1. HISTÓRIA, ARTE E CRIATIVIDADE: DAS TECNOLOGIAS À APRENDIZAGEM EM CONTEXTO
2011/2012
Registo Atividade em Aula – História, Arte e Criatividade
Título/Tema do trabalho:
Quem espera sempre alcança / Esperando o sucesso
Unidade/Subunidade: Designação da Unidade/Subunidade Didática (se aplicável):
H.1 – O Mundo Industrializado do Século XIX
- A Sociedade de Classes
- O Movimento Sindical e os Protestos Socialistas
Destinatários: Duração da atividade: Museu Nacional de Soares dos
Alunos do 8.º ano de 90 minutos Reis | 2012
escolaridade
Operacionalização:
A aula começaria pela apresentação do quadro, por partes.
Seguir-se-ia a narrativa visual.
Em seguida, apresentávamos 3 imagens: operário, média burguesia, alta burguesia; os alunos
teriam que enquadrar, nessas imagens, cada uma das personagens da narrativa visual.
Exploração da situação do proletariado: a sua vida e o seu trabalho.
Paralelismo com situação na sociedade de ordens, a partir da análise de um documento…
Partindo dos problemas do proletariado identificados, os alunos apresentariam soluções. A partir
da imagem de uma greve, análise sobre o seu impacto, no seculo XIX e hoje. Apresentação de
uma cronologia com legislação laboral ilustrativa da força das greves e do movimento sindical,
na época.
Análise de um documento de Marx e Engels, para introduzir as ideias socialistas que vão estar
na base de muitos destes movimentos.
TPC – cada aluno deverá fazer a sua carta de apresentação ao Henrique, a sua vida, os seus
talentos e os seus sonhos.
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2. HISTÓRIA, ARTE E CRIATIVIDADE: DAS TECNOLOGIAS À APRENDIZAGEM EM CONTEXTO
2011/2012
Olá. Ei, tu! Sim tu, que estás a olhar para mim. Quem é que achas que eu sou?
O que é que achas dos meus sapatos?
O que é isto? O que achas que eu faço?
Está mais fácil?
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3. HISTÓRIA, ARTE E CRIATIVIDADE: DAS TECNOLOGIAS À APRENDIZAGEM EM CONTEXTO
2011/2012
Gostas? Quem sou seu?
(Narrativa Visual)
Olá.
O meu nome é Henrique e tenho 13 anos. Vivo em Itália e estamos no ano de 1872.
Sou um aprendiz de pintor e trabalho no “atelier” de um artista famoso.
Neste momento sou feliz! Mas nem sempre foi assim…
Com 4 ou 5 anos, não me recordo bem, comecei a trabalhar numa fábrica têxtil, juntamente com
os meus irmãos mais velhos e a minha mãe, a qual na altura se encontrava grávida da minha
irmã mais nova.
O meu pai havia falecido de uma tosse sanguinolenta e eu tive de ir trabalhar para ajudar a
família.
Começava a jornada de trabalho às 6 da manhã e o frio intenso enregelava-me os pés e as
mãos. Nos dias de Inverno, o meu companheiro era um jornal velho que servia para me
embrulhar os pés e um naco de pão duro que era o meu almoço. Nas poucas pausas do
trabalho, entretinha-me a desenhar nas margens das folhas do jornal.
O dia de trabalho era longo e duro, entre as chicotadas do capataz, o ar irrespirável e os perigos
constantes que corríamos aninhados entre as máquinas.
Nunca me esqueci daquele dia em que a polícia carregou sobre um grupo de trabalhadores que
tentou destruir as máquinas como protesto contra as más condições de trabalho. Dizem que são
uns senhores chamados Marx e Engels que lhes metem essas ideias na cabeça!
Há uns meses, apareceu lá na fábrica um pintor, contratado para fazer um retrato do patrão, um
homem gordo, de cartola e sempre bem aprumado com o seu fato completo de tecidos caros,
mais preocupado com os bailes e as receções na sua luxuosa casa do que com as condições
miseráveis dos seus operários.
Um dia, quando o pintor se ia embora, corri atrás dele e a medo enfiei um dos meus desenhos
no bolso da sua casaca. Não passaram dois dias e ele regressou à fábrica, à procura do autor
daquele desenho… ou seja, Eu!
Foi fácil! Todos sabiam que o Henrique passava a vida a desenhar.
Hoje, ajudo no “atelier” a limpar o chão e a preparar as tintas. Trabalho menos horas, ganho
mais dinheiro e até já tenho umas meias que me aquecem os pés, além dos sapatos e do resto
da roupa.
Sonho um dia em ser um pintor rico e bem sucedido.
E o teu sonho, qual é?
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4. HISTÓRIA, ARTE E CRIATIVIDADE: DAS TECNOLOGIAS À APRENDIZAGEM EM CONTEXTO
2011/2012
Reflexão Individual:
Indique, sumariamente, qual a oportunidade, pertinência e grau de adequação da atividade em
relação à sua experiência profissional.
- O trabalho criativo e colaborativo desenvolvido durante as duas sessões desta acção de
formação superou todas as minhas expectativas, que eram elevadas logo à partida. Saio mais
rica como pessoa e, espero, mais capaz de motivar os meus alunos para olhar a arte como
espelho da História.
- Gostei muito desta ação e do trabalho que realizamos. O formador “provocou-nos, espicaçou-
nos”…e cada um lá foi à procura de novos caminhos. Saí cheia de vontade de “guiar” os meus
alunos pelos caminhos da arte, de os motivador para um olhar para a obra de arte como algo
que “fala” connosco, que tem estórias da História para nos contar. Espero conseguir passar para
eles um bocado desse entusiasmo que trouxe comigo.
- Esta ação de formação permitiu-me parar e ter tempo para pensar a arte como uma ferramenta
de trabalho, colocar de parte aquela rotina de que uma obra de arte utiliza-se apenas para
lecionar conteúdos ligados à arte…Utilizá-la de uma forma criativa é de facto um grande desafio,
desafio que quero desde já abraçar. Ah, claro que adorei a ação, grupo fantástico, todos com
contributos brilhantes!
- Ensinar criativamente é simples e divertido, foi a premissa saída da ação. Interessa, agora,
criar situações de ensino/aprendizagem que permitam desenvolver a criatividade dos nossos
alunos, tarefa árdua mas não impossível! Eu como professora não vou deixar de tentar, e
mesmo ousar, colocar em prática soluções diferentes para os problemas de sempre. Nesta ação,
muitas foram as sugestões para um ensino criativo, espero ser capaz de as aproveitar e tornar
as minhas aulas mais prazerosas.
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