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UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES CAMPOMAIORENSES-NOVAUNESC
FACULDADE SÃO GABRIEL
Mirocles Rodrigues Sousa Junior
Estudo de patologia, protocolo em ressonância
Teresina, 2015
Mirocles Rodrigues Sousa Junior
Estudo de patologia, protocolo em ressonância magnética
Trabalho apresentado como requisito
parcial para obtenção de aprovação
na disciplina práticas interdisciplinares
- métodos avançados de diagnóstico
por imagem, no curso de tecnologias
radiológica, na faculdade São Gabriel.
Prof.º: Erico Leite Campos
Teresina, 2015
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................4
2. LIPOSSARCOMA ..........................................................................................4
2.1 PROTOCOLOS EM RESSONANCIA MAGNETICA DE PESCOÇO ROTINA
(CERVICAL) ......................................................................................................6
3. COLESTEATOMA .........................................................................................7
3.1 PROTOCOLOS EM RESSONANCIA MAGNETICA DE OSSOS
TEMPORAIS ROTINA (ORELHASINTERNAS) .................................................8
4. ARTRITE REUMATOIDE ...............................................................................8
4.1 RESSONANCIA MAGNETICA DE ATM ROTINA .....................................12
5. CONCLUSAO ...............................................................................................13
6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................13
1. INTRODUÇÃO
A descoberta dos raios x teve influencia direta na evolução da medicina,
pois possibilitou o estudo das estruturas ósseas do corpo humano antes não
observadas.
O surgimento de novas tecnologias foi extremamente importante para a
modernização e desenvolvimento de equipamentos de radiodiagnósticos, em
especial os aparelhos de raios x, tornando possível a aquisição de imagens de
forma mais rápida, e com melhor qualidade, evitando a exposição de pacientes
a altas doses de radiação, e possibilitando ao profissional realizar ajustes na
imagem quando necessário, tornando possível maior precisão no diagnóstico
médico.
2. LIPOSSARCOMA
Lipossarcoma é um tumor formado de células primitivas que sofrem
diferenciação em tecido adiposo. É uma neoplasia própria de pacientes
adultos, com pico de incidência situado entre os 40 e 60 anos, e discreta
predominância em homens. Quando esta doença de fato acomete a população
pediátrica, tem uma tendência a apresentar-se na segunda década de vida. Em
ambas as faixas etárias, a localização mais frequente corresponde aos tecidos
moles profundos das extremidades, particularmente na região da coxa, onde
está localizado mais de 50% do total de casos. A apresentação da neoplasia
nesta região do corpo caracteriza-se clinicamente por uma massa de
crescimento lento e indolor.
Geralmente estes tumores são diagnosticados depois de o paciente ter
sofrido um pequeno trauma na área de origem. É válido mencionar que, além
do local previamente descritos, lipossarcoma pode ocorrer em várias outras
regiões. A região da cabeça e pescoço representa 5% dos locais acometidos,
enquanto a extremidade superior contabiliza 10%. Outros locais incomuns são
o cordão espermático, a cavidade peritoneal, a axila, a vulva e até mesmo os
seios.
Anamnésia e Exame Físico
A maioria dos pacientes com lipossarcoma apresentará a queixa ao
médico da presença de uma massa. Geralmente são indolores, a não ser que
algum tipo de trauma tenha ocorrido. Assim como foi dito previamente,
dependendo do local de acometimento, lipossarcomas podem atingir um
tamanho muito grande. Ao exame físico de palpação, a massa pode
apresentar-se macia e carnuda, ou extremamente endurecida, isto irá depender
ao quanto o tumor se assemelha ao tecido adiposo maduro, ou seja, ao grau
de diferenciação do tumor. Precocemente, é muito importante realizar a
diferenciação entre grandes lipomas benignos e lipossarcomas.
Fatores que podem sugerir malignidade são:
1) massas > 5 cm (cerca de 2 polegadas) de tamanho.
2) Localização profunda da lesão.
3) Massas endurecidas e aderidas à estrutura adjacente.
Assim como requer a avaliação de qualquer massa, um exame físico
detalhado, com atenção especial direcionado ao tórax, abdômen e pelve, além
da extremidade afetada.
Técnicas de Imagem
Depois da realização de uma anamnese e exame físico minuciosos, o
próximo passo será a investigação por estudos de imagem. Para lesões de
extremidades, o estudo inicia com Raios-X padrão. Isto irá ajudar a elucidar se
há envolvimento ósseo ou não. Posteriormente, uma ressonância magnética
geralmente é realizada, com e sem contraste. Os achados no exame de
ressonância magnética podem ser muito distintos e podem sugerir o
diagnóstico de lipossarcoma até antes mesmo que uma biópsia seja realizada.
Isto irá depender ao quanto o tumor se assemelha à gordura normal.
Lipossarcomas tendem a aparecer bem circunscritos, de contorno
lobulado, no exame de ressonância magnética outros achados característicos
de lipossarcoma são a presença de septos fibrosos espessos, a nodularidade e
o reforço do contraste em sequências de gordura suprimidas. Adicionalmente,
focos de hemorragia e necrose podem ser vistos. A melhor identificação da
imagem mediante o uso do contraste irá depender do nível de diferenciação do
tumor. Uma vez que há a suspeita de sarcoma pelos exames clínicos e de
imagem, o estadiamento e a biópsia precisam ser realizados. Isto basicamente
irá ajudar a determinar a natureza da lesão e qual a extensão, se houver, de
disseminação do tumor. Estudos de imagem, como os descritos acima, são
uma parte de fundamental importância do processo de estadiamento. Além
disso, já que os pulmões são o local mais comum de metástases, radiografia e
tomografia computadorizada devem ser rotineiramente realizados. Também é
recomendada a tomografia computadorizada de abdômen devido ao
relativamente comum envolvimento do espaço retroperitônio e visceral. Devem
ser realizados ainda exames laboratoriais, que incluem o hemograma, taxa de
sedimentação e bioquímica elementar. Estes testes fornecem conhecimento a
respeito da reposta sistêmica induzida pela neoplasia e também uma base para
monitoramento da terapia. A realização de biópsia é crucial, já que é a maneira
pela qual o tecido é adquirido para se fazer o diagnóstico definitivo.
Diagnóstico Diferencial dos Tumores Cervicais
Disfagia, odinofagia, otalgia, rouquidão e sinais de caquexia direcionam o
diagnóstico para as neoplasias, enquanto febre, dor e eritema sugerem
inflamação. Há ainda a possibilidade de múltiplos diagnósticos. Por exemplo,
infecção aguda pode ocorrer em cistos congênitos ou mesmo em metástases.
Nesse caso, antibioticoterapia deve ser instituída com posterior reavaliação
da causa, após a remissão do quadro infeccioso agudo.
O exame físico costuma ser sistematizado da seguinte maneira:
1. Inspeção estática, pela qual se avalia a localização do tumor cervical, a
presença de fístulas e outros nódulos aparentes.
2. Inspeção dinâmica onde se observa a movimentação do tumor cervical à
deglutição, à protrusão da língua e à manobra de Valsalva.
3. Palpação estática pela qual são avaliados o número de lesões, o tamanho,
sua consistência, mobilidade e limites com as estruturas vizinhas, presença de
sinais flogísticos, frêmito, pulso ou sopro.
4. Palpação dinâmica onde a movimentação do tumor frente às mesmas
manobras da inspeção dinâmica é apreciada.
Na avaliação complementar, exames de imagem são úteis, especialmente
a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância nuclear
magnética, pois permitem identificar o órgão cervical acometido, dimensionar a
lesão e estudar suas relações com as estruturas vizinhas. A tomografia
computadorizada por emissão de pósitrons (PET-CT) é empregada para
avaliação funcional da região cervical suspeita e, em linhas gerais, está
indicada principalmente para identificação de tumores ocultos ou pequenos e
para diagnóstico de recidivas. Sua restrição é o diagnóstico falso-positivo
causado por processos inflamatórios.
2.1 PROTOCOLO EM RESSONANCIA MAGNETICA DE PESCOÇO
ROTINA (CERVICAL)
INDICAÇÕES:
Carotidinia, Hiperparatireoidismo , Linfoma, Linfonodomegalias, Neurinoma
Paraganglioma / Glomus, Paralisia de corda vocal, Schwannoma
Tireoidopatias em geral, Tumores em geral.
CONTRASTE:
SIM
PROTOCOLO:
Pescoço – Rotina
SEQUÊNCIA:
1. Sagital T1 SE (incluir face)
2. Axial difusão (três direções)
3. Axial T1 SE 4/2 mm (espess/espaçam): do teto da rinofaringe até o arco
aórtico
4. Axial T2 FSE com fat sat 4/2 mm (espess/espaçam): do teto da rinofaringe
até o arco aórtico
5. Coronal T1 SE 4/1 mm (espess/espaçam): da musculatura posterior do
pescoço até o mento
6. Coronal T2 FSE 4/1 mm com fat sat (espess/espaçam): da musculatura
posterior do pescoço até o mento
7. Volume (3D) FSPGR pós-Gd do pescoço
8. Axial T1 SE com fat sat pós-Gd 4/2 mm (espess/espaçam): do teto da
rinofaringe até o arco aórtico
9. Coronal T1 SE com fat sat pós-Gd 4/1 mm (espess/espaçam): da
musculatura posterior do pescoço até o mento
DOCUMEN TAÇÃO:
Não fotografar: o volume (3D) FSPGR pós-Gd
OBSERVAÇÕES:
1. Se o paciente tiver metal dentário, NÃO usar fat sat, inclusive no volume
pós-Gd, porque aumentam os artefatos e a saturação não é adequada.
2. Dificuldades com o T2 fat sat: fazer STIR
3. Checar FOV adequado
3. COLESTEATOMA
Colesteatoma é definido como o acúmulo de epitélio escamoso
estratificado queratinizado não-neoplásico com regiões de descamação no
tímpano e/ou mastóide.
Esta afecção é dividida em dois tipos:
Adquiridos: esta é a mais comum. Surge devido a uma perfuração ou
invaginação da membrana timpânica; pode resultar de uma otite mal resolvida.
Congênitos: o tumor se desenvolve no interior do ouvido médio, com a
membrana timpânica permanecendo intacta. Não se conhece ainda sua
etiologia.
O colesteatoma congênito geralmente é diagnosticado em crianças que
se encontram na idade pré-escolar, podendo acometer o ouvido médio e até a
membrana timpânica. A perda da audição relacionada com este problema pode
ser mínima. O colesteatoma adquirido normalmente é observado em crianças
mais velhas, ou adultos e, no geral, os pacientes possuem antecedentes de
afecções do ouvido médio. Esta forma é habitualmente encontrada na região
póstero-superior do tímpano, com retração e/ou perfuração desta estrutura.
Comumente, a perda auditiva é significativa. O colesteatoma adquirido
subdivide-se em primário e secundário. O primeiro ocorre em situações na qual
há retração pré-existente na membrana timpânica, enquanto que a segunda é
quando há a perfuração da membrana com posterior migração do epitélio
escamoso para o ouvido médio. Esta enfermidade evolui constantemente,
sendo que o crescimento ininterrupto do tumor pode resultar na corrosão de
partes do ouvido médio e de seus ossículos (martelo, bigorna e estribo),
invadindo a mastóide, porção pneumatizada (ou oca), do osso temporal do
crânio.
Caso essa evolução não seja freada, graves complicações podem ocorrer,
como: perda auditiva, labirintite, paralisia facial, podendo também haver
invasão cerebral pelo tumor, o que favorece o surgimento de meningites e
abscessos cerebrais, já que habitualmente ocorrer infecções em associação
com o colesteatoma. O diagnóstico é alcançado analisando-se minuciosamente
o historio clínico do paciente, e também, por meio do exame clínico. Uma
otoscopia evidencia com facilidade a presença do colesteatoma adquirido. Já a
observação de um colesteatoma congênito é mais complicada, uma vez que,
nesta situação, a membrana timpânica permanece intacta. Em certas ocasiões,
se faz necessário a realização de exames de imagem, como radiografias
tomografia computadorizada e até Ressonancia Magnetica, para permitir a
avaliação da extensão do tumor.
O tratamento de eleição é o cirúrgico, conhecido como
timpanomastoidectomia, com ou sem canoloplastia. Neste, realiza-se a
ressecção cirúrgica da massa tumoral, da infecção e da reparação das
estruturas afetadas.
3.1 PROTOCOLO EM RESSONANCIA MAGNETICA DE OSSOS
TEMPORAIS ROTINA (ORELHAS INTERNAS)
INDICAÇÕES:
BERA alterado / suspeita de doença retrococlear
Colesteatoma / Cisto epidermóide
Conflito neurovascular
Detecção do trajeto dos nervos vestibulares e cocleares
Espasmo hemifacia
Malformações da orelha interna / cocleares
Neurinoma vestibular
Paralisia facial periférica
Surdez / perda auditiva, Tontura / Zumbido /Tinnitus
CONTRASTE:
SIM
PROTOCOLO:
Ossos temporais - rotina
SEQUÊNCIA:
1. Sagital T2 FLAIR do crânio
2. Axial T1 SE
3. Axial T2 FSE
4. Coronal T1 SE
5. Axial FIESTA-C
6. Volume (3D) FSPGR pós-Gd
7. Axial T1 SE com fat sat pós-Gd
8. Coronal T1 SE com fat sat pós-Gd
DOCUMENTAÇÃO:
Não fotografar: o volume (3D) FSPGR pós-Gd e o axial FIESTA
OBSERVAÇÕES:
1. Se o paciente tiver metal dentário, N ÃO usar fat sat, inclusive no volume
pós-Gd,porque aumentam os artefatos e a saturação não é adequada.
2. Posicionamento adequado dos cortes (simetria dos ouvidos)
4. ARTRITE REUMATOIDE
A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica que geralmente
afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés. A artrite reumatóide afeta
o revestimento de suas articulações, causando um inchaço doloroso que pode,
eventualmente, resultar em erosão óssea e deformidade articular. Uma doença
auto imune, a artrite reumatóide ocorre quando o sistema imunológico ataca
erroneamente os tecidos do seu próprio corpo. Além de causar problemas de
articulações, a artrite reumatóide, por vezes, pode afetar outros órgãos do
corpo – tais como pele, olhos, pulmões e vasos sanguíneos.Embora a artrite
reumatóide seja mais comum em pessoas entre 35 e 55 anos, ela pode
acontecer em qualquer faixa etária, da infância à terceira idade. A doença é
mais prevalente entre mulheres, sendo de quatro a cinco vezes mais comuns
no sexo feminino. Ocorre em cerca de 1% da população, ou seja, uma em cada
100 pessoas pode ter a doença.
Causas
A causa da artrite reumatóide é desconhecida. É uma doença auto imune,
o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca os tecidos saudáveis
por engano. Infecções, genes, mudanças hormonais e fatores ambientais,
como o cigarro, podem estar relacionados com a doença.
Fatores de risco
O aparecimento da artrite reumatoide decorre de vários fatores, incluindo
predisposição genética, exposição a fatores ambientais e possivelmente
infecções. A causa mais importante é a tendência genética. Acredita-se que
alguns genes possam interagir com os outros fatores causais da doença. Mas
não é nada absoluto - existe apenas uma chance maior de se ter a doença
comparando-se com alguém que não tem nenhum caso na família. É sabido
que pessoas que fumam tem grande chance de desenvolver a doença, a qual
pode ocorrer mesmo com fumantes passivos. Outros fatores de exposição
ambiental, como os poluentes do tipo sílica, também podem predispor à
doença.
Fatores hormonais também estão relacionados com artrite reumatoide e
isso justifica o fato da doença ocorrer mais em mulheres e apresentar melhora
clínica no período da gravidez.
Sintomas de Artrite reumatoide
A artrite reumatóide pode iniciar com apenas uma ou poucas articulações
inchadas, quentes e dolorosas, geralmente acompanhada de rigidez para
movimentá-las (artrite e sinovite). Isso ocorre principalmente pela manhã e que
pode durar horas até melhorar.
Artrite corresponde à inflamação de algum dos componentes da estrutura
articular (cartilagem articular, osso sub condral ou membrana sinovial). Sinovite
é a inflamação da membrana sinovial, uma estrutura que envolve a articulação
por dentro. E, geralmente, se manifesta por vermelhidão, inchaço, calor,
dificuldade de movimento e dor. O cansaço (fadiga) também é uma
manifestação frequente. Artrite reumatoide tende a afetar as articulações
menores em primeiro lugar - especialmente as articulações que unem os dedos
para as mãos e os dedos dos pés. Conforme a doença progride, os sintomas
muitas vezes se espalham para os joelhos, tornozelos, cotovelos, quadris e
ombros. Na maioria dos casos, os sintomas ocorrem nas mesmas juntas em
ambos os lados do seu corpo. As mãos são acometidas em praticamente todos
os pacientes.
Principais sintomas
Dor, inchaço e aumento da temperatura nas articulações rigidez matinal,
que pode durar horas caroços firmes de tecido sob a pele em seus braços
(nódulos reumatóides) fadiga, febre e perda de peso.
Sinais e sintomas de artrite reumatoide podem variar em termos de
gravidade e podem ser intermitentes (aparecer e desaparecer). Períodos de
maior atividade da doença, chamados crises, se alternam com períodos de
remissão relativa - quando o inchaço e a dor desaparecem ou ficam menos
frequentes.
Diagnóstico de Artrite reumatoide
O diagnóstico da artrite reumatoide é clínico, ou seja, se baseia na história
clínica e no exame físico feito pelo médico. Mas, alguns exames
complementares, de sangue ou de imagem, podem ser úteis, incluindo as
provas que medem atividade inflamatória, fator reumatoide, anticorpo
antipeptídeos citrulinados cíclicos (anti-CCP), radiografias das articulações
acometidas e, eventualmente, ultrassonografia ou ressonância das juntas, em
caso de dúvida. Outros exames podem ser necessários para afastar outras
doenças, dependendo de cada caso.
No paciente com artrite reumatóide existe uma reação do organismo
contra ele mesmo em algum momento da doença. Na maioria dos pacientes
com artrite reumatóide é possível identificar anticorpos dirigidos contra
componentes do próprio organismo (auto anticorpos) que acabam servindo
como marcadores da doença. Os dois mais importantes são chamados "fator
reumatóide" e "anti-CCP". Existem pacientes que apresentam os dois auto
anticorpos, outros apresentam apenas um dos dois e há aqueles pacientes que
são negativos para estes auto anticorpos - cerca de 20 a 30% dos pacientes
são negativos para estes dois auto anticorpos e, em geral, apresentam uma
doença mais benigna.
A classificação da artrite reumatóide era essencialmente baseada nos
critérios introduzidos pelo Colégio Americano de Reumatologia (ACR) em
1987que não apresentavam bom desempenho na doença em seu estágio
inicial. Os critérios classificatórios para artrite reumatoide do ACR foram
desenvolvidos com base em indivíduos com AR de longa duração, e eram
considerados até então o padrão para a seleção de pacientes para estudos
clínicos: Rigidez matinal: rigidez matinal com duração de pelo menos uma
hora até a melhora máxima
Artrite de três ou mais áreas articulares: ao menos três áreas articulares
simultaneamente afetadas, observadas pelo médico (interfalangeanas
proximais, metacarpofalangeanas ou “nós dos dedos das mãos”, punhos,
cotovelos, joelhos, tornozelos e metatarsofalangeanas ou “nós dos dedos dos
pés”)
Artrite das articulações das mãos: artrite em punhos ou
metacarpofalangeanas (nós dos dedos da mãos) ou interfalangeanas proximais
(entre as falanges da mão)
Artrite simétrica: envolvimento simultâneo de áreas de ambos os lados do
corpo
Nódulos reumatoides: nódulos subcutâneos sobre proeminências ósseas,
superfícies extensoras ou em regiões justa-articulares
Fator reumatoide sérico positivo: presença de quantidades anormais de fator
reumatoide
Alterações radiográficas: radiografias póstero-anteriores de mãos e punhos
demonstrando rarefação óssea justa-articular ou erosões.
Os critérios listados acima incluem características menos freqüentes na
artrite reumatóide de início recente, como alterações radiográficas (erosões) e
nódulos reumatóides. Dessa forma, as diretrizes do Colégio Americano de
Reumatologia são consideradas sub ótimas para a identificação de indivíduos
com artrite reumatóide inicial.
Por isso, tornou-se necessário o estabelecimento de novos critérios de
classificação para a artrite reumatoide, enfocando, de maneira especial, a fase
precoce da doença. Os novos critérios classificatórios ACR/EULAR (Liga
Europeia contra o Reumatismo) podem ser aplicados a qualquer paciente,
desde que dois requisitos básicos estejam presentes:
Deve haver evidência de sinovite clínica ativa (inflamação que se
manifesta por vermelhidão, inchaço, calor, dificuldade de movimento e dor) no
momento do exame em pelo menos uma articulação.
Pacientes para os quais a sinovite não possa ser melhor explicada por
outros diagnósticos, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite psoriática e gota.
Se houver dúvidas quanto aos diagnósticos diferenciais relevantes um
reumatologista deve ser consultado. Os critérios propostos abaixo se baseiam
em um sistema de pontuação por meio de um escore de soma direta. As
manifestações são divididas em quatro domínios: acometimento articular,
sorologia, duração dos sintomas e provas de atividade inflamatória. A
contagem de articulações acometidas pode utilizar métodos de imagem
(ultrassonografia e ressonância magnética), em caso de dúvida. Uma
pontuação maior ou igual a seis classifica um paciente como tendo artrite
reumatóide.
É importante frisar que, se o paciente apresentar uma história
compatível com AR, mesmo que não documentada, e erosões radiográficas
típicas, pode-se proceder diretamente a classificação como artrite reumatóide,
independente do preenchimento dos critérios.
Os novos critérios 2010 não são diagnósticos, e sim classificatórios.
Sua função é basicamente definir populações homogêneas para finalidade de
estudo. O diagnóstico clínico é extremamente complexo, e inclui diversos
aspectos que dificilmente poderiam ser resumidos na forma de um escore de
critérios. Eventualmente, os critérios formais podem servir como um guia para o
estabelecimento do diagnóstico clínico.
Para o diagnóstico da artrite reumatóide, o paciente deve satisfazer a
pelo menos quatro dos sete critérios. Os critérios um até o quatro devem estar
presentes por, no mínimo, seis semanas - essa informação está deslocada -
ela se refere aos critérios de 1987. Segundo os critérios 2010, uma pontuação
superior a seis classifica o indivíduo como tendo artrite reumatóide. Os
critérios classificatórios para artrite reumatóide de 2010 pela ACR/EULAR são:
Acometimento articular (0-5)
1 grande articulação
2-10 grandes articulações
1-3 pequenas articulações (grandes não contadas)
4-10 pequenas articulações (grandes não contadas)
>10 articulações (pelo menos uma pequena).
Sorologia (0-3)
Fator Reumatoide negativo E ACPA negativo
FR positivo OU ACPA positivo em baixos títulos
FR positivo OU ACPA positivo em altos títulos .
Duração dos sintomas (0-1)
Abaixo de 6 semanas
Igual ou mais do que 6 semanas.
Provas de atividade inflamatória (0-1)
PCR normal E VHS normal
PCR anormal
VHS anormal.
Tratamento de Artrite reumatoide
Não há cura para a artrite reumatóide. Os medicamentos podem reduzir
a inflamação nas articulações, a fim de aliviar a dor e prevenir ou retardar o
dano articular. Terapia ocupacional e fisioterapia podem ensiná-lo a proteger
suas articulações, que podem precisar de cirurgia se forem muito danificadas.
4.1 RESSONANCIA MAGNETICA DE ATM ROTINA
INDICAÇÕES:
Disfunção das ATMs
Dor à mastigação
Doenças reumatológicas: artrite reumatóide, lúpus, e outras
Vídeo (pedido médico solicitando explicitamente a realização de vídeo ou
exame dinâmico)
CONTRASTE:
NÃO
PROTOCOLO:
ATM - Rotina
SEQUÊNCIA:
1. Coronal T1 SE BOCA FECHADA (coronais separados no plano de cada
côndilo)
2. Sagital DP BOCA FECHADA
3. Sagital T2 FSE BOCA FECHADA
4. Sagital DP BOCA ABERTA
5. Sagital T2 BOCA ABERTA
DOCUMENTAÇÃO:
Os dois lados podem ficar num só filme com 12 imagens (6 de cada lado)
Checar zoom adequado (pelo menos 2x)
OBSERVAÇÕES:
1. Checar FOV adequado
2. Doenças reumatológicas
• Coronal T1 SE com fat sat pós-Gd
• Sagital T1 SE com fat sat pós-Gd
3. Vídeo (pedido médico solicitando explicitamente a realização de vídeo ou
(Exame dinâmico)
• Fazer a seqüência dinâmica durante a abertura bucal
5. CONCLUSAO
A ressonância magnética é um exame para diagnostico por imagem que
retrata imagens de alta definição dor órgãos através da utilização de campo
magnético. Esta “visão magnética” fornece aos médicos uma quantidade de
informações detalhadas sobre a localização, tamanho e composição de tecido
corporal a ser examinado. Este conhecimento pode ser decisivo no
estabelecimento de um diagnostico rápido e preciso.
6. BIBLIOGRAFIA
http://www.medicinanet.com.br
http://sarcomahelp.org/
http://www.minhavida.com.br/
MANUAL DE PROTOCOLOS RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Versão: 01 -
DATA: 04/08/2009

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Trabalho

  • 1. UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES CAMPOMAIORENSES-NOVAUNESC FACULDADE SÃO GABRIEL Mirocles Rodrigues Sousa Junior Estudo de patologia, protocolo em ressonância
  • 3. Estudo de patologia, protocolo em ressonância magnética Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina práticas interdisciplinares - métodos avançados de diagnóstico por imagem, no curso de tecnologias radiológica, na faculdade São Gabriel. Prof.º: Erico Leite Campos Teresina, 2015 Sumário 1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................4 2. LIPOSSARCOMA ..........................................................................................4
  • 4. 2.1 PROTOCOLOS EM RESSONANCIA MAGNETICA DE PESCOÇO ROTINA (CERVICAL) ......................................................................................................6 3. COLESTEATOMA .........................................................................................7 3.1 PROTOCOLOS EM RESSONANCIA MAGNETICA DE OSSOS TEMPORAIS ROTINA (ORELHASINTERNAS) .................................................8 4. ARTRITE REUMATOIDE ...............................................................................8 4.1 RESSONANCIA MAGNETICA DE ATM ROTINA .....................................12 5. CONCLUSAO ...............................................................................................13 6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................13
  • 5. 1. INTRODUÇÃO A descoberta dos raios x teve influencia direta na evolução da medicina, pois possibilitou o estudo das estruturas ósseas do corpo humano antes não observadas. O surgimento de novas tecnologias foi extremamente importante para a modernização e desenvolvimento de equipamentos de radiodiagnósticos, em especial os aparelhos de raios x, tornando possível a aquisição de imagens de forma mais rápida, e com melhor qualidade, evitando a exposição de pacientes a altas doses de radiação, e possibilitando ao profissional realizar ajustes na imagem quando necessário, tornando possível maior precisão no diagnóstico médico. 2. LIPOSSARCOMA
  • 6. Lipossarcoma é um tumor formado de células primitivas que sofrem diferenciação em tecido adiposo. É uma neoplasia própria de pacientes adultos, com pico de incidência situado entre os 40 e 60 anos, e discreta predominância em homens. Quando esta doença de fato acomete a população pediátrica, tem uma tendência a apresentar-se na segunda década de vida. Em ambas as faixas etárias, a localização mais frequente corresponde aos tecidos moles profundos das extremidades, particularmente na região da coxa, onde está localizado mais de 50% do total de casos. A apresentação da neoplasia nesta região do corpo caracteriza-se clinicamente por uma massa de crescimento lento e indolor. Geralmente estes tumores são diagnosticados depois de o paciente ter sofrido um pequeno trauma na área de origem. É válido mencionar que, além do local previamente descritos, lipossarcoma pode ocorrer em várias outras regiões. A região da cabeça e pescoço representa 5% dos locais acometidos, enquanto a extremidade superior contabiliza 10%. Outros locais incomuns são o cordão espermático, a cavidade peritoneal, a axila, a vulva e até mesmo os seios. Anamnésia e Exame Físico A maioria dos pacientes com lipossarcoma apresentará a queixa ao médico da presença de uma massa. Geralmente são indolores, a não ser que algum tipo de trauma tenha ocorrido. Assim como foi dito previamente, dependendo do local de acometimento, lipossarcomas podem atingir um tamanho muito grande. Ao exame físico de palpação, a massa pode apresentar-se macia e carnuda, ou extremamente endurecida, isto irá depender ao quanto o tumor se assemelha ao tecido adiposo maduro, ou seja, ao grau de diferenciação do tumor. Precocemente, é muito importante realizar a diferenciação entre grandes lipomas benignos e lipossarcomas. Fatores que podem sugerir malignidade são: 1) massas > 5 cm (cerca de 2 polegadas) de tamanho. 2) Localização profunda da lesão. 3) Massas endurecidas e aderidas à estrutura adjacente. Assim como requer a avaliação de qualquer massa, um exame físico detalhado, com atenção especial direcionado ao tórax, abdômen e pelve, além da extremidade afetada. Técnicas de Imagem Depois da realização de uma anamnese e exame físico minuciosos, o próximo passo será a investigação por estudos de imagem. Para lesões de extremidades, o estudo inicia com Raios-X padrão. Isto irá ajudar a elucidar se há envolvimento ósseo ou não. Posteriormente, uma ressonância magnética geralmente é realizada, com e sem contraste. Os achados no exame de ressonância magnética podem ser muito distintos e podem sugerir o diagnóstico de lipossarcoma até antes mesmo que uma biópsia seja realizada. Isto irá depender ao quanto o tumor se assemelha à gordura normal.
  • 7. Lipossarcomas tendem a aparecer bem circunscritos, de contorno lobulado, no exame de ressonância magnética outros achados característicos de lipossarcoma são a presença de septos fibrosos espessos, a nodularidade e o reforço do contraste em sequências de gordura suprimidas. Adicionalmente, focos de hemorragia e necrose podem ser vistos. A melhor identificação da imagem mediante o uso do contraste irá depender do nível de diferenciação do tumor. Uma vez que há a suspeita de sarcoma pelos exames clínicos e de imagem, o estadiamento e a biópsia precisam ser realizados. Isto basicamente irá ajudar a determinar a natureza da lesão e qual a extensão, se houver, de disseminação do tumor. Estudos de imagem, como os descritos acima, são uma parte de fundamental importância do processo de estadiamento. Além disso, já que os pulmões são o local mais comum de metástases, radiografia e tomografia computadorizada devem ser rotineiramente realizados. Também é recomendada a tomografia computadorizada de abdômen devido ao relativamente comum envolvimento do espaço retroperitônio e visceral. Devem ser realizados ainda exames laboratoriais, que incluem o hemograma, taxa de sedimentação e bioquímica elementar. Estes testes fornecem conhecimento a respeito da reposta sistêmica induzida pela neoplasia e também uma base para monitoramento da terapia. A realização de biópsia é crucial, já que é a maneira pela qual o tecido é adquirido para se fazer o diagnóstico definitivo. Diagnóstico Diferencial dos Tumores Cervicais Disfagia, odinofagia, otalgia, rouquidão e sinais de caquexia direcionam o diagnóstico para as neoplasias, enquanto febre, dor e eritema sugerem inflamação. Há ainda a possibilidade de múltiplos diagnósticos. Por exemplo, infecção aguda pode ocorrer em cistos congênitos ou mesmo em metástases. Nesse caso, antibioticoterapia deve ser instituída com posterior reavaliação da causa, após a remissão do quadro infeccioso agudo. O exame físico costuma ser sistematizado da seguinte maneira: 1. Inspeção estática, pela qual se avalia a localização do tumor cervical, a presença de fístulas e outros nódulos aparentes. 2. Inspeção dinâmica onde se observa a movimentação do tumor cervical à deglutição, à protrusão da língua e à manobra de Valsalva. 3. Palpação estática pela qual são avaliados o número de lesões, o tamanho, sua consistência, mobilidade e limites com as estruturas vizinhas, presença de sinais flogísticos, frêmito, pulso ou sopro. 4. Palpação dinâmica onde a movimentação do tumor frente às mesmas manobras da inspeção dinâmica é apreciada. Na avaliação complementar, exames de imagem são úteis, especialmente a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética, pois permitem identificar o órgão cervical acometido, dimensionar a lesão e estudar suas relações com as estruturas vizinhas. A tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET-CT) é empregada para avaliação funcional da região cervical suspeita e, em linhas gerais, está
  • 8. indicada principalmente para identificação de tumores ocultos ou pequenos e para diagnóstico de recidivas. Sua restrição é o diagnóstico falso-positivo causado por processos inflamatórios. 2.1 PROTOCOLO EM RESSONANCIA MAGNETICA DE PESCOÇO ROTINA (CERVICAL) INDICAÇÕES: Carotidinia, Hiperparatireoidismo , Linfoma, Linfonodomegalias, Neurinoma Paraganglioma / Glomus, Paralisia de corda vocal, Schwannoma Tireoidopatias em geral, Tumores em geral. CONTRASTE: SIM PROTOCOLO: Pescoço – Rotina SEQUÊNCIA: 1. Sagital T1 SE (incluir face) 2. Axial difusão (três direções) 3. Axial T1 SE 4/2 mm (espess/espaçam): do teto da rinofaringe até o arco aórtico 4. Axial T2 FSE com fat sat 4/2 mm (espess/espaçam): do teto da rinofaringe até o arco aórtico 5. Coronal T1 SE 4/1 mm (espess/espaçam): da musculatura posterior do pescoço até o mento 6. Coronal T2 FSE 4/1 mm com fat sat (espess/espaçam): da musculatura posterior do pescoço até o mento 7. Volume (3D) FSPGR pós-Gd do pescoço 8. Axial T1 SE com fat sat pós-Gd 4/2 mm (espess/espaçam): do teto da rinofaringe até o arco aórtico 9. Coronal T1 SE com fat sat pós-Gd 4/1 mm (espess/espaçam): da musculatura posterior do pescoço até o mento DOCUMEN TAÇÃO: Não fotografar: o volume (3D) FSPGR pós-Gd
  • 9. OBSERVAÇÕES: 1. Se o paciente tiver metal dentário, NÃO usar fat sat, inclusive no volume pós-Gd, porque aumentam os artefatos e a saturação não é adequada. 2. Dificuldades com o T2 fat sat: fazer STIR 3. Checar FOV adequado 3. COLESTEATOMA Colesteatoma é definido como o acúmulo de epitélio escamoso estratificado queratinizado não-neoplásico com regiões de descamação no tímpano e/ou mastóide. Esta afecção é dividida em dois tipos: Adquiridos: esta é a mais comum. Surge devido a uma perfuração ou invaginação da membrana timpânica; pode resultar de uma otite mal resolvida. Congênitos: o tumor se desenvolve no interior do ouvido médio, com a membrana timpânica permanecendo intacta. Não se conhece ainda sua etiologia. O colesteatoma congênito geralmente é diagnosticado em crianças que se encontram na idade pré-escolar, podendo acometer o ouvido médio e até a membrana timpânica. A perda da audição relacionada com este problema pode ser mínima. O colesteatoma adquirido normalmente é observado em crianças mais velhas, ou adultos e, no geral, os pacientes possuem antecedentes de afecções do ouvido médio. Esta forma é habitualmente encontrada na região póstero-superior do tímpano, com retração e/ou perfuração desta estrutura. Comumente, a perda auditiva é significativa. O colesteatoma adquirido subdivide-se em primário e secundário. O primeiro ocorre em situações na qual há retração pré-existente na membrana timpânica, enquanto que a segunda é quando há a perfuração da membrana com posterior migração do epitélio escamoso para o ouvido médio. Esta enfermidade evolui constantemente, sendo que o crescimento ininterrupto do tumor pode resultar na corrosão de partes do ouvido médio e de seus ossículos (martelo, bigorna e estribo), invadindo a mastóide, porção pneumatizada (ou oca), do osso temporal do crânio.
  • 10. Caso essa evolução não seja freada, graves complicações podem ocorrer, como: perda auditiva, labirintite, paralisia facial, podendo também haver invasão cerebral pelo tumor, o que favorece o surgimento de meningites e abscessos cerebrais, já que habitualmente ocorrer infecções em associação com o colesteatoma. O diagnóstico é alcançado analisando-se minuciosamente o historio clínico do paciente, e também, por meio do exame clínico. Uma otoscopia evidencia com facilidade a presença do colesteatoma adquirido. Já a observação de um colesteatoma congênito é mais complicada, uma vez que, nesta situação, a membrana timpânica permanece intacta. Em certas ocasiões, se faz necessário a realização de exames de imagem, como radiografias tomografia computadorizada e até Ressonancia Magnetica, para permitir a avaliação da extensão do tumor. O tratamento de eleição é o cirúrgico, conhecido como timpanomastoidectomia, com ou sem canoloplastia. Neste, realiza-se a ressecção cirúrgica da massa tumoral, da infecção e da reparação das estruturas afetadas. 3.1 PROTOCOLO EM RESSONANCIA MAGNETICA DE OSSOS TEMPORAIS ROTINA (ORELHAS INTERNAS) INDICAÇÕES: BERA alterado / suspeita de doença retrococlear Colesteatoma / Cisto epidermóide Conflito neurovascular Detecção do trajeto dos nervos vestibulares e cocleares Espasmo hemifacia Malformações da orelha interna / cocleares Neurinoma vestibular Paralisia facial periférica Surdez / perda auditiva, Tontura / Zumbido /Tinnitus CONTRASTE:
  • 11. SIM PROTOCOLO: Ossos temporais - rotina SEQUÊNCIA: 1. Sagital T2 FLAIR do crânio 2. Axial T1 SE 3. Axial T2 FSE 4. Coronal T1 SE 5. Axial FIESTA-C 6. Volume (3D) FSPGR pós-Gd 7. Axial T1 SE com fat sat pós-Gd 8. Coronal T1 SE com fat sat pós-Gd DOCUMENTAÇÃO: Não fotografar: o volume (3D) FSPGR pós-Gd e o axial FIESTA OBSERVAÇÕES: 1. Se o paciente tiver metal dentário, N ÃO usar fat sat, inclusive no volume pós-Gd,porque aumentam os artefatos e a saturação não é adequada. 2. Posicionamento adequado dos cortes (simetria dos ouvidos) 4. ARTRITE REUMATOIDE A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica que geralmente afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés. A artrite reumatóide afeta o revestimento de suas articulações, causando um inchaço doloroso que pode, eventualmente, resultar em erosão óssea e deformidade articular. Uma doença auto imune, a artrite reumatóide ocorre quando o sistema imunológico ataca erroneamente os tecidos do seu próprio corpo. Além de causar problemas de articulações, a artrite reumatóide, por vezes, pode afetar outros órgãos do corpo – tais como pele, olhos, pulmões e vasos sanguíneos.Embora a artrite reumatóide seja mais comum em pessoas entre 35 e 55 anos, ela pode acontecer em qualquer faixa etária, da infância à terceira idade. A doença é mais prevalente entre mulheres, sendo de quatro a cinco vezes mais comuns no sexo feminino. Ocorre em cerca de 1% da população, ou seja, uma em cada 100 pessoas pode ter a doença. Causas
  • 12. A causa da artrite reumatóide é desconhecida. É uma doença auto imune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca os tecidos saudáveis por engano. Infecções, genes, mudanças hormonais e fatores ambientais, como o cigarro, podem estar relacionados com a doença. Fatores de risco O aparecimento da artrite reumatoide decorre de vários fatores, incluindo predisposição genética, exposição a fatores ambientais e possivelmente infecções. A causa mais importante é a tendência genética. Acredita-se que alguns genes possam interagir com os outros fatores causais da doença. Mas não é nada absoluto - existe apenas uma chance maior de se ter a doença comparando-se com alguém que não tem nenhum caso na família. É sabido que pessoas que fumam tem grande chance de desenvolver a doença, a qual pode ocorrer mesmo com fumantes passivos. Outros fatores de exposição ambiental, como os poluentes do tipo sílica, também podem predispor à doença. Fatores hormonais também estão relacionados com artrite reumatoide e isso justifica o fato da doença ocorrer mais em mulheres e apresentar melhora clínica no período da gravidez. Sintomas de Artrite reumatoide A artrite reumatóide pode iniciar com apenas uma ou poucas articulações inchadas, quentes e dolorosas, geralmente acompanhada de rigidez para movimentá-las (artrite e sinovite). Isso ocorre principalmente pela manhã e que pode durar horas até melhorar. Artrite corresponde à inflamação de algum dos componentes da estrutura articular (cartilagem articular, osso sub condral ou membrana sinovial). Sinovite é a inflamação da membrana sinovial, uma estrutura que envolve a articulação por dentro. E, geralmente, se manifesta por vermelhidão, inchaço, calor, dificuldade de movimento e dor. O cansaço (fadiga) também é uma manifestação frequente. Artrite reumatoide tende a afetar as articulações menores em primeiro lugar - especialmente as articulações que unem os dedos para as mãos e os dedos dos pés. Conforme a doença progride, os sintomas muitas vezes se espalham para os joelhos, tornozelos, cotovelos, quadris e ombros. Na maioria dos casos, os sintomas ocorrem nas mesmas juntas em ambos os lados do seu corpo. As mãos são acometidas em praticamente todos os pacientes. Principais sintomas Dor, inchaço e aumento da temperatura nas articulações rigidez matinal, que pode durar horas caroços firmes de tecido sob a pele em seus braços (nódulos reumatóides) fadiga, febre e perda de peso. Sinais e sintomas de artrite reumatoide podem variar em termos de gravidade e podem ser intermitentes (aparecer e desaparecer). Períodos de maior atividade da doença, chamados crises, se alternam com períodos de remissão relativa - quando o inchaço e a dor desaparecem ou ficam menos frequentes.
  • 13. Diagnóstico de Artrite reumatoide O diagnóstico da artrite reumatoide é clínico, ou seja, se baseia na história clínica e no exame físico feito pelo médico. Mas, alguns exames complementares, de sangue ou de imagem, podem ser úteis, incluindo as provas que medem atividade inflamatória, fator reumatoide, anticorpo antipeptídeos citrulinados cíclicos (anti-CCP), radiografias das articulações acometidas e, eventualmente, ultrassonografia ou ressonância das juntas, em caso de dúvida. Outros exames podem ser necessários para afastar outras doenças, dependendo de cada caso. No paciente com artrite reumatóide existe uma reação do organismo contra ele mesmo em algum momento da doença. Na maioria dos pacientes com artrite reumatóide é possível identificar anticorpos dirigidos contra componentes do próprio organismo (auto anticorpos) que acabam servindo como marcadores da doença. Os dois mais importantes são chamados "fator reumatóide" e "anti-CCP". Existem pacientes que apresentam os dois auto anticorpos, outros apresentam apenas um dos dois e há aqueles pacientes que são negativos para estes auto anticorpos - cerca de 20 a 30% dos pacientes são negativos para estes dois auto anticorpos e, em geral, apresentam uma doença mais benigna. A classificação da artrite reumatóide era essencialmente baseada nos critérios introduzidos pelo Colégio Americano de Reumatologia (ACR) em 1987que não apresentavam bom desempenho na doença em seu estágio inicial. Os critérios classificatórios para artrite reumatoide do ACR foram desenvolvidos com base em indivíduos com AR de longa duração, e eram considerados até então o padrão para a seleção de pacientes para estudos clínicos: Rigidez matinal: rigidez matinal com duração de pelo menos uma hora até a melhora máxima Artrite de três ou mais áreas articulares: ao menos três áreas articulares simultaneamente afetadas, observadas pelo médico (interfalangeanas proximais, metacarpofalangeanas ou “nós dos dedos das mãos”, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos e metatarsofalangeanas ou “nós dos dedos dos pés”) Artrite das articulações das mãos: artrite em punhos ou metacarpofalangeanas (nós dos dedos da mãos) ou interfalangeanas proximais (entre as falanges da mão) Artrite simétrica: envolvimento simultâneo de áreas de ambos os lados do corpo Nódulos reumatoides: nódulos subcutâneos sobre proeminências ósseas, superfícies extensoras ou em regiões justa-articulares Fator reumatoide sérico positivo: presença de quantidades anormais de fator reumatoide Alterações radiográficas: radiografias póstero-anteriores de mãos e punhos demonstrando rarefação óssea justa-articular ou erosões.
  • 14. Os critérios listados acima incluem características menos freqüentes na artrite reumatóide de início recente, como alterações radiográficas (erosões) e nódulos reumatóides. Dessa forma, as diretrizes do Colégio Americano de Reumatologia são consideradas sub ótimas para a identificação de indivíduos com artrite reumatóide inicial. Por isso, tornou-se necessário o estabelecimento de novos critérios de classificação para a artrite reumatoide, enfocando, de maneira especial, a fase precoce da doença. Os novos critérios classificatórios ACR/EULAR (Liga Europeia contra o Reumatismo) podem ser aplicados a qualquer paciente, desde que dois requisitos básicos estejam presentes: Deve haver evidência de sinovite clínica ativa (inflamação que se manifesta por vermelhidão, inchaço, calor, dificuldade de movimento e dor) no momento do exame em pelo menos uma articulação. Pacientes para os quais a sinovite não possa ser melhor explicada por outros diagnósticos, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite psoriática e gota. Se houver dúvidas quanto aos diagnósticos diferenciais relevantes um reumatologista deve ser consultado. Os critérios propostos abaixo se baseiam em um sistema de pontuação por meio de um escore de soma direta. As manifestações são divididas em quatro domínios: acometimento articular, sorologia, duração dos sintomas e provas de atividade inflamatória. A contagem de articulações acometidas pode utilizar métodos de imagem (ultrassonografia e ressonância magnética), em caso de dúvida. Uma pontuação maior ou igual a seis classifica um paciente como tendo artrite reumatóide. É importante frisar que, se o paciente apresentar uma história compatível com AR, mesmo que não documentada, e erosões radiográficas típicas, pode-se proceder diretamente a classificação como artrite reumatóide, independente do preenchimento dos critérios. Os novos critérios 2010 não são diagnósticos, e sim classificatórios. Sua função é basicamente definir populações homogêneas para finalidade de estudo. O diagnóstico clínico é extremamente complexo, e inclui diversos aspectos que dificilmente poderiam ser resumidos na forma de um escore de critérios. Eventualmente, os critérios formais podem servir como um guia para o estabelecimento do diagnóstico clínico. Para o diagnóstico da artrite reumatóide, o paciente deve satisfazer a pelo menos quatro dos sete critérios. Os critérios um até o quatro devem estar presentes por, no mínimo, seis semanas - essa informação está deslocada - ela se refere aos critérios de 1987. Segundo os critérios 2010, uma pontuação superior a seis classifica o indivíduo como tendo artrite reumatóide. Os critérios classificatórios para artrite reumatóide de 2010 pela ACR/EULAR são: Acometimento articular (0-5) 1 grande articulação 2-10 grandes articulações
  • 15. 1-3 pequenas articulações (grandes não contadas) 4-10 pequenas articulações (grandes não contadas) >10 articulações (pelo menos uma pequena). Sorologia (0-3) Fator Reumatoide negativo E ACPA negativo FR positivo OU ACPA positivo em baixos títulos FR positivo OU ACPA positivo em altos títulos . Duração dos sintomas (0-1) Abaixo de 6 semanas Igual ou mais do que 6 semanas. Provas de atividade inflamatória (0-1) PCR normal E VHS normal PCR anormal VHS anormal. Tratamento de Artrite reumatoide Não há cura para a artrite reumatóide. Os medicamentos podem reduzir a inflamação nas articulações, a fim de aliviar a dor e prevenir ou retardar o dano articular. Terapia ocupacional e fisioterapia podem ensiná-lo a proteger suas articulações, que podem precisar de cirurgia se forem muito danificadas. 4.1 RESSONANCIA MAGNETICA DE ATM ROTINA INDICAÇÕES: Disfunção das ATMs Dor à mastigação Doenças reumatológicas: artrite reumatóide, lúpus, e outras Vídeo (pedido médico solicitando explicitamente a realização de vídeo ou exame dinâmico) CONTRASTE: NÃO PROTOCOLO: ATM - Rotina
  • 16. SEQUÊNCIA: 1. Coronal T1 SE BOCA FECHADA (coronais separados no plano de cada côndilo) 2. Sagital DP BOCA FECHADA 3. Sagital T2 FSE BOCA FECHADA 4. Sagital DP BOCA ABERTA 5. Sagital T2 BOCA ABERTA DOCUMENTAÇÃO: Os dois lados podem ficar num só filme com 12 imagens (6 de cada lado) Checar zoom adequado (pelo menos 2x) OBSERVAÇÕES: 1. Checar FOV adequado 2. Doenças reumatológicas • Coronal T1 SE com fat sat pós-Gd • Sagital T1 SE com fat sat pós-Gd 3. Vídeo (pedido médico solicitando explicitamente a realização de vídeo ou (Exame dinâmico) • Fazer a seqüência dinâmica durante a abertura bucal
  • 17. 5. CONCLUSAO A ressonância magnética é um exame para diagnostico por imagem que retrata imagens de alta definição dor órgãos através da utilização de campo magnético. Esta “visão magnética” fornece aos médicos uma quantidade de informações detalhadas sobre a localização, tamanho e composição de tecido corporal a ser examinado. Este conhecimento pode ser decisivo no estabelecimento de um diagnostico rápido e preciso.