2. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE LETRAS
DLEV/DLES
RELIGIÃO X CIÊNCIA:
Guerras seculares pelo poder e pelo saber
PROJETO DE PESQUISA
PRODUÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTO II – H0
Orientadora: Roseane Santana Santos Dias
Discente: João Lennon Alves Ferreira
Edição bilíngue
São Cristóvão/SE
2011
3. SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................06
INTRODUCTION ...................................................................................................................06
JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................07
JUSTIFICATION .....................................................................................................................07
OBJETIVO GERAL..………………………………………………………………………………………………………..08
OBJETIVO ESPECÍFICO ...………………………………………………………………………………………………08
GENERAL GOALS ..................................................................................................................09
SPECIFIC GOALS ...................................................................................................................09
PROBLEMATIZAÇÃO ............................................................................................................09
PROBLEMATIZATION ..........................................................................................................10
ESQUEMATIZANDO .............................................................................................................10
REFLEXÕES EM RECORTES .................................................................................................11
CRONOGRAMA DA PESQUISA ...........................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................14
5. INTRODUÇÃO
Não que religião e ciência tenham que ser inimigas naturais, mas todas as
vezes que ambas tratam dos mesmos temas, os conflitos são inevitáveis. O
criacionismo é um dos melhores exemplos.
Manter a unidade do conhecimento para todas as especialidades e uma
formação inicial unitária é um esforço característico desse tempo [...] É claro
que não podemos falar ainda de conhecimento científico ao menos como é
entendido hoje [...] Não obstante, muitas das qualidades hoje requeridas para o
trabalho científico, como por exemplo, rigor seriedade, lógica do pensamento,
busca de prova etc... Iniciam a sistematizar-se por esses tempos.
Com a ruralização da economia que se estendeu por toda a Idade Média, a
igreja, antes concentrada nas cidades, foi obrigada a se deslocar para o
campo, e os bispos e os abades se tornaram verdadeiros senhores feudais.
Nessa época, a igreja tinha praticamente o controle do saber, pois o domínio
da leitura e da escrita era privilégio quase que exclusivo de bispos, padres,
abades e monges. Os membros do clero eram, por isso, as pessoas mais aptas
a ocupar cargos públicos, exercendo funções de notários, secretários e
chanceleres.
Os mosteiros tornaram-se verdadeiros polos culturais na Idade Média, e suas
bibliotecas preservavam obras de escritores da Antiguidade Grega e Romana.
Ao lado de cada mosteiro, geralmente, havia uma escola, que atendia a
população pobre da região. Em geral, os frequentadores acabavam-se
convertendo ao Cristianismo.
INTRODUCTION
It is not that religion and science have to be natural enemies, but every time that
both address the same things, conflicts are inevitable. Creationism is one of the
best examples.
Maintaining the unity of knowledge for all specialties and a training unit is typical
of thistime an effort [...] Of course, we cannot yet speak of scientific
knowledge is at least asunderstood today [...] However, many the
qualities now required for scientific work, such as rigor serious,
logical thinking, looking for proof etc. ... Begin systematically through
those times.
With the ruralization of the economy that has spread throughout the Middle
Ages, the church, before concentrated in cities, was forced to move to the field,
and the bishops and the abbots became feudal lords true. At that time, the
6. church had about the control of knowledge as the mastery of reading and
writing was almost exclusive privilege of bishops, priests, abbots and
monks. Members of the clergy were, therefore, people's ability to hold public
office, acting as notaries, secretaries and foreign ministers.
The monasteries have become true cultural hubs in the middle Ages, and
their libraries to preserve the works of writers of Greek and
Roman antiquity. Beside each monastery, usually had a school, serving the
region's poor. In general, the attendees ended upconverting toChristianity.
2. JUSTIFICATIVA
A contribuição da ciência para a humanidade se situa primariamente no plano
da cultura. Historicamente, as universidades como centros de transmissão de
conhecimentos, livre discussão e circulação de ideias e propagação da cultura,
tornaram-se veículos por excelência das atividades científicas, proporcionando
o ambiente necessário para o florescimento das ciências.
Em virtude da ligação cada vez maior entre progresso científico e
desenvolvimento social, cabe aos cientistas indagar com mais frequência e de
modo mais crítico e sistemático sobre a utilização da ciência e dos resultados
de suas pesquisas.
Considerarei aqui, em particular, quatro aspectos do relacionamento da ciência
com a sociedade que, a meu ver, requerem a atenção e a reflexão do cientista:
1) Aplicação da ciência com fins militares;
2) Impacto do avanço tecnológico e industrial no meio ambiente;
3) Distribuição dos benefícios resultantes do progresso científico e
tecnológico;
4) Difusão da ciência e o problema da educação.
A necessidade de discutir e refletir sobre esses temas envolvendo a Igreja e a
Ciência mostra também que esse conflito não deriva de uma divisão dentro da
comunidade científica, mas de pressões políticas das instituições religiosas e
científicas.
A religião é, assim, um componente constitutivo do agir humano e, por esta
razão, está presente na ação e na interpretação do homem no e do mundo.
2.1 JUSTIFICATION
The contribution of science to humanity lies primarily in the field of culture.
Historically, the universities as centers of transmission of knowledge, free
discussion and movement of ideas and the spread of culture, have become
7. vehicles for excellence in scientific activities, providing the necessary
environment for the flourishing of the sciences.
As a result of the increasingly scientific progress and social development, it
is up to the scientists investigate more often and more critically and
systematically on the use of science and the results of their research. We
will consider here, in particular, four aspects of the relationship between
science and the society which, in my view, require the attention and the
reflection of the scientist:
1) Application of science for military purposes;
2) The Impact of technological advancement and industrial
environment;
3) Distribution of the benefits resulting from scientific and technological
progress;
4) Dissemination of science and the problem of education.
The need to discuss and reflect on these issues involving the Church
and Science also shows that this conflict stems from a division within
the scientific community, but political pressure from religious and
scientific institutions.
Religion is thus a constitutive component of human action and, therefore, is
present in action and the interpretation of man and the world.
3. OBJETIVOS
3.1 - Objeivo Geral:
Parece-me essencial que ao início de um programa de pesquisa sobre o tema
de ciência, religião e desenvolvimento, dever-se-ia reconhecer francamente o
papel privilegiado que a ciência tem como fonte de metodologia. Os assuntos
que envolvem a escolha de métodos científicos, porem, são em sim mesmo
complexos, e algumas palavras sobre o assunto são aqui oportunas.
A ciência, em seu sentido mais amplo, abrangendo uma extensa gama de
fenômenos, tanto da natureza como da sociedade, admite uma variedade de
enfoques e métodos, cada um deles apropriados ao caráter de um objeto
especifico de investigação.
Acho bastante inadequado o enfoque para o estudo de religião que divide o
investigador em duas entidades separadas, o cientista e crente; o primeiro,
apegado às regras acadêmicas e o segundo, obrigado a ignorar os absurdos
que esta dualidade introduz em seu sistema de crenças.
3.2 - Objetivo Específico:
No estudo dos inúmeros sistemas e processos científicos, não surgem
perguntas diretamente relacionadas à existência de Deus, ou à dimensão
8. espiritual de vida; o método apropriado necessariamente tem que excluí-los de
consideração, por nenhuma outra razão que a preservação do rigor científico.
Ainda mais, quando tal exclusão se torna uma regra a ser aplicada
dogmaticamente pelo mundo científico, tal atitude produz uma inflexibilidade
que rouba da ciência alguns de seus poderes.
3.1 GeneralGoal
It seems to me essential that the initiation of a research program on the
theme of science, religion and development, it would be recognize frankly
the privileged role that science has its source in methodology. The issues
that involve the choice of scientific methods, however, are in yes even
complex, and some words on the subject here are timely.
Science in the broadest sense, covering a wide range of phenomena in
both nature and society, admits a variety of approaches and methods, each
suitable to the character of aspecific object of investigation.
I find it inadequate the approach to the study of religion that divides the
researcher into two separate entities, the scientist and the believer, the first
bound to the rules of academia and the second, thanks to ignore the
absurdities this duality introduces into their belief system.
3.2 Specific Goal
In the study of numerous systems and processes,
there arise questions related to the existence of God or the spiritual
dimension of life, the appropriate method must necessarily
exclude them from consideration, for no other reason than the
preservation of scientific rigor. Yet, when such exclusion becomes a rule
to be applied dogmatically across the board, such an inflexibility that robs
science of some of his powers.
4. PROBLEMATIZAÇÃO
Não é primeira vez, nem decerto será a última, que dogmas religiosos se
opõem a pesquisas científicas. As religiões nasceram como uma maneira de
explicar a natureza aos homens e responder perguntas difíceis – Como de
onde viemos, por que chove, o que é um relâmpago, por que as pessoas
morrem. Porém, as respostas da Religião não costumam mudar com o tempo.
As da Ciência sim. A consequência lógica desse descompasso é que muitas
questões passaram a ter (no mínimo) duas respostas: a religiosa e a científica.
Muitas vezes conflitantes.
9. 4.1 PROBLEMATIZATION
It is not the first time, certainly not be the last, that religious dogmas are
opposed to scientific research. Religions were born as a way to explain the
nature of men and tough questions - How where we came from, why it
rains, what is lightning, why people die. However, the responses of religion do
not usually change with time. The Science, yes. The logical consequence of this
discrepancy is that many issues have been given (at least) two answers:
the religious and scientific. Oftenconflicting.
5. ESQUEMATIZANDO
Períodos OCIDENTE ORIENTE
RELIGIÃO CIÊNCIA RELIGIÃO CIÊNCIA
(datas
aproximadas)
PRIMEIRO Religiões primitivas, O mínimo Religiões primitivas, O mínimo desenvolvimento
PERÍODO influência máxima da desenvolvimento. influência máxima da
Religião. Religião.
"200mil"aC -
600 aC
SEGUNDO Surgimento da Filosofia Maior desenvolvimento Surgimento da Filosofia Maior desenvolvimento
PERÍODO Grega, menor influência da Hindu, Budista, Taoísta e
Religião. Confuciana. Menor
interferência religiosa no
600 aC - 400 pensamento.
dC
TERCEIRO Apogeu do Cristianismo, Baixo desenvolvimento Surgimento do Islamismo, Desenvolvimento estável
PERÍODO estado Teocrático, baixa interferência religiosa assim como no período
Altíssima influência da no pensamento. anterior.
religião
400 dC -
1500 dC
QUARTO Renascimento e Mais Alto Baixa interferência Sem Desenvolvimento estável
PERÍODO enfraquecimento da desenvolvimento, o grandes alterações, boa assim como no período
Religião. Ocidente ultrapassa o parte do oriente começa a anterior
Oriente ser dominado pelo ocidente.
1500 dC -
1900 dC
QUINTO Baixíssima influência da Máximo desenvolvimento Baixa influência da Religião Alto, mas menor que no
PERÍODO Religião no pensamento no pensamento, embora Ocidente.
maior que no Ocidente.
1900 dC -
Agora
10. 6. REFLEXÕES EM RECORTES
Um outro mundo é possível.
Em “Podemos Não Crer?”, o filósofo Jacques Bouveresse defende que a “religião da
divindade” irá perder cada vez mais espaço para a “religião da humanidade”.
O filósofo francês Jacques Bouveresse, professor do Collège de France, empreende
em seu novo livro "Peut-OnNePasCroire? Sur laVérité, laCroyance et la Foi"
[Podemos Não Crer? Sobre a Verdade, a Crença e a Fé, ed. Agone, 24 euros, R$
67] uma discussão filosófica em torno da fé, do antigo antagonismo entre fé e
ciência e do pretenso retorno da religiosidade.
Serve-se de autores como Nietzsche, Renan, James, Bertrand Russel, Wittgenstein
e Freud, entre outros que se interessaram pelo problema da fé e da religião.
Em entrevista exclusiva ao caderno mais! da Folha de S. Paulo, Bouveresse admite
que "existe um declínio da fé religiosa, que não é incompatível com um
recrudescimento da religião, se admitimos que o que é importante na religião não é
a crença, mas a experiência religiosa".
Para o historiador da ciência Ronald Numbers, foi a escola básica a principal frente
de uma guerra global: a das visões de mundo evolucionista e criacionista. A teoria
evolucionista, herdeira do cientista britânico Charles Darwin (1809-82), carrega o
estandarte da ciência estabelecida; enquanto que a teoria criacionista, de tradição
religiosa, reage no campo político e cultural para retomar o imaginário popular.
Esse conflito não deriva de uma divisão dentro da comunidade científica, mas de
pressões políticas das instituições religiosas e científicas.
LENEIDE DUARTE-PLON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS
O filósofo francês Jacques Bouveresse, professor do Collège de France,
empreende em seu novo livro “Peut-OnNePasCroire? SurlaVérité,
laCroyance et la Foi” [Podemos Não Crer? Sobre a Verdade, a Crença e a
Fé, ed. Agone, 24 euros, R$ 67] uma discussão filosófica em torno da fé, do
11. antigo antagonismo entre fé e ciência e do pretenso retorno da
religiosidade.
Serve-se de autores como Nietzsche, Renan, James, Bertrand Russel,
Wittgenstein e Freud, entre outros que se interessaram pelo problema da fé
e da religião.
Em entrevista exclusiva à Folha, Bouveresse admite que “existe um declínio
da fé religiosa, que não é incompatível com um recrudescimento da religião,
se admitimos que o que é importante na religião não é a crença, mas a
experiência religiosa”.
Sobre o presidente americano George W. Bush, que expõe publicamente
suas convicções religiosas e pretende combater o “mal”, Bouveresse diz:
“Uma política que se apoia explicitamente sobre um fundamento religioso
pode encontrar aí dinamismo, poder e influência, mas não se torna por isso
mais justa”.
O filósofo afirma que, na encíclica “Fé e Razão”, o papa João Paulo 2ø
demonstrou que, quando propõem abandonar a noção de verdade objetiva,
os relativismos radicais e os pós-modernismos são inimigos tanto da fé
quanto da razão e da ciência.
“O que constato é que hoje são os céticos e os agnósticos que tendem a
aparecer como doutrinários dogmáticos e intolerantes, como se existisse
uma obrigação de crer que eles não respeitassem.”
12. CRONOGRAMA DA PESQUISA
2011/2012
Meses Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março
Especificação/Ano
Levantamento X
bibliográfico
Coleta e seleção de X
dados
Análise crítica do X
material
Redação X
provisória/final
Entrega ao orientador X
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13. Burstein, Dan (ed). Secrets of Angels & Demons: The unauthorized guide to the
bestselling novel, 2004, CDS Books. ISBN 1-59315-140-3, Collection of many
essays by world-class historians and other experts, discussing the fact & fiction of
the novel.
BOUVERESSE, Jacques , Peut-on ne pas croire ? Surlavérité, lacroyance&la foi,
Marseille, Agone, Coll. Banc d’Essais, 2007, 286 p.
Kreeft, Peter
Sócrates e Jesus: o debate / Peter Kreeft; tradução Ana Schaffer. –
São Paulo: Editora Vida, 2006.
Título original: Sócrates meets Jesus.
Vis Deiexistentiamexplicant. AbsqueDeo non est scientia. Memento Deum esse cum fide esse. Videmus sole ibi,
sedcreare, quaepeperit. In quis ligulanisi, velfortunaesuperfuitevolution. Imo futurus erat in fide per omniamaxime
Dei. Nonnegenerarefilium. Post Deum esse ...