2. Meios de Comunicação Social
O termo "meio de comunicação"
refere-se ao instrumento ou à
forma de conteúdo utilizados para
a realização do processo
comunicacional.
Quando referido a comunicação
de massa, pode ser considerado
sinónimo de mass media.
3. Comunicação Social
Comunicação Social é uma designação pleonástica, na mediada em que
toda a comunicação é, por definição, de natureza social.
A sua generalização ficou a dever-se mais à importância tanto do Estado
como das instituições religiosas e humanitárias. Foram sobretudo estas
instituições que consagraram o seu uso, ao darem este nome aos serviços
que criaram com a finalidade de orientar o funcionamento dos media em
favor dos valores que entendem promover e até de promover a censura das
suas mensagens.
4. Mass Media
"Mass media" é uma palavra inglesa que significa intermediário ou suporte
de massas.
Esta expressão formou-se nos anos 50 do século XX para designar os media
industriais (jornais, rádio e televisão) que atingem um público alargado,
diversificado e não individualizável.
Esta designação é habitualmente utilizada, de maneira crítica, para
sublinhar hipotéticos efeitos de uniformização das mensagens, de
modelização e de manipulação do público, encarado como objecto passivo
dos seus produtos culturais.
5. Comunicação de Massas
A expressão Comunicação de Massas é hoje menos utilizada, pelo facto
de as mais recentes transformações tecnológicas e os estudos
entretanto realizados sublinharem, cada vez mais, a natureza activa e e
diversificada dos públicos, assim como a disseminação dos produtos
culturais produzidos e difundidos pelos media.
A lógica da massificação subsiste, na medida em que a diversificação
actual dos produtos culturais e dos públicos representa mais uma
estratégia de captação das audiências do que uma real implementação
de alternativas.
6. Os meios de comunicação social são estruturas ou sistemas organizados que
produzem, difundem e concebem a recepção de informação. Permitem,
essencialmente, o fluxo de comunicação numa perspectiva unívoca, com o
emissor sem capacidade de resposta..
Estes sistemas são geridos, por empresas especializadas na comunicação de
massas e exploradas nos regimes concorrenciais, monopolísticas ou mistos. As
empresas podem ser privadas, públicas ou estatais.
"Os "mass media" são ao mesmo tempo canais de difusão e meios
de expressão que se dirigem não a um indivíduo personalizado mas a um
"público-alvo" definido por características sócio-económicas e culturais, em que
todos os receptores são anónimos." (A. Moles, La Communication et les mass
media, Gérard-Marabout, 1971.)
7. Meios de Comunicação Social
Imprensa
Os meios de comunicação social são
Rádio designados mass media (comunicação
massiva), pois o receptor, sendo colectivo,
perde identidade, integrando-se numa
massa social.
Cinematografia
Televisão
8. Os Mass Media assentam em diferentes suportes ou tipos de transmissão da
informação:
Por difusão
- Scriptovisual (imprensa escrita)
- Audio (rádio)
- Audiovisual (televisão e cinema)
Por edição
-Scripto (livro)
- Audio (disco)
- Scriptovisual (cartaz e poster)
- Audiovisual (documento audio visual)
Os vários meios de expressão social: a imprensa, a televisão, a rádio e o cinema, são
orientados para um público que se pretende o mais abrangente possível, produzindo
um produto específico de mensagens políticas, ideológicas, comerciais, recreativas e
culturais etc.
9. Os meios de comunicação social /mass media /comunicação de massas têm sofrido uma
rápida evolução.
3. A
Internet
2. A
Rádio e a
Televisão
1. A
Imprensa
Internet: propiciou a possibilidade de aceder aos distintos meios de comunicação
através da rede.
Tecnologia digital: possibilitou o aumento de cadeias de rádio e televisão.
Satélites artificiais: permitem-nos conectar com canais de rádio e de televisão de
muitos países, aproximando-nos do mito da “aldeia global”.
10. Estes meios permitem que As principias funções dos
uma vasta população aceda meios de comunicação social
aos seus conteúdos. Funções relacionadas com o
Assim, se contribuiu em funcionamento das sociedades
grande medida, para a democráticas são:
globalização, rompendo
Informar -Vigilância
barreiras de tempo e espaço, Educar - servir como fórum de
fazendo do mundo uma discussão (tribunal da
aldeia global, sem fronteiras.
Entreter opinião pública)
Ajuda-nos
Articular Desenvolver Intervir
Regular acções
iniciativas Comportamentos Formar opinião
adequados
11. J O R N A I S , R E V I S TA S , P E R I Ó D I C O S D I V E R S O S
12. Jornalismo
Actividade informativa que se define por uma expressão nua, directa, impessoal e
não literária, e que tem como principais características
a brevidade
a concisão
e muitas vezes o atractivo do sensacional.
Embora o jornalismo se distinga da literatura, os jornais continuam a incluir
subgéneros literários, como a grande reportagem e a crónica, onde a
personalidade e o estilo de visão e expressão dos autores é visível.
13. O jornalismo apresenta-se como produtor e reprodutor de enunciados através do
discurso noticioso, que utiliza fragmentos da realidade, seja para a transmissão de
cultura, seja para influir ideologicamente na formação de opinião pública.
O jornalismo fala ao mundo, fala do mundo e fala no mundo. E, nesse falar, utiliza-se da
teoria da enunciação e da polifonia na tentativa de apagar as marcas de subjectividade
presentes em quaisquer discursos.
No jornal, os enunciados misturam-se em diferentes contextos: violência e acidentes
com a moda da estação e a nova estrela da novela; os escândalos da política com os dos
astros do futebol; as crises económicas com o gosto cultural popular; a fome com a vida
das elites sociais.
Assim, simbolicamente, o jornal é uma arena onde se confrontam os valores sociais, e
onde cada leitor tem um entender a partir de seu próprio contexto.
14. Os jornais são publicações periódicas, constituídas por uma série de folhas de
papel grandes, dobradas em caderno, onde são impressas notícias, reportagens,
crónicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público.
São um importante meio de informação. Podemos lê-los e relê-los sempre que o
desejarmos.
O jornal foi o primeiro meio de comunicação de massa criado pelo homem:
originário dos documentos informativos dos navegadores do século XVI, esse
meio, originalmente impresso, tomou a forma que tem hoje em 1836, em
França.
15. Os jornais
•Informativos (âmbito •Nacional •Anual (raros)
geral) •Regional •Semestral
•Desportivos •Local •Trimestral
•Económicos •Mensal
•Literários •Semanário
•Culturais •Diário
•e outros mais •Vespertino (sai à tarde)
específicos •Matutino (sai de
manhã)
16. A grande maioria das informações veiculadas por um jornal tem as
seguintes fontes de informação:
Agências noticiosas – empresas que vendem informações para os
jornais, enviando-as por Telex ou e-mail;
Fontes documentais – fichas, dossiers, centros de documentação
existentes no próprio jornal;
Informação recebida – correio dos leitores, agenda, comunicados;
Informação procurada – correspondentes nacionais e estrangeiros.
23. A notícia é um texto do
domínio da comunicação
social, que informa sobre
um acontecimento novo,
actual e de interesse geral
para o público, devendo,
por isso, ter uma
linguagem clara, concisa e
objectiva.
24. Só se considera a entrevista como um género
jornalístico autónomo quando é apresentada
isoladamente ou como parte importante de uma
peça jornalística. Esta afirmação justifica-se pela
presença constante de elementos de entrevista
em notícias e reportagens.
A pergunta é a principal técnica jornalística de
recolha de dados junto de fontes humanas.
25. A entrevista é um diálogo, uma conversa, entre um entrevistador (quem
dirige e faz as perguntas) e um entrevistado (quem responde às questões),
com o objectivo de dar a conhecer melhor as ideias, sentimentos,
experiências, forma de actuar, entre outros, do entrevistado.
A realização de qualquer entrevista obedece a uma preparação prévia, que
passa por:
definição do tema;
selecção dos objectivos da entrevista;
escolha da pessoa a entrevistar;
recolha de documentação e informação sobre o tema e/ou o
entrevistado.
26. Deve ser breve, mas - nome
esclarecedora. - idade
Apresentação Apresentam-se o - actividade
entrevistado, o tema e o -aspecto biográfico mais interessante e oportuno
objectivo da entrevista. - acontecimentos significativos
As perguntas devem:
- ser breves e claras;
É constituído pelas
- ser adequadas e interessantes, de forma a manter o
perguntas e respostas.
público/leitor interessado;
Corpo da Podem ser abordados
- adequar-se ao nível etário e ao nível sociocultural do
entrevista dados pessoais,
entrevistado;
familiares, afectos,
- ter em conta a situação (momento e lugar);
gostos…
- ter sequência entre si, evitando saltar de um assunto para o
outro.
Deve ser breve e incluir um resumo da conversa ou um comentário pessoal do entrevistador.
Conclusão
Pode, ainda, apresentar um parágrafo de despedida ou de agradecimento
Na redacção final da entrevista, é necessário:
• registar com exactidão as respostas do entrevistado;
• evitar repetições desnecessárias;
• utilizar pontuação e ortografia correctas;
• usar uma apresentação gráfica clara e apelativa.
27. Quanto à origem
Entrevistas de rotina - Entrevistas do dia-a-dia.
Entrevistas caracterizadas - Entrevistas de grande importância e destaque num
jornal.
Quanto ao estilo
Entrevistas pergunta / resposta - Entrevistas em que a uma pergunta do
jornalista sucede a resposta do entrevistado, e assim sucessivamente. Este é,
provavelmente, o estilo de entrevista mais comum na actualidade.
Entrevistas em “discurso indirecto” - Entrevistas em que as respostas do
entrevistado são integradas num texto que integra outras informações,
funcionando, portanto, como citações. Este estilo facilita ao jornalista a
interpretação das características pessoais do entrevistado, a valorização das
declarações do mesmo e o relacionamento de fatos com as declarações do
entrevistado no seio da entrevista.
28. Quanto aos entrevistados
Entrevistas individuais - Entrevista a um único entrevistado.
Entrevista de grupo - Entrevista a vários entrevistados.
Quanto aos entrevistadores
Entrevista colectiva - Entrevista de um ou vários entrevistados a um ou vários
entrevistadores. As conferências de imprensa são entrevistas colectivas.
Entrevista pessoal ou exclusiva - Entrevista de um ou vários entrevistados a um
único entrevistador.
Quanto ao tipo
Entrevista de personalidade - Entrevista em que se procura revelar o modo de
ser, o pensamento e a vida de uma pessoa, geralmente de uma figura pública.
Entrevista de declarações - Entrevista em que se procuram obter declarações
de um entrevistado sobre um ou vários temas. É o tipo mais comum de
entrevista. As entrevistas de actualidade são um subtipo das entrevistas de
declarações que se caracteriza pela busca de informações junto de fontes
autorizadas sobre temas de interesse público no momento.
29. Quanto ao tamanho
Entrevista curta - Entrevista de pequena dimensão.
Grande entrevista - Entrevista de grande dimensão, geralmente feita a uma
figura pública.
Entrevista mista - Entrevista que mistura aspectos da entrevista de
personalidade e da entrevista de declarações.
Inquérito - Entrevista em que uma mesma pergunta ou um mesmo
conjunto de perguntas é colocado a vários entrevistados.
Mesa-Redonda - Entrevista que corresponde à transposição das
declarações de vários participantes num debate moderado pelo jornalista.
30. Uma reportagem tem por base
uma notícia de grande impacto,
em que se faz o relato
pormenorizado e aprofundado
de um acontecimento actual.
Este género jornalístico implica a
deslocação do repórter ao local
do sucedido, para anotar o que
vê, ouve e sente. Engloba,
normalmente, a descrição do
ambiente, integrando falas das
personagens ligadas ao assunto.
Não raro, possui manifestações
de subjectividade do emissor,
derivadas da sua interpretação
dos factos, daí que surja sempre
assinada.
31. O principal objectivo de uma reportagem é informar com profundidade e
exaustividade, contando uma história. No meio jornalístico ouve-se
frequentemente a expressão “uma reportagem é uma notícia vista à lupa”.
Mas, neste género, procura-se ainda que o leitor “viva” o acontecimento. Para o
conseguir, a reportagem pode abrigar elementos da entrevista, da notícia, da
crónica, dos artigos de opinião e de análise, etc.
Desta perspectiva, pode considerar-se a reportagem um género jornalístico híbrido,
que vai buscar elementos à observação directa, ao contacto com as fontes e à
respectiva citação, à análise de dados quantitativos, a inquéritos, em suma, a tudo
o que possa contribuir para elucidar o leitor.
As principais características da reportagem são as seguintes:
Predominância da narração;
Humanização do relato;
Texto impressivo;
Factualidade da narrativa.
32. Texto, mais ou menos extenso, do domínio da ciência,
marcado pelo rigor e pela objectividade, e que surge
inserido em publicações periódicas.
Os artigos científicos e técnicos apresentam-se como
textos que desenvolvem um determinado assunto no
âmbito da ciência e/ou da técnica, representando um
avanço do conhecimento na área abordada.
O artigo científico é um meio difusor de
conhecimentos científicos a um determinado público.
Exprime o pensamento pessoal do seu autor, que, por
seu turno, pode apoiar-se em ou fazer alusão a outros
autores que já se debruçaram sobre a mesma matéria.
Como o próprio nome indica, o artigo técnico expande
conhecimentos no domínio da técnica.
33. O seu principal objectivo não é noticiar um
acontecimento ou conjunto de acontecimentos mas
comentar, relacionar os factos com os seus
antecedentes, integrando-os num contexto mais amplo,
interpretando e projectando o seu alcance através da
formulação de hipóteses. Pode ser veículo de
sensibilidades sociais, políticas e culturais, influenciando,
desse modo, a opinião pública.
Os artigos podem ser
• Analíticos definem e descrevem o assunto e têm
em conta a forma e o objectivo que se tem em
vista.
• Classificatórios ordenam aspectos de
determinado assunto e explicam os seus
constituintes.
• Argumentativos enfocam um argumento e
apresentam factos que comprovam ou refutam o
mesmo.
34. O editorial é um género jornalístico argumentativo.
Em princípio, é no editorial que se dá conta do
posicionamento colectivo de um jornal sobre um
determinado assunto problemático da actualidade.
Por isso, um editorial é sempre da responsabilidade da
direcção do órgão jornalístico ou de alguém da sua inteira
confiança.
Geralmente, o editorial é motivado por assuntos tratados
no jornal e é elaborado em conformidade com a linha de
orientação do órgão jornalístico, consubstanciada no
respectivo estatuto editorial.
Aparece em lugar de destaque – normalmente nas
primeiras páginas.
Não é assinado; apenas contém referência ao número da
publicação.
35. Estrutura
TITULO
Exposição dos factos
Opinião sobre os factos
Conclusão final Título
Esquema Piramidal: o clímax Exposição
encontra-se no final do texto. dos factos
Opinião sobre os
factos
Conclusão
(CLÍMAX)
36. Denominam-se artigos as peça de carácter
jornalístico que não se enquadram nos
restantes géneros nem se podem situar na
zona nebulosa das fronteiras que estes
últimos estabelecem entre si.
Normalmente, os artigos possuem uma
natureza interpretativa, explicativa e/ou
persuasiva.
São, portanto, peças assumidamente
subjectivas e pessoais. O articulista pretende,
no entanto, compartilhar a sua visão do
mundo, expressa no artigo, com o leitor.
Por esta razão, o texto não pode ser
elaborado de qualquer maneira, nem o tema
do artigo pode ser escolhido ao acaso.
37. O texto de opinião é um texto
argumentativo, ou seja, é um
texto que expressa uma opinião,
apresentando exemplos, provas
ou argu-mentos para a defender.
Trata de factos de interesse do
público em geral e o seu autor
interpreta-os e avalia-os.
O artigo de opinião distingue-se
da crónica por não ter
regularidade, nem continuidade.
38. • Apresenta a opinião de uma pessoa, de um
redactor ou colaborador do periódico, a respeito
de determinados temas de actualidade.
• Trata temas da actualidade.
•Aparece num lugar destacado do periódico,
preferentemente, nas primeiras páginas. Título
• Aparece a assinatura /identificação do autor,
que se responsabiliza pelo conteúdo do seu texto.
Exposição
dos factos
Opinião sobre os
factos
Conclusão
(CLÍMAX)
39. É a exposição e valoração sobre algum objecto
cultural.
Por exemplo: um livro, uma película, um
concerto, etc.
O seu emissor é um colaborador permanente
do meio e tem autoridade sobre a matéria que
critica.
40. O termo crónica provém da palavra
grega cronos, que significa tempo. Em
conformidade com o sentido
etimológico da palavra, o cronista é
alguém que escreve periodicamente
para um jornal.
Assim sendo, o termo crónica serve
primeiramente para designar as peças
assinadas por um cronista regular de
um jornal ou de uma revista. O cronista
tem um espaço consagrado num
periódico. Num determinado dia, numa
determinada página, o leitor encontra
sempre a crónica do mesmo cronista.
41. O discurso
Texto curto e inteligível (de imediata percepção);
Apresenta marcas de subjectividade – discurso na 1ª e 3ª pessoa;
Pode comportar diversos modos de expressão, isoladamente ou em simultâneo:
narração;
descrição;
contemplação / efusão lírica;
comentários;
reflexão.
A linguagem
Linguagem com duplos sentidos / jogos de palavras / conotações;
Utiliza a ironia;
Registo de língua corrente ou cuidado;
Discurso que vai do oralizante ao literário;
Predominância da função emotiva da linguagem sobre a informativa;
Vocabulário variado e expressivo de acordo com a intenção do autor;
Pontuação expressiva;
Emprego de recursos estilísticos.
42. A temática
Aborda aspectos da vida social e quotidiana;
Transmite os contrastes do mundo em que vivemos;
Apresenta episódios reais ou fictícios.
A crónica pode ser:
política
desportiva
literária
humorística
económica
mundana
etc.
43. • Texto jornalístico de características muito similares
ao artigo de opinião, a única diferencia é que
aparece num lugar fixo dentro da publicação.
•O autor de uma coluna escreve cada dia um artigo
no mesmo jornal /revista, na mesma página e com
uma extensão similar (1 coluna).
• As suas características e estrutura são idênticas às
do artigo de opinião.
44. A coluna diferencia-se de outros tipos de jornalismo por ter as seguintes
características:
É um artigo regular numa publicação;
É normalmente assinado;
Os temas podem ser variados;
Contém explicitamente uma opinião ou ponto de vista do autor;
O autor pode utilizar a primeira pessoal do singular;
O autor pode definir o tom, o ponto de vista, etc. com que pretende dirigir-se
aos seus leitores.
45. As colunas também podem ser divididas em dois tipos principais:
Coluna de autor - geralmente identificadas como o nome ou pseudónimo do
colunista, e podem ser acompanhadas pela fotografia. Baseia-se na ideia de
criar uma certa cumplicidade entre o autor e o leitor, devido à familiaridade e
frequência com que a coluna é publicada.
Coluna temática - este tipo de coluna não está a cargo de um só colunista,
mas sim de vários que dão a sua opinião sobre o mesmo tema. O tema pode
ser variado, como o desporto, notícias internacionais, saúde, etc.
O colunista é um profissional do jornalismo que trabalha escrevendo regularmente para
veículos de comunicação (jornais, revistas, rádio, TV, websites), produzindo textos não
necessariamente noticiosos denominados colunas. O colunista não precisa ser
necessariamente jornalista
46. Os leitores de jornais e revistas têm um espaço
reservado para suas sugestões, críticas, opiniões e
reclamações.
Dessa forma, o leitor tem a oportunidade de participar
da formação da opinião pública, sempre que discordar
de alguma informação, ou quiser, por exemplo, dar
uma sugestão.
É facto que os jornais e as revistas noticiam muitos
factos e da mesma forma que em algumas situações o
leitor concorda com o que foi dito, em outras discorda.
Assim, ele tem espaço para suas manifestações.
Diariamente os jornais e revistas veiculam cartas de
leitores.
47. Nasceu da criação dos esboços realizados durante a
preparação de fescos (frescoes) em Itália, durante os
séculos 14 a 17.
Os pintores desenhavam os esboços, para as equipas de
pintura dos frescos os poderem desenhar na perfeição, e a
esse esboço davam o nome de “cartoni”.
O conceito de cartoon mudou mais tarde, em 1840,
quando o príncipe Alberto lançou uma competição entre
pintores para decorar as paredes das “Houses of Parlament
in London” com frescos.
O resultado foi que alguns deles eram de certo modo
absurdos, tendo em conta que os autores tanto quiseram
dar-lhes um ar de heroísmo que os deixaram cair no
ridículo. Assim o cartoon começou a ser considerado
“pictorial parody”, um desenho humorístico e satírico.
48. Cartoon é uma palavra de origem inglesa que significa literalmente cartão. Era o
suporte onde eram feitos desenhos ingénuos e, por vezes, humorísticos, para
serem inseridos nos jor-nais. Consiste numa anedota gráfica expressa de forma
criativa e por vezes metafórica, mas, ao vincular-se ao espírito do momento,
pode incorporar eventualmente factos e personagens reais.
O cartoon anda sempre associado ao humor, do mais fraterno ao mais agressivo.
A medicina antiga caracterizava o humor como secreções do corpo que
interferiam no comportamento psíquico do Homem.
O objectivo dos cartoons é instalar o riso através do humor e, ao mesmo tempo,
fazer pensar.
No cartoon funciona uma regra de oiro - a economia de meios. Não interessa
acrescentar elementos que podem funcionar como ruídos para a ideia principal.
O cartoon tem como função o passatempo inconsequente, mas pode traduzir
com ironia e inteligência as expectativas do grupo social em relação aos seus
problemas, promovendo a reflexão. Enquanto produção jornalística com
dimensão social, o cartoon pode ter uma função bem determinada: a crítica.
49. A publicidade é uma forma de comunicação que pretende
informar e, sobretudo, persuadir, seduzindo e convencendo,
os destinatários a adoptarem determinado comportamento.
Podemos identificar dois tipos de publicidade:
A publicidade comercial cujo objectivo é persuadir o
destinatário a adquirir determinado produto ou
serviço;
A publicidade institucional, humanitária ou não
comercial cujo objectivo é informar, divulgar ideias
e/ou incitar a realizar acções que dizem respeito ao
bem-estar da comunidade (acções de solidariedade,
informação sobre prevenção de doenças, condução
com prudência, entre outros).
50. SLOGAN
Aventure-se por novos horizontes
TEXTO ARGUMENTATIVO
…e surpreenda-se com a inesperada e misterio-sa beleza
P dos Açores. Nada melhor do que fazer longos passeios a pé
U C para descobrir uma nature-za em estado puro. Mantos verdes
B O cobrem paisa-gens repletas de segredos. Lagoas, caldeiras,
L M piscinas naturais e praias escondidas, jardins exóticos e vales
I E
paradisíacos que são tesouros que lhe vão encher a alma. E
C R
dos inúmeros miradouros naturais que povoam a costa pode
I C
olhar o azul intenso do céu e do mar e, em silêncio, prometer
D I
A a si próprio que vai voltar.
A
D L
E
TEXTO ICÓNICO
(imagem)
N SLOGAN
à Dá que pensar. Não dá?
P
U O
B C
L O TEXTO ARGUMENTATIVO
I M Depois de mais de 30 anos de guerra, a herança em Angola
C E é terrível: 4 MILHÕES DE PESSOAS passam fome e vivem
I R privadas das mais básicas condições para a sobrevivência
D C humana. É por essa razão que a OIKOS declarou guerra a
A I esta situação e conta consigo para a vencer. E é tão fácil,
D A basta beber menos um café hoje, fumar menos um maço de
E L cigarros esta semana ou dispensar uma ida ao cinema este
mês e doar o valor destas “insignificâncias” que quando
convertido em alimentos e medicamentos passam a significar
tudo. Passam a significar uma vida.
51. O fotojornalismo é um género jornalístico que tem
conhecido crescente aceitação nos jornais e revistas.
Como o seu próprio nome indica, consiste na união
entre uma fotografia e um texto. Este funciona como
uma espécie de legenda para a fotografia, mas foto e
o texto beneficiam de uma relação de
complementaridade e interdependência que a
tornam uma unidade autónoma.
Surge também a designação fotolegendas ou
fotonotícias e as legendas de fotografias.
53. Frequentemente, na fotolegenda o texto conota a fotografia, dando-lhe
significados que ela não possuiria por si só. De facto, o texto pode assumir várias
funções numa fotolegenda:
Função de ancoragem, já que contribui para dar à fotografia um
determinado significado;
Função de complemento, já que completa informativamente a foto,
superando os condicionalismos informativos da imagem;
Função de atenção, já que pode chamar a atenção para determinados
pormenores da fotografia, nomeadamente aqueles que podem passar
despercebidos ao leitor.
54.
55.
56.
57.
58.
59. Princípio da sedução - Um texto jornalístico deve ser cativante e agradável. Deve ter
vivacidade e ritmo. A sua leitura deve proporcionar prazer e gratificação.
Princípio do rigor - Um texto jornalístico tem de ser preciso e rigoroso. As palavras
devem escolher-se de acordo com o seu valor semântico. Os acontecimentos e as
relações que estes estabelecem entre si devem ser descritos com exactidão. As
interpretações devem ser feitas partindo dos fatos conhecidos para os
desconhecidos, das partículas elementares para as complexas, sendo obrigatório
mencionar as etapas intermédias do raciocínio.
Princípio da eficácia - Um texto jornalístico deve construir-se de maneira a que o
essencial seja imediatamente apreendido.
Princípio da coordenação - Um texto jornalístico deve ser encadeado, lógico,
conduzido, ordenado. A informação deve ser exposta por etapas, em blocos
articulados e bem definidos. Os elementos intermédios de uma linha de raciocínio
devem ser expostos. Não se pode passar da descrição dos fatos à conclusão
eliminando as referências aos elementos que permitiram atingir essa conclusão.
60. Princípio da selectividade - A informação de um texto jornalístico deve ser
seleccionada. Devem evitar-se as evidências e as irrelevâncias informativas. A
capacidade de seleccionar a informação é, no reino da sobre-informação, uma das
marcas distintivas do bom jornalismo.
Princípio da utilidade - Um texto jornalístico deve ser comunicação útil, ou seja,
deve ter um conteúdo útil e deve apresentar-se de forma a poder ser utilizado. O
consumo e uso da informação devem ser gratificantes.
Princípio do interesse - Não se pode dar apenas informação importante. Há que
dar também informação interessante. E há também que tornar interessante a
informação importante, mesmo aquela que seja árida pela sua própria natureza.
Princípio da hierarquização - Geralmente, a informação jornalística deve ser
hierarquizada. A hierarquização das informações que se pretendem dar ao longo da
peça ajuda a estruturar o texto. As informações hierarquicamente mais importantes
podem abrir a matéria, serem remetidas para o final ou ainda serem posicionadas
estrategicamente ao longo da matéria.
61. O texto jornalístico baseia-se, essencialmente, na descrição, nas citações,
na análise e na opinião.
Com frequência, os jornalistas, movidos pela sua ideologia da
objectividade, procuram separar a informação factual dos comentários
(analíticos ou opinativos). Esta é uma "regra"ainda significativamente viva
na imprensa ocidental.
62. Texto descritivo
O texto descritivo jornalístico descreve alguma coisa. No jornalismo, geralmente usa-se o
texto descritivo para descrever um facto, um acontecimento ou uma ideia, bem como as
suas evoluções. A descrição jornalística serve, essencialmente, para trazer informação ao
domínio público.
Texto analítico
No jornalismo, a enunciação analítica fica a meio caminho entre a descrição e a opinião.
Aliás, nem sempre é fácil destrinçar a análise da opinião, porque, com frequência, ao
analisar o jornalista também opina.
Analisar corresponde a uma dissecação da realidade, ao exame de um acontecimento ou de
uma ideia, parte por parte. A análise serve-se dos factos conhecidos e descritos para
interpretar acontecimentos e ideias, para fazer correlações entre os acontecimentos, para
traçar as suas implicações, para explicar ocorrências, conjunturas e situações.
Se descrever serve para trazer informação ao domínio público, analisar serve para gerar
conhecimento. Fazer análise representa, portanto, fazer um jornalismo mais profundo e
ambicioso do que o jornalismo descritivo, baseado nas declarações das fontes ou na
descrição de fatos. Mas o jornalismo analítico requer jornalistas especializados, com um
sólido domínio das matérias que aborda e um amplo leque de fontes contactáveis.
63. Texto opinativo
Se, na sua essência, a descrição visa tornar pública a informação e se a análise visa gerar
conhecimento, a opinião visa influenciar o público e contribuir para o debate de ideias,
acontecimentos e problemáticas, enriquecendo o fórum público (por vezes transformado
em arena pública). Para se dar uma opinião pertinente é preciso sabedoria. Se a descrição
gera informação pura e se a análise produz conhecimento, a opinião é uma manifestação
de saber.
O texto opinativo é um enunciado jornalístico menos comum do que o texto descritivo e o
texto analítico. Os jornalistas, geralmente, tentam separar a informação (descrição e
análise) da opinião. A opinião fica reservada a especialistas, colunistas e opinantes.
Enunciação mista
A enunciação mista é uma das marcas do jornalismo actual. A descrição e as citações
conjugadas com a análise constituem, provavelmente, o tipo mais comum de enunciação
mista no campo jornalístico. Mas também se encontram exemplos de enunciação mista
em que descrição, citações e opinião se conjugam e até em que estão presentes os vários
tipos de enunciação.
64. Citações
As citações podem ser diretas ou parafraseadas. Consideram-se citações diretas
aquelas em que se reproduz o discurso de uma fonte entre aspas. Consideram-se
paráfrases as citações em que o jornalista usa palavras suas para descrever aquilo que
a fonte disse. Em ambos os casos deve remeter-se claramente a informação para a
fonte citada.
Nas citações diretas pode modificar-se ligeiramente a forma original do discurso,
desde que não se modifique o sentido do mesmo. Faz-se isto para adequar a citação
à forma da notícia e para corrigir problemas gramaticais, nomeadamente problemas
sintáticos decorrentes da enunciação oral.
65.
66. Redes Sociais – Sites que permitem que as pessoas criem páginas pessoais e se
conectem com amigos a fim de compartilhar conteúdo e se comunicar. As
principais delas são: Orkut, MySpace, Facebook, Bebo, Hi5, Sônico;
Blogs – Tipo mais conhecido de mídia social. Trata-se de jornais online
organizados de maneira cronológica reversa, isso é, a informação mais recente
sempre recebe maior destaque.
Wikis – Esses websites permitem que pessoas adicionem conteúdo ou editem as
informações contidas, agindo como um documento comum ou banco de dados. A
mais conhecida delas é a Wikipédia.
Podcasts – Arquivos de áudio e vídeo ficam disponíveis mediante cadastro, um
bom exemplo é o iTunes da Apple.
67. Fóruns – Áreas de discussão online, geralmente sobre tópicos e interesses específicos.
Os fóruns já existiam antes da criação do termo das mídias sociais e são uma poderosa
e popular forma de comunidades online.
Comunidades de Conteúdo – Organizam e compartilham tipos específicos de
conteúdo. As mais populares giram ao redor de fotos (Flickr), agregadores de links
(Delicious) e Vídeos (YouTube)
Microblogging – Mídia social combinada com pequenos blogs, onde pequenos
pedaços de conteúdos são distribuídos online e através de aparelhos celulares. Twitter
é o exemplo mais conhecido deles.
68.
69.
70. Os jornalistas deixam de ser os únicos produtores da notícia para compartilhar
essa actividade com a própria audiência.
Mídias sociais estão trabalhando em paralelo ao Jornalismo e não em
substituição a ele.
A notícia está deixando de ser um produto para se transformar no ponto de
partida de um processo, que começa com os jornalistas, que depois cedem o
papel principal para os leitores.