Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3

Liene Campos
Liene CamposNursing en Santa Casa de Caridade de Uruguaiana
Dr. Luiz Menegaz
   Prematuridade é conceituada em função da idade gestacional: todo
    RN com Idade gestacional < 37 semanas

   RN de baixo peso: < 2500 g independente da IG

   Prematuro de extremo baixo peso: PN < 1000g

   Prematuro de muito baixo peso: PN entre 1000 e 1500g

   Prematuro tardio: IG entre 34 semanas e 36S 6d
   RN pequeno para IG: PN < menor que o 10º percentil na curva de
    crescimento intrauterino

   Restrição de crescimento intrauterino: crescimento < que o percentil
    10 em 2 medidas IU sequenciais

   RN a termo: IG entre 37 e 42 semanas de IG

   RN pós-termo: > 42 semanas de IG; poderia ser dividido em pós-
    datismo (sem sinais de insuficiência placentária) e pós-maturo (com
    sinais de insuficiência placentária)
 Prematuridade:  percentuais brasileiros
 variáveis entre 5 e 16,2%

 SINASC  tem mostrado discrepâncias com
 outras estatísticas.
 Ex.: Ribeirão Preto, 1994:
 SINASC 4% X Estudo de coorte 13%

 Aumento da incidência de prematuridade
 detectada desde 1994 no Brasil:
         1994 = 5%
         1998 = 5,4%
         2000 = 5,6%
   Pelotas (RS):
        1982 = 6%
        1993= 7,5%
        2004 =15%

   Ribeiro Preto (SP):
        1978-79 = 6%
        1994 = 13,3%

   EUA: diminuição marcada de RNs com IG de 40s e
    aumento significativo entre 34 e 39 s

   Dinamarca: estudo entre 1995 – 2004 com aumento
    de 22% de prematuros
   Prematuridade em Uruguaiana: dados não são
    confiáveis, pois não há pediatra em todos horários na
    sala de parto e muitas vezes o pediatra não anota a IG


   Em 2011 - Diagnóstico de prematuridade:
    - DUM, quando confiável é o método de escolha;
    - ecografia, precisão depende de quando é efetuada
    (quanto mais precoce mais fidedigna);
    - exame do RN: Capurro (1978), não se aplica abaixo de
    204 dias de IG (29s1d); Ballard (1979), guarda boa
    correlação com a DUM, 30s


   A IG guarda estreita correlação com a mortalidade e
    morbidade.
   Aborto: morte de um produto de concepção <500g
    (20 – 22s ) <25 cm

   Morte fetal: morte ocorrida antes da expulsão
    completa do corpo materno independente da IG

   Período perinatal: 22 semanas de concepção até o
    7º dia após o nascimento

   Período neonatal: nascimento ate 28º DV

   Período neonatal precoce: nascimento ate o 7º DV

   Período neonatal tardio: entre o 7º e 28º DV
 Atualmente:
 - cerca de 70% das mortes no 1º ano ocorrem
 no período neonatal
 - cerca de 60% da mortalidade neonatal ocorre
 no período neonatal precoce (42% da
 mortalidade infantil)


 Nomundo as 3 principais causas de mortalidade
 neonatal são:
    - prematuridade (28%)
    - infecções (36%)
    - complicações da asfixia (23%)
   A prevenção da prematuridade é uma medida, em
    parte, alcançável com melhora da atenção primária:

    - Inicia com a orientação às mulheres em idade fértil
    (incluindo adolescentes) sobre
    anticoncepção, oportunidades, época para gestar, etc.
    - Captação precoce e busca ativa para o acompanhamento do
    pré-natal
    - Acompanhamento imediato conforme protocolo e atenção
    humanizada
    - Identificação da gestante de alto risco com
    encaminhamento, mas mantendo o atendimento na atenção
    básica
    - Visita domiciliar/busca ativa da paciente que não comparece
    às consultas agendadas
    - Visita domiciliar no último mês de gestação
- Continuidade da assistência até o final da gestação e
parto, abolindo a alta do acompanhamento pré-natal
- Vinculação da gestante à maternidade
- Garantia de transporte para o hospital.
- Estabelecimento de rotinas de pré-natal
- Solicitação de exames conforme rotina ou pela presença de
intercorrências
- Disponibilidade dos exames laboratoriais e ecográficos pela
rede
- Preenchimento completo da carteira de gestante
- Referência para internação das pacientes com situação que
predisponha ao parto prematuro, tal como ITU, HAS, etc.
 Em  Uruguaiana, o Comitê de Prevenção da
 mortalidade infantil e materna, na análise dos
 óbitos     ocorridos,      tem        constatado
 desorganização total no pré-natal de baixo risco:


 - Somente 20-25% das mulheres recebem
 orientação para planejamento familiar
 - Não há busca ativa de gestantes
 - Há grande troca de domicílio de
 consulta, sugerindo falta de acolhida e má
 relação médico-paciente.
   Somente agora, a pedido do comitê, está sendo
    estabelecida uma coordenação do pré-natal de baixo
    risco visando estabelecer rotinas e fiscalização da
    execução das mesmas.
   As carteiras de gestantes contém mínimas
    anotações, muitas vezes ilegíveis.
   Há frequentemente falta de exames rotineiros e ITU
    são tratadas sem uroculturas!
   O aprazamento de ecografias já foi crítico. Por
    sugestão do comitê de prevenção de normalidade, foi
    criado o ambulatório de alto risco o qual ainda pode
    melhorar muito , com a acolhida de suas
    necessidades e integração com pré-natal de baixo
    risco , com a maternidade , estabelecimento do
    sistema de referência e contra-referência e
    integração com outras especialidades.
   Infecção perinatal: a principal infecção na UTI neonatal é a sepsis.
   Ela pode ser classificada como precoce (surge nos 2 primeiros dias
    de vida) e tardia.
   A incidência é de cerca de 8 casos para cada 1000 nativivos
    , chegando até 25% nos recém-nascidos com menos de 1500g
   A taxa de mortalidade é de cerca de 25%.
   A sepse precoce tem sua origem em fatores perinatais.
   Fatores de risco materno são vários, tais como febre
    materna, ITU, infecção materna por estreptococo grupo B, ruptura
    precoce da bolsa amniótica (>18h), amniótico fétido, leucorréia entre
    outros.
   Em relação a colonização do trato genito urinário materno por
    ESG, existe um protocolo que deve ser implementado.
   A sepse tardia está mais relacionada com fatores UTI
    dependentes, tais como acessos venosos centrais, VPM, e
    principalmente com infecção cruzada transmitida através das mãos
    dos profissionais.

    São também fatores importantes a relação enfermeiras/técnicas/
    leitos, qualidade das esterilizações, tratamento dos acessos
    venosos, cuidados com pacientes em ventilação.

   Em nossa UTIP, temos tido boa adesão dos profissionais das
    mesmas às rotinas de prevenção.

   A RGN tem detectado maior mortalidade de RNS PMTMBP nas
    UTIs mistas, sendo o aumento das infecções certamente um dos
    fatores relacionados.

   Somente agora temos a possibilidade de melhorarmos nosso
    diagnóstico e tratamentos das sepses, por ter o hospital adquirido
    material para automatização das hemoculturas.
   Em relação à prevenção da anóxia perinatal nossa situação é ainda
    crítica. A prevenção das situações que desembocam nesse quadro
    passa por:

    - melhora do pré-natal
    - diminuição da sobrecarga de trabalho dos plantonistas obstétricos
    - estabelecimento de rotinas de atendimento na maternidade
    - qualificação de todos profissionais
    - maior presteza na execução de exames laboratoriais e ecográficos
    - e estabelecimento de monitorização eletrônica do trabalho de
    parto.
O pediatra treinado deve estar sempre presente em sala de
parto
Há necessidade de algumas melhoras materiais na sala de
atendimento do RN.
O anestesista deve estar disponível para as
urgências/emergências
O obstetra deve ser um perinatologista capaz de prever
situações que podem levar à anóxia e abordá-las
precocemente.
A UTI deve estar preparada, técnica e materialmente, para
evitar lesões neurológicas secundárias
Atualmente a integração pediatra-obstetra ainda não é boa.
As situações que podem levar à anóxia perinatal são
múltiplas, devem ter uma abordagem precoce e eficiente, já
que o tempo de anóxia está relacionado com mortalidade e
morbidade.
Fatores locais relacionados com alta e vergonhosa mortalidade
perinatal e neonatal são:
- mínima cobertura do planejamento familiar
- péssima qualidade do pré-natal
- deficiências no atendimento ao parto
- falta de atendimento pediátrico integral em sala de parto
- falta de UTI neonatal
- enorme deficiência no número de pediatras atuantes na rede pública
- deficiências no atendimento das emergências
- falta de rede ambulatorial de atendimento aos RNs egressos da UTIP


A SMS que deveria ser a mola propulsora das melhorias dessa
situação, até o momento ainda não mostra o empenho desejado na
solução desses problemas.
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
1 de 18

Más contenido relacionado

La actualidad más candente(20)

Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e beb... por Centro Universitário Ages
Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e beb...Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e beb...
Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e beb...

Destacado

Renato correa controle social por
Renato correa   controle socialRenato correa   controle social
Renato correa controle socialLiene Campos
896 vistas39 diapositivas
Saúde pública por
Saúde públicaSaúde pública
Saúde públicaCassia Campos
4.4K vistas33 diapositivas
Vigilância sanitária e embelezamento por
Vigilância sanitária e embelezamentoVigilância sanitária e embelezamento
Vigilância sanitária e embelezamentoLiene Campos
4K vistas12 diapositivas
Classificação de RN por
Classificação de RNClassificação de RN
Classificação de RNArnaldo Neto
27.7K vistas18 diapositivas
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3 por
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Liene Campos
12.2K vistas18 diapositivas
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuro por
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuroAssistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuroJuliana Maciel
85.5K vistas13 diapositivas

Destacado(6)

Renato correa controle social por Liene Campos
Renato correa   controle socialRenato correa   controle social
Renato correa controle social
Liene Campos896 vistas
Vigilância sanitária e embelezamento por Liene Campos
Vigilância sanitária e embelezamentoVigilância sanitária e embelezamento
Vigilância sanitária e embelezamento
Liene Campos4K vistas
Classificação de RN por Arnaldo Neto
Classificação de RNClassificação de RN
Classificação de RN
Arnaldo Neto27.7K vistas
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3 por Liene Campos
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Liene Campos12.2K vistas
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuro por Juliana Maciel
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuroAssistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Assistência de enfermagem ao recém nascido prematuro
Juliana Maciel85.5K vistas

Similar a Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3

materno-infantil.pptx por
materno-infantil.pptxmaterno-infantil.pptx
materno-infantil.pptxjgbkjbjhvhchgfcgh
30 vistas31 diapositivas
PREMATURIDADE - prevenção através da ações de assistência e gestão por
PREMATURIDADE -  prevenção através da ações de assistência e gestãoPREMATURIDADE -  prevenção através da ações de assistência e gestão
PREMATURIDADE - prevenção através da ações de assistência e gestãoProf. Marcus Renato de Carvalho
2.4K vistas6 diapositivas
Rede Viva Vida - Atenção à Saúde da Gestante e da Criança por
Rede Viva Vida - Atenção à Saúde da Gestante e da CriançaRede Viva Vida - Atenção à Saúde da Gestante e da Criança
Rede Viva Vida - Atenção à Saúde da Gestante e da CriançaSecretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG)
4.7K vistas28 diapositivas
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni... por
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...Pelo Siro
937 vistas50 diapositivas
Gravidez e virus da imunodefeciencia por
Gravidez e virus da imunodefecienciaGravidez e virus da imunodefeciencia
Gravidez e virus da imunodefecienciauccarcozelo
202 vistas3 diapositivas
Gravidez e vírus da imunodefeciência por
Gravidez e vírus da imunodefeciênciaGravidez e vírus da imunodefeciência
Gravidez e vírus da imunodefeciênciauccarcozelo
165 vistas3 diapositivas

Similar a Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3(20)

1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni... por Pelo Siro
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
Pelo Siro937 vistas
Gravidez e virus da imunodefeciencia por uccarcozelo
Gravidez e virus da imunodefecienciaGravidez e virus da imunodefeciencia
Gravidez e virus da imunodefeciencia
uccarcozelo202 vistas
Gravidez e vírus da imunodefeciência por uccarcozelo
Gravidez e vírus da imunodefeciênciaGravidez e vírus da imunodefeciência
Gravidez e vírus da imunodefeciência
uccarcozelo165 vistas
A_IMPORTANCIA_DO_CUIDADO_DO_ENFERMEIRO_NA_ASSISTENCIA_AO_PREMATURO_EXTREMO.pdf por MarcosAntonio354128
A_IMPORTANCIA_DO_CUIDADO_DO_ENFERMEIRO_NA_ASSISTENCIA_AO_PREMATURO_EXTREMO.pdfA_IMPORTANCIA_DO_CUIDADO_DO_ENFERMEIRO_NA_ASSISTENCIA_AO_PREMATURO_EXTREMO.pdf
A_IMPORTANCIA_DO_CUIDADO_DO_ENFERMEIRO_NA_ASSISTENCIA_AO_PREMATURO_EXTREMO.pdf
3 - HIV Atualização na atenção ao portador HIVAids.pdf por EzequielSouza41
3 - HIV Atualização na atenção ao portador HIVAids.pdf3 - HIV Atualização na atenção ao portador HIVAids.pdf
3 - HIV Atualização na atenção ao portador HIVAids.pdf
EzequielSouza416 vistas
25gestacao alto risco por Mabel Salas
25gestacao alto risco25gestacao alto risco
25gestacao alto risco
Mabel Salas406 vistas
Sifilis para treinameto no jubim por Fátima Monteiro
Sifilis para treinameto no jubimSifilis para treinameto no jubim
Sifilis para treinameto no jubim
Fátima Monteiro2.1K vistas
3 a importancia da vigilancia da saude materna parte i por Lurdesmartins17
3  a importancia da vigilancia da saude materna   parte i3  a importancia da vigilancia da saude materna   parte i
3 a importancia da vigilancia da saude materna parte i
Lurdesmartins173.1K vistas
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomar por Luana Ortencio
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomarGravidez após os 35 anos e cuidados a tomar
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomar
Luana Ortencio128 vistas
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomar por febrasgo
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomarGravidez após os 35 anos e cuidados a tomar
Gravidez após os 35 anos e cuidados a tomar
febrasgo675 vistas
Apresentacao Perinatal 2007 Final 2 1 por Tania Fonseca
Apresentacao Perinatal 2007 Final 2 1Apresentacao Perinatal 2007 Final 2 1
Apresentacao Perinatal 2007 Final 2 1
Tania Fonseca567 vistas
root,+Gestação+gemelar+com+óbito+de+um+dos+fetos+-+relato+de+caso.pdf por ssuserfa1b811
root,+Gestação+gemelar+com+óbito+de+um+dos+fetos+-+relato+de+caso.pdfroot,+Gestação+gemelar+com+óbito+de+um+dos+fetos+-+relato+de+caso.pdf
root,+Gestação+gemelar+com+óbito+de+um+dos+fetos+-+relato+de+caso.pdf
ssuserfa1b8112 vistas

Más de Liene Campos

A mulher trabalhadora no contexto das relações de por
A mulher trabalhadora no contexto das relações deA mulher trabalhadora no contexto das relações de
A mulher trabalhadora no contexto das relações deLiene Campos
2K vistas36 diapositivas
Programa saude e bem estar seminario para slide share por
Programa saude e bem estar seminario  para slide sharePrograma saude e bem estar seminario  para slide share
Programa saude e bem estar seminario para slide shareLiene Campos
3.6K vistas33 diapositivas
Programa saude e bem estar seminario por
Programa saude e bem estar seminarioPrograma saude e bem estar seminario
Programa saude e bem estar seminarioLiene Campos
738 vistas32 diapositivas
A importancia da auto estima na mulher graça por
A importancia da auto estima na mulher  graçaA importancia da auto estima na mulher  graça
A importancia da auto estima na mulher graçaLiene Campos
16.8K vistas51 diapositivas
A mulher trabalhadora no contexto das relações de por
A mulher trabalhadora no contexto das relações deA mulher trabalhadora no contexto das relações de
A mulher trabalhadora no contexto das relações deLiene Campos
385 vistas36 diapositivas
Apresentação seminário por
Apresentação seminárioApresentação seminário
Apresentação seminárioLiene Campos
2.1K vistas36 diapositivas

Más de Liene Campos(20)

A mulher trabalhadora no contexto das relações de por Liene Campos
A mulher trabalhadora no contexto das relações deA mulher trabalhadora no contexto das relações de
A mulher trabalhadora no contexto das relações de
Liene Campos2K vistas
Programa saude e bem estar seminario para slide share por Liene Campos
Programa saude e bem estar seminario  para slide sharePrograma saude e bem estar seminario  para slide share
Programa saude e bem estar seminario para slide share
Liene Campos3.6K vistas
Programa saude e bem estar seminario por Liene Campos
Programa saude e bem estar seminarioPrograma saude e bem estar seminario
Programa saude e bem estar seminario
Liene Campos738 vistas
A importancia da auto estima na mulher graça por Liene Campos
A importancia da auto estima na mulher  graçaA importancia da auto estima na mulher  graça
A importancia da auto estima na mulher graça
Liene Campos16.8K vistas
A mulher trabalhadora no contexto das relações de por Liene Campos
A mulher trabalhadora no contexto das relações deA mulher trabalhadora no contexto das relações de
A mulher trabalhadora no contexto das relações de
Liene Campos385 vistas
Apresentação seminário por Liene Campos
Apresentação seminárioApresentação seminário
Apresentação seminário
Liene Campos2.1K vistas
Renato correa controle social por Liene Campos
Renato correa   controle socialRenato correa   controle social
Renato correa controle social
Liene Campos748 vistas
Renato correa controle social por Liene Campos
Renato correa   controle socialRenato correa   controle social
Renato correa controle social
Liene Campos410 vistas
Apresentação seminário por Liene Campos
Apresentação seminárioApresentação seminário
Apresentação seminário
Liene Campos1.1K vistas
Nutr. silvia aleitamento materno por Liene Campos
Nutr. silvia   aleitamento maternoNutr. silvia   aleitamento materno
Nutr. silvia aleitamento materno
Liene Campos464 vistas
Apresentação multivacinação por Liene Campos
Apresentação multivacinaçãoApresentação multivacinação
Apresentação multivacinação
Liene Campos4 vistas
Reuniao vacaria 12 jul 2012 c. mamo robert por Liene Campos
Reuniao vacaria 12 jul 2012 c. mamo robertReuniao vacaria 12 jul 2012 c. mamo robert
Reuniao vacaria 12 jul 2012 c. mamo robert
Liene Campos2 vistas
Esquema de vacinacao adolescente (1) por Liene Campos
Esquema de vacinacao adolescente (1)Esquema de vacinacao adolescente (1)
Esquema de vacinacao adolescente (1)
Liene Campos349 vistas
Atendimento eficaz ao clente sec.saúde palestra por Liene Campos
Atendimento eficaz ao clente sec.saúde palestraAtendimento eficaz ao clente sec.saúde palestra
Atendimento eficaz ao clente sec.saúde palestra
Liene Campos6 vistas
Apresentação multivacinação por Liene Campos
Apresentação multivacinaçãoApresentação multivacinação
Apresentação multivacinação
Liene Campos1 vista
Apresentação seminário por Liene Campos
Apresentação seminárioApresentação seminário
Apresentação seminário
Liene Campos3 vistas
Reuniao vacaria 12 jul 2012 c. mamo robert por Liene Campos
Reuniao vacaria 12 jul 2012 c. mamo robertReuniao vacaria 12 jul 2012 c. mamo robert
Reuniao vacaria 12 jul 2012 c. mamo robert
Liene Campos548 vistas

Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3

  • 2. Prematuridade é conceituada em função da idade gestacional: todo RN com Idade gestacional < 37 semanas  RN de baixo peso: < 2500 g independente da IG  Prematuro de extremo baixo peso: PN < 1000g  Prematuro de muito baixo peso: PN entre 1000 e 1500g  Prematuro tardio: IG entre 34 semanas e 36S 6d
  • 3. RN pequeno para IG: PN < menor que o 10º percentil na curva de crescimento intrauterino  Restrição de crescimento intrauterino: crescimento < que o percentil 10 em 2 medidas IU sequenciais  RN a termo: IG entre 37 e 42 semanas de IG  RN pós-termo: > 42 semanas de IG; poderia ser dividido em pós- datismo (sem sinais de insuficiência placentária) e pós-maturo (com sinais de insuficiência placentária)
  • 4.  Prematuridade: percentuais brasileiros variáveis entre 5 e 16,2%  SINASC tem mostrado discrepâncias com outras estatísticas. Ex.: Ribeirão Preto, 1994: SINASC 4% X Estudo de coorte 13%  Aumento da incidência de prematuridade detectada desde 1994 no Brasil: 1994 = 5% 1998 = 5,4% 2000 = 5,6%
  • 5. Pelotas (RS): 1982 = 6% 1993= 7,5% 2004 =15%  Ribeiro Preto (SP): 1978-79 = 6% 1994 = 13,3%  EUA: diminuição marcada de RNs com IG de 40s e aumento significativo entre 34 e 39 s  Dinamarca: estudo entre 1995 – 2004 com aumento de 22% de prematuros
  • 6. Prematuridade em Uruguaiana: dados não são confiáveis, pois não há pediatra em todos horários na sala de parto e muitas vezes o pediatra não anota a IG  Em 2011 - Diagnóstico de prematuridade: - DUM, quando confiável é o método de escolha; - ecografia, precisão depende de quando é efetuada (quanto mais precoce mais fidedigna); - exame do RN: Capurro (1978), não se aplica abaixo de 204 dias de IG (29s1d); Ballard (1979), guarda boa correlação com a DUM, 30s  A IG guarda estreita correlação com a mortalidade e morbidade.
  • 7. Aborto: morte de um produto de concepção <500g (20 – 22s ) <25 cm  Morte fetal: morte ocorrida antes da expulsão completa do corpo materno independente da IG  Período perinatal: 22 semanas de concepção até o 7º dia após o nascimento  Período neonatal: nascimento ate 28º DV  Período neonatal precoce: nascimento ate o 7º DV  Período neonatal tardio: entre o 7º e 28º DV
  • 8.  Atualmente: - cerca de 70% das mortes no 1º ano ocorrem no período neonatal - cerca de 60% da mortalidade neonatal ocorre no período neonatal precoce (42% da mortalidade infantil)  Nomundo as 3 principais causas de mortalidade neonatal são: - prematuridade (28%) - infecções (36%) - complicações da asfixia (23%)
  • 9. A prevenção da prematuridade é uma medida, em parte, alcançável com melhora da atenção primária: - Inicia com a orientação às mulheres em idade fértil (incluindo adolescentes) sobre anticoncepção, oportunidades, época para gestar, etc. - Captação precoce e busca ativa para o acompanhamento do pré-natal - Acompanhamento imediato conforme protocolo e atenção humanizada - Identificação da gestante de alto risco com encaminhamento, mas mantendo o atendimento na atenção básica - Visita domiciliar/busca ativa da paciente que não comparece às consultas agendadas - Visita domiciliar no último mês de gestação
  • 10. - Continuidade da assistência até o final da gestação e parto, abolindo a alta do acompanhamento pré-natal - Vinculação da gestante à maternidade - Garantia de transporte para o hospital. - Estabelecimento de rotinas de pré-natal - Solicitação de exames conforme rotina ou pela presença de intercorrências - Disponibilidade dos exames laboratoriais e ecográficos pela rede - Preenchimento completo da carteira de gestante - Referência para internação das pacientes com situação que predisponha ao parto prematuro, tal como ITU, HAS, etc.
  • 11.  Em Uruguaiana, o Comitê de Prevenção da mortalidade infantil e materna, na análise dos óbitos ocorridos, tem constatado desorganização total no pré-natal de baixo risco: - Somente 20-25% das mulheres recebem orientação para planejamento familiar - Não há busca ativa de gestantes - Há grande troca de domicílio de consulta, sugerindo falta de acolhida e má relação médico-paciente.
  • 12. Somente agora, a pedido do comitê, está sendo estabelecida uma coordenação do pré-natal de baixo risco visando estabelecer rotinas e fiscalização da execução das mesmas.  As carteiras de gestantes contém mínimas anotações, muitas vezes ilegíveis.  Há frequentemente falta de exames rotineiros e ITU são tratadas sem uroculturas!  O aprazamento de ecografias já foi crítico. Por sugestão do comitê de prevenção de normalidade, foi criado o ambulatório de alto risco o qual ainda pode melhorar muito , com a acolhida de suas necessidades e integração com pré-natal de baixo risco , com a maternidade , estabelecimento do sistema de referência e contra-referência e integração com outras especialidades.
  • 13. Infecção perinatal: a principal infecção na UTI neonatal é a sepsis.  Ela pode ser classificada como precoce (surge nos 2 primeiros dias de vida) e tardia.  A incidência é de cerca de 8 casos para cada 1000 nativivos , chegando até 25% nos recém-nascidos com menos de 1500g  A taxa de mortalidade é de cerca de 25%.  A sepse precoce tem sua origem em fatores perinatais.  Fatores de risco materno são vários, tais como febre materna, ITU, infecção materna por estreptococo grupo B, ruptura precoce da bolsa amniótica (>18h), amniótico fétido, leucorréia entre outros.  Em relação a colonização do trato genito urinário materno por ESG, existe um protocolo que deve ser implementado.
  • 14. A sepse tardia está mais relacionada com fatores UTI dependentes, tais como acessos venosos centrais, VPM, e principalmente com infecção cruzada transmitida através das mãos dos profissionais.  São também fatores importantes a relação enfermeiras/técnicas/ leitos, qualidade das esterilizações, tratamento dos acessos venosos, cuidados com pacientes em ventilação.  Em nossa UTIP, temos tido boa adesão dos profissionais das mesmas às rotinas de prevenção.  A RGN tem detectado maior mortalidade de RNS PMTMBP nas UTIs mistas, sendo o aumento das infecções certamente um dos fatores relacionados.  Somente agora temos a possibilidade de melhorarmos nosso diagnóstico e tratamentos das sepses, por ter o hospital adquirido material para automatização das hemoculturas.
  • 15. Em relação à prevenção da anóxia perinatal nossa situação é ainda crítica. A prevenção das situações que desembocam nesse quadro passa por: - melhora do pré-natal - diminuição da sobrecarga de trabalho dos plantonistas obstétricos - estabelecimento de rotinas de atendimento na maternidade - qualificação de todos profissionais - maior presteza na execução de exames laboratoriais e ecográficos - e estabelecimento de monitorização eletrônica do trabalho de parto.
  • 16. O pediatra treinado deve estar sempre presente em sala de parto Há necessidade de algumas melhoras materiais na sala de atendimento do RN. O anestesista deve estar disponível para as urgências/emergências O obstetra deve ser um perinatologista capaz de prever situações que podem levar à anóxia e abordá-las precocemente. A UTI deve estar preparada, técnica e materialmente, para evitar lesões neurológicas secundárias Atualmente a integração pediatra-obstetra ainda não é boa. As situações que podem levar à anóxia perinatal são múltiplas, devem ter uma abordagem precoce e eficiente, já que o tempo de anóxia está relacionado com mortalidade e morbidade.
  • 17. Fatores locais relacionados com alta e vergonhosa mortalidade perinatal e neonatal são: - mínima cobertura do planejamento familiar - péssima qualidade do pré-natal - deficiências no atendimento ao parto - falta de atendimento pediátrico integral em sala de parto - falta de UTI neonatal - enorme deficiência no número de pediatras atuantes na rede pública - deficiências no atendimento das emergências - falta de rede ambulatorial de atendimento aos RNs egressos da UTIP A SMS que deveria ser a mola propulsora das melhorias dessa situação, até o momento ainda não mostra o empenho desejado na solução desses problemas.