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História da Geologia
Desde o momento em que o Homem surgiu na Terra, que tenta conhecê-la e controlá-la para a usar em seu proveito. O conhecimento dos elementos que a constituem, tem motivado o desenvolvimento e a evolução da espécie humana, que se esforça por explicar o mundo à sua volta.
Inicialmente a Terra era considerada um planeta que se encontrava no centro do Universo. Muitas teorias foram criadas para explicar o que acontece na Terra mas, conforme as técnicas e tecnologias foram evoluindo, foi-se colocando de lado umas teorias e elaborando outras. No pensamento dominante até meados do século XVIII, acreditava-se que o Universo tinha resultado de Criação Divina e, portanto, era perfeito e não sofria alterações – Criacionismo. Acreditava-se que o relevo terrestre não sofria alterações e que os continentes e oceanos conhecidos existiram desde sempre. Então…
Como explicar estes fenómenos naturais? As elevações vulcânicas aumentam em altura; há material muito quente a sair do interior da Terra; surgem ilhas no oceano; são destruídas ilhas por fenómenos de vulcanismo.
Que forças são capazes de dobrar estas rochas? Os sismos modificam por completo a paisagem antes existente Que forças conseguem partir rocha dura?
Que forças conseguem modelar estas paisagens? Durante quanto tempo?
O nível do mar variou ao longo do tempo, tendo ocorrido regressões e transgressões marinhas.
Mais de 20 mil fósseis de répteis, moluscos e outras criaturas marinhas pré-históricas foram localizadas numa montanha na China.
Inicialmente, o Homem recorria a mitos, para tentar explicar fenómenos que eram observados, mas não eram compreendidos. A separação Entre a Terra e o Céu é descrita em muitas mitologias. De acordo com a mitologia egípcia, o deus Chu, em pé, no centro, ergueu a deusa do céu, Nut, separando-a de seu marido, deus da Terra, Geb, deitado. O corpo de Nut formou desse modo os céus.
Nicolau Steno (1638-1686 ) foi um dos primeiros investigadores a redescobrir a verdadeira natureza dos fósseis. A Steno atribui-se definição da lei da sobreposição de estratos  e dos princípios de horizontalidade e continuidade lateral, os três princípios básicos da estratigrafia.
Georges Cuvier ( 1769-1832 ) prestou muitas e importantes contribuições à História Natural, no que se refere a espécies extintas e à reconstituição de alguns fósseis dando-lhe o aspecto que teriam quando eram vivos. Foi defensor de uma versão da história da Terra, segundo a qual uma sucessão de catástrofes teria exterminado as primitivas formas de vida, sendo a última destas catástrofes o DiIúvio descrito na Bíblia.  Considerava que as catástrofes que ocorreram no passado eliminaram faunas inteiras, as quais foram substituídas por outras, diferentes, eliminadas por seu turno.
Portanto, pensava-se que a Terra se formou e permaneceu sempre igual ao que hoje se vê: 5 continentes separados por oceanos – Imobilismo. As montanhas, vales, rochas dobradas e fraturadas eram explicadas pelo arrefecimento da Terra que, ao contrair, deu origem a essas formas – contracionismo.
Entretanto, como interpretar estas sequências, à luz do imobilismo?
James Hutton ( 1726-1797 ), considerado o fundador da geologia moderna, fazendo uso da observação de campo dos fenómenos actuais deduziu que as mesmas leis físicas actuais que os condicionam terão sido as mesmas que actuaram no passado. Formulou, deste modo, o princípio do Uniformitarismo: o presente é a chave da interpretação do passado. Hutton considerou que as rochas se formam por processos naturais e não devido a qualquer intervenção sobrenatural. Foi em SiccarPoint, nas costas do mar do norte da Escócia, que James Hutton fez as observações que lhe permitiram deduzir as ideias que marcaram o nascimento da geologia moderna.
Princípio do Uniformitarismo Pressupõe que: as leis físicas e químicas têm uma validade temporalmente ilimitada. As forças geológicas mantêm-se qualitativamente iguais no presente, no passado e futuro; (actualismo). As forças geológicas mantêm-se, não só qualitativamente, mas também quantitativamente iguais no presente, no passado e no futuro. (Gradualismo).
 Mais tarde, Charles Lyell ( 1797-1875 ), ampliou este princípio aplicando-o a novas situações geológicas, traduzindo-se em novos progressos das ciências geológicas. De facto, as rochas formam-se na natureza actual, obedecendo às mesmas leis que presidiram à sua formação há centenas de milhões de anos(atualismo geológico).
Estudos das grandes cadeias montanhosas (tendo grande destaque os Alpes), levaram os geólogos à conclusão de que o imobilismo e o contraccionismo não conseguiam explicar as diferentes idades das cadeias montanhosas e a continuidade entre algumas delas.
A teoria da deriva continental foi apresentada por AlfredWegener em 1912. Ele propôs que os continentes “derivam” lentamente sobre as bacias oceânicas, e de vez em quando colidem uns com os outros, separando-se; esta teoria dá uma explicação para os problemas que tinham sido levantados, embora Wegener não tenha conseguido explicar como ocorreria o processo.
No sec. XX ressurgem as teorias catastrofistas –neocatastrofismo: aceita os princípios do Uniformitarismo, mas admite a existência de catástrofes, como principais agentes modeladores da vida e da geodinâmica terrestre.

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  • 2. Desde o momento em que o Homem surgiu na Terra, que tenta conhecê-la e controlá-la para a usar em seu proveito. O conhecimento dos elementos que a constituem, tem motivado o desenvolvimento e a evolução da espécie humana, que se esforça por explicar o mundo à sua volta.
  • 3. Inicialmente a Terra era considerada um planeta que se encontrava no centro do Universo. Muitas teorias foram criadas para explicar o que acontece na Terra mas, conforme as técnicas e tecnologias foram evoluindo, foi-se colocando de lado umas teorias e elaborando outras. No pensamento dominante até meados do século XVIII, acreditava-se que o Universo tinha resultado de Criação Divina e, portanto, era perfeito e não sofria alterações – Criacionismo. Acreditava-se que o relevo terrestre não sofria alterações e que os continentes e oceanos conhecidos existiram desde sempre. Então…
  • 4. Como explicar estes fenómenos naturais? As elevações vulcânicas aumentam em altura; há material muito quente a sair do interior da Terra; surgem ilhas no oceano; são destruídas ilhas por fenómenos de vulcanismo.
  • 5. Que forças são capazes de dobrar estas rochas? Os sismos modificam por completo a paisagem antes existente Que forças conseguem partir rocha dura?
  • 6. Que forças conseguem modelar estas paisagens? Durante quanto tempo?
  • 7. O nível do mar variou ao longo do tempo, tendo ocorrido regressões e transgressões marinhas.
  • 8. Mais de 20 mil fósseis de répteis, moluscos e outras criaturas marinhas pré-históricas foram localizadas numa montanha na China.
  • 9. Inicialmente, o Homem recorria a mitos, para tentar explicar fenómenos que eram observados, mas não eram compreendidos. A separação Entre a Terra e o Céu é descrita em muitas mitologias. De acordo com a mitologia egípcia, o deus Chu, em pé, no centro, ergueu a deusa do céu, Nut, separando-a de seu marido, deus da Terra, Geb, deitado. O corpo de Nut formou desse modo os céus.
  • 10. Nicolau Steno (1638-1686 ) foi um dos primeiros investigadores a redescobrir a verdadeira natureza dos fósseis. A Steno atribui-se definição da lei da sobreposição de estratos e dos princípios de horizontalidade e continuidade lateral, os três princípios básicos da estratigrafia.
  • 11. Georges Cuvier ( 1769-1832 ) prestou muitas e importantes contribuições à História Natural, no que se refere a espécies extintas e à reconstituição de alguns fósseis dando-lhe o aspecto que teriam quando eram vivos. Foi defensor de uma versão da história da Terra, segundo a qual uma sucessão de catástrofes teria exterminado as primitivas formas de vida, sendo a última destas catástrofes o DiIúvio descrito na Bíblia. Considerava que as catástrofes que ocorreram no passado eliminaram faunas inteiras, as quais foram substituídas por outras, diferentes, eliminadas por seu turno.
  • 12. Portanto, pensava-se que a Terra se formou e permaneceu sempre igual ao que hoje se vê: 5 continentes separados por oceanos – Imobilismo. As montanhas, vales, rochas dobradas e fraturadas eram explicadas pelo arrefecimento da Terra que, ao contrair, deu origem a essas formas – contracionismo.
  • 13. Entretanto, como interpretar estas sequências, à luz do imobilismo?
  • 14. James Hutton ( 1726-1797 ), considerado o fundador da geologia moderna, fazendo uso da observação de campo dos fenómenos actuais deduziu que as mesmas leis físicas actuais que os condicionam terão sido as mesmas que actuaram no passado. Formulou, deste modo, o princípio do Uniformitarismo: o presente é a chave da interpretação do passado. Hutton considerou que as rochas se formam por processos naturais e não devido a qualquer intervenção sobrenatural. Foi em SiccarPoint, nas costas do mar do norte da Escócia, que James Hutton fez as observações que lhe permitiram deduzir as ideias que marcaram o nascimento da geologia moderna.
  • 15. Princípio do Uniformitarismo Pressupõe que: as leis físicas e químicas têm uma validade temporalmente ilimitada. As forças geológicas mantêm-se qualitativamente iguais no presente, no passado e futuro; (actualismo). As forças geológicas mantêm-se, não só qualitativamente, mas também quantitativamente iguais no presente, no passado e no futuro. (Gradualismo).
  • 16.  Mais tarde, Charles Lyell ( 1797-1875 ), ampliou este princípio aplicando-o a novas situações geológicas, traduzindo-se em novos progressos das ciências geológicas. De facto, as rochas formam-se na natureza actual, obedecendo às mesmas leis que presidiram à sua formação há centenas de milhões de anos(atualismo geológico).
  • 17. Estudos das grandes cadeias montanhosas (tendo grande destaque os Alpes), levaram os geólogos à conclusão de que o imobilismo e o contraccionismo não conseguiam explicar as diferentes idades das cadeias montanhosas e a continuidade entre algumas delas.
  • 18. A teoria da deriva continental foi apresentada por AlfredWegener em 1912. Ele propôs que os continentes “derivam” lentamente sobre as bacias oceânicas, e de vez em quando colidem uns com os outros, separando-se; esta teoria dá uma explicação para os problemas que tinham sido levantados, embora Wegener não tenha conseguido explicar como ocorreria o processo.
  • 19. No sec. XX ressurgem as teorias catastrofistas –neocatastrofismo: aceita os princípios do Uniformitarismo, mas admite a existência de catástrofes, como principais agentes modeladores da vida e da geodinâmica terrestre.