O documento descreve os principais fatores e eventos que levaram à independência do Brasil em relação a Portugal no século 19. Inclui as revoltas da Inconfidência Mineira, da Conjuração Baiana e da Revolução Pernambucana, bem como a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808 e a proclamação final da independência pelo príncipe regente Pedro em 1822.
1. O Processo de Independência do Brasil
Profª Isabel Aguiar
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aprofunde seus estudos.
2. Principais fatores que motivaram o processo
de independência do Brasil:
Ideais iluministas;
Revolução Francesa;
Independência do Estados Unidos;
Tais ideais influenciaram
também a Independência
da América Espanhola.
3. Interesses da elites agrárias (cana-de-açúcar)
e mercantis (minérios) da América
Portuguesa (Brasil);
Regras do pacto colonial.
4. No decorrer do século XVIII, Portugal conheceu
uma situação econômica muito difícil.
Mantinha alto índice de exportação comprando
produtos principalmente da Inglaterra, que já se
afirmava como potência industrial.
5. Para pagar suas dívidas com os ingleses e com
outros países europeus, Portugal contava
basicamente com OURO explorado no Brasil.
Conseguia esse ouro por meio da cobrança de
altas taxas e tributos.
6. No final do Ciclo do Ouro no Brasil (Século XVIII)
D. José I, rei de Portugal,
procurou recuperar a economia
portuguesa, para isso Marquês
de Pombal, 1º Ministro de
Portugal promoveu uma série
de medidas para manter o
controle sobre o comércio na
América Portuguesa.
7. José I, rei de Portugal (1750-1777) Marquês de Pombal
8. Durante a administração do Primeiro Ministro de Portugal
(Marques de Pombal) foram tomadas várias medidas em
relação ao Brasil que aumentaram ainda mais a pressão
portuguesa:
Houve maior fiscalização dos órgãos administrativos;
Foi extinto definitivamente o sistema de capitanias
hereditárias;
Os jesuítas foram expulsos do Brasil e de Portugal;
A capital do Brasil, em 1763, foi transferida de Salvador
para o Rio de Janeiro, com o objetivo de controlar
melhor a saída de ouro de diamantes.
9. Com a morte do rei D. José I, em 1777, o poder passou para
D. Maria I e Marquês de Pombal foi destituído do cargo.
A política adotada pela
rainha foi ainda mais
restritiva. Ela expediu, em
1785, uma alvará que proibia
instalação de indústrias
manufatureiras no Brasil,
permitindo apenas a
fabricação de tecidos
grosseiros para vestir os
escravos.
11. CONJURAÇÃO MINEIRA (INCONFIDÊNCIA MINEIRA)
Minas Gerais (Vila Rica) - 1789
A elite mineira
A Conjuração Mineira é
considera uma revolta das
elites, sem a participação
do povo.
13. PLANOS DOS REVOLTOSOS:
Iniciar a rebelião no dia da derrama de 1789;
Independência e o fim da dominação portuguesa;
República Federativa em Vila Rica;
Instituir o serviço militar obrigatório;
Criar uma Universidade em vila Rica;
Liberdade comercial e para produzir manufaturas;
Perdão da dívidas com Portugal.
14. Contudo, o movimento foi delatado às autoridades, o que
resultou na suspensão da derrama e na prisão dos participantes.
Prisão do rebeldes mineiros.
15. Por ordem da rainha Maria I ocorreu a Devassa contra a Inconfidência
Mineira. Os réus foram acusados, mas muitos dos conspirados,
especialmente os mais poderosos, fizeram acordos e livraram-se das
acusações. Outros tiveram penas mais duras transformadas em prisões
temporárias ou prisão perpétua, como o exílio na África (degredo).
Claúdio Manuel da Costa teria
sido assassinado na prisão,
embora sua morte conste nos
autos como suicídio.
16. O único condenado a morte foi Tiradentes, o mais pobre dos
rebeldes. Ele foi enforcado em praça pública e teve seu corpo
esquartejado. Seus restos mortais foram pendurados em postes
e exibidos nas ruas das cidades mineiras.
17. CONJURAÇÃO BAIANA (REVOLTA DOS ALFAIATES)
Salvador - 1798
.
O movimento teve um
caráter popular e dele
participaram artesãos,
alfaiates, soldados,
trabalhadores negros e
mulatos, além de alguns
escravos.
18. Gradativamente a
revolta foi ampliando a
participação da gente
do povo, dos pretos e
dos mulatos, o que lhe
tornaria um
movimento de cunho
popular.
Inicialmente ela também foi
uma revolta das elites.
19. MOTIVAÇÕES DA REVOLTA:
A retração da economia baiana, provocada pela
perda da condição de capital do Brasil;
Aumento dos tributos e dos preços dos
produtos.
Salvador tornou-se uma cidade politicamente decadente.
20. As revoltas pela
independência nas
Antilhas (Cuba e entre
outros países em
formação) queimaram
canaviais, encarecendo o
preço do açúcar .
Em consequência, a cana-de-açúcar ocupou o
espaço das terras férteis e faltaram alimentos em
Salvador. O povo passava fome.
21. PLANOS DOS REVOLTOSOS:
Instituição de República;
Liberdade comercial;
Fim dos privilégios;
Igualdade de cor e raça;
Fim da escravidão;
Queriam acabar com
poder da Igreja Católica
e criar uma Igreja
na Bahia.
22. Logo em seguida os rebeldes foram presos, julgados e
condenados, em menos de um ano.
Em 12 de agosto de 1798, a cidade amanheceu repleta de
boletins revolucionários que anunciavam a eclosão da revolta.
23. A metrópole
conseguiu dominar
o movimento, foi
decretada a
devassa, os líderes
foram presos e os
quatro líderes
negros e pobres
foram enforcados.
Durante uma
semana seus
corpos ficaram
expostos na cidade.
28. Com a Inglaterra foram assinados tratados muitos
vantajosos para os ingleses: o Tratado de Comércio e
Navegação, de 1810, no qual a Inglaterra conseguiu
tarifas alfandegárias privilegiadas, e o Tratado de Paz,
Aliança e Amizade, também em 1810, no qual Portugal
se obrigou a limitar o tráfico de escravos negros.
29. Brasil foi elevado a categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815.
Pelo ato de 1º de abril de 1808,
foi revogado o alvará que proibia
a existência de manufaturas
industriais o Brasil.
30. Com a vinda da Família Real Portuguesa várias
inovações aconteceram no Brasil, entre elas citam-se:
Criação:
• Imprensa (do 1º Jornal - Gazeta do Rio de Janeiro);
• Banco do Brasil;
• Curso de Medicina em Salvador;
• Arquivo Real;
• Arsenal da Marinha;
• Casa da Moeda;
• Fábrica de Pólvora;
• Jardim Botânico.
Fundação da Biblioteca Real;
Inauguração do Real Teatro de São João;
36. MOTIVAÇÕES DA REVOLTA:
Declínio econômico da capitania;
O alto custo de vida e o aumento dos alimentos.
Os principais
participantes foram
Domingos José
Martins, Antônio
Gonçalves Cruz,
padre João Ribeiro,
padre Miguelino,
capitão Teotônio
Jorge e entre outros.
37. PLANOS DOS REVOLTOSOS:
Proclamaram a República, organizaram um governo
com representantes de diversas camadas sociais;
Aboliram os monopólios, os títulos de nobreza e os
impostos mais recentes.
38. Houve adesões do Ceará, do Rio Grande do Norte,
da Paraíba e de Alagoas.
39. O governo português dominou o movimento e os
principais líderes foram condenados à morte.
40. D. Pedro governou o Brasil como príncipe regente de 1821
a 1822. A aristocracia rural brasileira aproximou-se do
príncipe para não perder os privilégios que possuía. As
Cortes Portuguesas (governo de Portugal) tomaram várias
medidas em relação ao Brasil. Exigiram obediência dos
governos provinciais às suas ordens diretas, sem passar por
D. Pedro, e retorno imediato de D. Pedro para Portugal.
41. Começou então no Brasil a reação que levaria à
independência: foram criados clubes de
independência e D. Pedro nomeou José Bonifácio
para o cargo de ministro da Justiça.
José Bonifácio
42. Como ministro, José Bonifácio:
Elaborou o decreto Cumpra-
se (toda ordem de Portugal só
poderia ser cumprida no
Brasil com a autorização de
D. Pedro, o seu “cumpra-se”);
Concedeu a D. Pedro o título
de Defensor Perpétuo do
Brasil;
Convocou a Primeira
Assembleia Constituinte;
Proibiu a entrada de
portugueses no Brasil.
43. As pressões das Cortes sobre D. Pedro
aumentaram. Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro
proclamou a INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.
46. Nessa mesma noite,
em São Paulo, D.
Pedro foi aclamado o
soberano do Brasil.
Ele partiu para o Rio
de Janeiro e, no dia
12 de outubro, numa
cerimônia, foi
aclamado Imperador
Constitucional e
Perpétuo Defensor
do Brasil, com o
título de D. Pedro I.
47. No dia 1º de dezembro de 1823, em
uma cerimônia solene e privada, sem a
participação popular, D. Pedro I foi
coroado.