado a atividade;
Inscrição Estadual – atenção para atividade, qualificação
e código dos bens a serem comercializados (adequação:
ICMS, Inmetro, INPI, normas ABNT, etc);
Lista de obrigações acessórias aplicáveis à atividade
(contador);
Certificações regulatórias e homologações aplicáveis
(Anvisa, Aneel, Anatel, Procon, registro importador, etc);
Definição das ferramentas de controle e gestão:
planilhas financeiras, ERP, políticas e manuais de
procedimentos internos, código de conduta, declarações
de missão, práticas de inclusão social, responsabilidade
ambiental, programas de descarte eco-sustetável,
pacote de contratos operacionais (termos de garantia,
vendas, fornecimentos e parcerias), certificações de
qualidade, etc.
18. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
Mapas e planilhas de controles financeiros
Informes contábeis e fiscais
Manuais de Procedimentos, Termos de Garantia, Códigos de Conduta, Contratos Operacionais: vendas,
fornecimentos e parcerias, Certificações de Qualidade e Fornecedor Credenciado
Relatórios de performance e os indicadores chaves de produtividade
19. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
Mapas e planilhas de controles financeiros
O principal mecanismo de controle e êxito de todo empreendimento, está na eficiente gestão de seu fluxo
financeiro – ingressos e desembolsos.
Evidentemente, todos os outros departamentos que envolvem a atividade mercantil (compras, gestão de
pessoas, produção, comercial, marketing, etc) são vitais para o sucesso, no entanto, se não houver gestão
eficaz dos recursos, todos os esforços e eficiências não serão suficientes para a perpetuidade do negócio.
Em resumo, independente do setor de atividade ou porte do empreendimento, é crucial manter um
adequado e preciso controle dos fluxos de receitas e despesas, com as devidas referências dos registros das
transações realizadas: data, descrição dos eventos, beneficiário (devedor ou credor) e o valor.
Para haver confiabilidade do controle dos fluxos, os eventos realizados devem retratar a mesma sequencia e
valores do(s) extrato(s) bancário(s) e, a partir do saldo reconciliado, adicionar a estes a lista dos eventos
futuros – as previsões de recebimentos e pagamentos.
Tal controle informará a previsão os fluxos de caixa do negócio, que também será uma importante
ferramenta para avaliação financeira do empreendimento, através de indicadores (FCD, VPL, etc).
20. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
Informes contábeis e fiscais
As transações (atos e fatos) que geram o ciclo econômico dos empreendimentos são a base para a
escrituração contábil e tributária.
Atualmente, com o advento das notas fiscais eletrônicas, os sistemas de Escrituração Contábil Digital (Ecd,
Efd, Ecf, F-cont e e-Social, os “SPEDs”), além do registro das vendas por cartões de crédito, poucas atividades
conseguem “ocultar” sua atuação ao fisco, sendo tal prática uma grande exposição e alto risco para a
continuidade do negócio.
O mercado hoje oferece várias ferramentas integradas de gestão financeira e contábil, de baixo custo,
versões para PME´s, com recursos amigáveis aos sistemas de bancos, emissão de notas fiscais, garantindo
assim um controle eficiente de seu ciclo de negócios, boa gestão do caixa e controle dos resultados.
Os principais controles a serem mantidos para fins contábeis são o livro diário, balancete de verificação,
balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado do exercício.
Sobre os relatórios fiscais, aqueles gerados nos SPEDs contábil, fiscal e social, sendo este último mais
relacionado ao controle de dados da folha de pagamentos (colaboradores e retenções previdenciárias), serão
executados com maior eficiência pelo contador. Todos serão base para a declaração anual de imposto de
renda pessoa jurídica)
21. Assessoria Contábil
O conjunto de obrigações acessórias, registros contábeis, informes tributários e obrigações para-legais que
compõe o chamado “custo Brasil”, nada mais é do que o mecanismo de controle das esferas dos poderes
executivos (federal, estaduais e municipais) para controlar a arrecadação de impostos e a lisura da situação
fiscal das empresas, a fim de prevenir a existência de empresas de fachada (“laranjas”) e a lavagem de
dinheiro que financia o terrorismo e tráfico internacional.
É a partir dessas premissas, que se torna vital a orientação de um contador, independente do porte, regime
tributário, atividade e estrutura do empreendimento.
Constituir uma sociedade mercantil, exige um acompanhamento de sua atividade durante toda sua
existência. Além da arrecadação em dia, há informes e declarações periódicas que, em caso de atraso,
geram penalizações e exposição para uma fiscalização pelos 5 últimos anos de atividade.
Assim, é necessário um bom controle financeiro, dos estoques, de seus custos e principalmente o devido
recolhimento e controle de compensação dos impostos pelo faturamento e encargos sociais da folha de
pagamento.
Negligenciar a orientação ou simplesmente deixar de lado as obrigações tributárias, pode gerar sérias dores
de cabeça ao empreendedor.
Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentas- Contabilidade e obrigaçõesfiscais
22. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
Informes contábeis e fiscais – ilustração do ciclo de eventos e aplicação da tributação
COMPRAS ou
CONTRATAÇÃO DE
SERVICOS – NF DE
ENTRADA
Créditos fiscais |
retenções | registro
de entradas
PROCESSAMENTO,
BENEFICIAMENTO,
FOLHA DE SALÁRIOS
CMV: formação dos
custos das
mercadorias ou
serviços prestados
VENDA – NFe SAÍDA
PRODUTOS OU
SERVIÇOS
Impostos diretos e
indiretos a partir do
faturamento
23. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
ERP´s – novas e úteis ferramentas de gestão financeira de fácil utilização, “low cost” e alguns, com a
licença de uso 100% grátis (freeware)!
24. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
Manuais de Procedimentos, Termos de Garantia, Códigos de Conduta, Contratos Operacionais: vendas,
fornecimentos e parcerias, Certificações de Qualidade e Fornecedor Credenciado
Ainda que se tratem de registros opcionais, são mecanismos de grande apoio à gestão e credibilidade dos
controles internos de qualquer empreendimento.
Manuais de Procedimentos – trata-se da descrição de todas as rotinas operacionais e administrativas,
preferencialmente detalhando os processos de execução, revisão e aprovação das transações realizadas.
Termos de Garantia – são notoriamente conhecidos por oferecer aos clientes uma segurança formal sobre
a credibilidade que a empresa certifica aos seus produtos e serviços.
Códigos de Conduta – atualmente, são importantes documentos que conferem a garantia de que a
empresa, seus colaboradores e fornecedores não compactuam com práticas não éticas ou ilícitas.
Contratos Operacionais: vendas, fornecimentos e parcerias – documentos que formalizam as regras
(direitos e deveres) das partes que estabelecem em suas relações comercias. Novamente, trata-se de uma
postura que trás grande credibilidade e segurança do empreendedor.
25. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
Certificações de Qualidade – são certificados emitidos por instituições de referência (ISO, InMetro, etc),
atestando que as etapas dos processos de elaboração ou que os produtos e serviços oferecidos seguem
procedimentos, quesitos dos melhores padrões de qualidade, testados, auferidos e de reconhecimento
internacional.
Certificados de Fornecedor – trata-se do certificado emitido por grandes empresas ou grupos setoriais
que exigem o pré-cadastramento para qualificar seus fornecedores. Exemplos: CRCC – Petrobras, portal
Quadrem – Vale e mineradoras, CadFor – empresas do setor de O&G, membros da Onimp, etc.
26. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
Relatórios de performance e os indicadores chaves de produtividade
Tal como um atleta ou nos esportes de desempenho em geral (F-1, por exemplo), a evolução dos resultados
devem que ser mensuradas para fins de otimização de seus recordes.
A forma de avaliar os bons ou maus resultados do empreendimento, é através dos relatórios específicos para
esse fim, além de informações de rápida referência, os chamados indicadores chaves de performance ou
produtividade (sigla KPI).
Os relatórios dispensam o detalhamento contábil, resumindo apenas os indicadores econômico-financeiros:
◦ Operacionais: Giro de Estoques, prazos médios, Imobilização do PL, Endividamento;
◦ Resultados: Índices de Liquidez, Rentabilidade, Retorno do PL , Margens Brutas e Líquidas,
variações nas carteiras de produtos ou clientes, EV/Ebtida, etc.
Já os KPI´s devem ser customizados à atividade, analisando as variáveis dos processos produtivos e dos
resultados de vendas. O ideal é que se torne a referência de meta, assumida e entendida por toda a equipe.
◦ Operacionais: custo por funcionário, produção de barris por dia, produtividade fabril, etc;
◦ Resultados: Vendas por funcionário, por metro quadrado alugado, crescimento, ROI, etc.
27. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
KPI´s (key performance indicators) – indicadores chaves de performance
São as referências qualitativas e quantitativas que dão rápida avaliação de desempenho aos gestores. Para
melhor entendimento, citamos a seguir alguns exemplos mais conhecidos, desses indicadores:
crescimento de carteira de clientes por região;
perdas nos processos de produção;
pontos percentuais no market-share – ex:
indústria de bebidas;
atendimento por hora ou por funcionário –
ex: telemarketing;
taxa de ocupação – ex: hotelaria;
itens por gôndola – ex: supermercados;
vendas por m2 alugado – ex: livraria, lojista de
shopping;
m2 construído por dia – ex: EPCs;
Visualizações (clicks ou “Likes”) por campanha –
ex: redes sociais, e-commerce;
Km rodado vendido – ex: fabricante de pneus;
Pousos e decolagens por dia – ex: aeroportos;
Milhões (faturamento de clientes) por projeto ou
célula de atendimento – ex: consultorias;
Ociosidade (equipamento ou pessoal); apólices
ou contratos aprovados; tempo de entrega;
prevenção de acidentes; faltas; prazo de
contratação (reposição); etc.
28. Documentando o Empreendimento
Informes e ferramentasde controles internos
Conceitos de Responsabilidade Social
O atual ambiente de negócios e o público consumidor, cada vez mais, observa e valoriza empresas que
assumem sua postura em respeito à sociedade, ética dos negócios, além de políticas inclusão social e
responsabilidade sócio-ambiental.
Muitas empresas em complemento à sua missão, visão e valores empresariais, têm formalizado através de
políticas e termos declaratórios, as suas posturas e, eventualmente, publicam, auditando ou certificando
essas ações para dar maior credibilidade. Entre elas:
o Declaração de Inclusão Social
o Política contra trabalho escravo e trabalho infantil
o Políticas de descarte eco-sustentável de Resíduos (reuso, reciclagem ou redução de descartes)
o Políticas de trabalhos voluntários e contribuição comunitária ou assistenciais
o Promoção de projetos em prol de melhorias para a sociedade
o Código de conduta ética
o Adoção de programas de Integridade (vide modelo CGU/Sebrae, campanha Empresa Pró Ética)
29. Documentando o Empreendimento
Acessoao capital
Tendo estruturado todo seu projeto e, devidamente documentado, você estará melhor qualificado para a
captação de investidores ou busca de fontes de recursos para alavancar seu projeto.
Além dos potenciais sócios investidores, existem os projetos e fundos que se interessam e analisam o
potencial de negócios, a partir de alguns aspectos: a capacidade de geração de caixa, visibilidade e
viabilidade (ROI, etc) ou as sinergias com outros projetos, de seus portfólios de investimentos.
A terceira opção são os mecanismos de fomento, muitos ligados a programas de incentivos setoriais, que
oferecem crédito a taxas e prazos mais competitivos que o mercado financeiro: BNDES, AGE-Rio, Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), Finep (inovação), etc.
31. Documentando o Empreendimento
Acessoao capital
E quais os aspectos que são avaliados nos projetos?
A seguir, estão os principais itens a ser avaliados por potenciais investidores e os analistas que examinam a viabilidade e o
potencial de projetos start-ups:
GOVERNANÇA
• A descrição do
empreendimento é
clara?
• É possível identificar
facilmente os pontos
fortes do
empreendimento?
• Há alguma
inconsistência,
divergência ou não
conformidade
identificada?
GESTÃO DE PESSOAS
• O projeto promove a
geração de
empregos?
• O empreendimento
apresenta a
declaração de suas
práticas de inclusão
social?
• Há uma declaração
formal contra
trabalho escravo e
trabalho infantil?
IMPACTO SOCIAL E
COMUNIDADE
• Há evidência que o
projeto manterá
relações comerciais,
preferencialmente
com fornecedores
locais?
• Há algum impacto
evidente aos vizinhos
e comunidade local,
por ex. concorrência
oportunista ou,
incremento às
atividades da região?
MEIO AMBIENTE
• A empresa possui
algum programa de
reciclagem/ reuso/
redução de poluentes
ou descarte
responsável?
• O processo
operacional gera
alguma contribuição
efetiva (créditos
carbono, incentivos
fiscais, etc)?
• Inovação?
MODELO DE
NEGÓCIOS DE
IMPACTO
• A empresa possui um
modelo intencional
de negócios
destinado a resolver
algum problema
social/ambiental?
• A missão da empresa,
assegura a atuação
social ou ambiental
independentemente
do seu segmento?
• O Plano de Negócio e
indicadores de
viabilidade estão
adequados e
alinhados?
DOCUMENTAÇÕES DE
LEGALIDADE
• Contrato Social,
certificado do MEI,
Atas, registrado em
Cartório (Jucerja ou
RCPJ)
• Plano de Negócio
• Cartão do CNPJ ou CEI
• Alvará (provisório/
definitivo)
• Inscrição Municipal
(ISS) e/ou Estadual
(ICMS)
• Nota Fiscal da
Empresa
• Código de Condutas
Éticas
32. Documentando o Empreendimento
Suporteaos novosempreendedores
Existem no mercado varias opções de apoio ao empreendedor, sendo o SEBRAE a principal
referência nos país, especialmente pelo histórico (banco de dados) que detém, de sua assessoria aos
incontáveis empreendimentos que atendeu em todo o território nacional.
Uma rápida navegada nas webpages (regionais) encontram-se orientações, cursos presenciais e
online, estudos de caso e os telefones para contratação de assessoria especializada.
Há também um grande contingente de investidores individuais, mentores, instituições de fomento,
além dos grupos/ fundos de investidores (private equities) locais e internacionais, adequados a cada
porte e setor de atividade dos novos empreendimentos, mas que requerem uma pesquisa
preliminar e a sempre recomendável indicação ou testemunho de fonte confiável, sobre o histórico
de sucesso e os perfis das relações de parceria com os investidos.
Busque nestes parceiros a sinergia e mesmo “brilho nos olhos”, visando o sucesso de seu
empreendimento!