Sócrates questiona o significado de "ladrão" após ouvir alguém gritar para pegar um ladrão. Isso leva o soldado a perseguir o suspeito, mas faz Sócrates refletir sobre o conceito. A atitude do soldado representa o senso comum, enquanto Sócrates adota uma postura filosófica de questionamento.
3. Situação filosófica
"Em uma manhã ensolarada da antiga Atenas, a
população desenvolvia tranquilamente seus
afazeres. De repente, um homem cruza a praça
correndo, e logo se ouvem gritos desesperados:
-Pega ladrão! Pega ladrão!
Um soldado imediatamente se lança em
disparada atrás do sujeito. Sócrates, por sua vez,
pergunta:
-O que é um ladrão?"
4. Analisando a situação
Tudo transcorria normalmente em Atenas, na
Grécia Antiga, quando um homem surge
gritando "Pega ladrão!". A situação levou o
soldado a correr atrás do ladrão. Mas,
provocou em Sócrates um deslocamento e,
consequentemente, um questionamento: "O que
é um ladrão?" A atitude do soldado é própria do
senso comum e a de Sócrates é característica
dos filósofos.
5. Atitude: a maneira de se comportar que reflete
uma disposição.
Reflexão: estado de consciência que a pessoa se
volta para seu interior, concentrando seu espirito
na busca de uma compreensão das ideias e
sentimentos que tem sobre si própria ou sobre as
coisas e assuntos do mundo exterior.
Senso comum: ideia admitida como correta ou
verdadeira pela maioria de um grupo social,
mesmo sem a devida considerações sobre os
fundamentos que a validem com tal, isto é como
uma verdade ou necessidade incontestável.
6. Importância de perguntar
Duvidar é fundamental para ter um
conhecimento mais amplo. Porém,
poucas pessoas duvidam,
questionam. Geralmente, as pessoas
não perguntam porque possuem
dificuldade de se expressar ou medo de
falar em público porque consideram que
perguntar é expor uma debilidade.
7. Perguntas são:
Desejo de conhecer;
Se complementam com a atitude de saber
explicar;
Ampliar horizontes;
Possibilidades de uma vida mais justa, sabia,
generosa e feliz.
8. Atitude filosófica
A atitude indagadora é filosófica e é
essencial tanto para aqueles que
desejam tornarem-se filósofos quanto
para aqueles que desejam apenas
refletir sobre alguma situação.
A atitude filosófica é comum na infância.
O homem, quando é criança, questiona
tudo e todos, mas, quando cresce,
contenta-se com respostas prontas e
acabadas. Para recuperar a atitude
filosófica, o homem deve inspirar-se na
infância e recomeçar a indagar
9. Par Karl Jaspers (1883-1969) pensador alemão.
“as perguntas em filosofia são mais essenciais que
as respostas transformando-se em uma nova
pergunta”
Busca ampliar horizontes mesmo que você não
tenha intensão de se tornar um filosofo.
Surge a quebra, o estranhamento, uma
oportunidade de pensar a vida de maneira
filosófica, IstoÉ para começar a indagar duvidar.
10. Dúvida filosófica
As dúvidas filosóficas surgem nos momentos
de estranhamento. Indagar sobre qual time
vai ganhar o Campeonato Brasileiro de
Futebol não é uma dúvida filosófica. Mas,
indagar sobre "O que é o mal?" ou "O ser
humano é mal?" quando nos deparamos
com crimes bárbaros, é uma dúvida
filosófica que demanda uma explicação
racional.
A partir da dúvida, o filósofo constrói uma
explicação fundamentada sobre o objeto
de sua reflexão.
11. A duvida filosófica propicia um exercício fecundo
da razão?
Sim, pois nela se adota – para inicio de conversa
– a suspensão do juízo : assim é a interrupção
temporária do fluxo normal de ideias prontas que
uma pessoa possui sobre determinado assunto
Para quê?
Para reunir o maior número de antecedente ou
conhecimentos com relação ao assunto e só
então formular opnião,um juízo a seu
respeito,bem mais estruturado e justificado
12. Portanto a duvida filosófica não é ociosa, vazia,
fútil, não é meramente especulativa.
A pessoa que pratica visa articular racionalmente
no sentido de construir uma explicação solida e
bem fundamentada um conhecimento claro e
confiável sobre o assunto/tema que é objeto de
sua preocupação.
13. DÚVIDA METÓDICA
Vamos analisar o extremo do ato de duvidar:
A chamada dúvida metódica articulada pelo
filosofo francês René Descartes
14. Aprendendo a duvidar
Duvida metódica(referencial da filosofia
moderna)
Metódica: Porque a duvida vai se ampliando
passo a passo, de maneira ordenada e logica; e
Radical: porque a duvida vai atingindo tudi e
chega a um ponto extremo em que não év
possível ter certeza de nada nem mesmo de que
o mundo existe.
Duvida hiperbólica
15. As primeiras
determinações
Jamais acolher alguma coisa com verdadeira e
não conhecesse evidentemente com tal; evitar
precipitação e nada incluir em meus juízos que
não se apresentasse tão clara e distinto;
Segundo Descartes somos convidados a
suspender os nossos juízos sobre qualquer
proposição cuja verdade possa ser questionada,
ainda que unicamente como uma possibilidade
remota.
16. A dúvida sobre as ideias
que nascem dos sentidos
Por isso a dúvida em suma, é um meio para um fim,
não um fim em si.
Podemos duvidar porque todo o nosso
conhecimento é passivo de duvida, pois tais
conhecimentos provem dos sentidos; e pode
acontecer de enganar. Por está causa é prudente
nunca confiar completamente; ou seja; uma vez
que já nos enganam. Para Descartes a duvida é útil
para distanciar ou destacar o espírito dos sentidos;
pois a duvida nasce da experiência do erro; e uma
vez que os sentidos nos enganaram; será sempre
necessário duvidar
17. Nas não foi fácil duvidar completamente dos
sentidos. Afinal os mesmos nos remetem algumas
certezas.
Mas o que poderia abalar essa impressão tão
verdadeira?
O sonho Descartes dá-se conta que poderia estar
sonhando.
Argumento do sonho o filosofo volta a estaca zero;
18. A dúvida sobre as ideias
que nasce da razão
Conhecimento matemático
Não depende de objetos externos. Apenas da
razão, quem poderia contestar um resultado de
uma equação matemática?
Um ser onipotente (Deus) criou você de forma a
se enganar sempre quando todos nos pensamos
sempre que 2+3= 5,quando na verdade isso é
uma ilusão.
Argumento do Deus enganador
19. A dúvida generalizada
Argumento do gênio maligno
Argumento que se dirige as pessoas que a creditam em Deus
Está gravada no meu espírito uma velha crença, segundo a
qual existe um Deus que pode tudo e pelo qual fui criado tal
como existo. Mas quem me garante que ele não procedeu
de modo que não houvesse nem terra, nem céu, nem corpos
extensos, nem figura, nem grandeza, nem lugar, e que, no
entanto, tudo isto me parecesse existir tal como agora? (…)
Porventura Deus não quis que eu me enganasse deste modo,
ele que dizem que é sumamente bom (…).
Vou supor por consequência, não o Deus sumamente bom,
fonte da verdade, mas um certo génio maligno, ao mesmo
tempo extremamente poderoso e astuto que pusesse toda a
sua indústria em me enganar. Vou acreditar que o céu, o ar,
a terra, as cores, as figuras, os sons e todas as coisas exteriores
não são mais do que ilusões de sonhos com que ele arma
ciladas à minha credulidade.
Descartes, Meditações metafísicas, tr. Gustava de Fraga,
Almedina, p.110-114
20.
21. A descoberta da primeira
certeza
O próprio ato de pensar não pode se colocado
em duvida.
Descartes concluiu que enquanto ser que pensa,
logo existe Frase: cogito,ergo sum.
E a partir dessas certeza trataria de alcançar
outras certeza, com por exemplo a existência de
Deus e do mundo material.
22. Aprendendo a filosofar
Importante a suspender os juízos e a pesquisar
mais profundamente antes de emitir qualquer
opinião a respeito das coisas.
Filosofar sobre qualquer tema devemos ser
conduzidos a critérios de maneira metódica e
ordenada.
Para entender deve-se ir do mais simples ao mais
complexo.
Exemplo: Para analisar a violência social.
Comece a tentar entender o ser humano em sua
dimensões básica(mental ,emocional e física,
convivência e outros) e assim progressivamente.