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Aula 1
Prof.ª Ana Laura Sanches Martin
• Estética (do grego : percepção, sensação) é um
ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da
natureza do belo e dos fundamentos da arte .
• Ela estuda o julgamento e a percepção do que é
considerado belo, a produção das emoções
pelos fenómenos estéticos, bem como: as
diferentes formas de arte e da técnica artística; a
ideia de obra de arte e de criação; a relação
entre matérias e formas nas artes. Por outro
lado, a estética também pode ocupar-se
do sublime, ou da privação da beleza, ou seja, o
que pode ser considerado feio, ou até mesmo
• Aristóteles e Platão - a estética era estudada fundida
com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro
formavam uma unidade com a obra. A essência do belo
seria alcançada identificando-o com o bom, tendo em
conta os valores morais.2 Na Idade Média surgiu a
intenção de estudar a estética independente de outros
ramos filosóficos.
• Aristóteles (em 322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno
de Platão e professor de Alexandre, o Grande .Seus
escritos abrangem diversos assuntos, como
a física, a metafísica, as leis da poesia e do
drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética,
a biologia e a zoologia.
• PRÉ HISTÓRIA
Os primeiros sinais de vaidade começaram na Pré
História, quando o homem passou a se reunir em grupos
e se fixou na terra, surgindo a diferenciação hierárquica.
Os chefes, em geral os mais fortes do grupo, enfeitavamse com as garras e dentes dos animais ferozes que
caçavam. Surgiram também as primeiras "pinturas de
guerra" que dariam mais força ao guerreiro, além de
"assustarem" o adversário.
• EGITO
Homens e mulheres pintavam o rosto por acreditarem na
relação entre espiritualidade e aparência. A maquiagem
se tornou parte da higiene diária, um verdadeiro ritual de
beleza. Os olhos tinham o maior destaque: eram
delineados e aumentados com Kohl (carvão), as
pálpebras recebiam toques de índigo e sobre elas se
esfumavam uma sombra em pó, colorida, feita de
malaquita moída (pedra). Utilizavam também
henna, açafrão, curry e outros pós coloridos.
•
• GRÉCIA
• A maquiagem era usada mas não tanto quanto no Egito.
A preocupação maior era com a saúde e a beleza do
corpo. Os homens não se maquiavam e procuravam
manter a forma com exercício físico, massagens e
banhos aromáticos. As mulheres usavam maquiagem
leve e os penteados eram elaborados com fitas e
cachos.
• ROMA
Os romanos adquiriram dos gregos o costume dos
banhos e dos exercícios. Os óleos perfumados de
massagem, banhos (termas) faziam parte do ritual de
beleza. A maquiagem era mais exagerada entre as
cortesãs, mas não deixava de ser usada pelas mulheres
dos senadores e da elite.
• IDADE MÉDIA
• Teve início com a queda do Império Romano e o domínio
do Cristianismo. A vaidade foi condenada pela Igreja que
passou a considerar como "hábitos pagãos" o costume
das termas, dos banhos e das massagens com óleos
perfumados dos romanos. Sendo alvo dessa nova
ordem, as mulheres se cobriram com longas e rodadas
vestimentas e os cabelos ficaram escondidos sob
toucados. Mesmo assim tinham alguns toques de
vaidade - os cabelos eram clareados com água de lixívia
(cinza do borralho colocada na água) e com o sol. As
sobrancelhas eram depiladas e a testa aumentada pela
depilação da linha dos cabelos. As faces eram
beliscadas e os lábios mordidos para que ficassem
rosados.
• RENASCIMENTO
• Os decotes desceram, os penteados mais elaborados
voltaram a ser usados e novamente a maquiagem
começou a ser introduzida no dia-a-dia. O luxo do
vestuário entrou na moda e, quanto mais nobre, mais
enfeitado se apresentava. Surgiram as mouches
(moscas), que eram pintas feitas de veludo, colocadas
nos seios e no rosto de homens e mulheres. Na pintura
eram retratados rostos jovens, ideal de beleza buscado
na Grécia.
• SÉCULO XVIII
• Na França, homens e mulheres voltaram a exagerar na
maquiagem. Foi um período caracterizado pelo exagero
em muitas áreas: na pintura, na arquitetura, no
vestuário, nos penteados. O empoamento (pó de arroz)
deixava rostos e cabelos inteiramente brancos; as
perucas chegavam a altura de 50 cm;
sedas, rendas, cetim e as mouches estavam no seu
apogeu. Os decotes chegavam até os mamilos e o colo
era aspergido com vinho tinto para que ficasse mais
rosado.
• SÉCULO XIX
A era vitoriana influenciou o comportamento e o guarda
roupa feminino e masculino na Europa e parte da elite
nos Estados Unidos. Roupas mais fechadas, decotes
discretos, espartilhos, saias enormes, pouca maquiagem
caracterizaram essa época dos cavalheiros e das
damas.
• ANOS 10
• O início do século XX foi marcado pela Primeira Guerra
Mundial (1914-1918), que foi a grande responsável pela
mudança no modo de ser e pensar da humanidade. As
mulheres assumiram novos papéis passando, pela
primeira vez, a integrar o mercado de trabalho. O
vestuário se tornou mais prático e adequado à rotina das
fábricas e escritórios.
• ANOS 20
Com o fim da guerra, o divertimento deu o tom desta
década de prosperidade e liberdade. Época das
melindrosas (eram as mulheres modernas) e dos
vestidos chacoalhando ao som de Charleston e do
jazz. A mulher começava a ter mais liberdade, os
comprimentos subiram chegando à altura dos joelhos era a primeira vez na história ocidental que as pernas
femininas podiam ser vistas em público. Coco Chanel
revolucionou a década de 20 com os seus cortes
retos, blazers, cardigãs, colares compridos, reproduzindo
a sua própria imagem - a mulher bem
sucedida, independente, com personalidade e estilo. A
maquiagem era forte, os lábios eram vermelhos pintados
em formato de coração ou arco de cupido, os olhos bem
marcados, as sobrancelhas tiradas e marcadas a lápis.
Os cabelos eram curtos (Chanel) tinham franja e corte
• ANOS 30
• A euforia dos anos 20 chegou ao fim com a crise de
1929 (queda da Bolsa de Valores de Nova York). Em
geral, os períodos de crise não são caracterizados por
ousadias na forma de se vestir. Os anos 30 - ao contrário
da década anterior que havia destruído as formas
femininas - voltou a valorizar o corpo da mulher, através
de uma elegância refinada; as formas eram
marcadas, porém naturais. As saias ficaram longas e os
cabelos começaram a crescer. A moda dos anos 30
descobriu o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de
sol. Os mais abastados iam para lugares à beira-mar
para passar as férias. A mulher dessa época devia ser
magra, bronzeada e esportiva. O cinema estava no auge
e Hollywood, através de suas estrelas, foi um referencial
de disseminação de novos costumes.
• O visual sofisticado da atriz Greta Garbo, com
sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de
arroz bem claro, foi muito imitado pelas mulheres.
• MAX FACTOR, químico que revolucionou a história da
maquiagem, criou uma série de truques que deixava as
estrelas de Hollywood com um rosto muito especial.
Abriu uma indústria de cosméticos, pois as atrizes
estavam sempre "roubando" os seus produtos para usar
no dia-a-dia. Criou maquiagem para ruivas, morenas e
loiras, maquiagem líquida, à prova d´água e outra grande
revolução o PanCake - lançado em 1938 para o filme "...
E o Vento Levou". A atriz Vivian Leigh tinha a pele muito
irregular e o PanCake a salvou nos closes. Surgiram os
estojos de bolsa, as mulheres podiam retocar a
maquiagem onde estivessem.
• ANOS 40
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi novamente
um catalizador de mudanças, a moda se tornou mais
simples e austera - cortes retos, estilo militar, uso de
duas peças criando looks intercambiáveis, racionamento
de tecido, roupas recicladas, popularização dos
sintéticos (como a viscose). Com a escassez de
cabelereiros (até o final da década de 30, a profissão era
exercida predominantemente por homens, que estavam
lutando) os cabelos eram penteados com uma variedade
de ondas e presos com grampos.
• A simplicidade a que a mulher estava submetida
despertou o interesse pelos chapéus, surgiram novos
modelos e adornos. A alta costura ficou restrita às
mulheres dos comandantes alemães, dos embaixadores
em exercício e àquelas que de alguma forma podiam
• ANOS 50
• Com o fim da guerra, a mulher dos anos 50 se tornou
mais feminina, glamurosa e sofisticada. Era a
consolidação do New Look, uma das principais
revoluções da moda, lançada por Christian Dior em
1947. Metros e metros de tecido eram usados para
confeccionar um vestido bem amplo, na altura dos
tornozelos, com cintura marcada. Os sapatos eram de
salto alto, além das luvas e outros acessórios como
peles e joias. As jovens começaram a trocar as
orquestras pela música de Elvis Presley. A beleza era um
tema de grande importância, com muitos lançamentos de
cosméticos. Spray de cabelo, delineador, sutiãs
pontudos são as heranças da década. Era também o
auge das tintas para cabelos. Os penteados podiam ser
coques ou rabos-de-cavalo, como os de Brigitte Bardot.
O corpo da mulher se tornou mais feminino e
• ANOS 60
Foi uma das décadas mais ricas. Pílula
anticoncepcional, homem na Lua, morte de John
Kennedy, Martin Luther King, minissaia, os
Beatles, hippies, Festival de Woodstock, Guerra do
Vietnã, Revolução de 64 (no Brasil), Mao Tsétung, Guerra Fria,... Liberdade sexual feminina. Os anos
60 viveram a explosão da juventude, o desejo de
liberdade. Os jovens entraram para o mercado de
trabalho e as empresas criaram produtos específicos
para esse novo consumidor, que pela primeira vez, teve
a sua própria moda, não mais derivada dos velhos. A
modelo Twiggy, uma modelo inglesa de 1,70m com 45
quilos, tornou-se o biótipo imitado pelas jovens da
época. Foi o auge da estética "Lolita", com a
sexualização de looks quase infantis. Para manter o
ideal de corpo adolescente, as revistas femininas
pregavam as dietas e os exercícios.
• A maquiagem era basicamente nos olhos. Batom e
esmalte eram bem claros, em geral branco-leite e os
olhos seguiam padrões de tonalidades do rosado ao
verde-água, com cílios enormes, negros e bem
"postiços". Os cabelos eram armados, cheios de laquê e
as perucas estavam na moda.
No final da década, o reduto jovem mundial se transferiu
de Londres (cidade da moda desta época), para São
Francisco (EUA), berço do movimento hippie.
Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens
em diversas partes do mundo. Era o movimento da
contracultura, que se afastava da ostentação da jovem
guarda, em busca de uma viagem psicodélica.
• ANOS 70
Década da discoteca, de Dancing Days, John
Travolta, calças boca-de-sino, golas
pontudas, plataforma,....O movimento hippie traz
referências de outras etnias. Os cabelos recebiam a
influência afro e deviam ser enormes, crespos e bem
armados. Na maquiagem os olhos eram muito
enfatizados (sombras verde, rosa, azul) e até 1974 os
cílios continuaram com força total. As maçãs do rosto
tinham muito blush.
Em Londres surge o punk, quando um grupo de garotos
desempregados, sintetizando a atmosfera do "No Future"
e da falta de perspectivas, protestam com suas roupas
rasgadas, muito preto, alfinetes, jaquetas de
couro, coturnos e cortes de cabelos "moicanos".
• ANOS 80
Era do poder e dos exageros visuais. A mulher passou a
ocupar áreas antes reservadas aos homens ganhando
status e dinheiro - são engenheiras, arquitetas, gerentes
de empresa, donas de seu próprio negócio,... Foi
também a época dos yuppies norte-americanos, que
lançaram moda para todo o globo com suas roupas de
griffe. Com o culto ao corpo começaram a corrida para
as academias (febre da ginástica aeróbica), as
vitaminas, a geração saúde.
A multiciplidade das tribos urbanas alcançou algo nunca
visto - coexistiam punks, góticos, skinheads, new
wavers, rappers (do hip-hop americano). A música
influenciou fortemente a moda.
• A ambiguidade foi um traço marcante da década estampas de oncinha, cores cítricas, acessórios "fake"
conviviam com discretos tailleurs e com roupas de
moletom e cotton-lycra recém-saídas das academias. A
maquiagem tinha batons de cores vivas como o pink e o
vermelho, os olhos eram bem pintados com sombras
fortes, os cílios eram alongados com máscaras coloridas
(verde e azul). Os cabelos tinham gel para o look
molhado, mousse para criar volume, ao lado das
permanentes e topetes altos.
No fim da década apareceram as supermodels - Linda
Evangelista, Naomi Campbell, Cindy Crawford, Claudia
Schiffer - eram as mulheres mais glamorosas, desejadas
e invejadas. Ocuparam o imaginário da mídia e do
público, antes reservado às estrelas de Hollywood.
A mistura de tendências e a ambiguidade que
caracterizou os anos 80 provaram que todos os limites
são relativos e que a moda não é mais que a projeção de
sonhos, ideias e aspirações - tudo é possível no mundo
• ANOS 90
Trouxe o low profile, o minimalismo, pregando a
simplicidade em oposição à extravagância e aos
excessos visuais dos anos 80. O ideal era uma calça
Calvin Klein com uma camiseta pólo, um Keds,... O
heroin chic (palidez, olheiras e magreza excessiva) se
tornou padrão. A modelo Kate Moss personificou esse
estilo, muito reproduzido nos editoriais de moda.
O grunge conquistou o mundo e a moda com bandas de
Seattle como Nirvana. No extremo oposto, a indústria do
luxo se expandiu e revitalizou marcas esquecidas.
Os jovens dos anos 90 ganharam espaço com marcas e
estilos para cada tribo. Os adolescentes passaram a
mudar de estilo cada vez mais rápido. Entrou em
ascensão as tatuagens e os piercings.
A moda mais plural, estimulou o estilo próprio e
individual, dando pistas para a virada do milênio.
• ANOS 2000
A globalização e o desenvolvimento da mídia aumentaram
muito a velocidade da informação. Modelos brasileiras como
Gisele Bündchen, Carol Trentini, Fernanda Tavares, Isabeli
Fontana, ... passaram a estrelar campanhas de grandes grifes
mundiais e invadiram as passarelas.
Estilistas brasileiros passaram a apresentar coleções nas
semanas de moda de Nova York e Paris.
O governo do presidente Lula deu continuidade à política de
estabilização econômica iniciada na gestão do presidente
Fernando Henrique Cardoso.
O Brasil se tornou um "país na moda". Guias e revistas de
estilo voltaram-se para o país estendendo seus predicados
para além do samba, praia, futebol e Carnaval. A moda
tornou-se plural e subjetiva. Com várias
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A história da estética e da maquiagem ao longo dos séculos

  • 1. Aula 1 Prof.ª Ana Laura Sanches Martin
  • 2.
  • 3. • Estética (do grego : percepção, sensação) é um ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte . • Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenómenos estéticos, bem como: as diferentes formas de arte e da técnica artística; a ideia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se do sublime, ou da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo
  • 4. • Aristóteles e Platão - a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. A essência do belo seria alcançada identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais.2 Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos filosóficos. • Aristóteles (em 322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande .Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia.
  • 5. • PRÉ HISTÓRIA Os primeiros sinais de vaidade começaram na Pré História, quando o homem passou a se reunir em grupos e se fixou na terra, surgindo a diferenciação hierárquica. Os chefes, em geral os mais fortes do grupo, enfeitavamse com as garras e dentes dos animais ferozes que caçavam. Surgiram também as primeiras "pinturas de guerra" que dariam mais força ao guerreiro, além de "assustarem" o adversário.
  • 6. • EGITO Homens e mulheres pintavam o rosto por acreditarem na relação entre espiritualidade e aparência. A maquiagem se tornou parte da higiene diária, um verdadeiro ritual de beleza. Os olhos tinham o maior destaque: eram delineados e aumentados com Kohl (carvão), as pálpebras recebiam toques de índigo e sobre elas se esfumavam uma sombra em pó, colorida, feita de malaquita moída (pedra). Utilizavam também henna, açafrão, curry e outros pós coloridos. •
  • 7. • GRÉCIA • A maquiagem era usada mas não tanto quanto no Egito. A preocupação maior era com a saúde e a beleza do corpo. Os homens não se maquiavam e procuravam manter a forma com exercício físico, massagens e banhos aromáticos. As mulheres usavam maquiagem leve e os penteados eram elaborados com fitas e cachos.
  • 8. • ROMA Os romanos adquiriram dos gregos o costume dos banhos e dos exercícios. Os óleos perfumados de massagem, banhos (termas) faziam parte do ritual de beleza. A maquiagem era mais exagerada entre as cortesãs, mas não deixava de ser usada pelas mulheres dos senadores e da elite.
  • 9. • IDADE MÉDIA • Teve início com a queda do Império Romano e o domínio do Cristianismo. A vaidade foi condenada pela Igreja que passou a considerar como "hábitos pagãos" o costume das termas, dos banhos e das massagens com óleos perfumados dos romanos. Sendo alvo dessa nova ordem, as mulheres se cobriram com longas e rodadas vestimentas e os cabelos ficaram escondidos sob toucados. Mesmo assim tinham alguns toques de vaidade - os cabelos eram clareados com água de lixívia (cinza do borralho colocada na água) e com o sol. As sobrancelhas eram depiladas e a testa aumentada pela depilação da linha dos cabelos. As faces eram beliscadas e os lábios mordidos para que ficassem rosados.
  • 10. • RENASCIMENTO • Os decotes desceram, os penteados mais elaborados voltaram a ser usados e novamente a maquiagem começou a ser introduzida no dia-a-dia. O luxo do vestuário entrou na moda e, quanto mais nobre, mais enfeitado se apresentava. Surgiram as mouches (moscas), que eram pintas feitas de veludo, colocadas nos seios e no rosto de homens e mulheres. Na pintura eram retratados rostos jovens, ideal de beleza buscado na Grécia.
  • 11. • SÉCULO XVIII • Na França, homens e mulheres voltaram a exagerar na maquiagem. Foi um período caracterizado pelo exagero em muitas áreas: na pintura, na arquitetura, no vestuário, nos penteados. O empoamento (pó de arroz) deixava rostos e cabelos inteiramente brancos; as perucas chegavam a altura de 50 cm; sedas, rendas, cetim e as mouches estavam no seu apogeu. Os decotes chegavam até os mamilos e o colo era aspergido com vinho tinto para que ficasse mais rosado.
  • 12. • SÉCULO XIX A era vitoriana influenciou o comportamento e o guarda roupa feminino e masculino na Europa e parte da elite nos Estados Unidos. Roupas mais fechadas, decotes discretos, espartilhos, saias enormes, pouca maquiagem caracterizaram essa época dos cavalheiros e das damas.
  • 13. • ANOS 10 • O início do século XX foi marcado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que foi a grande responsável pela mudança no modo de ser e pensar da humanidade. As mulheres assumiram novos papéis passando, pela primeira vez, a integrar o mercado de trabalho. O vestuário se tornou mais prático e adequado à rotina das fábricas e escritórios.
  • 14. • ANOS 20 Com o fim da guerra, o divertimento deu o tom desta década de prosperidade e liberdade. Época das melindrosas (eram as mulheres modernas) e dos vestidos chacoalhando ao som de Charleston e do jazz. A mulher começava a ter mais liberdade, os comprimentos subiram chegando à altura dos joelhos era a primeira vez na história ocidental que as pernas femininas podiam ser vistas em público. Coco Chanel revolucionou a década de 20 com os seus cortes retos, blazers, cardigãs, colares compridos, reproduzindo a sua própria imagem - a mulher bem sucedida, independente, com personalidade e estilo. A maquiagem era forte, os lábios eram vermelhos pintados em formato de coração ou arco de cupido, os olhos bem marcados, as sobrancelhas tiradas e marcadas a lápis. Os cabelos eram curtos (Chanel) tinham franja e corte
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  • 16. • ANOS 30 • A euforia dos anos 20 chegou ao fim com a crise de 1929 (queda da Bolsa de Valores de Nova York). Em geral, os períodos de crise não são caracterizados por ousadias na forma de se vestir. Os anos 30 - ao contrário da década anterior que havia destruído as formas femininas - voltou a valorizar o corpo da mulher, através de uma elegância refinada; as formas eram marcadas, porém naturais. As saias ficaram longas e os cabelos começaram a crescer. A moda dos anos 30 descobriu o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados iam para lugares à beira-mar para passar as férias. A mulher dessa época devia ser magra, bronzeada e esportiva. O cinema estava no auge e Hollywood, através de suas estrelas, foi um referencial de disseminação de novos costumes.
  • 17. • O visual sofisticado da atriz Greta Garbo, com sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, foi muito imitado pelas mulheres. • MAX FACTOR, químico que revolucionou a história da maquiagem, criou uma série de truques que deixava as estrelas de Hollywood com um rosto muito especial. Abriu uma indústria de cosméticos, pois as atrizes estavam sempre "roubando" os seus produtos para usar no dia-a-dia. Criou maquiagem para ruivas, morenas e loiras, maquiagem líquida, à prova d´água e outra grande revolução o PanCake - lançado em 1938 para o filme "... E o Vento Levou". A atriz Vivian Leigh tinha a pele muito irregular e o PanCake a salvou nos closes. Surgiram os estojos de bolsa, as mulheres podiam retocar a maquiagem onde estivessem.
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  • 19. • ANOS 40 A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi novamente um catalizador de mudanças, a moda se tornou mais simples e austera - cortes retos, estilo militar, uso de duas peças criando looks intercambiáveis, racionamento de tecido, roupas recicladas, popularização dos sintéticos (como a viscose). Com a escassez de cabelereiros (até o final da década de 30, a profissão era exercida predominantemente por homens, que estavam lutando) os cabelos eram penteados com uma variedade de ondas e presos com grampos. • A simplicidade a que a mulher estava submetida despertou o interesse pelos chapéus, surgiram novos modelos e adornos. A alta costura ficou restrita às mulheres dos comandantes alemães, dos embaixadores em exercício e àquelas que de alguma forma podiam
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  • 21. • ANOS 50 • Com o fim da guerra, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina, glamurosa e sofisticada. Era a consolidação do New Look, uma das principais revoluções da moda, lançada por Christian Dior em 1947. Metros e metros de tecido eram usados para confeccionar um vestido bem amplo, na altura dos tornozelos, com cintura marcada. Os sapatos eram de salto alto, além das luvas e outros acessórios como peles e joias. As jovens começaram a trocar as orquestras pela música de Elvis Presley. A beleza era um tema de grande importância, com muitos lançamentos de cosméticos. Spray de cabelo, delineador, sutiãs pontudos são as heranças da década. Era também o auge das tintas para cabelos. Os penteados podiam ser coques ou rabos-de-cavalo, como os de Brigitte Bardot. O corpo da mulher se tornou mais feminino e
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  • 23. • ANOS 60 Foi uma das décadas mais ricas. Pílula anticoncepcional, homem na Lua, morte de John Kennedy, Martin Luther King, minissaia, os Beatles, hippies, Festival de Woodstock, Guerra do Vietnã, Revolução de 64 (no Brasil), Mao Tsétung, Guerra Fria,... Liberdade sexual feminina. Os anos 60 viveram a explosão da juventude, o desejo de liberdade. Os jovens entraram para o mercado de trabalho e as empresas criaram produtos específicos para esse novo consumidor, que pela primeira vez, teve a sua própria moda, não mais derivada dos velhos. A modelo Twiggy, uma modelo inglesa de 1,70m com 45 quilos, tornou-se o biótipo imitado pelas jovens da época. Foi o auge da estética "Lolita", com a sexualização de looks quase infantis. Para manter o ideal de corpo adolescente, as revistas femininas pregavam as dietas e os exercícios.
  • 24. • A maquiagem era basicamente nos olhos. Batom e esmalte eram bem claros, em geral branco-leite e os olhos seguiam padrões de tonalidades do rosado ao verde-água, com cílios enormes, negros e bem "postiços". Os cabelos eram armados, cheios de laquê e as perucas estavam na moda. No final da década, o reduto jovem mundial se transferiu de Londres (cidade da moda desta época), para São Francisco (EUA), berço do movimento hippie. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo. Era o movimento da contracultura, que se afastava da ostentação da jovem guarda, em busca de uma viagem psicodélica.
  • 25. • ANOS 70 Década da discoteca, de Dancing Days, John Travolta, calças boca-de-sino, golas pontudas, plataforma,....O movimento hippie traz referências de outras etnias. Os cabelos recebiam a influência afro e deviam ser enormes, crespos e bem armados. Na maquiagem os olhos eram muito enfatizados (sombras verde, rosa, azul) e até 1974 os cílios continuaram com força total. As maçãs do rosto tinham muito blush. Em Londres surge o punk, quando um grupo de garotos desempregados, sintetizando a atmosfera do "No Future" e da falta de perspectivas, protestam com suas roupas rasgadas, muito preto, alfinetes, jaquetas de couro, coturnos e cortes de cabelos "moicanos".
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  • 27. • ANOS 80 Era do poder e dos exageros visuais. A mulher passou a ocupar áreas antes reservadas aos homens ganhando status e dinheiro - são engenheiras, arquitetas, gerentes de empresa, donas de seu próprio negócio,... Foi também a época dos yuppies norte-americanos, que lançaram moda para todo o globo com suas roupas de griffe. Com o culto ao corpo começaram a corrida para as academias (febre da ginástica aeróbica), as vitaminas, a geração saúde. A multiciplidade das tribos urbanas alcançou algo nunca visto - coexistiam punks, góticos, skinheads, new wavers, rappers (do hip-hop americano). A música influenciou fortemente a moda.
  • 28. • A ambiguidade foi um traço marcante da década estampas de oncinha, cores cítricas, acessórios "fake" conviviam com discretos tailleurs e com roupas de moletom e cotton-lycra recém-saídas das academias. A maquiagem tinha batons de cores vivas como o pink e o vermelho, os olhos eram bem pintados com sombras fortes, os cílios eram alongados com máscaras coloridas (verde e azul). Os cabelos tinham gel para o look molhado, mousse para criar volume, ao lado das permanentes e topetes altos. No fim da década apareceram as supermodels - Linda Evangelista, Naomi Campbell, Cindy Crawford, Claudia Schiffer - eram as mulheres mais glamorosas, desejadas e invejadas. Ocuparam o imaginário da mídia e do público, antes reservado às estrelas de Hollywood. A mistura de tendências e a ambiguidade que caracterizou os anos 80 provaram que todos os limites são relativos e que a moda não é mais que a projeção de sonhos, ideias e aspirações - tudo é possível no mundo
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  • 30. • ANOS 90 Trouxe o low profile, o minimalismo, pregando a simplicidade em oposição à extravagância e aos excessos visuais dos anos 80. O ideal era uma calça Calvin Klein com uma camiseta pólo, um Keds,... O heroin chic (palidez, olheiras e magreza excessiva) se tornou padrão. A modelo Kate Moss personificou esse estilo, muito reproduzido nos editoriais de moda. O grunge conquistou o mundo e a moda com bandas de Seattle como Nirvana. No extremo oposto, a indústria do luxo se expandiu e revitalizou marcas esquecidas. Os jovens dos anos 90 ganharam espaço com marcas e estilos para cada tribo. Os adolescentes passaram a mudar de estilo cada vez mais rápido. Entrou em ascensão as tatuagens e os piercings. A moda mais plural, estimulou o estilo próprio e individual, dando pistas para a virada do milênio.
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  • 32. • ANOS 2000 A globalização e o desenvolvimento da mídia aumentaram muito a velocidade da informação. Modelos brasileiras como Gisele Bündchen, Carol Trentini, Fernanda Tavares, Isabeli Fontana, ... passaram a estrelar campanhas de grandes grifes mundiais e invadiram as passarelas. Estilistas brasileiros passaram a apresentar coleções nas semanas de moda de Nova York e Paris. O governo do presidente Lula deu continuidade à política de estabilização econômica iniciada na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso. O Brasil se tornou um "país na moda". Guias e revistas de estilo voltaram-se para o país estendendo seus predicados para além do samba, praia, futebol e Carnaval. A moda tornou-se plural e subjetiva. Com várias possibilidades, a mulher faz a escolha baseada no seu estilo. O look ficou mais natural para cabelos e maquiagem. Iniciouse a "ditadura da juventude" - nunca se usaram tantos