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Universidade Católica Portuguese – Faculdade de Teologia
Braga, 2019
Unidade: Teologia Filosófica
Aluno: João César do Couto Dias (apoio, revisão e publicação
digital por João Miguel Pereira)
Ficha de Leitura: Texto “Capitulo 2 - O argumento cosmológico”
– Ref. Bibliográfica do livro
O texto começa por aludir a três argumentos em vista da tentativa de provar a existência
de Deus: 1.Cosmológico: há coisas no mundo causadas por outras coisas; 2.Do
Desígnio: há existência de ordem e teleologia no mundo; 3.Ontológico: desenrolado a
partir do conceito de Deus.
Avança desenvolvendo o argumento cosmológico (iniciado com Aristóteles e Platão)
desenvolvido por Tomás de Aquino em três versões: “tem de haver uma causa última da
mudança, que seja ela própria imutável”; “tem de haver uma causa última de existência,
cuja existência seja incausada”; “há um ser que tem de existir, que existe e que não
poderia não existir”.1
Todavia, esses argumentos não conseguem provar a existência do
Deus teísta (perfeitamente bom, omnipotente, omnisciente e criador do mundo, mas
distinto e independente deste).
Avança tratando o desenvolvimento empreendido por Samuel Clarke (no séc. XVIII) a
quem David Hume procurou rebater.
A primeira parte do Arg. Cosmológico expressa-se assim:2
1. Todo o ser (que existe ou que já existiu) ou é um ser dependente ou um ser auto-
existente.
2. Nem todo o ser pode ser dependente.
Logo,
Existe um ser auto-existente.
Ora, pressupondo as premissas como verdadeiras, o argumento é dedutivamente válido
mas isso é insuficiente para estabelecer a verdade da sua conclusão. Problema:
precisamos de ter uma base racional para acreditar que as premissas são verdadeiras.
A primeira premissa assenta no Princípio da Razão Suficiente: tem de haver uma
explicação da existência de todo e qualquer ser e de qualquer facto positivo, seja ele
qual for.3
A segunda assenta em: “tem de haver um primeiro ser para iniciar qualquer série
causal” pois “se todo o ser fosse dependente não haveria um primeiro ser para iniciar a
série causal”.4
Conclui que “Nem todo o ser pode ser dependente”.5
1
40.
2
43.
3
Cf. 45.
Problema: a primeira premissa ignorar a possibilidade distinta de uma série causal
infinita, sem qualquer primeiro membro, pressupondo que uma série causal tem de parar
num primeiro membro. Todavia, dizem os críticos, “parece não haver uma boa razão
para pressupor isto”:6
inferir que, porque cada membro da coleção de seres dependentes
tem uma causa, a própria coleção tem de ter uma causa.7
Hipótese: por que razão
devemos pensar que tudo tem de ter uma explicação?8
Pos críticos, entre eles Hume, “para explicar a existência de uma coleção de coisas basta
explicar a existência de cada membro da coleção”.9
Aqui está o erro: “explicar a
existência dos membros da coleção de seres dependentes nada mais é do que explicar a
existência dos seus membros” e, ao contrário do pressuposto dos críticos, “explicar a
existência da coleção é [que serve para] explicar a existência de cada membro e a razão
pela qual há de todo em todo seres dependentes”.10
Da origem do todo explica-se a das
suas pates mas a origem das suas partes não explica a da totalidade: “o facto de cada
membro da coleção se explicar por outro ser dependente qualquer é insuficiente para
explicar por que razão há e sempre houve seres dependentes”11
. Ora, “se todo o ser
fosse dependente, o facto de haver e sempre ter havido seres dependentes não teria
explicação. Mas isto viola a segunda parte do PRS”12
.
Portanto, “à excepção dos que após uma reflexão ponderada concluem razoavelmente
que o PRS é uma verdade fundamental de razão, o argumento cosmológico não nos dá
uma boa base racional para acreditar que entre os seres que existem há um cuja
existência se explica pela sua própria natureza”13
.
Por fim, é-nos apresentado o argumento Kalam parte da premissa de que o universo teve
de ter um começo que acompanha o começo do tempo, e nisto se apoia nas ciências
modernas. Ele aponta a causa do universo como anterior ao Big Bang, embora não lhe
seja temporalmente anterior, pois o tempo ainda não existia. Assim a causa do universo
terá de ser intemporal e por ela o universo e o tempo começam a existir. Craig pensa
que a causa intemporal do universo tem de ser uma entidade com as propriedades do
Deus teista.
Concluindo, o argumento cosmológico, tradicional ou na versão Kalam, é apenas um de
vários argumentos a favor da existência do Deus teísta. Sozinho nenhum pode provar
nada. mas os vários em conjunto podem ser suficientes para sustentar a existência de um
ser omnisciente, omnipotente, perfeitamente bom e criador do mundo.
4
46.
5
47.
6
47.
7
Cf. 48.
8
49.
9
51.
10
53.
11
55.
12
55.
13
57.

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Arg Cosmológico

  • 1. Universidade Católica Portuguese – Faculdade de Teologia Braga, 2019 Unidade: Teologia Filosófica Aluno: João César do Couto Dias (apoio, revisão e publicação digital por João Miguel Pereira) Ficha de Leitura: Texto “Capitulo 2 - O argumento cosmológico” – Ref. Bibliográfica do livro O texto começa por aludir a três argumentos em vista da tentativa de provar a existência de Deus: 1.Cosmológico: há coisas no mundo causadas por outras coisas; 2.Do Desígnio: há existência de ordem e teleologia no mundo; 3.Ontológico: desenrolado a partir do conceito de Deus. Avança desenvolvendo o argumento cosmológico (iniciado com Aristóteles e Platão) desenvolvido por Tomás de Aquino em três versões: “tem de haver uma causa última da mudança, que seja ela própria imutável”; “tem de haver uma causa última de existência, cuja existência seja incausada”; “há um ser que tem de existir, que existe e que não poderia não existir”.1 Todavia, esses argumentos não conseguem provar a existência do Deus teísta (perfeitamente bom, omnipotente, omnisciente e criador do mundo, mas distinto e independente deste). Avança tratando o desenvolvimento empreendido por Samuel Clarke (no séc. XVIII) a quem David Hume procurou rebater. A primeira parte do Arg. Cosmológico expressa-se assim:2 1. Todo o ser (que existe ou que já existiu) ou é um ser dependente ou um ser auto- existente. 2. Nem todo o ser pode ser dependente. Logo, Existe um ser auto-existente. Ora, pressupondo as premissas como verdadeiras, o argumento é dedutivamente válido mas isso é insuficiente para estabelecer a verdade da sua conclusão. Problema: precisamos de ter uma base racional para acreditar que as premissas são verdadeiras. A primeira premissa assenta no Princípio da Razão Suficiente: tem de haver uma explicação da existência de todo e qualquer ser e de qualquer facto positivo, seja ele qual for.3 A segunda assenta em: “tem de haver um primeiro ser para iniciar qualquer série causal” pois “se todo o ser fosse dependente não haveria um primeiro ser para iniciar a série causal”.4 Conclui que “Nem todo o ser pode ser dependente”.5 1 40. 2 43. 3 Cf. 45.
  • 2. Problema: a primeira premissa ignorar a possibilidade distinta de uma série causal infinita, sem qualquer primeiro membro, pressupondo que uma série causal tem de parar num primeiro membro. Todavia, dizem os críticos, “parece não haver uma boa razão para pressupor isto”:6 inferir que, porque cada membro da coleção de seres dependentes tem uma causa, a própria coleção tem de ter uma causa.7 Hipótese: por que razão devemos pensar que tudo tem de ter uma explicação?8 Pos críticos, entre eles Hume, “para explicar a existência de uma coleção de coisas basta explicar a existência de cada membro da coleção”.9 Aqui está o erro: “explicar a existência dos membros da coleção de seres dependentes nada mais é do que explicar a existência dos seus membros” e, ao contrário do pressuposto dos críticos, “explicar a existência da coleção é [que serve para] explicar a existência de cada membro e a razão pela qual há de todo em todo seres dependentes”.10 Da origem do todo explica-se a das suas pates mas a origem das suas partes não explica a da totalidade: “o facto de cada membro da coleção se explicar por outro ser dependente qualquer é insuficiente para explicar por que razão há e sempre houve seres dependentes”11 . Ora, “se todo o ser fosse dependente, o facto de haver e sempre ter havido seres dependentes não teria explicação. Mas isto viola a segunda parte do PRS”12 . Portanto, “à excepção dos que após uma reflexão ponderada concluem razoavelmente que o PRS é uma verdade fundamental de razão, o argumento cosmológico não nos dá uma boa base racional para acreditar que entre os seres que existem há um cuja existência se explica pela sua própria natureza”13 . Por fim, é-nos apresentado o argumento Kalam parte da premissa de que o universo teve de ter um começo que acompanha o começo do tempo, e nisto se apoia nas ciências modernas. Ele aponta a causa do universo como anterior ao Big Bang, embora não lhe seja temporalmente anterior, pois o tempo ainda não existia. Assim a causa do universo terá de ser intemporal e por ela o universo e o tempo começam a existir. Craig pensa que a causa intemporal do universo tem de ser uma entidade com as propriedades do Deus teista. Concluindo, o argumento cosmológico, tradicional ou na versão Kalam, é apenas um de vários argumentos a favor da existência do Deus teísta. Sozinho nenhum pode provar nada. mas os vários em conjunto podem ser suficientes para sustentar a existência de um ser omnisciente, omnipotente, perfeitamente bom e criador do mundo. 4 46. 5 47. 6 47. 7 Cf. 48. 8 49. 9 51. 10 53. 11 55. 12 55. 13 57.