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Livros literarios
Gustavo fernando da silva n*41 1ema
10 bons livros da literatura brasileira
•
Adélia Prado: Bagagem
Aluísio Azevedo: O Cortiço
Álvares de Azevedo: Lira dos Vinte Anos
Noite na Taverna
Antonio Callado: Quarup
Antônio de Alcântara Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda
Ariano Suassuna: Romance d'A Pedra do Reino
Augusto de Campos: Viva Vaia
Augusto dos Anjos: Eu
Autran Dourado: Ópera dos Mortos
Basílio da Gama: O Uraguai
Por que ler literatura
Entendimento: uma boa leitura leva a pessoa ao
entendimento de assuntos distintos. Afinal, o
que é entender senão compreender, perceber.
Como você saberá conversar sobre
determinado tema se não tem percepção ou
se não o compreende?
Adélia prado bagagem
• Em Bagagem, os poemas são distribuídos em quatro
grandes seções. Essas seções se configuram segundo
um variado mapa existencial, que se divide entre as
coordenadas da “poesia”, do “amor” e da “memória”,
além daquela “alfândega”, de sentido mais
escorregadio mas nem por isso menos sugestivo
(pensemos num contraponto com o título do livro). O
cotidiano é, sumariamente descrito, o espaço próprio
das vivências imediatas, recebendo freqüentemente a
carga do trivial, que é a polaridade “terrena” das
ofegantes aspirações ao sublime:
Aluísio azevedo o cortiço
• O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao
enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os
empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir
seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna
e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a
domingo, trabalhando sem descanso.
Em oposição a João Romão, surge a figura de Miranda, o
comerciante bem estabelecido que cria uma disputa
acirrada com o taverneiro por uma braça de terra que
deseja comprar para aumentar seu quintal. Não havendo
consenso, há o rompimento provisório de relações entre os
dois.
Álvares de Azevedo: Lira dos Vinte
Anos Noite na Taverna
• A obra é fruto dos dramas de um adolescente
que se vê entre desejos e frustrações,
vontades e decepções constantes, o que
corporifica as tendências psíquicas de uma
geração já que o Romantismo pode ser
considerado um movimento de adolescência,
isto é, marca-se pela ambigüidade de uma
vida ao mesmo tempo frágil e poderosa.
Antonio Callado: Quarup
• Quando ainda vivia em um mosteiro, Nando
conhece Francisca e seu noivo, Levindo. O
jovem acaba se apaixonando por Francisca e
teme não conseguir mais cumprir seus votos
de castidade quando fosse viver com os índios
do Xingu. Então, uma amiga inglesa de
Nando, Winifred, oferece-se a ele. Após ter
sua primeira relação sexual, Nando está
pronto para seguir seu caminho.
Antônio de Alcântara
Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda
• "Brás, Bexiga e Barra Funda" descreve, em 11 contos (mais
um prefácio), o cotidiano dos imigrantes italianos na capital
paulista durante a década de 1920. Nesses contos, de
narrativa simples, mas subjetiva, o autor destaca os
principais sentimentos dos imigrantes em seu processo de
adaptação à vida no Brasil. Incluem-se, dentre esses
sentimentos, os sonhos das crianças, as relações
familiares, inclusive em contradição com as relações
familiares praticadas pelos paulistanos nativos, a
ambigüidade entre o nascer estrangeiro e o
desenvolvimento do patriotismo na terra nova, os conflitos
amorosos, podendo haver triângulos entre imigrantes e
nativos, e o espírito empreendedor do povo que
chega, pela implantação de seus negócios.
Ariano Suassuna: Romance d'A Pedra
do Reino
• A idade média nunca se acabou no sertão do Brasil. Em
pleno século XIX do fim da monarquia, cangaceiros eram
príncipes vingadores, beatos transmutavam-se em sábios
merlins, prostitutas em misteriosas feiticeiras, sinhazinhas
eram as damas de peitos macios e olhares sonhosos. E os
mancebos, heróis trágicos. No começo da primeira
república, alvorecer do século XX, a têmpera do sertanejo
era forjada nesse fogo passional. Romance d´A Pedra do
Reino é uma obra totalmente passional, dotada de uma
paixão tão fanática, iluminada e beatífica quanto a do
“santo” Antonio Conselheiro de Canudos.
•
Augusto de Campos viva vai
Tome-se um poema como Viva Vaia, de Augusto de Campos. Não
se pode falar simplesmente de uma influência das artes visuais, ou
da transposição de um método pertencente a outro campo
artístico, como quando se fala do influxo do "cubismo" na prosa do
Oswald de Andrade de Memórias Sentimentais de João
Miramar e Serafim Ponte Grande. O que se dá agora é uma outra
coisa: antes que um texto meramente composto sob a influência de
uma determinada escola pictórica abstraía, Viva Vaia é, ele
mesmo, um poema e um objeto plástico. Um texto ótico-verbal.
Um verbal picture. Não se trata mais apenas da assimilação, em
determinado domínio estético (a literatura, o cinema), de um
discurso proveniente de outro domínio estético (música, artes
plásticas) e sim de um objeto sígnico que se projeta entre dois (ou
mais) domínios, ou numa zona de intersecção de códigos.
Augusto dos Anjos: Eu
• A obra se destaca pela visão da vida, numa espécie de
réplica à idealização dos temas praticados
pelo Parnasianismo. Nessa obra, o autor
exprime melancolia, ao mesmo tempo em que desafia os
parnasianos, utilizando palavras não-poéticas
como verme, cuspe,vômito, entre outras. A obra só possuiu
grande vendagem após a morte do poeta. Alguns a
consideram uma obra expressionista, outros vêem nela
características impressionistas, sendo comumente
classificada como pertencente ao pré-
modernismo brasileiro. Ele também foi considerado
romântico por muitos dos seus críticos brasileiros pois sua
poesia parlamentarista não agradou a todos os intelectuais
negligentes da época.
Autran Dourado: Ópera dos Mortos
• O texto explora a psique dos personagens principais: o
coronel João Capistrano Honório Cota, sua filha,
Rosalina, o forasteiro José Feliciano e a criada
Quiquina. Os símbolos abundam no romance: o
sobrado em estilo misto de duas épocas, os relógios
parados, as voçorocas ameaçadoras.
• O relato não é linear, sendo os fatos frequentemente
narrados fora da ordem cronológica. O narrador se
afasta do modelo donarrador onisciente: ele nos revela
ser alguém que teria vivido na época e presenciado
alguns fatos, mas não todos. Por isso, relata algumas
coisas enquanto outras apenas imagina ou supõe.
Basílio da Gama: O Uraguai
• O poema épico trata da expedição mista de portugueses e
espanhóis contra as missões jesuíticas do Rio Grande, para
executar as cláusulas do Tratado de Madrid, em 1756. Tinha
também o intuito de descrever o conflito entre
ordenamento racional da Europa e o primitivismo do índio.
Esse poema é também um marco na literatura brasileira
representando uma quebra com o modelo clássico
do poema épico. O Uraguai é composto por apenas cinco
cantos (ao invés dos dez cantos de Os Lusíadas) e apresenta
1377 versos brancos (sem rima) e nenhuma estrofação.
Outra característica que diferencia O Uraguai dos outros
poemas épicos é o fato de narrar um episódio histórico
muito recente.
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  • 2. 10 bons livros da literatura brasileira • Adélia Prado: Bagagem Aluísio Azevedo: O Cortiço Álvares de Azevedo: Lira dos Vinte Anos Noite na Taverna Antonio Callado: Quarup Antônio de Alcântara Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda Ariano Suassuna: Romance d'A Pedra do Reino Augusto de Campos: Viva Vaia Augusto dos Anjos: Eu Autran Dourado: Ópera dos Mortos Basílio da Gama: O Uraguai
  • 3. Por que ler literatura Entendimento: uma boa leitura leva a pessoa ao entendimento de assuntos distintos. Afinal, o que é entender senão compreender, perceber. Como você saberá conversar sobre determinado tema se não tem percepção ou se não o compreende?
  • 4. Adélia prado bagagem • Em Bagagem, os poemas são distribuídos em quatro grandes seções. Essas seções se configuram segundo um variado mapa existencial, que se divide entre as coordenadas da “poesia”, do “amor” e da “memória”, além daquela “alfândega”, de sentido mais escorregadio mas nem por isso menos sugestivo (pensemos num contraponto com o título do livro). O cotidiano é, sumariamente descrito, o espaço próprio das vivências imediatas, recebendo freqüentemente a carga do trivial, que é a polaridade “terrena” das ofegantes aspirações ao sublime:
  • 5. Aluísio azevedo o cortiço • O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso. Em oposição a João Romão, surge a figura de Miranda, o comerciante bem estabelecido que cria uma disputa acirrada com o taverneiro por uma braça de terra que deseja comprar para aumentar seu quintal. Não havendo consenso, há o rompimento provisório de relações entre os dois.
  • 6. Álvares de Azevedo: Lira dos Vinte Anos Noite na Taverna • A obra é fruto dos dramas de um adolescente que se vê entre desejos e frustrações, vontades e decepções constantes, o que corporifica as tendências psíquicas de uma geração já que o Romantismo pode ser considerado um movimento de adolescência, isto é, marca-se pela ambigüidade de uma vida ao mesmo tempo frágil e poderosa.
  • 7. Antonio Callado: Quarup • Quando ainda vivia em um mosteiro, Nando conhece Francisca e seu noivo, Levindo. O jovem acaba se apaixonando por Francisca e teme não conseguir mais cumprir seus votos de castidade quando fosse viver com os índios do Xingu. Então, uma amiga inglesa de Nando, Winifred, oferece-se a ele. Após ter sua primeira relação sexual, Nando está pronto para seguir seu caminho.
  • 8. Antônio de Alcântara Machado: Brás, Bexiga e Barra Funda • "Brás, Bexiga e Barra Funda" descreve, em 11 contos (mais um prefácio), o cotidiano dos imigrantes italianos na capital paulista durante a década de 1920. Nesses contos, de narrativa simples, mas subjetiva, o autor destaca os principais sentimentos dos imigrantes em seu processo de adaptação à vida no Brasil. Incluem-se, dentre esses sentimentos, os sonhos das crianças, as relações familiares, inclusive em contradição com as relações familiares praticadas pelos paulistanos nativos, a ambigüidade entre o nascer estrangeiro e o desenvolvimento do patriotismo na terra nova, os conflitos amorosos, podendo haver triângulos entre imigrantes e nativos, e o espírito empreendedor do povo que chega, pela implantação de seus negócios.
  • 9. Ariano Suassuna: Romance d'A Pedra do Reino • A idade média nunca se acabou no sertão do Brasil. Em pleno século XIX do fim da monarquia, cangaceiros eram príncipes vingadores, beatos transmutavam-se em sábios merlins, prostitutas em misteriosas feiticeiras, sinhazinhas eram as damas de peitos macios e olhares sonhosos. E os mancebos, heróis trágicos. No começo da primeira república, alvorecer do século XX, a têmpera do sertanejo era forjada nesse fogo passional. Romance d´A Pedra do Reino é uma obra totalmente passional, dotada de uma paixão tão fanática, iluminada e beatífica quanto a do “santo” Antonio Conselheiro de Canudos. •
  • 10. Augusto de Campos viva vai Tome-se um poema como Viva Vaia, de Augusto de Campos. Não se pode falar simplesmente de uma influência das artes visuais, ou da transposição de um método pertencente a outro campo artístico, como quando se fala do influxo do "cubismo" na prosa do Oswald de Andrade de Memórias Sentimentais de João Miramar e Serafim Ponte Grande. O que se dá agora é uma outra coisa: antes que um texto meramente composto sob a influência de uma determinada escola pictórica abstraía, Viva Vaia é, ele mesmo, um poema e um objeto plástico. Um texto ótico-verbal. Um verbal picture. Não se trata mais apenas da assimilação, em determinado domínio estético (a literatura, o cinema), de um discurso proveniente de outro domínio estético (música, artes plásticas) e sim de um objeto sígnico que se projeta entre dois (ou mais) domínios, ou numa zona de intersecção de códigos.
  • 11. Augusto dos Anjos: Eu • A obra se destaca pela visão da vida, numa espécie de réplica à idealização dos temas praticados pelo Parnasianismo. Nessa obra, o autor exprime melancolia, ao mesmo tempo em que desafia os parnasianos, utilizando palavras não-poéticas como verme, cuspe,vômito, entre outras. A obra só possuiu grande vendagem após a morte do poeta. Alguns a consideram uma obra expressionista, outros vêem nela características impressionistas, sendo comumente classificada como pertencente ao pré- modernismo brasileiro. Ele também foi considerado romântico por muitos dos seus críticos brasileiros pois sua poesia parlamentarista não agradou a todos os intelectuais negligentes da época.
  • 12. Autran Dourado: Ópera dos Mortos • O texto explora a psique dos personagens principais: o coronel João Capistrano Honório Cota, sua filha, Rosalina, o forasteiro José Feliciano e a criada Quiquina. Os símbolos abundam no romance: o sobrado em estilo misto de duas épocas, os relógios parados, as voçorocas ameaçadoras. • O relato não é linear, sendo os fatos frequentemente narrados fora da ordem cronológica. O narrador se afasta do modelo donarrador onisciente: ele nos revela ser alguém que teria vivido na época e presenciado alguns fatos, mas não todos. Por isso, relata algumas coisas enquanto outras apenas imagina ou supõe.
  • 13. Basílio da Gama: O Uraguai • O poema épico trata da expedição mista de portugueses e espanhóis contra as missões jesuíticas do Rio Grande, para executar as cláusulas do Tratado de Madrid, em 1756. Tinha também o intuito de descrever o conflito entre ordenamento racional da Europa e o primitivismo do índio. Esse poema é também um marco na literatura brasileira representando uma quebra com o modelo clássico do poema épico. O Uraguai é composto por apenas cinco cantos (ao invés dos dez cantos de Os Lusíadas) e apresenta 1377 versos brancos (sem rima) e nenhuma estrofação. Outra característica que diferencia O Uraguai dos outros poemas épicos é o fato de narrar um episódio histórico muito recente.