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             TEXTO, HIPERTEXTO
               E HIPERMÉDIA


                    RESUMO




Inês Francisco dos Santos, aluna nº 7 do 12º Ano, turma F
INTRODUÇÃO

O Texto é o media mais usado na interação homem-máquina. Existem três tipos de
texto:
     Texto simples ou não formatado ou plain text.
     Texto formatado pois inclui a formatação (fontes, etc) ou rich texto.
     Texto com ligações a outros textos, o hipertexto como por ex. html.

Se os primeiros monitores dos computadores não exibiam gráficos nem imagens e os
teclados se baseavam, hoje em dia os elementos gráficos são cada vez mais usados no
software, pois permitem uma interpretação mais rápida e ocupam menos espaço no
monitor.

Quanto à natureza o texto tem uma natureza dupla enquanto conteúdo léxico, i.e.
caracteres que constituem as palavras, sinais de pontuação e outros símbolos e na
aparência , i.e. nos atributos visuais dos caracteres (fonte, tamanho, disposição no
ecran (layout), etc.)

Por sua vez a identidade fundamental dos caracteres é patente no caracter abstracto e
na representação gráfica.
Os caracteres abstractos são representados apenas quanto à sua natureza léxica e são
agrupados em alfabetos e usados em cada idioma ou grupo de idiomas usa um
alfabeto.
Por seu lado os repositórios de caracteres (character sets) são tabelas mantidas pelo
sistema operativo que consistem numa correspondência entre os códigos e os
caracteres e incluem maiúsculas, minúsculas, sinais de pontuação, números e símbolos
matemáticos e que tem como vantagens associar os carateres dos teclados à sua
representação e guardá-los sob a forma de códigos para poder editar e pesquisar texto
e comparar caracteres.

A Normalização reveste-se de grande importância, pois os códigos universais podem
facilmente ser trocados entre máquinas distintas e que usam sistemas operativos
distintos. A evolução da normalização começou em 1968 com o ASCII (American
Standard Code for Information Interchange) que utiliza apenas 7 bit, ou seja 27
combinações, portanto um total de 128 caracteres distintos. Como servia somente
para o Inglês tentou-se resolver o problema com variantes nacionais – a norma ISO
646- o que contraria a noção de norma e cria dificuldades na comunicação entre
sistemas que usam diferentes variantes da mesma tabela. Tentou-se usar 8 bit em vez
de 7 – ASCII Estendido que não resolveu o problema, porque os 256 caracteres eram
insuficientes para todos os idiomas.

Durante a década de 80 com a Norma ISO 8859 procedeu-se à normalização dos
conjuntos de 8 bits que contudo acabaram por não resultar porque não abarcavam
todas as línguas nem os textos multilingue etc, pelo que houve que recorrer a mais
bits.
Com a norma ISO 10646 e a introdução do UNICODE (conjunto de caracteres de 16
bits) os caracteres abstratos são representados usando repositórios de caracteres,
recorrendo a várias normas que têm vindo a evoluir no sentido de permitir a escrita de
textos multi-língua.
A representação gráfica de textos.
A apresentação do texto assenta na forma dos caracteres cuja representação visual se
designa por Glifo que se agrupam em Fontes sendo que os glifos de uma fonte
partilham um conjunto comum de características visuais. Por seu lado as fontes digitais
são versões das fontes tradicionais sendo que as fontes podem ser vistas como tabelas
de correspondência entre os caracteres abstractos e a sua representação gráfica.
As fontes que fornecem os Glifos para representar os textos ou são guardadas em
ficheiros próprios e instaladas no sistema operativo ou são embebidas nos próprios
ficheiros de texto.
As fontes podem classificar-se em:
 Mono-espaçadas onde cada caracter ocupa o mesmo espaço na horizontal
     independentemente da sua forma versus proporcionais onde o espaço ocupado
     depende da largura da forma produzindo texto mail legível que as mono-
     espaçadas.
 Fontes com serif i.e. com traços minúsculos que se acrescentam nas extremidades
     dos glifos versus fontes sem serif.
 Fontes com forma vertical em que as linhas dos glifos são perfeitamente verticais
     versus fontes de forma itálica em que as linhas são ligeiramente curvadas para a
     direita ou imitam caligrafias, etc
 Fontes pesadas em que o traço do glifo é espesso versus fontes leves cujo traço é
     fino.
 Fontes para texto contínuo para o corpo de um livro ou artigo versus fontes de
     texto isolado que pretendem chamar a atenção, fontes intrusivas, decorativas ou
     ornamentais e usadas para slogans.
 Família de fontes é o conjunto das suas variações (normal, itálico, bold).
 Medem-se em pontos (pt) ou picas (pc).
 Fontes outline são fontes guardadas sob a forma de gráficos vectoriais versus
     fontes bitmap fontes armazenadas sob a forma de mapas de bits.

 O texto
 Nas aplicações multimédia deve evitar-se passagens longas para não se tornarem
 cansativas e ter-se em atenção a forma como o texto se dispõe no ecrã ou no papel
 (disposição do contexto textual ou layout) através da combinação de palavras, frases,
 linhas parágrafos, etc e respetiva formatação que lhes dá uma estrutura interna com
 Cabeçalhos, Títulos, Capítulos, etc.
 O layout pode ser definido de duas formas:
 formatos de descrição de estrutura que contêm marcas que correspondem à
    informação de controlo que é adicionada ao corpo do texto (body text), linguagens
    de markup baseadas em etiquetas (SGML, RTF e doc), simples editores de texto que
    podem criar documentos (ex. latex e html e processadores de texto (ms-word,
    wordperfect) ou aplicações desktop publishing (What You See Is What You Get).
 Formatos de descrição de páginas baseados em comandos que descrevem o
    conteúdo de páginasinterpretados por impressoras ou por uma aplicação no ecrã
    (PostScript e PDF) que podem necessitar de um reader para poder visualizá-los.

Em conclusão o aspecto visual de um texto é dado por fontes embebidas no próprio
texto ou pré instaladas no sistema operativo; existem vários tipos de fontes que podem
ser classificadas de várias formas; um texto pode ser disposto de várias formas e
existem vários formatos de descrição de estrutura e de descrição de página e sob o
texto podem fazer-se várias operações.
Hipertexto e Hipermédia
Conceito que engloba a apresentação (forma como o documento é exibido), o acesso
(forma de aceder e obter os docs.), a estrutura (forma com está estruturado) e o
armazenamento (diferentes formas de armazenamento).
Hipertexto é texto com ligações a outros textos. Os documentos hipertexto não são
estritamente sequenciais, pois podem conter referências a outras partes do documento
ou mesmo a outros documentos.
 Hipermédia é média com ligação a outros media. Trata-se da aplicação do conceito de
 hipertexto, a documentos multimédia.

Modelo teórico: nós com ligações entre si
Âncora (origem)                                            Âncora (destino)

Âncoras são fragmentos de informação (palavras, frases, etc.) dentro de um
documento, aos quais se podem associar ligações e estas são referências ou
apontadores, de uma e estas âncora para outra. Devem identificar o documento
destino, sua localização e forma de acesso.

Trata-se de uma ideia muito antiga o que há de novo é apenas a facilidade com que se
seguem os links, quer estes sejam internos quer externos: Basta um click!

Os documentos hipertexto contem palavras selecionadas também designadas por
âncoras que podem ser expandidas a qualquer altura por quem lê, para obter
informações adicionais. A forma como a expansão é provocada, depende do interface:
clicar na âncora (interfaces gráficos!), digitar um número de referência (interfaces não-
gráficos, só de texto).

Podemos ter cadeias de ligações com dois objectivos diferentes e complementares:
 Focagem: O utilizador progride de documento em documento, restringindo a cada
  salto o domínio de informação e convergindo para um tópico específico.
 Dispersão: O utilizador não tem uma ideia precisa daquilo em em que está
  interessado, e o sistema abre-lhe novas possibilidades com coleções de referências.

As cadeias de ligações não têm de ser necessariamente hierárquicas: a estrutura
topológica é normalmente uma teia, podendo haver ciclos (caminhos que conduzem
ao ponto de partida).

Há outras soluções a que os autores podem recorrer: Mapas com a estrutura, ou
diagramas gerais do site; Visitas Guiadas previamente preparadas; Barras de
navegação com sugestões de direção em cada instante; utilização de Frames, fixando
numa parte da janela informação de localização (menus, pág. inicial, etc.);
possibilidade de pesquisa pelo conteúdo em certos pontos da navegação.

Particularidades dos sistemas hipermédia em rede:
 relacionamento temporal entre os objectos e necessidade de minimizar tempos de
   transferência: evitar imagens grandes, sons e vídeo em contínuo...os de grandes
   dimensões só a pedido do utilizador: notificar os utilizadores do tamanho e do
   tempo de transferência aproximado!

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  • 1. Oficina de Multimédia TEXTO, HIPERTEXTO E HIPERMÉDIA RESUMO Inês Francisco dos Santos, aluna nº 7 do 12º Ano, turma F
  • 2. INTRODUÇÃO O Texto é o media mais usado na interação homem-máquina. Existem três tipos de texto:  Texto simples ou não formatado ou plain text.  Texto formatado pois inclui a formatação (fontes, etc) ou rich texto.  Texto com ligações a outros textos, o hipertexto como por ex. html. Se os primeiros monitores dos computadores não exibiam gráficos nem imagens e os teclados se baseavam, hoje em dia os elementos gráficos são cada vez mais usados no software, pois permitem uma interpretação mais rápida e ocupam menos espaço no monitor. Quanto à natureza o texto tem uma natureza dupla enquanto conteúdo léxico, i.e. caracteres que constituem as palavras, sinais de pontuação e outros símbolos e na aparência , i.e. nos atributos visuais dos caracteres (fonte, tamanho, disposição no ecran (layout), etc.) Por sua vez a identidade fundamental dos caracteres é patente no caracter abstracto e na representação gráfica. Os caracteres abstractos são representados apenas quanto à sua natureza léxica e são agrupados em alfabetos e usados em cada idioma ou grupo de idiomas usa um alfabeto. Por seu lado os repositórios de caracteres (character sets) são tabelas mantidas pelo sistema operativo que consistem numa correspondência entre os códigos e os caracteres e incluem maiúsculas, minúsculas, sinais de pontuação, números e símbolos matemáticos e que tem como vantagens associar os carateres dos teclados à sua representação e guardá-los sob a forma de códigos para poder editar e pesquisar texto e comparar caracteres. A Normalização reveste-se de grande importância, pois os códigos universais podem facilmente ser trocados entre máquinas distintas e que usam sistemas operativos distintos. A evolução da normalização começou em 1968 com o ASCII (American Standard Code for Information Interchange) que utiliza apenas 7 bit, ou seja 27 combinações, portanto um total de 128 caracteres distintos. Como servia somente para o Inglês tentou-se resolver o problema com variantes nacionais – a norma ISO 646- o que contraria a noção de norma e cria dificuldades na comunicação entre sistemas que usam diferentes variantes da mesma tabela. Tentou-se usar 8 bit em vez de 7 – ASCII Estendido que não resolveu o problema, porque os 256 caracteres eram insuficientes para todos os idiomas. Durante a década de 80 com a Norma ISO 8859 procedeu-se à normalização dos conjuntos de 8 bits que contudo acabaram por não resultar porque não abarcavam todas as línguas nem os textos multilingue etc, pelo que houve que recorrer a mais bits. Com a norma ISO 10646 e a introdução do UNICODE (conjunto de caracteres de 16 bits) os caracteres abstratos são representados usando repositórios de caracteres, recorrendo a várias normas que têm vindo a evoluir no sentido de permitir a escrita de textos multi-língua.
  • 3. A representação gráfica de textos. A apresentação do texto assenta na forma dos caracteres cuja representação visual se designa por Glifo que se agrupam em Fontes sendo que os glifos de uma fonte partilham um conjunto comum de características visuais. Por seu lado as fontes digitais são versões das fontes tradicionais sendo que as fontes podem ser vistas como tabelas de correspondência entre os caracteres abstractos e a sua representação gráfica. As fontes que fornecem os Glifos para representar os textos ou são guardadas em ficheiros próprios e instaladas no sistema operativo ou são embebidas nos próprios ficheiros de texto. As fontes podem classificar-se em:  Mono-espaçadas onde cada caracter ocupa o mesmo espaço na horizontal independentemente da sua forma versus proporcionais onde o espaço ocupado depende da largura da forma produzindo texto mail legível que as mono- espaçadas.  Fontes com serif i.e. com traços minúsculos que se acrescentam nas extremidades dos glifos versus fontes sem serif.  Fontes com forma vertical em que as linhas dos glifos são perfeitamente verticais versus fontes de forma itálica em que as linhas são ligeiramente curvadas para a direita ou imitam caligrafias, etc  Fontes pesadas em que o traço do glifo é espesso versus fontes leves cujo traço é fino.  Fontes para texto contínuo para o corpo de um livro ou artigo versus fontes de texto isolado que pretendem chamar a atenção, fontes intrusivas, decorativas ou ornamentais e usadas para slogans.  Família de fontes é o conjunto das suas variações (normal, itálico, bold).  Medem-se em pontos (pt) ou picas (pc).  Fontes outline são fontes guardadas sob a forma de gráficos vectoriais versus fontes bitmap fontes armazenadas sob a forma de mapas de bits. O texto Nas aplicações multimédia deve evitar-se passagens longas para não se tornarem cansativas e ter-se em atenção a forma como o texto se dispõe no ecrã ou no papel (disposição do contexto textual ou layout) através da combinação de palavras, frases, linhas parágrafos, etc e respetiva formatação que lhes dá uma estrutura interna com Cabeçalhos, Títulos, Capítulos, etc. O layout pode ser definido de duas formas:  formatos de descrição de estrutura que contêm marcas que correspondem à informação de controlo que é adicionada ao corpo do texto (body text), linguagens de markup baseadas em etiquetas (SGML, RTF e doc), simples editores de texto que podem criar documentos (ex. latex e html e processadores de texto (ms-word, wordperfect) ou aplicações desktop publishing (What You See Is What You Get).  Formatos de descrição de páginas baseados em comandos que descrevem o conteúdo de páginasinterpretados por impressoras ou por uma aplicação no ecrã (PostScript e PDF) que podem necessitar de um reader para poder visualizá-los. Em conclusão o aspecto visual de um texto é dado por fontes embebidas no próprio texto ou pré instaladas no sistema operativo; existem vários tipos de fontes que podem ser classificadas de várias formas; um texto pode ser disposto de várias formas e existem vários formatos de descrição de estrutura e de descrição de página e sob o texto podem fazer-se várias operações.
  • 4. Hipertexto e Hipermédia Conceito que engloba a apresentação (forma como o documento é exibido), o acesso (forma de aceder e obter os docs.), a estrutura (forma com está estruturado) e o armazenamento (diferentes formas de armazenamento). Hipertexto é texto com ligações a outros textos. Os documentos hipertexto não são estritamente sequenciais, pois podem conter referências a outras partes do documento ou mesmo a outros documentos. Hipermédia é média com ligação a outros media. Trata-se da aplicação do conceito de hipertexto, a documentos multimédia. Modelo teórico: nós com ligações entre si Âncora (origem) Âncora (destino) Âncoras são fragmentos de informação (palavras, frases, etc.) dentro de um documento, aos quais se podem associar ligações e estas são referências ou apontadores, de uma e estas âncora para outra. Devem identificar o documento destino, sua localização e forma de acesso. Trata-se de uma ideia muito antiga o que há de novo é apenas a facilidade com que se seguem os links, quer estes sejam internos quer externos: Basta um click! Os documentos hipertexto contem palavras selecionadas também designadas por âncoras que podem ser expandidas a qualquer altura por quem lê, para obter informações adicionais. A forma como a expansão é provocada, depende do interface: clicar na âncora (interfaces gráficos!), digitar um número de referência (interfaces não- gráficos, só de texto). Podemos ter cadeias de ligações com dois objectivos diferentes e complementares:  Focagem: O utilizador progride de documento em documento, restringindo a cada salto o domínio de informação e convergindo para um tópico específico.  Dispersão: O utilizador não tem uma ideia precisa daquilo em em que está interessado, e o sistema abre-lhe novas possibilidades com coleções de referências. As cadeias de ligações não têm de ser necessariamente hierárquicas: a estrutura topológica é normalmente uma teia, podendo haver ciclos (caminhos que conduzem ao ponto de partida). Há outras soluções a que os autores podem recorrer: Mapas com a estrutura, ou diagramas gerais do site; Visitas Guiadas previamente preparadas; Barras de navegação com sugestões de direção em cada instante; utilização de Frames, fixando numa parte da janela informação de localização (menus, pág. inicial, etc.); possibilidade de pesquisa pelo conteúdo em certos pontos da navegação. Particularidades dos sistemas hipermédia em rede:  relacionamento temporal entre os objectos e necessidade de minimizar tempos de transferência: evitar imagens grandes, sons e vídeo em contínuo...os de grandes dimensões só a pedido do utilizador: notificar os utilizadores do tamanho e do tempo de transferência aproximado!