Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Ensino Criativo História Geografia
1. História e Ensino Criativo
Este é um documento de trabalho que visa a integração das reflexões finais do Curso
de Formação: História e Ensino Criativo, para docentes do 2.º Ciclo do Ensino Básico
numa perspectiva colaborativa com vista a criar um documento reflexivo final em torno
dos temas, assuntos e novas abordagens tratadas ao longo da acção de formação (3)
realizada entre dia 05 e 12 de Fevereiro de 2011.
1. Cada formando deve continuar o documento de trabalho conjunto com o máximo de
duas frases (duas linhas) e;
2. Cada formando deve, no máximo de um parágrafo (3 a 5 linhas), partilhar a seguinte
informação no espaço para textos individuais::
a) Ideia(s) para actividade em sala de aula ou em gestão de projecto que possa vir a
realizar com os seus alunos ou no contexto de trabalho na escola (retiradas do trabalho
realizado durante a formação ou outro);
b) Análise da importância da Criatividade e Novas Tecnologias no ensino de História e
Geografia de Portugal para o 2.º Ciclo do Ensino Básico .
No final de cada participação deverá sempre ser colocado o nome (primeiro e último)
para identificação.
Obrigado e bom trabalho!
2. Documento de Trabalho
É urgente (re)criar, é urgente (re)educar, é urgente (re)formular, é urgente
(re)motivarmos, é urgente (re)pensarmos. O prefixo re- pode surgir carregado de nostalgia e de
receios porém, na conjuntura desta formação, ele irrompe recheado de imaginação, de
criatividade, de perspectivas futuras e de emoção.
Cessem com o abstencionismo, o conformismo e o negativismo no palco educativo!
Cessem de remeter os problemas para os dirigentes deste país! Às Artes, Cidadãos! Atrevo-me
a dizer: “Às Artes, Docentes!”. É urgente fazer sobressair o engenho e a arte!
Difícil hoje ser engenhoso! Difícil ser criativo! Isto, quando julgamos que tudo foi
inventado! Que só através das novas tecnologias é que conseguimos motivar! Ou quando
consideramos que a invenção/criação emana do nada e é uma graça misteriosa e inata!
“Genius is one percent inspiration, ninety-nine percent perspiration” (Thomas Edison, Harper´s
Monthly, 1932). Ser criativo é ser activo. A independência, a liberdade que despertam a
imaginação e a curiosidade são elementos imprescindíveis à criatividade. Daí, as crianças
serem mais criativas e, muitas vezes, surpreenderem-nos com a sua simplicidade.
A essência da criatividade está em criar o desconhecido a partir de coisas conhecidas.
É acrescentar vida à vida! É a cereja no topo do bolo! É a oitava cor do arco-íris! É um músculo
que todos nós possuímos e que necessitamos exercer todos os dias! Loucos? Talvez, mas “de
louco, todos temos um pouco”! Mas uma coisa é certa: a criatividade não pertence única e
exclusivamente ao artista, cada um de nós pode fazer de algo uma obra de arte! Citando
Almada Negreiros: “E isto de haver sempre ainda uma maneira pra tudo?” Já pensou?
A criatividade é um conjunto de elementos que pela natureza do seu compositor, dá
origem à criação. Criatividade é da Vinci, Einstein, Dali ...é a alavanca do progresso humano.
(Joana Pereira Coutinho)
No contexto actual no ensino a criatividade revela-se necessária e urgente. É uma boa
via para promover no aluno o acto de pensar, de pensar criticamente, constituindo-se
contra corrente, por exemplo, ao ato passivo das horas passadas em frente à televisão.
É ainda urgente porque libertadora do “eu” do aluno e do professor espartilhados há
muito pelos tradicionais modelos de ensino. A criatividade deve ser usada em sala de
aula tanto pelos professores como pelos alunos pois existem duas partes interessadas
no processo de ensino-aprendizagem: o aluno e o professor: para que a satisfação seja
mútua, nada melhor que a diversificação, a experimentação e a inovação. E
criatividade é isto. A criatividade posta ao serviço da educação e da formação de
crianças ,jovens e até adultos, prova que o conhecimento adquirido se vai
paulatinamente construíndo e deste modo consolidando, o que por vezes se torna mais
difícil ( ou mesmo) impossível quando aquilo que se faz com os alunos se resume a um
despejar de informação remetendo para estes a aquesição dos conhecimentos que
mais tarde irão ser testados. Assim não podemos desejar nem sonhar com o «
3. sucesso» tão desejado na nossa disciplina e claro que o conhecimento dos garotos é
éfemero, compete-nos a nós como veiculos transmissores de conhecimentos ajuda-los
a tornarem-se seres pensantes ,com metodologias criativas e com desafios, os nossos
alunos caminham na direcção de um conhecimento sólido.
Na minha actividade como docente de História e Geografia procuro em primeiro lugar
captar o interesse dos alunos para os assuntos que vão ser estudados e e dentro das
condicionantes da faixa etária a que pertencem, levá-los a construir o pensamento
histórico. A partilha de ideias com outros colegas, a formação na área da didáctica e o
empenho no desenvolvimento do gosto pela disciplina obrigam a pensar em novos
processos tendo sempre em vista o envolvimento dos alunos na construção do
conhecimento
Uma vez que o Programa de História e Geografia de Portugal não muda, cabe ao
docente enveredar por uma abordagem diferente, criativa e adequada aos seus alunos.
Neste sentido, o professor não deve deixar de tentar, e mesmo ousar, pôr em prática
soluções diferentes para problemas que são iguais e que se repetem frequentemente.
Desta forma, tentamos preparar os alunos para serem cidadãos num futuro que não
conhecemos, mas cujas ferramentas lhes transmitimos. No fundo, as aulas de História
e Geografia de Portugal devem despertar a criatividade nos alunos, pois assim eles
estarão preparados para transformar o seu futuro e a sua realidade.
Devemos privilegiar aulas que estimulem a imaginação e o pensamento crítico, a
autonomia e a criatividade e que incentivem uma abertura ao mundo dos outros e às
mudanças do quotidiano permitindo aos alunos um protagonismo esclarecido. O
professor deve ter a pretensão de que os alunos se sintam confiantes nas suas
possibilidades, no valor dos seus contributos para a melhoria da sociedade e, que se
assumam perante o mundo de forma crítica e responsável.
A partir da perspectiva contextualizada do presente poderemos - e sempre - construir
uma “nova” visão do passado, através do ângulo de interesses e vivências dos nossos
alunos, (criando-os e recriando-os: projectando-os no passado e com eles questionar o
futuro), de forma criativa.
A criatividade revela-se essencial para o processo de criação de algo novo. Esse
processo nem sempre é fácil e contínuo, pois envolve a testagem de vários factores.
Envolve, por vezes, o abandono ou alteração da ideia inicial. O produto final pode ser
bem diferente do que se tinha previsto inicialmente, mas julgo que é esse o grande
desafio do ensino actual: partir de algo (conteúdos programáticos / conhecimento), não
ter receio de ousar e de criar algo que seja original (imaginação / originalidade) e que
4. nos surpreenda enquanto actores (quer professores, quer alunos, quer a própria
comunidade educativa) de uma História que se faz com recurso ao passado, presente
e futuro. Este processo criativo faz-me lembrar uma frase de Cícero “nihil est simul
inuentum et perfectum” (nada é, simultaneamente, criado e perfeito). É portanto,
necessário um longo caminho desde a fase inicial até ao produto final.
Ser professor de HGP é cada vez mais ser capaz de renovar estratégias e métodos de
ensino, para fazer frente a uma sociedade onde os conhecimentos se renovam minuto
a minuto, devido aos progressos científicos e tecnológicos.Cabe a nós professores ser
capaz de descobrir o aluno que temos e descobrir como levá-lo à descoberta de si
mesmo e das suas capacidades de criar evitando que ele caia na estagnação .Mas
será que a “escola” que temos encoraja a nossa criatividade?
Cabe-nos a nós professores, actores no sistema, abrir espaço, na nossa actividade
lectiva, ao espírito crítico e à criatividade potenciando nos alunos capacidades de visão
estratégica e de conceptualização de soluções face aos problemas impostos por um
mundo em permanente e acelerada mudança nos mais diversos domínios.
Se permitir a “fossilização” da capacidade criativa dos meus alunos, bloqueando-lhes
horizontes do imaginário simbólico, barrando-lhes a capacidade de serem sujeitos
cognoscentes, despertos para o caminho do bem comum na acção e nos valores,
então, não serei eu!
O professor deve ter a sensibilidade para despertar ou descobrir em cada aluno as
potencialidades que este encerra de modo a que o ensino da História faça sentido e a
criatividade é a ferramenta que o professor e o aluno têm disponível para construir
conhecimento significativo.
Um desafio: dar espaço à criatividade nas nossas aulas, nos temas que abordamos, no
saber que “construímos”. Através das Novas Tecnologias, um recurso, permitir que a
criatividade flua, as aulas não tenham um registo “cinzento” e os alunos participem,
criem, pesquisem, vivenciem os momentos da História e, no final, alguém diga: a aula
já acabou?
Como dizia Agostinho da Silva «a escola não consegue dar aos alunos todas as
possibilidades que lhes deveria dar». Temos de agir, de fazer a diferença. Não
devemos «impingir-lhes» conhecimentos, mas ensiná-los a pensar e a exercitar uma
habilidade que está adormecida em cada um deles: a criatividade.
Imaginação e criatividade para todos. Liberdade de pensar, sentir, reflectir e agir. Nas
aulas, na escola e na sociedade. É tão bom sentirmos que os nossos alunos possam
5. através das TIC irem mais longe, voar mais alto, reflectirem sobre o passado para
construirem o futuro. E se por acaso eles se perderem nesse caminho da imaginação,
podemos sempre com um discurso lógico, chamá-los à terra, porque mesmo a
criatividade tem o seu tempo.
É nesta contagem que encontramos o tempo. O tempo da disciplina de HGP:
tempo da História e tempo da aula, essencial para que façamos toda a diferença.
Tempo que, muitas vezes, não temos ou aquele que está do nosso lado para podermos
dar resposta aos nossos alunos, com actividades criativas, transformando as ideias,
que surgem no seu estado original, em aprendizagens concretas e relevantes.
Entretanto, nesse tempo, o de há milhares de anos e o da actualidade, o que está entre
o verão e o outro verão, entre o primeiro e o último toque, entre a imaginação e o
produto final, há um Mundo que o professor deve explorar com toda a ousadia.
É nesta “exploração do mundo” com toda a ousadia que reside a acção
imprescindível do professor. A envolvência que deve gerar à sua volta, partilhando
saberes de um modo original, criativo, imaginativo e desafiador, sempre com o
objectivo de fazer conhecer a História, de modo a levar os alunos a conhecerem o
passado, compreenderem o presente e quiçá,o futuro. O professor nunca deve ter
receio do produto final que conseguiu com os seus alunos, pois foi fruto dessa sua
ousadia neste processo de ensino/aprendizagem, que se tornou concreto e relevante.
Ter medo é bom. O temor põe-nos a pensar e pensando, criamos. A criatividade
não é por isso mais do que a capacidade de pegar em algo “familiar” aos docentes e
discentes e recrear em função das ferramentas disponíveis.
E, no entanto, criar é fazer nascer algo novo e inédito. Partindo de existências
ou mesmo inovando desde o princípio, o ensino criativo conduz o aluno ao
conhecimento através um caminho novo, coloca questões que não surgiriam de outra
forma, oferece experiências que de outra forma não seriam possíveis.
Mas, experimentar e tentar é cada vez mais importante. Transmitir o
conhecimento através da criatividade não só motiva, como também promove
conhecimento.No entanto, esse conhecimento tem de ser repensado pelo docente para
transformar as práticas de sala de aula.Nada melhor que levar a conhecer a História de
forma criativa, num mosaico onde todas as cores estejam presentes e no qual
possamos mexer, sem medo, para ensinar e aprender.
Motivar...o que é motivar, senão despertar os sentidos mais profundos do ser
humano, quiçá algures escondidos...e que necessitam de apenas um clic para
6. surgir...do nada! É este universo fascinante, desconhecido, esta curiosidade que nos
leva ao conhecimento, logo à criatividade.
Motivar, no sentido de determinar a motivação de, estimular e impulsionar,
tarefa não menos criativa, fazendo despertar o gosto pelo representativo, girando esse
fantástico caleidoscópio que cada um pode criar, consolidando-o através de o explicar.
Um aluno motivado esforça-se por vencer as suas dificuldades, mantém-se
concentrado na realização das actividades, manifesta interesse e entusiasmo e toma a
iniciativa quando lhe é dada a oportunidade. Para tal o professor tem que respeitar os
ritmos das actividades de ensino-aprendizagem; praticar a pedagogia diferenciada e
renunciar à predominância do método expositivo. A motivação e a criatividade têm que
estar lado a lado. Um aluno motivado mais facilmente deixa vir à tona a sua
criatividade.
E se arranjássemos uma casa para todos nós partilharmos ideias e trabalhos?
Casa da História Criativa?! Uma espécie de Clube de Poetas Vivos, numa visão de
partilha de ideias e produtos da História Criativa.
Vejo esta “Casa” como um poderoso aliado colocando a criatividade ao serviço
do desenvolvimento da competência “ Comunicação em História”, um dos “
calcanhares de Aquiles dos nossos alunos!
Como eu gostaria de pertencer a esta nova Casa!
Despertar a curiosidade para conseguirmos chegar à criatividade. A criatividade
é algo de que todos precisamos até para encontrar caminhos ao longo da vida, vamos
detectando os obstáculos e assim os vamos ultrapassando, nas nossas aulas fazemos
o mesmo só que os obstáculos transformam-se em oportunidades de aprendizagem.
A criatividade deve estar sempre presente na sala de aula para que de um
modo inovador, imaginativo, novo, o professor transmita o “mesmo” mas, de uma
maneira “diferente”, de uma forma criativa.
A criatividade é uma mistura, sem receita exacta, da curiosidade, das ideias, do
interesse, da imaginação, do conhecimento, dos recursos e das técnicas. Quando
precedemos à referida mistura surge “um mundo novo”.
Como Sócrates afirmava ser a Maiêutica, arte da pesquisa em comum, o
professor deve centrar a sua actividade no estímulo e despertar o interesse pela
pesquisa, sendo o aluno construtor das suas aprendizagens.
7. Simplicidade. É a palavra que me ocorre quando penso em criatividade.
As melhores criações são, muitas vezes, as mais simples. E quantas vezes nem
precisamos de recorrer ao que é absolutamente novidade. A partir de velhos e
tradicionais «ingredientes» podemos confecionar um prato absolutamente
inovador. É só deixar de lado velhas e rígidas estruturas de pensamento.
Penso que o professor tem que dar asas à imaginação e procurar
desenvolver tarefas simples, diversas/múltiplas, aliciantes e desafiadoras. Deve
apostar na criatividade dos alunos dando-lhes pouco tempo para
desempenharem as tarefas.
O processo criativo apresenta uma solução para um problema. A
criatividade é importante, mas o nosso objectivo é o conhecimento. O processo
criativo implica regras. É importante que o professor antes de ensinar saiba
fazer. A maior parte das vezes limitamo-nos a adaptar a criação de outro. O
resultado do processo criativo tem de ser algo novo no contexto em que se
aplica e pode ou não requerer imaginação. Grandes imaginadores foram Julio
Verne ou Lewis Carrol. Precisamos de imaginação como água no deserto
aquando do processo criativo. Os alunos terão fases em que serão imaginativos
e outras serão criativos. O processo de aprendizagem requer uma base de
trabalho que tem a ver com o conhecimento. É preciso darmos a base do
conhecimento para depois os alunos serem criativos. Os nossos alunos
nasceram na época da tecnologia e usam-na como nós usámos os lápis de cor
para criar. Os alunos têm de saber partilhar ideias em grupo e não só expôr
individualmente as ideias.Mais interessante ainda é partilhar os mesmos valores
para a realização de um projecto. A gestão do projecto implica que não nos
sintamos sós no projecto escolar. Cerca de 90% dos projectos de sala de aula
são esquecidos, não têm continuidade ou afixados publicamente no placard da
sala. Em Outubro do ano passado, a minha escola comemorou o centenário da
República. Todos os departamentos colaboraram no projecto: aula de
motivação, hastear da bandeira da República/coreografia (Monarquia vs
República)/plantação da árvore do centenário/exposição dos Presidentes da
República, e toda a comunidade escolar esteve presente.
8. A criatividade revela-se essencial diria mesmo, imprescindível para
motivar os alunos para o Ensino/Aprendizagem. O professor tem que conseguir
que a sua Turma o escute...Ao longo dos meus vinte e quatro anos de
experiência pedagógica, constato que cada vez é mais difícil consegui-lo...
Assim sendo, é um desafio aliciante(pelo menos para mim) arranjar sempre
novas maneiras, novos processos, de apresentar os conteúdos de História e
Geografia de Portugal.
Esta ação deu-me ideias excelentes e exequíveis que irei por em prática
quando os temas forem abordados.
A criatividade pode e deve ser estimulada, para isso, poder-se-ia formar
nas escolas, um Atelier das Ideias, onde alunos e professores de diferentes
idades tivessem a liberdade de partilhar ideias e experiências. As aulas e as
escolas ficariam ainda mais coloridas!
História e ensino criativo!? Como ensinar o passado de forma criativa? Com
criatividade. Imaginação. No processo criativo, o professor terá de pensar na ideia,
simples, sempre simples e no(s) outro(s), nos seus alunos, naquele(s) para quem o
conhecimento final que pretende transmitir se transforme na sua cana de pesca, em
ferramenta para a vida. Ao longo do seu processo criativo, o professor terá de ser
capaz de ir adequando as estratégias a utilizar e ser capaz de avaliar, com a distância
possível, o sucesso ou insucesso do seu ensino criativo. Necessária muita reflexão por
parte do professor! Difícil, mas apaixonante tarefa!
As novas tecnologias ocupam, cada vez mais, um espaço relevante no processo
de ensino-aprendizagem. A diversidade de meios e a variedade de recursos
educativos, que utilizam as novas ferramentas de informação e comunicação,
constituem um valor acrescentado nos domínios da motivação e da compreensão
histórica.
No processo de ensino, não se deve confundir criatividade com originalidade
,pois a primeira engloba um conhecimento profundo e bastante regrado na área em
que está a ser manifestada , enquanto que a originalidade pode não configurar
manifestações criativas .Ex: Perguntem a uma criança: O que achas que faz um Rei?
Todos somos criadores, cada qual à sua maneira; porém, é necessário usar
esse dom para incentivar, entusiasmar, fazer a criança despertar, experimentar e
navegar pelo conhecimento... Mas um conhecimento gerador que faz sentido e
constitui uma ferramenta útil para a ação!
9. A carreira de professor tem outras vertentes além da formação académica.
Destaca-se aí a capacidade de conquistar os alunos pela criatividade. Brinquemos com
as ideias e pensamentos. A criatividade desenvolve-se a partir do pensamento
divergente, pelo não cumprimento de regras.Façamo-lo quando estivermos a trabalhar
os nossos conteúdos curriculares.
Assim, a criatividade poderá contribuir para a redução do insucesso escolar,
despertando o interesse dos alunos na construção de projectos de aulas diferentes,
para melhorar o seu desempenho e as relações interpessoais. No entanto, a
sobrecarga de trabalho que hoje em dia assoberba os professores, poderá ser um
empecilho à criação de formas inovadoras que visam a apropriação dos conteúdos
pelos alunos.
O professor deve proporcionar espaço para a criatividade, fantasia ou iniciativa
dos alunos ,utilizando na sala de aula estratégias e processos criativos de ensino,
assim contribuirá de forma significativa para a aquisição do novo conhecimento.
A criatividade é um elemento indispensável no contexto educacional tendo em
conta que todos nascemos capazes de produzir elementos e conhecimentos novos.
Estes devem ser desenvolvidos numa perspectiva sempre inovadora com recurso a
técnicas criativas, por forma a proporcionar aos alunos a capacidade de adquirir
conhecimentos pela necessidade de solucionar problemas.
Com ideias simples criamos algo de inovador e surpreendente, pois através do
conhecimento surge uma turbulência de ideias, de pensamentos e de actividades
originais, alcançadas a partir da criatividade de cada um.
Há muito, muito tempo, antes das escolas, depois delas, as pessoas (crianças,
jovens, adultos e velhos) contavam, ouviam, e devem continuar a contar e a ouvir,
narrativas mitológicas, lendas, estórias/histórias, que lhes fertilizavam a imaginação e
despertavam a necessidade de criar: « Rá criou-se a si próprio»; «No Princípio Nada
existia senão Deus, e Deus dormia e sonhava»; « No princípio não existia terra, nem
mar, nem céu só o vazio de Ginnungagap à espera de ser preenchido.»; «No começo
dos tempos era o caos, e o caos tinha a forma de um ovo de galinha.»; «Adapa, o
inventor da linguagem, foi o primeiro dos sete sábios que o pai, Ea, deus da sabedoria,
enviou a ensinar ao povo a arte de viver.» etc, etc... Esta necessidade primordial de
procura de explicações gera criação/criatividade, incitemo-la.
10. Textos Individuais
A criatividade é fundamental em qualquer área. Em História é o trampolim para cativar
os alunos, aguçar a sua curiosidade sobre o nosso passado, enriquecê-los com mais e
melhores aprendizagens e incutir-lhes valores. E as TIC têm sido, a nível do 2º ciclo,
uma mais-valia ao acto de ensinar/aprender, proporcionando diversificadas e
inovadoras estratégias de motivação, numa perspectiva interessante, lúdica,
interactiva, de recriação e de partilha, até mesmo para alunos com necessidades
educativas especiais!
Esta formação devolveu-me a paixão que outrora tinha pela docência. Dei por mim a
ter vontade de preparar aulas diferentes com momentos «mágicos» de partilha de
saberes, de formulação de hipóteses, de liberdade criativa. Claro, que para isso, conto
com as TIC que uso q.b. e que considero indispensáveis por ser um instrumento de
trabalho interactivo, alicante e potenciador do conhecimento e criatividade dos alunos.
Com o desafio do post-its pusemos à prova a nossa criatividade, partilhando ideias e
experiências, vencemos as dificuldades ao realizar uma viagem curta aos nossos
“bancos de escola”, através de novas formas de abordagem dos conceitos e dos
factos históricos.Isto é dar mais cor ao estudo do nosso passado histórico, pois nem
sempre se vê o arco-íris...mesmo com tanta tecnologia ao nosso dispor, cada vez mais,
é difícil despertar a curiosidade e o prazer da descoberta de um novo conhecimento
nos nossos alunos.
Actualizar e inovar a prática pedagógica leva os professores a procurar novas
abordagens, perspectivas, estratégias de forma a motivar os alunos para a disciplina de
História e Geografia de Portugal, possibilitando deste modo uma intervenção mais
activa na situação de sala de aula. Assim o professor deve ser o actor interveniente e
um criador no processo educativo, ajudando os alunos a "adquirirem habilidades,
conhecimentos, atitudes".A sua acção deve pautar-se por criar um contexto
educacional que aceite e encoraje outras maneiras de aprender, reforçando soluções
invulgares e mas desafiantes, possibilitando deste modo que os alunos possam
construir o seu próprio saber, que participem no seu processo global e fortaleçam a sua
cidadania. As novas tecnologias são ferramentas que abrem as portas à criação de
novos contextos dinâmicos, criativos e lúdicos que sincronizados com os ambientes de
aprendizagem criam métodos autónomos e interactivos apelando ao potencial criativo
dos alunos, integrando num método de trabalho interdisciplinar, todos os intervenientes
no processo educativo.